DNA alienígena e o design inteligente
Não tem outro jeito de apresentar esta notícia: cientistas americanos criaram em laboratório uma bactéria que usa DNA “alienígena”. Em vez de ter quatro letrinhas genéticas, como as usadas por todas as formas de vida na Terra, esse pequeno ser vivo trabalha com seis letrinhas.
A ideia de que o DNA poderia não estar preso às quatro bases tradicionais (adenina, timina, citosina e guanina, as populares A, T, C e G) já é antiga, e faz mais de década que cientistas conseguiram criar e sintetizar letrinhas adicionais complementares e inseri-las no DNA. Mas o novo avanço é um marco, porque mostra que o maquinário celular contido nas formas de vida também pode se adaptar perfeitamente para usar esse alfabeto genético expandido, sem igual na biosfera terrestre (daí a tentação de chamá-lo de alienígena).
Fazendo alterações genéticas numa bactéria da espécie Escherichia coli, Floyd Romesberg, do Instituto Scripps de Pesquisa, em La Jolla, Califórnia, e seus colegas a “convenceram” de replicar DNA com seis letras — exatamente como ela faz com seu material genético original, baseado em quatro letras. Além de A, T, C e G, ela passou a usar também X e Y, que ninguém mais usa!
O que esse resultado incrível, publicado na última edição da “Nature”, significa? Puxa, várias coisas. A primeira é que DNA com quatro bases é só uma das opções possíveis. A vida, em tese, poderia perfeitamente ter resolvido trabalhar com seis, oito, dez, vinte bases. Mesmo que encontremos seres vivos em outros planetas que tenham DNA como molécula genética favorita, podemos esperar que esses seres usem um número de letrinhas diferente do nosso — ou pelo menos outras letrinhas que não sejam as manjadas A, T, C e G. O trabalho está aí para provar que isso não é uma impossibilidade. Em compensação, resta uma dúvida: por que a vida terrestre usa apenas quatro e justo essas?
Ninguém sabe exatamente o que levou a isso, mas o que já dá para desconfiar é que não tenha sido a escolha de um “designer inteligente”.
É CIÊNCIA OU NÃO?
Ao contrário do que pensam a maioria dos cientistas, eu não acho que a hipótese do “design inteligente” deva ser considerada anticientífica. Ela só dá toda pinta de estar errada. Seus defensores advogam a ideia de que a vida na Terra foi “engenheirada” por criaturas extraterrestres. Quem seriam esses seres misteriosos depende basicamente do gosto do freguês — há desde aqueles que preferem apontar o dedo para alienígenas superiores até aqueles que são mais chegados a dizer que o supremo designer é Deus.
Nem vale a pena seguir essa segunda vertente de design inteligente de origem divina, porque é esse pedaço que justamente desvirtua a discussão científica da ideia. Mas, se você levar em conta que (1) a vida parece ser um fenômeno químico viável no Universo há pelo menos 12 bilhões de anos, e (2) a Terra tem apenas 4,6 bilhões de anos, fica fácil concluir que não há nada de sobrenatural (ou anticientífico) na hipótese de que alienígenas tenham evoluído em outros mundos e depois decidido semear nosso planeta com vida, vida esta projetada especialmente para sobreviver por aqui, 3,8 bilhões de anos atrás.
Tanto isso não é absurdo que hoje estamos fazendo pesquisas em biologia sintética que apresentam a possibilidade de criar organismos adaptados para viver em ambientes extraterrestres (por exemplo, Marte). Se nós podemos ser os projetistas inteligentes de uma futura biosfera marciana, por que a biosfera terrestre não poderia ter sido fruto de um projetista alienígena?
PREDIÇÕES DO DESIGN INTELIGENTE
Pois bem, como testar se isso de fato aconteceu? A marca indelével de uma hipótese científica é que ela produz predições que podem ser testadas — e eventualmente permitem sua própria refutação. Em vista disso, a noção de “design inteligente” qualifica?
Dois minutos de reflexão sugerem que sim. Afinal de contas, qual é a marca mais básica de inteligência? Ela produz processos que são mais eficientes do que aqueles obtidos naturalmente num mesmo período de tempo. Certo? (Curiosamente, esse é o argumento básico dos defensores do design inteligente — eles dizem que combinações químicas aleatórias jamais poderiam produzir a complexidade da vida, e só intervenções de uma inteligência poderiam completar essa missão no tempo disponível. Peixe morre pela boca.)
Seguindo essa linha de raciocínio, se vamos supor que um projetista inteligente colocou as primeiras formas de vida na Terra, temos de presumir que a inteligência do designer o levou a implantar seres vivos otimizados, ou seja, cuja engenharia fosse a melhor possível — ou algo muito próximo disso, caso eles ainda não fossem proficientes.
Uma das predições da hipótese do design inteligente, portanto, seria a de que o sistema básico de informação genética da vida terrestre já é tão bom (por ser artificial) que não poderia ser melhorado significativamente. Se seres inteligentes, com técnica e ciência avançadíssimas (ou pior, poderes divinos), decidiram que a vida terrestre deveria usar quatro bases nitrogenadas no DNA, é sinal de que não pode ficar muito melhor que isso. Tornando ainda mais claro: caso a hipótese do design inteligente estivesse correta, uma de suas decorrências mais básicas seria a de que qualquer tentativa de melhorar o desempenho do DNA como molécula portadora de informação num ser vivo está fadada ao fracasso. O designer naturalmente já teria feito a melhor escolha possível, certo?
O novo avanço é justamente a refutação dessa predição. Ao mostrarem que o DNA pode tomar formas mais complexas — logo mais eficientes, uma vez que podem codificar mais informação com moléculas menos extensas –, os cientistas americanos nos levam a concluir que os sistema de quatro bases adotado pela vida terrestre não foi otimizado. Seja lá quais tenham sido os processos que levaram à sua adoção, inteligência parece ter passado longe.
Essa é a má notícia que o trabalho traz para os entusiastas da hipótese do design inteligente. Ela pode até ser científica, mas as evidências sugerem que, com toda probabilidade, está errada. Como prêmio de consolação, ao menos na minha opinião, ela merece ir para o panteão das ideias equivocadas na história da ciência, junto com o estado estacionário de Fred Hoyle, a hipótese de Galileu para explicar as marés e a concepção que Aristóteles tinha dos elementos químicos e das leis que regem os movimentos. Não há vergonha em aceitar isso. A ciência é feita tanto de ideias certas como de erradas. Quem faz a arbitragem e leva aos avanços, preservando as teorias corretas e eliminando ideias equivocadas, é a experimentação e a observação.
Claro, você ainda pode optar por não aceitar que o design inteligente está morto. Basta supor que os gloriosos designers da biosfera terrestre entendiam menos de biologia que os humanos do século 21. Imagino que seja um pensamento particularmente constrangedor para aqueles que cogitam que o hipotético projetista da vida seja Deus. Mas aí já saímos do campo da ciência. Fora do âmbito científico, cada um acredita no que quiser. Uma coisa é certa: difícil acreditar num ser divino que seja mais ignorante que um bando de primatas morando num planeta vulgar em meio a um Universo infinito. Deus, para quem tem fé de verdade e ainda assim não abandonou a racionalidade, com certeza é melhor que isso.
Off topic: http://www.lanacion.com.ar/1689226-la-ciencia-se-puso-de-moda
Não acredito na hipótese do design inteligente, mas a sua conclusão está um pouco precipitada, ao meu ver. Considere também a hipótese de que o tal designer poderia estar testando várias combinações e quantidades de letras e que nós somos apenas um dos meios de cultura de um grande laboratório sideral? Afinal, nossos cientistas não vão testar DNAs com mais letras, menos letras, letras diferentes?
Vamos, mas presume-se que a criação de uma biosfera não seria meramente um experimento, mas uma ação com intenção.
Ponto alto do texto: “caso a hipótese do design inteligente estivesse correta, uma de suas decorrências mais básicas seria a de que qualquer tentativa de melhorar o desempenho do DNA como molécula portadora de informação num ser vivo está fadada ao fracasso. O designer naturalmente já teria feito a melhor escolha possível, certo?
O novo avanço é justamente a refutação dessa predição. Ao mostrarem que o DNA pode tomar formas mais complexas — logo mais eficientes, uma vez que podem codificar mais informação com moléculas menos extensas –, os cientistas americanos nos levam a concluir que os sistema de quatro bases adotado pela vida terrestre não foi otimizado. Seja lá quais tenham sido os processos que levaram à sua adoção, inteligência parece ter passado longe.”
Leonardo Silva Sou muito ignorante nesse assunto, mas achei legal a matéria. Qual tua opinião sobre isso Paulo? Acredita que a partir disso seria possível mudar DNA humano, melhorar ?
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Paulo H. Jurgensen Não acredito, a possibilidade maior seria a de criar outra coisa, muito superior a humano.
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Paulo H. Jurgensen Mas mesmo assim, estou falando em coisa de centenas de anos, mas o importante, nesse primeiro momento é a afirmação de que se houver um design inteligente, não usou todas as possibilidades.
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Leonardo Silva Achei interessante a parte que fala que algo com DNA diferente do nosso, possa ter desenvolvido a vida aqui, assim como segue essa linha de raciocínio.. Não necessariamente um Deus super inteligente..
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Leonardo Silva Sim, entendo..
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Paulo H. Jurgensen Se por exemplo criássemos um ser superior, e é possível, com essas descobertas, nós seríamos o “Deus” dessa criatura, mas seríamos inferiores a elas. Então essa nova civilização, teria por criadores, ou seja “Deuses”, um ser inferior.
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Paulo H. Jurgensen O que subverte a lógica dos teístas atualmente, de que Deus seja superior.
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Leonardo Silva Então pode ser possível que um ser inferior tenha chegado a essa linha de pensamento ?
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Leonardo Silva Sim, entendo..
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Isso que falei é apenas um exercício da lógica. Mas o que existe e sempre existiu foi energia, concentrada em algum momento, menos concentrada em outro, e essa energia, que para os teístas é consciente e inteligente, e para nós é apenas energia pura, que deflagra o processo de criação das coisas e da matéria. No caso, nós homens, já sendo matéria, ou seja energia decaída (pra dizer assim), podemos ter o poder da criação. E sim, nós podemos ser os Deuses de outros seres mais evoluídos.
Paulo H. Jurgensen Na verdade, isso aí, traz tantas implicações, que para mim ainda é difícil absorver, e imaginar no que tudo isso possa dar. Levará tempo, para se analisar as consequencias disso, tanto para o entendimento da vida, comopara o entendimento do futuro. Talvez, em milhões de anos tudo isso evolua, para um ponto, onde um ser vivo, inteligente, através de meios físicos e não espirituais consiga se desmaterializar e virar uma energia consciente. Que no final das contas é o que os teístas acham que seja Deus. Não seria essa a trajetória possível?. Uma energia sem propósito inicial, sem inteligência qualquer, apenas pura energia, ao longo do tempo ter se transformado em matéria, da matéria em vida, da vida em ser humano, e de ser humano em outra criatura mais desenvolvida, e dela para energia, mas aí sim inteligente. Ou seja se Deus existir, ele existirá no futuro, e seremos nós participantes na criação do verdadeiro Deus de todas as coisas . Somos um óvulo ainda de um futuro verdadeiro Deus.
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Leonardo Silva Ótimo comentário (sem pagação de pau nem nada)..
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Paulo H. Jurgensen Mas aí entra a questão do tempo. Que para nós humanos é linear, para a energia, existe um tempo linear? Se para a energia o tempo não existir, é possível que esse futuro ser energético por nós criado, tenha criado o próprio ser humano como o conhecemos, então seríamos Deuses de nós mesmos? E nós Deuses de Deus?
Eu acho que fato do código genético já existir há mais de 3,5 bilhões de anos é o testemunho maior da sua eficácia.
Com este código a vida se adaptou a todos os nichos. Ou seja com apenas 5 nucleotídeos e 20 aminoácidos a vida foi capaz de produzir de bactérias a elefantes e ate nós mesmos.
Portanto, a enorme capacidade do código genético é testemunhada pelo próprio tempo. Independentemente de design inteligente ou não, temos que dar um brinde à vida por existir por mais de 3,5 bilhões de anos, ter enfrentado vulcanismos, glaciações, envenenamentos … e todos desafios impostos por um universo regido pela segunda lei da termodinâmica. Fantástico o nosso Código Genético. independente de tudo.
Jorio, concordo contigo. Por si mesmo, o código genético é fantástico! 🙂
A vida diminui a entropia!?!
Quem disse que um DNA com seis bases funciona melhor que um DNA com quatro bases? A natureza busca a simplificação, tanto é assim que as forças naturais podem ser reduzidas a apenas quatro. A complexidade dos seres vivos respeita o caminho do menor esforço, por isso o esôfago serve como passagem tanto para a comida para o ar. Ou seja, as complexidades desnecessárias são evitadas.
Não se pode usar uma quantidade de bases nitrogenadas para refutar o design inteligente. Podemos perfeitamente supor que o DNA mais otimizado do Universo é o nosso, somente a comparação com seres vivos reais com outras configurações genéticas e bioquímicas poderia refutar nossa condição de superioridade e ainda assim se poderia pensar em um design otimizado para cada ambiente planetário, o que eliminaria qualquer possibilidade de comparações.
Leandro, teoricamente um DNA de 6 bases seria mais eficiente que um de 4. Mas isso não é certo, e por isso uso o “provavelmente” no texto.
Engano seu, nada prova que um DNA de seis bases seria mais eficiente. A pesquisa prova apenas que uma bactéria aceita seis bases e nada mais. Você pegou uma premissa simples e quis tirar conclusões extravagantes nos âmbitos biológico e teológico.
Leandro, nem parti para o lado teológico, porque julgo embaraçoso achar que Deus tem algo a ver com um processo bioquímico simples como a vida. Sobre DNA de 6 bases, ele é mais eficiente para guardar informação. Não há dúvida a esse respeito. A dúvida é se, a longo prazo, ele pudesse apresentar problemas que não aparecem de saída. Mas quanto à eficiência para guardar informação, isso é uma propriedade básica.
A base binária da informática não é melhor que a base decimal? Lidar com dois estados se provou mais eficiente do que lidar com dez estados possíveis. O DNA pode também funcionar melhor com economia de bases.
Leandro, não, a base binária não é a melhor. É a única possível para computadores convencionais, baseados em liga/desliga. Mas computadores quânticos poderiam usar mais que 0 e 1, e isso é considerado vantajoso. E note que a linguagem de programação Asssembly usou uma notação hexadecimal! Os 10 algarismos não bastaram para ela!
Toma, primeiro se pensa para depois dizer.
Correção: é a faringe que serve de via comum aos sistemas respiratório e digestório.
A Natureza sempre prima pela simplicidade, me admiraria muito conseguissem fazer vida com 3 ou 2 moléculas!
Cabe uma reflexão no entanto, porque ATGC e não ATXY ? Lá na “sopa primordial” porque A T G e C foram as eleitas?
Acho tão idiota esta “teoria” de design inteligente, a começar pela ideia que a vida complexa não pode começar aleatoriamente, teria que ser criada por algo inteligente. Ai fica o dilema, se a vida não pode começar sozinha, como os ETs que nos criaram surgiram? Se eles foram criados por deus, então já não somos filhos de deus, somos, na melhor das hipóteses, netos. Se toda (nossa) criação partiu de deus, ser supremo, onipresente, porque ele criaria criaturas tão imperfeitas, destrutivas e com uma estrutura de DNA tão complexa ?(tem 4 letrinhas, mas as combinações…. até hoje não é 100% entendida). Tava com raiva do universo e resolveu nos criar para que destruíssemos tudo?
Guardada as devidas proporções, gostaria de fazer um paralelo com a minha experiência .
Trabalho com desenvolvimento de software a 15 anos , e neste meio tempo já dei manutenção e criei diversos softwares, e o mais comum
é encontrar trechos de código onde a primeira vista vem o pensamento “como puderam fazer isso desse jeito, que porcaria” , mas a experiência
me mostrou que na maioria das vezes tudo tem um motivo de ser como é , ou seja, – não mecha – … se foi feito dessa forma é porque quem fez sabia o que estava
fazendo (em grande parte dos casos) e provavelmente já testou outras formas que deram problemas em outros pontos … e no final foi optado pelo modelo que melhor atendeu ao contexto.
O clássico caso do ótimo sendo inimigo do bom.
Talvez, seres humanos com 6 , 8 , 10 letras no DNA não tivessem o mesmo sucesso evolutivo que nós.
– não mexa – … com X .. problemas com o corretor .. rs
Aí é que está, Evandro. O código de computador é otimizado por uma inteligência. O DNA aparentemente não — pelo menos nesse experimento em particular, ele não produziu nenhum bug na célula.
Pra estrada de terra fusca é melhor que mercedes…
E cavalo é melhor que fuscam, e a complexidade de um um cavalo é maior do que a de um fusca.
E um trator é melhor que um cavalo, transporta mais de uma pessoa, ainda reboca o fusca e o seu cavalo, e ainda por cima é mais simples que qualquer animal de tração…hehehehe…
A possibilidade de criar uma bactéria com mais que 4 bases acabou de ser divulgada. Não há nenhuma investigação a fundo das consequências dessa criação, muito menos se ela teria mesmo potencial para ser mais vantajosa. E o articulista já se dá ao direito de usar o argumento para ofender quem acredita em Deus. Acho que vc está sendo só um pouquinho apressado ao “provar” certo seu ateísmo. Também acho um tanto hipócrita vc dizer que não cabem discussões sobre religião quando se fala sobre ciência e depois usar um blog sobre ciência para defender o ateísmo – religião da não-religião – com tanta veemência. Seja coerente, Salvador. Fale só de ciência, porque senão você mete os pés pelas mãos.
João, não sou ateu, nem diminuo a fé dos outros. Mas achar que Deus precisou vir pessoalmente à Terra para criar uma vida que com a pouca tecnologia que temos conseguimos aprimorar é uma depreciação das qualidades divinas. Foi o que tentei dizer. Quem de fato acredita num Deus Todo-Poderoso há de convir que Ele não faria um trabalho desses…
Pô Salvador
ser ateu reduz a tiragem?
Aqui na Alemanha se voce declara ser catolico, evang ou o raio que o parta, paga imposto que vai pra respectiva igreja. Interessante quanta gente por aqui não tem religião nem acredita em deus, assim como eu. Queria ver criarem esse imposto no Brasil, +10% no Leão, pra ver quanta gente ia virar ateu…
Hehehe, sabia disso não.
É verdade. Um conhecido recolhe 7% para a igreja presbiteriana…..Sai direto do salário….
Salvador, belo texto!
Eu acredito que tudo segue uma lógica e que nada é coincidência. A natureza é lógica pura, basta observar todos os seus processos, mesmo que o homem ainda esteja tentando desvendar e entender a grande maioria deles. Esse fato incrível me fez pensar: porque somente 4? já são bilhões de anos de evolução, muitas espécies, seres, microrganismos, bactérias, etc, tiveram a oportunidade de viver e evoluir, mas por um motivo ou outro foram extintas ou sucumbiram diante de algum fato natural/climático do nosso planeta. Não tenho o conhecimento para dizer se todos os seres vivos possuem o dna de 4 bases, e nem que se todos esses que já existiram também os tinham, mas acredito que tenha sido a própria natureza através da evolução há estabelecer 4 como a quantidade ideal.
Mas sabe o que achei incrível, a analogia que veio na minha mente (sem fundo científico algum, mas acho que vale o registro): 4 número par certo, ai parei para pensar: temos duas mãos, duas pernas, dois olhos, dois ouvidos, um nariz mas duas narinas, um coração mas dois ventrículos, um celebro mas divididos em dois hemisférios, dois pulmões, 20 dedos, etc. Tiro como base o corpo humano, mas com abrangência para quase todos os seres vivos.
Será que essa quantidade de 4 foi estabelecida pela própria “natureza” justamente para que esse equilíbrio de “duplicidade” coexistissem e dessa forma a vida pudesse se adaptar e evoluir ao meio a qual estava destinada? Para que os nossos sentidos, a audição, visão, olfato e paladar, além de toda carga genética, funcionassem como conhecemos hoje? ou seja, 2 bases para cada lado do corpo que interligadas permitiram a vida?
Meio doido isso… abraço
Fico admirado de ver tantas pessoas procurarem respostas praticas para suas duvidas e questionamentos mais profundos. Ora, se todos aceitássemos a hipótese de que o homem foi fruto de uma intervenção extraterrestre ou alienígena (fiquem a vontade para escolher) para que o mesmo pudesse existir, então eu me perguntaria. Quem criou essa raça tão avançada tecnologicamente e culturalmente a ponto de criar outras raças? A resposta será sempre a mesma no final, só mudará de endereço. Ao meu ver avanços como estes são sim um grande beneficio para a raça humana e seus dias que virão. E também me faço outra pergunta, se esses seres nos criaram para sermos seus servos, por que nunca vimos nenhum deles? Já li diversos livros sobre varias teorias e já assisti inúmeras reportagens sobre muito assunto voltado a vida extraterrena, porém não existe até hoje prova real e concreta de que eles existam ou que nos visitam. Existe sim relatos e teorias a respeito de acontecimentos supostamente escondidos por Estados e também historias religiosas de varias culturas do passado. Dai me pergunto onde estão esses seres hoje? se os mesmos conviviam frequentemente no passado, qual motivo para não mais nos comandarem ou visitarem? Sou sincero acredito sim em um Deus criador, mas minha mente não se fecha a questão de que o mesmo tenha dado origem a outras raças e que um dia possamos nos contactar de alguma forma. Porem ficar sempre procurando uma forma ou desculpa para excluir Deus de seu papel e nos ridicularizar ao ponto de afirmar que somos meros Lacaio de extraterrestres, isso sim me enoja e me deixa indignado. Bom é isso, fui.
A impressão que fica que o sistema de bases contendo apenas 4 delas foi o mais estável dentre outros sistemas que houveram nos primórdios da vida e o que sobreviveu nas condições adversas daquele tempo. Mas se houvessem mais bases, as moléculas de RNA e DNA não gastariam mais energia na replicação, prejudicando o ser que contivesse mais que 4 bases? Os tipos de proteínas que fossem “fabricados” não seria muito maior aumentando a entropia interna dos seres vivos e possivelmente provocando instabilidades que desfavoreceram seres como estes?
Off:
http://www.kotaku.com.br/joystick-astronautas-lua/
😀
Salvador, acredito que, tanto nossa existência quanto nossa sobrevivência, estejam ligados as variações genéticas além do processo natural evolutivo elucidado por Darwin. Consciência e linguagem humana são características que podem sim ter sido aprimoradas geneticamente há milhares de anos atrás quando modificações foram feitas em nossos ancestrais até que se chegasse até nós. Os relatos mitológicos de seres híbridos podem estar relacionados as essas tentativas de manipulações genéticas na antiguidade. Aliás, a mitologia dos sumérios fala dos anunakis como os primeiros a serem criados por este procedimento de alterações no DNA.
Mas essa não é a história que o DNA conta.
Qual história o DNA nos conta? a partir de que momento na escala do universo é considerado para análise? infelizmente não há amostras que permitam o estabelecimento de parâmetros comparativos se essa estrutura que conhecemos não pode ter sido manipulada a milhares de anos atrás, como a fazemos hoje. Essa demonstração de avanço técnico/científico pode ser herança genética de civilizações muita mais avançadas que de uma alguma forma no passado estiveram por aqui. Se aqui na Terra tem essa diversidade toda de formas de vida – e que adequam a ambientes inóspitos – imagina nesse vasto universo que não conhecemos nem o terreiro, enfim. Acredito na evolução natural provocada por composições e reações químicas, mas não descarto uma inteligência manipuladora que culminou na raça humana. Evoluímos de forma natural e local ou com ajuda sobrenatural e externa?
Você está engando. Prova disso é que taxas de divergência evolutivas baseadas em mutações naturais no DNA batem com o registro fóssil.
Refiro-me a ausência de amostras de períodos anteriores aos fósseis, que apareceram somente nos últimos milhões de anos, numa escala que estimamos em bilhões, acredito num elo que foi perdido. Mas os questionamentos não tem teor afirmativo, são apenas pensamentos compartilhados com especialistas na busca de explicações para um entendimento melhor, to afim de acreditar em qualquer coisa e escolhi o caminho científico para embasar as hipóteses.
Você está com o espírito certo, não há dúvida!
Hum, sei não. Não há como afirmar que a inserção de novos pares nitrogenados tornaria o DNA mais eficiente, simplesmente pelo pressuposto de que isso aumentaria sua capacidade codificadora. Se assim fosse, seria o caso de introduzirmos mais letras em nosso alfabeto para potencializar nossa comunicação. Será que nos entenderíamos melhor, teríamos mais livros, teríamos melhor compreensão sobre as coisas por isso? Não me parece.
Em teoria, poderíamos criar uma letra para cada ser, coisa e conceito existentes em nosso mundo, gerando um hiper-alfabeto. Não há como negar que haveria uma compactação de codificação, visto que todo esse comentário poderia ser escrito com uns 150 caracteres, apenas. Mas o que isso implicaria em relação à memória exigida para a utilização de um alfabeto desse porte? Creio que o custo superaria o benefício.
Assim, acredito que possa haver um número mínimo ótimo para a codificação de cada sistema, e que, no caso, poderia, sim, ser as “quatro letrinhas genéticas”.
De qualquer modo, cedo para dizer…
Valeu!
Diz-se que o Universo tem 13,8 bi Anos luz. A Terra tem 3,8 ou 4 bi. Nessa diferença da criação não foram criados outros mundos e seres que os habitaram e habitam? O “designer inteligente” só “bolou” e concretizou este nosso planetinha com esta nossa atual natureza? Pelo tempo que se decorreu, os “cientistas” tiveram muita atividade para resolverem botar nesta terrinha seres com somente quatro letrinhas de DNA, desde que era um planetinha novo para eles. Quando a Terra for mais velha, aí sim, os seres poderão possuir DNA mais aperfeiçoado para as condições existentes. É pena que vivamos somente um minuto em face da eternidade Tem-se que ter em mente que estamos sempre em evolução…
Às vezes, penso que o Universo inteiro é um grande experimento aleatório, nos moldes da probabilidade. Alguém jogou as variáveis possíveis e observou como tudo se desenvolveu. Ou seja, de certa forma, não refuto o design inteligente por causa dessa visão.. mas isso já é diferente de ciência.
Bem Salvador! E se os designers da biosfera terrestre, tivessem a intenção de criar um ser inferior para os trabalhos ou atividades que talvez eles não quisessem se expor?
Sou mais voltado à questão de que trata aquele livro: Eram os Deuses astronautas?
Até na Bíblia, que não dou muita importância, a não se pelos fatos históricos, fala que estes Deuses viviam acima da terra, ou seja no “céu” a nos expiar e e nos determinar leis através de seus “profetas”ou lacaios. Encontra se muito destes detalhes no livro apócrifo (refugado pela igreja por se tratar de informações desconcertantes à religião) de Enoque e a história dos anjos caidos).
Acho sim que fomos criados por uma inteligência maior, e não por aquela àquela teoria de que tudo surgiu por acaso (absurdo). Se tambem o Deus metafísico e físico ao mesmo tempo, nós criou seria tambem muito irônico. Mas todos acreditam naquilo que quer acreditar e não no que é viável. Não é mesmo?
Nesse caso, Claudio, eles criariam animais capazes de trabalho, não bactérias primordiais que evoluiriam pelos 3,5 bilhões de anos seguintes.
Sim criaram uma biosfera com variadas formas de vidas. Mas após alguns bilhões de anos depois voltassem (teoria do espaço e tempo) e melhorassem uma destas formas de vidas com intuito de criar um ser inteligente, mas inferior, à sua própria raça.(para falar a verdade não sei para que, mas pode ser o mesmo interesse que o homem tem pela ciência e genética).
Hê Hê ! Parece fantasia, mas quando se trata de seres bilhôes de anos de evolução à nossa frente nada é impossível!
X-Man!! Simplesmente o INICIO….
Boa
Boa tarde, gostei muito do seu texto, mas gostaria de sugerir a hipótese de que, ao invés desses “alienígenas” terem criado um código genético e o deixado por aqui, por pura experimentação; eles tenham, na realidade, criado um plano, se embasando em seu conhecimento da natureza, muito mais vasto que o nosso, para que a consciência, e a evolução do ser se desse aos poucos, paulatinamente, aqui no planeta, fazendo com que o ser vivo tivesse gradativamente consciência de si mesmo, sendo essa “lentidão” necessária simplesmente pela forma de aprendizado da vida pela própria vida. Em suma, nossa capacidade metafísica vem aos poucos e aos poucos seria acompanhada pela nossa evolução física. Sou completamente leigo, mas tive alguns conhecimentos facilitados por um canal no YouTube, chamado Spirit Science, vale MUITO a pena checar!
Espero que esse comentário faça alguma diferença.
Gratidão.
Talvez o designer estivesse apenas matando job, meio bêbado ainda, quando desenhou nós humanos apenas com 4 letrinhas. Chamo essa hipótese de “O Designer Inteligente de Ressaca”.
Incrivel, nenhuma menção ao PT até o momento. Logo hoje que tem tudo a ver, pois o designer não estava bêbado, e sim roubaram as outras letras. Mesmo porque pro nove dedos quatro letras já tá bom, pra que mais? Coisa de bacana universitário…
Essa bactéria se reproduziu?
Desculpe, agora vi que ela replicou o dna. Por favor, desconsidere o comentário. Bons trabalhos os seus!
Salvador está ficando redundante elogiar o blog. Mais uma matéria sensacional, com texto excelente. Os defensores do desing inteligente devem estar arrancando os pelos do nariz com essa descoberta hehe…
Apesar disso tenho certas dúvidas a respeito da dita melhora do DNA inserindo mais bases na estrutura.
Suponha que lá no começo a vida tenha surgido com uma variação grande no número de bases. Haveria formas de vida com 4 bases, com 5, 6 sei lá mais quantas (ou menos quantas).
Aí entra em cena a nossa onipresente Seleção Natural.
Os seres com DNA de 4 bases se tornaram mais eficientes em passar adiante essa informação e “eliminaram” a concorrência. Será que estou viajando demais? Preciso tomar mais um café?
Abraços.
Pinhal
Pinhal, pode ter acontecido. Aliás, mais provável até que a vida tenha começado com 4 bases, e seu espalhamento já inibiu qualquer base alternativa. Outra possibilidade é que a vida tenha começado mais simples, com duas bases, e depois tenha se estabilizado com quatro.
É engraçado como ainda existem pessoas dando certezas absolutas em suas conclusões após tantos anos de experiências da humanidade em erros de conceituação, hipóteses e modelagem!
Você fez conclusões baseadas em argumentos bastante fracos para concluir esse assunto com tanta consciência da verdade.
Não estou defendendo um lado nem o outro sobre designer inteligente, etc, apenas discutindo o fato de julgar a eficiência genética natural baseado apenas em uma análise simples matemática de combinações. Há muitos mais mecanismos na natureza além de número de combinações como por exemplo a eficiência na reprodução, mutação, cópia, transmissão de informações, etc que por enquanto ainda não puderam ser testados, essa nova descoberta apenas abre as portas para novas possibilidades!
Só acho que seria mais sábio e fazer suas análises e conclusões com mais cuidados.
Salve, Salvador.
Pergunta: esse par de base nitrogenada replicada pelo DNA da bactéria tem alguma função? Altera seu comportamento?
Quanto a Deus, creio ser inalcançável em sua extraordinária simplicidade.
No momento, não. Mas esse é só o primeiro experimento, cujo objetivo era mostrar que o DNA alterado podia ser replicado. É um passo a passo…
Entendido.
Da pra se vislumbrar aplicações dessa descoberta científica em prol do aquecimento global.
Sem dúvida biologia sintética pode ajudar.
MASSA!
Penso na visão da seleção natural, ao longo da evolução a característica do DNA a partir de 4 bases nitrogenadas foi selecionada e se manteve em todas as espécies. Você não acha que se um DNA com 6 bases fosse evolutivamente superior seria favorecido e tenderia a aparecer em alguma espécie?
Luiz, isso supondo que DNA evolui. Sabemos que o código genético se conserva bastante — praticamente não evolui. Se o DNA segue a mesma linha, podemos supor que ele conservou os nucleotídeos originais, sem evolução.
Essas duas novas bases conseguem ser transcritas em RNA ?
Márcio. Experimentos em 2011 conseguiram incorporá-las ao RNA, mas o atual experimento não envolveu transcrição.
A sua tese parte da premissa de que o DNA de 6 bases é necessariamente mais eficiente do que de 4, e portanto um suposto “designer inteligente” o teria escolhido em detrimento do outro.
Mas acontece que o “bando de primatas” do século 21 acabou de conseguir fazer essa combinação e não teve tempo de observar suas implicações.
Quem garante que o designer inteligente não tenha feito essa e outras combinações e depois de muito estudo e observação optou pelas 4 bases, quem sabe até pela simplicidade e eficiencia da mesma?
Acho um tanto prematuro e presunçoso declarar a morte do designer inteligente.
Ruben, é possível isso. Por isso eu tomo o cuidado de usar o “provavelmente” quando digo que a ideia do design inteligente já era.
Ha uma cofusão no texto,ao misturar vida com formas de vida.Vida não tem definição não sabemos o que é;todavia sobre as formas de vida sabemos que são plasticas,mudam com o tempo com as condições ambientais e por manipulação como apresentado aqui.Sobre a vida sabemos que ela só é transmitida por outra vida, organismos não provem de elementos inorgânicos.Talvez algum dia criemos um ser vivo artificial,mas na natureza tal não se apresenta.A chave que fecha a questão é considerar o planeta como um ser vivo e inteligente que codificou o DNA com quatro bases,talvez eu esteja errado mas não temos nenhum alienigena nem qualquer ser divino para analizar-mos,contudo o planeta esta ai.Então a pergunta porque as formas de vidas com DNA de 4 bases só se desenvolveram aqui?
Excelente texto..Acho que 6 bases ao invés de 4 teoricamente seria mais vantajoso por aumentar a eficiência da transmissão de informação genética, visto que moléculas menores, e, portanto, com menores chances de falhas na duplicação (facilitaria muito o trabalho da DNA polimerase), implicariam em uma chance maior de sucesso da reprodução.
Quanto ao designer inteligente, a hipótese de que e a vida na Terra teria sido originada por extra-terrestres não estaria completamente descartada por esse fato, visto que os mesmos poderiam não ter a tecnologia necessária para criar o DNA com 6 bases bilhões de anos atrás. Mas quanto ao ser onipotente, que criou todas as leis do universo, esse sim teria condições de organizar o DNA de maneira mais eficiente, pois “tecnologia” não seria problema. Assim como um dos maiores problemas dessa hipótese está no fato de que o corpo humano é extremamente complexo, porém não é perfeito (doenças auto-imunes, o próprio envelhecimento), como seria de esperar se a criação fosse feita por um ser que domina todo o tempo e espaço e controla todo o “destino” do universo.
Samuel, o duro é os ETs serem toscos em engenharia genética, mas excelentes em voo interestelar…
Verdade, excelente observação..
Hehehe…. basta perguntar para toda a comunidade de físicos que promoveu a revolução quântica, o desenvolvimento da teoria da relatividade (além todo o arcabouço téorico que temos hoje) se algum deles entende algo de engenharia genética. Saber voar não implica em saber nadar. Pode-se ser excelente em matemática e péssimo em história.
Sim, o difícil é uma civilização inteira só estudar mecânica quântica.
Não acho que isso refuta a teoria do design inteligente, mas imagino eu, que poderia ter sido apenas uma experiência, serem inteligentes lançaram vida neste planeta com base em 4 “letras” pra ver o que ia acontecer. E deu no que deu.
Pode ser. Mas aí temos de pensar que esses seres eram avançadíssimos na tecnologia de viagens interestelares, mas piores que a gente em engenharia genética. É forçar a amizade.
Não são coisas mutuamente excludentes. Uma civilização pode ser ótima em viagens espaciais e péssimas em engenharia genética. Falhou.
Não digo que seja impossível. Só que seja muito improvável. Quer ver por quê? Quem desenvolve energia nuclear vai descobrir envenenamento radioativo. Quem descobre isso, vai estudar a raiz do problema e vai chegar em mutações no DNA. Quem chega no DNA vai estudar hereditariedade, mecanismos de correção de mutações e acabará chegando em engenharia genética. Mesmo que comecemos com uam civilização desinteressada de biologia (o que é contraditório com o suposto desejo de explalhar vida no universo), ela vai acabar chegando à engenharia genética através da física nuclear — passo essencial para desenvolver tecnologia de voo interestelar.
É só jogar Civilization V pra entender isso aí.
🙂
Já dizia Machado de Assis, nos menores frascos se encontram os melhores perfumes!Seu ceticismo as vezes chega a ser patético, tão dono de si, tão senhor da razão, consegue de uma só patada, digo de uma só tacada, descartar a criação divina como também uma intervenção de uma civização mais evoluida…Esquece que, se hoje tens a oportunida de publicar esses teus artigos “etimologicamente preconceituosos” se deve a uma simples combinação de 0 e 1
Note que eu não descartei Deus. Descartei apenas a intervenção direta Dele (ou de alienígenas inteligentes) na concepção da vida terrestre.
Wagner não sou o escudeiro-mor do Salvador, mas seja civilizado, educado e bastante ponderado nas suas mensagens, que visto por terceiros mostra apenas grosseria. O Salvador não está impondo suas idéias ou pontos vistas, mas apenas divulgando as “novas” das ciências e se isto te incomoda tanto, creio que leu matéria errada.
Tetsuo, isso é que é ter classe em responder!
Eu sei que a pergunta pode parecer meio boba e absurda, mas…
Qual a possibilidade disso viabilizar a criação de (ou a transformação de vida já existente em) Pokémon na vida real? KKK
Putz, não estou familiarizado com. Pokémon. Vou tentar obter mais informações com meu filhinho de 5 anos e te retorno! 😛
Bela resposta, vale um parabens
Salvador, com seis letras “muitas mutações seriam inócuas, resultando em maior estabilidade”. Isso significa que o lapso temporal entre a primeira forma de vida unicelular e as formas de vida mais complexas e capazes de se lançar à exploração do cosmo também seria maior? Quer dizer, o número de mutações necessárias para ir de uma simples bactéria a um ser complexo dotado de inteligência seria bem maior do que o número de mutações verificados na Terra – e, portanto, o lapso temporal entre essas mutações também seria maior. Ou não necessariamente? Se uma coisa (seis letras) implicar a outra (maior lapso temporal entre e ), então talvez quatro letras seja o ideal para alcançar uma civilização em tempo “ideal” (digo “ideal” do ponto de vista dos designers alienígenas – que estariam neste momento prestes a fazer contato, quem sabe…)?
Heitor, mas o “ideal” extraterrestre também não parece bom por esse aspecto. Quase 4 bilhões de anos até a iteligência é jogar com a sorte. Se o atraso fosse 500 milhões de anos maior, já teria inviabilizado a existência de uma civilização na Terra.
Novamente, baseado no real como única forma possível de tudo existir. Quem garante que um lapso de 500 anos não tornaria as coisas melhores ou piores?
Ninguém garante. Por isso tenho o cuidado de usar o “provavelmente”. Mas note que um dos cuidados que os pesquisadores tiveram foi de notar que o mecanismo de reparo do DNA não reconhece as bases como “estranhas”. Logo, ela não deve causar mais problemas que suas colegas naturais.
Salvador, desculpe, mas achar que a inteligência na Terra só surgiu somente agora, após 4 bilhões de anos é um pouco egocêntrica, ninguém pode saber se não havia ou não um principio de vida inteligente a 65 milhões de anos (ou antes). O mesmo cataclismo que acabou com os dinossauros, pode ter exterminado alguma vida inteligente que havia (se é que havia). Se faziam fogo ou trabalhavam ferramentas ou viviam em cabanas ou tendas, 65 milhões de anos foi tempo suficiente para apagar qualquer vestígio. Acho presunção achar que somos a única e primeira espécie inteligente do planeta. Podemos até ser, mas não temos certeza. ou temos?
Não temos certeza, mas temos boas pistas.
http://api.ning.com/files/mi*wDuPfbR2wDfI75SHXrWwFBEQiSg10TdMoAT-BYEKKvkZIweNEMOikPnSKOT9ePf-26aJNTPPu3yM4pTFSBCMpr*x9eoC5/O_Codigo_Cosmico_Zecharia_Sitchin.pdf
A ciência, exatas ou humanas, tem avançado a largos passos, o problema é o nosso pouco tempo de vida.
Benjamin Disraeli, disse: “A vida é muito curta para ser pequena”.
Valeu pela matéria.
Fantástico!! Grato pela informação…
Eu sou ateu, assim como você supostamente… pode haver um Deus mas como você mesmo mencionou, somos talvez micróbios dos micróbios das células dos micróbios e talvez menor em sentido de um universo praticamente infinito ao nosso ver… E existem vidas menores que a gente dentro da gente e fora no nosso planeta… Vida dentro de vida… dentro de nós há vida… nosso campo de visão e estudo são limitados ao que podemos ver…
Mas muito boa a matéria… agora, designer inteligente vamos dizer que falha nessa hipótese… mas se você pensar que poderia ser um designer inteligente que criou algo maleável?
Esses dias, vi uma matéria sobre cientistas que conseguiram induzir moléculas de oxigênio dentro da corrente sanguínea fazendo com que fosse possível “sobreviver” por um período (enquanto houver estoque das mesmas no nosso sangue) sem respirar…
O que faz de nós, nos tornarmos maleáveis, mesmo que por um momento… podemos mergulhar na água por exemplo, e sobreviver sem respirar… eram pesquisas mas que já funcionavam em ratos… ta entendendo aonde quero chegar?
Carlos, acho que qualquer designer embutiria maleabilidade se criasse vida — e isso é justamente a evolução por seleção natural! Quanto à minha inclinação religiosa, sou agnóstico.
Eu trabalho com projetos em diversas áreas, envolvendo automação e inteligência artificial, desde o começo de minha carreira lembro-me de um conselho que diversos tutores de deram: “Small is beautiful” ou seja: sempre que começar algo comece pequeno e veja o resultado, depois acrescente gradualmente mais complexidade. Vai saber se não continuaremos o trabalho de alguém ou quem sabe não era essa a intenção desde o começo: que perceberíamos que haveriam outras formas de fazer melhor, mas para isso teríamos que perceber através de um modelo mais simples 😛 LOL pirei…
Belo texto! Parabéns!
Imagine se pudermos criar seres cujo DNA esteja baseado em mais que os ATCG e isso gerasse criaturas bizarras. Poderíamos fazer isso em um corpo celeste qualquer, para ver os resultados.
Porém, teríamos que nos certificar que os ingredientes que usaríamos no DNA sobreviverão no planeta hospedeiro.
Os deisgner alienígenas não teriam testado isso na Terra, e apenas a combinação ATCG foi a melhor opção ?
abs,
Comentários de religiosos biblirutas de mimimi, começando em 3… 2… 1…
Bom dia Salvador.
Não é meio prematuro dizer que melhoramos o projeto da vida independente de ter sido criada por um intelecto ou não?
Se eu tenho um carro que foi projetado por engenheiros e eu faço uma modificação no sistema que controla o motor e consigo aumento de potência não significa que melhorei o projeto. Para mim pode parecer que sim. No entanto, essa modificação pode ter um desdobramento que eu ainda não imagino. Um encurtamento da vida útil talvez. Nesse caso , depende do propósito da máquina. Durar mais ou ter mais desempenho.
Verdade, Edson. É cedo para dizer. Minha análise é baseada apenas na qualidade codificadora do DNA.
“hipotético projetista da vida”. Salvador, vc dá a cutucada para ver o circo pegar fogo, né? heheheheheh ATEUS 3, 2, 1 e sr. EU pode falar………………
Vou falar não, o Salvador já falou tudo o que precisava.
O resto vai ser redundância ou mimimi, inclusive os vindo dos religiostras.
rsrsrsrsr
Fiquei pensando… Talvez quatro seja o minimo de letrinhas pra se ter vida… Algo assim, como 3 pontos é o minimo pra se ter um poligono 🙂
Chamar de DNA alienígena só porque a natureza não usa hoje em dia é forçar a barra… veja todos os animais extintos: eles não estão por aí, mas nem por isso são alienígenas. Pode muito bem ser que a Natureza tenha “descoberto” e descartado esse DNA no passado
Etimologicamente, alienígena significa “de origem estranha”. Note que não usei a palavra “extraterrestre” como sinônimo. Mas, de toda forma, se encontrássemos uma bactéria com DNA de seis bases, tenderíamos a pensar nela como alienígena no sentido de extraterrestre. Essa ideia nem é minha: li primeiro num livro de Peter Ward, sobre astrobiologia.
Boa resposta em Salvador.
Mas você argumenta que a seleção natural preferiu nos deixar com 4 bases em vez de mais ou menos bases e que seria possível refutar esse design inteligente pois, com 6, poderíamos ser melhores.
Porém, peca no ponto de que pode ter havido uma época da humanidade em que sintetizávamos mais ou menos do que 4 bases e os seres de 4 bases “venceram” a disputa.
É totalmente imprudente afirmar com tanta certeza que mais ou menos bases nos tornaríamos melhores ou piores.
A única certeza da notícia é: uma bactéria específica aceitou 6 bases.
Tudo além disso, antes da comprovação, é mera especulação. E especulações que assumem que é impossível evoluir – ou involuir -, a partir do estágio atual da humanidade, quebram qualquer tipo de argumentação. Somos o resultado de muitas evoluções e a evolução continua a operar. E se 6 bases for uma involução?
Não disse que a evolução produziu 4 bases. Evolução darwiniana só pode acontecer depois que você já tem as bases.
Somente para ilustrar, caso qualquer estrangeiro vá trabalhar no Japão ganhará um “Alien ID” ou, no Brasil, Carteira de Identidade de Estrangeiro.
Bom dia, Salvador. Hoje você amanheceu inspirado, mesmo! maravilha de texto. sério, lin
guagem facil, gostoso de se ler. percebí durante
a leitura uma influência do CARL SAGAN, que es
tou constantemente relendo. Bom saber que pode
mos contar com uma nova versão do grande cien
tistas das massas. PARABÉNS e obrigado.
Bom dia Salvador!
Tu pegaste pesado hoje!
Para eu tentar entender, vou fazer uma analogia simplista com os processadores onde ATCG já extrapolam os “uns” e “zeros”; desde o primeiro processador até os dias atuais os números dos dados “trabalháveis” dependem dos espaços de endereço e de dados e tais espaços são definidos pelo valor “dois” elevados potência η, onde η hoje estaria em sete, portanto, 128. Como ficariam os processadores nos dias atuais, se, além de uns e zeros pudéssemos trabalhar com algo que fossem definíveis para + ou -, não os sinais matemáticos, mas um conceito onde o zero não fosse a nulidade completa, mas ainda não atingiria o nível de um? Há muitos anos soube que havia algo caminhando neste sentido e que se denominaria “fuzzi logic”, mas depois não encontrei matérias neste campo.
Se, quatro letrinhas base permitem milhões de combinações nos seres vivos, regulando suas reproduções, heranças genéticas etc., eu nem ouso a imaginar as possíveis realizações se a ciência puder agregar mais uma, duas,…η letras no DNA e os novos seres se replicarem. Poderíamos criar monstros perigosos como foi a busca pela bomba atômica no projeto Manhattan? Hoje, após décadas, como resultantes daquela bomba atômica temos geradores de energia, equipamentos para o combate de doenças que não reagem a medicamentos e outras infindáveis aplicações que devem estar sendo desenvolvidas nos laboratórios.
Sejam pela matemática ou pela biologia, abrem-se novos campos onde eu, como simples mortal já decaindo além da meia vida, não consigo imaginar os resultados que advirão.
Obrigado por fazer exercitar os pares “tico e técos” da massa cinzenta.
Tetsuo, as perspectivas para a biodiversidade “sintética” parecem incríveis mesmo.
Excelente comentário, Tetsuo!
Concordo com você quando diz em seu comentário nos monstros que poderíamos criar, vírus poderiam evoluir e trazer sérios problemas para humanidade. Não estou sendo pessimista! Claro que os cientistas sabem disso. Essa “brilhante” sopa de letrinhas não da indícios de como ira evoluir, nem sabemos como chegamos a esse estágio com nosso DNA com nossas quatro bases tradicionais.
Como sou otimista, vou apostar numa futura fase histórica na área medicinal. 🙂
Abraços.
Rodrigo o sentido que dei para monstros seriam os efeitos das primeiras explosões, mas a energia nuclear dominada, hoje nos é muito útil. Por instintos de auto preservação sempre receamos o novo, mas eu apoio toda e qualquer pesquisa que nos ampliem os conhecimentos.
Tetsuo, excelente seu comentário…mesmo tendo formação em economia, sou apaixonado por estruturas genéticas…uma curiosidade que tenho: o exponencial…e em -η? como poderíamos compreender novas estruturas identificadas a partir de formas anteriores as partículas subatômica…
Tetsuo, acho q vc está tentando falar sobre processadores quânticos, onde adiciona-se mais um nível ao antigo código binário, agora além do 0 e 1, tbm temos o terceiro elemento q é 0 e 1 ao mesmo tempo, ampliando a capacidade de informação de cada bit de ^2 pra ^3.
Uma manchete toscamente apelativa. Nada “alienígena” foi produzido ou descoberto. Trata-se apenas de mais uma irresponsável manipulação genética ameaçando a integridade da raça humana. Cientistas pervertidos, sem moral, sem escrúpulos e sem Fé, agem sob o encanto da serpente e produzem verdadeiros monstros. É a degradação da Ordem estabelecida por Deus. Triste.
Ah-hã.
Faltou o “Senta lá Claudia!”
Fiquei com preguiça. rs
Se você pode desmerecer Deus, tem que aceitar que alguém desmereça a ciência 🙂
Respeito pelo pensamento alheio é a premissa básica de uma argumentação.
Não estou desmerecendo Deus. Muito pelo contrário, estou sugerindo que Ele deve ser muito melhor do que essa criação imperfeita — o DNA com “apenas” quatro bases.
Este Salvador Nogueira de Tal, com certeza, tem em suas raizes genêticas, dna de espinhos, quão surperficial consegue ser… !
Vai ver que eu sou fã do princípio holográfico. (Os entendidos entenderão.)
rs…..
Ninguém merece ler um comentário desses as 08:30 hs “da madrugada” de sexta-feira, além do mais com esse tempo nublado…
Sugiro a criação de um espaço exclusivo para Religião, assim quem quer aprender ficará livre deste tipo de “sabedoria”.
Parabéns, Salvador! Por isso sigo você no face e não me arrependo nem um pouco.
Tentando encontrar como essa descoberta ameaça “a integridade da raça humana”.
alienígena
a.li.e.ní.ge.na
adj e s m+f (lat alienigena) De origem no estrangeiro; estranho, forasteiro. Antôn: indígena.
Ninguém falou em extraterrestre.
Seu desencanto e tristeza me levam a te recomendar o seguinte: existe na Internet um Guia Samurai para o Harakiri. Leia-o cuidadosamente e seguindo as instruções paso-a-paso pratique até ser bem-sucedido…
AUHuhAHUHAUhuAHUA sensacional, diabão.
pseudo-Lúcifer, vc é fake, o verdadeiro está trancado e incomunicavel.
Zzzzzzzz…….
E o pior…criou-se isto a imagem e semelhança….pois é! Pois é!
Existem vários tipos de laboratórios, com níveis de segurança. Uma experiência deste tipo é feita em laboratórios, onde a chance de contaminação do meio externo é minima.
Então pode ficar tranquilo. Agora,em relação a fé vc pode ficar preocupado, principalmente se vc acha que esta pesquisa questiona seus conceitos. Não vejo nada aqui que possa contrariar religiões…talvez somente as fundamentalistas. Mas estas já nascem contrariadas por qualquer coisa.
E o que significa o uso de duas letras a mais — ou de quatro letras diferentes das nossas, ou de dez letras — no mundo macro e no dia-a-dia? Olhos de outras cores? Telepatia? Pergunto porque, se “só” com as quatro de sempre, a vida já existe nessa absurda diversidade atual, então o que esperar da mudança das bases na prática?
Dan, a verdade é que não sabemos. Mas o ponto nem é esse. o ponto é que um DNA com mais letras genéticas compactaria mais informação em menos molécula.
Mas a minha dúvida era exatamente essa: o que significa essa “mais informação” na prática. Bom, mas você respondeu que ainda não temos como saber e essa é a resposta, infelizmente. Eu estava curioso. Seres sencientes feitos de gás? Visão de infravermelho ou ultravioleta? Galinhas que voam??
O que eu entendi com “mais informação em menos molécula” é o seguinte: Imagine que você precisa escrever a mensagem “Eu acesso o Mensageiro Sideral!”.
Se você escrever esta frase em Português, vai usar 31 caracteres (contando os espaços em branco). Já se escrever em Francês a mesma frase seria “Je accéder à la sidéral Messenger!” com 34 caracteres (traduzido com o Google Translator, não conheço Francês, se a tradução não estiver correta me desculpem).
Ou seja, a mensagem é exatamente a mesma, porém uma ocupa mais espaço do que a outra.
Se a molécula de DNA tiver 6 letras ao invés de 4, ela pode carregar a mesma informação e ser menor. Ou poderia até carregar mais informação e ser do mesmo tamanho, daí a ideia de ser mais eficiente.
Agora o que significa na prática a mesma molécula carregar mais informação? Aí é difícil dizer…. a vida na Terra teve alguns bilhões de anos para evoluir, e fez tudo isso com essas 4 letras no DNA, que podem não ser a forma mais eficiente de transmitir a informação, mas que se mostrou suficiente para evoluir em todas as formas de vida que já passaram por esse planeta. Com a experiência comentada neste post, podemos ver que também é possível a vida evoluir com um DNA de 6 letras, mas como a seria esta evolução? Ela conseguiria sobreviver por tanto tempo? É difícil dizer pois não temos os mesmos bilhões de anos para aguardar e ver o que acontece…
Creio ser equivocado afirmar que o DNA de 6 nucleotídeos é “mais eficiente,
uma vez que pode codificar mais informação com moléculas menos extensas.”
“Eficiência” no contexto biológico vai muito além da capacidade de codificar mais
informação genética.
Por exemplo, algumas plantas possuem um genoma 100x maior do que o do ser humano
(portanto poderiam codificar muito mais informação). Contudo, elas são incapazes de cognição.
A mente humana é capaz de criar muitas coisas, que podem parecer eficientes ao
se observar uma pequena janela de tempo – como os veículos a combustão.
Contudo, o preço ecológico pago por esta invenção nos faz questionar, após décadas de
exploração, se isto realmente é eficiente.
Portanto, entendo que é muito prematuro dizer, a partir de um único trabalho,
sem uma análise de longo prazo, que criamos algo “mais eficiente”.
Tiago, a questão não é se tamanho do genoma implica nível de complexidade. Só significa que é mais eficiente codificar uma mesma quantidade de informação com um alfabeto genético mais extenso. Mas concordo com você que é cedo para dizer que um DNA de 6 bases seria vantajoso a longo prazo. Só podemos fazer uma análise matemática simples no momento.
Agora você se contradisse, Salvador. Veja o que o senhor escreveu:
“Ao mostrarem que o DNA pode tomar formas mais complexas — logo mais eficientes, uma vez que podem codificar mais informação com moléculas menos extensas”
O senhor equivale complexidade = eficiência.
Nem sempre, mas neste caso sim. Se você precisa de menos caracteres para transmitir uma mesma informação, sua comunicação é mais complexa e mais eficiente.
Ainda hoje, lendo sobre literatura, li que palavras em inglês, por terem menos variação, são melhores para passar informação direta.
Eu como, tu comes, ele come, nós comemos, eles comem, vós comeis. Eu comia, tu comias, que eu coma, que tu comas, e por aí adiante, enquanto em inglês é eu comer, tu comer, eles comer, eu comer no passado, eles comer no futuro…
Mais simples e mais direto.
Que idioma é mais falado no mundo todo e mais simples de se ensinar e reproduzir, o inglês ou o português? Ou ainda, seria o japonês?
Se vc consegue resultados funcionais com menos recursos, pra quê complicar? Aliens
Bom, se a possibilidade de ampliação de bases genéticas permite uma melhor adaptação, deve-se levar em conta também a possibilidade de mutações nessas bases por fatores naturais – como ocorre naturalmente -, portanto, essa probabilidade de “melhor de adaptação” viria em conjunto com a probabilidade de uma maior quantidade de mutações genéticas decorrentes de fatores naturais e artificiais a afetar o organismo vivo que dela se formasse.
Ou seja; mesmo com a seleção natural, poderíamos ter uma “renca” de organismos pluricelulares inviáveis sendo produzidos em quantidade bem maior do que os viáveis.
Eu ainda acho muito cedo para esse “oba oba” todo a respeito dessa descoberta, afinal, a viabilidade genética dessas células em organismos multicelulares pode representar uma maior problemática de ordem prática em função da complexidade maior das bases genéticas e influência de fatores mutagênicos.
Ou seja, pode ser que o câncer, em vez de “curado”, pode na verdade se tornar bem mais comum nesses tipos de organismos.
Ou estou enganado Salvador?
Abraços
Igor, note que com mais letras você também pode criar mais robustez, pois é possível criar mais redundância. O código genético já tem uma certa redundância: você tem 64 códons e só 20 aminoácidos usados pela vida. Se tivéssemos seis letras genéticas, teríamos 216 códons, para os mesmos 20 aminoácidos! Portanto, muitas mutações seriam inócuas, resultando em maior estabilidade, em vez de instabilidade!
Mas note também que a “instabilidade” de mutações também pode ser algo interessante no contexto da emergência de um processo evolucionário. É esse processo que permite a adaptação dos organismos a diferenciais de ambiente, tanto no espectro temporal quanto no espacial. Deve haver um nível intermediário de “erros” de replicação que é ideal para a manutenção do processo de continuidade da vida.
Acredito que seu argumento é passível de ser verdadeiro, mas não é necessariamente relevante.
Podemos imaginar que determinadas características moleculares das bases nitrogenadas podem ser determinantes para se alcançar esse nível ideal de “erros” de replicação. Isso se daria por características moleculares específicas das bases como afinidade química, massa molecular, eletronegatividade, momento dipolar, etc. E obviamente essas forças são existentes na replicação genética…
Pelo que eu li na reportagem do Independent há novos aminoácidos:
“Expanding the genetic code with an extra base pair raises the prospect of building new kinds of proteins from a much wider range of amino acids than the 20 or so that exist in nature. A new code based on six base pairs could in theory deal with more than 200 amino acids, the scientists said.”
Sim, existem mais de 20 aminoácidos, mas por alguma razão estranha a vida evoluiu para usar só 20. Essa é uma outra história, mas podemos imaginar grandes transformações biológicas com alfabeto e tijolos proteicos expandidos…
Navalha de Occam ou Lei da Parcimónia – “entia non sunt multiplicanda praeter necessitatem”
Ou seja, por esse princípio, com 6 bases a maionese vai desandar…! 🙂
A navalha de Occam não sugere isso. Se sugerisse, estaria errada, porque teríamos de concluir que o universo só deveria ter uma força, um tipo de partícula, um tudo… A navalha de Occam sugere que, de todas as explicações disponíveis para um fenômeno observado, devemos optar pela mais simples. No caso em questão, a hipótese mais simples é que o DNA de quatro bases não foi otimizado por uma inteligência.
Depende do critério para otimização: flexibilidade, custo (assim pensam projetistas) ou outros que não conhecemos ou entendemos ainda. Ou a vida é simples acaso, e neste caso 4 é mais provável que 6, 8, etc.
Salvador,
A navalha de Occam também não diz que todos os sistemas ou processos devam ter apenas UM elemento.
Se o DNA de quatro bases não fosse idealizado por uma Inteligência; por que a vida deu certo? e ainda existe e se reproduz naturalmente?
E nesse experimento as bases X e Y dependem de Interferência Externa Inteligente (designers-homens) para alimentá-las e controlá-las. Assim como todo o experimento houve várias interferências inteligentes humanas (DI) nos experimentos, incluindo condições de temperatura, equipamentos e adição de ingredientes, liquidos para inserção das bases etc, numa estrutura com escolhas já predeterminadas envolvendo intenção, ordenamento, controle, inteligência.
Assim como tudo no universo exibe design, complexidade, inteligência, beleza e organização. O que naturalmente requer uma Causa Criadora Inteligente. Atribuir tal organização a entidades não inteligentes, aleatórias, inanimadas, irracionias, incognisciveis é um assassinato da lógica e da razão.
O ciclo da água continua funcionando, sem milagres, e não depende de uma inteligência. De onde você tirou que fenômenos duradouros e resilientes implicam inteligência? E de onde tirou que as coisas no universo exibem design? Você viu a simulação da evolução do universo que fizeram esta semana? 13,8 bilhões de anos de história sem uma única intervenção da tal Causa Criadora Inteligente…
Princípio da causalidade bem aceito pelos físicos – “Todo evento requer uma causa”.
O ciclo da água e outros processos, inicialmente dependeram de causas ordenadoras mantenedoras.
É muita desonestidade chamar de “evolução” um caos de matéria, gases, energia e radiação… ademais, qual a causa/origem desses elementos?? e do tempo e do espaço para tal condição?? e ainda a formação das mais de 100 constantes e leis físicas reguladoras do universo??
A tal SIMULAÇÃO do computador é outro belo exemplo de D.I. que precisou de várias interferências humanas inteligentes pra conseguir rodar o programa de acordo com essas leis e constantes universais.
Cícero, não tem mais de 100 constantes. Mas, claro, tem algumas — acho que talvez Deus tenha tido um papel no estabelecimento desses parâmetros. Não há no momento teoria que explique essa “regulagem”. Contudo, esse é o único espaço onde ainda cabe o Deus das lacunas. De resto, a divindade, se existe, decididamente optou por uma abordagem “hands-off”.
Legal! pelo menos vc já adimte o papel de Deus na maionese.
Mas se Ele tivesse deixado a ‘maionese’ em “hands-off” será que teríamos ainda os 13,8 bilhões de anos??!! ainda mais neste exótico e excêntrico planeta cheio de vida abundante e multiforme?
É só ver a dita simulação pra saber que sim. Cícero, não sou um cruzado antirreligião. Mas não suporto que deixem a ignorância se sobrepor ao conhecimento. Pode acreditar em Deus quanto quiser para dar sentido à sua vida. Só não tente explicar coisas como física, química e bioquímica com Ele…
O progresso da ciência e da humanidade foi graças aos inúmeros cientistas cristãos do passado e hoje. A lista é grande eu poderia citar.
Mas não só eles, né? Muitos cientistas não-cristãos também ajudaram. O que no fundo revela a natureza da ciência — pouco importa a sua religião. Se você trabalha com a racionalidade e o método científico, sua crença é o de menos. Todos podem contribuir. 😉
Salvador, sou completamente neófita sobre este assunto, mas recentemente vi algumas coisas sobre esta hipótese do design inteligente, que dizia que nosso DNA original teria inicialmente 12 combinações e que foi “desligado” de propósito, para que fossemos uma raça servil e sem muita capacidade de raciocínio. Ha também outras explicações mitológicas entre varias culturas de que seriamos seres mais evoluídos, mas as condições adversas do planeta no inicio nos confinou ao que somos hoje. E tem também a hipótese levantada por Maturana que a evolução nem sempre é o melhor para a espécie, sociedades mais evoluídas e pacificas acabaram dizimadas por sociedades bélicas, aquelas das quais descendemos. Abraço, paragens pelo site.
Vania, nunca vimos DNA natural que não fosse com as quatro bases, então qualquer hipótese como essa é mero chute. O que sabemos é que o DNA com 4 bases não é a única opção possível, e possivelmente (como tento mostrar no texto) não é a melhor, o que parece derrubar a hipótese do design inteligente. E de servis nada temos, hein? Se fôssemos todos cordeirinhos, não teríamos tido tantas guerras…
E evolução é um conceito técnico — é uma adaptação que leva à sobrevivência. Não pode ser “melhor” ou “pior”. Simplesmente é. Abraço!