Mensageiro Sideral https://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br De onde viemos, onde estamos e para onde vamos Sat, 04 Dec 2021 19:09:39 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Projeto de experimento brasileiro na ISS envolverá 4.000 alunos em 2018 https://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/2018/09/11/projeto-de-experimento-brasileiro-na-iss-envolvera-4-000-alunos-em-2018/ https://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/2018/09/11/projeto-de-experimento-brasileiro-na-iss-envolvera-4-000-alunos-em-2018/#respond Tue, 11 Sep 2018 17:17:46 +0000 https://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/files/2018/09/lucas-fonseca-garatea-iss-2018-320x213.jpg https://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/?p=8051 Na última segunda-feira (10), no Instituto de Física da USP, o engenheiro espacial Lucas Fonseca conduziu a apresentação do projeto Garatéa-ISS 2018, que levará mais uma vez um experimento educacional brasileiro à Estação Espacial Internacional (ISS), no ano que vem. Desta vez serão cerca de 4.000 estudantes participantes, vindos de 175 escolas espalhadas por todo o Brasil — um aumento em fator dez na escala da iniciativa.

O Garatéa-ISS foi realizado pela primeira vez em 2017, como um projeto piloto, focado em um número relativamente modesto de alunos, oriundos de uma escola particular e duas escolas públicas da Grande São Paulo. Diversos grupos disputaram uma vaga para enviar um experimento ao complexo orbital, para ser realizado por um astronauta da Nasa, como parceria com o SSEP, um programa educacional espacial americano.

O processo seletivo elegeu um teste de cimento espacial, feito com o chamado “plástico verde”, desenvolvido no Brasil pela empresa petroquímica Braskem, tendo por matéria-prima a cana-de-açúcar. O experimento foi enviado à ISS em 29 de junho último, numa cápsula de carga Dragon enviada ao espaço pela empresa americana SpaceX.

Durante o mês de agosto, escolas puderam se inscrever para a edição 2018, e a resposta foi surpreendente. “Projetávamos atingir 67 comunidades espalhadas pelo Brasil e chegamos a 175”, disse Fonseca. “A concentração ainda é muito grande no Sudeste, mas conseguimos atingir todas as regiões do país.”

Para atingir essa amplitude, optou-se neste ano por um esquema de gerenciamento à distância, em que as escolas participantes receberão material e orientação do projeto e culminarão com a submissão de projetos, em novembro, para competirem pela cobiçada vaga num lançamento ao espaço em 2019.

O projeto é bancado com recursos privados e conta com apoio da Airvantis, do Instituto TIM e da Braskem. Além dos experimentos à ISS e de um projeto de viés educacional envolvendo balões estratosféricos, a Garatéa quer lançar o primeiro satélite lunar brasileiro, em 2022. Mais informações sobre o projeto em garatea.space.

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Alunos de SP apresentam projeto de jipes robóticos para Marte em evento da Nasa https://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/2018/08/07/alunos-de-sp-apresentam-projeto-de-jipes-roboticos-para-marte-em-evento-da-nasa/ https://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/2018/08/07/alunos-de-sp-apresentam-projeto-de-jipes-roboticos-para-marte-em-evento-da-nasa/#respond Tue, 07 Aug 2018 05:00:52 +0000 https://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/files/2018/08/maquete-veiculo-facens-320x213.jpg https://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/?p=7976 Uma missão brasileira a Marte ainda é um sonho distante, mas isso não impede que estudantes de engenharia brasileiros se dediquem a projetar jipes robóticos capazes de futuramente explorar o planeta vermelho. E um grupo deles recentemente apresentou seus projetos num programa internacional apoiado pela Nasa.

A apresentação aconteceu na conferência SEE (Simulation Exploration Experience) de 2008, realizada na Bulgária, entre 8 e 10 de maio, eos participantes brasileiros são alunos dos cursos de Engenharia da Computação e de Tecnologia em Jogos Digitais da Facens, entidade filantrópica e faculdade de engenharias de Sorocaba, no interior de São Paulo.

Já é o terceiro ano em que a instituição promove a participação no SEE — trata-se do único grupo da América Latina no programa –, mas esta foi a primeira vez que os olhos se voltaram para Marte. Em 2016 e 2017, o trabalho se concentrou no projeto de um módulo de habitação espacial para uma colônia lunar.

Para 2018, o desafio foi desenvolver modelos de jipes robóticos que pudessem ajudar na exploração e na colonização futura do planeta vermelho.

Equipe da Facens que apresentou o projeto no SEE, na Bulgária, reunida durante o Science Days, evento organizado com apoio da Câmara de Comércio Brasil-Flórida. (Crédito: Divulgação)

“Apresentamos dois modelos: um simulando um veículo dedicado a encontrar água em Marte e outro para coletar materia do solo e, por jmeio de reações químcias, transformar esse material e produzir oxigênio”, diz André Breda Carneiro, professor do curso de engenharia da computação da Facens e coordenador do projeto.

O projeto foi bem recebido na conferência, que tem apoio da agência espacial americana e contou neste ano com participações de universidades da Alemanha, do Canadá, da França, da Inglaterra e da Itália, além do Brasil e do país-sede do evento, a Bulgária.

É mais uma prova de que os futuros engenheiros e cientistas brasileiros estão se preparando para ganhar o espaço, mesmo que o apoio governamental à ciência esteja lamentavelmente minguando por aqui. E, por falar nisso, mais uma ação educacional importante vinda da iniciativa privada merece destaque nesta semana.

GARATÉA-ISS
Foi aberto na última sexta-feira (3) o processo de inscrições para a segunda edição do projeto Garatéa-ISS, que levará um experimento brasileiro à Estação Espacial Internacional.

O projeto capitaneado pelo engenheiro aeroespacial Lucas Fonseca entra em seu segundo ano, depois de ter enviado com sucesso um experimento criado por alunos de 7o ano de escolas pública e privadas de São Paulo para ser realizado por um astronauta da Nasa. “Agora queremos expandir para todo o Brasil, atingindo todas as regiões”, diz Fonseca.

Qualquer escola pode se candidatar a participar e engajar grupos de alunos no projeto, sob a supervisão e o aconselhamento da equipe da Garatéa. O objetivo é selecionar 80 escolas, com pelo menos 25% delas localizadas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Outro objetivo é ter cerca de 3.000 alunos engajados, dos quais 60% do ensino público.

Escolas públicas pagam R$ 150 para a inscrição, e privadas, R$ 800, e cada escola pode engajar no máximo 40 alunos, divididos em grupos de 4, com divisão igualitária entre meninos e meninas. O projeto envolverá alunos do Fundamental II e do Ensino Médio.

Para saber mais do projeto e se inscrever, caso você represente uma escola e queira trazer essa experiência para seus alunos, clique aqui. As inscrições vão só até o dia 28 de agosto.

Estação Espacial Internacional fotografada em órbita por um ônibus espacial. (Crédito: Nasa)
Estação Espacial Internacional fotografada em órbita por um ônibus espacial. (Crédito: Nasa)

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CBPF inaugura no Rio maior grafite científico do mundo https://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/2018/06/08/cbpf-inaugura-no-rio-maior-grafite-cientifico-do-mundo/ https://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/2018/06/08/cbpf-inaugura-no-rio-maior-grafite-cientifico-do-mundo/#respond Fri, 08 Jun 2018 18:00:33 +0000 https://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/files/2018/06/Webp.net-resizeimage-320x213.jpg http://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/?p=7800 O Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), no Rio de Janeiro, inaugura nesta sexta-feira, às 15h, o maior grafite urbano científico do mundo.

São 240 metros quadrados — ocupando toda a extensão dos 70 metros de um dos muros da instituição — pintados segundo temas de ciência, tecnologia e inovação — desde um painel com grandes cientistas da história (é divertido para os fãs de ciência ver quantos eles conhecem ali) até homenagens a grandes conquistas tecnológicas (procure o 14bis de Santos-Dumont).

“Na escolha dos nomes que compõem a lista de 100 cientistas da área ‘Construtores da ciência’, houve preocupação dos coordenadores da iniciativa em fazer com que as mulheres estivessem representadas”, diz o CBPF, em nota.

Entre as cientistas estrangeiras, estão, por exemplo, a franco-polonesa Marie Curie (1867-1934), detentora de dois prêmios Nobel, e a alemã Emmy Noether (1882-1935), considerada a matemática mais importante do século passado. Do Brasil, há a física teórica Sonja Ashauer (1923-1948), que obteve em 1948 o segundo doutorado formal da física no Brasil, e Bertha Lutz (1894-1976), bióloga, política e feminista.

Ao todo são 100 cientistas, dos quais 19 mulheres, de diferentes épocas, etnias e crenças, brasileiros e estrangeiros. A disposição das faces no mural foi inspirada pelo quadro ‘Operários’ (1933), da pintora modernista brasileira Tarsila do Amaral (1886-1973). E, no centro da figura, um “rosto desconhecido”, segundo o CBPF dedicado a todas as pessoas que, ao seu modo, ajudaram a avançar o conhecimento e a mudar o mundo.

Os Construtores da Ciência, no Mural-Grafite. (Crédito: Luiz Baltar/CBPF)

A diversão não acaba aí, contudo. O grafite tem vários enigmas codificados e escondidos na forma de imagens isoladas ou que se relacionam entre si. Há cinco níveis de dificuldade. E a interação entre os participantes do desafio e o CBPF acontecerá no site dedicado ao grafite, que terá também versão em inglês.

“A iniciativa de esconder enigmas no mural permite provocar a sensação de descoberta nas pessoas. Ou seja, a mesma pela qual passam cientistas e artistas em suas atividades”, diz o físico Ronald Shellard, diretor do CBPF.

Para definir o projeto Mural-Grafite da Ciência, o Mensageiro Sideral só tem uma palavra: GENIAL. A iniciativa do CBPF reúne tanta coisa bacana e bem pensada que até enumerá-las fica difícil. A atitude rebelde da cultura urbana dos grafites casa bem com o momento de protesto da ciência brasileira, depauperada ao ponto da inanição em sucessivos orçamentos federais. Mas nem de longe se limita a um protesto ranzinza; pelo contrário, é uma grande ação criativa, afirmativa, multidisciplinar, moderna, corajosa, ousada e fustigadora de um futuro melhor, voltada a levar a população a apreciar e se identificar com o pensar e fazer científico. Um incrível encontro da ciência com a arte, as duas melhores coisas que o ser humano já inventou.

O trabalho artístico foi feito pela artista plástica Gabi L. Tores, 22, estudante do curso de Artes Visuais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e especializada em desenho e pintura pela Sociedade Brasileira de Belas Artes.

Para quem quiser visitar, o grafite fica na Rua Mauro Müller, 455, no Rio. Confira mais imagens do projeto.

Crédito das imagens: Luiz Baltar/CBPF

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Engenheiro conta como vai recolocar o Brasil na Estação Espacial Internacional em 2018 https://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/2017/07/27/engenheiro-conta-como-vai-recolocar-o-brasil-na-estacao-espacial-internacional-em-2018/ https://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/2017/07/27/engenheiro-conta-como-vai-recolocar-o-brasil-na-estacao-espacial-internacional-em-2018/#comments Thu, 27 Jul 2017 23:30:44 +0000 https://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/files/2017/07/conexao-lucasfonseca-180x101.jpg http://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/?p=6664 Nos próximos meses, 450 crianças do ensino público e privado em São Paulo vão se envolver numa iniciativa para produzir um experimento que será realizado por um astronauta na Estação Espacial Internacional em 2018. Mas esse é só o começo. Segundo Lucas Fonseca, engenheiro aeroespacial e idealizador do projeto, o objetivo é atingir até 1 milhão de jovens, espalhados por todo o Brasil, nos próximos anos, e com isso motivá-los a seguirem uma carreira nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática.

“O que separa 450 de 1 milhão é só termos uma plataforma de ensino a distância”, disse Fonseca em entrevista ao Mensageiro Sideral.

Batizado Garatéa-ISS, o projeto fará parte da 12a edição do Student Spaceflight Experiments Program (SSEP), ação anual do governo americano em conjunto com a Nasa (agência espacial americana) para engajar a comunidade estudantil em experimentos educacionais realizados no espaço.

Estação Espacial Internacional fotografada em órbita por um ônibus espacial. (Crédito: Nasa)
Estação Espacial Internacional fotografada em órbita por um ônibus espacial. (Crédito: Nasa)

A oportunidade foi aberta por meio da Câmara de Comércio Brasil-Flórida, que ajudou na busca de um projeto de impacto que pudesse alinhar interesses brasileiros e americanos. A intersecção encontrada foi com a Kennedy Space Center International Academy (KSCIA).

“A gente começou as tratativas com os órgãos americanos no final de maio e foi aí um não tão longo, mas um duro caminho para conseguir essa aprovação”, conta Fonseca. “Normalmente voam entre 20 e 25 escolas, todas americanas. Em alguns poucos anos, algumas escolas canadenses também voaram, mas de fato vai ser a primeira vez que a gente vai conseguir colocar dentro desse programa uma comunidade que não seja da América do Norte.”

Nesta primeira participação, serão 450 alunos de sétimo ano (faixa dos 13 anos), divididos em 75 grupos que mesclarão alunos do ensino público paulista a estudantes do Colégio Dante Allighieri, escola que firmou parceria com o projeto e está cedendo espaço e infra-estrutura para sua realização.

Cada grupo fará sua proposta de experimento, e uma comissão julgadora definirá o vencedor, que deve ser enviado à Estação Espacial Internacional entre maio e junho de 2018, por uma nave de carga Dragon, da empresa americana SpaceX. Em órbita, o experimento será conduzido por um astronauta americano e então voltará à Terra quatro a seis semanas depois, na mesma Dragon.

Em julho de 2018, a equipe vencedora vai expor os resultados do experimento, junto com os participantes americanos, em evento a ser realizado na Instituição Smithsonian, em Washington, nos EUA.

Confira a seguir a entrevista completa com Lucas Fonseca, em que ele fala dessa iniciativa, do ambicioso plano de levar a primeira sonda brasileira à Lua em 2021, da importância de investir em ciência no Brasil e de sua vivência como engenheiro aeroespacial participante da missão Rosetta, que realizou o primeiro pouso num cometa em 2014.

Para ver os episódios anteriores de CONEXÃO SIDERAL, clique aqui.

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Projeto Garatéa-ISS levará experimento brasileiro à Estação Espacial Internacional em 2018 https://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/2017/07/23/projeto-garatea-iss-levara-experimento-brasileiro-a-estacao-espacial-internacional-em-2018/ https://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/2017/07/23/projeto-garatea-iss-levara-experimento-brasileiro-a-estacao-espacial-internacional-em-2018/#comments Sun, 23 Jul 2017 23:36:59 +0000 https://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/files/2017/07/space_station_over_earth-180x119.jpg http://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/?p=6652 Pela primeira vez em mais de uma década, o Brasil voltará a enviar um experimento à Estação Espacial Internacional para ser realizado por um astronauta. A iniciativa é da Missão Garatéa, o mesmo consórcio espacial que está planejando a primeira missão lunar brasileira, com lançamento marcado para 2021.

Batizado Garatéa-ISS, o projeto fará parte da 12a edição do Student Spaceflight Experiments Program (SSEP), ação anual do governo americano em conjunto com a Nasa (agência espacial americana) para engajar a comunidade estudantil em experimentos educacionais realizados no espaço.

“É a primeira vez que uma comunidade fora da América do Norte teve aprovação no programa e estamos muito animados com a oportunidade”, diz Lucas Fonseca, diretor da iniciativa no Brasil.

A oportunidade foi aberta por meio da Câmara de Comércio Brasil-Flórida, que ajudou na busca de um projeto de impacto que pudesse alinhar interesses brasileiros e americanos. A intersecção encontrada foi com a Kennedy Space Center International Academy (KSCIA)

“Penso que a maior importância de uma colaboração desse porte é a oportunidade de inspirar a futura geração que eventualmente atuará em alguma área do programa espacial”, diz Jefferson Michaelis, presidente da Câmara de Comércio Brasil-Flórida. “Para o Brasil, abre-se uma oportunidade gigantesca, uma chance de reviver a aliança com a ISS e ao mesmo tempo possibilidade a jovens brasileiros e a educadores a inserção na área de espaço. Para os EUA, uma oportunidade de conhecer o lado do Brasil, talentoso, criativo e inovador, o que possibilitará a criação de novas oportunidades entre as duas nações.”

O experimento brasileiro deve ir à estação espacial em 2018 e contará com a participação de 450 crianças do sétimo ano (13 anos), tanto do ensino público como do ensino privado. Desde 2006, quando a Missão Centenário levou à Estação Espacial Internacional o primeiro astronauta brasileiro, Marcos Pontes, estudantes brasileiros não têm uma oportunidade como essa.

COLABORAÇÃO

O projeto não tem financiamento público e, a exemplo da missão lunar Garatéa-L, busca apoio da iniciativa privada para sua realização. “Este primeiro ano estamos tratando como um piloto”, explica Fonseca. “Para o ano que vem, estamos costurando uma parceria com a Olimpíada Brasileira de Astronomia e temos a meta ambiciosa de expandir o programa para atingir 1 milhão de crianças. Para tanto, precisamos nos provar neste primeiro voo.”

A iniciativa será iniciada neste ano, em uma parceria da Missão Garatéa com o colégio Dante Alighieri, de São Paulo. A escola ofereceu suas estruturas de salas, laboratório e professores para o planejamento e a realização do experimento. Como contrapartida, seus alunos participarão do projeto, combinados a estudantes oriundos do ensino público.

Além de envolver os alunos num projeto espacial de vanguarda, a iniciativa oferecerá treinamento para professores com cientistas de alto gabarito trabalhando no Brasil e no exterior. “Sem dúvida é uma oportunidade incrível”, diz Amanda Bendia, pesquisadora do Instituto Oceanográfico da USP envolvida com o projeto. “Os alunos terão a experiência não só de passar por todas as etapas que um cientista realiza para o desenvolvimento de sua pesquisa, mas também terão que pensar em experimentos que sejam simples, práticos e viáveis de serem executados na ISS. Será um grande desafio que contará com o apoio de pesquisadores brasileiros especializados em áreas como Astronomia, Biologia, Física e Química, que darão o suporte multidisciplinar necessário para os alunos desenvolverem suas propostas de experimentos.”

“Acho esta iniciativa fantástica, muito importante para os alunos e professores envolvidos”, complementa Ana Carolina Zeri, do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron. “Estou bem entusiasmada e contente de poder ajudar.”

Fazendo coro a gente muito mais esperta, o Mensageiro Sideral também está muito feliz de poder participar do projeto, como consultor.

Ainda não está definido qual experimento será realizado. Ele será escolhido e projetado entre setembro e dezembro deste ano, para ir ao espaço no primeiro semestre de 2018. A bordo da Estação Espacial Internacional, ele será executado por um astronauta americano e, depois de quatro a seis semanas, será trazido de volta à Terra para análise dos resultados.

Os alunos brasileiros responsáveis pelos experimentos ainda participarão de um congresso de apresentação de resultados no museu nacional de ar e espaço “Smithsonian” em Washington D.C., tendo chance de interagir com estudantes americanos que participarão do mesmo programa. O projeto será assessorado por cientistas ligados a NASA, além de pesquisadores brasileiros da Universidade de São Paulo e do Laboratório Nacional de Luz Sincrotron.

O objetivo do projeto é ampliar o interesse dos estudantes brasileiros pelas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática, essenciais para o desenvolvimento do Brasil, e desenvolver um caminho rápido de amadurecimento de iniciativas espaciais privadas e de capacitação tecnológica para a Garatéa-L, a missão lunar brasileira.

Confira o hotsite do projeto Garatéa-ISS, clicando aqui.

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