Morre John Glenn, primeiro astronauta americano a orbitar a Terra, aos 95 anos

Salvador Nogueira

Ele estava preparado para enfrentar a morte em 20 de fevereiro de 1962, quando tornou-se o primeiro astronauta americano a orbitar a Terra. Mas ela só o alcançou depois de mais 54 voltas em torno do Sol. John Glenn morreu nesta quinta-feira (8), aos 95 anos, mas seu legado certamente permanece vivo entre todos os entusiastas da exploração espacial.

Glenn estava hospitalizado havia mais de uma semana, em seu estado natal de Ohio, mas só na quarta-feira a imprensa foi notificada. A causa da morte ainda não foi informada, e não se sabe se há relação com o derrame que ele teve há dois anos, quando passou por uma cirurgia cardíaca.

Conhecido por fazer parte do primeiro grupo de astronautas americanos, Glenn se tornou um ícone mundial ao embarcar na cápsula Friendship 7 e igualar o jogo na corrida espacial entre americanos e soviéticos. Até então, apenas cosmonautas russos, a começar por Yuri Gagarin, em 12 de abril de 1961, haviam orbitado a Terra.

John Glenn embarcando na cápsula Friendship 7, em 1962 (Crédito: Nasa)
John Glenn embarcando na cápsula Friendship 7, em 1962 (Crédito: Nasa)

Parte do programa Mercury, Glenn realizou o terceiro voo espacial americano, mas o primeiro com capacidade de voo orbital. E passou por apuros lá em cima. Na primeira órbita, o sistema de controle automático falhou, e o astronauta teve de agir para comandar o veículo de forma manual. “Eu passei ao controle manual e fiquei nesse modo durante a segunda e terceira órbitas, e durante a reentrada”, disse mais tarde o astronauta. “A falha me forçou a demonstrar rapidamente o que havia sido planejado durante um logo período de tempo.”

E esse não seria o fim dos problemas. Depois de dar três voltas ao redor da Terra em pouco menos de 5 horas, um sensor indicava que o escudo térmico de proteção da espaçonave — elemento essencial para uma reentrada atmosférica segura — podia estar solto, talvez mantido no lugar apenas pelos retrofoguetes usados para frear o veículo e fazê-lo voltar ao planeta.

O problema: o procedimento padrão ditava que os retrofoguetes tinham de ser ejetados para a reentrada. O controle da missão (que, na época, ainda não era em Houston, mas em Cabo Canaveral) deliberou e decidiu que, por segurança, o equipamento não devia ser ejetado. Certamente o procedimento envolveu muita apreensão, mas a Friendship 7 chegou intacta para um pouso no oceano Atlântico. Glenn retornava como o mais novo e visível herói americano.

Era o ponto culminante de uma já longa e distinta carreira de voo.

DO MAR PARA O AR PARA O ESPAÇO

John Herschel Glenn Jr. nasceu me 18 de julho de 1921, em Cambridge, Ohion. Cursou engenharia no Muskingum College e entrou para o programa de cadetes de aviação da Marinha em março de 1942. Como piloto, realizou 59 missões de combate durante a Segunda Guerra Mundial. Também participou da Guerra da Coreia e se tornou instrutor de voo avançado. Durante sua carreira como aviador, registrou cerca de 9.000 horas de voo.

Selecionado pela Nasa para compor o primeiro grupo de astronautas, em 1958, ele se tornou o terceiro americano a ir ao espaço, e o primeiro a realizar um voo orbital. Antes dele, haviam voado Alan Shepard e Gus Grissom, que realizaram apenas missões suborbitais (a cápsula subia ao espaço e descia em seguida, sem dar uma volta em torno da Terra).

Um exemplo para seus colegas astronautas, Glenn era o mais comportado e disciplinado do grupo que ficou famoso ao ser retratado no livro “Os Eleitos” (“The Right Stuff”), de Tom Wolfe, mais tarde transformado em filme. Após seu voo orbital, Glenn decidiu deixar a Nasa, em 1964. Segundo o historiador espacial John Logsdon, da Universidade George Washington, depois de receber a recomendação de John F. Kennedy, morto no ano anterior, que não queria arriscar o que ele via como um “herói e político nato” em um novo voo espacial.

Glenn desfila em carro aberto ao lado de John Kennedy após o voo orbital bem-sucedido em 1962 (Crédito: Nasa)
Glenn desfila em carro aberto ao lado de John Kennedy após o voo orbital bem-sucedido em 1962 (Crédito: Nasa)

Com efeito, Glenn se tornou político. Perdeu duas eleições ao Senado pelo Partido Democrata antes de finalmente se eleger, em 1974, e então cumprir quatro mandatos, defendendo principalmente a não proliferação nuclear e a eficiência das instituições.

NOVO RECORDE

Em 1998, ainda durante seu último mandato, voltou à Nasa para realizar um voo espacial a bordo do ônibus espacial Discovery, em outubro daquele ano. Passou nove dias em órbita e tornou-se o astronauta mais velho a ir ao espaço, então com 77 anos. No ano seguinte, encerrou sua carreira política, ao não tentar nova reeleição.

Preparando-se para seu segundo e último voo espacial (Crédito: Nasa)
Preparando-se para seu segundo e último voo espacial (Crédito: Nasa)

Glenn deixa sua esposa, Annie, 95, com quem se casou em 1943, um filho, uma filha e dois netos.

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Comentários

  1. Eu estive no museo Smithsoniano em Washington e vi uma capsula Mercury, realmente estes homens são heróis, ele não tinha espaço para nada naquela capsula, além de muito tosca.

  2. “Os Eleitos” é um dos meus filmes prediletos, eu já o tive em VHS e, depois, o comprei em DVD. Recomendo fortemente para quem quer conhecer como foram os primeiros anos da Corrida Espacial, com o bônus de que o filme começa em 1947, quando se tentava romper a barreira do som.

    Acabei de comprar o livro digital (não tem em português na Amazon), por R$ 34,20. Se for como o filme, vou gostar muito de lê-lo.

    John Glenn e seus companheiros foram heróis da exploração espacial. No tempo em que os foguetes explodiam na base de lançamento, aos montes, eles tiveram a coragem de subir neles e voar no espaço, esse total desconhecido. Ainda hoje é necessária muita coragem para ser astronauta, mas os requisitos diminuíram bastante, depois que os pioneiros russos e americanos ensinaram o caminho.

  3. Salvador, vi dois videos do youtube , com entrevista de veteranos, o astronauta, Edgar Michell e um ex agente da cia, que trabalhou no livro azul, nas entrevistas eles declaram, estar positivo o fato de haver visita de extra-terrestres ao nosso planeta, como caso Rossewell etc..,assim como Greys e naves na Área 51, um deles narra , a visita que fez a Área 51 etc..!! onde presenciou entrevista de um agente a um grey etc..! bom colocar no tradutor para entender a narração do vídeo!!etc..
    Agora mudando de assunto, Os produtores do filme “A chegada” , pediram consulta a um cientista especializado, sobre a viabilidade matemática do espoller que existem no filme etc.., dai observando o pequeno detalhe, o porque de existirem 12 naves? (duo base 6= base 12), como também da opinião que ja disse antes; de que estes filmes, tem base de bastidores de agencias etc..Ai e você fala que o que eu digo ou que eu não faço sentido?, dai mais um incidência que evidenciam o sentido do que eu tento dizer(escrevo).! mais para frete, quando eu consegui passar da fase introdutória etc..( antes de passar a contar os três pedidos da lâmpada de Araão), que compreende tudo isso,(base físico-matemática do cosmos=base 12), como Luis Brogle quis introduzir sobre a dualidade da matéria,( +-0-+) na base 12, dai o limite do meio=0 que se compreende entre 6+6, que converge com os princípios da aritmética combinatória, e centenas de outras estruturas implícitas da ciência que temos hoje desenvolvidas, más paradigmada pela falta da concepção desta base na origem dos teus cálculos(base 12), hoje.
    dai você como muitos, vão entender 120 % de tudo o que tento dizer.
    Também li uma matéria, sobre o quarto estado da água, que menciona que em determinada condição de pressão, o hidrogênio se comportar de 6 formas diferentes etc…

    1. 12 tribos de Juda, 12 apóstolos, 12 portas da nova Jerusalem… 12 naves.
      O filme tem muitas metáforas.

  4. Boa tarde Salvador!

    Aos 95 anos de idade eu acho que a pessoa foi fruir o merecido descanso e morrer foi apenas um detalhe técnico. Sem fazer humor com o passamento, acho que se encerra o período dos primeiros heróis e pioneiros do espaço. Viveu bem e serviu a humanidade.

  5. eita, aquilo em vermelho na janela da friendship parece algum tipo de fita (um red “silver tape”)
    .. tem q ter bolas para viajar nisso. Entrei em uma replica da gemini que fica no intrepid museum e ja achei sinistro…..

    1. Tive a mesma sensação no Intrepid Museum… Como era frágil e como era antiquado o painel, em relação à eletrônica de hoje! Tudo era elétrico e analógico, primitivo mesmo, em relação às naves de hoje. Foram os pioneiros, verdadeiros heróis.

  6. Esse merece o meu respeito ! Bravo, destemido não é a toa q a nação americana lidera o mundo, pois esta tem realmente em sua população heróis q fazem a diferença na hora q precisam ! Enquanto isso nós temos Neymar Pelé… Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

    1. Nós temos gente muito boa e corajosa, cada um no seu ramo. O nosso astronauta, Marcos Pontes, vou extremamente subaproveitado, serviu apenas como turista para o marketing do desgoverno Lula, mas deveria ter ido muitas vezes e ter feito belos trabalhos na Estação Espacial, estava preparado e tinha o estofo certo para ser astronauta.

      Apesar do Lula, Marcos Pontes está entre nossos heróis.

  7. Ôpa! Eu nasci em 62… e de lá pra cá foram “só” 54 voltas ao redor do sol. Você me envelheceu 10 anos, caro Salvador…

  8. Vou usar as palavras de Scott Carpenter, CapCom do voo de John, que logo após a contagem chegar a zero falou:
    Godspeed John Glenn…….

  9. Tenho uma fotografia com dedicatória do senador (e astronauta) Glenn… essa fotografia de um senador dá voltade de mostrar!!!! Esse foi um verdadeiro herói do espaço!

    1. Afrânio, o título é. O texto e a ideia do Magueijo não. Já escrevi sobre ela há mais de dez anos, e é legal que ele chegue a previsões testáveis. Mas note que o que ele defende é que a velocidade da luz foi outra no passado remoto, próximo ao Big Bang. Não que a velocidade da luz seja variável hoje. O que equivale a dizer que a relatividade geral não valia no princípio, como (já sabemos) vale agora. Precisaremos só de outra teoria para os primeiros instantes do Big Bang. Mas já precisávamos dela por conta da incompatibilidade entre relatividade geral e mecânica quântica. Quem Magueijo desafia para valer aí são os teóricos da inflação.

    2. Salva,
      Como você sabe, meus conhecimentos sobre os conceitos da teoria da relatividade são primários, mas eu pergunto: É verdade que já se sabe confirmadamente que a relatividade geral não valia no princípio do universo?
      Você sabe se existe algum livro ou algum texto que um leigo como eu consiga entender pelo menos um pouco sobre essa afirmação? Eu consigo encontrar o que você escreveu há 10 anos sobre o assunto?

      1. Não, não sabemos isso. Sabemos apenas que a relatividade sozinha não serve para descrever o princípio do Universo, porque você precisa levar em conta efeitos quânticos. Espera-se resolver este nó quando tivermos uma teoria quântica da gravitação, coisa que a relatividade não é. Há vários livros bons sobre a busca por uma teoria final, capaz de unificar todas as forças da natureza, incluindo a gravidade. Sugiro “O Universo Elegante”, de Brian Greene. E minha entrevista com Magueijo, de 2004: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u10883.shtml

  10. Um homem de índole raríssimo, preocupado com o bem estar de todos. Herói de todos, merecidamente. Deixou belas linhas inscritas nos anais da Humanidade. Que descanse em paz.

    1. Acabo de responder ao Afrânio, mais acima, sobre isto. (Os comentários aparecem do mais novo pro mais velho, por isso o respondi primeiro; olha lá.)

  11. “Mas ela só o alcançou depois de mais 64 voltas em torno do Sol”
    Demorei para entender essa frase,kkkk
    estava pensando em uma sonda,kkk

  12. Glenn teve um papel propagandístico na disputa espacial da Guerra Fria, combatente condecorado encarnou o herói norte-americano que aceitou o perigoso desafio: ser o primeiro astronauta estadunidense a orbitar a Terra. Acredito que sua única contribuição científica de fato foi na ‘melhor idade’, o seu retorno ao espaço aos 77 anos.

    1. Cara, você não imagina o risco que ele correu em 1962… Leia, ou veja, “Os Eleitos” e irá entender. Os voos primordiais foram essenciais para o desenvolvimento da tecnologia que levou John Glenn ao espaço aos 77 anos. Os conhecimentos adquiridos naqueles projetos foram fundamentais para o desenvolvimento tecnológico que veio depois, inclusive para nós, aqui na solo mesmo.

  13. Damos tanto valor aos que chegaram na Lua (com razão, sem dúvida!) mas nos esquecemos dos que deram os passos intermediários, muito importantes, e por se aventurarem em algo nunca explorado, correndo riscos bem maiores!

    Imaginem só se lançar no vácuo espacial, entrar em órbita do planeta, numa época em que só se tinha uma noção teórica muito vaga do que seria este tal de vácuo!

  14. Apenas uma correção, no início da reportagem diz que foram precisos mais 64 voltas em torno do Sol, ou seja, 64 anos desde seu feito histórico para a morte o alcançar, o correto são 54 anos (41 + 54 = 95).

  15. O complexo de Vira-Latas do brasileiro é uma fábula. Para não dizer que ele foi o 2º homem a orbitar a terra, diz-se que foi o 1º americano.
    Ninguém fala que americanos foram os primeiros e únicos a usar bomba atômica sobre civis, ninguém diz que os americanos saíram corridos do Vietnan. Ninguém diz que foram os primeiros a usar armas química numa guerra, ninguém diz que é o primeiro a fomentar derrubada de governos e por aí vai.

    1. Ele não foi o segundo homem a orbitar a Terra. Foi o terceiro. German Titov, russo, foi o segundo, em agosto de 1961.
      O que você precisa entender é que jornalismo tem a ver com relatar o mais importante. Historicamente, ele foi mais importante como o primeiro americano em órbita — nivelando o jogo da Guerra Fria com a URSS — do que o terceiro humano em órbita e o quinto humano no espaço. Não tem nada a ver com vira-latismo, nem com puxa-saquismo com relação aos americanos. (Aliás, se eu quisesse puxar saco dos americanos, podia dizer que àquela altura, com o voo de Glenn, eles passavam à frente dos russos na corrida espacial, por terem enviado três homens ao espaço, contra dois da URSS; mas seria absolutamente falso. Não só os dois primeiros voos americanos foram suborbitais, como mesmo em voo orbital as capacidades da Vostok soviética eram muito maiores que a da Mercury americana. Mas o mais importante — e repito, jornalismo é sobre o mais importante — no voo de Glenn foi que ele nivelou, do ponto de vista de realizações, o jogo da corrida espacial.)

    2. Jovem, armas químicas são usadas há muito tempo de forma rudimentar. De forma “profissional”, parece-me, foi utilizada pela primeira vez pelo exército do Kaiser na WWI, e não pelos Yankes.

      Bombas atômicas sobre civis salvaram ao menos dez vezes mais civis. Sem contar que é exigir muito que um país que foi atacado proteja os civis inimigos. Vale lembrar que toda a força de um exército vem de civis. São eles que fornecem os soldados e mantém economicamente a força. Aliás, essa recriminação aos ataques parte justamente de uma ideia de que os americanos (ou estadunidenses – arghhhh!!!) são superiores. Ora, só seres superiores manteriam uma guerra com perdas astronômicas pensando em poupar o inimigo. Com certeza pessoas como camarada Stalin jamais pensariam isso.

      E sim, eles saíram corridos do Vietnam. Isso é conhecimento público e notório e, aliás, constam dos filmes que eles mesmos produzem.

      Quanto ao Glenn, é evidente que a matéria diz respeito ao feito de alcançar os soviéticos na corrida espacial. Se vc conseguir ler sem ideologia, vai sacar isso bem fácil.

      Por fim, viralatismo é ficar pensando nos EUA 24 horas por dia, ainda que seja para culpá-los por tudo.

      Salvador, desculpa emendar no assunto que não guarda nenhuma relação com a matéria, mas acho que algumas coisas sempre tem que ser respondidas.

      Quanto ao texto, excelente, como sempre. Vai-se um grande herói da humanidadade, mas é um dia de celebrar os feitos e a vida que esse homem teve.

  16. 95 anos, esse viveu! Combateu na segunda guerra, foi o primeiro a orbitar a Terra, foi condecorado por Kennedy, foi senador… aliás, gostei dessa ideia de mandar senadores para o espaço, já podemos por em prática aqui!

      1. Realmente, foi um feito extraordinário, visto que não havia sequer espaço para Glenn fazer suas necessidades. Passar 3 dias na mesma posição (posição fetal) por si só já é mais q 1 feito, considerando ainda, a tecnologia da época ,(carroça).cheguei a visitar a nave (capsula) no Museu Aeronaútico da Nasa, toda chamuscada, é de arrepiar.

        1. Sim, mas ele não ficou três dias a bordo da Mercury, apenas 5 horas… Ninguém aguentaria ficar vários dias daquele jeito. A maior missão da Mercury teve um dia de duração. 😉

  17. Foi um bom homem e importante no projeto, que afinal levou o homem à Lua e, portanto, ícone da humanidade, por um causa nobre.

    1. Mero coadjuvante na conquista do espaco. Tudo que fez, o Russo Yuri Gagarin ja havia feito uma eternidade antes, depois vieram com aquele ‘Sonho de uma noite de verao”, goela abaixo, do homem pisar na Lua, para 0t4rios que acreditam em Coelhinho da Pascoa. Existe ate mesmo nos dias de hoje, quem acredite nessa farsa de fotos tiradas por ETs, espaco sem estrelas, show de cameras-lentas e tudo mais. Pode?

      1. Pode um cara ser tão idiota a ponto de acreditar no Gagarin, mas não acreditar que os russos tinham tecnologia para verificar que os americanos estavam dizendo a verdade no programa Apollo (do mesmo modo que os americanos confirmaram que os russos diziam a verdade no programa Luna, a propósito)?

        1. Não adianta, Salvador… Fanático não quer saber dos fatos, só lhe interessa acreditar no que confirma seus dogmas políticos.

      2. André, todos esses questionamentos são respondidos por quem tem o minimo de noções de fisica e ótica, mas por preguiça vc não quer ver. Se as imagens fossem do jeito que vc queria, aí sim, seria falso. Mas hoje vivemos a cultura do Facebook, as pessoas tem preguiça de procurar alguma coisa com o mínimo de profundidade.

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