Yutu está (talvez*) oficialmente morto
[*ATUALIZAÇÃO, 21h47: Radioamadores estão detectando o sinal do jipe chinês Yutu, e um novo artigo da agência de notícias chinesas Xinhua diz, laconicamente, que o veículo ainda pode estar funcionando. Ainda não foi recuperado o controle da sonda, mas parece que há uma chance de o rover retornar das cinzas lunares para viver mais um dia… aguardem o próximo capítulo.]
Nesta quarta-feira, a China deu por encerrada a missão do jipe lunar Yutu. Ele foi o protagonista do primeiro pouso suave na superfície da Lua desde 1976, mas não sobreviveu aos três meses previstos de atividades. O robô foi danificado após uma falha no fechamento de seus painéis solares, que ajudariam a conservar o calor interno durante a fria noite lunar. Sem esse mecanismo, sua eletrônica sofreu avarias.
Já é o terceiro dia tentando contato, até o momento sem sucesso. Agora um trabalho a ser feito é investigar as causas da falha e se certificar de que o mesmo não ocorra com a missão Chang’e-4, que contará com uma réplica do Yutu. A necessidade de investigar a falha pode atrasar esse lançamento, originalmente marcado para 2015.
Apesar dos pesares, há de se comemorar o sucesso chinês. Não é fácil pousar um artefato na Lua e operá-lo com sucesso. Às outras nações que se aventuraram a tentar sobraram reveses como este. E o Yutu conseguiu fazer medições in situ do solo lunar, durante os cerca de 30 dias em que permaneceu funcionando. Ele também sobreviveu à primeira noite lunar e só pifou na segunda. (Cada noite na Lua dura 14 dias terrestres.)
E o importante é o comprometimento com o futuro da exploração, que a China claramente tem. Sua determinação já está motivando outros países a ver com outros olhos nosso satélite natural. A Rússia prometeu recentemente a reativação de seu programa Luna, com novas sondas para os próximos anos, e os Estados Unidos tentam mobilizar sua indústria para desenvolver missões de baixo custo e alto interesse, voltadas a um esforço de investigação científica e utilização dos recursos naturais lunares.
O futuro parece mais promissor do que nunca. E o Yutu não deve ser esquecido. Até porque a missão não terminou de todo. O módulo de pouso, Chang’e-3 continua operando, com um telescópio de ultravioleta destinado a observações astronômicas.
Tetsuo,
Eu fui buscar a informação e você inclusive fez seu comentário à época….
Abaixo um trecho do comentário do Newton:
“Pessoal. Aqui no blog tem gente demais criticando o Brasil por não ter tecnologia relativa a satélites, coisa que os chineses já mostraram que tem até de sobra em que pese a falha do YUTO. O que a maioria não sabe é que já colocamos um satélite BRASILEIRISSIMO em órbita terrestre.
No ano de 1990, o engenheiro Junior Torres de Castro projetou e construiu, com meios próprios o satélite DOVE (Digital Orbiting Voice Encoder).”
O comentário foi feito pelo Newton no Post Yutu está(talvez*) oficialmente morto.
O seu problema Tetsuo é desqualificar qualquer tentativa que não seja grande o suficiente aos seu olhos. O engenheiro Junior Torres de Castro arregaçou as mangas e realizou um feito extraordinário sim. Ele poderia muito bem ficar num canto só apontando o dedo para os outros. Mas ele preferiu realizar algo. O resultado disto teria sido aproveitado em qualquer país civilizado. Se foi ou não aproveitado por nós eu não achei mais referências na internet. Mas coloca um cara destes para gerir parte do programa espacial e dá recursos que ele faz muito mais do que os que estão lá hoje. Os EUA trabalham assim: talentos certos nos lugares certos. Aqui funciona assim: Amigos certos nos lugares certos…..
Made in China
…assim como o computador/tablet/celular que você usou pra escrever essa frase de cunho preconceituoso, mobral.
Bem como o foguete chines que levava um satélite chines para comunicações entre celulares chineses no Brasil.
No lançamento do satélite brasileiro com o foguete chinês, na China, foi este que explodiu… Perdemos um grande avanço tecno lógico “made in Brazil”