Um planeta sem sol
Um cientista americano acaba de descobrir um planeta órfão, que não tem sol. Ele está flutuando pelo espaço, não muito distante do Sistema Solar. O achado vem se somar a outros para consolidar cada vez mais a noção de que é difícil estabelecer uma separação clara entre planetas e estrelas.
O novo objeto, que atende pela feiosa designação WISE J085510.83–071442.5, tem entre 3 e 10 vezes a massa de Júpiter — é um gigante gasoso, portanto — e, como seria de se esperar de um astro que não gira em torno de uma estrela, é frio. Sua temperatura estimada gira entre -48 e -13 graus Celsius. Aliás, só não é mais frio que isso porque provavelmente ainda retém algum calor proveniente de seu processo de formação. E ainda bem, porque é o fato de não ser completamente congelado que permitiu sua detecção, por meio de um suave brilho em luz infravermelha detectado pelo satélite Wise, da Nasa.
O achado tem chamado a atenção dos astrônomos por duas razões: primeiro porque é o astro mais frio desse tipo já detectado. Segundo porque ninguém sabe direito como chamá-lo. O autor da descoberta, Kevin Luhman, da Universidade Estadual da Pensilvânia, preferiu defini-lo como uma “anã marrom”. Essa classe de objetos é composta por estrelas “abortadas”, que não conseguiram reunir massa suficiente para iniciar a fusão de hidrogênio em seu núcleo e, por isso mesmo, não “acenderam”. Só que parte da comunidade astronômica traça a linha entre planetas e anãs marrons num limite de 13 vezes a massa de Júpiter. Seguindo esse critério, o achado seria um planeta órfão, e não uma anã marrom.
A sugestão vem do fato de que, com mais massa que isso, o objeto consegue ao menos fundir deutério (versão mais pesada do átomo de hidrogênio, com um próton e um nêutron no núcleo), gerando uma módica quantidade de energia térmica. Agora, se ele tem menos de 13 massas de Júpiter, nem isso ele consegue. É uma bola morta de gás, que vai se resfriando conforme o calor interno da formação se esvai, ao longo de bilhões de anos. Bem a cara de um planeta gigante gasoso, só que sem uma estrela para chamar de mãe.
Luhman está pintando e bordando em tempos recentes com os dados do satélite Wise. Num estudo recente, ele praticamente descartou a presença de um planeta X nas profundezas do Sistema Solar (para a tristeza dos nibirutas), e noutro ele conseguiu analisar o padrão de nuvens de uma anã marrom pertencente a um par binário que ele mesmo descobriu. A descoberta do WISE J085510.83–071442.5 (para os íntimos, WISE 0855–0714) é o terceiro trabalho bombástico em sequência. O astrônomo americano está rapidamente se tornando o rei das anãs marrons. Esse último artigo foi publicado na última segunda-feira no “Astrophysical Journal Letters”.
PLANETAS SOLITÁRIOS (E PRÓXIMOS)
O achado, na prática, demonstra que pelo menos um certo tipo de planeta — gigantes gasosos maiores que Júpiter, mas menores que as anãs marrons — pode se formar sozinho no espaço, pelo mesmo processo que leva ao surgimento de estrelas.
Também é muito interessante observar a proximidade que esse astro recém-descoberto guarda do Sistema Solar. O objeto está a 7,1 anos-luz da Terra, uma distância que faz dele o quarto sistema mais próximo (perdendo apenas do trio em Alfa Centauri, da anã vermelha conhecida como Estrela de Barnard e do par binário de anãs marrons descoberto anteriormente pelo próprio Luhman). Não chega a ser uma distância para encorajar nibirutices, mas me faz pensar em algo que o físico britânico Freeman Dyson disse, ao refletir sobre viagens interestelares.
Costumamos pensar que uma viagem até a estrela mais próxima (Proxima Centauri, a 4,2 anos-luz) significa que a humanidade terá de atravessar essa imensa distância (cerca de 40 trilhões de quilômetros) numa pernada só. Isso, por sua vez, faz muitos pensarem que voo interestelar é impraticável. Dyson, contudo, destaca que há muita coisa nesse suposto vazio entre uma estrela e outra. Ele sugere que viagens interestelares podem ser feitas mais ou menos do mesmo jeito que os antigos polinésios atravessaram o oceano Pacífico — pulando de ilha em ilha.
Já sabemos que há muitos objetos de porte razoável além de Netuno (planetas anões como Plutão e Éris), que poderiam nos receber e abrigar colônias humanas instaladas em ambientes controlados, a despeito do frio intenso. De lá, podemos saltar para objetos que ora se aproximam daquela região, ora se afastam, como o Quaoar. Numa terceira parada, teríamos os possíveis planetas anões presentes na nuvem de Oort, que se estende até um ano-luz de distância do Sol. De lá, quem disse que não encontraremos planetas órfãos — pequenas ilhas no vazio cósmico — que nos ajudem a atravessar os três anos-luz restantes?
Além de planetas que não conseguiram virar anãs marrons, podemos encontrar astros de todo tipo que nasceram em torno de estrelas, mas depois foram ejetados de seus sistemas planetários de origem e agora seguem órbitas em torno do centro da Via Láctea. Eles são praticamente invisíveis para nós daqui, visto que são pequenos, distantes e gelados, mas talvez possam ser detectados pela humanidade do futuro, que já tiver estabelecido uma estação de pesquisa em Quaoar.
Além de turvar a distinção que fazemos de planetas e estrelas, esses astros órfãos realçam a incrível variedade do cosmos. E nos fazem lembrar que não podemos restringir nossa imaginação aos próximos dez anos, ou mesmo ao próximo século. O Homo sapiens já tem 200 mil anos. Se continuar existindo por outros 200 mil, o que não poderá estar fazendo no longínquo ano de 202.014? Gosto do Dyson sobretudo porque ele não tem medo de pensar grande. Quando você se vê diante do tempo em escala astronômica, nada parece impossível.
A terminologia de Salvador Nogueira é subjetiva, carregada de termos pejorativos, indicadora de apego apaixonado a um ponto de vista e rejeição arbitrária de outros.
Embora o artigo seja esclarecedor, há uma visível tendência pessoal em agredir quem advoga a existência de Nibiru e, ironicamente, o autor faz isso dando a entender que defende a ciência verdadeira.
Sugiro a Salvador que aprenda a utilizar uma terminologia mais neutra, sem ataques apaixonados, para não cair no mesmo fanatismo intelectual que ele pretende criticar nos “nibirófilos.”
Caríssimo, sim, a minha terminologia é subjetiva. E o sujeito, não por acaso, sou eu. Se eu não for contar as coisas do meu jeito no meu blog, onde contarei? Como respondi em outra parte, “nibiruta” e “nibirutice” são expressões mais carinhosas que qualquer outra coisa. Estou sempre disposto ao debate, como muitos “nibirutólogos” já viram (pergunte ao Julio Dalcin, que vive por aqui e é um “nibiruta” fanático!). O que não aceito é terrorismo — tentar convencer as pessoas de que há um cataclismo iminente, ou coisa parecida.
Companheiro Ignorante veja que você tem o livre arbítrio para “passear pela web”, portanto, se as leituras das matérias divulgadas pelo Salvador te incomodam tanto, não sofra! Simplesmente não mais acesse ao blog.
Quanto a Nibiru, qual o sentido em buscar algo fantasioso; porque você e os nibirufólogos não tentam dedicar seus tempos em provar que 1 + 1 seja diferente de dois e é lógico considerando que 1 seja um número real, natural e inteiro? Talvez se engajando com dedicação e profissionalismo acadêmico você desenvolva uma tese para mostrar ao mundo.
Como disse o Salvador “Se eu não for contar as coisas do meu jeito no meu blog, onde contarei?” veja que o seu texto “subjetiva, carregada de termos pejorativos, indicadora de apego apaixonado a um ponto de vista e rejeição arbitrária de outros” não torna você um campeão e/ou pessoa autorizada a orientar ou recomendar qualquer coisa, né não? Se você deseja leituras onde você possa se deleitar, leia matérias do Itamaraty onde por dever de ofício se poupam objetividade lacônica ou ainda, viva entre os imortais da ABL.
Vocês inventam um Planeta Assassino (ou anã castanha) com uma órbita elíptica e os cientistas que tem que provar sua não existência?
Já que é assim, tem um buraco negro a caminho do sistema solar! Conto melhor essa história no meu livro “Privada Galáctica”. Agora prova que estou errado!
Att.
Zacarias da Silva.
🙂
Para quem quer pensar de forma livre sobre o assunto:
http://helloneart.blogspot.com.br/
Mais uma prova de que Hercólubus é uma possibilidade teórica plausível e de que temos que manter a mente aberta à possiblidade de que existam estrelas anãs ainda mais frias e até agora indetectáveis.
Qual é a prova de que não existem corpos muito mais frios que este bem perto do nosso sol?
PS. O termo “nibiruta” indica ausência de terminologia neutra, certo ressentimento e tendência de atacar ou agredir, o que não é adequado para um cientista verdadeiro.
Caríssimo, a hipótese pseudocientífica do Nibiru é clara: trata-se de um planeta com órbita elíptica, periélio e afélio marcados, assim como período. Esse Nibiru não existe. Agora, se qualquer planeta errante ou distante qualifica como Nibiru, vivemos numa galáxia cheia de nibirutas! 🙂
Salvador,
Parabéns por reunir tantos comentários (paixões e exaltações a parte) com um assunto tão pouco comum nos dias de hoje.
Não sou um nibiruta, mas acho o assunto muito interessante (no campo da ficção), porém quando se faz uma pesquisa em um site de busca, não abre nenhum comentário contrário ao assunto.
O que diz a comunidade científica a respeito?
Quem é a autoridade máxima no assunto?
Um forte abraço.
Elio, uma busca por “Nibiru” no Google mostra meu texto refutando essa ideia doida na sétima posição. Espero que, aos poucos, conforme mais pessoas leiam, ele chegue ainda mais perto do topo. Para a gente matar de vez essa lenda urbana que ainda aterroriza alguns. A comunidade científica em geral faz força para não dialogar com nibirutas, por medo de que isso pareça dar legitimidade ao debate. Até outro dia achava errado. Mas depois que vi a história de um documentarista que produziu um filme para dizer que a Terra é o centro do Universo e conseguiu entrevistar vários cientistas renomados, que falaram sem saber do que se tratava o programa e tiveram suas falas editadas e distorcidas, entendo porque muita gente não queira nem tocar em determinados assuntos. Abraço!
Salvador, eu lembrei da formação da nossa lua, que, se não estou enganado, surgiu da colisão de um planeta com o nosso. Imagino que hoje seja fácil detectar com antecedência de alguns anos um astro desse tamanho vindo acabar com nossa existência, ou estou errado??
Abç
Diego, se eles estiver completamente “frio” pode ser bem difícil de ver antes de entrar no Sistema Solar…
Nossa, nesse caso então não há escapatória. Li aqui outro dia sobre a técnica que estão inventando para “introduzir” uma bomba nuclear dentro dos asteroides no melhor estilo Armageddon, mas penso que se tratando de um planeta… Como é que vão explodir um planeta inteiro..?! Dificílimo de imaginar.
Diego, se um planeta estiver em rota de colisão conosco, de fato não há o que fazer. Mas não custa lembrar que o espaço é muuuito grande, e isso nunca aconteceu, em mais de 4 bilhões de anos de história do nosso sistema solar.
Salvador, lá, por volta dos meados dos anos 1960, quando a “aventura” espacial experimentava suas primeiras descobertas com o uso de radiotelescópios, era mais fácil você ler, ver ou ouvir noticiários tendo como fonte originadas no observatório de Jodrell Bank da Universidade de Manchester, principalmente quando captaram os primeiros sinais de rádios oriundos de pulsares e se criou umas expectativas se seriam de seres inteligentes. Hoje pouco se noticiam fatos descobertos por aquela instituição e quais seriam as razões? No site eles disponibilizam farturas de informações como os áudios de diversas fontes espaciais que são eletrizantes.
No meu comentário acima falei sobre a nossa curta existência ante tantas descobertas futuras que gostaria de presenciar, mas se eu viver até 100 anos e mais seis meses acho que não conseguirei ler 0,0001% de materiais disponíveis na web, daí a vantagem de um blog como o seu para assuntos pontuais mas de grande relevância.
Pois é. O espaço é beem grande, e felizmente tem muita gente trabalhando há muito tempo em desvendar seus mistérios. 🙂
Muito bom o Blog ; todos os dias novas descobertas interessantes sobre o universo. Acredito que um dia vamos conseguir viajar a grandes distâncias em poucos anos .
navegar no espaço não é tão fácil e seria necessário muitos testes, então, startrek é o pior exemplo de ficção para imaginar como seria, nesse seriado é tudo muito simples e até gravidade há na menor espaçonave. Eu acho que erram mais do que acertam como seria no futuro.
existem muitos obstáculos, ficar usando astros como ponto de escala não será tão fácil como faziam os primeiros navegantes em Terra, porque aqui temos boa parte da sustentação de sobrevivência necessária e os desafios são outros.
para viagens interplanetárias vai ser preciso ter supercomputadores e Inteligência Artificial para auxiliar os tripulantes, o corpo humano não hiberna como os ursos e seria preciso dormir por muito tempo. Para viajar à velocidade da luz temos de encontrar mecanismos de proteção e desvios muito bons ou a nave vira uma bomba.
a tecnologia mais tentada é a aceleração por plasma, mas ainda não é muito potente para decolar de um planeta, só o tempo dirá se é vantajosa. Ainda dependemos, também, de um mecanismo de geração de energia como se fosse um mini sol.
acho que o teletransporte ou tubos magnéticos de dobra, ou seja lá o que possa ser criado, será mais seguro e rápido, como sabemos que existe a ação fantasmagórica com átomos, o efeito nos permitiria viagens instantâneas. Mas é bem startrek ainda, infelizmente.
sobre o no-biruta, do tamanho de Netuno? mas que loucura! sem noção seusbiruta
Netuno é um planeta gasoso e de alta pressão, muito dificilmente um planeta dessas dimensões abrigaria vida, e é meio difícil o planeta dos no-birutas ter uma lua habitável, talvez Jupiterianos possam ter quando localizados na zona habitável, o porém é que não sabemos o efeito negativo de um Júpiter tão próximo na possível forma de vida. Lembre-se que a Terra tem boa estabilidade para sustentar vida, tanto que a gente nem percebe e ignora seus efeitos.
Muito bom, Salvador. Pra variar, alia informação, formação e reflexão. Parabéns! De anãs a supergigantes, estrelas sempre nos fascinam.
Valeu, João! Abraço!
Salvador Noqueira,NIBIRUZÃO CHEGANDO.Onde há fumaça há fogo!!!!!Eu só queria te contar
Que eu fui la fora e vi dois sóis num dia
E a vida que ardia sem explicação.
Bem, no espaço, não há fogo. Mas gosto da música! 🙂
Eu também vi! Parecia estar em uma órbita “imbecilíptica” cortando o céu entre um E.T numa bicicleta e o trenó do papai Noel. 🙂
Sou só eu que leio os comentários respondidos pelo Salvador Nogueira? rsrsrs…
Parabéns pelas matérias!
Sempre leio!
Abraço!
Valeu! Leia o seu então! 🙂
Abraço!
Olá a algum tempo comecei a ler seu blog, e estou realmente gostando muito, e desde que assisti o seriado “Cosmos”(Carl Sagan), desenvolvi uma grande curiosidade sobre essa ciência , astronomia.
Gostaria de Saber, quais dicas você daria para alguém se iniciar na astronomia amadora?
E sou estudante de engenharia elétrica, existe uma relação direta entre minha área de estudo e a astronomia? (Pois surgiu a ideia de tentar desenvolver algum projeto que as integrem.)
Math, bacana. Acho que o primeiro passo para se iniciar na astronomia amadora é se familiarizar com o céu, aprender onde estão as constelações, reconhecer os planetas, a olho nu. Depois, pensar em adquirir um telescópio. (Escrevi sobre isso especificamente na Folha no ano passado: http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2013/10/1356157-saiba-como-escolher-um-telescopio-para-ver-o-cometa-do-seculo.shtml)
Sobre conexões entre engenharia elétrica e astronomia, certamente devem existir. Mas confesso que não tenho nenhuma ideia específica para te dar agora.
Abraço!
Salvador Nogueira, olhando seus comentários, eis que minha dúvida está quase que respondida.
Estou pensando, a principio, em comprar um telescópio refrator no ML e depois, com a experiência, passar para algum newtoniano bom.
Mas, estou em dúvidas… em um refrator eu posso visualizar razoavelmente marte, por exemplo?
E por ultimo: depois de aprender utilizar devidamente cartas estelares (tenho alguma experiência), você recomendaria pegar logo de cara um Newtoniano e “pular” o refrator?
Ou é bom deixar de ir com muita sede ao pote e começar por baixo?
Igor, Marte é um planeta difícil de ver. Mais difícil que as luas de Júpiter ou os anéis de Saturno, apesar de estar mais perto. Eu tenho um refletor de 114 mm e não consigo ver praticamente nenhum detalhe de Marte (salvo, com muito boa vontade, a calota polar). As maiores dificuldades que o refletor acrescenta são no apontamento (normalmente ele é menos simples de manejar) e na manutenção (colimação dos espelhos etc.). Mas acho que dá para você pular direto, se estiver engajado. rs
Entendido, e você recomenda algum livro de astronomia para leigos?
Obrigado.
Puxa, tem vários, inclusive o meu “Rumo ao Infinito”. Um que li há muito tempo (provavelmente está fora de catálogo) é “O Despertar na Via Láctea”, do Timothy Ferris.
Olá Math D.,
Se me permite, um projetinho eletrônico bacana de se construir é um receptor para captar a emissões de rádio de Júpiter. Você pode obter informações de esquemáticos, layouts das PCIs e detalhes construtivos de antenas neste site:
http://radiojove.gsfc.nasa.gov/library/news_features_archive.htm
Ao mesmo tempo que você exercita na prática a montagem de circuitos de telecomunicações e a utilizar os equipamentos de laboratório, pode aprender muito sobre astronomia! Você terá que estudar legal as interações da magnetosfera joviana com o vento solar e as luas galileanas para entender os sinais que receberá, além de aprender a montar uma antena com “tracking” equatorial que por sí só já é um projeto e tanto.
E pode contribuir com os pesquisadores da Nasa enviando suas escutas!
(Um livro muito legal para aguçar a curiosidade no tema é o “No reino dos astrônomos cegos”, do Prof. Ulisses Capozzoli.)
My 2 cents.
Amigos, vamos mudar de assunto. Que tal falarmos de sexo?!
Hmmm, certo. Você prefere nivelar por baixo ou por cima? 🙂
Salvador, gostei muito da reportagem acima. Sei que não tem muito a ver com o assunto, mas tem uma história ridícula que vejo na internet sobre o “satélite cavaleiro negro”. Você já ouviu falar dessa lenda?
Nussa, essa é nova. Nunca ouvi falar… rs
Segue um dos links dessa história ridícula hehehe. http://iamplayerone.blogspot.com.br/2013/01/o-que-e-o-satelite-black-knight.html
Se este planeta errante, vier em direção a Terra, a atração de sua grande massa desequilibrará o clima de nosso planeta, causando fortes furacões, terremotos, etc… O ideal seria pensar em abandonar a Terra!
Mas a chance de isso acontecer é muitíssimo baixa, e mesmo que aconteça demorará muito, muito tempo. Ele está longe pra burro, quase 80 trilhões de km. E tanto ele como o Sol se movem em torno da Via Láctea. Para um alcançar o outro, vai ser complicado…
A maioria das pessoas só conseguem enxergar nestas notícias catástrofes, poxa vida, mudem o foco de seus pensamentos.
Pois é. Deve ser frustrante para elas acordar todos os dias e descobrir que o mundo ainda não acabou — terão mesmo de sair para ir trabalhar. 😛
Haa… Nério, me desculpe mas vou ter que dar um pitaquinho e citar a obra cinematográfica de 1951 que é a sublimação dos desejos de todo nibirauta! Um clássico da sessão da tarde, “O Fim do Mundo” (When Worlds Collide).
Fico pensando nas coisas maravilhosas e surpreendentes que a Ciência ainda vai nos contemplar. Espero que que ainda de tempo. Além das mudanças climáticas, que castigam e demonstram a incompetência de alguns governadores q não sabem nada de gestão (vide o caso Cantareira) dos escassos recursos hídricos, existem os asteroides e ejeções de massa solar q num piscar de olhos podem consumir com a espécie humana.
Acredito que a única maneira de irmos para as estrelas é com uma nave similar a mostrada no documentário do National Geographic chamado “Evacuando a Terra” encontrado no Youtube. Mas sem o caráter e urgência que é mostrada neste documentário, poderíamos construir uma melhor como no vídeo.”Espaçonave Rama se fosse feita pela humanidade”, também no Youtube.
Salvador,
Um dos argumentos dos “nibirutas” é que haveria faria no Google de mapeamento do céu que está apagada.
Você poderia comentar algo a respeito?
Já comentei. Procure no Google: mensageiro sideral nibiru. (Estou no cel, por isso não caco o link aqui.)
“O achado, na prática, demonstra que pelo menos um certo tipo de planeta — gigantes gasosos maiores que Júpiter, mas menores que as anãs marrons — pode se formar sozinho no espaço, pelo mesmo processo que leva ao surgimento de estrelas.”
Não entendi como se pode ter certeza que o planeta não foi ejetado de um sistema estrelar…
Não se pode ter certeza no momento, mas é o que parece com base no movimento dele.
Esta é boa! “Nibirutas e nibirutices”
Rs, rs, rs..
Será que os TCI (teóricos conspiracionistas da internet) vão gostar desta!
Valeu! Rs, rs, rs, rs.
fiz alguns cálculos rapidamente.
Ainda bem que levará mais de 7 anos luz para isso acontecer, pelos meus cálculos, se a esse planeta errante vier em direção ao sistema solar, considerando que ele tenha a mesma velocidade da Terra (107.200 KM/h), que esta a 7 anos luz de nos:
v luz vácuo = 300.000 km*s ou (1.080.000.000 km/h;
7 anos luz = 61.320 horas x 1.080.000.000 = 66.225.600.000.000 km para percorrer.
7 anos v. terra = 61.320 horas x 107.200 = 617.776,119
66.225.600.000.000 / 617.776.119 = 107.200.
Minha conclusão é que ainda temos tempo, + ou – 107.200 anos até essa tragédia.
mas temos que considerar que as estrelas de Centauri estão mais próximos desse planeta, acho que iria para aqueles lados.
A sua conta esquece o fato de que o Sol e quase todas estrelas desta região da galáxia viajam juntas quase a mesma velocidade em torno do centro dela. Eu escrevo “quase” porque estrelas como a de Barnard parecem seguir trajetórias diferentes numa velocidade diferente e daqui há alguns milhares de anos esta estrela vai se aproximar mais de nós do que a Próxima Centauri, mas se afastará depois. Já quanto a este planeta errante, falta descobrir sua trajetória e portanto suas contas estão simplificadas demais.
O pior não é a quem acredita no Nibiru, pior é a fabula do macaco, essa é de dar azia
Tem razão. É bem melhor acreditar num cruel ditador cósmico que resolve tudo com um estalar de dedos e faz muita questão de saber o que, e quem, você come, né não?
A existência de um planeta assim só confirma o que a mecânica estatística diz sobre a aleatoriedade das coisas, sejam elas átomos, moléculas, gases, líquidos, sólidos, seres vivos, planetas, sóis, etc. Tudo é aleatório e num sistema gasoso aberto tal como numa nebulosa ou num sistema planetário que sofreu alguma influência externa, um planeta (ou estrela anã marrom) deste tipo pode existir.
Excelente texto, acessível até a uma advogada cujo entendimento de astronomia se resume a saber os nomes dos planetas do Sistema Solar e da nossa galáxia.
Eu sei que não tem relação com a reportagem, mas alguém aqui conhece o físico Laércio Fonseca, que diz manter contato com extraterrestres? Segundo ele, só poderemos ter uma tecnologia equivalente a desses seres quando descobrirmos nossa dimensão espiritual. O que acham?
Carol, obrigado! Sobre o tal Laercio, siga o famoso alerta de Sagan: “Afirmações extraordinárias exigem evidências extraordinárias”. Se o figura nos apresentar provas verificáveis do que ele diz, beleza. Se não, descarte. Nem preciso dizer que ele não tem prova nenhuma de que fala com ETs, né? 🙂
Carolina, complementando o comentário do Salvador; em astronomia, vale a regra geral do procesos civil onde o ônus da prova é sempre de quem alega (333, I e II, do CPC), afinal, allegatio partis non facit jus – a alegação da parte não faz/produz o direito.
Portanto, sempre desconfie desses “cientistas” que apresentam teses milaborantes, que tomam por absolutas, mas, sem quaisquer provas concretas.
Igor, já ganhou! 🙂
Caroline. Leia o livro de Carl Sagan , chamado “O Mundo Assombrado pelos Demônios” .
mais um detalhe sobre a questão de espiritismo ou coisa semelhante para E.T. poder falar com a gente e outras firulas…
E.T. não é um deus, não deve ser endeusado e não há deus algum no universo inteiro.
embora possamos confundir um E.T. com um deus, pense no seguinte: hj a tecnologia é tão comum para nós que usamos computador, mas no tempo das pirâmides um faraó nos chamaria de deuses se visse um avião, mas sabemos que avião é tecnologia, nada de deuses.
Embora todos estejam certos e é necessário uma prova concreta da comunicação com os ET’s, não podemos esquecer que esta possibilidade existe. Dá mesma forma que as formigas do formigueiro andam de um lado para o outro sem ter noção que as estamos observado, nós também podemos estar sendo constantemente observados por seres altamente desenvolvidos que vivem numa dimensão que nós sequer temos condições de detectar. E esta dimensão pode ser sim na direção do espiritualismo, que na verdade pode ser uma outra dimensão física. Tão complicado quanto explicar a origem do universo é explicar o que é esta tal de consciência…. e porque ela existe. E afinal de contas, o que somos cada um de nós…..
Fiquei imaginando como o Carlos responderia essa mensagem. 🙂
Aquele Carlos??
Melhor perguntar pro Salvador!! 🙂
Muito bom artigo, discordo somente com a parte de formar colônias para chegarmos até outro planetas. Não somente pelo custo gerado (se pensarmos nos equipamentos que temos hoje) mas porque acredito que ainda encontraremos meios de viajar no espaço de forma mais rápida (os buracos de minhoca ou por que não o hiperespaço) podem ser formas mais viáveis que vários povoamentos, não?
O planeta “Forever Alone”
Sloan Digital Sky Survey – SDSS é um mapa digital em 3D, considerado o mais completo com mais de 400 mil galáxias já catalogadas. Fico imaginando num futuro próximo quando tivermos um mapa completo do universo, incluindo não só a modelagem das galáxias, mas suas estruturas completas, incluindo-se planetas ‘errantes’ como este para os futuros astro-nautas se localizarem e não perderem o caminho de volta para o planetinha azul.