Índia agenda teste de nave tripulada

Salvador Nogueira
Concepção artística do Veículo Orbital indiano, que terá seu primeiro teste em 2014
Concepção artística do Veículo Orbital indiano, que terá seu primeiro teste em 2014.

Se alguém ainda duvidava que China e Índia estão em sua corrida espacial particular, agora não há mais por que questionar. A ISRO, a “Nasa” indiana, acaba de anunciar o primeiro voo de sua própria espaçonave destinada a colocar seres humanos em órbita.

O lançamento-teste da cápsula, construída pela empresa HAL (Hindustan Aeronautics Limited), deve acontecer entre abril e junho deste ano, embarcado num foguete GSLV Mark III, também desenvolvido pela Índia, e em fase de voos experimentais.

O custo do projeto até agora excedeu a marca de US$ 4 bilhões, em oito anos. Os estudos preliminares de design foram iniciados em 2006 — três anos depois que os chineses se tornaram o terceiro país a desenvolver a capacidade de colocar astronautas em órbita, igualando os feitos de russos (1961) e americanos (1962).

A primeira missão — naturalmente não-tripulada — testará sistemas de controle, navegação e pouso, num voo suborbital. Caso tudo dê certo, o próximo passo será testar o suporte de vida, controle ambiental e sistema de escape da tripulação (em caso de falha no lançamento). Só então eles poderão começar a cogitar o envio dos primeiros astronautas. Segundo analistas, é possível que isso só venha a acontecer por volta de 2020, em razão de dificuldades com o potente lançador, embora os planos originais previssem uma missão tripulada já em 2016.

Será a cápsula tripulada mais modesta em operação, mas ainda assim trata-se de um grande feito do programa espacial indiano, que vai bem além desse projeto. O país tem um programa robusto de exploração interplanetária. Sua primeira sonda lunar, Chandrayaan-1, foi lançada em 2008 e operou em órbita durante um ano. No ano passado, os indianos lançaram sua Mars Orbiter Mission (MOM), também chamada de Mangalyaan. A espaçonave está a caminho do planeta vermelho, e até agora tem sido um sucesso.

Em 2017, deve partir a Chandrayaan-2, que levará um jipe até a superfície da Lua. (Qualquer semelhança entre os passos chineses no espaço, cujo último grande feito foi levar o rover Yutu à superfície lunar no fim do ano passado, não é mera coincidência.)

VALE A PENA?

É natural que muitos se perguntem: num país com 1,2 bilhão de habitantes, a maioria mergulhada na pobreza, é indecente a Índia investir em exploração espacial? Não só não é nada vergonhoso, como é visionário.

Ao contrário do que se costuma pensar, a exploração espacial não consome recursos. Ela gera recursos. Estudos nos Estados Unidos mostraram que, para cada US$ 1 investido pelo governo americano em seu programa espacial, a indústria acaba gerando US$ 10 em produtos e serviços de alta tecnologia. Trata-se de um investimento nacional com potencial de 1000% de retorno!

Não é à toa que, dos gloriosos BRICs (Brasil, Rússia, Índia e China), os supostos “donos da bola” na atual economia mundial, todos (menos nós) investem pesadamente em sua indústria espacial. Eles já sacaram que é assim que podem reduzir a pobreza em seus próprios países, além de projetar seu poderio tecnológico e dar a seus respectivos povos o direito de sonhar com a grandeza. Só aqui o governo ainda não se deu conta de que precisa despertar o “Gigante espacial”.

É verdade que três desses quatro países têm motivação bélica para desenvolver seus foguetes. A Índia vive uma eterna miniguerra fria com o vizinho Paquistão, a China tem ambições militaristas óbvias, e a Rússia está no negócio do armamentismo pesado desde a Segunda Guerra Mundial. Contudo, achar que isso explica tudo — e que portanto certo está o Brasil de não desenvolver essas tecnologias — é de uma miopia ímpar. Primeiro porque ter acesso próprio ao espaço, assim como os meios de explorá-lo, é questão de soberania, não de belicismo.

Exemplo: vemos nossa querida presidente estrilando sobre espionagem gringa e defendendo a construção de um Satélite Geoestacionário Brasileiro, para que nossas comunicações civis e militares possam ser feitas sem o uso de sistemas estrangeiros. E aí quem a Agência Espacial Brasileira contrata para construí-lo? A empresa europeia Thales Alenia Space, a um custo de R$ 1,3 bilhões. Depois, como reclamar?

É verdade que o acordo, assinado em dezembro do ano passado, inclui um contrato em separado com a companhia europeia voltado para transferência de tecnologia em telecomunicações. Mas é ingenuidade (ou malícia, como queira) de nossos governantes sugerir aos contribuintes que podemos “comprar” nosso caminho em meio às tecnologias espaciais de ponta. Não podemos. País nenhum entrega o ouro desse jeito, num setor estratégico. Enquanto isso, nossos engenheiros no IAE e no INPE vivem de recursos pingados a conta-gotas e de um plano de longo prazo que a cada cinco anos atrasa meia década.

Não acredita? Em 1980, o Brasil havia se determinado a realizar uma Missão Espacial Completa: lançar um satélite nacional, de um centro de lançamentos nacional, com um foguete nacional. Se esse plano tivesse sido executado com determinação e num prazo razoável, poderíamos hoje estar emparelhados com indianos e chineses. Os brasileiros teriam o direito de sonhar em explorar outros mundos e enviar astronautas por seus próprios meios ao espaço. Por que não tem na Agência Espacial Brasileira alguém, agora, neste exato momento, pensando num plano de exploração científica do Sistema Solar? Por que temos lideranças tão cegas?

Optamos, historicamente, pela letargia. Até hoje o plano elementar da Missão Espacial Completa não foi executado. Apenas três tentativas malogradas de levá-lo a termo, em 1997, 1999 e 2003. A última delas, você deve se recordar, foi catastrófica, com um incêndio que matou 21 técnicos e engenheiros em Alcântara. Na ocasião da tragédia, o então presidente Lula havia prometido um novo lançamento em 2006. Estamos em 2014, e nada. Não é à toa que, entre os BRICs, somos hoje os patinhos feios. E pensar que, meros cinco anos atrás, a comunidade internacional imaginava que pudéssemos ser a tábua de salvação do Ocidente em meio à crise econômica mundial…

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Comentários

  1. Salvador, nesta terrinha Tupiniquim jamais teremos tecnologia de ponta em nada relacionado à avanços científicos. Tudo que surgiu aqui foram espasmos de algumas poucas mentes brilhantes, que sempre que podem vão embora.
    Num país com 80%analfabetos funcionais, com os comentários que fazem aqui e no blog do Reinaldo, que não estimulam os próprios filhos à estudar, como querer que tenhamos pelo menos uma geração de estudantes de alto nível? Jamais!
    Se tivessemos um programa espacial não teríamos mão de obra. Faltam engenheiros no Brasil, indicador de como somos primitivos em matéria de educação de qualidade. E colocar a culpa em governos é terceirizar essa culpa.
    Pais ignorantes fazem filhos ignorantes!

    1. Ricardo V. J., compre uma pequena lanterna com lâmpada fluorescente de “luz negra” e em local escuro aplique sobre a sua CNH, cédulas de dinheiro e outros documentos e você verá “informações” invisíveis à luz ambiental.

      Há mais de uma década intermediei um pesquisador da USP junto a Casa da Moeda para vender o marcador desenvolvida por ele; agendei uma reunião no Banco Central – RJ, responsável pelo gerenciamento do meio circulante, banquei a viagem pela Ponte Aérea e táxi. Tivemos uma reunião com muitos membros de ambas as instituições com muitas questões formuladas e devidamente respondidas pelo pesquisador. À época soube que havia uma empresa estrangeira na “parada” para o fornecimento do tal marcador.

      Desnecessário informar quem levou a encomenda, né não! A única “boa lembrança” que me restou foi uma moeda de R$ 3,00 que foi cunhada para a comemoração dos 30 anos da Casa da Moeda.

      “Pais ignorantes fazem filhos ignorantes!” Melhor reescrever a frase ou pelo menos não universalizar seus conceitos.

      1. A lanterna muda em que minha afirmação?
        Existe um livro (Freaknomics) que mostra matematicamente que educação não se baseia no que se faz e sim no que se é,em relação aos filhos. Os pais são os exemplos. Pais ignorantes, acreditando em seres mágicos, assistindo novelas, BBB, funk ostentação, geram crianças tão ignorantes quanto eles… Ciclo vicioso brasileiro, com pouquíssimas excessões…

        1. 100% de acordo. A maioria dos pais acreditam mesmo que é na escola que se estuda, quando na verdade a escola está para ENSINAR. Já a parte principal: ESTUDAR, esta se faz em casa e tem seu ponto de aproveitamento mais alto quando os pais são parte ativa do processo.

          Entenda-se por “parte ativa” a colaboração no aprendizado e não soltar ordens e mandar cascudos no filho.

        2. Ricardo, enquanto o sábio aponta para a Lua, o tolo enxerga apenas o dedo!

          A questão não está na lanterna, mas na tecnologia do marcador somente visível na luz negra (impropriamente chamada de luz) que fora desenvolvida por pesquisador nacional, mas que foi preterido por algum estrangeiro, que, com certeza, pagou um belo “jabá” pela venda de seu produto.

          Temos boas mentes ainda, mas a má vontade de alguns impedem que elas prosperem.

          Amplie seus horizontes!

      2. Tetsuo,

        Um dos problemas das universidades no Brasil é não entender como funciona a indústria e o mercado em geral. Não sei como aconteceu este fato narrado por você e não estou dizendo que é o caso. Mas a alguns anos participei de uma reunião para avaliar se a empresa em que trabalhava iria adquirir tecnologia desenvolvida dentro de uma universidade brasileira. Fomos a esta reunião para uma apresentação do protótipo já desenvolvido e que deveria ser utilizado como base para os equipamentos q serem produzidos. Primeiro a reunião foi adiada por algumas vezes porque não se conseguia conciliar as diversas agendas. No dia da apresentação de fato, o que colhemos foi uma grande decepção. A tecnologia apresentada já estava obsoleta no mercado e o protótipo estava totalmente incompleto, faltando muito ainda para poder ser chamado de produto. O que quero dizer que a Universidade reclama da distância e da falta de participação da iniciativa privada. Mas não entende que prazo é super importante na dinâmica de mercado. E ter um produto realmente competitivo também. A Universidade Brasileira, via de regra chega atrasada às novas fronteiras tecnológicas e muitas vezes mantém pesquisas apenas para afagar o ego de alguns cientistas. Destas pesquisas nada de útil chega à sociedade brasileira. O VLS (Veículo Lançador de Satélites) é um grande exemplo. O projeto já era obsoleto quando começou, mas os envolvidos insistem em continuar na mesma linha. Desta cartola não sai coelho. Gostaria muito de estar enganado, mas infelizmente não estou…..

  2. Nao vaia demorar muito e a sigla BRICS tera’ de ser alterada para RICS pois o Brasil nem a esses emergentes poderá ser comparado.

  3. A ciência e a tecnologia quando levados à sério é muito bonito e motivador. Ainda vemos precisar galgar degraus culturais para mudar a postura de nosso sistema de que ciência é o campo certo de investimento para o bem de uma nação.
    Parabéns pelo post.

  4. Todos os comentários estão bons. Tenho minha opinião a respeito do assunto, concordo em parte com todos, gostaria de saber dos senhores uma solução para alienação, corrupção, troca de valores éticos e familiares? O Brasil investe pesado em tecnologia para acabar com manifestação! Defende o Brasil nas fronteiras nas ruas? Os órgãos que fiscalização estão sucateados, os Bandidos estão nas ruas armados melhor que a policia, e os trabalhadores estão sendo abatidos, roubados extorquidos pelos Impostos, By passado pelo arrumadinhos dos parlamentares, e o nosso Senado tem 60% podre, nossos mais de 500 deputados vão colocar todos os cidadão dentro de presidio, dizer que e condomínio e soltar os bandidos porque a maioria das pessoas bem sucedidas são influentes e lei só serve para pobre ou para quem não faz parte desse MÁFIA, CARTEL que são esses partidos. Pagaria com prazer uma viajem para esses ladrões corruptos para o Sol.

  5. Bom Salvador sua matéria foi excelente, quanto ao nosso programa espacial, ele é igual a tudo aqui no brasil, infraestrutura péssima, não temos estradas, hospitais, não temos escolas, faculdades, não temos segurança, não temos nada só ilusão o brasil como se diz é o país do futuro e essa é a grande bandeira desses pseudos políticos do brasil, não quero ser pessimista, mais acredito que em alguns anos estaremos fora até do BRICs, e ai ficaremos com uma pequena divida da gloriosa copa do mundo que é muito mais importante para o país do que saúde, educação, segurança, infraestrutura e desenvolvimento tecnológico, viva a copa, viva o carnaval, o brasil só terá mudanças o dia que leis e políticos sérios com ética acabar com a corrupção e com programas governamentais eleitoreiros, como o bolsa família, que faz com que milhões de pessoas fiquem a espera do dinheiro do governo e isso cria um ciclo vicioso, vote no governo que trouxe o bolsa família, pra que trabalhar se você pode viver com bolsas governamentais, espero que um dia esse bolsa família acabe e vire um bolsa qualificação para que essas pessoas se qualifiquem e voltem a trabalhar e não dependam mais de tal programa eleitoreiro, mais isso eu duvido muito, e viva o brasil da copa, do carnaval e viva o brasil o pais rumo ao futuro infinito… abraços..

    1. Paulo Rocha existe uma frase que diz que aprendemos pela sabedoria ou pela dor.

      Não quero ser profético, mas estou inclinado a acreditar que o Brasil, como tantos outros países que hoje estão em nível mais “avançado”, aprenderemos pela dor. Vide Ucrânia ou até mesmo a Venezuela onde alguns estão acordando do pesadelo bolivariano.

  6. Já que até a EMBRAER e a nossa Força Aérea Brasileira se tornaram assunto nestes comentários, farei uma comparação do Brasil com um avião que pode ser pilotado (governado) de duas formas totalmente diferentes:

    1ª- Com sobriedade, seriedade e precisão, como pode ser visto no vídeo disponível em:

    http://jeffersonws.blogspot.com.br/search/label/Aviadores

    ou

    2ª – Por um alcoólatra, como pode ser visto no vídeo disponível em:

    http://jeffersonws.blogspot.com.br/search/label/Acrobacia%20a%C3%A9rea

    Para qual tipo de piloto você entregaria a aeronave Brasil para ser pilotada?

    Infelizmente o povo tem escolhido o piloto alcoólatra!!!

    1. Até que esse alcoólatra aí é bem habilidoso. Huaua

      As pessoas que pilotam a aeronave Brasil, mesmo quando sóbrias, caem com qualquer aeronave, independente dos recursos gastos para faze-la voar. O pior de tudo é que quem morre é quem está embaixo. Os tripulantes sempre sobrevivem. Eita mundo injusto.

  7. Nos meus comentarios feito no Uol, sempre critiquei essa inercia do governo brasileiro no programa espacial, não desenvolver sua propria tecnologia e um programa espacial e de uma falta de visão sem precedente, muita burrice mesmo. Mais como são pequenos se contentam com seguinte: Vcs me criticam, mais quem ta no poder?

  8. Salvador, eu concordo com o seu texto quando defende a necessidade de se desenvolver um projeto espacial genuinamente brasileiro e a maneira como esse projeto pode gerar desenvolvimento para o país. Mas é importante lembrar que nem tudo é culpa do governo. Existe também uma boa parcela da população que acha que tais investimentos seriam um absurdo num país que ainda tem graves problemas de pobreza como o nosso. A Copa do Mundo é um grande exemplo desse discurso falacioso. Passaram a atacar o evento esportivo no país como se fosse um grande desperdício de dinheiro em um país que carece de educação e saúde públicas de qualidade. Ignoram, entretanto, que a Copa do Mundo tem gerado muitos empregos direta e indiretamente na construção civil, na indústria, no comércio, no turismo…
    O mesmo discurso do “desperdício de dinheiro” foi usado contra a revitalização da indústria naval, ou mesmo com relação à obra de desvio do rio São Francisco.
    Se formos esperar pelas condições ideais de educação e saúde para realizar Copa do Mundo ou investir em um programa espacial sério, certamente nunca sairemos do lugar. Mas enfim, vc faz bem em trazer esse assunto à tona.

    1. Meus caros comentaristas, eu sei que quem tem algum conhecimento, tem raiva do nosso atraso tecnológico em todas as áreas, menos na agricultura.Então como não podemos sermos excelências em outras áreas do conhecimento e tecnologia vamos nos ater no que somos bons e parar de se lamentar. Ser realista nos poupa de gastar um monte de energia e tempo.

      1. Anibal, você fala como se o brasileiro tivesse uma vocacão inata para o agribusiness. Esse tipo de mentalidade — celeiro do mundo — que nos deixa vendendo toneladas de soja para comprar gramas de microchips…

        1. Não há nada errado em vender toneladas de soja – duvido que os americanos se sintam incomodados de serem um dos maiores vendedores de laranjas, por exemplo. O erro tá no fato de que o dinheiro oriundo das nossas toneladas de soja não serem aplicadas em prol da ciência brasileira, justamente para evitarmos de continuar comprando meia dúzia de chips de países que exportam laranjas… 😉

          1. Sem dúvida. O Brasil tem um imenso território e clima favorável à agricultura, e tem mais é que explorar isso. Mas não podemos achar que nossa vocação é exportar commodities e importar bens de alto valor agregado. Temos de exportar tudo — do grão ao nanodispositivo. Veja a China.

          2. Errado é vender matéria prima, que não agrega mão de obra nacional, e ter que comprar o produto acabado, que gerou divisas em empregos em outro lugar!

    2. Não foi eu quem escreveu esse texto postado pelo Lukas; deve ter sido ele mesmo. Mas é exatamente o que penso e bem parecido com o que escrevi há pouco. O brasileiro pensa pequeno, muito pequeno, minúsculo. Jamais admitiria que “meu dinheiro” fosse gasto “com loucuras sobre pesquisas de ETs”, pois “os petralhas aproveitariam essa chance para desviar mais recursos para se manter no poder”.
      O famoso complexo de vira latas do povo brasileiro só faz aumentar, apesar de tantas melhorias ocorridas no Brasil nos últimos 20 anos. Para esses brasileiros, investir uma mixaria em um evento mundial, que coloca o Brasil no auge do otimismo, é somente um desperdício. Não pensamos grande; isso que é triste e não apenas a falta de investimento em tecnologias espaciais, das quais sou fã.

  9. Dá um exemplo de toma lá que dou um exemplo de dá cá… ‘presidenta’ estúpida, burra e idiota como nós que votamos nela…

      1. Como a edição de hoje deixou de ser científica em favor do desabafo ( começando pelo Salvador ), vou concordar
        Com o RODRIGOV. Este ano faço 70 aninhos !! Teria que
        Votar mais uma vez, mas vou ficar inadimplente — se tiver
        Que pagar multa, são apenas R$ 3,80, Vale à pena !!!

        1. Uma pena que pense assim. É um potencial voto a menos com possibilidade de mudar alguma coisa. Você só consegue encorpar a força do voto da manada.

          1. Mudar o quê, Paulo? Os “partidos” escolhem quem lhes convém e os submetem à escolha popular. Votamos nos que já foram escolhidos, e não é pela capacidade, honestidade ou vontade de fazer, não!

            E quando cansamos das velhas caras, colocam pessoas novas, que convencem não pelas propostas políticas, mas pelo apelo popular. Vide o Tiririca da vida, que nem sabia o que um deputado faz e acabou eleito.

            Mudam os marionetes, mas o titeriteiro continua o mesmo.

            Voto, para ser útil, só se fosse na base da escolha do candidato sem importar se ele é filiado a um partido, ou não. A pessoa apresentaria sua proposta de governo e quem gostasse dela, escreveria o nome docandidato numa cédula. Sem fazer “x” ou apertar botões. Escrevendo, mesmo. Seria eleito os que tivessem maioria simples de votos!

            Mas a quem interessaria um sistema eleitoral desses?

          2. John,

            Então não vejo solução…Os políticos são o espelho do povo…assim o dizem….e é verdade que a cada eleição é uma grande decepção……mas desistir de tudo……esta não me parece a melhor solução. Nós temos que votar na que nos parece a melhor solução para o pais, estado ou município. O que tem de mudar são as leis que não punem aqueles que agem totalmente oposto ao que defendiam nas campanhas eleitorais. Deveríamos aplicar a lei da propaganda enganosa neles. Mas o povo hoje já não é tão alienado como a alguns anos. A coisa vai melhorar sim..mas precisa de tempo. Volto a falar: o que nos atrapalha é o comodismo de cada um de nós…..

          3. Paulo Schaefer eu vou ficar com as opiniões do EvAldo Flamarion e de John Doe pelas seguintes razões: a Lei cobra o comparecimento as urnas até os 70 anos e ele está certíssimo. Eu mesmo fico a pensar se deveria ou não deixar de votar este ano, mas como preciso prejudicar os números para o PT então creio que irei votar. Até os meus 70 anos eu terei ou teria de votar em 2016 e 2018, mas como disse o EvAldo, a multa é de apenas R$ 3,80/pleito.

            Quanto à opinião de John Doe, de fato você não escolhe ninguém. Os “mesmos caciques” de sempre dos partidos te apresentam os nomes dos seus cupinchas esperando que sejam votados através de apelos sempre fundados em mentiras mais que deslavadas. Na parte final o John ainda diz: “escreveria o nome do candidato numa cédula. Sem fazer “x” ou apertar botões.” Eu concordo plenamente. Você acredita no nosso sistema eleitoral? Para melhorar a crendice popular o TRE está implantando a biometria, mas não apresenta certificação de órgão ou instituto acreditável das urnas eletrônicas e todos nós sabemos que um pequeno programinha pode mudar todo o resultado. Aliás, você parou para pensar para quem você votou na última eleição e, se eleito, o quê ele fez?

          4. Tetsuo,

            Eu acredito no sistema eleitoral simplesmente porque não existem grandes questionamentos nem pelos vencedores nem pelos perdedores. Nosso sistema eleitoral pode não ser perfeito mas é robusto no tocante à credibilidade. Não digo que seja infalível. Não existe nada infalível. Mas dá para dificultar bastante a tentativa de fraude. Se você tem opinião formada e se abstém de votar, não adianta defender sua opinião, pois quando podia fazer isto, você optou por não fazê-lo. Sabemos que uma andorinha não faz verão…mas se desistirmos sempre quando percebemos que não vamos ganhar, estamos dando toda força à classe política dominante. Quando o PT era oposição, falava-se que nunca iria ganhar porque o sistema impediria isto. Mas o que vimos foi o Brasil mudar fortemente os rumos políticos nos últimos anos. Só não mudou mais porque o PT teve a visão de não desmanchar algumas conquistas de governos anteriores. Mas quem acompanhou a política petista do Lula,”antes da fama” , dá risada hoje com a orientação política do PT. Quando estamos discutindo aqui estes assuntos estamos fazendo política. E isto é importante para mudar as coisas. O Brasil tem uma cidadania desagregada. Por isso é difícil andar na mesma direção. Acho que isso está mudando. Vide últimos protestos legítimos (esqueça a baderna). Outra coisa boa é perceber o enfraquecimento do coronelismo, antes muito forte. Existe ainda, mas já está perdendo força.

    1. Não quero tripudiar nem parecer mais inteligente que ninguém, mas eu não votei naquela ameba falante não!

      Desde as eleições de 2006 eu vinha anulando meus votos, pois eu pensava que assim eu estaria protestando contra esse sistema de governo falido e abjeto além de dizer que nenhuma dos candidatos serviam.

      Porém, depois de muito ler e pensar, cheguei a conclusão de que o simples fato de ir até a urna caracteriza apoio a este sistema de governo, deste modo a partir deste ano eu não votarei mais!

      Esse sistema de governo não me representa e esses políticos marionetes traidores da nação menos ainda. Não vou prestigiá-los com minha presença na seção de votação nunca mais.

      1. Se você se cala nas urnas só está ajudando a perenizar o que vê por ai. Se tem uma coisa que ainda funciona neste país é o sistema eleitoral. Os resultados não são melhores pela falta de cultura política do povo. Trabalhe para melhorar esta cultura, discutindo o tema com pessoas, pouco conscientes em política, que fazem parte do seu círculo de relacionamento.

        1. Paulo, não vou dar “flood” no mesmo comentário que fiz acima. Favor conferir.

          Voto, como o que temos hoje, principalmente obrigatório (esqueci de mencionar) não resolve nada.

          Escolhemos o que de pior já foi escolhido, escolha essa feita por pessoas tão ruins quanto os escolhidos.

      2. “O castigo para aqueles que não se interessam por política é serem governados pelos que sim se interessam”.

        Creio que a mesma coisa vale para os que não votam ou anulam o voto a guisa de “protesta”.

        1. “Portador da Luz”, com certeza essa frase foi feita por alguém que quer votos, mesmo os de “cabresto”.

          Não é castigo ser governado por quem gosta de política. Castigo é votar em pessoas “politiqueiras” que gostam de “politicagem”, em vez de fazerem a verdadeira “política”. E quando a isso, nada podemos fazer, pois escolhemos quem já foi escolhido.

          Penso que só quando qualquer um, com interesse e boa vontade, puder se candidatar, sem vínculos partidários, e ser escolhido por maioria simples de pessoas que votam sem serem obrigadas a isso, e que sabem ao menos escrever o nome de seu candidato em uma cédula, a coisa poderá melhorar.

          Caso contrário, seja votando nulo, em branco, nesse ou naquele candidato(a), a corja já está formada de há muito. Pouca coisa vai mudar. Até os discursos são os mesmos. Se tiver paciência, veja os ditos nos horários políticos. Só trocam (não “mudam”) as caras. As falas, são as mesmas!

          1. Perfeito John,

            O problema é que ainda estamos muito próximos dos tempos do coronelismo. Leva tempo para mudar estas coisas. Mas tem de remar sempre. Pequenas conquistas tais como a eliminação do voto secreto na cassação de deputados, ou a semi condenação dos mensaleiros. Essa não ficou totalmente em pizza. A alguns anos ficaria totalmente em Pizza. Nós já fomos uma Argentina ou uma Venezuela….Hoje estamos politicamente um passo adiante….

  10. Salvador, você tocou num ponto, senão espinhoso, pelo menos trágico e vergonhoso para tudo que ocorre nas terras brasilis. Creio ser desnecessário entrarmos nas searas das corrupções e licitações viciadas, mas fato é que todos nós brasileiros nos julgamos muito espertos ao conseguirmos dar “aquele jeitinho” e, de jeitinho em jeitinho nós vivemos diariamente “pagando pelos jeitões” perpetrados pela grande maioria dos governantes e por que não, de todos os escalões de governos. Também não há porque listarmos toda a sorte de desgovernos a que estamos submetidos e como o povo brasileiro é dócil, ingênuo e cheio de “calor humano”, não nos indignamos com o lento processo da destruição do nosso futuro.

    Aos seus 34 anos de idade eu acredito que você não viu as indústrias que tínhamos no passado, ainda que fossem de rádio, televisores, equipamentos e bens de capital para outras indústrias, telecomunicações, equipamentos médicos etc. Hoje, tudo que é para o grande consumidor é proveniente da China, Taiwan, Korea, Malásia e alguns outros países, mas nada mais é genuinamente Made in Brazil. Ufanamos-nos de uma EMBRAER, mas nenhum jornalismo sério revela que 99% (senão 110%) de todo o material empregado é Made in Abroad, desde simples rebites para montagens da fuselagem com alumínios igualmente importados, tintas para comporem a customização de cada aeronave, pneus para os trens de pousos, fios e cabos elétricos e até a decoração interna; veja que sequer toquei nas nossas sobejamente conhecidas incompetências com turbinas, aviônicos, telecomunicações uma vez que não temos centros de desenvolvimentos e tampouco fabricantes.
    Quando é noticiado sobre a pesquisa espacial, seja de chineses, indianos ou mesmo dos iranianos, vemos comentários de “brasileiros com muito orgulho” (sabe-se lá de quê) desdenhando os feitos, mas dificilmente vemos comentários de brasileiros envergonhados pela nossa dependência até em panelas, cortadores de pizzas e outros utensílios importados.

    Não sei detalhes dos andamentos, mas no distrito de Iperó (Sorocaba) existe uma unidade da Marinha Brasileira, que durante os governos militares se propuseram a desenvolver a tecnologia nuclear para submarinos com aquela fonte de energia. Salvo os submarinos comprados da França durante o governo Lula, acredito que ainda não lançamos nenhum submersível e lá se vão quase meio século. Somos enganados sucessivamente com jargões das “transferências de tecnologias”, mas como você afirma, será que existem algumas empresa ou países tão idiotas que vendam realmente tecnologias a menos que elas estejam totalmente obsoletas para suas necessidades?

    Livre de ideologias baratas, em minha vida (65 anos) eu vi dois momentos em que o Brasil trilhava em direção de um desenvolvimento a que o nosso país é merecedor: durante os governos militares com desenvolvimentos de centros de pesquisas e o último, durante os dois mandatos de Fernando H. Cardoso. Hoje eu lamento porque se o Brasil era o “país do futuro” (jargão muito empregado pelos governos anteriores aos militares), hoje cheguei ao futuro (pelo menos na minha vida) e nada vejo senão desesperança, absoluta inexistência de um Estado capaz de assegurar educação, saúde e segurança pública. Tecnologia espacial? O meu consolo é ver países que até há pouco tempo foram tripudiados pelo “jornalismo sério” e continuaram em sua jornada para seus futuros.

    Certamente, eu acredito e quero acreditar que o Brasil um dia deixará de permanecer “deitado eternamente em berço (ou catre) esplêndido” e a população, com vigor e energia gastos anualmente em quatro dias de Carnaval, irá trabalhar construindo um novo velho Brasil. Resta saber quando?

    1. Tetsuo,

      Apesar da Embraer importar praticamente tudo, ela não é um bom exemplo de fracasso de nossa industria. Ela mostra a capacidade de se conseguir algo genuinamente nacional. O produto é genuinamente nacional. Somos nós que decidimos como o avião vai ser. Somos nós que projetamos. Seria muito bom que a industria nacional aproveitasse a Embraer e desenvolvesse componentes, como já acontece fortemente na indústria automobilística. Nesta, ao contrário da aeronáutica, nós somos capazes de fazer partes mas não o todo. Na Embraer acredito que o volume do mercado não justifica o desenvolvimento de um parque próprio de componentes.

    2. Não conheço a fundo o funcionamento das agências espaciais dos demais BRICS, mas certamente eles não têm uma lei 8.666 em seus sapatos.

      Se tivessem, eles não conseguiriam lançar nem pedras com catapulta.

      A lei 8.666 quando aplicada a centros de desenvolvimento de tecnologia, acaba com qualquer possibilidade de sucesso. E quando aplicada aos demais segmentos governamentais consegue de tudo, menos aquilo para o qual ela foi elaborada: Impedir as fraudes nas compras dos governos.

      Mesmo que os governantes não fossem corruptos, e fossem super nacionalistas e empreendedores do campo tecnológico, só teriam sucesso em suas empreitadas tecnológicas se contornassem a aplicação dessa lei, com uma que permitisse agilidade total nas aquisiçoes de material e serviços.

      Lamentavelmente, Fernando Henrique Cardoso, não pensou, e acho que ele nunca pensou mesmo, que essa lei impediria o desenvolvimento de nossas pesquisas.

      Hoje ele poderia estar lutando por uma alternativa a essa lei, para nosso desenvolvimento. Mas está ocupado tentando liberar a maconha…

      Afinal, com a maconha podemos voar por todo o universo !

      1. Anibal,

        Recentemente eu procurei uma importante Universidade Brasileira pois tinha vontade em iniciar (mesmo que tardio) uma pós em área tecnológica. Em discussão com o professor que seria meu orientador, eu coloquei que gostaria de chegar a um resultado prático. Não queria apenas simular….queria chegar a um produto palpável. Ele citou justamente esta lei dizendo que é quase impossível comprar componentes, que os prazos são incompatíveis. Eu me prontifiquei a comprar os componentes. ai a posição do Professor é que chegar a um produto, a um resultado prático, dá margem a questionamentos…Que o melhor era gerar documentação baseada em simulações em computador. ai eu lhe pergunto se é só a lei que é problema…..A mentalidade incutida em nossa comunidade científica atravanca tanto quanto os desmandos do governo. O problema é que ninguém tem coragem de dizer ao Rei que ele está nú!!!!

        1. É óbvio que a lei não é o único problema. Mas ela é “O PROBLEMA”. Os outros problemas poderiam ser contornados por ALGUMAS pessoas com muito boa vontade, junto com alguns poucos GOVERNANTES que num piscar de olhos se interessasse por desenvolvimento, e outros que não fossem corruptos, etc…
          São muitos os problemas encadeados. Mas O PRINCIPAL, que IMPEDE, que mesmo tendo todas as demais condições, não se consiga avanço, é a lei 8.666.
          Essa lei rege TODO o governo, e não é pelo fato de você poder comprar componentes do próprio bolso, que vai conseguir, pois se for necessário algum equipamento de apoio, diagnóstico, etc, e ele custar 100, 200 mil dólares ?
          Aí já não dá pra comprar do próprio bolso, né ?
          Mesmo porque, esses equipamentos precisam de consumíveis, contrato de manutenção, etc…
          Essa lei serve para IMPEDIR TUDO, menos a corrupção. Infelizmente…
          A intenção de criá-la pode ter sido boa, mas o resultado prático, é uma merda.

          1. A Faculdade em questão tem um dos melhores laboratórios na área. Não precisaria adquirir nenhum outro equipamento. Aliás, esta é uma condição normal no Brasil. A USP, a Unicamp, o INPE, a UFMG, a UFRJ, entre outras, estão muito bem equipadas em termos de equipamentos de pesquisa. Estrutura aliás normalmente sub utilizada. A questão toda, é que com dificuldade ou não, vê-se resultado prático praticamente nulo na pesquisa tecnológica brasileira. Você encontra exemplos de boa pesquisa na medicina e na agricultura. Mas nesta área de tecnologia mecânica e eletrônica, os resultados são praticamente nulos. Não temos o nosso foguete, não temos o nosso carro, não temos o nosso satélite, não temos o nosso submarino nuclear, não temos muita coisa……Mas o Brasil gasta uma verba superior a outras nações que já colhem resultados nestas áreas. Não é só a lei que atrapalha. É a mentalidade incutida entre nós.

  11. O Brasil com quase o mesmo valor construiu estádios, que vão fazer os impostos dos contribuintes irem para o espaço.

  12. Pera ai não vamos menosprezar o Brasil a Índia investe US$ 4 bilhoes em um programa espacial para poucos O Brasil investe essa mesma quantia ou mais em Estádios e no futebol com isso mais pessoas tem acesso…
    Ninguém investe em estádios como o Brasil.. Pera tem os Russo..

    Será que só os países mais corruptos é quem fazem esse tipo de investimento para calar a boca do chinelagem o povo.. Não esqueçam eles estão nos dando o que o povo merece,,,

    1. Não acho que uma coisa implique na outra. Não precisamos deixar de investir em esportes para investir em pesquisa espacial. Apesar de tudo, se bem investidos, 4 bi não é uma exorbitância frente ao potencial retorno. Os investimentos na Copa,já que se concretizaram, deveriam ser utilizados pelo brasileiro para promover a imagem do país. Mas o que estão prometendo por ai é estragar a festa. Coisa de minoria imbecil. A grana já foi gasta. Temos que tirar algum proveito disto.

  13. Pois é, pois é. Desde a volta da “democracia” que o nosso querido país é governado por traidores, representantes não do povo mas de interesses obscuros totalmente divergentes dos interesses da nação. Os presidentes e parlamentares não passam de marionetes nas mãos de quem realmente governa. A bem da verdade, nosso período como Nação realmente independente durou tanto quanto o Império. Depois que esse câncer chamado República foi instaurado voltamos a ser colônia, numa situação ainda pior do que antes já que agora não sabemos de quem somos colônia. Nossos “Senhores” vivem nas sombras, de onde governam através de seus capachos políticos. Enquanto isso não mudar nunca seremos NADA como Nação. Nunca seremos bem sucedidos em nada. Poderíamos ser uma potência espacial, mas somos um fracasso espacial. Poderíamos ser o país com maior índice de renda per capita do mundo (sim, não estou exagerando) mas estamos bem aquém disso, porque nossas riquezas naturais são pilhadas da mesma forma que o nosso ouro foi pilhado no primeiro período colonial. Poderíamos ter o melhor índice de qualidade de vida do mundo, mas mesmo na média temos um dos piores. Enfim, quando uma árvore está doente nas raízes não adianta tentar curá-la nos galhos ou folhas, tem que resolver o problema na raiz. Nossa doença mortal está na raiz e é causada pelo fato de que somos uma colônia disfarçada de nação.

    1. Rodrigo o quê você está fazendo para mudar as maracutaias e tudo mais que acontece em Brasília? Teve um cara que conseguiu enganar milhões com as mesmas conversas fiadas.

  14. Imagine a roubalheira que seria um projeto espacial brasileiro! Atrasos, superfaturamento, clientelismo, astronautas apadrinhados…
    Como disse o Barbosa ai em cima: melhor pensar pelo básico, com trens… nem isso sabemos fazer direito, imagina foguete.

  15. Poxa Salvador, esse texto nao parece seu. O tom “mezzo raivoso” nao combina muito com seu estilo ate entao diplomatico de escrever. Ainda mais em se tratando de um assunto que ficou muito mais complicado depois do acidente na base de Alcantara.

    1. Maria, programa espacial brasileiro é um assunto que tenho evitado justamente porque me deixa extremamente frustrado. É muito triste quando vejo venderem o futuro do nosso país a troco de nada. O Brasil tem a ambição de ser uma superpotência vendendo soja e sucateando a indústria nacional.

      1. O que se gasta na importação de tecnologia seria suficiente para desenvolver localmente muita coisa. É muito difícil agora tentar alcançar o bonde. Em breve realmente não se justificará o empenho no desenvolvimento de tecnologia espacial própria, pois a concorrência na área abafará qualquer iniciativa. Este bonde é mais um que está por um fio….

  16. Não sei o porquê desse desconforto todo em se admitir que programas espaciais (sejam eles de quais países forem), foram, são e serão movido, sim, por questões políticas-ideológicas-nacionalistas!
    A NASA só foi criada depois que os soviéticos mandaram o Sputnik ao espaço e, além disso, os EUA só decidiram botar homens na Lua, por causa do feito do Gagarin. Ou seja, quem acha que soviéticos e americanos fizeram a disputa espacial por diletantismo à ciência, deve também acreditar que na noite de Natal, um senhor idoso obeso entra pelas chaminés para deixar presentes após ser conduzidos por renas que voam puxando um trenó…mas, com o preço que tão os brinquedos nos dias de hoje, isso pode ser real???

    1. Samuca você há de concordar que graças a NASA hoje você pode se comunicar pela web, pelos smarthphones, usar GPS…

      1. Não sei o motivo de vc ter entrado nesta seara de lembrar os gadgets resultantes da era espacial…apenas lembrei na 1ª intervenção que a corrida espacial entre americanos e soviéticos teve como elemento motivador essencial a questão política – algo como briguinha de moleques de 10, 11 anos de idade no recreio do colégio, quando um diz: “Eu sou melhor que vc” e o outro retruca: “Não! Eu é que sou melhor”…

        1. Então tente fazer um satélite sem tecnologia eletrônica. O resto? É a pura otimização daquilo que foi desenvolvido.

          1. Tetsuo,

            Se quisermos nós podemos desenvolver um satélite completamente no Brasil. Não existe impedimento. Aquilo que fizer parte de bloqueio tecnológico pode ser desenvolvido por outras fontes. O problema é não começar nunca. O INPE está completamente capacitado para homologar satélites. Só falta o Brasil decidir que tem de andar neste sentido. E novamente digo: pessoas certas nos lugares certos.

  17. Sem comentários , para evoluir o ser humano precisa tomar susto isso é fato , então alguém precisa ameaçar militarmente o brasil para que possamos evoluir.
    E será logo , logo , pois já ta faltando agua até pra irrigar as plantações dos americanos , então o país que se prepare ou seremos todos uma criméia americana daqui a alguns anos.

  18. Pois é. A índia deve ser o país do mundo com a maior quantidade de miseráveis.
    Está crescendo e não abre não do investimento em tecnologia própria. Até nossos satélites foram entregues aos gringos e só não foi doada a base de Alcântara para os ianques porque não deu tempo…Se esta notícia abaixo, fosse sobre uma nave brasileira, os vira-latas e sua trupe de coxinhas estariam contestando o investimento alegando nossa incapacidade e desnecessário gasto que deveria ser usado no combate a pobreza e blá blá blá

    1. “Até nossos satélites foram entregues aos gringos”

      Sonhos de uma noite de verão!

  19. Cidadão. Como os governos do PT são modestos, a Dilma lançara em breve um PAC intergaláctico: Programa de Alcance do Céu (PAC intergaláctico).

  20. É difícil entender o que deu errado com o programa espacial brasileiro, começamos tão cedo….

    1. interferência americana , simples assim.
      Somos na verdade a criméia americana né .

      1. Vamos parar de colocar nossa culpa nos outros. Antes eram os portugueses, agora os americanos…

        Precisamos assumir e corrigir nossas falhas e deixar de inventar desculpas que colocam nossos fracassos nos imaginários ombros estrangeiros e às vezes até mesmo nos sobrenaturais.

        1. Brasil, Brasil…
          Que apenas investe no rico e menospreza o pobre. Que se abstém da educação, mas se deleita nas orgias politicas, em furtos e roubos na cara dura.
          Não há diferença entre politicos safados e ladrões de rua, os dois usam armas !

          Até quando ???

      2. O boicote americano tecnológico contra a China não impediu deles terem o terceiro programa espacial mais desenvolvido, apenas atrás dos EUA e Russia.

  21. Singelo da sua parte classificar os nossos governantes como: “miopia impar”. Eu vivo dizendo o que você acabou de dizer, que a tecnologia pode ajudar um país a melhorar a vida do seu povo, você nem citou o custo de colocar um satélite em órbita, o que é mais básica na exploração espacial e nem isso temos. Vivemos numa america latina em que nenhum país “tem pena” de pagar milhões para colocar um homem no espaço a custa de outros.

    Parabéns Salvador… lendo seus artigos sempre muito bem colocados não perco a esperança de tentar abrir os olhos dos colegas menos avisados.

    1. Sandro Reis, “vivemos numa América Latina onde o Brasil governado por uma Lula, não teve pena de pagar US$ 25 milhões para os russos para colocar um (ex-major da FAB) no espaço (ISS) a custa dos contribuintes apenas para comemorar o centenário de Santos Dumont”.

  22. Salvador, nem esquenta! Seu uivo solitário ecoa a quatro ventos e atinge visionários de natureza com paridade aos vossos anseios. Você é o nosso “CVO” (Chief Visionary Officer) e, analogamente ao bom semeador (Mateus 13:1-9 Bíblia), suas palavras rendem 100:1.
    Parabéns!

  23. O mesmo se dá com nosso programa de carros elétricos. A mesma letargia.

    1. Nosso programa de carro elétrico é uma piada. Restringe-se a algumas faculdades que trabalham em algo que não tem a menor condição de virar produto de mercado. Antes de termos um programa de carro elétrico, temos, primeiro, de ter capacidade de desenvolver automóveis genuinamente brasileiros. Estamos sempre correndo atrás do rabo dos outros.

      1. Paulo, por aqui praticamente tudo termina em piada, muitas de mau gosto, como a tal “lei de gérson”.

        Não é a toa que muitos lá fora não nos levam a sério… além de considerar que tudo por aqui é uma comédia…

        1. Sim John,

          Mas o que irrita é a mania de colocar sempre a culpa nos outros. A coisa muitas vezes não anda porque as pessoas envolvidas não fazem a coisa andar. A coisa pública no Brasil é tratada com desprezo, tanto pelo governo quanto pelos envolvidos. A expressão “mamar nas tetas do governo” infelizmente é uma grande realidade.

  24. O programa espacial brasileiro, baseado no VLS é totalmente obsoleto. Vejamos alguns exemplos:

    1) O VLS é baseado em combustível exclusivamente sólido. Nenhum outro programa espacial do mundo, com objetivo de inserção de satélites em órbita usa esta tecnologia. simplesmente porque ela não permite a precisão necessária. Uma vez ligado, o foguete queima até o fim, sem a possibilidade de modular o empuxo durante a subida do foguete. Ou seja, com esta tecnologia é uma loteria você realmente colocar o satélite na órbita pretendida.

    2) Observe a noca plataforma já concluída em Alcântara. Compare com as plataforma da empresa SpaceX. A deles é “minimalista”. Só tem o essencial para segurar o foguete na vertical e carregar o combustível líquido. O foguete é montado fora da plataforma e depois transportado pronto para ela. A nossa é um mostrengo que, por usar combustível sólido, prevê operações arriscadíssimas com pessoal na plataforma, mesmo depois do foguete já carregado de combustível. Esta foi a causa do acidente de 2003. Naquela época, segundo apurado por este jornal, trabalhadores da plataforma que se incendiou, reclamaram de choque elétrico na estrutura da plataforma no dia anterior ao lançamento. Neste mesmo dia foi trocado um sensor interno do motor por curto. Então vê-se que estamos a anos luz de nosso companheiros dos Brics. Do jeito que vai, o Brasil, que não é belicista, não terá nem capacidade de se defender no dia em que isto for necessário. Porque este dia vai chegar…pode demorar mas vai chegar.

    1. Combustível sólido, bem explicado. Pessoas obrigatoriamente na plataforma durante o lançamento do foguete. Brasil terra dos governantes descontrolados, que desconhecem o mínimo sobre tudo

    1. Ricardo José você parou para pensar que a extinção das nossas ferrovias deveu-se a uma política de um Juscelino Kubitschek que fez a opção do transporte rodoviário num “país de dimensões continentais” e de quebra cria a monstruosidade de Brasília.

      O JK deve ter se influenciado pelos atos de Dwight “Eike” Eisenhower, que dotou o país (EUA) de 66.000 quilômetros de rodovias duplicadas — as chamadas autoestradas, mais ágeis e seguras do que as vias de pistas simples e sem desmantelar as ferrovias.

      E tem brasileiros (mineiros) que o admiram.

      1. Tetsuo,

        Kubitschek deu o pontapé inicial para a quarta maior industria automobilística mundial em vendas e a sétima em produção. Não é por culpa desta iniciativa que as ferrovias não vingaram. Quanto a Brasilia, ele mostrou ao país inteiro que a capital é de todos, longe dos centros de influência tradicionais – SP, RJ, MG etc, implantando-a no centro geográfico do pais. Mas voltando aos automóveis, a importância da indústria automobilística é enorme em função da cadeia de produção que ela necessita e do número de empregos que gera. Por isso qualquer pais tenta atrair montadoras para seu território. Não é atoa que São Bernado do Campo e São Caetano (berços da industria automobilística nacional) estão entre os melhores IDH’s do Brasil. Ao contrário de seu comentário, acho sim que o Brasil precisa de mais Kubitscheks, Ozires Silvas (pai da Embraer), Niemeyer, Santos Dumont (outro mineiro), FHC, Lula (você pode não concordar mas ele também contribuiu), Getúlio Vargas (pai da indústria de base), entre outros.

        1. Paulo você conhece alguma indústria automobilística brasileira? Você conhece alguma indústria de pneumáticos brasileira? Saiba que até os vidros que equipam os veículos aqui produzidos usam produtos da Saint Gobain, belga e aqui conhecida como Santa Marina. Se você estudar a história do Brasil “recente” verá que a opção do transporte rodoviário foi a declaração da morte da Rede Ferroviária Federal, FEPASA e tantas outras. Quanto à desculpa mais esfarrapada que “Brasilia, ele mostrou ao país inteiro que a capital é de todos, longe dos centros de influência tradicionais – SP, RJ, MG etc, implantando-a no centro geográfico do país”, pobre dos americanos que tem Washington na costa leste e nem por isto a Califórnia ou Texas são Estados subdesenvolvidos. “Ozires Silvas pai (urgh p..a expressão cafona) da Embraer que somente decolou com a participação de Dassault, EADS, Snecma e Thales Group.

          1. Tetsuo, sem contar que a “mudança geográfica” da “capital de todos” (sinto cheiro de mollusco) foi financiada com a grana de quem? Segundo alguns, da previdência, que segue “quebrada” até hoje!

          2. Meus caros,

            Certamente o Brasil não tem indústria automobilística genuinamente nacional. A que tínhamos (Gurgel) foi fechada pela “abertura dos portos” do Collor. E não ter esta indústria própria é nossa grande falha na área. Apesar de sermos o quarto mercado em vendas de automóveis, nossas exportações param em pífias centenas de milhões de dólares. Independente disto a indústria implantada aqui responde por boa parte do PIB industrial e empregos de SP. Agora querer colocar a culpa em Kubtschek por não termos uma indústria genuinamente nacional é no mínimo infantil. Repito: O Brasil só funciona quando aparece um grande líder para tocar a manada.

        2. Paulo, não temos “indústrias automobilísticas nacionais” genuínas.

          Temos montadoras dos veículos produzidos pelas grandes marcas estrangeiras. Só para constar, a Gurgel não decolou, segundo alguns, por sabotagem das multinacionais, que engordaram bolsos de governantes. Seria a primeira, se vingasse.

          Então, seria melhor dizer que temos grandes “oficinas” nacionais para veículos produzidos por verdadeiras indústrias!

  25. Muito bem colocado Salvador.

    Não vamos esquecer esta última tentativa do Brasil com o programa de desenvolvimento conjunto com a Ucrânia do foguete Cyclone. O acordo foi assinado a mais de 10 anos e até agora nada!. Com a crise atual na Ucrânia, podemos imaginar onde isto vai dar.
    Mas acho que não se trata apenas de miopia governamental. Trata-se também de falta de ousadia de nossa comunidade científica e de engenharia. Se há 40 anos a visão em relação à Embraer fosse a mesma que temos em relação à pesquisa espacial, hoje não teríamos a Embraer. Alias a Embraer é prova concreta que se houver vontade e dedicação, não existe bloqueio tecnológico que impeça determinado desenvolvimento. Mas nossa comunidade, tanto científica quanto de engenharia, não tem coragem de propor voos ousados em qualquer área que seja, com exceção daquelas que já dominamos a muito tempo, como geração de energia, por exemplo. Mas mesmo nestas continuamos eternamente dependentes de fornecedores externos. O Brasil simplesmente não gera tecnologia própria em áreas estratégicas, salvo raríssimas exceções. Nosso engenheiros preferem o emprego confortável na multinacional e nosso cientistas pisam em ovos para não colocar em risco o fluxo de verbas dos programas nacionais…..

    1. Nossos cientistas também trabalham no em instituições que tratam e combatem o câncer. Para apoiar seu trabalho dias atrás uma delas fez um pedido de doação. Arrecadou pouco mais que R$ 10.000.

      Agora comparemos essa merreca com o arrecadado pelos mensaleiros nas doações feitas em apenas uns poucos dias. Junto com o fel me vêm à garganta a tentação de trocar a palavra “doadores” por “sequazes”.

      Apoio a cientistas é coisa para governo de estadistas. Coisa muito em falta nos dia de hoje.

      1. Lúcifer, o “arrecadado” foi claramente lavagem de dinheiro. Infelizmente ainda não conseguiram provar, mas que foi, foi.

        Não dá pra comparar, infelizmente. Veja o caso do tio lá que tá arrecadando grana pra construir o planetário.

        :/

        1. E que, mesmo com os empurrões, não juntou 50% dos R$ 50 mil necessários. É a diferença entre fazer vaquinha com professores e com empreiteiros…

    2. Paulo ao afirmar que “trata-se também de falta de ousadia de nossa comunidade científica e de engenharia”, eu gostaria de te sugerir que faça ou monte um pequena torre de lançamento de foguetinhos em um campo. Só não vale lançar nas manifestações públicas. Tente identificar a sua primeiríssima dificuldade. Grana, okanê, cash money, la plata… ou precisa mais?!!!!

      1. Outro dia mesmo, neste Blog, foi mencionada a experiência de um engenheiro eletrônico brasileiro que implementou um nano satélite e ainda conseguiu lançá-lo via foguete Ariane. Estou falando disto. De empolgação. De gostar de engenharia e ciências e fazer algo diferente. Infelizmente quem tem o poder de decisão muitas vezes carece desta empolgação e desta ousadia. Não é atoa que nosso programa espacial nunca decolou. Se a comunidade científica / engenharia tivesse mostrado resultados mais palpáveis, no começo do processo, talvez a história teria sido diferente.

        1. “Outro dia mesmo, neste Blog, foi mencionada a experiência de um engenheiro eletrônico brasileiro que implementou um nano satélite e ainda conseguiu lançá-lo via foguete Ariane. Estou falando disto.”

          Perguntas a serem respondidas: implementou onde? Nano satélite? Então o cara já foi sequestrado por todas as agências espaciais? ainda conseguiu lançá-lo via foguete Ariane; dado que era nano satélite foi contrabandeado em qualquer dispositivo?!!

          1. Tetsuo,

            Eu fui buscar a informação e você inclusive fez seu comentário à época….

            Abaixo um trecho do comentário do Newton:

            “Pessoal. Aqui no blog tem gente demais criticando o Brasil por não ter tecnologia relativa a satélites, coisa que os chineses já mostraram que tem até de sobra em que pese a falha do YUTO. O que a maioria não sabe é que já colocamos um satélite BRASILEIRISSIMO em órbita terrestre.
            No ano de 1990, o engenheiro Junior Torres de Castro projetou e construiu, com meios próprios o satélite DOVE (Digital Orbiting Voice Encoder).”

            O comentário foi feito pelo Newton no Post Yutu está(talvez*) oficialmente morto.

            O seu problema Tetsuo é desqualificar qualquer tentativa que não seja grande o suficiente aos seu olhos. O engenheiro Junior Torres de Castro arregaçou as mangas e realizou um feito extraordinário sim. Ele poderia muito bem ficar num canto só apontando o dedo para os outros. Mas ele preferiu realizar algo. O resultado disto teria sido aproveitado em qualquer país civilizado. Se foi ou não aproveitado por nós eu não achei mais referências na internet. Mas coloca um cara destes para gerir parte do programa espacial e dá recursos que ele faz muito mais do que os que estão lá hoje. Os EUA trabalham assim: talentos certos nos lugares certos. Aqui funciona assim: Amigos certos nos lugares certos…..

  26. Na atual situação econômica mundial, um projeto desse já seria uma extravagância para países do primeiro mundo. Agora, para um pais miserável como a Índia… não sei o que dizer, sinceramente!

  27. UFA !!! Ótimo desabafo, Salvador. Estava engasgado, né ?
    Engenheiros, físicos e cientistas nós temos, só que lá fora,
    por falta de espaço ( sem trocadilho )

  28. Caro Mensageiro Sideral.

    Concordo com você: tem que haver incentivo constante. Porém, há fatores que fogem ao controle nacional, por exemplo: houve tempo em que os EUA bloqueavam a venda de supercomputadores ao Brasil… Qual seria o motivo?

    Por outro lado, perdemos um grupo de cientistas de ponta naquela explosão do lançador, muita gente com muito conhecimento. Não há como “repor” essa massa crítica rapidamente em um ou dois anos… mas havia uma agenda a ser cumprida, então, a saída foi tentar incrementar acordos com transferência de tecnologia. Esse tipo de acordo não é novidade, não esqueçamos que a China avançou bastante nesse campo devido ao forte apoio da antiga URSS (nos tempos de Mao). Não sou ingênuo, a Índia certamente teve apoio de alguma “potencial aeroespacial”. Até mesmo os Russos e Americanos beberam da fonte dos cientistas nazistas (derrotados na II Guerra). Quero dizer que há sempre uma transferência de tecnologia e um aproveitamento realizado no país beneficiado.

    1. O motivo do bloqueio de venda de supercomputadores e outros componentes eletrônicos foi a reserva de mercado imposta pela Lei de Informática que havia no Brasil.

    2. Gilmário “os EUA bloqueavam a venda de supercomputadores ao Brasil… Qual seria o motivo?”

      O Brasil vendia mísseis e armamentos para a Líbia, Iraque…

    3. Gilmário,

      Tem uma lei americana que proíbe qualquer empresa americana a cooperar com a China em pesquisa espacial. Não atrapalhou a China, mas atrapalha o Brasil. Isto é desculpa para boi dormir. A diferença é a vontade de fazer. Nada mais.

  29. Espaço, tecnologia, progresso… grandes coisa! O que precisamos de de povo marcado, povo feliz! Temos o melhor carnaval do mundo, somos 5 vezes campeoes de futebol e nossas mulheres sao lindas! Pra que mais que isso?

  30. Infelizmente a miopia dos governantes do nosso país não permite que se avalie os benefícios para a indústria, que um programa espacial bem estruturado pode trazer. Como sempre, as prioridades por aqui se resumem a futebol e carnaval.

    1. Não é apenas miopia de governantes. É miopia de povo. A classe pensante deste país deveria tomar as rédeas em muitos assuntos mal resolvidos por aqui. Mas o que conta mesmo é “garantir o seu”.

  31. Parabéns,
    Pela primeira vez eu vejo um comentário sensato, desprovido de “xiitismo ideológico”, onde se troca desenvolvimento tecnológico por programas eleitorais tipo bolsa família.
    Em tempo: se o governo quer alimentar o povo, basta investir na infra estrutura de escoamento das safras que hoje causam uma perda de 30% da produção.
    Bastaestancar essa emorragia e transforma em programas de produção às margens dos grandes rios e aí sim fazer os assentamentos na forma de cooperativas, porém, sem dar o direito à propriedade, isto é: quem trabalha e produz tem onde morar, comer e receber, mas quem é vagabundo ta fora.

  32. Minha frustração é ver o Brasil deitado em berço esplêndido achando que o Salvador vira nos buscar.
    Ele já veio pegou tudo o que podia, só não levou mais por que não cabia na mala e nós ficamos aqui a ver navios ….. Voar é preciso, viver…….Pesquisar é preciso, pensar é preciso, agir com inteligência é preciso

      1. O “Salvador da Pátria”… rsssss…. só não pergunte quem é “ele”.

        O sobrenome do signatário do blog é “Nogueira” 🙂

  33. Provavelmente estão construindo tudo isso “secretamente”, em Cuba, com financiamento do BNDS.

  34. Para com isso, Salvador Nogueira. O Brasil, como um colunista escreveu ontem, produz o melhor “Big Brother” do mundo; para que financiar estudos tecnológicos?

  35. Partindo do princípio que o ser mais evoluído será aquele que mantiver sua espécie, de nada adiantará jogarmos candy crush em um iphone durante um voo de new york a paris. As baratas estão por aqui ha muito mais tempo e não pretender sumir tão cedo. Somente a conquista do espaço confirmará a superioridade de adaptação de uma espécie inteligente.

  36. ENQUANTO ISTO NA TERRA DAS BANANAS A UNICA COISA QUE ELES PODEM LEVANTAR.. ASSIM MESMO COM O VENTO..SAO PIPAS, E BALOES INCENDIARIOS..BRASIL..O PAISINHO ATRASADO.

  37. Não apenas letargia, despreparo mesmo. Exploração espacial é programa de nação, não de governos, que são transitórios. Como montar um programa de nação loteando cargos entre a base de apoio do governo no poder. E outra, com todo o respeito a FAB, está na hora de tirar o programa espacial de sua tutela, ela gerencia o programa já a bastante tempo sem nenhum resultado.

  38. Sr.Salvador,
    Enquanto os governantes dessas republiquetas centro-sul americanas pensarem ,exclusivamente,em como se manterem no poder por mais alguns anos nós não teremos tecnologia sequer para fazer uma lata de sardinha.Para que gastar alguns bilhões de dólares em reconstruir Alcântara ou nossa base na Antártida se isso trará votos apenas de mestres e doutores?Não é melhor gastar essa mesma quantia em uma bolsa-qualquer e conseguir 40 milhões de votos?
    Sr.Salvador , o nosso grande problema não é nosso governo, é nosso povo que se contenta com pouco,muito pouco.Basta uma bolsa família , uma tv financiada em 36 x ,BBB,novela e futebol e que se dane Alcântara,INPE e outros mais…..

      1. Vocês estão certissimos, lembram daquela velha piada de Deus quando fazia o mundo colocava furacão prá cá, terremoto prá lá, nevascas lá em cima, maremoto lá em baixo e no Brasil só maravilhas, quando perguntaram por que tanta proteção, Deus responde, vocês vão ver o povinho que vou por lá, infelizmente não era piada!!!

      2. Percebe-se a importancia desse tema pela quantidade de comentarios, todos apontando o inconformismo com descompromisso dos nossos governos e mostrando que somos conformados na hora de agir

          1. Foi o texto, Salvador.
            A pergunta óbvia já foi respondida no texto, “Trata-se de um investimento nacional com potencial de 1000% de retorno!”
            Isso impediu comentários ignorantes de candidatos à miss Brasil.

          2. Heheh, pode ser. Dá vontade de colocar essa frase como “disclaimer” no início de todos os textos… 🙂

    1. enquanto o povo brasileiro manter essa merda no poder, nada vai acontecer, sera que vamos virar uma venezuela, cuba… acorda brasil

      1. você precisa se informar melhor; o Brasil não ficou assim depois que o PT assumiu o poder; o Brasil é assim desde sempre !

      2. João, mas o que temos para colocar no poder, senão merda, mesmo? Indique alguém bem intencionado, íntegro, e com vontade de fazer a coisa funcionar, e que esteja afiliado a algum partido político…

        Por isso defendo a tese de que “partido” não funciona, a começar pelo nome: se fosse coisa boa, seria algo como “inteiro”. O melhor candidato(a) seria alguém sem vínculos políticos, que apresenta sua plataforma de governo claramente e seria escolhido por maioria simples de votos, dados por eleitores que soubessem, ao menos, escrever o nome desse candidato numa cédula eleitoral…

        Tá, não acredito no papai noel, nem no coelho da páscoa. Sei que algo nesse molde não será possível num futuro próximo. Mas penso que seria um bom caminho!

        1. John ,
          Posso lhe dizer que eu também me sinto nesse labirinto.Desde que Cabral aportou por aqui o modo de agir dos governantes em relação aos governados não mudou. É bom lembrar que fomos colonizados por pessoas de índole mais que duvidosa e a relação governo-povo sempre foi o escambo.E durante muito tempo a escravidão negra imperou até que foi sutilmente substituída pela branca.Desprende-se de nossa história que nunca interessou a governante nenhum criar um povo pensante,educado,saudável.O que sempre se fez por aqui ( e não só aqui ) foi criar um povo com mente escrava e subalterna para assim consolidar a classe dominante.Isso criou um ciclo vicioso que nunca será rompido.Em outras palavras : eu te dou uma bolsa-miséria,uma escola pública de péssima qualidade,uma saúde pública que mais mata do que cura e você me elege seu representante .Se você não me eleger,meu adversário ,que é ainda pior que eu,nem essas migalhas te dará.
          O problema se perpetua pois meu adversário pensa exatamente como eu.
          Entendeu John porque esse ciclo nunca será rompido.A solução desse imbróglio dificilmente será dada por matemáticos como nós.

          1. Pois é, caro Xará. A solução é difícil. Mas penso que nunca fomos “colonizados”, não… fomos, sim, explorados, desde sempre.

            Ah, e apesar de ser fã das ciências exatas, minha área é das humanas… (direito).

            Mas a matemática é a “mãe” de tudo!

        2. John,

          As pessoas bem intencionadas e corretas se afastam da política porque sabem que é um antro de ladrões. Mas estas pessoas existem e só vamos melhorar quando elas resolverem assumir posição na política. Além de serem corretas hoje tem de ter resistência suficiente para não sucumbir ao modus operandi do mundo político.

  39. Prezado Salvador,

    Acredito realmente que tanto governantes quanto empresarios são reticentes em embarcar nesse tipo de projeto. Mais ainda, creio que ate não acabarem as síndromes de “reserva de mercado” e “estado arrecadador” continuaremos a ser o famoso “país do futuro”. De um futuro que nunca chega.

    Saudações,

    Ricardo René Guzmán

        1. Boa, Tetsuo.

          Quem fica “deitado eternamente em berço esplêndido” não vai querer levantar, arregaçar as mangas e fazer alguma coisa… vai continuar deitado, mesmo, esperando alguma coisa cair do céu… ou das ” bolsas-miséria” da vida… taí a origem possível da preguiça crônica de muitos! 😀

          Ah, e antes que critiquem, explico: sem qualquer conotação com política, tá (eu sei que o blog é de ciência). Foi somente citação!

    1. Ricardo (melhor que Lúcifer, né) a sua frase “acredito realmente que tanto governantes quanto empresários são reticentes em embarcar nesse tipo de projeto” eu faria algumas correções: o empresário antes de qualquer coisa precisa vislumbrar lucros que possam ser auferidos em meio a concorrências de mercado. Já governantes se instalam apenas em busca de enriquecimento ilícito ou será que é por puro patriotismo e o sentimento de colaborar pelo desenvolvimento, que aplicam bilhões de reais de origens suspeitas nas campanhas eleitorais? Veja o ponto que chegou a Petrobrás, que ilustrativamente compra gasolina no mercado exterior a 100 para vender por 90.

      1. Tetsuo,

        A fase atual do programa espacial brasileiro não cabe a empresários. É uma questão de soberania nacional que deveria ser corretamente apresentada e defendida por aqueles com poder de influência na área. Mas parece que não temos esta pessoa. Eu conheço as instalações do INPE e posso dizer que são excelentes e permitiriam desenvolver e homologar um satélite feito por nós. Até a NASA tem convênio com o INPE para teste de satélites. Falta alguém “por na mesa.” O Brasil só funciona através de grandes lideres que conduzam a manada. Em pesquisa espacial este líder ainda não apareceu.

        1. Paulo Schaefer eu prefiro discordar de sua afirmação “A fase atual do programa espacial brasileiro não cabe a empresários. É uma questão de soberania nacional…” porque ainda que eu não possa fazer nada para mudar o quadro atual, eu não aceito a tutela do Estado em tudo, entenda-se aqui o Estado sendo o governo federal e suas consequências para os Estados. As mídias publicam diariamente as consequências nefandas em todas as áreas de ingerência deste pobre Estado “pobre” e, só de “lambuja” veja o caso da Petrobrás, que comemorou em outubro passado 60 anos da (a)fundação; se fosse uma empresa privada será que sobreviveria tanto com os resultados tão pífios? Os mineiros ufanam-se de que o Estado de Minas Gerais possui a maior malha rodoviária do país, mas se escondem ao não mencionar que a dita malha rodoviária é FEDERAL com suas péssimas BRs; qual é a necessidade da máquina do Planalto determinar ou não sobre a construção de uma “pinguela” sobre um riacho para uma BR? Qual a necessidade do Planalto se envolver em construções ou não (esta última sempre a opção mais lógica e trivial) de creches? Qual é a necessidade do Planalto deliberar sobre manifestações de Black blocs? E por aí vai uma sucessão de besteiróis em nome de uma falsa “soberania nacional”.

          Não seria questão de soberania nacional produzir meios para que a iniciativa privada pudesse efetivamente trabalhar sem que as “regras do jogo” mudassem durante a peleja? Não seria questão de soberania fazer uma administração honesta dos recursos amealhados dos contribuintes. Não seria questão de soberania nacional tornar ótima a eficiência da máquina pública? Não seria soberania nacional…

          Segundo sua mensagem você dá a entender que governo é uma entidade super-humana e que empresários ainda são verdadeiros moleques. Se os governos, ênfase ao federal, não atrapalhassem criando dificuldades para venderem facilidades, creio que os chineses, indianos, japoneses, americanos, europeus… estariam morrendo de inveja do Brasil. Veja o agronegócio que é sistematicamente obstruído pela inépcia deste Estado brasileiro nas exportações!

          Se, em fins do século XIX o governo americano fosse igual ao do Brasil, Thomas Edison não teria inventado a lâmpada elétrica, Nikola Tesla não teria desenvolvido e mostrado os benefícios da corrente alternada, John Rockfeller não teria conseguido produzir e massificar o uso do querosene…

          1. Concordo, Tetsuo.

            E sempre vale lembrar a situação da base de Alcântara, que; segundo notícias, estaria sucateada por falta de atenção e investimentos, desde o fatídico acidente.

          2. A NASA só recentemente passou a incentivar a participação de empresas privadas no setor espacial, de forma direta e independente. Na verdade a inciativa privada sempre esteve presente, desde o começo. A Boeing é uma grande fornecedora da NASA, bem como uma série de outras empresas americanas. Eles criaram uma espécie de nível hierárquico e cada indivíduo que participa dos programas recebe uma classificação que dá direito a um certo nível de acesso a informação. Para algumas áreas altamente secretas só permitem a participação de cientistas, engenheiros nascidos nos EUA. Nem naturalizado tem acesso.

            Mas quem define o rumo dos programas é a NASA. Ela tem o poder de decisão. As empresas são fornecedoras.

            Quanto ao estado participar ou não é sim uma questão de soberania. Se deixar nas mãos de empresários, vira negócio e sai do controle dos interesses nacionais.
            E não vamos confundir o governo que temos com o governo que deveríamos ter.

            Sabemos que a grande maioria destes que estão ai não tem competência para gerir o Brasil. Mas isso só se muda nas urnas e com o avanço da educação no Brasil. E principalmente cada classe profissional exigindo a coisa certa do Governo. O acidente de Alcântara foi claramente erro de engenharia e de procedimentos de segurança. Cadê a classe dos engenheiros que não se manifestou? Aliás cadê a resposta oficial do que realmente ocorreu?

            Quanto ao estado de abandono de Alcântara, a base que se incendiou em 2003 foi totalmente reconstruída e com um nível de segurança bem mais alto que a anterior. Só fica faltando o foguete para inaugurá-la. quando ele ficar pronto, a base já estará obsoleta…..

          3. Tetsuo,não vai muito longe gastando suas energias com exemplos e explicações. A conclusão é muito simples:na América Latina,em geral, e no Brasil,em particular,a plutocracia é endocolonialista!

          4. Dinheiro não falta pra pesquisa espacial; afinal vão gastar 22 bilhões na Copa!… (obviamente metade vai pros bolsos da máfia política e empresarial). 😀

    2. Senhores, não se esqueçam que o Brasil é um dos melhores, senão o melhor, país para um corrupto individualista se servir a vontade. Não possuímos uma vontade coletiva e nacional para mudar nada. Somos os melhores em enriquecimento e desenvolvimento pessoal para uma pequena oligarquia. Mudar porquê? Quem dirige a carroça (Brasil) vive muito bem.

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