Os planetas habitáveis que forçam a amizade
Na segunda-feira (2), um grupo internacional de astrônomos anunciou a descoberta de três planetas potencialmente habitáveis que, segundo Fernando Vannucci, estão “logo ali”, em torno de uma estrela a cerca de 40 anos-luz de distância. É um achado precioso, mas não pelos motivos que você tem ouvido por aí.
Primeiro, dê uma olhada no gráfico preparado pelo Laboratório de Habitabilidade Planetária da Universidade de Porto Rico que mostra a zona habitável em torno da estrela Trappist-1 e as órbitas dos três planetas.
Uma imagem às vezes fala mais do que mil palavras, e essa certamente fala um bocado. Os dois planetas mais internos, que completam uma volta em torno da estrela a cada 1,5 e 2,4 dias terrestres, respectivamente, caem na região aquém da zona habitável. E o terceiro planeta ainda não tem uma órbita definida com precisão (os cientistas não sabem se ele completa uma volta a cada 4,5 dias, a cada 73 dias, ou em algum outro período entre esses dois limites), mas muito provavelmente está além dela.
Tanto que nem usando uma definição mais “otimista” de zona habitável — região do sistema em que um planeta recebe o nível certo de radiação para manter água em estado líquido na superfície –, representada na imagem pela região verde clara, eles parecem se salvar. (Com isso, os novos planetas nem entraram no catálogo de exoplanetas potencialmente habitáveis mantido pela Universidade de Porto Rico.)
Em seu artigo na “Nature”, os pesquisadores liderados por Michaël Gillon, da Univerisdade de Liège, na Bélgica, não escondem esse fato. Veja o que eles dizem, logo no resumo: “Os dois planetas mais internos recebem quatro e duas vezes a radiação da Terra, respectivamente, colocando-os perto da borda interna da zona habitável da estrela. Oito órbitas permanecem possíveis para o terceiro planeta baseado em nosso dados, a mais provável resultando numa irradiação significativamente menor que a da Terra.”
No entanto, o press release produzido pelo ESO (Observatório Europeu do Sul) “vendeu” esses mundos como “potencialmente habitáveis”. Eles estão mentindo? É uma pegadinha? Não, é só uma consequência de estudarmos planetas num sistema tão radicalmente diferente do nosso.
A estrela Trappist-1 é o que os cientistas chamam de anã vermelha ultrafria, com temperatura superficial de cerca de 2.300 graus Celsius e apenas 8% da massa do Sol. É uma estrelinha, cujo diâmetro é mais parecido com o de Júpiter do que com o solar. Por consequência, o sistema também se parece mais com o das grandes luas jovianas do que com o espaçoso Sistema Solar. Os três planetas que cruzam ocasionalmente à frente da estrela — e com isso “entregam” sua existência a telescópios na Terra — provavelmente estão numa trava gravitacional, o que significa que eles têm a mesma face virada para a estrela o tempo todo (como Io, Europa, Ganimedes e Calisto fazem com Júpiter, e a nossa Lua faz com a Terra).
Na prática, isso quer dizer que os planetas Trappist-1b, 1c e 1d podem ter uma face que fica permanentemente sob seu sol e outra que reside em tempo integral na escuridão. Alguns modelos sugerem que, em mundos assim, o hemisfério iluminado seja quente demais, o escuro seja frio demais, e uma pequena faixa “maomeno” exista entre o dia e a noite — um potencial oásis habitável num planeta de resto bastante hostil à vida.
SERÁ?
Aí é que entra o charme da descoberta. Não teremos de especular sobre isso durante centenas de anos, como fizemos sobre todo esse assunto de exoplanetas nos últimos quatro séculos. A partir de 2018, quando o Telescópio Espacial James Webb for lançado ao espaço pela Nasa, esses três planetas em Trappist-1 serão alvos preferenciais para pesquisa.
Eles preenchem três critérios essenciais: orbitam estrelas pequenas, passam à frente de suas estrelas com relação ao nosso ponto de vista e têm o tamanho que nos interessa, sendo mundos potencialmente rochosos.
Quando um desses mundos transita pela estrela, a luz dela que passa de raspão pela atmosfera do planeta carrega consigo — em nossa direção — uma assinatura de sua composição, além de várias outras informações a respeito do planeta. É o chamado “espectro de transmissão”, que o novo telescópio espacial da Nasa poderá detectar com grande precisão.
“Dados do Telescópio Espacial James Webb devem produzir fortes parâmetros-limite para massas planetárias [que permitirão estimar a estrutura interna desse mundos], temperaturas atmosféricas [para testar nossos modelos de zona habitável], e abundâncias de moléculas com grandes bandas de absorção, inclusive vários biomarcadores [indicativos de vida] como H2O [água], CO2 [dióxido de carbono], CH4 [metano] e O3 [ozônio]”, escrevem os autores em seu artigo científico.
Planetas como os que existem em torno de Trappist-1 são os que nos darão a primeira chance de começar a de fato comparar sistemas vizinhos ao nosso, indo além dos parâmetros básicos como características gerais da estrela e tamanho e massa dos planetas circundantes. Poderemos ver se há lá versões de planetas similares a Vênus, se há mundos com faixas habitáveis, se a circulação do calor pela atmosfera se dá conforme nossos modelos e se eles têm um jeitão parecido ou muito diferente, se comparados à Terra e aos planetas solares.
Mais empolgante ainda é o fato de que a busca feita com o telescópio Trappist (acrônimo para TRAnsiting Planets and PlanetesImals Small Telescope), localizado em La Silla, instalação do ESO no Chile, até agora mirou apenas 60 estrelas. Se numa amostragem tão pequena já achamos mundos tão interessantes e ao alcance da próxima geração de telescópios para caracterização, o que podemos esperar das próximas descobertas? Como serão os sistemas Trappist-2, 3 e 4? Não tardará a encontrarmos aí planetas do tamanho da Terra banhados pelo mesmo nível de radiação que nosso mundo ganha do Sol, numa distância que permitirá sondagens mais detalhadas.
Com efeito, a Nasa pretende lançar no ano que vem um telescópio espacial chamado TESS, cujo objetivo é encontrar justamente mais desses alvos preferenciais para posterior caracterização. Certamente, quando o James Webb for ao espaço, já haverá uma lista bastante interessante de alvos para investigar. E finalmente começaremos a testar nossas teorias sobre habitabilidade e, quem sabe, se tivermos sorte, encontrar as primeiras evidências concretas de vida fora da Terra.
Vai ser legal demais.
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kkkkkkk. rachei de rir Salvador com o título da matéria.
🙂
It’s a Trap(pist)!
Salvador, no caso da Terra vista do espaço, seria o Oxigênio o nosso melhor biomarcador ?
Imagino que atmosferas ricas em oxigênio sem uma reposição constante, devem ser muito raras.
Quanto aos outros biomarcadores citados vejo que são bem comuns, mesmo no sistema solar.
No nosso caso, sim. Mas parece que, em torno de anãs vermelhas, há meios abióticos de produzir oxigênio…
Obrigado Salva! Vou dar uma pesquisada a respeito 🙂
Muito bacana.. viajo também nessas imagens que os caras criam dos exoplanetas.
então cria seu próprio planeta! 😀
http://planetmaker.wthr.us
Caraca, mlk! Onde achou isso? Genial!
nada muito complicado, é só aprender a usar as palavras certas no google, hehe
Show David! Boa a dica, site super legal. Fiz vários planetas lá.
Com tempo e paciência da para fazer uns planetas bem interessantes.
Fiz um planeta de água muito maneiro! Já imaginei os habitantes inteligentes dele. Um monte de águas vivas enormes que fazem fotossíntese e que criam colônias gigantescas! Kkkkk.. O que elas não têm de polegar opositor têm de tentáculos! Fora a consciência coletiva delas 😀
Deve ser o planeta natal do Lord Cthulhu!! 😀
Seria possível explicar para pessoas como nós leitores, algum parâmetro observado a 40 anos luz que indicaria que o planeta esteja em uma trava gravitacional?
Gabriel, dada a distância entre a estrela e os planetas, é muitíssimo provável que eles estejam numa trava gravitacional. Mas, para verificar com certeza, seria importante obter espectros de infravermelho que acompanhassem várias fases do planeta (de quase cheio, prestes a passar por trás da estrela, à fase nova, no trânsito, passando pelos crescentes e minguantes) e assim pudessem distinguir entre as temperaturas no lado escuro e no lado claro — isso foi feito recentemente para um exoplaneta desse tipo com o telescópio de infravermelho Spitzer.
*
Well… agora o assunto ficou digerível. Tks, boy.
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Salvador, o Paradoxo de Fermi não conspira contra a existência de planetas habitados perto de nós (por exemplo, 100 anos-luz)? Pois se existisse uma Tecnosfera (evoluida a partir de uma Biosfera) capaz de enviar sondas de Von Neuman (sondas auto-replicantes) para sistemas solares vizinhos, estas sondas já teriam nos colonizados. Como não fomos colonizados, isso sugere que a distribuição de planetas habitados não é uniforme mas talvez fractal, com grandes bolhas não colonizadas (olhe para uma fotografia noturna de Terra para perceber que nosso processo de colonização não é uniforme mas contém grandes bolhas desertas. Como não fomos colonizados, isso sugere que estamos dentro de uma grande bilha vazia de habitabilidade…
Lembro-me dessa sua ideia, Osame, mas é muito difícil especularmos sobre se alienígenas optariam por sondas de Von Neumann. Elas são eficientes, mas à custa do ambiente. E aqui na Terra, nem tão evoluídos, já estamos aprendendo que, quanto menos impacto ambiental causamos, melhor. Até recentemente, adotávamos noções de Dyson e Kardashev para alienígenas — quanto maior a “pegada” deles, mais avançados eles estão. Outro dia o prof. Amâncio Friaça, da USP, comentou que pode muito bem ser o contrário: quanto mais avançados, menor o impacto que causam, até serem discretos a ponto de não serem notados. Essa pode ser muito bem uma das explicações para o paradoxo de Fermi. Tendo reunidos tantas informações sobre sua vizinhança cósmica, eles adotam uma versão extrema da “Primeira Diretriz” e influenciam o mínimo possível em outros sistemas planetários com vida, justamente para não afetar seu desenvolvimento.
Essa ideia é muito interessante, Salvador. Afinal, essa também é uma de nossas preocupações, na busca de vida alienígena em Marte, e em possíveis missões futuras para Encelados e Europa.
um app online muito interessante que simula a formação de planetas numa nuvem protoplanetária! bem i nteressante!
http://www.nowykurier.com/toys/gravity/gravity.html
Obrigado David! Ótima dica.
Eu não imaginava que em um sistema regido apenas pela lei da atração (gravitação) houvesse tantas fugas de corpos devido a interação dento do sistema.
Para mim quase todos iriam precipitar para um centro comum, mas na realidade ocorre uma dança bastante caótica.
Valeu mesmo pela dica do site, brinquei por um bom tempo lá 🙂
soluções para dois corpos são relativamente simples. para 3 corpos, complica bastante. para 4 ou mais é praticamente impossível encontrar soluções analíticas para as trajetórias (ou seja, com fórmulas exatas). só com simulações mesmo.
David, notei uma coisa curiosa, talvez vc pode me esclarecer.
Quando crio dois corpos com massa muito elevada eles se atraem fortemente, o estranho que ao invés de fundirem quando colidem eles ricocheteiam, como duas bolas de bilhar.
Mas corpos menores se fundem.
Certa vez li na Scientific American uma reportagem sobre colisão de buracos negros, e lá dizia que dependendo de como colidirem eles poderiam sofrer um ricochete gravitacional e ir cada um para um lado. Fiquei sem entender como isso funciona…
Vc tem alguma ideia? Alguém sabe?
curioso, não havia reparado neste comportamento.
provavelmente é alguma condição programada na simulação: corpos menores que uma massa limite colidem inelasticamente (se fundem), e corpos de massa maior têm colisão elástica (ricocheteiam). não sei se existe alguma razão física para terem programado assim, ou se foi só para deixar a simulação interessante mesmo, hehehe.
num sistema com planetas em torno de uma estrela fica fácil prever as trajetórias: é um corpo de massa enorme rodeado de outros distantes entre si e de massas desprezíveis comparadas à da estrela central. a força mais importante sobre os corpos é mesmo a exercida pela estrela, e as outras podem ser desprezadas, o que facilita muito as coisas!
já num “enxame” de corpúsculos de massas parecidas, temos que considerar para cada corpo a influência gravitacional de todos os outros restantes no sistema, somando todas as contribuilções. o resultado disto é algo praticamente caótico, para todos os efeitos práticos…
Será mesmo que poderíamos dizer que pode haver um oásis — uma pequena faixa habitável — em um planeta tão hostil à vida? Digo isso, pois fico imaginando como seria a movimentação de massa de ar nessa pequena região situada entre regiões muito quentes e muito frias. Provavelmente, essa região estaria sob efeito de ventos incrivelmente rápidos e hostis.
Pois é. Eu só acredito nessa dos oásis estreitos vendo…
não sei… será que a formação destes ventos violentos aqui na terra não está relacionado à rotação do planeta, e à presença alternada de massas de terra e de água, com coeficientes térmicos tão diferentes?
Se estes planetas estão travados gravitacionalmente (ou seja, é sempre dia de um lado e sempre noite do outro) talvez o deslocamento de massas atmosféricas tenham chegado a algum equilíbrio ao longo do tempo, e exista sim a tal faixa “oásis”…
É impossível chegar a um equilíbrio, estando um dos lados do planeta recebendo calor constantemente de sua estrela. E ademais, devemos lembrar que embora apenas um lado do planeta receba luz, ainda assim esse planeta possui movimento de rotação, que é coincidente com o movimento de translação em torno da estrela.
concordo. imagino a massa atmosférica fria, do lado escuro do planeta “escorrendo” rente à superfície em direção à face iluminada, enquanto a massa quente, mais leve, se deslocaria para o lado escuro através das camadas mais altas da atmosfera. isto criaria um vórtex atmosférico ao longo de toda a faixa intermediária do planeta que separa as duas faces, o tal “oásis”. do lado escuro, a massa quente precisaria perder calor de alguma forma, possivelmente irradiando infravermelho para o espaço.
a pergunta é se o tal vórtex citado acima seria intenso o suficiente a ponto de impossibilitar o aparecimento da vida, ou se seria exatamente a fonte de energia desta vida, adaptada de alguma forma a aproveitar esta característica peculiar de seu planeta. previsões de comportamento de massas gasosas são bem complicadas, e o melhor que podemos fazer para consegir respostas é estudar simulações numéricas desses fenômenos. mas tais simulações podem errar muito!! (vide nossas previsões do tempo)
Eis a questão. É difícil responder, afinal até alguns anos atrás nem imaginávamos que haveria vida perto de zonas vulcânicas, no solo oceânico. E aquela descoberta abriu uma imensa gama de opções e possibilidades para encontrar vida, em outros planetas e lugares.
É capaz que esse “oásis”, de fato, seja uma possibilidade para a vida microbiana, mas acho muito improvável que vá além disso, devido a hostilidade ambiental. Mas a verdade é: nenhum de nós temos a mais remota capacidade de prever quais são as possibilidades da vida surgir e se desenvolver. Só podemos continuar dando bons chutes. rsrs
Caramba, agora que ví que esse mini sistema solar está dentro de uma área de apenas 0.15 UA, ou seja, pouco mais de 20 milhões de km de raio. Isso significa que os dois planetas mais internos, qdo alinhados, devem ficar a menos de 5 milhões de kms de distancia um do outro. Se eles forem mais ou menos do tamanho da Terra mesmo, imagino que os planetas apareçam nitidamente como discos nos céus, um do outro, exatamente como a imagem que abre a matéria.
E se existir mesmo vida inteligente fora do Sistema Solar, mas a uma distância tão inimaginável que jamais faremos contato? Ou seja… se existir mas não fazendo diferença pois nunca faremos contato?
Bem, se não fizermos contato após buscas exaustivas no Universo próximo, isso já é um resultado interessante. Alguns confundem a busca de vida extraterrestre com a necessidade pessoal de que ela exista. Na verdade, o que os cientistas querem é saber — o resultado é indiferente. Como disse o Arthur Clarke, “há duas possibilidades”. “Ou estamos sozinhos ou não estamos. Ambas são igualmente assustadoras.” 🙂
faço outra pergunta: e se existir uma bem perto de nós, mas nunca entrarmos em contato com ela simplesmente porque desistimos de continuar procurando? acharia muito mais frustrante saber disto do que continuar procurando sem nunca encontrar…
Salvador. Se estivéssemos observando nosso sistema solar há alguns milhões de anos luz. Poderíamos afirmar que marte e vénus fazem parte de uma zona habitável?
Como leigo que sou, contenho muito o entusiasmo quando leio noticias assim devido a essa minha dúvida.
Marte com certeza, Vênus, dependendo da definição. Mas com a tecnologia de mais alguns anos, seríamos capazes de dizer que Marte e Vênus, apesar de estarem na zona habitável, são inabitáveis. Já a Terra… 🙂
Por fim, preciso saber se realmente a vida nestes planetas
Salvador, acho muito bem feitas suas reportagens e pesquisas. Minha pergunta, meio inocente até, é a seguinte:
– Se estes planetas estão há 40 anos-luz de distância da Terra, como é possível calcular esta distância?
– Significa que estamos vendo, hoje, uma imagem de 40 anos atrás olhando para o céu?
Obrigado!
até uns 100 anos luz, é possível calcular a distância por desvio de paralaxe.
http://cienciaetecnologias.com/paralaxe-calculo-distancia-estrelas/
distâncias maiores, mas ainda “próximas” (em termos astronômicos, obviamente) são determinadas medindo-se o brilho das estrelas e comparando-os com outras de brilho já conhecido. como a gravidade, o brilho também diminui com o quadrado da distância, assim se descobre a que distância está uma estrela dentro de nossa galáxia.
para distâncias realmente gigantescas (galáxias longínquas), é pelo desvio para o vermelho do espectro.
Peço desculpas por me antecipar ao Salvador, mas gostaria de tentar responder às duas questões.
1. Os astrônomos calculam a distância de uma estrela pelo paralaxe (a mudança de posição vista em um momento e vista seis meses depois), achando o resultado por triangulação; se ela está muito distante a ponto do paralaxe não der precisão suficiente, eles usam outras estrelas próximas dela com luminosidade conhecida e estimam a distância. quarenta anos-luz é próxima o bastante para ser determinada por paralaxe. Vide mais em http://super.abril.com.br/ciencia/como-se-mede-a-distancia-ate-as-estrelas
2. Sim, a luz dessa estrela demora 40 anos para chegar até nós, portanto estamos vendo-a como ela era nos nossos 1976.
Seu texto cita como biomarcadores substâncias como gás carbônico, metano.
Esses componentes são bio marcadores em se tratando de “vida” com base no carbono.
Existem correntes sérias que tratam a possibilidade de vida com base em outros elementos químicos?
Existem, mas é tudo muito especulativo. Há quem defenda que qualquer detecção de composição atmosférica em desequilíbrio químico que não possa ser explicada geologicamente deva ser tratada como evidência de vida. Mas neste momento o mais certeiro é apostar no carbono, pois é o mais flexível elemento da tabela periódica, além de extremamente abundante.
Salvador como é possível estrelas pouco maior que um Júpiter ser uma estrela e planetas muito maior que um Júpiter ser ainda um planeta.
A chave é ter a massa maior que Júpiter, não o tamanho. Com mais massa, o astro se comprime mais e rola fusão nuclear no centro, gerando energia. O que falta a Júpiter para ser estrela é massa, não tamanho. 😉
Salva, Júpter poderia ser uma estrela?
Não. Falta massa para ele. Se tivesse massa suficiente, seria uma estrela, não haveria outro jeito. rs
Olá Salvador!
Acompanho sua coluna e fico entusiasmado com essas descobertas que aparecem por aí.
Pensando um pouco mais para frente sobre as “pistas” de planetas habitáveis:
– Digamos que foram encontrados planetas nesta faixa habitável;
– A atmosfera deles apresentem semelhanças com a nossa;
Quais os próximos passos ou indícios que devemos vasculhar para saber se há vida nesses planetas? E pensando ainda mais lá na frente, o que podemos procurar para saber se existe vida inteligente nesses mundos?
Um abraço e parabéns pelos seus textos!
Lorant Tirczka
Lorant, se encontrarmos um planeta com temperatura adequada à presença de água líquida e metano, isso por si só já seria evidência de vida. Se tiver oxigênio, pode ser evidência de fotossíntese ou não — vai depender da modelagem da interação do vento solar com a atmosfera (há meios abióticos de produção de O2, segundo alguns cientistas). Abraço!
Não entendi a resposta. Parece-me que, na primeira frase, tem alguma coisa de mais ou de menos.
A questão da pesquisa da vida em outros planetas torna-se difícil porque os cientistas só conseguem imaginar a vida como a que temos na Terra, estreitando em muito as possibilidades de que esta seja encontrada. Disse certa vez um escritor: ” Se nunca tivessem visto um peixe, jamais acreditariam que um ser pudesse viver debaixo d’água.” Só acreditamos no que percebem nossos sentidos e instrumentos de pesquisa, porém essa percepção ainda é muito pequena comparada com a imensidão do Universo.
Discordo. Veja, tirando o hélio (que é quimicamente inerte), os quatro elementos mais abundantes do universo são também os quatro elementos mais abundantes na composição dos seres vivos que conhecemos: hidrogênio, oxigênio, carbono e nitrogênio. Não tem nada de especial nisso, é o “lugar comum” da química do cosmos.
O conhecimento acumulado pelo belo trabalho de milhares de pessoas ao redor do mundo nos últimos séculos nos permite, com razoável margem de segurança, deduzir que se existe vida lá fora ela deve fundamentalmente se parecer com a nossa. Não tem nada de “acreditar” nisso.
ué, mas não era de se esperar que a vida utilizasse exatamente os elementos mais abundantes no universo para sintetizar seus componentes? que utilizassem uma matéria prima mais facilmente disponivel? Por que diabos a vida “escolheria” elementos como rutênio, ósmio ou protactínio para sintetizar substâncias importantes de seu metabolismo?
Salvador,
Sendo a estrela uma anã vermelha, seu grau de radiação e calor não é bem menor que a de nosso Sol? Isso não poderia contribuir para que esse planeta fosse habitável?
Mas gostaria de saber também: Toda anã vermelha já foi uma estrela maior e mais poderosa como nosso Sol? Se foi acredito que esses planetas então passaram por bons bocados nesse passado, com temperaturas fortíssimas que provavelmente aniquilariam toda a possibilidade de vida. Ou será que é possível que esses planetas mantinham uma distância bem maior e por algum motivo que desconheço tenha se aproximado somente após essa estrela ter se tornado uma anã vermelha?
Abçs
Sim, claro, ela é bem mais fria e emite muito menos radiação. Mas o cálculo da zona habitável leva isso em consideração. Note que todo o sistema — inclusive a zona habitável, cabe num raio de 0,1 UA, que é menos que a órbita de Mercúrio…
Não, anãs vermelhas já nascem pequenas.
Muito interessante para sonhar. Vou sentir saudades da Terra e um desgosto mortal dos que a maltrataram
Salvador, como puderam determinar com tamanha exatidão a orbita do 1º e 2º planeta em 1,5 dias e 2,4 dias e tiveram uma margem tão grande com relação ao 3º planeta de 4,5 dias a 73 dias, isso significa que em determinado momento o 3º planeta foi observado passando na frente da sua estrela em intervalos menores do que em outros momentos? isso não poderia indicar um 4º planeta em uma orbita parecida?
Perfeita pergunta. Eles captaram dois trânsitos do suposto terceiro planeta, e não é impossível que sejam dois, embora eles considerem muitíssimo improvável, pelo perfil muito similar das duas curvas de luz. Com duas passagens só, é difícil confirmar o período, porque às vezes variações na estrela podem esconder trânsitos ou simulá-los. O padrão para o Kepler, por exemplo, são quatro trânsitos pelo menos planeta. Aí você tem mais segurança. (Por isso também as descobertas do Kepler estiveram limitadas a planetas que levam um ano ou menos para completar uma órbita, uma vez que ele passou quatro anos em operação na sua missão original.)
Salvador, essa matéria acima me fez pensar numa coisa estúpida, mas acredito que valha a curiosidade. Um telescópio, estando ele ou aqui na Terra (acho que seria inviável), ou no espaço, teria que ter quais proporções, com a tecnologia atual de lentes, para podermos enxergar além da atmosfera dos planetas (como a visão de um GPS, por assim dizer) nessas distância “não tão grandes” como 40 anos-luz até uns 100 anos-luz?!? Em outras palavras, que tamanho deveria ter um satélite espião de extraterrestres?
Nos anos 2000, a Nasa e a ESA trabalhavam em conceitos de telescópios espaciais capazes de, por exemplo, mapear continentes em exoplanetas rochosos. Eles usavam interferometria e vários satélites para produzir a imagem equivalente à de um telescópio que tivesse o tamanho da separação entre os satélites. Ambos os projetos (Terrestrial Planet Finder e Darwin, respectivamente) acabaram cancelados, até porque ainda seria preciso fazer desenvolvimento tecnológico para executar as missões dentro de um orçamento e um prazo previsíveis. Portanto, não é nada impossível que façamos isso ao longo do século 21. Acho que vai depender basicamente de encontrarmos planetas “interessantes” lá fora. A detecção de evidências preliminares de vida na atmosfera de um desses exoplanetas certamente motivaria as agências espaciais a tirar esses projetos da gaveta. Eu apostaria em vê-los lá para 2040…
Salvador, a cada dia novas noticias e descobertas. Acompanho com atenção todas as matérias sobre o assunto, Acredito piamente que existam outros mundos habitáveis, (Por quê seriamos o unico biscoito no pacote?) mas não acredito que na nossa geração possamos provar algo a respeito. O que você acha?
Acho que vamos encontrar mundos habitáveis — ou seja, com temperatura e pressão atmosférica compatíveis com a vida — na próxima década, e talvez alguns deles já tenham alguma evidência atmosférica de presença de vida. Acho que a nossa geração ainda verá bastante coisa boa. 😉
Estamos reconhecidamente na Era de Ouro da Exploração Espacial, é certo que muita tecnologia de hardware precisa ser desenvolvida, mas os conhecimento necessário, a teoria, o como fazer, já é conhecida. Torço muito para que a economia mundial volte a ser pujante pois assim terá mais verbas disponível para a área.
Nossa economia já é pujante, mas nossa corrupção também,rs…
Gastos bélicos, creio eu, também atuam para o mal, no que se refere à exploração espacial para fins acadêmicos.
Bom, sou o Spooky, também acredito que existe conhecimento guardado…
Como diria o Bilú: Busque conhecimento!
Acredito que focar me quantidade de estrelas, planetas habitáveis, etc não deveria ser o foco para determinar a probabilidade quantos plantas pode ter vida inteligente.
O foco deveria ser o tempo, pois o tempo é quem define várias coisas, desde a evolução dos elementos químicos de acordo com o tipo de estrela, ou seja está relacionado a idade da galaxia.
Passando pelo tempo para a vida evoluir.
Em seguida do tempo entre catástrofes.
Depois do tempo para dá o grande salto tecnológico dos últimos 100 anos.
Resumindo em quanto tempo poderemos ter tecnologia para fazer viagens intergaláticas ? Já deveria existir alguma vida com pelo menos 1000 anos a nossa frente, visto que 1000 anos não são nada.
Se existe, e seguindo essa probabilidade errônea com base em quantidade, teríamos milhares de vidas mais inteligentes, e a inteligencia nem sempre é pra o bem, ou seja algum ser poderia está tentando nos destruir e outros nos defendendo ? O bem está vencendo o mal ? ou temos sorte em sermos bem raros,distantes ou um dos primeiros, o suficiente pra não ser alvo destas outras espécies ?
Putz…desculpem os erros de português.Acho que melhorei.
Acredito que focar na quantidade de estrelas, planetas habitáveis, etc não deveria ser o foco para determinar a probabilidade quantos planetas podem ter vida inteligente.
O foco deveria ser o tempo, pois o tempo é o que pode definir várias situações, desde a evolução dos elementos químicos de acordo com o tipo de estrela, ou seja, está relacionado à idade da galáxia, até o tempo de vida da mesma.
O tempo para a vida evoluir deveria ser levando em consideração.
Em seguida do tempo entre catástrofes e sair ileso ou evoluir com elas.
Depois do tempo para dá o grande salto tecnológico dos últimos 100 anos.
Resumindo em quanto tempo poderemos ter tecnologia para fazer viagens intergalácticas? Já deveria existir alguma vida com pelo menos 1000 anos a nossa frente, visto que 1000 anos não são nada.
Se existe, e seguindo essa probabilidade errônea com base em quantidade, teríamos milhares de vidas mais inteligentes, e a inteligência nem sempre é pra o bem, ou seja, alguma espécie poderia está tentando nos destruir e outras nos defendendo ? O bem está vencendo o mal ? ou temos sorte em sermos bem raros, distantes ou um dos primeiros, o suficiente pra não ser alvo destas outras espécies ?
Vitor, a sua referência ao tempo é o que penso também. O Tempo é uma realidade cruel para nossa espécie e implacável em relação a nossa evolução. Pode ver, a maioria dos artigos aqui publicados, as perguntas sérias de alguns nossos colegas e o Salvador tentando esclarecer pontos discutidos, sempre ronda a sombra do Tempo. Limitando, no momento tecnológico atual de nossa raça, barreiras e dificuldades que parecem sem solução. Mas, estamos seguindo um caminho de novas descobertas e teremos grandes resultados neste século. Quem estiver vivo, verá.
vitor e Raf, o tempo é justamente o último fator na fórmula de Drake:
N=R * f_p * n_e * f_l * f_i * f_c 8 L
Onde:
N é o número de civilizações extraterrestres em nossa galáxia com as quais poderíamos ter chances de estabelecer comunicação.
R é a taxa de formação de estrelas em nossa galáxia.
fp é a fração de tais estrelas que possuem planetas em órbita.
ne é o número médio de planetas que potencialmente permitem o desenvolvimento de vida por estrela que tem planetas.
fl é a fração dos planetas com potencial para vida que realmente desenvolvem vida.
fi é a fração dos planetas que desenvolvem vida inteligente.
fc é a fração dos planetas que desenvolvem vida inteligente e que têm o desejo e os meios necessários para estabelecer comunicação.
L é o tempo esperado de vida de tal civilização.
Obrigado David, porém citei tempo não apenas relacionando ao tempo esperado de vida de tal civilização, mas citei varias situações pra mostrar que deveriam existir não uma, mas varias variáveis de tempo na forma de Drake.
Bom, que as pesquisas irão em breve fazer novas descobertas é um fato, porem que estas descobertas sejam à favor de qualidade de vida aqui na terra já é uma outra história, por certo todas estas pesquisas não são simplesmente para “matar” nossa curiosidade de onde viemos, se existe vida lá fora, etc… mas muitas delas estão sendo financiadas com objetivo de novas explorações e novas descobertas que possam trazer beneficios, riquesas e por ai vai. Minha expectativa é que novas descobertas sejam feitas para aprimorar o homem e mostrar que existe outras possibilidades, mas para usufruir disso tudo é preciso que o homem “amadureça” e seja digno de novas oportunidades, ainda haverá grandes fatos para a humanidade, mas não como estamos, somente após varios desenvolvimentos, teremos a chance de vislumbrar coisas novas, inéditas e de grande impacto.
Estamos avançando em tecnologia, novas descobertas, pesquisas, etc… Mas, socialmente, continuamos como no reino dos Faraós ou até mais antigo ainda, da Dinastia dos Chineses e Castas da Índia.
Discordo. Hoje um cidadão tem mais probabilidade de conseguir, por meio das instutuições, a garantia de direitos universais, cuja concepção, longe de ser efetiva, já é sinal de avanço.
Talvez na Suécia, Dinamarca, Noruega, Finlândia quiçá na Islândia…. e depois de 7.000 anos, grande evolução social. Puxa, como crescemos socialmente. 6 Bilhões de pobres e/ou miseráveis, 1,3 Bilhões de uma classe dita B e C e o “resto” com 99,75% do poder econômico do planeta.
Que melhora, hein!. Tão diferente do passado, não é, acho que antes o “resto” detinha 99,95% do poderio econômico.
Ah, é bem diferente, sim, cara. Só somos quase 8 bilhões justamente porque coisas como vacinas e medicamentos foram inventados e se tornaram praticamente universais — até mesmo num país tosco como o Brasil, a expectativa de vida é maior hoje do que na Europa um século atrás. 😉
O progresso tecnológico foi enorme, fantástico. Para quem gosta de ciência e tecnologia, como eu, é fascinante.
Já na parte social também houve progresso, mas infelizmente não tanto quanto na tecnologia.
A humanidade ainda está mais para “aprendiz de feiticeiro”, do que para uma sabedoria prática e eficaz.
Como foi dito “para a humanidade, as estrelas, ou nada”.
Mas para chegar às estrelas, a humanidade tem primeiro que sobreviver a si própria.
É uma questão em aberto.
Aposto todas as minhas fichas em que vai dar certo. Mas para quem gosta de ciências, está longe de ser uma aposta lógica.
Assim como existem os teóricos das conspirações, como eu, existem os teóricos pessimistas.
Vivemos uns, sei lá, trinta anos sobre a América do Sul e afirmamos que tudo É ruim, porque, sob NOSSA PERSPECTIVA, ESTÁ ruim.
Pergunte a um Nórdico desses aí como era bom a, tipo, uns 2000 anos atrás.
É isso aí. Pesquisas básicas têm o objetivo de permitir uma melhor compreensão do universo e do nosso ambiente e seus resultados trazem benefícios reais à humanidade. Tudo o que somos e temos hoje são resultantes de milênios de reflexão e pesquisa básica.
Vanderley, tem muita tecnologia decorrente da exploração espacial a nossa volta, melhorando a qualidade de vida das pessoas. O exemplo mais básico que posso te passar é o combate e a prevenção de incêndios.
Se hoje temos a nossa disposição materiais isolantes retardantes de chamas e detectores de fumaça, agradeça a exploração espacial, onde, por motivos óbvios, os parâmetros para se evitar incêndios são os mais rígidos já concebidos.
Salvador, o fato de um planeta gigante estar orbitando na zona habitável de uma estrela não inclui a possibilidade deste ter uma lua do tamanho da terra em sua órbita que ofereça condições de habitabilidade?
Sim!
Salvador, como puderam determinar com tamanha exatidão a orbita do 1º e 2º planeta em 1,5 dias e 2,4 dias e tiveram uma margem tão grande com relação ao 3º planeta de 4,5 dias a 73 dias, isso significa que em determinado momento o 3º planeta passou na frente da sua estrela em intervalos menores do que em outros momentos? isso não poderia indicar um 4º planeta em uma orbita parecida?
Respondi no seu outro comentário replicado. Excelente pergunta!
O que me impressiona é o fato desse sistema estar em um angulo em que do nosso ponto de vista, os planetas passam exatamente na frente de sua estrela…Estamos vendo eclipses solares a 40 anos-luz de distancia…
Mais ou menos isso. É uma observação importante. Para cada 5 sistemas que detectamos desse jeito, há 95 outros sistemas que não são detectáveis pelo mesmo método, mas devem estar lá. 😉
Salvador,
Existe algum tipo de estudo / desenvolvimento a médio prazo de outros métodos de detecção de Exoplanetas ? Sei que começamos que com a medição da velocidade radial e hoje o método mais utilizado é o transito. A nova geração de telescópios, por exemplo, utiliza outros métodos ?
Obrigado e parabéns pelo trabalho. Esperando o lançamento do novo livro !!
Abraço
Mars, há vários métodos disponíveis — os dois melhores e mais comuns são velocidade radial e trânsito. Contudo, também há a perspectiva de usar astrometria (o satélite Gaia está fazendo isso!) e microlentes gravitacionais (o K2, o “Kepler recondicionado”, está neste momento num esforço desse tipo, em conjunto com telescópios em solo). E uma técnica proposta por brasileiros usando rádio nunca foi testada, mas poderia funcionar.
E o livro logo está na rua! Eu aviso! Abraço!
É uma ironia ainda existirem dúvidas sobre a existência de formas de vida extraterrestres, mesmo as mais simples, quando uma pesquisa recente mostrou que existem em torno de um trilhão de espécies vivas ainda por serem descobertas neste planeta, das quais conhecemos ‘apenas’ em torno de 2 milhões. Isto as atuais, sem falar no que existia há bi de anos atrás, as quais não deixaram a menor pista de sua existência através do registro fóssil. Afinal, o que acontece por aqui?
Salvador, bom dia.
Muito legal estarmos acompanhando todas essas descobertas! Acho que realmente nao vai demorar muito para algo revolucionario aparecer.
Existe uma estimativa (ou eh conhecido efetivamente) do numero de estrelas que estao numa regiao relativamente proxima, ate uns 100 anos-luz (essa ideia de proximidade eh da minha cabeca mesmo, hahaha)?
Outra coisa, foi achado (ou procurado) algum planeta nas estrelas alpha-centauri? Estao ai na esquina, vai que….
Abs
Seguem procurando planetas em Alfa Centauri, mas o trio de estrelas lá não facilita as buscas (muito brilhantes, muito ativas e num alinhamento provavelmente desfavorável para trânsitos). Num raio de 100 anos-luz, devem existir cerca de 15 mil estrelas.
Segundo a proporcao que voce citou em outro comentario, de 15 mil estrelas, 750 podem ter sistemas alinhados favoravelmente a observacao. Otimo comeco, nao? Se 1% tiverem planetas na zona habitavel, ja temos 7 candidatos ai para observar de perto!
E a proporção de planetas na zona habitável é muito maior que 1%. 😉
Pois eh! So aqui perto do planeta 0.00000000000000000000000000001 tem 2. O fato de nao serem receptivos no momento eh detalhe… 🙂
Quando encontrarmos um outro ai so vamos precisar de um worm whole a la o filme Intergalactic pra ir la dar uma olhada. So vou sugerir nego olhar de fora antes de pousar no planeta e perceber que eh congelado ou entao que alem dos tsunamis monumentais ainda perdem dezenas de anos num piscar de olhos hahaha.
O SISTEMA STELLARIUM LIBEROU A LISTA E LOCALIZAÇÃO DE CENTENAS DE PLANETAS ; ACREDITO QUE OS MENCIONADOS PELA ANTROPOLOGIA POSSSAO HABITAR; COMO JA HABITAM VIDA; E CIVILIZAÇOES.
>>POR EXEMPLO SE BASEARMOS NO MARTELO DE KINGSBORN COM 400 MILHÕES DE ANOS; VEMOS QUE NAO CONHECEMOS NADA DA NOSSA ANTROPOLOGIA; DAI NA PROPIA LUA; NO LADO OCULTO, ESPECIFICANDO MARE MOSCOVIESE; PROXIMO A CRATERA BELIEV; EXISTE UMA CIVILIZAÇÃO REMANESCENTE COMO OUTRAS ESPALHADAS EM NOSSO SATELIT; SIM COMO EM MARTE VIMOS ;VARIAS CIDADES E CIVILIZAÇOES ;ASSIM COMO NA EUROPA LUA DE JUPTER ; E EM CERES ;VEMOS AS MESMAS CIDADES TIPICAMENTE ; DE CIVILIZAÇOES COSMICAS; NA CONSTRELAÇAO DE HORIOM PROXIMO A UM PLANETA QUE ESTA A 64 ANOS LUZ VEMOS .OUTRO ESPAÇO COM VARIOS ASPECTOS DE CIVILIZAÇOES ; EXTRA TERRESTRES; A QUESTAO ESTA ACREDITO REMANESCENTE DE CORAIS COSMICOS DE DIMENÇOES GIGANTESCAS ; QUE SE DESENVOLVE AO REDOR DAS NEBULOSAS DAS ESTRELAS COMO A BETELGELSE DE ORION ; NO SISTEMA WORLDWISE PODEMOS VER NAO SO BASTOES DE DIMENÇOES GIGANTESCAS ;COMO PLANETOIDES ; ANOES CONSTRUIDO DE FORMA ARTIFICIAL; ESTAS CIVILIZAÇOES A MAIS DE 400MILHOES DE ANOS DE EVOLUÇÃO JA DESENVOLVERAM ENGENHARIA DE CONSTRUÇOES DE ASTROS E PLANETAS, ATRAVES DE CAPTAÇÃO DE ELEMENTOS QUIMICOS DO SOL ; AQUI A GENTE EXTRAI PETROLEO EM AGUAS PROFUNDAS ; LA ELES EXTRAEM HELIO NEUTRONS E OUTROS ELEMENTOS DO SOL PARA FORMAREM ENERGIA PARA CONSTRUÇÃO DOS ASTROS; MUITOS PLANETOIDES COMO OS SATELITES QUE VEMOS ESTAO ARTIFICIAIS ; HUMA DAS TECNICAS USADAS POR ELES ESTA TIPO UM OLHO MAGICO FEITO COMO LENTES EM REDOMA DE OURO QUE REFLETE A ENERGIA DAS ESTRELAS E DO SOL FORMANDO ASSIM UM ECO SISTEMA AQUECIDO QUE PRODUZ LUZ E FOTOSSINTESES, PROCUREM NO YOU TUBE ;LUA MOON CIVILIZAÇOES ALIENS MARE MOSCOVIESES BELIEVE E VERAM UM POUCO DO QUE DIGO; QUANTO A TECNOLOGIA DE DISCOS VOADORES ; USAM A TECNOLOGIA DO GIROSCOPIO COM A CIENCIA DA FORÇA CENTRIPETA + PERPENDICULAÇAO DE EIXOS DE CAMPOS MAGNETICOS SOBRE A CORRENTE ALTERNADA PRODUZINDO SISTEMAS DE PARAFUSO SEM FIM ;COMO A TECNOLOGIA DESENVOLVIDA POR TESLA DES DO ANOS 1800;
AS FOTOS DO DRONE OPORTUNIT E DO CURIOSIT ESTA TIPO SOBRE EFEITO DE STAGRAM QUE DISTORCEM AS IMAGENS ASSIM ; TUDO QUE VEMOS PARECEM ROCHAS ;MAS NAO ESTAO; NAQUELAS FOTOS ;PROTOZOARIOS ;EXISTEM MUITOS CADAVERES DE REPTILIANOS; COMO TAMBEM EXISTEM CIVILIZAÇOES E ESPECIMES MINUSCULAS; QUE ESTA CAPTADAS NO SISTEMA EFEITO STEREO DE FOTOS; POREM ACREDITO POR STRAGAM; AS MESMAS TAMBEM ESTAM DESFOCADAS ; A QUAL NAO DA PRA SE PERCEBER 100 %; ESTAS MINUSCULAS CRIATURAS; COMO TAMBEM TUAS CIDADES SUBTERRANEAS ; TENTEM LOCALIZAR ALGO SEMELHANTES A PEQUENAS MARIPOSAS PENDURADAS NAS SOMBRAS DAS ENCOSTAS DAS ROCHAS E MONTANHAS!! [FADINHAS OU LEMURES-MORCEGOS MINUSCULOS] ASSIM COMO OUTROS SERES EXISTEM LA ;ASSIM COMO OBSERVAMOS EM NOSSA LUA; AO MESMO TEMPO EXISTEM ROEDORES COMO SURICATOS GIGANTESCOS ; COMO TAMBEM FLORESTAS HABITADAS E CORAIS SUBMERÇOS EM MARES TAMBEM HABITADOS.
por que vc está berrando???? que idiota…
e o que você tem contra o português para assassiná-lo deste jeito?
Primeiro: Desligue o CAPS;
Segundo: NÃO VIAJA!
aí, chega de drogas para o Gilberto!!!
Nossa, quanta bobagem junta. Leitor de Youtube.
Eu acredito que nunca mesmo iremos viajar mais rápido que a luz – nem mesmo uma boa fração dela. Mas acredito que será possível o teletransporte de longa distância, mas isso somente depois de instalarmos receptores na outra extremidade, no local a sermos teletransportados.
Então, primeiro montaremos uma espécie de portal em órbita da Terra e um outro, por exemplo, lá pela órbita de Plutão. Daí, basta enviarmos um segundo para o Cinturão de Kuiper (é assim que se escreve?) e um terceiro para um local tão distante quanto um quarto da distância entre nossa estrela e a Alfa de Centauro, e uma outra na sua metade e ….. até implantarmos um “corredor” de teletransportes e outros, e outros, e …..
Apóstolo TDS
Romântico…
e por que você acha que uma máquina de teletransporte transmitiria a informação do teletransportado à máquina destino numa velocidade superior à da luz? a meu ver dá na mesma, só estamos mudando o tipo de veículo de transporte.
forçando a barra pra chuchu……os planetas nem de longe tem características que os tornam habitáveis…mas, mesmo assim, lá vai a mídia golpista promotora dos ETs fazendo o seu carnaval…patético!!!!!!!!!!!
Não sabemos as características dos planetas. Esse é o ponto! O barato desses mundos é que vamos descobrir em breve qual é a deles! (Júpiter também era tido por habitável na época de Kepler, por falta de instrumentos para determinar sua natureza.)
Volte umas casinhas e LEIA o texto, não só o título.
JR, como você pode afirmar isto se até agora o único modelo de planeta habitável que conhece é o do nosso próprio planeta? De onde vem esta sua certeza de que, se o planeta tiver características um pouco diferentes das do nosso, isso o torna completamente inabitável?
Aquela tirinha (que o Eu™ postou umas semanas atrás) com os coelhinhos montando o quebra-cabeça responde esta sua pergunta…
“mídia golpista”… que faaaase!
Salvador, Bom Dia. farei uma previsão sobre seu Blog: – Em breve, mas muito em breve, serão tantas descobertas acontecendo diariamente e semanalmente vindo de todos os Observatórios, Centros de Pesquisas, Institutos e Universidades por todo mundo, que terá de publicar matérias quase todos os dias.
Na Folha ou onde estiver e mais cedo do que pensa, devido a grande repercussão do seu Blog, com a quantidade de seguidores que já possui e onde aparecerão muitos mais, terá um canal próprio e equipe focada 100% para divulgar, publicar, estudar o que a “Ciência” está descobrindo neste momento fabuloso e maravilhoso de nossa civilização.
Dê uma pesquisada nos trabalhos e projetos do CERN, as equipes estão preparando novas revelações e descobertas que surpreenderão a Humanidade. Abraços e bom trabalho.
concordo plenamente!
Quanto tempo sera até encontrarmos um jeito de ultrapassar a velocidade da luz, ja sabendo que existem particulas que podem viajar mais rapido que a volocidade da luz
Não conhecemos nada que viaje mais depressa que a luz…
Não sabemos sequer se é possível viajar acima da velocidade da luz.
Sabemos sim!! E sabemos que é impossível…
Mesmo que fosse possível nos aproximarmos da velocidade da luz (coisa até agora impossível), qualquer espaçonave que viajasse a essa velocidade se transformaria em uma bomba atômica ao se chocar mesmo com as micropartículas cósmicas existentes no espaço interestrelar.
isto não é verdade. o que poderia acontecer é ela colapsar num buraco negro, pois quanto mais se aproxima da velocidade da luz, maior se torna sua massa. dependendo da massa original, existiria uma velocidade crítica (abaixo da velocidade da luz) em que ele se tornaria um buraco negro.
Não acredito que exista essa possibilidade. Viajar acima da velocidade da luz é impossível.
Viagens espaciais para outros sistemas solares só ocorrerão em naves de gerações. Grandes naves com habitat próprio e velocidade máxima de 20% a da luz.
Caro L F V, você agora falou a palavra correta: TEMPO.
Todos estes cálculos com base em quantidade não servem de nada, uma vez que não sabemos nada sobre o tempo.
a velocidade da luz não é um valor que possa ser “ultrapassável”, e sim um limite físico para as velocidades possíveis. faz tanto sentido falar em “ultrapassar a velocidade da luz” quanto falar em procurar triângulos de quatro lados…
Nenhuma partícula viaja mais rápido que a Luz.
tentando esclarecer de uma vez por todas:
(1) as únicas particulas que conseguem ATINGIR a velocidade da luz são partículas que não possuem massa, como os fótons (que, a propósito, são “partículas de luz”)
(2) corpos com massa precisam de cada vez mais energia para acelerarem cada vez menos, isto porque a massa aumenta com o aumento de velocidade; para um corpo com massa chegar perto da velocidade da luz, precisamos fornecer MUITA energia cinética para ele
(3) para um corpo com massa ATINGIR a velocidade da luz, precisamos fornecer uma quantidade INFITITA de energia cinética para ele, o que obviamente é impossível
(4) para um corpo com massa ultrapassar a velocidade da luz, precisamos fornecer para ele uma quantidade de energia MAIOR que o infinito, o que é mais impossível ainda que o ítem anterior… 😀
David, continua havendo um grande limitador cruel e implacável nestes cálculos, “O TEMPO”.
O Vitor tb tem chamado a atenção para este enorme detalhe: o TEMPO.
HGWells previu as máquinas do tempo a mais de um século. e até agora,nada delas serem inventadas. o tempo não resolveu nada neste caso.
e a propósito, a própria relatividade já é uma teoria centenária. e passados cem anos, não se conseguiu elaborar nenhum experimento científico que violasse algum de seus aspectos. e não foi por falta de tentar, hein!!!
que partículas? táquions?? ainda não foram observados…
“Apesar dos argumentos teóricos contra a existência dos táquions, algumas pesquisas experimentais têm sido realizados para testar esta hipótese, sem sucesso comprovado até o momento.
Em setembro de 2011, no entanto, um grupo de cientistas envolvidos com o experimento OPERA declarou que medições de velocidade sobre feixes de neutrinos enviados entre o laboratório do CERN na Suiça e o laboratório INFN, em Gran Sasso, na Itália, parecem exceder, em 20 partes por milhão, a velocidade da luz, o limite teórico estabelecido pela Teoria da Relatividade.[10] . Por precaução, os cientistas do CERN-OPERA abstiveram-se até agora de tirar conclusões definitivas a respeito da suposta anomalia detectada pelo experimento, solicitando que outros grupos de cientistas verifiquem independentemente os resultados obtidos.
Entretanto em março de 2012 os cientistas do mesmo experimento reportaram dois defeitos na configuração dos equipamentos – um cabo de fibra ótica mal encaixado e um relógio oscilatório rápido demais – que causaram o erro do cálculo da velocidade”
Quem viver verá,