Que diabos acontece com nosso planeta?
Hoje, o IPCC (Painel Intergovernamental para Mudança Climática) apresentou seu novo relatório, que prevê um aumento de 4,8 graus na temperatura média da Terra até 2100 no pior cenário possível, e põe isso na conta da humanidade. (Para ler mais sobre o relatório, recomendo o como sempre brilhante texto do meu amigo Rafael Garcia.)
Que a mudança climática está acontecendo, que em tempos recentes o planeta realmente esquentou e que a ação humana parece mesmo a grande responsável não dá muito para discutir. (E quem discute isso ou desconhece os dados ou tem o rabo preso com alguém interessado na dúvida.)
O que merece talvez uma ponderação é esse gosto dos cientistas por apresentar os números com uma convicção inapropriada. Dizem eles que têm 66% de certeza — o que não é lá grande coisa, para começo de conversa –, mas os modelos climáticos todos não mostravam a possibilidade de um arrefecimento do aquecimento, como foi visto nos últimos 15 anos.
O que isso quer dizer? Bem, quer dizer que ainda não entendemos tão bem essa coisa toda como gostaríamos. Já sabemos o suficiente para atrelar o aquecimento à ação humana, principalmente com a queima de combustíveis fósseis. Mas não para quantificar tudo isso tão bem.
Compreender a dinâmica de um planeta inteiro não é fácil. O que há de se admirar nessa história toda é que uma única espécie seja capaz de transformá-la. É um sinal de que temos inteligência suficiente para sair da enrascada em que nos metemos.
O que falta: vontade política, enfrentamento do poder econômico e a percepção de que não é bom, por princípio, interferir em sistemas cujo funcionamento desconhecemos. O fato de os cientistas do IPCC serem incapazes de prever a evolução do clima com precisão é a principal razão pela qual precisamos parar o que estamos fazendo. Não dá para saber onde vai dar.
Podemos terminar com um aquecimento modesto, coisa de 1 grau (e o IPCC tem cenários mais otimistas que apresentam essa possibilidade), e tudo bem. Mas também podemos acabar despertando forças que depois seremos incapazes de conter, porque a natureza ainda é muito mais poderosa que qualquer iniciativa humana.
Não custa lembrar que Vênus, nosso vizinho mais próximo, é um planeta do tamanho da Terra, numa órbita só um pouquinho mais próxima do Sol, e mesmo no passado remoto, quando nossa estrela brilhava menos, ele deu um jeito de se tornar um inferno escaldante, com temperaturas superiores a 450 graus Celsius. Tudo por conta de um efeito estufa descontrolado, que levou todo o carbono armazenado no interior do planeta a ir parar na atmosfera.
A perspectiva cósmica nos ensina que a coisa pode ficar muito pior do que sugerem as mais catastróficas sugestões do IPCC. Convém equilibrar o desenvolvimento da civilização com a preservação do planeta, para que não percamos o único abrigo conhecido para nossas formas de vida.
excelente o que encotrei hoje sobre estrelas e asteroidos, reaumente, fantastico.
Senhor Ramiro,
Por favor, leia atentamente os argumentos dos dois colegas acima, Viktor e Alexandre. Eles estão debatendo tecnicamente o assunto, em alto nível. Aproveite para ler os links postados. Por favor deixe as hidrelétricas fora das acusações absurdas de emissão de CO2. O senhor anda acreditando em qualquer abobrinha que ouve. Pense bastante nos processos de geração de energia elétrica, antes de fazer um ataque grosseiro e gratuito desses contra a hidreletricidade.
Muito se ha discutido ao respeito do aquecimento global , mas na verdade quem deu muito ênfase ao assunto foi o norte americano Al Gore quem fez uma campanha de conscientização ao respeito da crise climática no ano de 2006 narrada no filme “una verdade inconveniente” onde ele alertava dos possíveis desastres que acompanharam o aquecimento global pois perderíamos os recifes de coral e cem milhões de pessoas serão deslocadas, áreas agrícolas virarão desertos e as florestas tropicais terras estéreis. Naquela oportunidade os níveis de CO2 na atmosfera atingiram pouco mais de 350 PPM, transcorreram mais de sete anos e ninguém fez nada para aliviar esta situação e os níveis de CO2 já ultrapassaram a barreira dos 400 PPM. E evidente que o aquecimento global provoca o aumento de temperatura das águas superficiais sejam estas marítimas, de rio o lagoas ; existe uma relação direta entre a quantidade de evaporação e a temperatura da água como consequência temos muito maior quanto maior seja a temperatura das águas superficiais, consequentemente teremos uma massa de água flutuante na atmosfera,resultado qualquer frente fria por menor que seja provocara chuvas torrenciais o que vem acontecendo a pouco tempo atrás, podemos observar verdadeiros caos nas cidades sejam estas grandes ou pequenas com alagamento das ruas arvores caídos, semáforos queimados independentemente do veiculo em pleno século XXI, os motoristas enfrentando un caos generalizado. O pior e que ninguém faz nada, recentemente o presidente da ONU fez uma conferencia de prensa alertando dos altos níveis do efeito dos gases estufa; como se isto fosse uma novidade, hoje em dia qualquer aluno de nível médio sabe disso. A função, da ONU não e alertar sob as evidencias do efeito estufa. a função deles e tomar providencias para aliviar os efeitos dos mesmos e não fornecer dados estadísticos referentes. Neste caso qualquer cidadão comum consulta na Internet por exemplo órgãos especializados como por exemplo o IPCC,IPSO, IUCN etc. A muitos anos que estamos batendo na mesma tecla e os níveis de CO2 e CH4 são cada vez maiores . E incrível como países menores tais como Guatemala e Rep Dominicana se preocupam muito mais que os grandes países poluidores que agravam cada vez maia esta situação e não resolvem nada.
E necessário apontar também o perigo das hidrelétricas, elas são construídas em grandes rios e muita gente pensa que e energia limpa não entanto em virtude do desmatamento são soltas folhas , galhos , troncos, alguns animais que se afogam,pássaros que cai do ninho e restos de peixes carnívoros deixam que comm o tempo se descompõem e produzem CO2 e metano, posteriormente passando pelas turbinas a água solta uma quantidade significativa destes gases que mesmo em quantidades menores e a maior preocupação com o efeito estufa
Outra questão a considerar e o desmatamento, pois alem de destruir as florestas contamina o ar com danos irreversíveis. Existe um pais vizinho que não vou dizer qual mas que tudo mundo sabe qual .e se procede ao desmatamento, com a maior naturalidade, existe leis mas ninguém respeita ou prevalece , a lei do mais forte ou melhor a pressão econômica dos grupos granadeiros e madeireiros então as autoridades fazem vistas gordas, ou como diz nosso amigo S.Nogueira no seu livro “Rumo ao Infinito” “Nada mais previsível que favorecer os “amigos” a custa de alguma polemica Internacional a da saúde do planeta”.
Sr presidente da ONU,chega de relatórios e mais relatórios que nada resolvem tome uma atitude mais objetiva. Por favor salve nosso planeta ou pelo menos tente salvar, coloque o aquecimento global como prioridade absoluta. A questão de que se pais A ou o pais B esta usando armas químicas seria uma questão secundaria, pois o relatório de VS ao respeito tal ,vez nem será considerado
Ramiro Aranda Especialista em ASTROBIOLOGIA
As pessoas olham o gráfico das temperaturas coletadas por satélite (RSS) e acham que as temperaturas mundiais cairam na última década:
http://woodfortrees.org/plot/rss/last:150/plot/rss/last:150/trend
E que os modelos estão errados:
http://www.drroyspencer.com/2013/06/epic-fail-73-climate-models-vs-observations-for-tropical-tropospheric-temperature/
Acham também que o aquecimento global veio para ficar:
http://notrickszone.com/2013/10/05/swiss-journalist-predicts-climate-catastrophe-will-soon-be-forgotten-like-all-other-environmental-scare-stories/
E que o aquecimento global é um assunto cada vez mais interessante:
http://www.google.com/trends/explore?q=global+warming%2C+climate+chante#q=global%20warming%2C%20climate%20change&cmpt=q
Mas nada disso é verdade. É apenas ilusão causada pela desinformação espalhada pelos céticos.
No entanto, vejo que ainda há muita confusão sobre o que é ser “cético do clima”.
Em geral, os chamados “céticos do clima” acreditam que:
a) sim, as temperaturas aumentaram desde o término da Litle Ice Age (LIA), um período em que a atividade solar entrou em baixa e que durou cerca de 300 anos entre os séculos 16 e 19. Segundo eles, a temperatura ainda está em recuperação rumo a um ótimo climático, e é este o aquecimento que estamos vendo.
b) sim, o CO2 é um gás de efeito estufa. Mas cabe aqui várias outras questões que o reducionismo dos modelos climáticos CO2-centrados tentam impor, em especial o papel do vapor de água, ciclos solares, influências cósmicas, ciclos oceanicos e hidrológicos, etc etc. Enfim, o que não se conhece do sistema climático parece ser muito maior do que o que se conhece.
Todo o imbróglio científico que divide os dois grupos reside em apenas uma questão: a sensividade das temperaturas se dobrar o nivel de CO2 na atmosfera, em relação aos níveis pré-industriais. Os céticos argumentam que a sensividade está sendo inflada pelos modelos.
Em geral, os céticos duvidam das “milagrosas” soluções para mitigação do suposto efeito estufa. Argumentam que é bem mais barato a adaptação do que a mitigação (50 vezes mais caro). E tem toda a razão em duvidar dessas soluções pois seus efeitos estão trazendo toda a espécie de efeitos colaterais (social, econômico, ambiental) bem mais graves do que se nada fosse feito, especialmente na área da energia.
Acontece que, os ativistas e grupos de pressão, e mesmo academicos ou cientistas ligados a estes grupos tentam, por todas as maneiras, pintar os céticos como anti-ciência, pagos pela indústria do petróleo, blá, blá, blá (prática de “smear” ou ataques ad hominem).
Existem sites organizados para demonizar os céticos ou mesmo profissionais que não compartilham do alarmismo (Desmoblog, ScepticalScience, ForecastTheFacts). . Este último foi especialmente elaborado para pressionar os Weathermans (Homens do Tempo) para exagerar (mentir, dramatizar) ) os boletins de tempo na mídia. É a prática do bullying, na qual estes grupos são também especialistas. O primeiro e o segundo, “ficham” os céticos (não só cientistas, blogueiros também, viu ?) . Aqueles que não entram na onda do alarmismo climático são fichados nestes sites. O segundo, com seu nome dúvio, desinforma os leitores, apresentando apenas um lado da questão. São estes grupos que usam, constantemente, o termo “negador” ou “negacionista” contra aqueles que estão se regendo apenas pela ciência e não pelo oportunismo proporcionado pelo hype.
Então, o que está em jogo mesmo é a sensibilidade do clima ao CO2, como dito acima, e qual é, de fato, a influência do homem neste processo. De resto, não existe nenhuma evidência empírica contundente de que o homem esteja afetando o clima do planeta (local, sim), ou que o que acontece não possa ser atribuído à causas naturais. Os indicadores climáticos não apontam absolutamente nada que ligue possiveis desvios das variaveis climáticas com o CO2 liberado pelas atividades humanas. E, se existe algum efeito, ninguém foi ainda capaz de quantificá-lo. Sendo assim, os modelos não podem ser muito uteis. Se pelo menos eles pudessem simular o clima do passado, até poderiam ser criveis. Mas não podem.
Os céticos possuem tanta credenciais científicas quanto aqueles que militam na “causa”. Muitos deles são reviewers do IPCC ou já trabalharam para o IPCC. Apenas estão sendo barrados ao acesso às verbas de pesquisa. Não tendo projeto, publicam pouco. Fora a pressão, o boicote (conspiração ?) que ficou claro nos e-mails vazados da UEA e que redundou no Climategate. O “team” do IPCC pressionava editores de periódicos científicos para não publicarem trabalhos de céticos.
Mas. claro, é apenas minha opinião.
Viktor,
Pelo contexto, imagino que teu post foi endereçado a mim.
1) Pra vc conseguir a queda de temperatura, vc teve que escolher uma série em específico, que nem é de temperatura de superfície, mas sim de satélites. Por sinal, a outra série de satélite disponível (UAH, feita pelo próprio Roy Spencer) mostra aquecimento no mesmo período. Isso é comum quando se tem uma tendência sem significância estatística – como eu disse acima.
2) As propriedades dos gases estufa de reter o infravermelho são incontroversas. A lei de Beer-Lambert é incontroversa. Como consequência, a retenção de calor pelo aumento dos gases estufa é também incontroversa. Essa década sem aquecimento significativo foi simplesmente a década mais quente de que se tem registro.
3) Todos os links que vc postou tratam-se de literatura não-científica. Nenhum é um trabalho publicado em periódico científico. Nenhum deles está num veículo em que o autor precisa mostrar as evidências de onde tira suas conclusões. Resta aos “céticos” invocar teorias conspiratórias que se auto-contém: o fato de não existir evidências para os céticos passa a ser “prova” da conspiração.
4) Não há essa concordância que vc afirma a respeito dos céticos. Alguns afirmam que não está aquecendo (a patacoada do “hide the decline”, por exemplo, ou o movimento que se fez tentando mostrar que o aquecimento era fruto de ilhas urbanas de calor). Outros afirmam que está aquecendo, mas que a causa pode ser qualquer coisa menos os gases estufa (sol, raios cósmicos, nuvens, NAO, ENSO, até microondas de satélites). Outros concordam com tudo, mas dizem que é muito caro mitigar (como o Lomborg). É um grupo extremamente heterogêneo que não apresenta explicação alternativa consistente entre si, nem consistente com as evidências. Nenhum deles explica, por exemplo, por que os satélites medem diminuição de emissão de infravermelho para o espaço enquanto a superfície está se aquecendo nas últimas décadas. Diminuição precisamente consistente com os comprimentos de onda dos gases estufa.
4) A sensibilidade climática supostamente baixa é apenas uma entre as várias afirmações desencontradas dos “céticos”. As várias linhas de evidência, incluindo observações instrumentais, convergem para os 3 ºC, conforme referência que passei ali em cima. Modelos e observações convergem, como se pode ver ali.
5) Alguns (poucos) céticos que são de fato cientistas conseguem publicar seus estudos. O problema é que estes não sobrevivem ao teste das evidências e do tempo. Resta, aos céticos, apelar para teorias conspiratórias (como vc fez ao final), e o bullying – que é o que enfrentam os cientistas de maior visibilidade, como Hansen, Jones ou Mann, com fartura de hate mail e assédio judicial.
Tenha um bom dia.
1 – a queda ou “hiato” ou “pausa” não estava prevista nos modelos. Isto leva a crer que cerca de 15ppm de CO2 foi adicionado na atmosfera desde 1998 e seu efeito foi … “null”. Isto leva sim para vários questionamentos quanto a confiabilidade dos modelos, pois o que os alarmistas (e ativistas) de todos os matizes nos diziam que o homem havia se tornado a maior forçante do clima. Dá para se ver agora que não é. Mesmo que vc se esforce para tentar explicar o que nenhum dos melhores cientistas do mundo consegue (como Hans Von Storch, p.ex), não irá conseguir, pois o “hiato” colocou a teoria do CAGW em xeque, queira vc ou não. A pausa está sendo reconhecida até por grandes atores do aquecimentismo pois é honesto admitir. Parece-me que existe ainda muita gente “cética” desta pausa.
2) Uma coisa são experimentos de laboratório. Outra coisa é o mundo real, grande, complexo e cheias de intrincadas e desconhecidas relações que nosso conhecimento ainda está longe de “simular”. O fato de que esta década é a mais quente de que se tem registro não quer dizer nada, a não ser que é a década mais quente que se tem registro. Nenhuma relação com o CO2 pode ser automaticamente inferida pois correlação não é causação. Embora seu guru “Mike” Mann tenha feito o maior esforço para suprimir o Período Quente Medieval, ele existiu e a cada dia que passa ele é comprovado em todo o mundo e não somente no hemisfério norte como afirmava Mann.
3) Já constatei que repassar links para artigos da Nature ou outra qualquer não faz a mínima diferença pois raramente as pessoas acessam. Voltam depois com a mesma ladaínha. Mas, prefiro mesmo não passar nenhuma referência do que passar as que vc passou, como Cook (2013) (uma das maiores fraudes dos últimos tempos, contestada até por eminências do IPCC como Richard Tol, p.ex que chamou o estudo de “a load of crap”) ou Oreskes (2004) (a rainha do Smear). Rahmstorf, estava envolvido com o Climategate e nada do que venha do PIK merece qualquer consideração séria já que ele é o centro do alarmismo não só na Alemanha, mas no mundo. Então, se eu fiz cherry-picking na série de dados de temperatura da RSS, vc fez cherry-picking nesta literatura de “kidz”. A “pesquisa” de Cook estava delineada um ano antes e suas más intenções bem claras aqui: http://www.populartechnology.net/2013/06/cooks-97-consensus-study-game-plan.html. Infelizmente, para ele, este e-mail vazou de seu fórum-secreto destinado a elaboração de estratégias para atingir os céticos. Mas, indico uma boa fonte para uma segunda opinião: “Climate Change Reconsidered” (http://nipccreport.com/) que agora, a pedido da Academia de Ciências da China, foi traduzido para o idioma chines. Podemos ter aí mais quase 2 bilhões de céticos…
4) existe várias “tipologias” dos atores envolvidos neste debate. E, casualmente, uma foi publica hoje no Wattsupwiththat (http://wattsupwiththat.com/2013/10/08/the-taxonomy-of-climate-opinion/). Veja vc que eu fui um tanto simplista na minha categorização. O autor do post achou 8 divisões. Em relação à “hide the decline”, ou “mike nature trick”, todos os principais e-mails dos 2 climategates estão aqui: http://tomnelson.blogspot.com.br/p/climategate_05.html, onde qualquer leitor com vontade pode ler e tirar suas conclusões. E as tais “auditorias independentes” ? este assunto já foi por demais debatido no Bishop-hill e no Climate Audit e a conclusão é que não eram tão independentes assim. Está lá escrito. Basta ler. A sensibilidade climática baixa é simplesmente o que está acontecendo, no mundo real. Não no maravilhoso e fabuloso mundo virtual dos modelos.
5) Vc acha que o Hockey Stick (Mike Nature Trick e Hide the Decline) é uma prova de um trabalho robusto de um cientista não-cético ? Ele foi publicado no relatório do IPCC em 2001 e tomado como poster do “movimento”. Ele foi totalmente debunkado por McIntyre & McKitrick(2003). Mesmo assim ele apareceu novamente no AR4 em 2007. Agora, foi sacado do AR5. Por que ele reluta tanto em fornecer seus dados para replicação por outros cientistas ? Os sites que apontei são, sim, sites montados para fazer bullying e smear contra os céticos e todo mundo sabe. Existem brasileiros “fichados” lá, inclusive. Isto, é uma afronta imperdoável. O movimento perdeu seu pé, exatamente aí… Infelizmente alguns deslumbrados e wannabes por aí que insistem em seguir este pessoal como se fossem “gurus”. E, aos poucos, estão sendo apontados como elementos que mais atrapalham do que ajudam a narrativa.
6) os dados de temperatura de superficie passam por “homogeinização” e são constantemente ajustados ao contrário do que deveria, ou seja, em regra os ajustamentos esfriam o passado e esquentam o presente. Isto está disponível para todo o mundo ver, portanto não é nem preciso artigo em periódico para ver o que James Hansem fez com os dados do GISS nos últimos 20 anos, ou quais as diferenças entre o HADcrut3 ou o HADCrut4. Ilhas de calor existem e é inegável seu efeito. Por favor, mostre algum gráfico das temperaturas no Brasil (disponível no INMET) que atesta o catastrófico Global Warming aqui.
7) o fato, Alexandre, é que a represa está sendo vagarosamente esvaziada. Grandes jornais da Inglaterra e Alemanha que antes até compravam a narrativa agora começam a questiona-la fortemente. E não há nada que se faça por aqui que vai mudar isto. Até por que, apesar de afirmar apenas por julgamento de experts que 95% de certeza que a maior parte do calor pós 1950 foi produzida por humanos, não existe método científico para atribuir isto. Além disso, sobre eventos extremos, o IPCC diz isto, agora no Capítulo 2:
– “Current datasets indicate no significant observed trends in global tropical cyclone frequency over the past century … No robust trends in annual numbers of tropical storms, hurricanes and major hurricanes counts have been identified over the past 100 years in the North Atlantic basin.”
– “In summary, there continues to be a lack of evidence and thus low confidence regarding the sign of trend in the magnitude and/or frequency of floods on a global scale.”
– “In summary, there is low confidence in observed trends in small-scale severe weather phenomena such as hail and thunderstorms because of historical data inhomogeneities and inadequacies in monitoring systems.”
– “Based on updated studies, AR4 [the IPCC 2007 report] conclusions regarding global increasing trends in drought since the 1970s were probably overstated.”
– “In summary, confidence in large scale changes in the intensity of extreme extra-tropical cyclones since 1900 is low.”
e, a catástrofe agora foi adiada e o GW não parece ser mais uma emergência global:
http://bishophill.squarespace.com/display/ShowImage?imageUrl=/storage/ar5T12.4.jpg?__SQUARESPACE_CACHEVERSION=1380746813865
Fonte: Tabela 12.4 do Capítulo 12. IPCC/AR5
Parece-me que os bons dias de 2007, 2008 e 2009 não voltam mais, a não ser que alguma catástrofe muito grande aconteça. E tenho certeza que, infelizmente, muitos torcem por isto.
Tenha uma boa tarde.
Oi Salvador, gostaria de fazer algumas ponderações:
– os modelos climáticos não têm a capacidade de prever essas oscilações de mais curto prazo. Nas simulações, eles reproduzem bem esse tipo de variabilidade, mas ainda não sabem quando isso ocorre. É como conseguir prever que o dado vai dar o número 3 em 16,6 % das vezes, mas não saber em qual vez. Ou chumbar o dado, e saber que agora ele vai dar o 3 em 27 % das vezes, mas ainda não saber em qual vez. Nós estamos fazendo o análogo a chumbar o dado.
– no geral, as temperaturas globais têm evoluído conforme a previsão dos modelos. O mar tem subido mais rápido que o previsto. O gelo tem recuado muito mais rápido que o previsto. (uma referência boa pra isso é Rahmstorf 2007 http://www.pik-potsdam.de/~stefan/Publications/Nature/rahmstorf_etal_science_2007.pdf )
– A sensibilidade climática (variação da temperatura em resposta ao dobro de gases estufa) continua tendo uma estimativa mais provável de 3 ºC, número apoiado por dúzias de estudos independentes, com abordagens diferentes. (Uma boa referência pra isso é Knutti 2008 http://www.iac.ethz.ch/people/knuttir/papers/knutti08natgeo.pdf )
– A voz dos céticos se limita quase que totalmente aos veículos não científicos, nos quais nem editores nem leitores (na maioria) têm conhecimento pra acompanhar a física envolvida (por que será?). Boas referências pra isso são Oreskes 2004 http://www.sciencemag.org/cgi/content/full/306/5702/1686, Boykoff & Boykoff 2004 http://www.eci.ox.ac.uk/publications/downloads/boykoff04-gec.pdf, e Cook 2013 http://iopscience.iop.org/1748-9326/8/2/024024/article
Abraço
Alexandre, concordo em quase tudo. Mas o arrefecimento é um processo de mais de década, e ninguém viu ele vindo aí. Talvez algum processo de feedback negativo não modelado esteja freando o aquecimento. Meu ponto: não dá para saber ainda.
Salvador, não é arrefecimento. É um aquecimento, que não alcançou significância estatística suficiente (se não dá pra afirmar categoricamente que houve aquecimento, muito menos ainda dá pra se afirmar que esfriou). Sempre haverá alguns anos na ponta da série histórica nessa situação.
Já houve estudos em que se computaram os El Nino observados, a diminuição da atividade solar e a maior quantidade de aerossóis, e chegaram em valores que explicam bastante o comportamento da temperatura da última década (ex: Foster & Rahmstorf 2011 http://iopscience.iop.org/1748-9326/6/4/044022 )
A idéia de um feedback negativo salvador já foi tentada por Lindzen e Roy Spencer (pra mencionar apenas os que se pode chamar de cientistas do clima), principalmente se agarrando nos processos de nuvens. Não encontraram nada que sobrevivesse ao escrutínio dos pares, às observações e ao teste do tempo. As nuvens, apesar da ainda grande incerteza, aparentam ser feedback positivo (não tenho o link da pesquisa comigo, posso providenciar se quiser).
Além disso, aqueles estudos de sensibilidade climática convergindo para os 3 ºC deixam o feedback salvador muito improvável. Se houvesse um feedback negativo pra estabilizar tanto as perturbações, não teríamos saído da Era do Gelo aumentando uns 6 ºC a temperatura global.
Ou seja, há fatores recentes suficientes pra explicar o comportamento da temperatura dos últimos anos. Por outro lado, não há evidências do procurado feedback negativo.
Veja só, Alexandre. Eu não estou entre os chamados céticos do clima. Eu começo dizendo que não dá para ter muita dúvida de que vivemos um momento de mudança climática e que ele é antropogênico. O ponto em que chega meu ceticismo é quando os climatologistas acreditam ter resolvido a equação do clima, por assim dizer. A existência do arrefecimento (não recuo, arrefecimento mesmo, a curva de aumento de temperatura achatou), que já dura mais de 10 anos, não foi prevista por ninguém. E é muito fácil dizer que as flutuações decadais são comuns, mas o efeito se revela no padrão multidecadal, quando temos só 60 anos de dados realmente confiáveis, sem recorrer a proxies, da meteorologia global. Para mim, isso é sinal de que ainda há muito o que incluir nos modelos de clima, e tenho dificuldade de acreditar que um arrefecimento de 15 anos é um efeito meramente estocástico. Sim, eu li o paper mais recente sobre nuvens, que sugeria feedback positivo, mas nem tenho confiança de que ele seja a palavra final sobre o assunto, nem apostaria que as nuvens sejam a última peça do quebra-cabeça. Em certo sentido, minha desconfiança é mais aterrorizadora que o IPCC; se estamos lidando com equilíbrios que ainda não compreendemos, a distância entre o potencialmente inofensivo e o potencialmente catastrófico é bem pequena. Por isso acho prudente trabalharmos com a hipótese de que precisamos reduzir emissões, mesmo com todas as incertezas. Abraço!
Oi Salvador, fico feliz em saber que vc não engrossa o coro dos céticos.
Sim, concordo plenamente quanto às suas opiniões referentes à precaução e ao efeito duplo da incerteza.
Dada essa concordância, as observações a seguir são menores:
– Arrefecimento, no sentido de resfriamento, importaria em queda de temperatura, e não simplesmente achatamento da curva (algo como variação em torno de zero, sem tendência). Talvez vc tenha querido dizer no sentido de “diminuição da velocidade de aquecimento”. Se for isso, não há o que discordar, embora deixo como sugestão reconsiderar a escolha da palavra com o intuito de clareza do artigo.
– a tendência de aquecimento do período 1992-2006 foi bem maior do que a prevista. Nem por isso eu via artigos na imprensa em 2007 dizendo que o IPCC não estava sendo preciso o suficiente, pois afinal estava esquentando muito mais do que eles diziam, e os modelos deles não apontavam pra isso.
– minha impressão é que os memes dos “céticos” acabam transbordando para o imaginário coletivo. Fica aquele eco residual de que “o IPCC sabe menos do que quer parecer” ou “o IPCC é alarmista, e é preciso contrabalançar esse alarmismo com dúvida”. Nenhuma ciência nunca tem o quebra-cabeça completo, nem a palavra final. O IPCC apenas compila o estado atual da ciência, e faz isso com bastante conservadorismo. Mas em qualquer outra área da ciência onde se tenha 90% de certeza, toma-se isso como certeza mais que suficiente. Se existisse uma linha aérea que caísse em 90% dos casos, o cidadão médio diria “não vou porque é certeza que vou cair”. Ele se recusaria a ir ainda que fosse 66%, ou mesmo 40%. Já no caso do clima, o que se vê é “ei, espere aí, a certeza não é absoluta… tem 10% de chance de não ser…” Atribuo isso ao trabalho tragicamente eficaz de desinformação dos céticos – mas aí é apenas minha opinião.
Um abraço, e bom trabalho. Obrigado pelo tom construtivo da conversa.
Alexandre, fui até reler o texto original. Falo em arrefecimento do aquecimento, não arrefecimento da temperatura. Ou seja, que o processo de aquecimento deu uma freada, não que a temperatura caiu em anos recentes. Por isso, banco a minha redação original.
De resto, concordo inteiramente contigo. E sobre a proliferação do ceticismo, acho que há um fator importante e pouco mencionado: a ciência do clima está martelando a mesma mensagem, com o mesmo tom, há 30 anos. O público está cansado de receber sempre a mesma notícia, como se fosse novidade. É um problema de comunicação grave, que deixa o público mais interessado por ideias alternativas, só por soarem mais novas.
Abraço!
Caro Alexandre, se o CO2, à noite, evita que a terra transmita todos os raios infravermelhos em direção ao espaço sideral. O que acontece durante o dia ? O mesmo CO2 não teria o efeito contrário, impedindo(na mesma proporção), que os raios infravermelhos emitidos pelo sol, atinjam a terra ? Desse modo, todo o trabalho de “aquecimento” que o CO2 faz à noite, é desfeito(em maior quantidade) durante o dia. Certo ?
Oi Anibal,
O efeito do CO2 em si é tão grande de dia quanto à noite. A diferença é que à noite a superfície não tem o sol para aquecê-la, e esse resfriamento acaba sendo retardado pelo efeito estufa. Por isso, as noites têm mostrado maior aumento de temperatura do que os dias (da mesma forma, os invernos têm aquecido mais que os verões).
Se a causa fosse o Sol, por exemplo, esses efeitos seriam o contrário.
Quanto à sua outra pergunta: a vasta maioria da energia do sol nos chega como luz visível, e não como infravermelho. A frequência do infravermelho é emitida por corpos bem mais frios do que o sol, como a nossa superfície. Os gases estufa são praticamente invisíveis à luz do sol, enquanto obstruem a frequência do infravermelho. Ou seja: não retêm a energia que entra, enquanto retêm a energia que sai.
Me avise se não respondi a pergunta.
Olá Salvador,
Se você tivesse a paciência necessária para ler um trabalho a respeito de clima tão extenso quanto a íntegra de um relatório do IPCC, você também passaria a dar mais créditos aos que discutem essas previsões dos alarmistas climáticos.
Eu li um trabalho desses, e ao que parece, quem escreve as conclusões do trabalho, sequer leu o conteúdo. Tamanha a disparidade entre os dados efetivamente demonstrados e as conclusões excessivamente alarmistas.
Acredito que o físico e climatologista Luiz Carlos Molión, não tenha nenhum rabo preso com interessados na dúvida e conhece muito de clima e de dados.
Tanto conhece, que tem entrevistas dele de 2009 em que ele já afirmava que a tendência era de resfriamento nas próximas décadas. PIMBA ! Neve no Brasil, que há muitos anos não acontecia. Invernos rigorosos no hemisfério norte.
A cantinela dos alarmistas já está mudando o rumo da prosa, de aquecimento global para MUDANÇAS CLIMÁTICAS…
Quem será o Viktor?
Parabéns rapaz! Poucas vezes se vê tanta lucidez e conhecimento apresentados nestes tipos de comentários “saitianos”. Que bom que continuei lendo, por obra do ofício!
Lucidez ?!?!? O cara só argumeta com falácias. Onde esta a lucidez nisso? E o conhecimento dele é primario e degago .
Há décadas fazia um frio glacial em Friburgo, RJ. Com o crescimento populacional e os recentes acidentes naturais o clima está mais para ameno…
Há muitos anos (e hoje já estou com 66) venho desposando a ideia, acho que cada vez mais confirmada, que MARTE é hoje o que será a TERRA amanhã e VENUS será, amanhã, o que a TERRA é hoje (em épocas cosmologicamente falando, é claro).
E não é muito engraçado que cientistas dizem que o “hiato” para ser levado à serio precisaria durar 30 anos ? Afinal o IPCC foi instituido em 1985, 8 ou 9 anos após as temperaturas começarem a subir novamente após o resfriamento de 1945-1976 ? E não é engraçado que o alarme de tudo o que está acontecendo agora tenha iniciado em 1989 a partir da audiência pública no senado americado patrocinada pelo então senador Al Gore e por James Hansen, apenas 13/14 anos após o término daquele resfriamento que correlaciona perfeitamente com a oscilação decadal do pacífico (PDO) ? agora, para desprovar o que já está desprovado precisamos 30 anos ? Sem dúvidas, algo acontece com nosso planeta, mas não é o clima…
Bom dia
E, respondendo a sua pergunta sobre “que diabos acontece com nosso planeta ?”
Resposta simples: nada, a não ser o capitalismo reinventado (neocapitalismo ?) com base em uma pseudo-ciência que por sua vez está baseada em preceitos malthusianos requentados de tempos em tempos e já provados falsos a muito tempo. A proposta do novo capitalismo é… o socialismo. Não passará muito tempo e seremos taxados por … respirar.
Não tenho certeza se isto é sustentável. Acredito que o trauma será bem maior quando a humanidade realizar a manipulação de que está sendo vítima. Aqueles que acreditam que o efeito, mesmo baseado em ciência ruim, é benéfico para a humanidade, estão redondamente enganados. Será catastrófico enganar o planeta.
Contra-pergunta: Não seria melhor investir em educação ???
Viktor, investir em educação é sempre bom…Entretanto para os políticos é ruim…Um povo bem educado não se engana quando vai às urnas…Daí…
Os próprios políticos têm interesse em manter o povo mal educado, não se iluda…
Viktor, e quando eu digo políticos também incluo o síndico do meu condomínio que, a fim de ser reeleito, apoia todo tipo de bagunça cometida por moradores sem educação…
Viktor , invista na sua educação. Recomendo que procure pelo curso do professor Carlos Henrique de Brito sobre Aquecimento Global e Efeito Estufa na Univesp TV . E tambem estude sobre falácias. Principamente sobre a falácia do apelo ao lucro.
Ah… sim, existe 95% de certeza de que a temperatura de 14.5C em 1997 e de 14.5C em 2013 seja devido à causas humanas. Acima dos 90% de certeza (obtido por consenso de “experts” e não da probabilidade estatística, parte do método científico) do relatório de 2007 do IPCC, quando as temperaturas já estavam planas. Agora, estão em queda. Mas eles garantem que precisamos esperar mais 15 ou 20 anos para comprovar as falhas dos modelos, que já falharam. Assim, vamos conviver por mais algumas décadas assistindo bilhões e bilhões serem torrados em hipóteses ignorando os verdadeiros problemas reais e atuais da humanidade como fome, pobreza, doenças e mais devastação ambiental. Talvez a solução para o problema que não existe seja a total degradação do planeta pelas grandes corporações que já possuem as “soluções” para “salvar o planeta”, como a total artificialização da agricultura pelos transgenicos, a geoengenharia e a nanotecnologia. Quem sabe ?
Como disse um comentarista aqui: “foi a tecnologia que nos colocou neste problema e será a tecnologia que irá nos tirar” (em outras palavras).
Mais um para descartar.
O fim da farsa do aquecimento global antropogênico catastrófico representaria um desemprego em massa atualmente. Cientistas desonestos e dirigidos por apenas por mais fundos para pesquisa, burocratas globalistas cegos sedentos por regulações globais, jornalistas e comentaristas chapa-branca, ativistas e diretores de ONGs sangue-sugas, empresários de energias renováveis ineficientes e caras, políticos oportunistas, mercadores e especuladores de ar-quente, trolls e decelebrados que frequentam blogs enviesados etc etc Enfim, uma imensa massa de empregos e atividades inúteis e que nada produzem não iria ter nada o que fazer a não ser mover para o próximo “scare” “da hora”. A maior construção social já levada a cabo contra a humanidade não pode acabar sob pena de produzir um problema social de grande monta hoje em dia. Por isto, apesar de todas as evidências de fraude, ela deve continuar. Rumo a Ditadura Klimática com o apoio da mídia mainstream!
Ainda bem, gaças a Internet, que temos fontes de verdadeiro jornalismo-inquiridor em ação no The Economist, no Forbes, no Der Spiegel ou no Daily Mail, que por sinal publicou hoje uma verdadeira matéria sobre o problema em:
http://www.dailymail.co.uk/news/article-2436710/Met-office-proof-global-warming-pause-climate-summit-confirms-global-temperature-stopped-rising.html#ixzz2gEmEdUxK
que não tem problemas em mostrar que a temperatura mundial em 1997 era 14.5C e em 2013 é de…. 14.5C.
Enquanto isto, seguimos aqui lendo nossos brilhantes folhetins nacionais que preferem a versão oficial pois, claro, ainda há muito dinheiro para faturar com os anunciantes comprometidos com o esquena, não ? Além disso, a gente rola com a barriga e vai ficando empregado.
Sds
Caro Salvador.
Muito apropriado seu post. Você não foi tendencioso como a maioria é. De fato, não sabemos com que estamos lidando, tanto, que já existiram outros períodos interglaciais sem a existência de tecnologia humana…
Parabéns! Uma voz de bom senso é sempre bem vinda!
Salvador, existe alguma teoria que explique por que e quais foram os eventos detonadores de um efeito estufa descontrolado em Vênus?
A única coisa que ouvi é que a posição dele era um pouquinho para fora da zona habitável, e aí disparou esse efeito estufa descontrolado. Mas a real é que não sabem direito. O que é ainda mais dramático.
Os astrônomos sabem bem que o principal gás do efeito estufa é o vapor de água. Por isso, para observar melhor no infravermelho, colocam observatórios no árido Atacama. Os gases de carbono e em especial o dióxido de carbono é responsável por menos de 5% do efeito estufa. (Aliás, sem efeito estufa a Terra seria gelada.) Assim a contribuição humana é muito pequena. Daí a dificuldade de se explicar a pausa de aquecimento atual, mesmo com contínuo aumento de dióxido de carbono, pelos que atribuem tudo a ele. Entretanto existem outros cientistas que atribuem grande parte das variações climáticas a atividade solar. Ela foi muito intensa na segunda metade do século XX e tem diminuído muito. O atual máximo foi o menor em 100 anos. Uma série de ciclos pouco ativos podem nos fazer suspirar por um pouco mais de efeito estufa. Em quem acreditar? No que estiver acertando mais e não parce ser o IPCC. Intersses econômicos há em qualquer direção. Acusar o outro lado disso denota má fé e diz muito sobre a própria ética. Em todo caso, posso mandar minha conta bancária caso algum “poluidor” resolva me patrocinar (rs, para quem não entende ironia).
Carlos, é bem verdade isso. Mas ninguém está colocando mais vapor d’água na atmosfera. Em compensação, mais dióxido de carbono pode levar a um aquecimento modesto que gera mais evaporação, que por sua vez implica mais vapor d’água na atmosfera. Então, mais aquecimento. Mas não tão depressa. Mais vapor d’água, mais nuvens, mais nuvens, mais albedo, mais albedo, menos radiação solar, menos radiação solar, menos aquecimento. Agora, vai quantificar tudo isso, simular por dezenas de anos e descobrir como isso se desenrola no longo prazo! É muito feedback, de muita coisa, pra simular com segurança. Por isso aparecem fenômenos imprevisíveis, como o arrefecimento. Contudo, que está esquentando o planeta, não dá para discutir.
Salvador, muito bem colocada a teoria de aquecimento conjugada aos efeitos de albedo das nuvens formadas pelo aquecimento. Se você ler os relatórios do IPCC vai ver que os modelos climáticos não computam “as nuvens”. É isso mesmo. Eles não levam em consideração a água, que gasta 1 cal para elevar 1g em 1 grau centígrado, e que leva 40 calorias para cada grama de água que se evapora ou se liquefaz. Só isso. Como poderiam acertar qualquer previsão ? Por causa disso, estão prevendo para daqui a 100 anos…
Recomendo que procure pelo curso do professor Carlos Henrique de Brito sobre Aquecimento Global e Efeito Estufa na Univesp TV .Pode ser achado no Youtube. E tambem ja foi provado que é uma mentira dizer que a contribuição humana é pequena.
Carlos,
As pessoas não entendem que a atividade solar e o clima na Terra já entraram em equilíbrio a muitos milhões de anos e assim criaram uma dinâmica própria. Se agora, nós mexermos este equilíbrio, alterando um dos parâmetros, o novo ponto de equilíbrio pode ser além da linha limite que suportaríamos. Uma formiga não pode mover uma montanha, desde que você não dê 1 milhão de anos para ela.
Recomendo que procurem pelo curso do professor Carlos Henrique de Brito sobre Aquecimento Global e Efeito Estufa na Univesp TV .Pode ser achado no Youtube. Tambem recomendo que assista no Youtube o programa Roda Viva com o meteorologista Carlos Nobre.Não devemos nos esquecer que as indústrias de combustiveis fosseis pagam pessoas e supostos “cientistas” para negarem o aquecimento global,para confundir a opinião pública internacional,para que as populações não deixem de consumir combustiveis fosseis, que poluem o meio ambiente e são responsaveis pela mudanca climática global que tentam ocultar e não querem que ninguém faça nada.
Muitos falam sobre o clima, principalmente aqueles q tiram disso o “ganha pão” (milhares, em especial na ONU e em governos), mas, pouco sabem, ou se sabem ignoram por conveniência… O planeta Terra existe em um sistema estelar, dentro de uma galáxia, a cada 30 mil anos o planeta vai de um estremo a outro de temp… a 15 mil anos atrás, qdo os neandertais ainda existiam, a maior parte da Europa era coberta por 100 m de gelo, era a “Era do Gelo”, dai começou a esquentar e derreter e continua esquentando até finalizar o ciclo.
Há milênios a Terra se aquece e resfria, ciclicamente. O insignificante ser humano, que está aqui no planeta há pouquíssimo tempo, nunca influiu e nunca influirá sobre as leis do universo. Só para dar um exemplo: a biomassa das formigas exala mais metano que todas as refinarias de petróleo… A erupção de um vulcão, por algumas horas, joga mais poluentes na atmosfera que a humanidade toda em um século… Esse ecoterrorismo é a ferramenta para algumas ONGs arrecadarem milhões de dólares e campanhas que pregam o apocalipse.
É verdade o sol, os oceanos, a lua e o interior do planeta são responsáveis por aquecer o paneta, porém o responsável por manter esse aquecimento sãos os gases de efeito estufa que deixam os raios solares aquecer a terra e impedem parcialmente que o calor acumulado durante o dia se perca durante a noite. Então aumentando esses GASES, estaremos SIM aumentado a temperatura!
Este assunto é um salseiro. O pior é ter de aturar os oportunistas de plantão, entre eles alguns cientistas brasileiros que insistem em contrapor as conclusões de centenas de cientistas di IPCC. Se o aquecimento antropogênico não é ainda uma unanimidade, as informações apontam fortemente neste sentido. Só que por aqui ganhou um viés de militância oposicionista, cm muitas argumentações esdrúxulas…..
Paulo: são esses cientistas do IPCC que confessaram que ‘massageiam’ os números, para obter resultados que apoiem suas teses?
Ja foi provado que este ciêntistas não massagearam dados alguns. Essa história que eles confessaram é uma grande mentira. Seu textos foram tirados do contexto para parecer que eles estavam manipulado, mas foi provado que eles não manipularam nada.
Cebola,
Tem cientista que contesta o grau de influência da ação humana no aquecimento e para isto apresenta argumentos consistentes. Mas aqui no Brasil tem um grupo de cientistas que contesta apenas para ser do contra. Alguns até ganharam alguma notoriedade. Eu tive a curiosidade de ler as teses de alguns destes cientistas. A tese tenta defender que toda esta discussão não passa de um esforço político perpetrado pelos poderosos para dominar os subdesenvolvidos (tipo anos 70). Numa tese de uma pesquisadora da USP, tese de mais de 300 páginas, 90% são argumentos filosóficos e históricos mostrando o quão é comum a tentativa de domínio de um povo sobre o outro. Para balizar os trabalhos “cientificamente”, esta pesquisadora repete tabelas conhecidas de outros pesquisadores céticos. Não houve uma única tabela de dados coletados por ela. Então fica difícil dar crédito a este tipo de pesquisa.
Eu tenho dois pontos de vista com relação a este tema:
1- todo esforço possível deve ser feito para a preservação do planeta, mas exaurir os recursos é inivetável enquanto a população continuar crescendo (somos quase como gafanhotos, onde vamos consumimos tudo em volta). Mas todo o esforço vale para ganhar tempo.
2-Um esforço cada vez maior deve ser empregado para descobrirmos um novo planeta para colonizar futuramente, apesar de parecer impossível neste momento, o Kepler era um esforço inicial possível nesse momento para ajudar neste sentido, pena que parou. Porque olhando para o passado do planeta a unica certeza e que todas espécies mais dia menos dia acabam extintas, eu sei que há exceções, mas é quase uma regra.
Dionísio,
Foi a tecnologia que nos colocou nesta provável enrascada e será a tecnologia que nos tirará dela. Longe dos holofotes muito trabalho está sendo feito. Um exemplo é a indústria automobilística, apontada como vilão, mas que muito já fez para tornar o automóvel moderno muito mais eficiente e menos poluente. Mas certamente ações globais só acontecerão quando a água bater na b…… literalmente….
As fontes de calor do planeta são o sol e o decaimento radioativo de certos elementos químicos (Urânio, Tório, Potássio) no manto e no núcleo da Terra. Além do mais , o que ninguém diz, é que o planeta encontra-se no auge da interglacial do Holoceno, ou seja, no ápice de um período quente, e caminha para a próxima era glacial.
Penso que antes de emitirmos juízos finais e “competentes” sobre a suposta incompetência de milhares de cientistas que dedicam-se ao estudo do clima ao longo de décadas, é mais inteligente adotarmos o princípio da precaução. Se não sabemos até onde vão as reais consequências do uso de tecnologias predatórias, melhor tentar substituí-las por outras mais seguras do que descobrir tarde demais que elas são de fato nefastas, mas já sem tempo de reverter seus efeitos.
E o que me causa temor são esses tais geoengenheiros que querem lançar elementos químicos na atmosfera para reverter este quadro.
Se o IPCC não possui certeza do que afirma em seus relatórios, como podem esses “manés” quererem resolver o problema assim, sem testes e sem experiência?
Grande abraço!
É um bom ponto!
Cranio. O IPCC possui sim certeza do que afirmam e até aprensentam um valor numérico para esta certeza. E sim ele fazem testes e fazem experiências para terem suas comprovações .
Concordo com o Felipe…
A alteração climatica é local e não global…
Alguém por um acaso sabe qual é a atual situação do Sol?
Não acredito nesses relatórios e não acredito em aquecimento global….
Pra mim é tudo conversa pra boi dormir
A situação é tão grave, que vale a pena ouvir um Senhor de 89 anos falar sobre um assunto que extrapola os limites da Terra.
Segundo ele, já existe energia limpa para ser usada em grande escala.
http://www.youtube.com/watch?v=JN0hqnxVTLM
O fato é que nada será feito para reduzir as emissões porque as nações desenvolvidas dependem disso para sua sobrevivência. É só esperar pra ver se as previsões se confirmam
Esses relatórios do IPCC têm a credibilidade de uma nota de 3 reais. Não valem nem o papel no qual estão escritos.
O homem não controla o clima, nem o influencia em escala global. Apenas em escala local, e muito limitadamente. O Sol, os oceanos e a Lua são, e continuarão sendo pelos séculos dos séculos, as grandes forças climáticas deste planeta.
O aquecimento global provocado pela atividade humana é um resultado da arrogância da espécie, que se acha a dona do planeta, dos ecochatos com o intelecto de protozoário, e dos interesses dos detentores do poder global em utilizar emissões, suas reduções e seus créditos como ferramenta de manipulação político-econômica.
O aquecimento global não está ocorrendo conforme as previsões iniciais, a despeito de todas as explicações esfarrapadas dadas pelo IPCC e seus defensores. As mudanças climáticas estão ocorrendo simultaneamente em diversos planetas do sistema solar, e não necessariamente na direção específica de aquecimento.
Um link de artigo com algumas observações interessantes: http://www.climatedepot.com/2013/09/24/uk-paper-global-warmings-credibility-problem-due-to-activist-scientists-gore-ipcc-crying-wolf-vastly-overstating-what-the-science-says/
Já foi demonstrado que o aquecimento dos outros planetas do sistema solar, são muito inferiores ai aquecimento da Terra. O Colunista da folha Marcelo Leita ja publicou links de artigos ciêntificos mostrando que estas mundaças climaticas em outros planetas não passa de um mentira .
Coloca aí o link do artigo do Marcelo Leite…
Cadê o link?
ahã, senta ai e espere…vc verá…
O histórico do nosso planeta, é de um planeta “glacial”. A atividade humana esta apenas adiando um pouco o próximo período glacial.
Bom,ciades que hoje tem uma temperayura média de 16 C, vão para 20,8 C., legal, os netos vão mudar para lá então!
Hmm, não é bem assim. Não é somar 5 graus em cada local. É a temperatura média da Terra. Alguns lugares vão ficar muito mais quentes (desertificar), outros terão mudança menos brusca, e a quantidade a mais de energia na atmosfera produzirá eventos extremos, como furacões onde antes não tinha. Ou seja, não deixa seus netos se mudarem pra Santa Catarina.
Salvador: Falam em “temperaturas médias do início do século 20”. Pergunta: Onde essas temperaturas eram medidas, há cem anos? Quem as media, com quais instrumentos, em que horários mediam? Sabemos que para que uma comparação tão importante tenha alguma validade, ela precisa ser feita com base em dados realmente comparáveis, e não e chutes e achômetros…
É verdade que, quanto mais para trás os caras vão, mais incertos são os dados. Contudo, se você pegar dos anos 50 pra frente, a coisa é mais segura, e ainda assim tem uma tendência forte de aquecimento.
Oi Salvador,
Eu estava vendo esses primeiros comentários e percebi essa afirmação dos “últimos 50 anos”.
De fato, é claro, quanto mais antigo o período menos estações meteorológicas, ou menos testemunhos paleoclimáticos em quantidade e qualidade. Entretanto, as margens de incerteza são incluídas sempre nos estudos. Me parece exagerado se ater simplesmente aos últimos 50 anos – indiretamente sob a implicação que daí pra trás é tão inseguro que não se pode tomar a informação em consideração.
Consideradas as devidas margens de incerteza, há informação útil a respeito do clima dos últimos séculos, milênios, milhões de anos e até mesmo referente à época dos dinossauros – o que não deve ser novidade pra vc.