Alô, alô, Kepler-186f! Terra na escuta!
Causou furor na semana passada o anúncio da descoberta do primeiro planeta do tamanho da Terra na zona habitável em torno de outra estrela — o mais próximo que chegamos até agora de encontrar uma segunda Terra no Universo. Mas, para os pesquisadores do Instituto SETI, na Califórnia, esse mundo já gera entusiasmo há cerca de um mês. Foi quando os cientistas iniciaram o esforço para tentar captar sinais de rádio enviados de lá por uma possível civilização extraterrestre.
A escuta é feita com o Allen Telescope Array, conjunto de radiotelescópios instalados no norte da Califórnia com o objetivo explícito de buscar sinais de inteligência alienígena no cosmos. Desde 2012, os pesquisadores têm apontado o ATA para diversas estrelas que abrigam planetas descobertos com o satélite Kepler. Não poderia ser diferente com a mais recente descoberta.
“Por quase um mês, o ATA se concentrou no sistema Kepler-186, que tem um planeta do tamanho da Terra na zona habitável”, conta Elisa Quintana, pesquisadora do Centro Ames de Pesquisa da Nasa e do Instituto SETI. Ela foi a primeira autora do trabalho que reportou a descoberta, na revista “Science” da semana passada. “Até agora, todos os sinais que foram detectados podem ser atribuídos à tecnologia da Terra”, o que significa dizer que os cientistas infelizmente não encontraram nenhuma transmissão alienígena vindo de lá. “Até agora, nada, embora certamente continuaremos tentando”, diz Seth Shostak, astrofísico colega de Quintana na instituição de pesquisa privada dedicada à busca por ETs.
AGULHA NUM PALHEIRO
A ausência de sinais até agora de forma alguma implica que não tem ninguém por lá. Na verdade, ela é um ótimo lembrete do tamanho da dificuldade envolvida no contato com outras civilizações no cosmos. A estrela Kepler-186 e seus planetas estão a cerca de 490 anos-luz da Terra. Se levarmos em conta que a Via Láctea, nossa galáxia, tem diâmetro de 100 mil anos-luz, o planeta recém-descoberto, como diria Fernando Vannucci, “é logo ali”. Ainda assim, com o poder de detecção concentrado no ATA, para que ele captasse uma transmissão vinda de lá, seria preciso que os alienígenas estivessem usando um transmissor 10 a 20 vezes mais poderoso do que o melhor que temos aqui na Terra — a antena gigante do Observatório de Arecibo, em Porto Rico.
Em outras palavras, se houvesse uma civilização tecnológica em Kepler-186f, se eles tivessem uma antena de 300 metros de diâmetro (Arecibo tem 305), se eles soubessem que o Sol tem um planeta de porte similar ao deles na zona habitável e se decidissem usar essa antena para nos enviar um sinal, exatamente nas frequências em que estamos escutando, sabe o que nós ouviríamos? Nada. Rigorosamente nada.
Não é de surpreender, portanto, que, mesmo depois de mais de meio século de buscas, os pesquisadores envolvidos com a SETI (sigla inglesa para Busca por Inteligência Extraterrestre) não tenham encontrado ninguém até agora transmitindo de outras estrelas. Isso não significa que estejamos sozinhos no cosmos. Sugere apenas que encontrar outras civilizações é extraordinariamente difícil. Depende de sorte, tecnologia e muita, muita, muita paciência.
Ainda assim, não há dúvida de que informações obtidas pelos astrônomos caçadores de planetas ajudam a guiar e focar essa busca. No mínimo, elas produzem alvos preferenciais para a escuta — sistemas planetários como o Kepler-186, que possivelmente abrigam pelo menos alguma forma de vida. A busca continuará sendo algo como procurar uma agulha num palheiro. Mas pelo menos o tamanho do palheiro pode ser significativamente reduzido nos próximos anos.
Obrigado pela rápida resposta, provindo de escola pública, gostaria de ter sido estimulado para o entendimento do funcionamento do univervo desde sempre pelo sistema de ensino, também acho que as escolas privadas não o faz de maneira abrangente como deveria, sorte nossa de saber utilizar desta ferramenta para aprimorar o conhecimento científico. Quantos cientistas deixamos de formar por falta de abordagem e experiências educacionais? continuaremos a exportar ferro e importar chip, sem agregar o devido valor do conhecimento.
Salvador, assinei a folha digital para ter acesso irrestrito aos seus textos e, principalmente, aos seus comentários complementares as excelentes observacoes pelos leitores. A busca pelo entendimento do cosmos tem sido uma atividade de lazer – no meio de tantas outras prioridades – e a forma com que compartilha conhecimentos científicos tem despertado uma vontade de aprofundar nessa viagem pessoal. Este processo de esticamento se faz através de interação entre energia e matéria escura que constituem 85% do cosmos? tem escritos sobre isso? abraço
Ralph, me deixa muito feliz ouvir isso, porque também para mim é um grande prazer trocar figurinhas aqui no blog. Sobre a expansão do Universo, originalmente ela foi produzida pela inflação — um processo ainda pouco compreendido, mas que ao que tudo indica de fato aconteceu. Essa inflação equivale a uma imensa energia no próprio vácuo que o levou a se expandir — espalhando a matéria do Universo mais depressa que a luz (sem violar a relatividade, porque era o próprio espaço a se expandir, e não as coisas a se moverem). Apesar de espalhada, matéria gera gravidade, e os cientistas imaginavam que o ritmo de expansão do Universo estivesse paulatinamente diminuindo. Contudo, foi descoberto no fim da década de 1990 que a expansão na verdade está se acelerando — como se a partir de um determinado momento o próprio vácuo produzisse uma força antigravitacional similar à que levou à inflação, mas muito menos intensa. Essa é a tal energia escura. Pela taxa de aceleração da expansão, é possível calcular quanta energia escura tem, e por isso estimamos que ela responda por 3/4 do conteúdo total do Universo. Mas ninguém sabe direito o que ela é, a exemplo do caso da inflação. A matéria escura, por sua vez, é detectável a partir do padrão de rotação de estrelas nas galáxias, que indicam que deve haver muito mais matéria ali do que se vê. Mas até onde eu sei, além de completar o inventário do conteúdo total do Universo, ela não traz uma compreensão nova para a expansão do cosmos. Abraço!
Salve! Salvador. Considerando a teoria de que o universo não é estático – onde matéria surgiria e desapareceria – e está em expansão contínua para todos os lados rumo ao infinito cósmico, gostaria de saber se a velocidade dos objetivos em expansão é a mesma e, se não, isso poderia variar as distâncias entre eles fazendo que houvesse aproximação ou afastamento? nessa perspectiva a terra poderia desgarrar de sua estrela e sair vagando sem rumo por aí? ou sempre ficará atrelada a gravidade exercida pelo astro rei?
Ralph, por incrível que pareça, os objetos estão praticamente parados (não exatamente, mas, em comparação com a expansão cósmica, sim). O que está se esticando é o espaço entre eles. Por isso, quanto mais distante está o objeto, mais espaço entre ele e nós, mais esticamento, e por isso ele parece estar se afastando mais depressa.
Boa Tarde; admiro muito você Salvador Nogueira ou melhor dizendo Mensageiro Sideral. Gosto muito de ler sobre ciência; e você está com nota 10. Você é demais; continue fazendo o seu trabalho.
Atenciosamente Washington.
Valeu, Washington! Agradeço muito pelas suas palavras! Abraço!
Acho interessante que não haja nenhum interesse sobre o que há em Marte, na Região de Coprates Chasma…
Há Monumentos imensos lá,…e ninguém diz nada sobre isto!
Arrã. Mais um que cheirou meia suja… Provavelmente viu esses monumentos usando o telescópio mágico do outro maluco lá.
alguém sabe informar qual é o gênero textual desse texto? rs
sobre essa especulação de vida nesse planeta, ou até em mais um do mesmo sistema, pois, todos são de tamanho próximo ao nosso, há muita chance de haver vida lá, só o tamanho já ajuda pra caramba.
o que poderia atrapalhar é:
-o planeta é núcleo residual de um gigante gasoso que ficava bem perto da estrela e estacionou naquela região;
-o tamanho do planeta é maior do que fora calculado, então é um Netuno morto;
-alguma tragédia ou várias detonaram o planeta e já não é possível gerar vida;
-por alguma razão o planeta não tem campo magnético para sustentar a atmosfera;
-os possíveis habitantes evoluiram e se mataram;
futuras medições que estejam fazendo pode nos dar mais pistas, por hora é torcer, há boas chances.
sobre a cientista que detectou possíveis sinais de lá, meio complicado, está muito longe e temos sorte da tecnologia atual já permitir uma descoberta dessas, o planeta em si. como já disseram, se forem mesmo sinais de lá, eles tem tecnologia superior a nossa.
mas as medições que devem estar fazendo vai dar boas pistas com maior precisão sobre a composição da atmosfera, da massa e o melhor enquadramento da zona habitável.
eu sei que é possível simular um contato da terra com outro planeta pelas sondas voyager, elas atuariam como fontes inteligentes a grandes distâncias, ou seja, a nasa tem um modelo de comparação da degradação do sinal com a distância e a influência das interferencias.
pro pessoal que fica achando que é besteira encontrar vida e fica inventando historinha é bom lembrar que o assunto é bem mais sério do que pensam, as autoridades podem até fazer de conta que não viram nada, mas se as evidências se confirmarem haverá reuniões para debater vários pontos.
imagine que os ETs tenham uma tremenda tecnologia, justo nesse planeta, e que suspeitem seriamente de que aqui, na nossa Terra, possa haver condições de habitabilidade, como estamos distantes, eles não vão ouvir nossas ondas de rádio, mesmo as mais antigas ainda, mas esses ETs são beligerantes e um planeta como o nosso, igualzinho ao deles, seria uma maravilha para tomar de nós.
agora já viram como costumam terminar os filmes com ETs? a maioria é derrotado pelo exército americano! isto é uma tática que pode até ser usada no seguinte pensamento (terrorista):
serve como aviso aos ETs de que se formos invadidos, vamos resistir e eles irão perder.
eu não aposto muito nisso, principalmente em território brazilis, de repente vai que doam um terreno aqui.
Salvador Nogueira,
ótimo blog, explica de uma maneira jornalística, detalhada e compreensível várias informações sobre esse ramo (astronomia) o qual me interessei desde pirralho, mas, que por força do destino tive que me distanciar (acabei gostando mais das ciências jurídicas, se é que direito é ciência mesmo, mas deixa pra lá, hehe).
Sem mencionar que os comentários são um show a parte; de um lado, alguns cômicos, e até interessantes e do outro verdadeiras lições.
Como leitor compulsivo, já comecei a pesquisa para compra de alguns livros.
Quero me atualizar.
Quem sabe poderei assim até debater alguma coisa por aqui futuramente, sem soar devaneador, ou melhor: “viajar na maionese” como diz o Paulo Schaefer!
Por enquanto, ficarei apenas aprendendo por aqui!
Igor, bem-vindo! E aparentemente direito é ciência sim. Exceto no STF, onde, dependendo da mudança dos magistrados, o direito pode se tornar ficção científica. 🙂
Abraço!
Salvador,
Gosto muito dos seus posts. Agora, os comentários que aqui se lê são divertimento garantido. Tanto que eu gostaria de fazer parte deste circo.
Falando sério: Lí cerca de uns 100 comentários, muitos deles muito razoáveis, outros menos, no geral, vc atrai pessoas muito inteligentes. Gostaria de lançar uma dúvida: Lí, um tempo atrás, que um princípio quântico, parecido com o da ressonância, que uma partícula pode vibrar de igual forma, mesmo estando em distâncias infinitamente grandes.
Bem grotescamente falando, se vc criar regras de frequência para esta partícula (uma modulação compatível para este tipo de física) , vc poderá lê-la instantaneamente, mesmo tendo um “transmissor” a 490 anos-luz ou até mesmo em outras galáxias.
Será que este não seria o modo mais razoável de transmitir informações ao invés de enviar uma onda eletromagnética? Será que, se houver extraterrestres inteligentes, eles não utilizam desta técnica? Porque, ao invés do SETI, ficar gastando verba para ouvir electromagnetismo voando por ai, não há um esforço para buscar soluções nesta categoria?
Neste aspecto eu concordo: Ler ondas eletromagnéticas é complicado porque tem a modulação, portadora, banda, etc… E se o transmissor alienígena utilizar-se de outras regras? Aí o galo morre…
Será que eu viajei muito? Aguardo opiniões:
Problemas de comunicação interestelar envolvem tempo, distância, desenvolvimento tecnológico nas duas “pontas” da comunicação, tanta coisa sincronizada… ainda assim, seria a descoberta mais espetacular da história.
Desejo muito que ela aconteça ainda no meu tempo de vida…
Salvador,
Em primeiro lugar, parabéns pelo Blog. É nele que busco novidades sobre ciência, que depois se desdobram em pesquisas mais detalhadas. Assim é que fiquei interessado no seu livro Rumo Ao Infinito que, depois de um longo e tenebroso inverno, acabo de receber via correio; foi uma luta conseguí-lo, pois não o encontrei em formato ebook e nem fisicamente nas grandes livrarias em minha recente visita a São Paulo, já que sou do interior do Estado.
Como devorador de livros que sou, acredito que o terminarei antes do lançamento de seu próximo que, espero, desta vez, seja disponibilizado também no formato digital.
Quanto ao assunto do Blog, fico feliz em saber que existem pessoas que seguem adiante em busca do conhecimento, em oposição àquelas que insistem em rebaixar e menosprezar a ciência, mesmo usufruindo de tudo o que esta produz.
Um grande abraço!
Fala, Gregório! Obrigado pela leitura! Depois me diz o que achou do “Rumo ao Infinito”. E o próximo vai ter em formato digital sim! 😉
Abraço!
Passo 1.Detectar ondas de rádio Alienígenas.
Passo 2.Adicionar eles no Facebook
no site na ovnihoje estão falando que localizaram sinais de vida inteligente, http://ovnihoje.com/2014/04/23/dados-captados-pelo-seti-podem-estar-mostrando-que-ha-vida-inteligente-em-kepler-186f/#axzz2zjya0ZpI
Bem especulativo isso aí. Faz sentido que esteja num site de ufologia… 😉
Para mim foi especulação pura. Não sou especialista em radio astronomia mas acho que para ser considerado um sinal artificial tem de haver alguma repetição e um padrão, não aleatório. Esta senhora diz que um sinal do Kepler 186-f seria muito fraco, pareceria quase como ruído estático e logo depois afirma haver 60% de probabilidade. Acho um pouco de precipitação. Além disso existe o tempo de envio e chegada. Se este planeta estiver numa idade semelhante a Terra, mesmo considerando que o desenvolvimento da vida tenha surgido do mesmo modo e ao mesmo tempo, receber uma transmissão agora significaria terem tecnologia de rádio enquanto estávamos navegando em caravelas. Por isso prefiro esperar, mesmo acreditando que possa existir algo lá fora. Mas não tenha dúvida de que conforme a tecnologia venha a avançar tenhamos mais chances de descobrir alguma coisa.
Salvador, o que foi aquilo com o Carlos Oliveira? Ambos estão do mesmo lado, não os. 🙁
*Não os reconheci. 🙁
Deveriam estar, e tentei dizer isso a ele. Mas por alguma razão ele quis ser hostil. Contudo, passamos a tarde debatendo outros assuntos no Face ontem e quero crer que a animosidade se dissipou agora…
Acho que sim, Salvador. Às vezes o Carlos é meio bruto mesmo, mas é gente boa e um educador sensacional. Ainda bem que os grandes cientistas volta e meia sempre entram em discórdia, não é verdade? 😉 kkk
É, mas ele cismou que no nosso caso não era questão de concordar ou discordar. Eu estava errado e ponto final. 😛
Fico imaginando como seria a moderação dos comentários por aqui se estivessem a cargo dele… rs
Salvador,
Fiquei curioso e fui ver o “bate boca”. O cara é um grosso e extremamente mal educado. Em nenhum momento em seu post você falou que encontramos uma nova Terra com seres vivos, plantas, animais etc. Para quem sabe ler, você foi preciso em relação à possibilidade de habitabilidade do novo planeta. Mas o Carlos colocou seu post mo mesmo balaio de posts sensacionalistas. Pura falta de condição de argumentar alguma coisa. Vê-se que ele sabe muito e se acha o “cara”. Seu texto, muito bem escrito, me transmitiu exatamente o que a notícia da descoberta significa. O Carlos tá se achando o dono das notícias astronômicas.
PS: sou fã de seu blog, entre outras coisas, pela sua coragem de não censurar nenhum post. Ai consegue-se um debate bem interessante.
Valeu, Paulo. Tive exatamente essa mesma impressão. Senti nele uma atitude “Eu sou astrônomo, eu posso falar disso com propriedade, enquanto os jornalistas só falam asneiras”, e me senti ofendido porque ele me chamou de mentiroso. Ele podia dizer que fui impreciso e até que fui sensacionalista — questão de opinião –, mas mentiroso é o pior palavrão que se pode atribuir a um jornalista. E não vejo a diferença entre o meu título e a imagem que Nasa criou para divulgar o achado… rs
Abraço!
O blog deles é excelente, mas acho que as vezes ele leva ao pé da letra demais. Por esse e outros motivos não gosto dessas classificações. Se for por esse lado, seria impossível encontrar uma nova Terra! Mesmo tamanho, massa, composição gasosa, etc… Até porque, elas mudam freqüentemente.
Agora sobre classificar o Kepler-186f como um planeta gêmeo, Terra e o Kepler-186f só seriam gêmeos se tivessem nascido no mesmo dia (teriam que se formar ao mesmo tempo), e não por terem o mesmo tamanho e características.
Exemplos:
Tom Hanks e Dan Stulbach não são irmãos, mesmo assim são parecidos e tem a mesma profissão.
Eu e meu irmão somos gêmeos, e nasci beeeeemm mais favorecido que ele. 🙂 kkk
Abraços.
Aí é que está. É um título de efeito mesmo. Note que não foi assim que chamaram na home do UOL, e eu vendo para eles com um título “noticioso”, que normalmente eles reproduzem. No blog mesmo, uso um título mais leve e atraente, como cabe a textos que não são reportagens, mas posts pessoais num blog. Mas não vou lá cagar jornalismo na cabeça dele do mesmo jeito que ele quis cagar ciência na minha… rs
Salvador,
Desculpa ai. Fiquei tão incomodado com a falta de respeito do rapaz, não só em relação a você mas em relação aos seus leitores também que fiz um comentário no blog dele.
Infelizmente ele é desequilibrado e chutou a mim e a você novamente.
Desculpa. Não tinha percebido o nível do rapaz e sem querer acabei voltando com o assunto.
Quando tiver um tempo leia lá…..ela já respondeu ao cometário.
Pois é, Paulo. Nem devia perder seu tempo. Eu mesmo joguei a toalha. E toda vez que vou lá me irrito. Vou pensar muito se vou lá olhar. Se for, será em respeito a você. Abraço.
http://gizmodo.uol.com.br/a-fronteira-utopica-final-os-planos-da-humanidade-para-colonizar-o-espaco/
Dá uma olhada nessas fotos, Salva..
😉
Explicando aos leitores…
Quando o telescópio orbital Kepler, descobriu o Planeta Klepler186f, a mais ou menos um mês atrás, o programa SETI, voltou seu conjunto de telescópios ATA para esse Sistema.
O programa SETI, tem um canal aberto, ao vivo (seti life), onde todos podem pesquisar seus resultados. Nesta situação, exatamente, que a Prof. Ms. Hontas Farmer, estudando alguns resultados, escreveu um artigo para o site (science20.com), onde Ela defende a probabilidade de Inteligencia Tecnologica…
Bom dia, sr. Salvador Nogueira
Por acaso, o sr. viu/ouviu/soube das declarações proferidas pela Professora Mestra Hontas Farmer, a respeito dos sinais percebidos pelos rádios-telescópios, (A.T.A.) oriundos do Sistema Klepler-186…?
Alguém postou um link aqui, se não me engano… mas acho cedo para apostar naquilo. Empolgante, contudo.
Temer uma invasão alienígena devido emitir sinais de rádio é besteira, faça uma analogia de como se invadir um País, pois bem são necessários recursos para manter a tropa invasora, para o primeiro ataque seria necessário transportar muitos recursos e pessoal.
O silêncio cósmico talvez esteja encoberto pelas dificuldades que são elencadas na matéria. Pelo que entendi dela, não significa que não estejamos sendo bombardeados por informações até de rádio e inclusive de kepler 186f nesse exato momento, mas só não temos a(s) chave(s) decodificadora(s) adequada(s) para desvendarmos as eventuais informações. Porém a despeito da falta tecnológica, acho que o mais importante é o que está sendo feito pela mídia e em particular por este blog. Esse sistema não pode ser esquecido, e rotulado como mais 1? Com certeza não. Com a mídia em cima, e o foco nele, será legal ver algo sair dali, e talvez não só pelo caminho dos radiotelescópios. Darei-me por muito satisfeito, se encontrarmos assinatura biológica nesse mundo o que só será possível se não for esquecido. Mas e os outros planetas? O problema, e até entendo, é que são tantos os mundos descobertos até agora, que virar as costas para outros planetas até seria ignorar “as milhares de agulhas” parafraseando o Salvador. Porém como temos menos cientistas do que exoplanetas, guiemo-nos pela lógica humana, e, em minha opinião, com lógica, kepler 186f merece os holofotes, embora a verdade “lá fora” possa estar na nossa cara em um mundinho menos propenso aos nossos conceitos de habitação do que kepler 186f, eu admita. Em síntese podemos ou não nesse “palheiro” ter um resultado de descoberta biológica a qualquer momento em kepler 186f, ou em outro planeta menos focado, até por um tropeço. Particularmente e como confio na tarimba humana para estar na vanguarda da dominação deste universo, estamos corretos em centrar foco em kepler 186f com mil atenções, pois é muito mais legal encontrar vida onde procuramos do que por acaso. E a assinatura da vida nesse mundo será um triunfo da dedução e prospecção humana, embora não menos celebrado será o encontro casual em um mundo menos focado.
Quanto a outras civilizações, a humanidade não está preparada para encontrá-las no momento, não pelo pânico, mas sim pela deficiência tecnológica. Nada melhor do que encontrá-las a distância por ora, na minha opinião, portanto. Paulatinamente poderia até haver a convivência, e acho que a humanidade se adaptaria; talvez convivêssemos bem com nossos irmãos distantes principalmente se para eles funcionar tão bem quanto para nós a máxima de que “a exposição causa dependência…”. Ou talvez não, como fizemos entre nós mesmos. Quem saberá? O instigante é que dada a velocidade das descobertas atuais, é possível que trombemos com uma civilização a qualquer momento, inobstante o que queiramos. Que o futuro decida, então, e que estejamos preparados para o que houver. Se já não há, agora, não é? Quem sabe…
Como eu queria viver mais tempo para acompanhar essas descovertas e ate viajar para lá.
Seria muito bom que quando a gente morrer,a gente acordar como bebes e continuar e continuar.Tomara que os nossos cerebros tenha o poder de transferir o nosso inconciente para nossos futuros tataranetos e acordar lah.
Depois disso quero ver como cera esse novo planeta ver sua estrotura e se existir vida inteligente lah a gente se comunicar com eles e ate “viajar lah” kkkk.
Como A VIDA e curta
Boa tarde, Salvador.
Sempre lia seus textos esporadicamente, mas esses dias li um que me chamou a atenção, desde então li praticamente todo o seu blog. Gosto da forma simples com que explica o “cientifiques”, facilitando bastante pra pessoas que, como eu, são leigas mas se interessam pelo assunto.
Enfim, compartilho do seu entusiasmo pela procura da vida extra-terrestre e acredito que as suspeitas logo devem se confirmar.
Sei que esse planeta é apenas o início e espero que encontrem outros mais perto, afinal quase 500 anos-luz não facilitam as coisas, pelo menos pra nossa geração. Mas quem sabe uma comunicação não damos a sorte de presenciar.
Continue a nos informar, pois logo logo tem mais!
Abraço.
Valeu, Matheus! Abraço!
Entre 16 e 18 de maio próximos o centro da Ufologia Mundial se deslocará até Curitiba, onde acontecerá mais um evento organizado pela Revista UFO, o II Fórum Mundial de contatados. Serão três dias de um intenso debate sobre a ação alienígena na Terra, com palestras apresentadas por testemunhas de casos ufológicos de grande impacto, pesquisadores, contatados e abduzidos
O comentário do Ed Chant é deveras interessante. Mas vale lembrar que se fôssemos uma civilização bem avançada, digamos com mais uns 20.000 ou 50.000 anos de tecnologia, estaríamos na mesma situação de agora. Se o Kepler 168f estivesse recebendo imagens da Terra, agora, na verdade eles estariam olhando para a Terra de 500 anos atrás. Provavelmente, se existisse uma civilização lá, eles anotariam como um planeta possível de ter vida, com atmosfera e até erupções observáveis, mas sem indícios de civilização… e continuaria assim até daqui a 400 ou 500 anos, dependendo do tipo do sinal que estariam procurando. Mesmo que lançassem naves rápidas, há sempre uma porcentagem da velocidade da luz como limite prático. Digamos, de 20% da velocidade da luz. As naves ainda demorariam 2.500 anos para chegar aqui. Se chegarem, pois há a manutenção, a durabilidade e até riscos de acidentes com todo tipo de detrito espaciais, como poeira, pedregulhos, gelo… e se não errarem o alvo durante a viagem! E mesmo que hajam civilizações de 1 bilhão de anos de idade, e como o nosso Universo tem, provavelmente, cerca de 27 bilhões de diâmetro – basta estar a 2 bilhões que nem saberiam da nossa existência. Ou mesmo que viajem além da velocidade da luz, quantas estrelas e civilizações existiriam entre eles e nós? O negócio é muita, muita e muita pesquisa, e ainda, muita, muita e muita paciência…
Grande Salvador…Imagino que seja pouco provável que alguma civilização tenha atingido um nível de evolução próximo do nosso no mesmo espaço de tempo. Seria coincidência demais. Se existe vida, ele deve estar num estágio muito distante do nosso. Se já existiu e foi mais avançada, deve ter sido extinta há muito. Não consigo acreditar que a espécie humana dure mais que alguns poucos milhares de anos. Nossa extinção já começou.
Roberto, de fato, duas civilizações paralelas e próximas seria uma bruta coincidência. Por isso que os entusiastas da SETI consideram absurdamente mais provável que encontremos apenas civilizações muito mais avançadas que nós. Isso, se — e é um grande “se” — elas conseguem sobreviver à adolescência tecnológica e não sofrem autodestruição… 😛
Com certeza existe vida inteligente nesse planeta. Inteligente, pacifica e amorosa. Alguns deles já tem visitado nossa querida Terra.
Alguns “deles” (inteligente, pacifico e amoroso) já tem visitado nossa querida Terra.
Terra? Aham, sei, fale mais sobre essa sua “Terra”… kakakakakaka
Ok Salvador.
Fiquei satisfeito.
Voce como sempre respondendo tecnicamente, sem ser parcial. Muito bem, continue assim.
Sempre estarei lendo e tentando participar do debate aqui, para (sempre tentar) avançarmos, mesmo que seja um milímetro na nossa curiosidade e descobertas.
Seus textos sempre geram muitos comentários e debates.
Valeu, Xafariz!
Deveremos tentar em estrelas mais proximas, até porque não temos tecnologia suficiente para chegar lá 490 anos luz da terra.
a verdade não temos tecnologia para chegar a 4,5 anos-luz, a distância a estrela mais próxima. E não teremos num futuro imaginável. Portanto, neste sentido tanto faz onde procuremos. Mas o projeto SETI evidentemente já procurou em praticamente todas as estrelas próximas. o Salvador mostra justificativas para a não detecção de nenhum sinal.
As viagens espaciais certamente só se viabilizarão quando quebrarmos o limite da velocidade da luz. Isto se a física realmente o permitir. Nós sempre achamos que o conhecimento é infinito e que com ele as possibilidades são infinitas. Pode ser que não seja assim.
Paulo, sou mais pessimista e mais otimista que você. Pois duvido muito de que se possa “romper” a velocidade da luz por qualquer forma. Entre outras coisas, equivaleria a uma máquina do tempo, o que não pode existir (ou estaríamos cheios de turistas do futuro). Mas não acho que seja proibitivo fazer viagens que durem muito tempo, talvez gerações. Muitas histórias de ficção usam soluções diversas. Mas os polinésios também faziam. E chegaram na Ilha de Páscoa (Rapanui, para ser correto) sem poderem nunca comunicar que tiveram sucesso. Uma viagem de dezenas ou centenas de anos luz poderia ser feita e sempre haveria como comunicar o sucesso. Mas teria que ser “barata” para valer a pena (ou, quem sabe, motivada por um cataclisma eminente, mas aí a história seria outra). Suponha uma viagem a 10% da velocidade da luz para um planeta em Tau Ceti. Levaria um século. Hibernação ou nova geração? Escolhas. Mas uma viagem a 10% da velocidade da luz, impossível atualmente, e mais com todo o suporte de vida, sairia absurdamente caro para ser tentada, ao menos até um futuro de energia abundante (existirá?). E não adianta pensar em como acelerar usando vento solar etc, porque ainda teria que pensar como parar ao chegar, num ambiente mais desconhecido. Mas poderá ser feito.
Usando seu argumento (válido) de que se pudéssemos viajar no tempo estaríamos convivendo com turistas do futuro, digo o mesmo sobre as viagens espaciais acima da velocidade da luz. Se alguma civilização já dominasse a técnica e se isso fosse comum, já teríamos sido visitados por uma. Insisto que o tempo para criar uma civilização como a nossa é grande e da ordem de bilhões de anos. Da ordem da idade do universo. Assim pode ser que tenhamos milhares ou milhões de civilizações por ai num grau de desenvolvimento semelhante ao nosso. O bom é que acredito que em 100 anos teremos instrumentos que poderão vasculhar um raio de milhares de anos luz e detectar sinais de civilizações e medir seu grau de desenvolvimento. Mas como sabemos, com o conhecimento atual, é impossível nos comunicarmos com elas.
Mais ou mais tarde vamos nos surpreender podem ter certeza disso.
Mais cedo ou mais tarte vamos nos surpreender estejam certo disso
Caro Salvador.
Entendi suas explicações.
Mas trabalho com a idéia (sei que devo ser louco), que no MOMENTO, temos um parâmetro-limite de velocidade, como sendo a velocidade da luz.
Como disse uma frase em um comentário no seu texto anterior “nunca diga nunca”, então, trabalho com a idéia de que algum dia, haverá uma velocidade superior ao da luz, e as coisas diminuirão de distância.
Sei que pode até ser uma utopia, mas a ciência já deu muitas reviravoltas, e às vezes a ciência descobre uma coisa e dá uma reviravolta, e as coisas são repensadas e refeitas. Já aconteceu isso.
Espero por isso.
Porque se depender dessas distâncias e a nossa idade média de vida ser de apenas 80 anos, seriamos apenas um sopro leve e não estaríamos aqui.
Fica então o sonho meu caro Salvador.
Um grande abraço.
Xafariz, veja só, o sonho é válido, mas não vamos contornar as leis da física. O limite imposto pela velocidade da luz não é meramente uma barreira a ser transposta, como a velocidade do som. É uma característica elementar do Universo. As equações sugerem que você precisa energia infinita para propelir massa à velocidade da luz, e isso é verificado nos aceleradores de partícula, onde só se pode levar uma partícula com massa a até 99,999999% da velocidade da luz.
Contudo, como eu disse, tem gente pensando em formas de “comprimir” o espaço, de forma a atravessar grandes distâncias sem violar o limite de velocidade da luz, embora efetivamente viajando mais depressa que ela. Quem sabe funciona, apesar dos brutais requerimentos de energia necessários? Pelo menos é algo que as leis da física não proíbem, o que já é uma grande coisa. Continue sonhando, e nunca diga nunca! 😉
Abraço!
Eu penso que se for possível superar esta barreira (dobras espaciais) e assim viabilizar as viagens espaciais, outras civilizações mais avançadas que a nossa já podem ter conseguido este feito. Mas como ainda não fomos visitados por elas só posso pensar que as viagens interestelares ainda não são realidade ou são raríssimas as civilizações que as dominam. Os exoplanetas descobertos num raio de 400 anos luz mostram que planetas como o nosso não são tão comuns assim. Pode ser que civilizações avançadas sejam bem raras.
Salvador, concordo que o conhecimento atual aponta a velocidade da luz como limite. Mas até o memorável voo de Chuck Yeager muitos estudiosos renomados defendiam a tese de que era impossível uma máquina ultrapassar a velocidade do som.
Será que não pode vir a ocorrer o mesmo com a velocidade da luz?
Em vários fóruns, inclusive nesse alguns tópicos atrás, já falei que para o nosso grau de evolução tecnológica o melhor seria investir muito na detecção desses sinais de rádio vindo dessas estrelas mais próximas, uma vez que a viagens interestelares para esses mundos nem daqui 1000 anos. (a Voyager de 1977 está a 17 hs luz da Terra 🙂 .)
Uma coisa é muito intrigante nessas emissões de rádio pois se estamos a 500 anos de Kepler-186f, ao enviarmos ondas de rádio para lá, temos que saber onde eles estarão daqui 500 anos, com os constantes movimentos planetários e de sistemas solares, se isso não for calculado simplesmente nosso sinal irá se perder no espaço, ou ser captado por outro mundo completamente diferente. É como atirar bala de borracha numa manifestação, não dá pra saber em quem vai pegar mas dá pra saber quem foi que atirou. Nos dois casos é impossível manter uma conversa :p