Hubble caça as primeiras galáxias do Universo
Cientistas do mundo todo estão usando o Telescópio Espacial Hubble para tentar observar as primeiras galáxias do Universo. Os resultados iniciais do projeto, chamado The Frontier Fields (Os Campos da Fronteira), foram apresentados nesta terça-feira, durante a reunião anual da Sociedade Astronômica Americana, em Washington.
Para que se tenha uma ideia do tamanho do avanço, as galáxias observadas agora são 20 vezes menos brilhantes do que as mais discretas vistas até então. Elas remontam a épocas anteriores a 12 bilhões de anos atrás. Em comparação, estima-se que o Big Bang — evento que teria dado origem ao Universo — aconteceu há cerca de 13,8 bilhões de anos.
Para obter esse alcance sem precedentes, os pesquisadores combinaram o poder de observação do Hubble com um estranho fenômeno descrito pela teoria da relatividade geral de Albert Einstein: as lentes gravitacionais.
LUPAS NO ESPAÇO
Calma, não se apavore. É mais simples do que parece. A grande revolução da teoria de Einstein foi mostrar que objetos com massa, como a Terra ou o Sol, fazem o espaço ao redor deles se curvar. Isso significa que, ao passar de raspão pelo Sol, um raio de luz sofre um suave desvio de sua trajetória original — exatamente como a luz que passa por uma lupa é desviada, fazendo com que o objeto observado por ela pareça maior do que é.
Moral da história: os astrônomos podem usar objetos com bastante massa (que geram bastante gravidade) como se fossem “lupas cósmicas”, ampliando a imagem de outros astros que estão atrás deles.
Para fazer isso, o grupo internacional de astrônomos responsável pelo projeto apontou o Hubble para um aglomerado de galáxias chamado Abell 2744, que contém centenas de galáxias e está a 3,5 bilhões de anos-luz de distância. O objetivo não era estudar o aglomerado em si, mas usar a gravidade combinada dele para ampliar a luz de objetos que estivessem ainda mais distantes, atrás dele.
Em astronomia, olhar para as regiões mais distantes equivale a enxergar o cosmos como ele era bilhões de anos atrás. Afinal, esse é o tempo para que a luz que saiu desses objetos naquela época remota chegue até a Terra. Portanto, por meio de estratégias como essa, os cientistas podem estudar como eram as galáxias em seu estado mais primitivo.
E o esforço aparentemente deu certo. Foram reveladas aproximadamente 3.000 galáxias ao fundo do Abell 2744 que de outro modo não poderiam ser observadas. Ainda não se sabe, contudo, se estamos diante das primeiras galáxias que se formaram no Universo ou se outras mais antigas podem estar ainda mais longe, fora do alcance de detecção atual.
“O Frontier Fields é um experimento; podemos usar a incrível qualidade de imagem do Hubble e a teoria da relatividade geral de Einstein para procurar pelas primeiras galáxias?”, disse Matt Mountain, atual diretor do STScI (Instituto de Ciência do Telescópio Espacial, órgão responsável pela administração do Hubble).
Em combinação com essas observações, serão feitas também imagens similares com o Spitzer (que detecta infravermelho) e o Chandra (que estuda raios X). Espera-se que a sobreposição de informações permita estudar a evolução das galáxias do Universo bebê e compreender como elas eventualmente evoluiriam para objetos como a nossa Via Láctea, uma galáxia espiral que reúne cerca de 200 bilhões de estrelas, dentre elas o Sol.
LONGA BUSCA
O Hubble já tem uma imensa tradição na caça aos objetos mais distantes do cosmos. Foi com o chamado “Campo Profundo do Hubble”, obtido em 1995, que essa saga começou. A ideia, engendrada pelo astrofísico Robert Williams, então diretor do STScI, era de uma simplicidade franciscana. Bastava apontar o telescópio para uma região aparentemente vazia do céu e fazer exposições da mesma área, durante dez dias seguidos, para colher o máximo de luz possível daquele aparente vazio.
Eis que a ideia deu resultado: em lugar do nada, o Hubble registrou quase 3.000 galáxias distantes num pedacinho de céu equivalente ao tamanho de uma bola de tênis observada a cem metros de distância. Nasceu ali o primeiro estudo sofisticado do Universo primordial.
O Campo Profundo do Hubble foi o primeiro esforço nesse sentido, seguido pelo Campo Ultraprofundo do Hubble, obtido pelo mesmo método, mas com uma câmera mais poderosa, em 2004. No ano retrasado, foi obtido o Campo Profundo Extremo do Hubble, que representa um pedacinho do Campo Ultraprofundo e revelou 5.500 novas galáxias, que remontam a até 13,2 bilhões de anos atrás.
Prezado Salvador Nogueira,
Imagine que eu só tenha 8 anos e você tenha que me explicar como acontece isso de o universo ser 13.8 bi de anos luz para a minha frente e para minhas costas, visto que eu não estou no centro do mesmo! Nunca entendi!
Imagine que você quer fazer muitos amigos. Então você vai para um descampado e começa a gritar. “AMIGOS! AMIGOS! AMIGOS!” Outras crianças ouvem e começam a correr na sua direção. A cada uma que chega, vocês se apresentam e ficam amigos. Só que, passado um certo tempo, você tem que ir embora. Muitos possíveis amigos que tentaram correr até você não chegaram a tempo. Você deixou de conhecê-los. Eles existem, mas não fazem parte do conjunto dos seus amigos “observáveis”. A mesma coisa se dá com o Universo. Tudo que conhecemos só pôde ser visto por nós quando a luz que partiu deles chegou até nós. Mas há lugares tão distantes que a luz que partiu de lá ainda não teve tempo de chegar até você. Tudo que podemos ver tem de ter enviado sua luz de uma distância inferior a 13,8 bilhões de anos-luz, para que tenha dado tempo de ela chegar até nós. Isso vale para todas as direções. Por isso o Universo observável parece uma esfera, como se você estivesse no centro dela.
Obrigado, Salvador. O que quis dizer foi: se estamos olhando de frente para um objeto que está a 13.2 bilhões de anus luz , então às nossas costas, no lado oposto ao do objeto observado, só restaria um espaço equivalente a 600 milhões de anos luz, dada a idade do universo de 13.8 bilhões de anos luz. Ou não poderíamos escolher a direção para onde apontar os nossos telescópios, se nem sabemos a nossa localização nesse universo? Ou o centro do Big Bang? Obrigado.
Não, Edmundo. O Universo é muito maior do que um raio de 13,8 bilhões de anos-luz — durante o processo inflacionário, ele inchou mais depressa que a luz. Então, não importa onde você esteja, sempre terá 13,8 bilhões de anos-luz de Universo observável para todo lado. 😉
Meu Deus, Salva!
Essa sua resposta me deixou assustado aki…
então o universo é infinito nunca acaba??
Ele é infinito pelo menos até onde podemos medir. Talvez não seja numa escala ainda maior…
Parabéns Salvador pelas matérias publicadas. Sou fanzão do seu blog. A pergunta de Murilo Novais foi muito inteligente. Sua resposta não me satisfez. Poderia desenvolvê-la melhor?Como leigo tenho sérias dúvidas sobre a teoria do Big Bang que só tem a seu favor a radiação de fundo, que poderia ter outra origem. Ainda sobre a idade do universo e as galáxias ora mostradas distantes de nós 13.2 bilhões de anos luz. Pergunto: se a idade estimada do Big Bang é de 13.8 bilhões de anos luz significa que deveríamos esta a 600 milhões de anos luz da borda oposta a esta objeto da fotografia? Se estivermos a uma distância maior a idade do universo seria muito maior, não é verdade? Como explicar? Obrigado.
Edmundo, valeu. Na verdade, há muito mais que apoia a teoria do Big Bang. A radiação cósmica de fundo é só a cereja no bolo (e com a polarização que demonstra a inflação, ficou ainda mais incontestável). Mas evidências como o fato de que as galáxias parecem todas estar se afastando umas das outras, e quanto mais distante, mais depressa é uma galáxia, já suportam bem o Big Bang. Rebobinando esta fita, o que veríamos é as galáxias cada vez mais próximas, até o ponto em que estariam todas reunidas num só ponto. Também é suporte do Big Bang a composição do Universo, com 75% de hidrogênio, 25% de hélio e o resto em quantidades-traço. O Big Bang explica direitinho essas proporções.
Agora, sobre esse lance das distâncias aí, não entendi muito bem o que você quis dizer.
Abraço!
Salvador, se a luz são fótons e conseguimos ver a luz de todas as galáxias ininterruptamente e de todos os lugares onde estejamos, aqui na Terra ou em Andrômeda ou num planeta a bilhões de anos-luz daqui, significa que a luz de uma estrela está presente em todo o Universo ao mesmo tempo? Como? Não é um volume substancial de fótons?
Enquanto o objeto emitir luz, a luz se espalhará em todas as direções na velocidade da luz. Mas temos o conceito de Universo observável. A partir de uma certa distância, a luz proveniente de lá ainda não chegou até nós, e por isso não podemos vê-la. Por isso não se trata de uma quantidade infinita de luz.
Olá, Salvador.
Descobri este blog por acaso e estou gostando muito. Você poderia me indicar uma literatura básica, porém interessante, para quem está tentando começar a entender o assunto?
Abraço.
Paulo, sobre cosmologia, uma opção interessante para começar é “Cosmo-o-quê?”, do Alexandre Cherman. Abraço!
a verdade é uma só, tudo é palpite de curioso, ninguem sabe nada ! 13,8 bil de anos, buraco negro, big bem, deus, a criação etc…. nada sabemos !
Stephen Hawking está na linha de pensamento correto. Não nega a existência do fenômeno, mas afirma não termos ainda dados científicos para total compreensão.
– Evidente que se EU afirmar que são “RECICLADORES” naturais do Universo, todos iriam rir, menos Stephen. E isto tem sim, ligação direta com a Lei de Lavoisier: TUDO SE TRANSFORMA, poderia ter acrescentado – SE RECICLA. Não exatamente uma ‘porta de saída quântica’ de matéria deste Universo, mas a transformação aqui mesmo, ‘a morte de estrelas’ a a chegada ‘de uma nova’.
Salvador,
Não é possivel saber ainda de que galáxias são estas imagens. Como são muito antigas e são de galáxias que já não estão mais naquele lugar, é possível que estas imagens de fundo sejam de alguma galáxia conhecida. Conhecendo-se a trajetória da via láctea no espaço e apontando o huble para o início dessa trajetória, não se poderia, em tese, ter uma imagem antiga da nossa galáxia (e talvez da terra)? Tem um livro de ficção (acho que o nome é Terra) de um autor italiano que trata de uma história parecida. Abracao
Pode ser uma pergunta meio noob, mas me surgiu a dúvida, então…
Se enxergamos uma galáxia que está a 12 bilhões de anos-luz da forma que ela era há 12 bilhões de anos, então seria possível que se conseguíssemos enxergar mais longe (digamos, 13,8 bilhões de anos-luz), conseguiríamos ver galáxias sendo formadas nos segundos após o Big Bang?
No caso utilizei 13,8 bilhões pois, como se afirma no texto, é quando se estima que ocorreu o Big Bang.
Um objetivo é enxergar as primeiras galáxias, de preferência em seus estágios iniciais de formação. Mas estima-se que isso só tenha acontecido depois de meio bilhão de anos, então não dá para regredir a 13,8 bilhões de anos. Ou melhor, dá, mas lá o que você tinha era a radiação cósmica de fundo, que é justamente o que indica a idade do Universo. 😉
Estas estrelas que brilham aí, hoje estão todas mortas, por nenhuma sobrevive esse tempo todo, mais de 10 bi de anos.
Imaginem como são essas galáxias hoje, muitas delas devem não existir mais, se fundiram. Qdo. descobrirmos uma forma de ver mais rápido que a velocidade da luz, poderemos chegar mais próximo do real hoje.
Salvador, sempre que vejo novidades sobre galáxias mais distantes, torço para que com novas informações se esclareça melhor a dinâmica da expansão do Universo. Não consigo engolir a possibilidade da expansão cósmica estar em aceleração. Sei que isso é um consenso entre os estudiosos desta questão, mas não faz sentido para mim. Aí, para tentar explicar, propuseram a tal da Energia Escura e ficou mais esquisito ainda. Você acha que podemos ter alguma drástica modificação nos modelos mais aceitos atualmente?
Salvador, ontem (09/01) foi o dia do Astronauta!, e poxa… passou em branco, eu tava na espectativa de uma matéria, tô falando isso mas não sei se você está(va) preparando alguma coisa, mas sem crise… no aguardo das próximas postagens!
Carlão, pra ser sincero, nem me ocorreu. Sou fãzaço de astronautas, mas não tanto de datas comemorativas. 😛
Demoro! na verdade ocorreu o seguinte, eu também nem tchum!, mas ontem pela manhã comprei uma agenda 2014, e quando fui anotar tava lá “DIA DO ASTRONAUTA!” e na hora lembrei do blog, mas não tem problema, se pá e você quiser audiência no Blog não esqueça do 20/07… tipo… vai aparecer um monte de “45 ANOS DA MAIOR MENTIRA DA HISTÓRIA!” “O HOMEM NUNCA COLOCOU O PÉ NA LUA!”, vai ser bem divertido debater com os conspiracionistas! kkkkkkkkk
Hehehe, tenho um “Mais cinco provas…” que vou fazer em breve. Os conspiracionistas que se cuidem! 🙂
Aguardando ansiosamente! Kkkkk
somos tão imbecis que queremos dar uma justificativa mágica para tudo, então colocamos algum tipo de entidade endeusada, foi assim no passado que criticamos tanto, será assim no futuro.
era Thor o Deus do trovão e tantos Deuses idolatrados “exigiam” através das mentes deturpadas o sacrifício humano para “acalmar” a ira da divindade (inventada). Tantos crimes, tanta brutalidade e tanta maldade da mente humana.
Qualquer deus é uma criatura inventada, basta ver a ira que sai das entranhas de seus seguidores, porque eu questiono qual a diferença entre um deus de agora e um daqueles que exigiam sacrifício se quem o segue deseja tanta ruína dos demais, e ainda diz que o castigo virá aqueles que não creem?
Mas enquanto o homem se mata, será que outra civilização tem tecnologia para chegar aqui? e o que fariam conosco? eu sei que nossos seguidores de deuses da Terra costumam escravizar quem é inferior ou não consegue se defender, até matam em nome daquilo que creem.
a Terra é o resultado de um jogo de probabilidades, com tantas estrelas e um grande número de planetas não descobertos, porque kepler era bem fraquinho, só tinha olhos para gigantes, certamente há civilizações como a nossa ou superiores em tecnologia, mas os desafios tecnológicos são enormes, talvez nem daqui a 500 anos a humanidade tenha um nave espacial capaz de viajar entre os Sóis.
Muita coisa poderia matar a tripulação de uma nave como a radiação, objetos no meio do caminho, um planeta errante, um buraco negro, ou um asteroide.
Ao alegarmos que tudo é ‘um jogo de probabilidades’ estamos também tentando dar uma justificativa mágica, como vc diz, pois é apenas um palpite sem evidências. Para que algo seja probabilístico ou aleatório, é preciso antes de mais nada que sejam estabelecidas as condições iniciais. Números pseudo aleatórios que são gerados por algoritmos, por exemplo, se baseiam numa condição inicial, chamada de semente, a qual irá gerar os números a partir dela. Ora, que condições iniciais existiam antes do big-bang?
Concordo, você foi profundo na sua análise. Alguém ou Alguma Coisa criou essa situação. Ou seria mais uma coincidência? É complicado de entender.
Tirando o “tão”, eu concordo com você. Abafa o caso… rsrs
Seja mais otimista com a raça humana, ela está em evolução. Grandes conquistas virão. Tenha paciência.
Salvador,
Como são medidas essas distancias?
Como eles sabem que essas galaxias estão a 10 bilhões de anos luz,8 bilhões, etc ?
Grato!
Nelson, a medida mais comum é feita pelo cálculo do redshift: desvio para o vermelho. A luz desses objetos, ao atravessar o espaço em expansão, são esticadas. Medindo a taxa de esticamento, calcula-se a distância.
Salvador vou fazer uma pergunta como leigo que sou: suponhamos que nos próximos anos por decorrências de saltos gigantes nas tecnologias pudéssemos multiplicar por cem ou mil as sensibilidades e resoluções dos instrumentos hoje disponíveis, trazendo novas imagens nunca antes vistas do além dos atuais confins do Universo que está em expansão acelerada. Como ficaria a datação do Big Bang?
A datação do Big Bang é baseada na radiação cósmica de fundo, então é difícil imaginar que qualquer medição de objetos individuais vá mudá-la. Agora, sempre podemos ser surpreendidos novamente, como diria Zagallo…
Mais um ótimo post seu…. O Universo é tão grande que seria uma idiotice afirmar não haver vida além desse grão de areia que é a Terra. Basta observarmos a quantidade de estrelas existentes em cada galáxia descoberta! Na nossa galáxia (que não é das maiores) são estimadas 200 bilhões de estrelas…..
Salvador, vi num programa que algumas galáxias, quando jovens, apresentariam Quasars, devido à presença de Buracos Negros super massivos no seu centro somado com grandes quantidades de gás. De acordo com o programa, quando a quantidade de gás diminui, o Quasar acaba (porque o Buraco Negro consegue absorver todo o material que ultrapassa o Horizonte de Eventos). As imagens obtidas pelo Hubble mostram as galáxias ainda jovens? Seria correto supor que a ocorrência de Quasars seria maior? Um abraço.
Sim, em geral, espera-se maior frequência de quasares entre objetos antigos!
Enxergando a luz a grandes distâncias, vimos o passado, imagina se desse pra ver a luz de coisas a curtas distâncias… acho que não falta muito pra inventarem a máquina do tempo. Depois que vi o filme Deja Vu, cada vez mais acredito nisso.
Salvador, eu não consigo entender onde estaríamos, isto é, onde a nossa Via láctea estaria espacialmente no universo; bem, eu imagino que se toda a matéria se originou da grande explosão, tudo estaria se afastando do epicentro ao mesmo tempo e nós estaríamos perto de 15 bilhões deste, logo se estas galáxias estão a 13,2 de nós, estariam elas do lado diametralmente oposto do epicentro? Muito confuso, você conseguiria clarear estes posicionamentos? Grato
Aurélio, a confusão toda é imaginar que houve um epicentro. O Big Bang expandiu o próprio espaço. Todos os lugares do Universo observável são o epicentro, que se esticou. Do nosso ponto de vista, nós estamos no centro, com as galáxias se afastando para todos os lados. Mas seres em outras galáxias terão a mesma impressão. Para eles, a Via Láctea será mais uma galáxia se afastando.
Nossa, nunca tinha pensado por esta ótica, desta forma fica mais fácil até imaginar porque algumas galáxias se chocam; para mim elas sempre se afastavam umas das outras e nunca iriam se encontrar. Obrigado Salvador, você me ajudou muito.
Parabéns pelo blog!
Fiquei muito feliz por descobrir esse blog de astronomia e ciências afins, com textos muito bem escritos, e por alguém que evidentemente gosta mesmo de ciência! Eu só tinha visto isso na imprensa de língua inglesa, então é muito bom ver isso no nosso Brasil. Já está nos favoritos do meu navegador!
Opa, valeu, Alex!
Salvador,
Esse objeto com intensa gravidade foi (ou poderia ser) Buracos Negros?
Miguel, cada galáxia tem um buracão negro em seu centro! 😉
Não formulei bem minha pergunta. Minha dúvida é a seguinte:
Um buraco negro pode ser usado também como uma “lente gravitacional”?
Pode, sim, Miguel. Mas galáxias inteiras fazem esse papel melhor. 😉
Ah tá, valeu. Usando uma estrela tudo bem, eu entendo. Mas usando uma galáxia inteira deve ser muito difícil porque sua borda é formada por inúmeras estrelas. Que haja muitos filtros, cálculos e computadores Agora usando um Buraco Negro deve ser mais complicado ainda.
Mas como nossos astrônomos percebem salários “astronômicos” eles dão um jeito, deixa com eles, eles chegam lá! rsrs
Valeu Salvador,
Um abraço!
Essas pesquisas, entendo, são de muita importância. Mas não somente porque pode revelar a existência de vida em outros planetas, e não vejo que esse é o único objetivo; entretanto, porque foi questionado isso em comentário exposto, afirmo, por minha conta que acredito que a vida … está, sem dúvidas, além do que se pode imaginar(Isso é nato em mim). Minha fé, o Espiritismo, me responde isso. Todavia, não creio que o homem dos próximos cem anos terá isso confirmado por suas pesquisas.
Obrigado pela oportunidade. Tudo de bom.
Nossa vã filosofia está sempre superando
Há alguns anos o núcleo atomico era o pon
to final da matéria. Foi só aumentar a ener
gia ( MeV) dos aceladores de partículas e
apareceram os quarks na base dos protons e neutrons que formavam o “”indivisivel “” núcleo atômico. Agora são as cordas, que surgiram como uma solução matemática para unificar as quatro forças, formulando a teoria final, ou
como queria Eistein, o conhecimento da mente
de DEUS. Do outro lado, o macro cosmo está sempre tendendo para o infinito!!
Agora, são pelo menos 13,8 bilhões de anos. E a ciência ainda não sentiu a necessidade de uma causa primaria, criador de todas as coisas. Segundo a nossa vã filosofia, a mente de DEUS está tão profunda, que ainda não a percebemos cientificamente, mas até quando?
Apesar de todos esses avanços tecnológicos, muitas questões básicas ainda continuam sem resposta. Por exemplo, estamos olhando, pelo menos teoricamente, para um passado cada vez mais remoto, mas será que aquilo que vemos, ou achamos que vemos ainda existe ali? Se não, o que existirá agora ali neste exato momento? Quanto à causa primária, ela não pode ser aleatória nem inteligente como assim definimos esses termos. O aleatório só acontece quando existem condições iniciais específicas para tal. Por exemplo, ao jogarmos um dado, os números só podem ser de 1 a 6, porque fizemos os dados dessa maneira. A inteligência, como a conhecemos, só funciona a partir de conhecimentos acumulados e nunca a partir do zero. Portanto, a causa primeira não pode ser nem uma coisa nem outra
A teoria do big-bang,esta para sofrer um BIG-BUMM!!!!
Acho sensacional essas descobertas. O universo é lindo e surpreendente. As vezes fico imagnando as descobertas que meus netos irão presenciar.
Já descobrimos tantas coisas sobre o universo e ainda nem arranhamos a casca pra conhecer o lugar em que vivemos.
Agora, coisa de leigo, mas essas imagens de galáxias distantes pra mim são todas sempre iguais. Lindas, mas pra minha ignorância são todas iguais rsrs.
Salvador, parabéns pelo espaço (sem trocadilhos) e pela forma que trata os assuntos e os leitores, virei fã logo nos primeiros parágrafos que li.
Abraços.
Excelente matéria, Salvador. Você está fazendo cobertura da Conferência?
PS: Na imagem mesmo pode-se notar o “gravitational lensing”. Os corpos alongados entre as galáxias são resultado do efeito.
Leandro, estou tentando pescar o que de mais interessante tá rolando por lá, mas infelizmente só de olhar programação e material de divulgação. Estou em SP mesmo. Abraço!
A citação do tal Matt Mountain foi uma pergunta mesmo? Ele não deu a resposta?
Não, ele não deu, e com boa razão: ninguém sabe se essa olhada profunda foi suficiente para enxergar as primeiras galáxias, antes das quais não havia nada. Será preciso estudar essas galáxias uma a uma, buscar as mais antigas, ver as características que se pode deduzir de sua luz, e só aí responder à pergunta retórica… 😉
O volume de produção científica do primeiro mundo é tão significativo que diariamente é possível divulgar novas técnicas e novos resultados. A distância da pesquisa nacional para esta é abissal. O Brasil carece de bons equipamentos e de cientistas de ponta. Não basta inflar a produção de artigos científicos para parecermos bem na foto. Nas estatísticas científicas, em termos de quantidade de artigos, nós demos um salto de 2008 em diante. As agências de fomento comemoraram, chegando a dizer que o crescimento da produção científica nacional era maior que a chinesa. Mas, passada a euforia, estudos sérios mostram que estamos mal na fita se compararmos com os países emergentes. Ou acontece uma mudança de mentalidade da comunidade científica e dos governantes ou em breve esta comparação terá que ser feita com os países mais pobres do planeta.
Muito boa a matéria!
Só uma curiosidade, o que seria aquele ponto amarelo no canto inferior direito da imagem
Acho que é mais uma galáxia.
Nessa distância, o Hubble só pode captar a luz de grandes objetos, ou seja super-ultra-galáxias. A luz de galáxias pequenas que nem a nossa passa despercebida.
É uma estrela da Via Láctea.
Salvador, boa matéria!
Pelo que depreendi, a união dos três telescópios será mais abrangente, e nisso o frontier fields supera o estudo anterior (que já tinha captado a luz longínqua das galáxias). Considerado que pelo entendimento atual, somente a força gravitacional dos buracos negros supermassivos no centro das galáxias seria insuficiente para mantê-las arranjadas talvez o esforço conjunto nos revele algo sobre isso, principalmente porque (e inobstante só possamos captar um momento no tempo desse pedaço profundo do céu) há muitos outros pedaços do espaço para que o estudo seja repetido e as comparações possam ser feitas. Não há dúvidas que o domínio do homem sobre a gravidade é um dos objetivos mediatos deste estudo.
Foram três técnicas diferentes usando o mesmo telescópio.
Primeiramente excelente blog, parabéns! Tem um novo seguidor.
Percebi que você costuma responder aos comentários, talvez você já tenha comentado sobre sua opinião sobre vida “inteligente” fora do planeta terra mais não custa perguntar novamente, levando em consideração esta reportagem da descoberta de novas galáxias e da imensidão do universo? Minha opinião é que sim existe vida “inteligente” e a sua? Claro se você tiver uma posição.
Eduardo, acredito que existam sim outras civilizações no Universo.
Eduardo, acredito que sua pergunta deve ser respondida em partes.
1- Há no universo planetas que suportem a condição de vida que conhecemos?
R. Muito provável.
2- Há vida nesses planetas?
R. Provável.
3- A vida desses planetas é “inteligente”?
R. Possível.
4- A tecnologia é mais avançada que a nossa?
R. Possível.
5- Eles detêm tecnologia para viajar grandes distâncias espaciais?
R. Remota.
PS: Apesar da probabilidade ser remota também acredito que exista.
http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/esportes/noticia/2014/01/policia-alema-confirma-que-ovni-sobrevoou-estadio-do-werder-bremen-4384378.html
Uma raça tecnologicamente superior, capaz de viajar zilhões de kilometros, cruzou o espaço para vir até aqui se exibir descuidadamente pelos céus e assistir uma partida de futebol. Faz todo sentido 🙂
Sempre que uma luz qualquer aparece no céu já saem falando que é ovni, e a midia que sabe que essas noticias chamam atenção divulga essas bobagens. Daqui uns dias surge a explicação do fenomeno que vai receber (se receber) uma notinha de rodapé em algum jornal como na grande maioria dessas aparições.
campeonato alemão é o mais organizado do Universo!
estranho se eles viessem assistir jogo do Flu x Lusa