EUA querem posse de locais de pouso na Lua

Salvador Nogueira
Imagem usada em apresentação do astronauta Andrew Thomas, da Nasa, em 2011
Imagem usada em apresentação do astronauta Andrew Thomas, da Nasa, em 2011

Vendo que a batata está assando, congressistas americanos discutem a possibilidade de criar uma lei que transforme todos os locais em que houve pousos tripulados na Lua em Parques Nacionais dos Estados Unidos.

O Apollo Lunar Landing Legacy Act foi introduzido no Congresso em 8 de julho de 2013, sem dúvida em antecipação à chegada da China na Lua, com sua sonda não-tripulada Chang’e-3 e o jipe robótico Yutu. O medo é que futuras missões de outros países — ou mesmo de empreendimentos comerciais — adulterem os locais históricos em que homens pela primeira vez caminharam sobre a Lua.

(Se você é daqueles que não acreditam nas missões lunares americanas, sugiro a leitura do texto “Cinco provas da ida do homem à Lua”, pelo menos enquanto o Mensageiro Sideral ainda não produz o já planejado “Mais cinco provas…”)

A proposta colocaria os seis sítios, que abrigam pegadas, bandeiras e artefatos tecnológicos deixados pelos astronautas, sob jurisdição do Departamento de Interior dos EUA. Só que a ideia tem vários problemas, de ordem prática e legal.

Em termos da legalidade, os Estados Unidos são signatários do chamado Tratado do Espaço, posto em efeito em 1967, que diz que nenhum país pode clamar para si a posse de partes de corpos celestes. Dizem os congressistas defensores da nova legislação que o Parque Nacional seria composto apenas pelos equipamentos deixados na Lua, e não pela Lua em si, mas é obviamente uma “mandraqueada” para se apropriar de um pedaço de terreno lunar.

Um problema mais sério é que os Estados Unidos não têm no momento condições de patrulhar os supostos parques e protegê-los de invasores. Se a China decidir que sua próxima sonda vai descer do ladinho da plataforma do módulo lunar deixada pela Apollo-11, quem estará lá para impedir? O pessoal vai entrar em guerra por causa disso?

Para encaminhar essa questão numa direção mais produtiva, Henry Hertzfeld e Scott Pace, da Universidade George Washington, sugerem que a proteção arqueológica dos sítios Apollo deveria ser feita, não por meio de uma lei nos EUA, mas sim por acordos internacionais. A sugestão foi feita recentemente em artigo publicado no periódico científico “Science”.

Um acordo multilateral, no âmbito da ONU, seria mais difícil de negociar. Por isso, a dupla sugere acordos bilaterais conforme países adquirissem capacidade técnica para visitar a Lua. No momento, seria preciso assinar com a Rússia e, desde a semana passada, com a China.

O Mensageiro Sideral sempre imaginou que o local de pouso da Apollo-11 até o fim do século 21 seria parte de um museu, preservado por uma redoma e passível de visitação por turistas espaciais. E você, o que acha?

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Comentários

  1. eu não acredito que homem tenha evoluido, pois se conseguimos alguma coisa no campo tecnologico, o homem continua o mesmo de seculos passados, pois um bom numero de humanos acredita na farsa da ida a lua pelos EUA, a lua deles é ali na area 51 , por isso o misterio de isolamento da mesma, sabe quando vamos andar na lua quando o sargento garcia prender o zorro , como os quadrinhs ja acabaram isso que dizer nunca!!!!!! célio vidal

  2. Acho que vamos ter a honra (não necessariamente) se testemunhar uma segunda versão da Guerra Fria Espacial se ninguém encontrar algo realmente plausível.

  3. Muito interessante sua matéria Salvador, no momento voltei a acreditar nessa viagem, é plausível, tenho 23 anos, acho que na minha idade posso me dar ao desfrute de mudar de opinião algumas vezes. Caso haja provas contrarias ou novas missões tripuladas espero (avidamente) que o você escreva. Abraço.

  4. Acreditar que o homem foi a lua é questão de escolha, assim como acreditar que a Terra é redonda, até o momento não montei nenhuma nave espacial ou dei a volta no mundo de navio, balão, avião, etc, para falar que a Terra é redonda. Posso seguramente falar que vivemos em uma panqueca e que todos estamos em uma conspiração internacional de inventou essa historia de Terra redonda e de espaço sideral. Posso também afirmar que HIV não existe pois nunca conheci um aidético, posso falar que nazismo e as trocentas guerras do passado são história da vovozinha. Posso também acreditar em Matrix, em piramides como portais dimensionais, em panspermia ou mesmo que tudo isso não passa de um sonho e eu sou uma pedra. Que diferença faz? Só o que não devo é baixar o nível e soltar um monte de ofensa contra que discorda de meu ponto de vista. Se não fui convincente o bastante com meus argumentos tenho que melhora-los. Se fui convincente, sorte minha. Se acredito ou não depende da minha vontade de acreditar em um argumento ou outro. Não trabalho, não dependo e não tenho nenhuma paixão ensandecida com nada que dependa vitalmente disso como verdade absoluta. Ainda assim, poeticamente me apetece observar a “espetacular imensidão negra com seu prato dourado” ou então os espíritos de meus antepassados mortos e a Grande Mãe ou então especular que tudo isso faz parte de um minusculo pósitron em um anti-átomo de hidrogênio.

  5. Na hipótese conspiratória da missão Apollo ter sido uma farsa, não resta para os americanos outra atitude do que esta, obrigando a resto do mundo a manter distância dos supostos locais de pouso.
    O que ainda não consigo entender é porque um bom telescópio consegue detectar objetos celestes a bilhões de anos luz e não consegue captar as imagens com as pegadas e os sinais da presença humana na lua…

    1. Falta resolução. O catch é que telescópios conseguem detectar objetos celestes a bilhões de anos-luz do tamanho da galáxias, não de pegadas. 😉

    2. Sem falar, Pablo Federico, que os americanos querem apenas impedir que ALTEREM os locais, e não que cheguem lá. Quem quiser ir, pode ir. Só não vai bulir com o que tá lá.

      😉

  6. Esses interesses se tornaram internacionais. Portanto o Órgão competente para julga-los é a ONU. Cabe a ela julgar e legislar sobre o assunto, criando Leis claras sobre os direitos internacionais de posses conquistadas além das fronteiras da Terra.

  7. Como sobrou muito pouco para que os dois poluam por aqui, vão disputar lá em cima quem acaba com ela primeiro.

  8. O interessante de tudo isso é que os EUA realmente consideram que ir a Lua deve se tornar algo corriqueiro nas próximas décadas, a ponto de se preocuparem em preservar a história. Antes a Lua era inatingível (só eles estiveram lá em carne e osso) mas agora eles percebem que em breve vão perder esta condição. E, à medida que a tecnologia avança e os custos caem, não me admiraria se viagens turísticas para a Lua fossem anunciadas nas próximas décadas.

  9. Quero ver a foto ou filme da bandeira americana no solo lunar. A farsa vai ser comprovada, por que tal bandeira não existe! Os chineses vão provar muita coisa que os americanos diziam ter feito a 40 anos atrás, era mentira! Só um idiota acredita que naquela época havia tecnologia para tal façanha …

    1. Os chineses já confirmaram que os americanos estiveram na Lua. Fica para a próxima. 😉

          1. Esta reportagem não diz que os chineses comprovam a estória da apollo 11 (homem põe o pé na LUA). Ela afirma que encontraram vestígios da missão apollo “anteiror”. Eu não desacredito que os americanos já enviaram sondas para LUA, tanto que até material já conseguiram (rochas). O que está em questão é a flamigerada estória da Apollo 11, que foi a única que eles supostamente estiveram com os astronautas em solo lunar.

          2. Não houve missões Apollo não-tripuladas. Quando eles apontam evidências dos pousos da Apollo, é fim de jogo, meu amigo. Mas não desista, não. Tem outras formas de criticar os americanos. Que tal falar de bomba atômica? 😛

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