Universo veio do nada, dizem físicos
O mundo da cosmologia foi abalado no mês passado pelo bombástico anúncio de que um experimento americano havia detectado confirmação da expansão violenta do Universo após o Big Bang — um processo que teria acontecido no primeiro bilionésimo de bilionésimo de bilionésimo de bilionésimo de segundo após o nascimento do cosmos. Agora, um trio de físicos chineses diz que pode explicar o instante inicial, o momento exato do surgimento do Universo. E o cosmos inteiro, tudo que existe, teria nascido do nada.
É isso mesmo. Do nada. Deixe essa conclusão assentar por alguns segundos, porque é de abalar todas as estruturas.
Agora, vamos qualificar essa ideia. Nem é preciso dizer que se trata de uma afirmação para lá de controversa. Como a expansão inicial — chamada de inflação cósmica — teria “apagado” qualquer sinal de algo que aconteceu naquela minúscula fração de segundo antes dela, não existe esperança de encontrar confirmação observacional deste fato.
Por outro lado, é exatamente a conclusão a que você chega quando aplica a mecânica quântica ao estudo da origem do Universo. E não existe na física uma teoria mais testada e retestada que essa. Todos os nossos estudos da física de partículas — incluindo a recente descoberta do bóson de Higgs, tão celebrada — confirmam sua solidez.
VÁCUO EM TERMOS
Há tempos os cientistas já sabem que o que chamamos de vácuo não é realmente a ausência completa de tudo. Isso porque a mecânica quântica nos confronta com uma ideia muito maluca: coisas podem existir e não existir ao mesmo tempo. Todas as partículas são, na verdade, ondas de probabilidade.
Isso significa que no vácuo, a cada dado momento, existe uma probabilidade não-nula (ou seja, maior que zero) de que uma partícula esteja ali. E tudo bem, contanto que essa partícula só exista por uma minúscula fração de segundo antes de ser destruída, preservando assim um dos pilares da física, que é a lei de conservação de matéria/energia do Universo. É a proibição do almoço grátis, que se manifesta da seguinte maneira: a cada vez que a lei das probabilidades faz o vácuo gerar partículas, elas nascem aos pares, que logo se aniquilam e desaparecem. Por essa razão, elas são chamadas pelos físicos de partículas virtuais.
Disso tiramos duas conclusões importantes. A primeira: não existe nada de mágico no surgimento de partículas a partir do nada — o vácuo faz isso o tempo todo. E a segunda: como essas partículas em geral desaparecem numa mínima fração de segundo, isso tem efeito zero no total de energia no cosmos.
É bom lembrar que as partículas virtuais são mais que uma hipótese. Elas são confirmadas, por exemplo, nas colisões promovidas no LHC. Ninguém duvida que o vácuo possa parir coisas do nada. Há demonstração experimental desse fato. E por isso a ideia de que o Universo nasceu do nada sempre foi atraente para os cientistas.
Outra alternativa seria supor que o Universo nasceu de outro Universo, mas isso só transfere a pergunta deste para a encarnação cósmica anterior. Uma terceira opção, menos favorecida pelos físicos, é a de que um Criador teria concebido o cosmos, 13,8 bilhões de anos atrás. Naturalmente, não é a favorita da maioria dos cientistas, e nem é por desgostarem das religiões. O problema aí é que, quando você evoca Deus para explicar alguma coisa, a ciência termina. Não há como testar essa hipótese — nem por matemática, nem por observação. É um beco sem saída do ponto de vista científico. (Não quer dizer que não seja verdade; só quer dizer que a ciência jamais pode chegar a essa conclusão, por definição. E a atitude de dispensar Deus das explicações tem sido recompensadora para os cientistas durante séculos — pelo menos desde que eles decidiram que trovões não eram manifestações de uma divindade furiosa.)
Pois bem. Por essas razões todas, a noção de que o Universo nasceu do nada é atraente. Mas ninguém havia apresentado uma prova matemática rigorosa de que podia funcionar deste modo. Até agora.
AFIRMAÇÃO EXTRAORDINÁRIA
“Neste trabalho, nós apresentamos esta prova, baseados nas soluções analíticas da equação de Wheeler-DeWitt”, afirmam corajosamente Dongshan He, Dongfeng Gao e Qing-yu Cai, físicos da Academia Chinesa de Ciências, num artigo recém-publicado na rigorosa revista científica “Physical Review D”. O título do trabalho? “Criação espontânea do Universo a partir do nada.”
A tal equação mencionada é um instrumento importante que está sendo usado no desenvolvimento das teorias de gravidade quântica — uma tentativa de reunir a relatividade geral (que descreve a gravidade) e a mecânica quântica (que explica todo o resto) no mesmo balaio. Ninguém sabe ainda qual versão dessas teorias vingará, mas aproximações ocasionais são possíveis. É o caso aqui.
Seguindo rigorosamente a matemática, os pesquisadores concluem que, a partir de flutuações quânticas de um “falso vácuo metaestável”, um desfecho natural é a criação de uma pequena bolha de vácuo verdadeiro, que então infla agressivamente por uma fração de segundo e então para, exatamente como previsto e confirmado nas observações que temos à disposição.
OK, para tudo. Meu reflexo aqui foi: bacana, mas que diabos é um “falso vácuo metaestável”, o suposto fabricante do Universo? Perguntei a Qing-yu Cai, e ele me explicou que é chamado de falso porque ele teria mais energia do que a presente num vácuo verdadeiro (embora ainda fosse vácuo), e metaestável porque é um estado que não se sustenta por muito tempo. “Ele pode decair para um estado de vácuo verdadeiro por flutuações quânticas”, afirma Qing-yu Cai. “No artigo, demonstramos que uma vez que uma pequena bolha de vácuo verdadeiro seja criada por flutuações quânticas de um falso vácuo metaestável, ela pode expandir exponencialmente. Quando a pequena bolha de vácuo verdadeiro se torna grande, a expansão exponencial termina, e o Universo-bebê aparece.”
Incrível, não é? Mas ainda falta uma coisinha. Descobrimos aí de onde veio o espaço-tempo que habitamos — é a tal pequena bolha de vácuo verdadeiro que se expandiu durante o período de inflação cósmica. Mas não está faltando alguma coisa, não? E toda a matéria do Universo? Sem ela, isso aqui não teria a menor graça. De onde ela pode ter vindo?
Os pesquisadores explicam isso de maneira graciosa ao final de seu artigo. E a chave está nas partículas virtuais, que já mencionamos anteriormente. Veja o que eles dizem:
“Em razão do princípio da incerteza de Heisenberg, deve haver pares de partículas virtuais criadas por flutuações quânticas. Falando de maneira geral, um par de partículas virtuais irá se aniquilar logo após seu nasicmento. Mas duas partículas virtuais de um par podem ser separadas imediatamente antes da aniquilação pela expansão exponencial da bolha. Logo, haveria uma grande quantidade de partículas reais criadas conforme a bolha de vácuo se expande exponencialmente.”
ou seja, a expansão súbita (lembre-se, por uma mínima escala de tempo, o Universo cresceu mais depressa que a velocidade da luz!) converteria os pares de partículas virtuais em reais, ao separá-las e levá-las a cantos opostos do cosmos. Eis aí a matéria-prima para tudo que existe, inclusive você e eu.
Vamos combinar que pode até não ser verdade, mas é uma história convincente e bem fundamentada.
E O FUTURO?
Ao navegar por essas águas complicadas, contudo, o Mensageiro Sideral ficou com uma preocupação. Se o vácuo pode parir um Universo inteiro do nada, quem garante que não vai acontecer agora, neste instante, e rasgar o nosso espaço-tempo em favor desse novo bebê cósmico? Perguntei a Qing-yu Cai, mas ele me tranquilizou.
“Quando a bolha de vácuo se torna suficientemente grande, seu potencial quântico que é tal que a energia para expansão exponencial será muito pequena, e portanto a expansão exponencial irá parar. O escalar do vácuo atual é muito grande, e seu potencial quântico é negligenciável”, disse. “Na minha opinião, se o espaço pudesse ser dividido em pequenas partes diferentes, isso iria rasgar o nosso Universo. Mas o espaço-tempo é um todo, não pode ser separado arbitrariamente. Isso impede nosso vácuo atual de passar por esse processo de novo.”
Ótima notícia. Seja lá qual for sua crença a respeito da origem do Universo, todas as alternativas apontam para o fato de que ele foi feito para durar.
Salvador, você diz: “Talvez Deus esteja por trás do Big Bang. Mas se a ciência colocá-lo lá, automaticamente não precisa mais tentar entender o Big Bang. Na prática, nos contentamos em saber menos com essa atitude.” Isso não faz sentido! A ciência serve para explorarmos o nosso “quintal”, o nosso universo, multiverso ou seja lá o que for. Eu creio em Deus e mesmo assim quero conhecer o máximo do universo. Para nós teístas, Deus é a causa primária, que está além, ou acima, do alcance da exploração científica. Não é possível humanos mensurarem Deus, analisarem as propriedades de Deus, etc. Mas eu quero entender o Big Bang, sim!
“Se a ciência admitir Deus, automaticamente não precisa mais tentar entender o Big Bang.” Só se o objetivo da ciência for justamente provar que Deus não existe! Esse pode ser o desejo de muitos cientistas, mas não é a razão de ser da ciência! A ciência nasce da curiosidade humana. Eu não me contento em “saber menos”.
Você disse que “tudo que tem probabilidade de acontecer acontece”. Talvez, mas se a probabilidade é a bem dizer infinitesimal, seria necessário um tempo a bem dizer infinito para que “tudo que tem probabilidade de acontecer” realmente acontecesse. Estou falando dos processos supostamente aleatórios que levaram à vida – e à vida inteligente! – neste nosso universo pós-Big Bang de apenas 13,8 bilhões de anos. Como o Luis Von comentou, o seu argumento “é como dizer que qualquer teoria é boa caso não seja impossível”. Só que, quanto mais a probabilidade tende ao infinitésimo, mais a teoria tende a ser um devaneio da mente humana.
E essa conversa de que “tudo surge de um nada que não é realmente nada” não explica… nada! Porque significa que tudo surge de alguma coisa!!! Aí a minha mente pergunta: Qual é a origem, a fonte, dessa coisa? Não tem fonte? Então essa coisa é a Causa Primária, a realidade derradeira? Mas a organização do universo é muito mais consistente com a ideia de uma causa primária inteligente, e não aleatória…
Naturalmente, de um ponto de vista puramente matemático, se você disser que existe um número infinito de universos flutuando num multiverso, qualquer coisa se torna possível. Um espaço amostral infinito! Mas, em matemática, infinito não é um número, uma quantidade; é um conceito abstrato. Assim, falar em espaço amostral infinito não faz sentido físico.
Parece-me que, se a ciência admitir a ideia de um multiverso literalmente infinito, “automaticamente não precisa mais tentar entender nada”. Afinal, em outros universos haverá outras leis físicas. Por que os princípios da física quântica, produto da mente humana ao tentar descrever o universo, deveriam valer em todos os outros universos? Se o homem é apenas produto de uma evolução aleatória, como pode achar que é tão sintonizado com o Cosmo a ponto de intuir os princípios que regem todos os universos?
Se a ciência admitir a ideia de um multiverso infinito, ou infinitos universos, seja lá o que isso signifique, então, com essa atitude, na prática nos contentamos em não saber nada, a não ser tentar descrever este único universo em que estamos. Não há esperança de conhecer tudo. De modo que essa hipótese não é superior à “hipótese teísta”. E, como eu disse antes, a organização e as “enormes coincidências” que vemos neste universo são muito mais consistentes com a ideia de uma inteligência criativa do que de um acaso de muita sorte. Então eu entendo que sua hipótese, que exclui Deus, não se sustenta.
Sim, mas a vida, ao que tudo indica, não tem esse caráter altamente improvável. E se você quer entender o Big Bang, precisa aceitar que não foi Deus que o produziu, ou aceitar que Deus opera segundo leis naturais que estão acima dele. No primeiro caso, você termina com uma explicação sobrenatural e arbitrária, e no segundo você termina com um deus meio fajuto. O único modo de explorar a física do Big Bang é presumir que Deus não teve nada a ver com ele. Você pode até acreditar em Deus, mas não pode incluí-lo na sua investigação científica, senão ela acaba aí. O que há para entender num ato arbitrário de criação de um ser sobrenatural (ou seja, que transcende a própria natureza)?
O dilema é falso. O que está por trás da proposta é o pressuposto naturalista de que a natureza é autônoma. O Deus cristão ter criado através do Big Bang, se foi assim, me parece que ao invés de tornar as coisas arbitrárias, na verdade as vinculam. Se há uma inteligência, há princípios e uma organização entre o que foi criado.
grandes merda.
Mas para mim isto não é novidade, já havia lido algo parecido a muito tempo atrás, algo deste tipo
http://super.abril.com.br/universo/havia-antes-big-bang-598331.shtml
Não é bem isso desta vez…
Salvador, vc comentou que ” A distinção é entre o nada quântico e o nada clássico, mas não entre o nada e alguma outra coisa que não seja o nada. “.
Então o “nada” (inexistência, nada, nada!), na física quântica não existe? Porque como vc disse, o nada quântico tem a probabilidade de ser alguma coisa (o que o faz “SER”, o que não seria um “nada”). Ou existe um “nada” na quântica, mesmo que por uma fração de tempo?
Sempre haverá “alguma coisa” na física quântica ?
Isso!
Olá Salvador, boa tarde!
Tô meio atrasado quanto ao assunto, foi postado ontem…rsrsrsrs
Bom, salvo engano, um universo do nada já foi defendido até pelo Lawrence Krauss, em “Um universo que veio do nada”, correto?
Logo, a ideia dele não “veio” primeiro que a dos chineses? qual a diferença?
Ou os chineses conseguiram provas matemáticas para o trabalho deles, enquanto que o Krauss não? é isto?
É isso, Rogério. Como eu disse, o Universo vir do nada é uma ideia bem atraente, mas ninguém ainda tinha demonstrado teoricamente que o nada podia de fato parir um Universo com os parâmetros observados. Esse foi o avanço chinês.
Ah sim, obrigado pela resposta, valeu!
Salvador, já viu o post do Cássio Barbosa hoje, muito bom!!! http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/blog/observatorio/post/menos-sangue-mais-astronomia.html
Sim, ele é ótimo! Vou falar sobre o eclipse, mas só segunda-feira. 😉
Esta ‘descoberta’ só abala quem não sabe que tal conceito existe na cosmogonia oriental-hindu-assíria há milênios. Este grupo de chineses apenas coloca equações matemáticas com complexidade para impressionar. Conceitos cosmogônicos orientais também influenciaram outros cientistas ocidentais europeus nas décadas iniciais do século passado que até hoje são endeusados. Vide a dupla que ‘formulou’ as variáveis iniciais da teoria da relatividade. Matemática e misticismo re-formulados. Salvador, pesquise mais.
Do not feed the Trolls.
Salvador…já encontrei uns cursinhos básicos de fisica, astronomia e afins na internet, porque a minha ignorância tá patente lendo seus posts… preciso aprender mais e rápido pra te acompanhar (de longe)!!! rsrsrsrsr, mas vc sabe que já virei sua fã!
Karin, eu é que não estou me fazendo entender. Se alguém precisa estudar para entender o que eu escrevo, o culpado sou eu. 😛
Agradeço pelos elogios, e prometo que vou tentar pegar mais leve no futuro. A bem da verdade, só bem de vez em quando escrevo essas coisas mais cabeçudas… rs
Salvador!!!! meu adorado blogueiro!!!! nunca mais diga uma bobagem dessas!
Eu gosto muito dos assuntos sobre os quais vc escreve, mas tem muita coisa que, para uma leiga como eu, precisam ser estudadas um pouco mais profundamente. Mais mastigado do que suas explicações só papinha de neném! são as terminologias, conceitos e teorias que eu preciso conhecer melhor! dessa vez fui eu quem não me fiz entender … Não pegue leve, desafie-nos! nos traga cultura! abra nossas cabeças (duras ou ocas) para que possamos preenche-las com conhecimento (e diversão também com comentários feitos aqui…).
🙂
Minha crença é que, no referido nada, existe uma força que age com uma inteligencia divina e superior e, não na sorte como uma loteria. Compreendo também que, a ciência ao explicar como acontece o arco-íres, não tira a beleza e a grandeza de Deus contida.
Já que terei que estudar muito para entender este estudo Maide in China 🙂 , vou passar um link para a galera do blog ter acesso aos 1000 programas de computadores disponibilizados gratuitamente pela NASA.
http://astropt.org/blog/2014/04/10/nasa-vai-dar-mais-de-1-000-programas-de-computador/
http://www.nasa.gov/press/2014/april/new-catalog-brings-nasa-software-down-to-earth/
Sei que não tem “NADA” (rsrs 🙂 ) haver com o assunto, mas achei a iniciativa da NASA Show de bola.
Excelente, né Rodrigo? Eu já tinha postado nos comentários de um outro post, mas é sempre bom reforçar, pra quem ainda não viu.
🙂
Muito bom, EU! Tem uma galerinha que vai dar uma espiadinha pra ver se acha algo sobre a farsa da ida do homem a Lua, vida extraterrestres, área 51, essas coisas… 🙂
Será que a NASA vai desvendar seus segredos? 😉 kkkk
OFF: Apenas para lembrar os desavisados:
http://meiobit.com/284391/eclipse-total-da-lua-na-madrugada-de-14-para-15-de-abril/
😉
Tou ligado. Vai ser Lua de Sangue.
Tamos juntos.
Dizer que algo surgiu do nada não é diferente de apelar para milagres, muda apenas a linguagem que é mais pretenciosa nessas teorias. Para cada efeito será necessária uma causa e assim pela lógica isso retrocederia eternamente sem nunca chegar a 1ª causa. Intuitivamente povos primitivos perceberam que Deus era a única alternativa possível a que poderiam chegar usando nossa única ferramenta que é a razão. Acreditar em milagres científicos é ainda mais idiota que acreditar em milagres, quem sabe usar a razão tem de admitir que essa é uma pergunta impossível, nunca ninguém econtrará uma resposta que possa ser aceita como científica a não ser que a ciência altere seus métodos
E=m*c2
Nada=Tudo*c2
Voltou a beber de novo Arminio? Você prometeu parar.
Armínio,
Apesar de seu chute, eu acho ser possível que C (velocidade da luz) seja uma constante válida para nosso universo mas não válida para outros universos. Em outros universos existiria uma outra constante que seria múltiplo de C. Durante a expansão primordial, formam-se diversos universos. Cada um quantizado num nível energético próprio, cuja constante básica seria um múltiplo de C.
Boa matéria, Salvador. Os chineses encararam bem o mote. A idéia não é nada louca, pois afinal a abstração do ovo e da galinha vale legalzinho para o início de tudo, quer seja invocado “Deus” ou o “Nada”, isso sim é tautológico. Agora frustrante é saber que experimentalmente jamais poderia ser confirmada essa idéia chinesa, já que o universo tá inflado, e aqui não dá para fazer a simulação… (ainda bem, né…). Porém acho que talvez daria para confirmar indiretamente. Wormholes estáveis e de longa data, por exemplo, poderiam ser uma uma boa pista pois seriam marcas na cartografia espaço temporal desde a expansão. Pelo sim ou pelo não, pode ser que o processo tenha deixado outros rastros observáveis durante a expansão hábeis à confirmação da teoria. Esse seria um provão para o intelecto humano. Talvez o domínio de previsibilidade dos eventos randômicos da física quântica seja uma etapa de estudo obrigatória, para abordar-se a questão, embora por tudo o que está aí até isso está fora de cogitação no momento. Vai chão.
Perguntas:
Se o vácuo estava compactado, o que o estava compactando?
Se vivemos atualmente em uma bolha de vácuo verdadeiro, o que há fora dela? Ela pode estourar?
Fora do nosso universo existe o “Nada”. Adimensional. Se a bolha (que é nosso Universo) estourasse seríamos permeados pelo “Nada”. Viraríamos 2 Universos que não poderiam mais interagir entre si.
A teoria Quântica diz que não existe o contínuo. Tudo é quantizado. Isto vale para a energia de um Universo para outro. Pode ser que a velocidade da Luz seja este fator de Quantização. Existiria um Universo onde as velocidades (em relação a nós) partiriam de C indo a 2C. Outro de 2C a 3C e assim por diante. Só que o fato da quantização existir impede que qualquer partícula de qualquer universo paralelo venha para o nosso. Ou seja, não há interação entre estes Universos. Mas já que se assume a possibilidade de no instante inicial haver velocidade acima da Luz, se conseguíssemos acelerar alguma partícula acima da velocidade da Luz, ela cruzaria a barreira e iria parar em outro universo paralelo (ou formar).
Paulo, obrigado pelas respostas. Mas elas me conduzem para mais perguntas:
O “nada” está entre aspas pq embora não haja partículas haveria energia? Ele corresponderia ao falso vácuo metaestável?
Se sim, se sim essa energia não seria uma “ponte” para a continuidade?
A idéia da “totalidade sem costuras” faz parte da teoria quântica, não? Como existir uma totalidade sem continuidade? Essa continuidade a que nos referimos seria apenas a continuidade do nosso tipo de universo?
Sebastião,
Tudo o que falo aqui são apenas minhas conjecturas a respeito. Certamente não tenho o conhecimento em física para ir mais longe. Mas acredito que mesmo os cientistas mais avançados no tema, hoje estão filosofando mais do que praticando ciências diretamente. Encaixar um modelo matemático é o primeiro passo para tentar entender o modelo como um todo. “Nada para mim e exatamente “Nada”. Neste Nada, não tem energia, não tem dimensão, não tem tempo, não tem matéria….. Por ser adimensional não ocupa espaço. Ou se a teoria quântica diz que tudo é quantizável o Nada seria a unidade primordial. Mas ai vem este pessoal dizendo que o Nada é a soma de alguma coisa com seu oposto. Então deste Nada podemos criar o próton desde que ao mesmo tempo criemos o anti próton. Vamos gastar energia neste processo. Então tudo que criarmos a partir do Nada tem de ser equivalente à energia gasta. Pelo que os Chineses explicaram este desdobramento do Nada não é natural e só aconteceria em situações como o Big Bang. Por isso a possibilidade de um Nada qualquer se desestabilizar e inflar um novo universo no meio do nosso não existe.
Por quê sempre que qualquer formulação sobre origem do universo, Big Bang etc. tem que ter crentes dando pitacos? Não estamos discutindo sobre existir inevitavelmente um criador. Isso pode ser apenas um preceito lógico, que se for olhado mais de perto é apenas mais um argumento dogmático que serve para estruturarmos toda essa “existência”. Sim, testam-se as hipóteses. Mas não sabemos de verdade nem se existimos ou se estamos realmente aqui. Então, podemos entender sim, idéias, como nada, morto-vivo, origem sem criação. Então, senhores crentes, suas argumentaçõeszinhas chulas, pobres e estúpidas já não cabem aqui. Estão a falar de coisas de outro nível, nível que suas mentes perturbadas e esquizofrênicas nunca conseguirão compreender. Está aí a prova de que religião destrói a mente e a capacidade de pensamento das pessoas.
João, a resposta para sua pergunta inicial é simples: porque eles permitem que cada um aceite o que quiser; como e onde quiser, desde que a “verdade” deles esteja por trás de tudo. Que o “Deus” deles seja o princípio e o fim de tudo.
Se você concordar com isso, eles te deixam em paz! Se, ao contrário, mesmo aceitando a existência de Deus, questionar a maneira deles O aceitarem e O entenderem, como eu faço, então vc. arrumou inimigos eternos. Tudo precisa ser do jeito deles, com seu livrinho sem autoria conhecida. Quem pensa diferente, mesmo aceitando, não serve. Se nem pensar, melhor ainda!
Pois é. Fica aquela idéia de não se poder afirmar a existência de deus da mesma forma que não se pode negar sua existência. A partir daí temos investigações, pensamentos, hipóteses e testes. O que fica para mim é uma idéia a respeito de limites, partindo de uma simples suposição de física-metafísica: física e além da física… Mas, e depois da descoberta da metafísica, do descortinar da realidade, o que vem depois? e depois? e depois? e depois? Daí que (logicamente) a idéia de infinitude, onipresença e onisciência acaba por não não se sustentar… Por que haverá necessariamente um meta-deus… do meta-deus… um loop “infinito”. Ateus e crentes são lados da mesma moeda (ignorância). Podemos admitir que (pelo menos) religião, livros, dogmas, ou seja, invencionices de uma mente perturbada fiquem fora das discussões científicas.
John, você está generalizando, da mesma forma que temos cristãos radicais, temos também ateus radicais, muçulmanos radicais e etc. O próprio Deus que eu acredito, e que dentro do meu ponto de vista, é um ser onipresente e onisciente, não força a sua aceitação às pessoas, portanto, se nem ele faz isso, quem somos nós, reles humanos pra fazer.
O choque ideológico, está muito mais no preconceito de ambas as partes, do que na diferença de opiniões.
Prezado Salvador – eu não acredito em Deus,porque tenho certeza de sua existência. Existe nessa explicações um eufemismo, sobre o nada.
Sse eu entendo o nada como algo que não existe, como eu e você não existíamos há 10 bilhões de anos atrás, posso entender que apareci repentinamente, que é o que fica claro nas explicações dos cientistas chineses. Mas do nada absoluto, sem eufemismos, nada se pode criar.
se assim fosse, toda a Física desabaria. Mas seria impossível negar, como o fazem muitos físicos, que a matéria prima para produzir todo o Universo, seja eterna, não em contagem de horas, mas de duração, o que nos livra dos “engasgos” do tempo, que só pode ser algo relativo, que conte uma determinada duração, mas segundo Einstein, jamais a eternidade. E, se essa matéria prima,seja ela o que for, tem uma duração eterna, sendo entrópica, já estaria há um tempo infinito em perfeito equilíbrio, o que impediria nossa existência. Como a entropia só admite a mudança de estado através de uma ação externa ao fenômeno, o “Meta” dos chineses só pode ser algo que haja de toda eternidade, impedindo este perfeito equilíbrio da matéria prima. Por isto tenho a certeza da existência de Deus, que muito diferente do Deus Antrópico das religiões, é alguém muito superior e fora de nossa condição material e humana. Ainda, nossa infinita evolução nos dará condição de entendermos tudo isto. Bela reportagem e um abraço.
Rosino, também não concordo com o “arquétipo divino” que as religiões pregam. Também escolhi acreditar na existência de um Criador muito superior a tudo o que existe. Mas não posso afirmar com certeza sua existência; também não posso negá-la. Logo, não posso dizer que estou certo. Ou que estou errado. Apenas, pelo que sei até agora, acredito que estou certo no meu modo de entnder e pensar Deus.
Agora, dizer: “Por isto tenho a certeza da existência de Deus, que muito diferente do Deus Antrópico das religiões, é alguém muito superior e fora de nossa condição material e humana.” é exagero. Como sua certeza pode ser demonstrada, testada e verificada? Pois se não puder, não será certeza; será crença, pura e simples. Como a minha, como a de muitos, que pode; ou não, estar certa.
Toda certeza, que não foi demonstrada, me assusta. Hoje em dia, as pessoas têm certeza com muita facilidade. Não questionam, não perguntam, não testam. É a idéia do “é porque é”.
E essa conduta não me parece muito melhor, ou diferente, do fanatismo cego; ou do ceticismo extremo. Ambos são perigosos.
Eu sei que Deus existe.
http://hypescience.com/o-credo-de-einstein/
voces não tem [ NADA} mais importante para fazer ?kkkkkkkkkkkk
Não.
Temos: aprender a ter paciência com vocês! dããã.
E se entes verdadeiramente elementares sempre existiram e formam o que existe ora de uma forma, ora de outra, e assim indefinidamente?
Certo. Tá tudo bem explicadinho por esses chineses. Mas uma coisa fica sem resposta: por que as mulheres usam meias de lã durante o verão?
Meu amigo,
Explicar o Universo tudo bem……Agora….explicar as mulheres?…..vamos esperar o próximo Big Bang….
As mulheres não existem para serem entendidas, mas sim para serem amadas, tratadas com respeito e muito carinho!
Tamos juntos!
Olá, Salvador e leitores.
A crença em um Deus criador não leva necessariamente a um beco sem saída. Na verdade, para muitos cientistas cristãos como eu, o conhecimento de um Deus que estabeleceu leis para Sua criação os motiva a conhecer tais decretos. Se Deus é racional, temos esperança em encontrar ordem no mundo. Se Ele nos dota com racionalidade, somos capacitados e convidados a usá-la na investigação da realidade e a criar hipóteses e teorias.
Alexandre, não tem problema ser religioso e cientista ao mesmo tempo. Não há conflito entre as duas coisas. O que não pode é aplicar o raciocínio religioso (que é dogmático) na ciência. Hoje vivemos uma época relativamente confortável, em que a ciência já se estabeleceu em raízes firmes para explicar muitos fenômenos. Por isso é ridículo hoje defender que Deus criou pessoalmente cada uma das formas de vida que habitam a Terra, ou que o planeta tem 6.000 anos. Nessas questões, já tivemos cientistas que desafiaram a clássica explicação “porque Deus fez assim” e nos legaram o entendimento dos fenômenos envolvidos na evolução da vida e na formação dos planetas. Contudo, a fronteira da origem do Universo ainda não foi cruzada pela ciência. Temos um ótimo entendimento científico até o momento básico do surgimento do Cosmos. Desse ponto para trás, nada sabemos. Muitas pessoas consideram que esta é a fronteira entre o científico e o divino. Neste ponto teríamos de aceitar que “Deus fez assim” e pronto. Respeito. Mas os cientistas que se perguntam sobre isso não podem trabalhar com essa hipótese, porque ela limita o pensamento. Eles precisam pensar: “Se não foi Deus, então o que foi?”, e só essa pergunta pode gerar respostas racionalmente defensáveis. Talvez isso também não leve a lugar nenhum. Mas não se pode deixar de tentar. Abraço!
Salvador..vc é um cara inteligente, eu tenho uma maneira de entender.
Inteligencia o homem tem…mas não a usa totalmente, os mais inteligentes uns 10% da massa cinzenta. E morrem no pleno uso dela….Somos mortais, ninguém pode com certeza dizer algo que não tem e nunca terá alcance de saber.
Ou tem fé…(que não é propriedade de todos) ou vai perambular com pesquisas até morrer de velho ou doente ou louco.
Miguel, sem dúvida é preciso ter fé. A grande questão é: no quê. À ciência, basta acreditar que (1) o Universo faz sentido e esse sentido pode ser apreendido racionalmente, e (2) versões aproximadas da Verdade que possam ser testadas são melhores que versões incontestáveis da Verdade que não podem ser testadas. Se o sujeito tiver (1) e (2), nunca morrerá louco perambulando com pesquisas. Ele já sabe que as pesquisas são o mais próximo que, no momento, se pode chegar da Verdade. Esse conhecimento parcial tem de bastar para ele.
Por fim, esse negócio dos 10% da massa cinzenta é lenda. Usamos todo o nosso cérebro. E até os mais burrões fazem isso. Só que usam mal. Mas usam tudo. 😛
Entendi,,,voce é uma pessoa bem informada.
Mas, como Humanos,sempre vamos ter duvidas de alguma coisa.Somos limitados, eu particularmente acredito sim na criação….entendo que Deus fez as coisas animadas e as inanimadas.
Quanto a surgir do nada…acredito….pois Deus pode do nada criar as coisas. Sendo assim, concordo com os cientistas.
Mas, que precisou de Um Todo Poderoso para iniciar este projeto….sim…precisou.
Eu tenho a mais absoluta certeza de que não existe a mínima possibilidade de se ser um “cientista cristão”. Fé é uma criação, uma aceitação das limitações e fraquezas, é um eterno colo de mãe. Mas, depois que se cresce e se deixam os amigos imaginários morrerem, aí, percebe-se que não se tem necessidade de fé. É como querer chorar aos soluços como criança aos trinta anos. São comportamentos que se tornaram inaceitáveis, a menos que por medo, e por desonestidade intelectual, científica ou lógica, se queira manter. Falta de fé não leva necessariamente a loucura, leva necessariamente pelo menos a uma nebulosa lucidez, o que já é melhor que a condição de escravo daqueles que têm fé.
Salvador, tenha paciência com meu xará, eu acho que ele um pouquinho a mais.
Correção,
Eu acho que ele BEBEU um pouquinho a mais. rsrsrsrs
João, acho pouco científico esse radicalismo.
Dizer que quem sustenta uma hipótese que difere da aceita pela comunidade científica (como é a religião hoje) é necessariamente ignorante, imaturo ou intelectualmente inferior me parece um comportamento muito parecido com o dos próprios religiosos fundamentalistas, ambos acham que a Verdade (com V maiúsculo) é de sua posse.
As teses da ciência não são absolutas e estão sempre sujeitas à modificações e até substituições e por isso o conhecimento evolui tão rapidamente.
Nunca se sabe onde estas revisões podem nos levar a longo prazo, por isso é saudável para o cientista refutar absolutismos de qualquer natureza, inclusive o que diz que é impossível a existência de Deus.
Miguel, para começo de conversa, já derrubaram essa balela de uso de 10% do cérebro (os outros noventa ficam desligados, ou em “stand by”?).
Segundo, sabe-se há muito tempo que o cérebro vivo é uma massa rosada. Cinzenta é a massa cerebral de um cadáver que foi dissecado. Mas já está morta.
Vamos nos atualizar?
Está “falando” com quem? Com Miguel ou com miguel???
Desculpe, Salvador, mas discordamos quanto a “não tem problema ser religioso e cientista ao mesmo tempo.”.
Tem um grande problema de indefinição sobre no que acreditar. Como pode alguém que pensa racionalmente e segue o método científico aceitar que obrigatoriamente tem que existir um Ser Todo Poderoso? E como pode essa mesma pessoa, que aceita os preceitos de sua crença, conviver com o fato de que não se pode negar a existência da essência de sua fé; tampouco se pode comprovar sua existência pelo método científico?
Creio que ambas as condutas sejam impraticáveis numa mesma pessoa. De uma forma, ou de outra, a balança tenderá para um dos lados; nunca haverá um equilíbrio. Ou o sujeito fica louco, ou não será nem crente, nem homem de ciência.
Seja quente; seja frio. Mas nunca seja morno. Uma pessoa assim, parece-me, quer apenas “ficar de bem” tanto com uma corrente, quanto com a outra. Prefere o “em cima do muro”, a descer para um dos lados. Politicamente correto.
Que fique claro: por escolha própria, aceito a existência de Deus. Mas não esse que as religiões pregam. Não duvido Dele, mas dos que falam em nome dele. Mas posso estar errado. Podem os crentes estarem certos, com seu “arquétipo divino”; podem os ateus estarem certos, e nenhum criador existir. Depende da escolha de cada um no que quer acreditar.
O duro é ver certas pessoas tentando convencer os outros de suas “verdades”. Seja aceitando Deus; seja negando-o.
Contanto que sua crença num Ser Todo-Poderoso não influencie sua PRÁTICA científica, não vejo problema. E o fato de existirem muitos cientistas brilhantes E religiosos demonstra isso além de qualquer dúvida. Ciência é feita de hipóteses passíveis de refutação. Se o sujeito trabalhar em seu campo de atuação propondo hipóteses que podem ser refutadas e testando-as, pouco importa no que ele acredita. Seria impossível ser cientista e religioso se ambas dependessem de fé. Como a primeira depende da razão, e a segunda depende da fé, contanto que você mantenha as duas separadas (magistérios não intervenientes, como dizia Jay Gould), não tem problema.
Faz sentido: no trabalho, o método; fora dele, a crença.
Mas será que a pessoa conseguiria isolar tão bem uma coisa da outra. Penso que é ai que mora o perigo.
É inegável que algumas pessoas, no dia-a-dia, mesmo se declarando atéias, acabem soltando um “pelo amor de Deus”, ou “se deus quiser…”. Já vi acontecer, e a justificativa, veio na forma de serem frases coloquiais, e não uma afirmação de pensamento.
Enfim, prefiro a cautela. Não é preciso que ambas as coisas se excluam mutuamente, mas precisam ficar bem definidas e delimitadas.
Temos um consenso! 😉
boa essa sobre magisterios e Jay Gold, quanto a fé existem mais de um conceito da palavra, apartir de uns realmente ha oposição a razão e a ciencia mas segundo o conceito dos melhores e “serios” sobre o tema não.
dentre os melhores gosto do conceito de Tomas de Aquino que apesar do tempo não pereceu, entendia a fé como uma categoria epistemologica que estava além da razão e não contra a razão…e mais, asseverava que temos “uma fé a busca de compreensão” o que prova que a fé longe de calar as duvidas e a pesquisa a estimula como afirmou nosso colega Alexandre Soares.
Salvador,
Nesta questão religião x ciências, a gente tenta colocar panos quentes mas o fato é que não há qualquer fundamento sólido que sustente as crenças religiosas. Existe apenas uma fé coletiva ( e esta depende de qual religião o grupo faz parte) que mantém o grupo coeso em volta de uma religião. E esta começa com um bom filósofo, escritor, criando um livro de referência para a religião. Se existe um processo inteligente por traz de tudo, isso pode até ser verdade, mas não é o que parece. E depois este processo inteligente não seguiria em nada as crenças humanas, tais como conceitos de bem ou mal….Verdade seja dita: as religiões são criações da mente humana.
Paulo, mas a arte também é criação humana, e não acho besteira. O método científico é uma criação humana! O valor não está no mundo, mas no ser humano!
Concordo,
Mas arte tem um objetivo específico de cultura e entretenimento e não necessita de fé (fora algumas obras que só com fé mesmo…..). Já a religião me parece mais uma muleta para explicar o que não tem (ainda) explicação. Eu separo a religião da reza, contemplativa, das igrejas, daquela usada para opressão. A primeira é mais uma manifestação cultural e como tal deve ser respeitada. A segunda é uma ferramenta de opressão e controle,para obter ganhos de poder ou econômicos. A mente humana cria muitas coisas interessantes mas a religião ocupa um espaço desproporcional a seus fundamentos.
Paulo, interpretar a religião como muleta para fatos inexplicados é simplificar demais. O papel mais importante da religião não é no relato do mundo natural (coisa em que ela patentemente é falha), mas na moralidade que ela transmite. Lembremos que a ciência, embora excelente para explicar o mundo, é desprovida de moralidade. O mesmo conhecimento que cria a energia nuclear cria a bomba atômica. E esse exemplo em si demonstra que o homem precisa de moralidade tanto quanto precisa de ciência. A religião é um dos possíveis caminhos para a moral.
OK Salvador,
Então separemos os conceitos de religião e espiritualidade. Eu não preciso ser religioso (o que pressupõe acreditar em um líder religioso, dono da verdade e de meu destino) para querer sempre crescer moralmente. A própria moral é um conceito inerente ao ser humano. O caminho para este crescimento não necessariamente necessita da religião. Agora, entendo o que você colocou. Esta religião da reza, da meditação, busca este crescimento e por isso deve ser respeitada. Busca por símbolos mas o objetivo final é legitimo.
Isso aí. E concordo contigo que ela não é o ÚNICO caminho para a moralidade. E é um deles. A contemplação da humanidade e seu papel no cosmos — uma coisa que fazemos aqui nesse espaço quase todo dia — é outro. No mundo em que vivemos, quanto mais rotas tivermos nessa direção, melhor. 😛
Enquanto houver uma explicação racional para os acontecimentos, o cientista cristão tem motivação para ir. E não acredito na hermeticidade da ciência ou da teologia. Uma pode se nutrir da outra, como na revolução científica ou em exames de implicações de novas descobertas da ciência na teologia. A verdade, seja na teologia ou na ciência, deve informar aonde deve acontecer a revisão.
A teologia não necessariamente é dogmática. A sua veracidade pode ser experimentada com a ressonância de suas afirmações com a realidade, por uma ação divina, e tem critérios para avaliar seus discursos, assim como a história, o direito etc. têm suas ferramentas. E a ciência não opera no vácuo. Ela mesma tem seus pressupostos não verificáveis e seus limites.
A realidade é mais ampla que qualquer uma dessas áreas, e usar uma só lente para enxergá-la não ajuda. Se a teologia têm afirmações próprias verdadeiras, elas têm implicações para a realidade.
Em tempo: um cristão honesto poderia ter proposto que o universo tem mais de 6k anos baseado nas evidências à sua disposição, e em sua comunidade de fé reinvestigar o relato de Gênesis, e aprender com isso tanto a como fazer uma melhor teologia como uma melhor ciência.
Se o cosmos inteiro, tudo que existe, teria nascido do nada, pode ate ser. Mas a fé move montanhas!
Me mostre uma que não tenha sido movida, senão pela força de um terremoto, e então conversamos!
A matéria deixa bem claro como os físicos de hoje em dia trazem vergonha para a comunidade científica. Tudo o que eles chegaram a conclusão é teoria, e na ciência a teoria é usada para achar uma prova, não para se vangloriar de ter descoberto a resposta da criação com uma equação. Um bom exemplo disso aconteceu em 2007, quando o telescópio Hubble achou uma galáxia com 8x mais massa do que a nossa, o que era considerado impossível pela física como a conhecemos. Antes disso, nos anos 90, tínhamos certeza que a luz era composta de ondas simples e que já tínhamos descoberto tudo que se havia para descobrir na física. Antes disso, tínhamos certeza que a vida não podia existir nas fossas abissais (Biologia, eu sei, mas a proposta é a mesma). Nós não conhecemos sequer 10% do que existe nos mares, e ainda sim eles querem dizer que descobriram algo assim. Minha opinião como biólogo é que eles estão mais interessados na fama momentânea do que em ajudar a ciência.
Prezado Salvador,
O que poderia ter causado a inflação cósmica? Teria que ser algo com uma potência inimaginável para nós, humanos, não?
Segundo esses caras, uma flutuação quântica. 😉
“Seguindo rigorosamente a matemática, os pesquisadores concluem que, A PARTIR DE FLUTUAÇÕES QUÂNTICAS DE UM “FALSO VÁCUO METAESTÁVEL”, um desfecho natural é a criação de uma pequena bolha de vácuo verdadeiro, que então infla agressivamente por uma fração de segundo e então para, exatamente como previsto e confirmado nas observações que temos à disposição.” – Espera um pouco!
Que negócio é esse de “…a partir de flutuações quânticas de um “falso vácuo metaestável”…”??? É isso que tão chamando de DO NADA?
Exato! Vácuo é sinônimo de nada. 😉
O nada é uma abstração, um conceito puramente humano, e que só existe por causa do espaço tempo, que dá essa impressão de antes e depois. Bem para trás, ele não existia, porque não existia ainda o universo como o conhecemos. Vi em Hawking esse conceito de subparticulas que entra e saem da existência, contudo existem outros conceitos como matéria escura e energia escura,que precisam ser explicados, pois há indicios que possam existir. E aqui me valho da Bíblia, que fala que Deus É, para deduzir que o universo ou flutações quânticas ou energia escura são a única realidade, daí que falar em nada, como fonte de matéria, parece uma coisa dificil de digerir. A energia(ou flutuações quânticas) são o único piso fixo onde podemos andar; a realidade tangível; antes e depois, nada, são abstrações, apenas isso.
Salva, ó que maluco:
http://meiobit.com/284346/marte-sera-visto-a-olho-nu-e-jornal-do-commercio-de-recife-comete-gafe-geocentrista/
Pra ver como tem idiota em tudo quanto é lugar, não só aqui nos comentários do blog.
Heheheh… Isso sem falar no documentário high-profile geocentrista que está para ser lançado nos EUA…
Sim, então! A matéria do Meiobit fala exatamente sobre isso…
Inclusive…
“Para susto, surpresa e decepção dos fãs foi “denunciado” que ela havia feito a narração de um lixo chamado The Principle. O negócio é um “documentário” que defende… geocentrismo. Isso mesmo. Em 2014 ainda há gente que defende a sério que o Sol gira em torno da Terra. Quer dizer, gente não, Robert Sungenis, produtor do tal documentário.”
https://www.youtube.com/watch?v=p8cBvMCucTg
(retirado do link que eu postei aqui)
Poizé. Katie devia ler os roteiros antes de aceitar os trabalhos… é o que atores com o burro amarrado na sombra costumam fazer.
O pior nem foi isso, e sim editarem a entrevista que o Lawrence Krauss deu a ponto de distorcer completamente o que ele disse (e acredita), e usarem isso no documentário.
Falta de caráter total.
Mas pela quantidade de “dislikes” que o trailer do documentário no Youtube recebeu, pelo menos ainda tenho – um pouco mais de – fé na humanidade..
😉
Mais o pior não é esse, e aqueles caras que estão no History, Alienigenas do Passado, os caras olham para um prato antigo e falam que é o formato de uma nave extraterrestre, e de que é uma evidência conclusiva, e blablabla, parece mais programa de comédia, mas tem gente que acredita.
Tudo surgiu do PENSAMENTO. O restante é o livre exercício de pensar. Foi muito bom ler tudo isso. Abraços e boa sorte.
Putz Salvador! Confesso que li seu texto na primeira hora da manhã e até agora, 17:06 horas confesso que não consegui colocar os meus tico e teco nos seus devidos endereços, mas de qualquer forma será um texto para ler reler e ficar pensando, pensando e pensando… Gosto muito de matérias que nos levem à polêmicas, no bom sentido é claro. Parabéns!
Valeu, Tetsuo. É um troço complicado mesmo. Pra convencer os caras do UOL a darem uma chamadinha foi um parto… hehehe
Cê não foi o único, não, Tetsuo… o geral, deu para entender, mas os detalhes….
Exatamente… o geral foi tranquilo… mas os detalhes e, principalmente, as implicações, fizeram dar tilt… rsrs
Poderia, então, nascer um novo universo no falso vácuo metaestável que ainda não foi alcançado pela expansão da bolha de vácuo verdadeiro do nosso universo? Caso positivo, poderiam os dois universos se chocarem? E se as leis da física existentes neste outro universo forem diferentes, o que aconteceria apos o choque?
Também fiquei curioso quanto a isso… apesar de o Salvador ter dito no texto que segundo o pesquisador não há risco de um segundo universo dentro do nosso, não haveria risco de outro(s) sendo criado(s) fora do nosso? e quanto a este risco de colisão?
Estou com a leve sensação de que meu “célebro” simplesmente não teve capacidade de entender e de que as perguntas do colega, repetidas agora por mim, são asneiras… heheheheheehe
Mas Salvador, é uma velhacaria chamar uma flutuação quântica, de um campo quântico, com leis naturais quânticas, de “nada” apenas para contrapor a Deus. Esse monte de coisa é claramente algo, muito algo, com várias determinações. Ainda está respondendo o “como”, e não fecha as portas dos eternos “porques”.
Somente um conceito absoluto, tal como os filósofos entendem Deus, pode fechar o círculo dos “porques”.
Ninguém está contrapondo isso a Deus. A questão é que esse nada, como você qualificou, é passível de investigação científica. Deus não.
Por favor, deu um nó no meu cérebro, vou parar de ler seu blog senão enlouqueço.
Vou ficar assim: Do nada veio tudo e tudo veio do nada, então tudo é nada e nada é tudo. CHEGAAAAAAAAA, kkkkkkkkkkkkkkkkkk
Heheheh, prometo falar de coisas mais palatáveis! Não nos abandone! rs
Salvador,
Tenho dificuldades com esse “nada”. Tipo “trava-cérebro”, entende? O vácuo, onde acontecem as flutuações quânticas que criam as partículas virtuais citadas no texto, não é um “nada”: pelo menos o próprio espaço-tempo está presente e ele é o “palco” onde as flutuações ocorrem. Em escalas microscópicas, segundo já li por aí, o próprio espaço-tempo é um “mar espumoso” de flutuações quânticas que geram essas partículas virtuais. Pois bem: o NADA “de verdade” seria a ausência inclusive do espaço-tempo. Assim, neste cenário, onde ocorreriam as flutuações quânticas? Travei! 🙂
É para travar mesmo. Chega um momento em que você só pode tratar essas coisas de forma abstrata, por equações. Não dá para imaginar um nada que realmente não seja nada. 😛
A essa abstração, damos o nome de “Deus”, ok, uns preferem chamar de nada, de qualquer forma, da mesma maneira que Deus não pode ser provado com evidências físicas, o nada também não pode. Apenas suas criaturas (partículas) tem evidências físicas, da mesma forma que as criaturas de Deus, essas, que sejam micro ou macroscópicas, tem evidência física.
O nada pode ser expresso por equações, por não se cobrar nada dele, ou seja, shazam, façam-se as partículas, já Deus, não pode ser expresso por equações, porque os que creem nele o tem como altamente complexo, o que seria bem mais difícil de equacionar do que algo que apenas não existe, ou seja, o nada…
Isso, foi exatamente o que eu disse no texto. Podem até evocar Deus, mas a ciência não pode fazer isso por uma questão metodológica.
Ou seja, Wesley, a religião para de encarar a ciência, desde que esta última aceite que Deus está por trás de tudo o que for descoberto ou explicado…
Bacana! Mas então, para que perder tempo procurando respostas, se no fim tudo convergirá para a mesma coisa?
Faça sua escolha: ou uma pretensa “verdade” bonitinha e acabada; ou a eterna dúvida, que motiva uma busca tão duradoura quanto.
Escolha.
A religião não nega a ciência, nem tão pouco as suas conquistas. Acho sim a ciência importante, as pesquisas alcançaram muitos avanços em todas as áreas. O que ocorre é o contrário, a ciência nega a existência de Deus, o que pra mim, é um erro.
Acho sim que as pesquisas devem continuar avançando, mas por mais que se descubra, estamos a milênios de conhecer com provas, 1% da verdade que há por trás de tudo, ou do vácuo, ou do acaso.
Também acho muito louco isso. Por mais que não exista nenhum tipo de matéria, nada, nadinha, existiria todo esse espaço vazio onde está apoiado o tudo, compreende.
É muito estranha a noção de não existir nada em algum passado distante.
Ronando seu comentario foi o mais sensato
desde 1967 estou trabalhando em uma ideia
de um ex professor da univercidade makensie
de sao paulo sobre a naturesa da luz
“toda materia e proveniente de uma fundamental particula o eteron”
“o eteron e a que forma o eter e esferica e ten caracteristica definidas”
veja www. bdi-doc.com.br/invensoes insolitas
Escrevendo assim? O nome é MACKENZIE. E é universidade. Mobral, conhece?
Este negócio de dizer que o Universo veio do nada mais parece uma teoria não verificada de algum religioso do que uma teoria científica verificada pelas observações. Eu não acredito no Big Bang, mas também não acredito em criação divina, ambas teorias parecem furadas e difíceis de acreditar. Nós temos ainda poucos conhecimentos para teorizar sobre o Universo, se houve um início ou se haverá um final e se estas perguntas são realmente necessárias. Nossas teorias são recentes e ainda carecem de verificação experimental, isto se o paradigma que nos leva a estas teorias estiver correto. Mas não devemos abandonar todas estas construções intelectuais e também não devemos deixar de pesquisar, pois cada vez mais podemos ver mais longe e mais perto.
Alguém já disse que a mais perfeita ferramenta do Universo é o cérebro humano. As divagações acima mostram o quanto cada mente pode engendrar as mais conflitantes teorias. Com reflexão, entendo de minha parte que o Universo não teve começo e não terá fim ___ é imutável e eterno. Os fenômenos que ocorrem na sua vastidão sempre aconteceram e só agora, graças ao avanço tecnológico da ciência de observação, estamos desvendando coisas que antes não podíamos ver. Também não creio no Big Bang nem na teoria criacionista. O assunto é vastíssimo e não cabe aqui.
Por isso eu afirmo. Cuidado com esses Chineses! aisuhuiashaiuhs
Bela matéria, Salvador.
Proximo produto a ser vendido da China, kit de montagem do universo! basta adicionar o NADA!
Essa de nada não existe. Só figurativo. O quê é o nada? Para se fazer algo é preciso alguma coisa, que seja o nada. Conclusão que o NADA é TUDO.
Imaginem um peixe que pensasse, dentro de um grande lago artificial, onde a água sai por um cano e é bombeada para a nascente, mas ele não tem a visão de nenhum desses pontos. Será que ele ficaria imaginando como a água é criada? Ao entrar em um buraco negro, a matéria não poderia ser transformada na informação de como ela pode criar a si mesma e assim, fluir para o início do universo, num fluxo constante e eterno?
Victor, consciente ou inconciente voce atacou um ponto importante. Quando esse NADA foi definido no texto, ele pararece ser definido em termos de 4 dimensoes, e nao nas 10 ou mais que o universe tem. Entao pode ter muito mais nisso do que podemos observar.
Diz um preceito científico que não há efeito sem uma causa predecessora… Isso é racional e compreensível. Aprendi que na ciência não há verdade absoluta. Toda “verdade” ou veracidade de uma teoria científica dura o bastante até que outra a substitua. E isso sempre acontece na história do homem. Devemos abandonar as teorias científicas então? definitivamente não. Mas devemos pela racionalidade dar o credito, segundo o nosso entendimento, da sua confiabilidade.
Olha! A única coisa que realmente me interessa saber é se existe mesmo vida após a morte, mais nada! De onde surgiu o universo pouco importa. Mas, também não estou querendo saber sobre imortalidade por conta própria agora não. Tô novo ainda! hehehe.
É sem dúvida um dos maiores mistérios. Infelizmente a ciência não versa sobre ele. 🙁
Micky, se tem, ou é muito boa, que ninguém quer voltar; ou péssima, e não deixam ninguém sair, pois ainda não se sabe de alguém que tenha voltado de lá para dizer como é a coisa!
Aposte suas fichas.
Que coisa horrivel! ja’ imaginou se o ceu e’ igual a Cuba. Agora eu to com medo de morrer!
Não acredito no criacionismo, mas entender que o Universo veio do nada, também não é fácil. Stephen Hawking propôs algo semelhante quando disse que Universo não precisava de um Deus, eu até concordo mas ele não provou nada, só argumentou, vamos ver se os pares cientistas conseguem ratificar a teoria deles, e a proposito, tem como ratificar teoria deles de forma irrefutável, ou ficará em aberto?
..tudo bom?
Eu penso que tudo tem um criador.
nada surgiu por acaso. Somos(o corpo humano e de animais) são feito de forma tão maravilhosa que nem tem como explicar.
Pense em como somos…..pode imaginar termos aparecido do nada?
SIM!
Calma xará, estou de olho em você.
Na boa, duas coisas que me impressionam, uma é pessoas que de um texto bom e cientifico conseguem tirar religião e preposiçoes diretamente e exclusivamente de cunho religioso…
mas o que mais me impressiona é ver que parece ser os “céticos” que mais fazem isso, deste texto que em apenas um linha se refere a religião – para polemizar é claro- conseguem tirar criacionismo, inquisição, monstro do espaguete, aqui ta parecendo um antro de bebês do Bule Voador e da Atea, sites de auto ajuda para ateus inseguros e choroes…
Querido Judas, não quis polemizar ao mencionar religião no texto. É só um fato que ela entrará na conversa quando falamos da origem do Universo. Quis, na verdade, conciliar — mostrar que não há contradição entre ciência e religião. Agora, fica a dúvida: como um sujeito que não é ateu tem as manhas de usar como apelido Judas Iscariotes? 😛
Ora Salvador….. já dizia Raul Seixas, Judas foi usado por Jesus, ele é o inocente da história.
Rsrsrs muito bom, mas na verdade o Judas esqueceu que quando a maioria das pessoas olham para o céu lembram de Deus, não se trata de polemizar e sim para mostrar que no criacionismo Deus criou o universo do nada e a ciência encontrou a possibilidade do universo ser criado do “nada” mas através de cálculos matemáticos. Eu vejo isso com naturalidade mas tem pessoas que se ofendem ou ofendem outras por causa disso.
apesar do estigma não vejo nada de mais no nome…
se chama maturidade…
Hmm, entendi. Maturidade é assinar seus posts com o nome de um traidor bíblico para falar mal dos ateus.
Não, maturidade em não ver nada de mais num nome apesar de estigmatizado. Não tem nehuma relação mais especial, poderia ser Davi, Jesus, Moisés, que ainda manteria minhas criticas aos ateus que abraçam a truculencia e desrespeito e desviam do tema em detrimento do debate racional, Creio não haver nada de mais, não acredito que seja um blog politicamente correto, se não censuraria muitos posts o que vejo que felizmente não acontece…
Não, nada de politicamente correto. Só fiquei intrigado. Porque sua crítica ferrenhas aos ateus pressupõe que você seja religioso. Como vivemos num país de maior cristã, presumi que você fosse cristão. E achei estranho um cristão usar o nome do traidor de Cristo para se identificar. Meio como eu ser são-paulino e postar como “Andrés Sanchez”. 😛
Que as divergências de pensamento continuem e o debate permaneça, humor tambem, por que ninguem é de ferro, seus textos estão entre os que enriquecem isso… Parabéns por este e outros textos, vou revisar o que já li sobre o tema e procurar me inteirar mais, quem sabe mudo algumas, ou todas, minhas opinioes? Ou reforço-as ainda mais…
Valeu, Judas! Só não me elogie aqui e depois vá me “denunciar” para o ombudsman da Folha, hein? 🙂
É isso aí, Judas. Eu também gosto deste nome, é muito chegado!
Sem falar que o MEV é muito mais legal que um bule.
Judas, volte para dentro da “bíbria” e fique quieto. Afinal, já queimaram teu filme faz tempo!
A perspectiva de provavelmente não vivermos a tempo de vivenciar uma época onde as dúvidas se esgotem, onde teria-se o conhecimento real de como o Universo surgiu pode ser desanimadora. No entanto, penso eu, mais desanimador seria possuir este conhecimento final. A cosmologia perderia seu objeto motivador – a busca pelo conhecimento – tal desejo que nos fascina e nos faz querer sempre mais. E mais… Brindamos nossos saberes e também a nossa ignorância! Que assim seja.
E parabéns Salvador pelo texto, achei bem claro e fácil de compreender. Abraços.
Valeu, Fabiano. Eu juro que eu tento. A alternativa seria dizer: “Nah, difícil demais…” e desencanar. 🙂
Hilariante. Tanta ciência, tanta teorização, tanta arrogância, para se chegar a uma frase Bíblica: “do pó viemos ao pó voltaremos” (GN 3:19). Continue assim meu caro Salvador e você acabar se tornando um dos mais ferrenhos servos de Deus!
Acho que você não leu, Apolinário. Não disse nada que se aproximasse de “do pó viemos, ao pó retornaremos”. Disse algo na linha “viemos do nada e felizmente o nada não nos destruirá”.
Claro, eu sinceramente acho que essa discussão nada tem a ver com Deus. E não me incomoda em nada ter opiniões em comum com Ele, caso ele exista. Já ser um “servo”, de quem quer que seja, não é muito a minha praia. Essa linguagem feudalista já caiu de moda. Posso ser um cidadão da Criação? 🙂
“Cidadania criacionista”…. Hum, sei não… acho que vc. está querendo muito…. para eles, ou é oito, ou oitenta. Vai ter que se contentar com servidão, mesmo. Afinal, fomos feitos “apenas” à imagem e semelhança de um Criador. Mas ninguém disse que somos como Ele é!
Bissexual querido, com certeza…
Claro!!
Seria politicamente incorreto se Deus tivesse gênero.
Ui, conte-me mais…
😛
Apolinário, o texto fala de “nada” e “vácuo”, não de pó (matéria).
Não adianta “crentelhos” distorcerem as coisas, para tentar fazer um quadrado caber dentro de um círculo.
Quando vocês usarem outra referência que não seja a “muleta da fé” (sua bíbria), então conversaremos!
Entre uma partícula e outra, o vácuo. É onde o pensamentos destes ‘cientistas’ estão. Olham para o vácuo e imaginam que de lá é que surge algo, mas se esquecem que o vácuo é consequência e não causa.
É, tanto vácuo quanto o que vc tem na cabeça, no lugar do cérebro.
Sim, na minha e na sua há mais vácuo do que matéria, como em todo o universo conhecido e desconhecido. Mas, meu raciocínio está em outra dimensão, diferente da sua, que só zomba e não tem nada a acrescentar. Vive do que outros publicam, parasita. Eu zombo para incomodar e alertar, sua zombaria é de ignorante mesmo.
Mimimi
Criativo…
Beijo pra você também, troll :-*
Para os que acreditam na estória bíblica, pegunto: de onde teria vindo deus? Acho que nós humanos não conseguimos aceitar que haja uma criação sem um criador, contudo, isso leva a um infindável rol de criadores, um sempre criando o próximo, sem que haja um primeiro. Parece lógico que em algum momento algo tenha surgido do nada. Apenas uma possibilidade não-nula de igual valor tanto para um deus quanto para um universo espontâneo.
Por outro lado, a teoria dos chineses permite que deus se resuma à probabilidade não-nula da criação.
Verdade. Um dos pontos do meu texto é que Deus não é excluído por essa hipótese. Ele só é dispensável para explicar o ato de Criação.
Occam’s razor…
Da mesma forma que nossa limitada mente humana não tem capacidade de conseguir entender como é possível que um Deus sempre tenha existido, também não temos capacidade de PROVAR que isso não seja possível.
Alguns cientistas tem a cabeça OCA. Ou sejam, vieram do NADA, como o universo que imaginam. Pensamentos vazios criam teorias nulas. E, não faltam cabeças ocas para ecoar teorias vazias. Papagaios.
Não se preocupe, infelizmente tem muito mais religiostras para ecoar a teoria mais vazia de todas. A crença em um ser mágico que criou o mundo em 7 dias.
Caro, os estudos apresentados (muito importantes e inteligentes por sinal) só reafirmam o que a Escritura já conceituava. Se você prefere acreditar no que lhe for mais coerente é com você. A Biblia e o Deus da Biblia não precisam e não estão preocupados em nos provar nada. A gente vai morrer sobre hipóteses. Abraço
A escritura não conceituava coisa nenhuma. Como não havia conhecimento cientifico na época que os livros tidos como sagrados ( além da biblia, existem outros sabia, porque o seu é certo e o deles errado ? ) sairam essas coisas vagas como mundo criado em 7 dias, homem criado do barro.
Dica, leia sobre mitos da criação.
Oliver, se é verdade que “A Biblia e o Deus da Biblia não precisam e não estão preocupados em nos provar nada.”, então porquê vocês insistem tanto nisso, repetindo frases feitas à exaustão?
Se é verdade, ela acabará convencendo. Mas que não seja pela insistência. Que seja por fazer, pelo menos, um mínimo de sentido.
RicardoR, cientista e religioso estão no mesmo nível, ou seja a terra. Um está de um lado, e outro do do outro lado, um não compreende o outro, nem se veem. Um está no escuro, o outro na luz. São teorias que se chocam, nem o universo foi criado do nada (escuro), nem existiu um que criou tudo (luz). A resposta está diante dos dois, mas nenhum nem outro enxerga. Olho no espelho.
Will.Son não sei o que você anda bebendo, mas melhor parar. Não está lhe fazendo bem….
Wil.son, qual seria este nível? O da ignorância; o da incerteza; o do conhecimento?
Se a verdade está realmente diante deles – e por tabela, diante de todos – porquê ainda não convenceu? Porquê ainda restam dúvidas? Porquê nenhuma das correntes de pensamento possuem todas as respostas?
São muitos “porquês”…..
Devia ao menos saber que qualquer literatura é uma reunião de conceitos (errôneos ou não). Estes textos antigos (qualquer um, babilônico, assírio, hebreu, hindu, maia, asteca, inscrições rupestres, etc) são preceitos de filósofos em suas épocas e se baseiam em divindades como criadoras de um universo perceptível a interpretação do seu autor. Ciência, como conhecemos hoje, é recente, e teve no iluminismo europeu sua gênese. Uma época que os preceitos religiosos entram em declínio e nasce a ciência, que ainda engatinha. Os sábios antigos eram uma mistura de filósofos e sacerdotes. Hoje, os sábios são os cientistas, e mesmo assim não possuem respostas, somente conceitos (teorias, proposições, hipóteses, etc). Para se compreender o universo é necessário a simples observação (contemplação) de suas forças atuantes. Está a vista de todos, mas as perguntas se misturam às hipóteses, mistificações, pré-conceitos, conceitos, dogmas e à ignorância do observador. Por isso, coloco os dois personagens um diante do outro, um olhando para o outro, com a natureza diante dos dois e os dois sem respostas, apenas problemas a resolver. Um quer que seu Deus (luz) resolva e acha que o que tem é a sua resposta, o outro tem suas teorias, conceitos, etc (escuridão) e com as mesmas perguntas. E a penumbra, não conta??? A resposta definitiva não está com nenhum dos dois, mas na natureza, que só agora começamos desvendar, graças aos cientistas iluminados de hoje mais todo um conhecimento dos filósofos antigos e novos com sua nova percepção. É pouco, as respostas não satisfazem, é só olhar as críticas de todos os lados e pesá-las. Mas as respostas virão e, não por mérito de um ou de outro grupo, mas de mentes sãs e brilhantes. Estamos TODOS demasiadamente doentes (em todos os sentidos) para uma clara percepção da realidade. É muita soberba e falsa modéstia para algo tão grande e maravilhoso como a realidade se põe aos nossos olhos. Olho no espelho. Olho=percepção. Espelho=natureza.
Will.son, você deve estar de cabeça cheia… Cheia de M…A!
Você sofreu bullying de algum cientista? Apanhou da mulher de cinta na rua?
Se não entende, tente entender.Se não concorda, tente respeitar. Se você só quer aparecer (minha opinião), tente o BBB!
Sempre um comentário ofensivo e hipócrita.
PSC. Esses cabeças Ocas que tanto critica são responsáveis por todo seu estilo de vida, inclusive seu acesso a internet.
O cérebro humano é mais poderoso do que qualquer arte, pois qualquer que seja esta é seu subproduto. Mas, existem os mal intencionados, sempre, que insistem em destruir os que ameaçam sua mediocridade. A natureza é perfeita e sempre produzirá outros. Sou apenas um personagem, criado por mim mesmo.
Rodrigo, esse cara é só um personagem sem graça que acha legal ser o do contra. A partir de agora parei de bater palmas pra maluco dançar. Sugiro que faça o mesmo… 🙂
Cuidado com tempos verbais.
http://www.youtube.com/watch?v=xpcUxwpOQ_A
Olá Salvador,
matéria impressionante e, aos olhos de um leigo interessadíssimo pelo assunto, a teoria dos pesquisadores chineses é bem difícil de entender.
O que seriam as flutuações quânticas? Não ficou claro para mim e parece que são um elemento básico para explicar o porquê de um falso vácuo metaestável se tornar um vácuo verdadeiro.
Outra coisa, o pesquisador afirmou que o potencial quântico do universo atual é tão grande que não poderá mais haver expansões inflacionárias como as que o geraram. Mas, dito isso, poder-se-ia afirmar que a expansão do espaço-tempo também tem um limite? Ou seja, a expansão do cosmos, acelerada nos tempos atuais, poderia diminuir no futuro, ou até mesmo retroceder, ou não tem nada a ver?
Por último, a separação de partículas virtuais, criando reais, implicaria que o universo tem uma certa simetria? A anti-matéria seria indicativo disso? Ademais, tal fato poderia elucidar a natureza da matéria escura?
Agradeço antecipadamente e, mais uma vez, o parabenizo pelo excelente trabalho desenvolvido no blog, aproximando as pessoas comuns dos grandes debates científicos! Abraço.
Pô, fiquei no “vácuo” ehehehe.. alguém?
Simplesmente Formidável, a Seicho-No-Ie já fala isso a muito tempo (para os que estão mais mergulhado na Verdade) mais é sempre Muito Bom ver que a ciência cada dia mais comprova isso, o Nada.
Salvs, não comprei ainda essa história. Com a criação da matéria pelas partículas virtuais que foram separadas no nascimento, teríamos hoje uma quantidade igual de matéria e anti-matéria, coisa que não se observa.
É, outros leitores apontaram isso. Mas será que não poderia haver uma pequena assimetria pela interação das partículas tornadas reais com outras virtuais no processo de inflação?
A existencia desta assimetria sem a criacao do anti-universo dual violaria as leis da termodinamica.
renato, uma suposição (minha) é que, para respeitar a Lei da Termodinâmica, essa assimetria ocorreria não de forma a serem produzidas mais partículas do que anti-partículas. Elas se separariam no nascimento, e em vez de se anularem, por algum mecanismo (energia escura?) se encaminhariam para lados opostos do espaço, concentrando-se e formando, de um lado, a matéria conhecida. Do outro, a anti-matéria (matéria escura?)
Pode parecer um tanto absurdo, mas, dadas as dimensões praticamente infinitas do espaço, me parece plausível que a distância impedissem que tais opostos se anulassem. Não seria, num primeiro momento, de todo impossível. Vamos ver no que dá.
Abraços.
Parabéns pelas matérias Salvador!
Como quase sempre, ficamos com mais perguntas do que respostas.
Como a busca pela Verdade precisa de perseverança.
Antes de mais nada, peço a todos tolerância porque sou apenas um leigo aficionado em ciência.
Tive alguns questionamentos e se você pudesse comentar, talvez consiga entender melhor a teoria do trio chinês.
Notei que no seu texto não é citado o termo anti-matéria, apenas nos comentários o achamos. Mas quando li o texto a primeira vez (precisei ler algumas vezes rsrsrs) foi a primeira ideia que me veio a cabeça. Afinal, partículas que surgem aos pares e se aniquilam encaixam perfeitamente no que se divulga a respeito deste tipo de matéria. Se toda a matéria do universo foi criada assim, deveríamos ter 50% de cada, exatamente. Porém observações e teorias sugerem uma quantidade bem menor de anti-matéria.
Para reforçar, até hoje não presenciamos a colisão de duas galáxias aniquilando uma a outra. Seria bem interessante, se não fosse a nossa.
Se não for assim, considerei serem partículas iguais, gêmeas, com uma característica super individual, e que elas só pudessem ser aniquiladas pelas suas gêmeas. Piorou!!!
Parece um beco sem saída.
É curioso que de uma forma ou de outra, a possibilidade, praticamente descartada atualmente, de contração do universo, voltando a singularidade, as partículas iam se aniquilando e então voltaríamos ao nada.
Sobre o vácuo: Poderíamos admitir que o vácuo dos experimentos é similar ao vácuo pré Big Bang?
Temos hoje uma infinidade de partículas conhecidas viajando pelo espaço e atravessando planetas sem tocá-los.
O mesmo raciocínio sobre ondas eletromagnéticas de energia, oriundas de vários corpos celestes, e que também não respeitam barreiras.
Com toda a certeza essas partículas e ondas invadem o ambiente de qualquer experimento, seja onde for, e será que os experimentos que comprovam surgimento de matéria do nada podem ser influenciados (disparados) pelas partículas e energia presentes apenas atualmente?
Abçs
Serei breve, porque estou digitando no celular. De fato, todos os modelos cosmológicos sugerem que o Universo nasceu com quantidades aproximadamente iguais de matéria e antimatéria. A maior parte delas sofreu aniquilação mútua, mas algo produziu um ligeiro desequilíbrio com uma pequena sobra de matéria. Essa sobra forma tudo que existe hoje. No contexto dos chineses, como isso seria possível? Talvez algumas partículas primordiais tivessem tendência ligeiramente maior de decair em matéria que em antimatéria; talvez uma interação entre partículas reais e virtuais durante a inflação produzisse o desequilíbrio. Sinceramente, não sei. Mas esse problema de por que o universo é de matéria e não de antimatéria existe em todos os modelos cosmológicos.
Sobre as partículas virtuais, seus efeitos são calculados com rigor. Não haveria como confundi_las com ruído cósmico.
Abs!