Mensageiro Sideral https://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br De onde viemos, onde estamos e para onde vamos Sat, 04 Dec 2021 19:09:39 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 William Shatner vai ao espaço na missão NS-18 da Blue Origin https://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/2021/10/13/ao-vivo-william-shatner-vai-ao-espaco-na-missao-ns-18-da-blue-origin/ https://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/2021/10/13/ao-vivo-william-shatner-vai-ao-espaco-na-missao-ns-18-da-blue-origin/#respond Wed, 13 Oct 2021 13:00:27 +0000 https://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/files/2021/10/FBYQlBPVgAIMAWp-320x213.jpg https://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/?p=10141 Aconteceu nesta quarta-feira (13), a partir da base da empresa Blue Origin em West Texas (EUA), o lançamento da missão NS-18, o segundo voo suborbital tripulado da companhia. E um dos tripulantes foi ninguém menos que William Shatner, ator que interpretou o capitão Kirk em “Jornada nas Estrelas”, nos anos 1960.

Originalmente marcado para a terça, ele foi adiado para quarta por questões meteorológicas. O veículo New Shepard foi desenvolvido pela empresa de Jeff Bezos (o dono da Amazon e homem mais rico do mundo) para fomentar o turismo espacial e fez sua primeira viagem com tripulação em 20 de julho, quando voaram o próprio Bezos, seu irmão Mark, a aviadora Wally Funk e o jovem estudante Mark Daemen.

Voos do New Shepard não vão à órbita: eles chegam à borda do espaço e retornam em seguida, atingindo altitude de pouco mais de 100 km. Lá, os passageiros esperam alguns minutos da sensação de ausência de peso e podem ver a curvatura da Terra do espaço. É mais ou menos o mesmo perfil de missão realizada pelo primeiro astronauta americano, Alan Shepard, em maio de 1961. Daí o nome do veículo.

A missão toda dura cerca de 12 minutos. A cápsula decola acoplada a um foguete de um único estágio e se solta após a fase propulsada do voo, executando uma parábola até a borda do espaço. No retorno, a descida é suavizada por paraquedas e um sistema de retropropulsão que se ativa na iminência do contato com o solo.

O foguete de estágio único New Shepard que levará William Shatner ao espaço. (Crédito: Blue Origin)

Com o voo desta quarta, Shatner se tornou a pessoa mais velha a ir ao espaço. Aos 90 anos, ele bateu o recorde de Funk, 82, também passageira da Blue Origin. Seus companheiros de viagem foram Audrey Powers, vice-presidente de operações de voo da Blue Origin, e os empresários Chris Boshuizen, cofundador da operadora de satélites Planet, e Glen de Vries, cofundador da empresa de dados médicos Medidata Solutions.

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William Shatner, ator do capitão Kirk, vai ao espaço com a Blue Origin https://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/2021/10/04/william-shatner-ator-do-capitao-kirk-vai-ao-espaco-com-a-blue-origin/ https://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/2021/10/04/william-shatner-ator-do-capitao-kirk-vai-ao-espaco-com-a-blue-origin/#respond Mon, 04 Oct 2021 14:55:41 +0000 https://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/files/2021/10/blue-shatner-scaled-320x213.jpg https://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/?p=10128 A empresa Blue Origin confirmou nesta segunda (4) que William Shatner irá audaciosamente aonde nenhum ator de “Jornada nas Estrelas” jamais esteve: o espaço.

O intérprete do capitão Kirk na série dos anos 1960 estará a bordo da cápsula New Shepard, desenvolvida pela empresa de Jeff Bezos para a realização de turismo espacial, no próximo dia 12. Será o segundo voo tripulado do veículo, depois que o próprio Bezos, acompanhado por seu irmão Mark, a aviadora Wally Funk e o jovem estudante Mark Daemen, fizeram a viagem inaugural, em julho.

“Tenho ouvido falar de espaço por um longo tempo. Estou abraçando a oportunidade de ver por mim mesmo. Que milagre”, disse Shatner, em comunicado publicado pela companhia.

O voo tem perfil suborbital: ele vai à borda do espaço e retorna em seguida, atingindo altitude de pouco mais de 100 km. Lá, os passageiros esperam alguns minutos da sensação de ausência de peso e podem ver a curvatura da Terra do espaço.

A missão toda dura pouco menos de 15 minutos. A cápsula decola acoplada a um foguete de um único estágio e se solta após a fase propulsada do voo, executando uma parábola até a borda do espaço. No retorno, a descida é suavizada por paraquedas e um sistema de retropropulsão que se ativa na iminência do contato com o solo.

O foguete de estágio único New Shepard que levará William Shatner ao espaço. (Crédito: Blue Origin)

Shatner se tornará também a pessoa mais velha a ir ao espaço. Com 90 anos, ele baterá o recorde de Wally Funk, 82, também passageira da Blue Origin. Ele irá acompanhado por Audrey Powers, vice-presidente de operações de voo e missão da Blue Origin, e dos empresários Chris Boshuizen, cofundador da operadora de satélites Planet, e Glen de Vries, cofundador da empresa de dados médicos Medidata Solutions.

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Inspiration4 termina com sucesso e abre a fila de voos orbitais privados https://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/2021/09/19/inspiration4-termina-com-sucesso-e-abre-a-fila-de-voos-orbitais-privados/ https://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/2021/09/19/inspiration4-termina-com-sucesso-e-abre-a-fila-de-voos-orbitais-privados/#respond Sun, 19 Sep 2021 15:00:29 +0000 https://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/files/2021/09/dragon-inspiration4-320x213.jpg https://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/?p=10115 Com uma amerissagem bem-sucedida na costa da Flórida no começo da noite de sábado (18), terminou de forma bem-sucedida a Inspiration4, primeira missão orbital tripulada privada. Mas Jared Isaacman, o bilionário que pagou a empreitada, e seus colegas de tripulação (Siam Proctor, Hayley Arceneaux e Chris Sembroski) são apenas os primeiros em uma fila que já começa a se alongar, iniciando para valer o processo de ocupação comercial da órbita terrestre baixa. Os próximos voos já estão no horizonte imediato.

A ambição tem mais de década. Quando a Nasa decidiu tocar um programa comercial de transporte de tripulações, em 2010, o plano era ter pelo menos duas empresas que pudessem atender à demanda da agência e, ao mesmo tempo, viabilizar a criação de um mercado privado de voo espacial. Uma vez desenvolvidos os veículos, a serem operados pelas companhias contratadas, a Nasa seria apenas um potencial cliente, dentre vários.

Em 2014, o processo seletivo amadureceu com a seleção de duas empresas, SpaceX e Boeing, para desenvolverem suas próprias naves, por, respectivamente, US$ 2,6 bilhões e US$ 4,2 bilhões. A SpaceX chegou na frente com a Crew Dragon, que realizou seu primeiro voo tripulado para a Nasa em 2020. A Boeing, com sua Starliner, teve mais problemas e ainda não chegou lá, mas espera-se que possa acontecer no ano que vem.

A Inspiration4 foi a quarta missão orbital tripulada da SpaceX e a primeira contratada por um ente privado. Mas já há fila. A companhia Axiom Space, cofundada e dirigida por Michael Suffredini, ex-gerente da Nasa, tem outros quatro voos contratados com a SpaceX. O primeiro deles, a ser realizado no início de 2022, tem tripulação fechada e será comandado pelo ex-astronauta da Nasa Michael López-Alegría. Será o primeiro voo privado à Estação Espacial Internacional (ISS), e a Axiom pagará “aluguel” à Nasa pelo uso dos serviços de bordo lá. Os outros três devem acontecer entre 2022 e 2023.

A Axiom também tem contrato com a Nasa para enviar dois módulos à estação, entre 2024 e 2025, no que seria o prelúdio para a construção de um complexo próprio em órbita. É outro objetivo confesso da agência espacial que estações privadas tomem o lugar da ISS após o fim da sua vida útil, em 2030, liberando recursos para a exploração do espaço profundo, com missões à Lua e a Marte.

Nesse primeiro momento, tudo segue muito caro. Cada voo de Crew Dragon sai por cerca de US$ 200 milhões. Agora imagine que o próximo foguete da SpaceX, o Starship, mantenha o custo de operação da dupla Falcon 9/Dragon, mas levando 100 passageiros de cada vez. O custo por assento cairia dos US$ 50 milhões atuais para US$ 2 milhões. E aí termine com a meta aspiracional de Elon Musk: cada lançamento do Starship por US$ 2 milhões. Nesse cenário, uma passagem individual sairia por US$ 20 mil. Ficção? Pelo contrário; é um futuro que já começa a bater à nossa porta.

Esta coluna é publicada às segundas-feiras, na Folha Corrida.

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Missão privada Inspiration4 atinge a órbita terrestre https://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/2021/09/15/missao-privada-inspiration4-atinge-a-orbita-terrestre/ https://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/2021/09/15/missao-privada-inspiration4-atinge-a-orbita-terrestre/#respond Thu, 16 Sep 2021 00:35:28 +0000 https://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/files/2021/09/WhatsApp-Image-2021-09-15-at-21.34.29-320x213.jpeg https://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/?p=10111 A missão Inspiration4, primeiro voo tripulado totalmente privado à órbita terrestre, partiu nesta quarta (15), às 21h02 (de Brasília), levando quatro pessoas que não são astronautas para uma estadia de três dias no espaço. Eles partiram a bordo da cápsula Crew Dragon Resilience, no topo de um foguete Falcon 9, ambos da empresa SpaceX, lançados do Centro Espacial Kennedy, da Nasa, na Flórida.

É bem diferente de dar um pulinho ao espaço e retornar em seguida, como fizeram os bilionários Richard Branson e Jeff Bezos em seus voos suborbitais. Para entrar em órbita, uma cápsula precisa atingir velocidade superior aos 27 mil km/h. Já para um voo suborbital, a velocidade não costuma exceder os 4.000 km/h. Essa diferença se traduz no tamanho do foguete necessário e no incremento de complexidade (e risco) na subida e na descida, com uma reentrada potencialmente incendiária na atmosfera.

A Crew Dragon, contudo, já se mostrou à altura do desafio. Com ela, a SpaceX já conduziu três missões tripuladas à Estação Espacial Internacional para a Nasa, entre 2020 e 2021. A Inspiration4 é a quarta para a companhia, a segunda com a cápsula Resilience e a primeira com financiamento inteiramente privado. Quem banca a empreitada é o empresário Jared Isaacman, que ficou bilionário ao criar o sistema digital de pagamentos Shift4. O custo do voo não foi revelado, mas um bom palpite seria ao redor de US$ 200 milhões.

A cápsula não visitará a estação espacial, como de costume, mas voará mais alto que o complexo orbital, em uma órbita de 575 km de altitude. Uma cúpula instalada a bordo permitirá visões incríveis da Terra e do espaço. E a missão está sendo acompanhada praticamente de forma simultânea por uma minissérie documental na Netflix. Será o primeiro voo orbital tripulado totalmente financiado pela iniciativa privada, e seus promotores esperam que seja o marco de uma nova era para o acesso ao espaço.

O nome Inspiration4 se justifica pela escalação da tripulação, pensada para representar qualidades específicas: liderança, esperança, generosidade e prosperidade.

Isaacman, 38, com experiência como piloto, assumiu o papel de liderança. A esperança foi representada por Hayley Arceneaux, 29, uma assistente médica do hospital infantil St. Jude, em Memphis, no Tennessee, que superou lá um câncer quando tinha dez anos. Para generosidade, a vaga ficou com Christopher Sembroski, 42, um dos doadores da campanha realizada para o mesmo hospital. E a vaga da prosperidade ficou com Sian Proctor, 51, uma geóloga e empreendedora que quase chegou a ser astronauta pela Nasa e agora realiza o sonho de ir ao espaço (tornando-se a quarta mulher negra a chegar lá).

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AO VIVO: Inspiration4, primeira missão tripulada privada à órbita terrestre https://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/2021/09/15/ao-vivo-inspiration4-primeira-missao-tripulada-privada-a-orbita-terrestre/ https://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/2021/09/15/ao-vivo-inspiration4-primeira-missao-tripulada-privada-a-orbita-terrestre/#respond Wed, 15 Sep 2021 23:15:49 +0000 https://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/files/2021/09/Inspiration_4_Cupula-320x213.jpg https://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/?p=10103 O primeiro voo tripulado totalmente privado à órbita terrestre começa nesta quarta (15), a partir das 21h02 (de Brasília). Acompanhe ao vivo com o Mensageiro Sideral, em imagens transmitidas diretamente do Centro Espacial Kennedy, da Nasa, de onde deve partir o foguete Falcon 9 com a cápsula Crew Dragon Resilience, ambos da empresa SpaceX, na missão Inspiration4. A tripulação (que conta com quatro pessoas, nenhuma delas astronauta profissional) passará três dias em órbita.

É bem diferente de dar um pulinho ao espaço e retornar em seguida, como fizeram os bilionários Richard Branson e Jeff Bezos em seus voos suborbitais. Para entrar em órbita, uma cápsula precisa atingir velocidade superior aos 27 mil km/h. Já para um voo suborbital, a velocidade não costuma exceder os 4.000 km/h. Essa diferença se traduz no tamanho do foguete necessário e no incremento de complexidade (e risco) na subida e na descida, com uma reentrada potencialmente incendiária na atmosfera.

A Crew Dragon, contudo, já se mostrou à altura do desafio. Com ela, a SpaceX já conduziu três missões tripuladas à Estação Espacial Internacional para a Nasa, entre 2020 e 2021. A Inspiration4 é a quarta para a companhia, a segunda com a cápsula Resilience e a primeira com financiamento inteiramente privado. Quem banca a empreitada é o empresário Jared Isaacman, que ficou bilionário ao criar o sistema digital de pagamentos Shift4. O custo do voo não foi revelado, mas um bom palpite seria ao redor de US$ 200 milhões.

O nome Inspiration4 se justifica pela escalação da tripulação, pensada para representar qualidades específicas: liderança, esperança, generosidade e prosperidade.

Isaacman, 38, com experiência como piloto, assumiu o papel de liderança. A esperança foi representada por Hayley Arceneaux, 29, uma assistente médica do hospital infantil St. Jude, em Memphis, no Tennessee, que superou lá um câncer quando tinha dez anos. Para generosidade, a vaga ficou com Christopher Sembroski, 42, um dos doadores da campanha realizada para o mesmo hospital. E a vaga da prosperidade ficou com Sian Proctor, 51, uma geóloga e empreendedora que quase chegou a ser astronauta pela Nasa e agora realiza o sonho de ir ao espaço (tornando-se a quarta mulher negra a chegar lá).

A janela de lançamento se abre às 21h02 e se estende até quinta. A cápsula não visitará a estação espacial, como de costume, mas voará mais alto que o complexo orbital, em uma órbita de 575 km de altitude. Uma cúpula instalada a bordo permitirá visões incríveis da Terra e do espaço. E a missão está sendo acompanhada praticamente de forma simultânea por uma minissérie documental na Netflix. Será o primeiro voo orbital tripulado totalmente financiado pela iniciativa privada, e seus promotores esperam que seja o marco de uma nova era para o acesso ao espaço.

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SpaceX promove nesta quarta (15) o primeiro voo orbital tripulado privado da história https://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/2021/09/12/spacex-promove-nesta-quarta-15-o-primeiro-voo-orbital-tripulado-privado-da-historia/ https://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/2021/09/12/spacex-promove-nesta-quarta-15-o-primeiro-voo-orbital-tripulado-privado-da-historia/#respond Sun, 12 Sep 2021 15:00:23 +0000 https://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/files/2021/09/inspiration4-320x213.jpg https://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/?p=10090 Nós já vimos em julho os espalhafatosos (mas curtos) voos espaciais dos bilionários Richard Branson (Virgin Galactic) e Jeff Bezos (Blue Origin). Agora chegou a vez de vermos a versão do bilionário Elon Musk (SpaceX), bancada por outro bilionário, Jared Isaacman. E, como diria Bruno Henrique, do Flamengo, ela está em outro patamar.

Batizada de Inspiration4, a missão fará uso de uma cápsula Crew Dragon, desenvolvida originalmente para fornecer serviços de transporte de tripulação à Nasa. E a tripulação (que conta com quatro pessoas, nenhuma delas astronauta profissional) passará três dias em órbita.

É bem diferente de dar um pulinho ao espaço e retornar em seguida, como fizeram Branson e Bezos em seus voos suborbitais. Para entrar em órbita, uma cápsula precisa atingir velocidade superior aos 27 mil km/h. Já para um voo suborbital, a velocidade não costuma exceder os 4.000 km/h. Essa diferença se traduz no tamanho do foguete necessário e no incremento de complexidade (e risco) na subida e na descida, com uma reentrada potencialmente incendiária na atmosfera.

A Crew Dragon, contudo, já se mostrou à altura do desafio. Com ela, a SpaceX já conduziu três missões tripuladas à Estação Espacial Internacional para a Nasa, entre 2020 e 2021. A Inspiration4 é a quarta para a companhia, a segunda com a cápsula Resilience e a primeira com financiamento inteiramente privado. O custo não foi revelado, mas um bom palpite seria entre US$ 100 milhões e 200 milhões.

O nome Inspiration4 se justifica pela escalação da tripulação, pensada para representar qualidades específicas: liderança, esperança, generosidade e prosperidade.

Isaacman, 38, com experiência como piloto, assumiu o papel de liderança. A esperança foi representada por Hayley Arceneaux, 29, uma assistente médica do hospital infantil St. Jude, em Memphis, no Tennessee, que superou lá um câncer quando tinha dez anos. Para generosidade, a vaga ficou com Christopher Sembroski, 42, um dos doadores da campanha realizada para o mesmo hospital. E a vaga da prosperidade ficou com Sian Proctor, 51, uma geóloga e empreendedora que quase chegou a ser astronauta pela Nasa e agora realizará o sonho de ir ao espaço (tornando-se a quarta mulher negra a chegar lá).

A nave, que deve voar de Cabo Canaveral, Flórida, a partir das 21h01 (de Brasília) da próxima quarta-feira (15), com uma janela que se estende até quinta, não visitará a estação espacial, mas voará mais alto que ela, em uma órbita de 575 km de altitude. Uma cúpula instalada a bordo permitirá visões incríveis da Terra e do espaço. E a missão está sendo acompanhada praticamente de forma simultânea por uma minissérie documental na Netflix. Será o primeiro voo orbital tripulado totalmente financiado pela iniciativa privada, e seus promotores esperam que seja o marco de uma nova era para o acesso ao espaço.

Concepção artística da cúpula da cápsula Crew Dragon. (Crédito: SpaceX)

Esta coluna é publicada às segundas-feiras, na Folha Corrida.

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Jeff Bezos é o segundo bilionário no espaço em nave própria, mas o primeiro a lançar cliente em voo suborbital https://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/2021/07/20/jeff-bezos-e-o-segundo-bilionario-no-espaco-mas-o-primeiro-a-lancar-cliente-em-voo-suborbital/ https://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/2021/07/20/jeff-bezos-e-o-segundo-bilionario-no-espaco-mas-o-primeiro-a-lancar-cliente-em-voo-suborbital/#respond Tue, 20 Jul 2021 13:25:58 +0000 https://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/files/2021/06/BlueOrigin_NewShepard_LaunchPadCheck-320x213.jpg https://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/?p=10048 Celebrando os 52 anos do pouso da Apollo 11 na Lua, o americano Jeff Bezos, dono da Blue Origin, se tornou nesta terça (20) o segundo bilionário a voar ao espaço em sua própria espaçonave, que levou também o primeiro passageiro a pagar pela viagem suborbital. Foi o décimo-sexto voo bem-sucedido da cápsula New Shepard ao espaço, mas o primeiro a levar tripulação, marcando o início das operações comerciais da empresa –à frente da Virgin Galactic, do britânico Richard Branson, que ainda não levou ninguém que tenha de fato comprado passagem. (Bezos, por sinal, foi o primeiro a marcar a viagem, mas Branson decidiu jogar água no chope dele e voar primeiro com a nave VSS Unity, da Virgin Galactic, no último dia 11.)

O foguete partiu com um pequeno atraso, às 10h12 (de Brasília), no Texas, e realizou seu voo suborbital exatamente como o planejado: decolagem, escalada propulsada, liberação da cápsula, apogeu de 107 km e retorno à Terra, auxiliado por paraquedas. Durante o trajeto parabólico, os ocupantes experimentaram cerca de três minutos de imponderabilidade (sensação de ausência de peso) e puderam observar a paisagem de nosso planeta vista do espaço, nas maiores janelas já lançadas ao espaço. Tudo acabou em pouco mais de 10 minutos. Mas não há dúvida de que foi uma viagem, além de curta, histórica. Estavam a bordo a pessoa mais velha a ir ao espaço, a mais nova, a mais rica e o irmão dele.

Wally Funk, 82, é uma aviadora americana que chegou a ser selecionada pela Nasa para fazer parte do primeiro grupo de astronautas, mas sofreu com a decisão da agência espacial americana de não lançar mulheres nos anos 1960. Com isso, precisou esperar mais de seis décadas para finalmente realizar um voo espacial. O convite de Bezos demonstra sua reverência que ele tem à história do programa espacial. Se Funk houvesse voado numa cápsula Mercury, nos anos 1960, poderia ter feito um voo similar ao de agora, como foi o de Alan Shepard, em 5 de maio de 1961. Naquela ocasião, como nesta terça, foi um curto voo suborbital, de cerca de 15 minutos. (Não por acaso a cápsula se chama New Shepard.) Ao atingir o espaço, Funk bateu o recorde de John Glenn, que esteve lá com 77 anos, em uma missão dos antigos ônibus espaciais.

Já o holandês Oliver Daemen, 18, acabou de completar o ensino médio e ainda está por cursar a faculdade, mas já se tornou a pessoa mais jovem a ir ao espaço. E esse foi pagando. A Blue Origin não divulgou quanto custou a passagem, mas ele foi pré-selecionado a partir de um leilão desse primeiro assento. Daemen não foi o arrematador; o misterioso vencedor da disputa pagou US$ 28 milhões, mas, acredite se quiser, alegou um conflito de agendas e voará em uma futura missão.

Completaram a tripulação os irmãos Jeff e Mark Bezos. Conhecido por ser o dono da Amazon, Jeff sonha desde menino com o espaço e fundou a Blue Origin, em 2000, para viabilizar a expansão da humanidade para o espaço, começando pelo turismo espacial suborbital. O veículo New Shepard é um foguete reutilizável de estágio único movido a hidrogênio e oxigênio líquidos, com uma cápsula para tripulação no topo. Após a subida propulsada, a cápsula é ejetada e segue sua jornada ao espaço, e o foguete desce, pousando na vertical, com retropropulsão. Seu primeiro voo foi em 2015 e o pouso do foguete veio antes do primeiro pouso bem-sucedido do Falcon 9, da SpaceX.

O New Shepard é projetado para voos suborbitais, entrando numa concorrência direta com a Virgin Galactic por esse mercado. Mas o projeto tem como objetivo ser um precursor de veículos mais capazes. Por sinal, a próxima geração já tem nome: New Glenn. (John Glenn foi o terceiro americano a ir ao espaço, mas o primeiro a orbitar.)

Imagina-se que a Blue Origin realize voos inteiramente comerciais ainda neste ano, mas a venda de passagens será de início negociada diretamente com os participantes mais competitivos do leilão pelo primeiro assento. Já a Virgin Galactic tem mais de 600 reservas (comercializadas originalmente a US$ 250 mil por assento), mas planeja realizar mais dois voos de testes neste ano antes de iniciar a voar seus clientes, no ano que vem.

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AO VIVO: Jeff Bezos vai ao espaço na cápsula New Shepard, da Blue Origin https://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/2021/07/20/ao-vivo-jeff-bezos-vai-ao-espaco-na-capsula-new-shepard-da-blue-origin/ https://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/2021/07/20/ao-vivo-jeff-bezos-vai-ao-espaco-na-capsula-new-shepard-da-blue-origin/#respond Tue, 20 Jul 2021 11:16:19 +0000 https://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/files/2021/07/blue-origin-320x213.png https://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/?p=10045 Acompanhe ao vivo com o Mensageiro Sideral, a partir das 9h50, o primeiro voo de Jeff Bezos ao espaço, na cápsula New Shepard. O foguete parte das instalações da Blue Origin em West Texas (EUA), com decolagem marcada para as 10h (de Brasília). Estarão a bordo Jeff Bezos, seu irmão Mark, a aviadora Wally Funk e Oliver Daemen.

Será o primeiro voo tripulado do veículo, que já realizou outras 15 jornadas bem-sucedidas ao espaço, mas sem ninguém a bordo. E trata-se de um voo suborbital: o foguete de estágio único decola, a cápsula se desprende, atinge uma altitude superior a 100 km e então retorna à Terra, auxiliada por paraquedas, sem entrar em órbita. Durante o trajeto parabólico, os ocupantes experimentam dois a três minutos de imponderabilidade (sensação de ausência de peso) e podem observar a paisagem de nosso planeta visto do espaço.

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Richard Branson é astronauta com asterisco? Uma breve história da linha que delimita a fronteira do espaço https://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/2021/07/13/richard-branson-e-astronauta-com-asterisco-uma-breve-historia-da-linha-que-delimita-a-fronteira-do-espaco/ https://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/2021/07/13/richard-branson-e-astronauta-com-asterisco-uma-breve-historia-da-linha-que-delimita-a-fronteira-do-espaco/#respond Tue, 13 Jul 2021 17:53:28 +0000 https://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/files/2018/12/virgin-galactic-13-dez-320x213.jpg https://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/?p=10034 Encerrada a disputa entre Richard Branson e Jeff Bezos sobre quem chegou ao espaço primeiro, começa uma nova fase da discussão: onde fica a fronteira do espaço e quem de fato a ultrapassou.

Esse certamente será o trunfo do voo da Blue Origin com sua cápsula New Shepard, no próximo dia 20. O sistema de Bezos, movido a um foguete de estágio único, foi projetado para ultrapassar a chamada linha de Kármán, estabelecida pela Federação Astronáutica Internacional, na década de 1960, a 100 km de altitude.

Já a VSS Unity, nave da Virgin Galactic (empresa de Branson), foi projetada para voar um pouco mais baixo, rompendo a altitude de 80 km (50 milhas), que é o aceito tanto pela Nasa como pelas Forças Aérea e Espacial dos EUA como a divisa entre a atmosfera e o espaço.

A divisa é arbitrária: não há, de fato, uma fronteira clara entra atmosfera e o vácuo do espaço. O que existe é uma suave transição, conforme uma nave se afasta da Terra, em que o ar vai ficando cada vez mais rarefeito, até que restam pouquíssimas moléculas avulsas em meio a um vácuo quase perfeito. Mas mesmo a uns 400 km de altitude, onde orbita a Estação Espacial Internacional, ainda há algumas moléculas de ar capazes de oferecer resistência e baixar a órbita do complexo (que precisa ser empurrado de volta para cima de tempos em tempos).

Se a 400 km há moléculas de ar, naturalmente elas também são encontradas a 80 ou a 100 km. Apesar disso, é importante ter uma definição clara do que divide o ar do espaço, por razões estritamente legais. Regras internacionais diferentes regem a aeronáutica e a astronáutica. Pegue, por exemplo, a situação do espaço aéreo. Sobrevoar qualquer país pelo ar exige autorização específica do governo local, ao passo que um satélite transitar por sobre um país não requer autorização; o espaço é tratado como “águas internacionais”, para puxar um exemplo marítimo e completar a trinca.

Coube ao engenheiro e físico húngaro americano Theodore von Kármán (1881-1963) destacar a importância dessa definição e fazer cálculos que embasassem a linha divisória arbitrária. E o critério adotado foi razoável: a atmosfera acaba onde o ar é tão rarefeito que é impossível gerar sustentação aerodinâmica apreciável nela. Em suma, é onde as asas do avião perdem a função.

Curiosamente, o cálculo inicial de Kármán estava mais perto da atual definição americana: 84 km. Ainda assim o belo e redondo número de 100 km (que não fica lá muito bonito e redondo em milhas, unidade imperial usada nos EUA: 62,5) foi adotado internacionalmente pela FAI, com apoio então dos americanos e dos soviéticos. Com efeito, a Nasa adotou a linha de Kármán, nos 100 km, como seu próprio padrão até 2005. Mas, como a Força Aérea dos EUA sempre usou as 50 milhas (80 km), houve a decisão de padronizar, para evitar uma situação local muito peculiar: pilotos civis e militares usando o mesmo veículo (no caso, o avião-foguete X-15) podiam ou não ser considerados astronautas, dependendo de quem estivesse respondendo.

É justamente por isso que agora a Blue Origin, de Jeff Bezos, está usando como um dos argumentos em favor de seu veículo o de que todos a voar nele receberão o status de astronautas por qualquer dos critérios existentes, sem levar um asterisco ao lado do nome, para explicar segundo quem eles de fato foram ao espaço.

A exemplo do antigo asterisco para pilotos civis e militares americanos, contudo, esse é um que também tende a cair. Há movimentos e discussões na FAI, desde 2019, para “derrubar” a linha de Kármán para 80 km. Os argumentos vão desde técnicos (o cálculo original de Kármán e o fato de que satélites conseguem sobreviver no espaço por várias órbitas em trajetórias cujo perigeu esteja entre 80 e 90 km) até históricos e culturais (o fato de que um dos países com maior tradição espacial o usa e que há no momento “astronautas com asterisco”). É improvável que a vantagem técnica entre a Blue Origin e a Virgin Galactic se mantenha por um longo tempo. Do ponto de vista da experiência, a diferença é ainda menor – tanto que a empresa de Jeff Bezos usa também outros argumentos, como baixo impacto ambiental, itens de segurança e janelas bem maiores, para justificar a superioridade de seu sistema. O asterisco é só isso mesmo: um asterisco.

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Voo de Richard Branson na VSS Unity, da Virgin Galactic, abre a era do turismo espacial https://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/2021/07/11/voo-de-richard-branson-na-vss-unity-da-virgin-galactic-abre-a-era-do-turismo-espacial/ https://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/2021/07/11/voo-de-richard-branson-na-vss-unity-da-virgin-galactic-abre-a-era-do-turismo-espacial/#respond Sun, 11 Jul 2021 15:40:45 +0000 https://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/files/2019/02/Second_Spaceflight_Feather-320x213.jpg https://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/?p=10026 Está oficialmente inaugurada a era do turismo espacial. Pela primeira vez, uma espaçonave para voo suborbital levou uma tripulação completa à beira do espaço neste domingo (11). Entre eles o bilionário Richard Branson, dono da empresa Virgin Galactic, responsável pela empreitada.

A aventura toda aconteceu a partir do Espaçoporto América, no Novo México (EUA), e durou cerca de uma hora. A estadia no espaço, contudo, foi bem mais curta que isso. A VSS Unity, nome dado à nave, iniciou seu voo autônomo depois de ser liberada no ar a partir de um avião, a uma altitude de cerca de 15 km. Acionado o motor foguete, ela escalou até 86 km, altitude em que a atmosfera terrestre já é praticamente nula –a borda do espaço.

Durante cerca de três minutos, entre o desligamento do motor e o início da queda da nave de volta à Terra, os dois pilotos, Dave Mackay e Michael Masucci, e os passageiros (que a empresa prefere referir como tripulantes) Branson, Colin Bennett (engenheiro), Beth Moses (instrutora) e Sirisha Bandla (vice-presidente da Virgin Galactic) experimentaram a imponderabilidade (sensação de ausência de peso) enquanto admiravam a Terra vista do espaço.

Na reentrada, a Unity abriu seu sistema móvel de asas para reduzir a velocidade e então pousou como um planador. Foi apenas o quarto voo-teste da nave ao espaço e o primeiro a levar seis pessoas, pavimentando o caminho para o transporte de clientes –algo que a Virgin Galactic originalmente anunciava fazer em 2010. Há uma fila de mais de 600 pessoas que já fizeram reservas, contratando passagens por US$ 250 mil.

Apesar do atraso colossal, a empresa de Branson chegou à frente de quem realmente interessa: a concorrência. Jeff Bezos, dono da Amazon e da empresa espacial Blue Origin, tem seu voo marcado para dia 20 de julho. Será o primeiro tripulado da cápsula New Shepard, que usa um esquema convencional de foguete e viaja um pouco mais alto que a Virgin Galactic, ultrapassando os 100 km de altitude (que a Federação Aeronáutica Internacional arbitrariamente considera a “fronteira” do espaço; nos EUA, a NASA e a Força Aérea preferem 80 km).

Houve pequenas alfinetadas de parte a parte. Richard Branson brincou em uma entrevista quando questionado se ia bater Jeff Bezos em nove dias. “Jeff quem?”, provocou. Já a Blue Origin de Bezos tuitou na sexta-feira (9) um quadro comparativo entre as experiências de voo das duas empresas, destacando as grandes janelas da cápsula New Shepard, a altitude superior a 100 km, a presença de um sistema de escape, o baixo impacto ambiental e a realização de 15 voos bem-sucedidos (todos sem tripulação), contra 3 (agora 4) da Virgin Galactic.

Rancor? A essa altura, é disputa por mercado mesmo. Com duas empresas concorrendo, ambas entrando em fase operacional, este mês de julho marca o momento em que o turismo espacial deixou de ser uma atividade só para excêntricos e passou a ser de fato um negócio.

Os planos da Virgin Galactic para operação comercial envolvem atingir uma escala de até 400 voos por ano por local de lançamento. Deve começar com muito menos, mas o suficiente para dobrar o número de pessoas que já foram ao espaço rapidamente. Apenas 583 pessoas ultrapassaram a divisa dos 80 km até hoje, desde o voo inaugural de Yuri Gagarin em 1961.

E a Blue Origin vem com ambições similares. A empresa de Bezos sempre jogou com as cartas perto do peito (diferentemente da Virgin), não vendeu reservas antecipadas ou apresentou preço para passagens. Nem vai fazer isso tão já. Para o primeiro voo, no dia 20, apenas um assento dos quatro foi leiloado, e o arremate foi por US$ 28 milhões. O vencedor, ainda não anunciado, voará ao lado dos irmãos Bezos, Jeff e Mark, e de Wally Funk, aviadora de 82 anos que havia sido selecionada para a primeira turma de astronautas da Nasa antes de a agência decidir que não lançaria mulheres no projeto Mercury.

Para as próximas oportunidades, a Blue Origin irá procurar os participantes mais competitivos do leilão, antes de abrir venda direta. Com estratégia diferente, brigará com a Virgin Galactic pelo mesmo mercado –que tende a crescer, conforme os preços começarem a cair. Entramos em nova fase.

Esta coluna é publicada às segundas-feiras, na Folha Corrida.

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