A assinatura dos extraterrestres

Salvador Nogueira

Como detectar vida alienígena separada de nós por vários anos-luz de distância? Não é um problema trivial, mas um grupo de pesquisadores liderados pela biofísica Claudia Lage, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, está trabalhando nisso. O segredo é identificar como a presença de moléculas diretamente atreladas à vida pode ser revelada a partir da análise da luz vinda desses planetas distantes.

Concepção artística do Kepler-62e, um dos mundos mais parecidos com a Terra já descobertos. Como saber se tem vida lá?
Ilustração do Kepler-62e, um dos planetas mais parecidos com a Terra já detectados. Como saber se há vida lá?

Peguemos um exemplo concreto: o planeta Kepler-62e, localizado a cerca de 1.200 anos-luz de nós na constelação de Lira. Ele tem um diâmetro 60% maior que o terrestre e orbita ao redor de uma estrela de tipo K, um pouco menor que o Sol, completando uma volta a cada 122 dias. Sua idade é mais ou menos a mesma que a da Terra, e sua composição possivelmente é similar. Como podemos saber se ele abriga uma biosfera?

O instigante planeta foi descoberto ao passar repetidas vezes à frente de sua estrela ao completar voltas e mais voltas em torno dela, produzindo uma ligeira redução de brilho do astro central a cada passagem. Essas variações foram detectadas pelo satélite Kepler, da Nasa, o que permitiu estimar seu tamanho e sua órbita, determinando que ele está na chamada zona habitável — região do sistema em que um planeta como o nosso abrigaria água em estado líquido.

A beleza do achado por este método é que agora os astrônomos podem tentar olhar para aquela direção no exato momento em que o Kepler-62e estiver à frente de sua estrela. A luz individual do planeta é muito diminuta para ser detectada diretamente com os instrumentos atuais, mas é possível ver uma certa quantidade de luz da estrela que atravessa a atmosfera do planeta pelas bordas e chega até nós. Ao analisá-la com um instrumento chamado espectrógrafo acoplado a um telescópio — separando a luz original em um arco-íris de frequências — é possível identificar a “assinatura” de diversos compostos presentes no ar daquele mundo.

É assim que se pretende identificar certos gases simples na atmosfera de planetas afastados. Se o Kepler-62e tiver oxigênio e ozônio, por exemplo, eles serão um indicativo de que algo pode estar vivo lá para produzir esses gases. Na Terra, o oxigênio da atmosfera vem da fotossíntese, produzida por plantas e bactérias. Mas quem vai dizer que o oxigênio alienígena é mesmo de origem biológica?

É aí que entra o esforço de Lage e seus colegas. Eles querem estabelecer assinaturas espectrais que estejam relacionadas diretamente com a vida. Ou seja, em vez de procurar oxigênio, que é um indicativo indireto de atividade biológica, o grupo quer observar coisas como clorofila — a molécula responsável pela fotossíntese nas plantas e que jamais foi vista em nada que não estivesse vivo.

QUÍMICA ALIENÍGENA

Lage esteve apresentando uma versão preliminar de seu trabalho na conferência de astrobiologia promovida pelo Vaticano e pela Universidade do Arizona, na semana passada. Feito em parceria com um grupo da Universidade de Nice, na França, o esforço consiste em basicamente modelar como moléculas essenciais à vida terrestre apareceriam no espectro de luz de planetas distantes.

Uma coisa que pode ocorrer ao leitor é que a evolução da vida está cheia de fenômenos contingentes, aleatórios. Quem garante que clorofila vá aparecer na biologia de outros mundos como apareceu na nossa?

Aí reside uma das sofisticações do trabalho. Ele tenta identificar assinaturas ligadas a famílias inteiras de moléculas. Em vez de procurar um dos tipos de clorofila da vida terrestre, o grupo quer identificar a assinatura das porfirinas — compostos orgânicos em forma de anel que estão presentes em uma série muito variada de moléculas biológicas fundamentais. A clorofila é uma delas. Mas também há porfirina, por exemplo, na hemoglobina, proteína responsável pelo transporte de oxigênio em criaturas como nós.

“O anel porfirínico é essencial para a vida”, disse Lage ao Mensageiro Sideral. “E temos razões para acreditar que ele será incorporado em todas as formas de vida, porque sua formação é fruto de uma reação termodinamicamente favorecida.” Trocando em miúdos, a pesquisadora quer dizer que a natureza adora fabricar porfirina.

OBSERVAÇÃO

Em paralelo ao desenvolvimento dos padrões espectrais teóricos, que precisam ser modelados levando em conta diferentes padrões de temperatura e pressão possivelmente encontrados em outros planetas, o que os pesquisadores querem mesmo é de fato encontrar esses padrões em mundos distantes. Detecção de verdade.

Por isso, Bruno Lopez, do Observatório da Costa Azul, na França, se empolgou ao conhecer o trabalho de Lage e buscou uma parceria. Ele é o pesquisador-chefe (“principal investigator”, no linguajar cientifiquês) de um novo instrumento sendo desenvolvido para o VLT, grande quarteto de telescópios do ESO (Observatório Europeu do Sul), instalado no Chile. Chamado de MATISSE, esse aparato será capaz de obter espectros de alta resolução na frequência do infravermelho — a ideal para a busca de assinaturas de moléculas biológicas.

O instrumento deve ser instalado no ano que vem, e em 2016 já será possível iniciar a caça. Até lá, certamente os astrônomos já terão encontrado outros planetas nas zonas habitáveis de suas respectivas estrelas que sirvam como alvos em uma busca preliminar. O Kepler-62e provavelmente estará entre eles.

Nunca estivemos tão perto de confirmar a presença de vida fora da Terra. Só de pensar que pode acontecer ainda nesta década dá um nó na garganta. Quem viver, verá.

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Comentários

  1. menos de 5% de nossas escolas possuem laboratórios de ciências, isso significa que outras contribuições- como a de Lage – deixarao de acontecer porque as mentes que a fariam não terão a oportunidade de estudar

  2. Puxa… um dos meus sonhos é ouvir essa noticia – de que existe vida (qualquer que seja) – em outro planeta, enquanto ainda andar por este planeta!

    1. Oi Kareta, eu também vou achar o máximo. Acho que não deve demorar muito. Me refiro a vida simples. Quanto a ver ETs, só se formos muito sortudos ou mentirosos…! ; )

      1. Mais!! Kareta eu, mochileiro?? vou mandar o monstro de espaguete voador te pegar! brincadeiras à parte, já vi tantas teorias sobre vida alienígena hostil que fico pensando se era legal mesmo encontrar um pela frente… A gente esta querendo achar outro planeta para colonizar, isso não seria o equivalente a uma invasão? do ponto de vista da vida que houvesse no planeta? nós seriamos os invasores hostis não é? mas não perco a esperança de que tenhamos sorte e nosso primeiro contato seja com os vulcanos – vida longa e prospera, mochileiro!

  3. Desculpem-me a ignorância, mas tem algumas coisas (aliás, muitas coisas) nessa história toda que eu não consigo entender. Por exemplo: hoje a revista Nature divulgou que foi confirmada a existência de um planeta anão chamado 2012 VP113 para além da órbita de Plutão. Segundo a reportagem, a distãncia média de sua órbita ao redor do sol seria de aproximadamente 80 UA. Ainda segundo a revista a presença desse astro poderia confirmar existência, hoje hipotética, da Nuvem de Oort e, ainda, indicar a existência de pelo menos 900 corpos cujos tamanhos poderiam superar até o tamanho da Terra. A minha dúvida aqui é a seguinte: como é possível identificar um planeta como o citado neste post, que se encontra a mais de 1200 anos luz de distância da Terra, almejando-se, como dito, analisar a sua atmosfera, mas não se consegue identificar supostos plabetas que seriam maiores que a Terra e que encontrariam a cerca de meras 100 UA?

    1. Gilmar, vou falar sobre essa descoberta em particular amanhã de manhã. Mas, para esclarecer sua dúvida, no caso dos exoplanetas, o que se observa é a redução de brilho da estrela quando ele passa à frente dela. É uma detecção indireta, portanto. No caso dos objetos distantes do Sistema Solar, a única forma de detectá-los é direta: identificar seu pálido brilho refletindo a luz solar. Por isso é mais difícil ver um objeto de 1000 km a 100 UA de distância do que detectar um planeta a muitos anos-luz daqui.

      1. Grato pela explicação, Salvador. Agora posso dizer que estou entendo um pouquinho mais. Aliás, comecei a me interessar por astronomia e assuntos afins há alguns meses, após uma viagem que fiz aos EUA em que tive a oportunidade de visitar o Kennedy Space Center. Aproveitando a viagem, acabei adquirindo por lá um pequeno telescópio que ainda estou aprendendo a usar, e que, apesar de não ser dos melhores, a cada observação do espaço me revela um mundo totalmente novo e formidável. Somado a isso, ler matérias como as suas sempre me deixam instigado a cada vez mais procurar conhecer um pouco mais desse nosso universo misterioso. Parabéns pelo trabalho. Abs.

        1. Não posso deixar de divulgar aos leitores do blog, quatro excelentes opções de visitação nacionais, são:

          1) O LNA, Laborátório Nacional de Astrofísica, na cidade de Brazópolis, Sul de Minas, conta com o maior telescópio instalado no Brasil, um refletor de 1,6m.
          http://www.lna.br/~divulg/visitas/visitas.html
          (Eles também desenvolvem instrumentos científicos e tem a maior câmara de aluminização do país.)

          2) O Museu Aeroespacial, na Baixada Fluminense, que conta com um aréplica do 14-Bis e do Deimoselle, além da série de foguetes nacionais Sonda.
          http://www.musal.aer.mil.br/
          (Não recomendo ir no verão pois é quente demais)

          3) O LIT – Laboratório de Integração e Testes no INPE, em São José dos Campos.
          http://www.lit.inpe.br/visitas
          (É o único laboratório do hemisfério sul capaz de realizar testes em satélites.)

          4) Para não deixar de lado, a porta de entrada para quem deseja ser astronauta brasileiro, a AFA, Academia da Força Aérea, em Pirassununga – SP.
          http://www.afa.aer.mil.br/index.php?option=com_content&view=article&id=75:contatos&catid=19&Itemid=426
          (A AFA é a sede da esquadrilha da fumaça, além de ter o maior parque de simuladores de vôo do país.)

          1. Oops, falha minha, no item 1 leia-se câmera e não câmara.

            (Se bem que cairia bem se algumas câmaras fossem à vácuo) hi hi hi, não aguentei!

  4. Parabéns à Dra. Cláudia Lage e aos demais colegas que tão promissora pesquisa estão a desenvolver.

    Esperamos que os resultados sejam confirmações de suas hipóteses.

    Bons trabalhos e resultados!

  5. Mesmo que se encontre indícios de vida fora do planeta Terra, ainda existirá a dúvida. Que tipo de vida?

    1. Paulo, é bom saber de que há indícios até em Luas e não propriamente nos Planetas em que elas transitam. E porque não acreditar que nossos primeiros microrganismos vieram mesmo de Marte. Já que este foi muito mais castigado de bombardeios que a nossa Terra. Já pensou se tivesse dado liga por lá mesmo em Marte, hoje não estaríamos nem aqui muito menos por lá.

  6. Prezado Salvador: se centenas ou milhares de exoplanetas já foram descobertos porque suas órbitas os levam a passar periodicamente entre suas estrelas e a Terra, quantos planetas podem existir em órbitas não alinhadas com o nosso planeta? Estes também podem ser detectados com a tecnologia disponível?

    1. Pedro, para planetas em órbitas similares à da Terra, a probabilidade de trânsito visível para nós é de 0,5%. Ou seja, a cada Terra que encontramos, perdemos outras 199. 😉
      Em tese, essas que não fazem trânsito poderiam ser detectadas pelo método de velocidade radial, mas no momento não temos precisão suficiente para detectar um planeta com a massa da Terra, numa órbita igual à da Terra, numa estrela como o Sol.

  7. Sensacional. Parabéns à Claudia e aos diversos pesquisadores brasileiros que tiram leite de pedra.

    E provavelmente estamos próximos da maior descoberta da história da humanidade!

  8. A presença de vida em outros planetas já é comprovada, não por meios oficiais, (os quais são manipulados para isso) mas pelas muitas evidências que existem em nosso próprio planeta, tanto nas áreas da paleontologia e da história antiga (os sumérios por exemplo) quanto das narrações em nossa era em que os avistamentos e contatos são frequentes. No que se diz respeito aos exoplanetas, não é de hoje em que certos astrônomos atentam para a vida nestes planetas, como sendo somente vidas bacteriana e vegetais. Hora! Onde há fumaça, há fogo! Se existe a detecção de outros tipos, digamos de vidas microbianas, bacterianas, etc., é claro que há tambem vidas em outros planetas com civilizações até mesmo mais vançadas do que a nossa. Como disse Galileo, a terra não é centro do universo! Portanto eu digo, que o homem não é o único e nem é o ser mais evoluido do universo. Esta hiprocrisia de certos meios de divulgação em atestar que não existem vida até que se prove ao contrário já está ficando ridícula diante dos fatos que teimam em aparecer, e se concretizam a cada dia mais. Já está na hora do homem dito normal, assumir que não somos os únicos inteligentes no universo, pois a hiprocrisia e a mentira logo cairá por terra. Imagino que o homem vá dizer: “Nós sábiamos, mas não queriamos causar o caos com que esta notícia poderia trazer!”
    “Ridículo!” Temos então que trabalhar com a hipótese de que a vida lá fora já é confirmada! E não com evidências tolas tipo como: “Há já estamos quase lá! Daqui algun tempo teremos a conclusão de que a vida é possível em outros planetas.”

    (Enquanto alguns pensam em como e forma que homem trabalhou para construir as pirâmides do Egito! Outros já descartam a possibilidade da construção delas pelo homem!).

      1. Cara! Bagulho é coisa de pessoas sem noção, de vegetais que vivem a zumbizar(mortos vivos andando)!

        Posso ser maluco, mas não sou idiota e nem hipócrita.

      1. Não! Toda pesquisa é válida, pois mesmo sabendo da existência de vida em outras regiões da galáxia, o dito planeta pode futuramente servir a humanidade!

        Só estou falando que enquantos eles procuram pela formiga! O elefante pode estár encima deles!

        1. Sim, claro, boa idéia ! Vamos parar de fazer pesquisa séria procurando formigas, melhor ler picaretas como Daniken, Sitchin e ir atrás do tal elefante …

          1. Toda pesquisa é séria! E eu não sei nada ainda e quero aprender, mesmo sabendo que existe vida lá fora! Os tipos de vidas são interessantes, mesmo do ponto de vista dos nossos “pesquisadores”.

            Mas se optar por correr atras do tal elefante, você saberá que ele é branco!

    1. Cláudio Lúcio assista os “Alienígenas do Passado” como ilustrações e/ou coisa melhor que BBB14, mas não leve tudo tão à sério. Quando eu era garoto comprei o livro “Eram deuses os astronautas” de autoria do Enrich Von Daniken e fui assistir a filme do mesmo nome e tudo isto por causa das imagens vistas do alto no planalto peruano.

      1. Tetsuo, não entendi direito o que você quis me aconselhar! Mas posso te responder que muitos livros já tenho lido desde que tinha 07 anos. Muitos destes de teóricos conspiracionistas! Seja sincero e me fale: Quem fala a verdade? Os fatos ou o governo e cia?

    2. Sr. Claudio Lúcio

      ‘ …em atestar que não existem vida até que se prove ao contrário…’

      Essa é a diferença entre Crença e Ciência.
      Na crença … crê-se sem exigir prova.
      Na Ciência … EXIGE-se uma prova, e ainda assim pode-se ficar em dúvida!

      Quem acha que já se base tudo não deve perder seu tempo lendo a coluna científica, pois só encontrará mais e mais dúvidas! Deve sr terrível para quem já sabe tudo!

      1. Não é questão crença ou saber tudo!

        É ser coerente com a vida! Ou você acha que você surgiu por acaso? Em outros casos que algem autoritário e poderoso te criou?

        Se o mundo é ciência? Então temos que acreditar no que é mais provávle não é mesmo?
        Que a vida prolifera no universo!

        Eu não sei tudo! Mas há provas suficientes de que não nascemos sozinhos! Pois os Deuses nos criaram! Não?

        1. Pô Claudio Lucio, eu até entendo que tanto você como muitos outros, querem acreditar que existe vida fora da Terra, e que a ciência nos mostra por meio de teórias e formulas matematicas que é quase certo a existencia de outros planetas que também possuem os elementos necessários e prosperaram ao ponto de abrigar vida, isso é estatísticamente muito provavel, mas mesmo assim, até que a solução do problema surja, ele ainda permanece uma incognita. Agora querer usar como prova de existencia de vida extraterrestre esses “mistérios” de civilizações antigas e “avistamentos de ovnis” já é forçar demais a barra, até porque mesmo que fosse provado que foram influencias de seres extraterrestres (coisa que nunca foi provada) ainda assim restariam inumeras dúvidas, como o porque jamais fomos contactados de novo? porque não deixaram uma prova cabal de que são seres tecnologicamente evoluidos e que já viajam pelo cosmo deixando um artefato qualquer, tipo uma ferramenta simples ou coisa similar, mas impossivel de ser fabricado na Terra naquela época, e de material extraterrestre, para que pudessemos ter algo palpavel sobre sua presença? Por exemplo, quando um povo evoluido encontra um povo mais primitivo, eles não dão presentes simples? Como os espanhois dando adornos ao indigenas das américas? Porque não deixaram algo de metal extraterrestre e que resistiria ao tempo para que as gerações futuras pudessem ver é acreditar? Tipo uma mensagem como o disco de ouro que foi mandado ao espaço para que caso algum alien encontre tenha um mapa do nosso planeta e saiba como são os seres que vivem aqui? Porque não fizeram isso? Porque ocultar a sua presença aqui no passado? Mas provavelmente é tudo complo dos governantes e poderosos para esconder a verdade não é mesmo?

          1. Bom Dr. K!

            Vê-s que o Sr. não utiliza meios e nem pesquisas, para se informar.

            O que mais temos no mundo são provas!

            Se eu for citar todas as provas, para você eu vou perder muito tempo neste site!

            Mas vai uma dica: O tumulo de Abydos no Egito…

            Procure se informar mais, antes de afirmar qualquer coisa.

            Existem provais, basta você ter vontade de procurá-las.

            Att.

        2. Claudio, você está concluindo conforme sua expectativa, e depois procurando fatos que a justifiquem. Mas a coisa funciona ao contrário.
          Quando você aprender a separar achismo, quererismo, talvezismo, religião, ficção científica de FATOS, vai começar a entender ciência.

    3. Claudio, o problema é misturar Sumérios, ufos e afins com vida extraterrestre. Microrganismos para mim já é Vida. Asteroides e Cometas são os grandes semeadores dessas vidas. Se eles existem em diversos sistemas estelares, então há muita vida na vastidão do espaço tempo. Outro grande erro é pensar em extraterrestre encarnados na matéria, há teorias de que é lógico supor em interações de energia apenas. (…) e aí Claudio, kkk, agora ficou mais louca a história ainda hein…

  9. Caro Salvador, fico pensando qual seria a nossa reação a uma possível confirmação de atividade biológica nas assinaturas espectrais desses planetas distantes…quero dizer, a busca, a procura, é uma coisa estimulante…mas como ficaria a nossa cabeça frente a uma possível confirmação? Quais seriam nossas novas expectativas, considerando que muito pouco pode ser feito para se saber mais no nosso curto tempo de vida…

    1. Leandro, acho que isso aí vai dar um boost na construção de telescópios espaciais de altíssimo poder de observação e, ao mesmo tempo, iniciará um esforço inicial para projetos de sondas interestelares. Ademais, se começarmos a identificar os planetas vivos, o esforço de SETI pode ganhar um foco que aumentará sua chance de sucesso. Observar estrelas a esmo em busca de uma civilização é buscar uma agulha num palheiro. Mas procurar onde sabemos que há vida é como procurar uma agulha numa bolsinha de costura. 😉

  10. A clorofila é uma molécula orgânica que existe no interior dos vegetais e é responsável pela fotossíntese. A análise espectral da atmosfera de um planeta distante somente forneceria a composição e a proporção dos gases constituintes. Então não é possível detectar a clorofila. ´
    É possível, contudo, detectar os produtos da fotossíntese.

    1. Miguel, a ideia é colher a luz vinda do planeta. Você pode fazer isso com trânsitos opostos, em que o planeta se esconde atrás da estrela. Aí você subtrai o espectro limpo da estrela com o “sujo” que inclui o planeta e obtém só o do planeta. O trânsito ainda é necessário para a subtração, mas dá para tentar pescar alguma coisa do espectro do próprio planeta.

  11. Agora sim as chances aumentam. Mas por que perder tempo com planetas tão distantes. Não seria melhor vasculhar os sistemas mais próximos?

    1. Distantes se comparados às escalas do Sistema Solar, mas próximos se comparados ao Universo. 😉

      1. Bem, digamos que possamos provar que tem samambaias a 1200 anos luz, sejam pensantes ou não. E ai, o dólar cai, o Silvio Santos aposenta?

        1. Todas as evidências sugerem que o Silvio Santos não vai se aposentar. Vai morrer no ar. Fora isso, muda muita coisa. Primeiro, descobrimos que a vida é um fenômeno comum no cosmos. Isso até agora é uma hipótese, mas não há como ter certeza. Segundo, descobrimos que ela guarda alguma semelhança bioquímica forte com a vida terrestre, o que implica que a receita para seres vivos parece ser mais ou menos igual em toda parte. Terceiro, podemos ambicionar procurar samambaias pensantes. Ao saber em que planetas há uma biosfera, os esforços de SETI podem ser direcionados e se tornar mais efetivos. Quarto, isso pavimenta o caminho para contato efetivo com extraterrestres. Quinto, podemos estabelecer um diálogo com eles e, quem sabe, trocar figurinhas científicas. Sem ir até outro planeta, podemos aprender tudo que há para saber sobre ele graças aos pesquisadores locais. Sexto, caso não estabeleçamos contato, estaremos fortemente motivados a produzir espaçonaves capazes de atravessar as distâncias interestelares. Sétimo, de posse dessa tecnologia, podemos escapar à morte do nosso Sol, colonizar a Via Láctea e garantir que a humanidade não irá se extinguir. Então, como você pode ver, essa descoberta seria o primeiro degrau numa escada fundamental da existência humana. E o que ganhamos com isso? O valor não é em dólares. É em Shakespeares, Demócritos, Platões, Einsteins, Spielbergs, que só nascerão e produzirão grandes obras se a humanidade continuar existindo por um período indefinido.

          1. Oi Salvador, com todo respeito então vamos em partes!
            Primeiro: concordo em parte. Descobrimos que há mais vida no cosmos, o que seria fantástico, mas vida continua não sendo necessariamente um fenômeno comum.
            Segundo: concordo em parte. Descobrimos que ela guarda alguma semelhança bioquímica com a vida terrestre. Mas “forte“ é afirmar que implica que “a receita para seres vivos parece ser mais ou menos igual em toda parte”. Especulação né? E estatisticamente falando irrelevante, amostra de dois não é estatística. E o que significa “mais ou menos”? Vida baseada em carbono?
            Terceiro, podemos direcionar os esforços de SETI, concordo. Se a samambaia tiver celular…
            Quarto e quinto – caso a ligação não seja da TIM e caia, esse papinho vai levar 2400 anos pra falar “Alô?” e responder “Quem está falando?”. Pra trocar figurinhas leva um tanto a mais.
            Sexto – ai chegamos ao X da questão. Já somos “fortemente motivados a produzir espaçonaves capazes de atravessar as distâncias interestelares” pelo seu sétimo motivo. Então pra que as premissas?
            PS. O resto é retórica. O fim da humanidade não é produzir Einsteins, esse é o meio.

            Arthur,
            não acho as questões inúteis. Acho a discussão útil a entender diferentes pontos de vista. Não teria perdido tempo questionando, como você mesmo já escreveu. Não, não é importante descobrir vida fora daqui. É interessante, deslumbrante, intrigante e filosoficamente falando pode mudar algumas cabeças. Mas o mundo vai continuar mundo, porque não tem aplicação prática descobrir vida a 1200 anos luz daqui. Ainda se fosse em Marte seria palpável e de aplicação prática razoável.
            Não tem novela aqui na Alemanha e não gosto, prefiro ler e ouvir música. De preferência junto.
            Você se acha superior por não gostar. Então é sua vergonha que te impede de assisti-la. Sugiro que pare de se enganar.

          2. Salvador, só pq te conheço de outro fórum vou acrescentar um nome na sua lista…. “É em Shakespeares, Demócritos, Platões, Einsteins, Spielbergs” Roddenberrys e por ai vai… rsrs… Agora sério… Muito feliz por ver o Brasil produzir crescimento cientifico além do tradicional ‘samba-futebol-carnaval’. É bom q la fora se lembrem que yes, nos temos cientistas!

          3. Pera lá. De que tipo de vida vcs estão falando. Seja bacteriana ou similar já é vida e muito comum sim. Há proliferação microbiana aqui na Terra em lugares aparentemente inóspitos. Imagine na vastidão do universo. Temos que calar essa falácia de achar vida com dois olhos, boca, pernas e braços. Se ainda temos cérebro é obrigatório crer que um dos elementos básicos para vida é o Aminoácido; e acreditando que cometas e asteroides existam em diversos sistemas estelares, a semeadura pode ser feita gradativamente. Se vai gerar um ser social que comenta em blogs, isso já é outra história. kkk

        2. Ele acha tão inúteis essas questões, mas se dá o trabalho de deixar um comentário (este sim, inútil).

          Certo, provar definitivamente, para além de qualquer dúvida, que existe vida fora daqui não é importante.

          Importante mesmo é não perder a novela, Mochileiro.

        3. Caro Mochileiro,

          seus argumentos não podem ser considerados válidos. Veja, se em apenas um exoplaneta forem descobertos traços de matéria orgânica complexa, poder-se-ia inferir que já conhecemos 2 planetas com vida, sendo que esse outro planeta possuiria vida parecida com a nossa, dada a complexidade da matéria encontrada. Isso em um universo de alguns milhares de exoplanetas que já foram detectados. Uma porcentagem relativamente alta, portanto. Imagine em uma população de bilhões de planetas que existem somente na nossa galáxia. Então podem existir milhões ou até mesmo bilhões de planetas com vida! E se moléculas orgânicas semelhantes às terrestres forem encontradas nesse planeta, podemos, sim, afirmar que a vida segue “caminhos parecidos”. Afinal, vida complexa depende de fatores complexos, logo talvez haja uma receita para o seu sucesso. Seria uma coincidência absurda encontrar, num universo tão grande, traços de vida tão parecidos com os nossos. Ademais, se quisermos procurar e estabelecer contato a curto prazo, não precisamos concentrar esforços em longas distâncias. Basta focar nos milhares de sistemas a menos de 100 anos-luz daqui.

          Quanto à importância das pesquisas nesse sentido e do possível achado, bem, só lamento quanto à sua opinião. É muita mediocridade menosprezar qualquer tipo de conhecimento científico, ainda mais quando se tem uma sociedade na qual informação é poder. Salvador já demonstrou aqui no blog a importância de se preservar a pesquisa científica, então acho desnecessário continuar essa discussão. Enfim, acredito que uma descoberta desse tipo seria capaz de mudar os rumos da civilização, definir outras prioridades para a sociedade e fazer cair inúmeros paradigmas.

          1. Sphinx,
            Não menosprezei em momento nenhum o conhecimento cientifico. Pelo contrário, concordo inteiramente inclusive com sua última frase que se deve definir prioridades. E no meu entender, procurar planetas a milhares de anos luz de distância e achar vida em algum deles soa fascinante, mas é ao mesmo tempo inútil pela quase impossibilidade de comunicação nessa distância.
            Quanto a possibilidade de vida por ai eu pessoalmente tenho certeza de que há. No entanto não temos provas ainda e repito, amostra de dois não tem validade estatistica. Não sou eu que digo, e sim a matemagica…

        4. Mochileiro, numa coisa vc está certo. Se há vida inteligente lá fora, talvez estamos engatinhando na tecnologia. Rádio transmissão para eles seria uma piada de mal gosto. Enquanto usamos química para viajem espacial, eles já devem usar a antimatéria para atravessar a Galáxia. Coletam matéria escura enquanto nós ainda trabalhamos em imensas velas solares. E também acredito em mundos que nunca conseguiram progredir, pelo constante movimento de adversidades e cataclismos.

  12. Oi Salvador.

    Levando em conta que planeta(s) só é(são) detectado(s) quando passa(m) em frente a estrela que orbita(m), podemos supor que o número seja bem maior. Ou não?

    1. Sim. Embora existam outras técnicas de detecção que não exijam que ele passe à frente, se levarmos em conta somente os trânsitos planetários teremos um subconjunto de um universo muito maior de planetas. A vantagem de se concentrar nesses é que já podemos fazer espectroscopia. Para estudar planetas que não transitam à frente de suas estrelas por espectroscopia, teríamos de fazer observação direta. É um objetivo, mas ainda está distante, sobretudo para planetas rochosos e pequenos.

  13. Alguma nave distante da frota terráquea com algum instrumento capaz de detectar essas assinaturas, conseguiria se voltar para o núcleo do sistema solar e tirar um “espectrograma”? Para verificar a assinatura da vida terrestre.

    1. No momento, não há ninguém lá fora capaz de fazer esse serviço. Um experimento curioso feito por cientistas é obter o espectro da Terra ao observar o lado escuro da Lua. O brilho tênue que emana dali é luz vinda da Terra! 🙂

      1. A técnica foi justamente idealizada fazendo esta observação da luz refletida pelo lado escuro da Lua, luz esta vinda da Terra. Provou-se ser possível a análise espectral desta forma. A luz refletida carrega a assinatura da clorofila, por exemplo. Assim, espera-se ser possível não só o espectro de absorção, quando o planeta passa em frente à estrela mas também a análise da luz refletida pelo próprio planeta quando atinge a maior distância em relação à estrela. Mas para isto precisamos esperar o aparecimento dos instrumentos com a sensibilidade necessária. A Lua está na nossa cara e a Terra tem uma vasta cobertura de “clorofila”.

        1. Quanta honra Dra. Cláudia. Primeiramente Parabéns pela linha de pesquisa!
          Mas deixa-me perguntar, o novo instrumento seria preciso o suficiente para detectar traços de moléculas presentes na atmosfera durante o trânsito, por exemplo, de super-Terras? A técnica compara os espectrogramas tirados durante e fora do trânsito?

          Ao mesmo tempo que acho incrível esses feitos, os acho angustiantes, saber de alguma descoberta mas que são destinos inatingíveis!

          Parabéns mais uma vez!

        2. Doutora,

          A criatividade e o empreendedorismo baseados nos conhecimentos científicos é tudo que nós almejamos. Um dia a sociedade irá agradecer.

          Meus parabéns!

  14. Bom dia Salvador!

    “mas é possível ver uma certa quantidade de luz da estrela que atravessa a atmosfera do planeta pelas bordas e chega até nós” É certa a existência da atmosfera?

    1. Não é 100% certa. Mas se não tiver atmosfera não vai nos interessar na busca por vida. Ademais, planetas do tamanho da Terra ou de superterras na zona habitável quase com certeza hão de ter atmosferas!

  15. O cruel das observações astronômicas é que de fato estamos olhando para o passado. Sei que mil e duzentos anos seria um milésimo de segundo no “calendário cósmico”, mas não deixa de ser um tempinho razoável para nós humanos. Imagine quanta coisa pode ter acontecido neste planeta em mil e duzentos anos? Poderia até já existir uma civilização semelhante a nossa com emissões de rádio que ainda demorariam uns mil anos para chegar aqui. Realmente estas escalas de espaço/tempo deixam a gente perplexo e até um pouco desanimados. Talvez um dia encontremos alguma onda de rádio que viajou milhares de anos e quem as emitiu já estaria até extinto. Coisa engraçada. Salvador só um pequeno off-topic, você esta acompanhando a nova série Cosmos com Neil deGrasse Tyson? O que você achou?

      1. Salvador eu também estou gostando muito. Acho que o Tyson esta fazendo um bom papel apesar que substituir Carl Sagan é quase impossível. Não sei se estou ficando um velho nostálgico mas as partes que mais gostei foram as referências a série original, mesmo trazendo muitas informações novas. As representações históricas em desenho animado ficaram ok, acho que inferiores as originais que eram filmadas mesmo. Agora o grande diferencial em minha opinião é a trilha sonora. O original contava com o “monstro sagrado” Vangelis o que fez muito a diferença. A nova é comumzinha. Enfim apesar de tudo, também recomendo!

        1. Sinto falta mesmo da trilha sonora original. Por mais que tenham contratado um músico competente de Hollywood para produzir a trilha (Alan Silvestri), nem se compara à de Vangelis. E o Carl realmente é insubstituível. Neil é um sucessor digno, mas não um substituto. Sem falar que não é ele que escreve o texto; ele só o apresenta. Diferentemente de Carl, que escrevia E apresentava. Mas Neil é o melhor que temos no momento.

          1. Então aqui vai uma pergunta realmente importante, qual a trilha sonora mais marcante da ficção?

            Trilha de Cosmos – Vangelis
            Trilha de Star Wars
            Trilha de Star Trek
            Trilha de “2001” Also Sprach Zarathustra – Strauss

            Outras? Votação aberta!

          2. Salvador, falando de Carl Sagan e vida extraterrestre, será que os flutuadores, que Salpter e Sagan proporam, ainda podem ser uma realidade em Júpiter?

          3. Muito complicado, Diones. As variações brutais de temperatura e pressão nas diferentes camadas atmosféricas jovianas dificultam isso. Mas a natureza às vezes encontra formas de surpreender…

          4. A trilha sonora de 2001… Mudou a minha forma de sentir o “Danúbio Azul”.

  16. Podemos detectar o que quisermos, mas a dúvida permanecerá ainda por um bom tempo, enquanto não houver de fato uma exploração direta do planeta, o que ainda está muito longe de ser concretizada

      1. Gostaria de acrescentar que, como estamos trabalhando por observações remotas, todos os dados em conjunto nos permitirão uma análise mais completa quanto à habitabilidade de um exoplaneta como o Kepler-62e: assinaturas de moléculas fundamentais, gases da exoatmosfera, presença de água, cálculos mais precisos de temperatura da superfície…

        1. Claro que para uma cientista, modéstia e cautela são necessárias. Mas eu, e particularmente acredito, que os outros estamos, muito felizes pela criatividade de sua ideia, que realmente mira no alvo da busca de vida extraterrestre, nesse enfoque novo de detecção de exoplanetas, e isso, independentemente do êxito (pois só o desejo e o agir para atingir o alvo com precisão já valeram). Céticos poderão existir, mas por tudo o que se sabe, o fator pensado, clorofila, não poderia ser criado inorganicamente, e a idéia para detectá-la também é inspiradora e nos enche de orgulho por ter partido do Brasil. Enfim a melhor idéia até agora, na minha opinião. … Parabéns mais uma vez, e sucesso é o que lhe desejamos.

          1. Correto, Samuel, a rota de síntese da clorofila é complexa, e, em ciência, temos que ser céticos e cautelosos. Muito obrigada pelos elogios.

        2. Parabéns pelo trabalho, Cláudia.

          Esperemos que os instrumentos sejam capazes de detectar as assinaturas espectrais.

          Os avanços na astronomia estão intimamente ligados aos avanços da instrumentação. Felizmente nos últimos anos estamos observando um maior grau de investimento e uma evolução concreta destes instrumentos.

          Pena que o Brasil não participa mais concretamente no desenvolvimento destes equipamentos.

        3. Este “serviço publico” do Mensageiro Sideral em divulgar a pesquisa nacional é muito importante…..

        4. Oi Claudia, muito bacana. Quanto à análise do espectro tudo bem, mas como você “aponta” os instrumentos para uma coisa que está tão longe? Deve ser 10-E100000000 radianos de largura? Como filtrar os vizinhos, etc.?

        5. Claudia, não haveria uma hipótese de ETs emitirem sinais de vida em forma Biológica; seja uma estrutura DNA em célula viva, seja até em forma de biologia sintética? Há relatos de cientistas/astrônomos não oficiais (são os que mais considero) de que pequenos microrganismos intrigantes já foram encontrados ou misturados em massas de nuvens nos pontos mais elevados da troposfera. E não eram bactérias e fungos como já fora revelado em 1999.

  17. Penso que só a descoberta de oxigênio e ozônio na atmosfera desses planetas não é indicativo final de vida, assim como a descoberta de algumas moléculas de carbono em Marte nunca foi indicativo de vida por lá.
    O ser humano pode continuar eternamente estimando a vida extraterrestre através dessas observações sem chegar a um veredito final, mas certeza mesmo seria descobrir, por exemplo, emissões inteligentes de rádio vindo destes corpos distantes.

    1. É melhor procurar qualquer vida…Vida inteligente, que use telecomunicações, só surgiu na Terra há 4 milhões de anos, após 3,5 bilhões de anos de evolução. mesmo assim, só temos emissão de rádio há 100 anos. Calculando 100/4.000.000 = 0,000025 % do tempo de existência do homem, ou 0,00000000028% do tempo de vida na Terra. Um percentual tão mínimo de tempo, dificilmente haverá “gente” transmissora exatamente no mesmo período que nós precisamos para receber os sinais deles aqui e sabermos interpretá-lo. Pense bem, a vida na Terra levou 3,5 bilhões de anos para aprender a usar transmissão de rádio!

      1. Mas esse cálculo é baseando-se no desenvolvimento da vida na terra com as condições de vida que existem aqui. Mas nesse planeta a vida pode ter se desenvolvido bem ante e em condições bem diferentes, portanto eles podem estar anos luz de desenvolvimento a nossa frente, ou no mesmo estágio, ou até ainda em níveis primitivos.
        Basear-se pelas condições daqui é um erro.
        E ainda que esse planeta tem a mesma idade da terra, mas há planetas muito mais antigos do que o nosso, portanto, vida inteligente existe fora daqui, a questão é onde…

    2. Pelos dados do Programa SETI até hoje apenas 72 segundos de frequência estreitas foram captados por radiotelescópio. Até hoje não foram verdadeiramente decifrados. E claro há muita interferência. Por falar nisso há muitos arquivos dispostos pelo SETI, internautas do mundo todo podem ajudar na busca de sinais é só baixar um programinha e cada pessoa fica responsável por um pedacinho do céu. Eu participo, mas creio que, se existe vida lá fora, emitir sinais de rádio para eles seria piada.

        1. Pessoal, a igreja pode ter errado muito no passado, é feita de seres humanos. Mas temos que considerar as coisas positivas que fez para a ciênica.
          Com certeza eles estão buscando respostas igual a todos.
          Vamos respeitar.

          1. Ninguém desrespeitou. Foi só uma piada. Mania de politicamente correto dos infernos (aí, ó. Inferno!)

      1. …junto com os autores. O objetivo do Vaticano era somente atraí-los para a fogueira.

      1. Correção,

        Produziu. Eles vão tentar agora queimar novos livros científicos. rsrsrsrsrs

        Tamos juntos.

  18. Lage está se orientando pelos vetores corretos. Ao invés de perder tempo com pesquisas indiretas usou sua inteligência para realmente mirar nos fatores que matarão as dúvidas sobre a vida fora da Terra. E ótimo que tenha empolgado o pessoal da França. Se der certo, é o Brasil na fita. Parabéns, Lage!

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