Cinco provas da evolução das espécies
Este é um assunto dos mais controversos: a origem das espécies, desde as bactérias mais simples até os orgulhosos seres humanos. A razão básica da confusão é que algumas pessoas querem fazer crer que existe um conflito intrínseco entre a teoria da evolução pela seleção natural e as religiões. É mentira.
A ciência, aliás, não é inimiga da religião. As duas são naturalmente complementares, e existe beleza no equilíbrio — admirá-las igualmente pelo que são, tentativas de contextualizar a existência humana respectivamente nos níveis natural e espiritual.
Uma diferença importante entre elas é que a ciência, por sua própria natureza, se propõe a estabelecer (tanto quanto possível) fatos objetivos. Já a religião fala de “verdades” pessoais. Por isso cada um de nós pode ter suas próprias crenças, mas temos todos em comum uma única ciência. E também é por isso que neste texto, daqui em diante, vamos discutir apenas ciência. Começando do rasinho. Como se produz o conhecimento científico?
A coisa funciona do seguinte modo: primeiro deparamos com um fenômeno que desejamos compreender. Pode ser qualquer coisa. Um exemplo simples: como acontece a chuva? Diante do enigma, parte-se para formular uma hipótese. Podemos, por exemplo, imaginar que a chuva está ligada à temperatura da água. Se aquecida, ela vira vapor e sobe. Se resfriada, ela cai de volta no chão. Certo, temos nossa hipótese. E agora? A ciência dita que precisamos colocar essa ideia à prova. Testá-la com experimentos e observações.
Podemos esquentar a água com fogo e notar que, a partir de um determinado momento, ela começa a subir para o ar, na forma de fumaça. E se aprisionarmos esse vapor ascendente num recipiente notaremos que, ao entrar em contato com a superfície mais fria, ele volta a virar líquido. E percebemos que isso acontece também no mundo lá fora, embora em ritmo bem mais lento. Uma poça d’água desaparece sob a ação da luz do Sol e volta a se formar quando água cai do céu em forma de chuva. Grosso modo, a confirmação de nossa hipótese a converte em teoria. Ela não é mais só um exercício racional de adivinhação. Ela é uma explicação concreta que nos permite compreender e até mesmo prever fenômenos.
Essa nossa teoria simples da chuva explica toda a história? Claro que não. Sobre ela outros cientistas teriam de formular outras hipóteses, que explicam como a água pode evaporar mesmo que a poça inteira nunca atinja a temperatura necessária, ou como a água se aglutina em nuvens e o que acontece na atmosfera para fazê-la se liquefazer e, enfim, chover de volta ao chão. Essas hipóteses serão postas à prova e gerarão novas teorias, que tornarão nossa compreensão do fenômeno ainda mais refinada. Mas note que novas teorias não substituem as antigas. Elas aprofundam o entendimento, sem anular as conclusões obtidas antes.
É a tal história do Isaac Newton, que ao formular as bases da física moderna se disse “sobre os ombros de gigantes”. Ele construiu sua obra sobre alicerces sólidos. A ciência é um muro de tijolos. Novos tijolos são constantemente colocados no muro. Mas os antigos raras vezes são substituídos. No mais das vezes, eles continuam formando a parede, que fica cada vez mais alta, permitindo que enxerguemos cada vez mais longe.
Por isso é de uma desonestidade intelectual profunda acusar a evolução pela seleção natural de ser “apenas uma teoria”. Em ciência, uma teoria é o máximo que uma ideia pode chegar a ser. E ela atinge esse ponto só depois que foi corroborada por observações e experimentos. Só depois que ela se mostra a melhor explicação possível para um certo conjunto de dados.
É nesse contexto que vamos apresentar aqui cinco provas da evolução das espécies. Os mais atentos talvez queiram criticar meu uso da expressão “provas”, lembrando o filósofo da ciência Karl Popper, que sugere que observações só podem refutar teorias, mas nunca prová-las. Concordo com Popper. Mas uso aqui o termo “provas” no sentido jurídico. Imagine que estamos num tribunal, que julgará a veracidade da teoria da evolução. O Mensageiro Sideral se apresenta como promotor, apontando provas circunstanciais conclusivas. Decerto os opositores apresentarão seus argumentos de defesa nos comentários abaixo. E o juiz do caso? É você, caro leitor. Leia, reflita e julgue os fatos.
ANTES DE MAIS NADA, O QUE É A TEORIA DA EVOLUÇÃO?
Formulada por Charles Darwin e Alfred Russel Wallace independentemente e apresentada em 1858, ela parte de pressupostos simples e incontestáveis.
A primeira premissa é que os seres vivos de uma determinada espécie, por mais parecidos que sejam, apresentam, naturalmente, pequenas diferenças entre si. Isso é mais do que evidente. Basta olhar ao seu redor. Somos todos humanos, mas cada um é um pouquinho diferente do outro. Um mais baixo, um mais alto, um loiro, um moreno, e assim por diante.
A segunda premissa é que os seres vivos podem transmitir essas pequenas diferenças que os caracterizam a seus descendentes. E isso também é mais do que evidente. Por isso filhos de morenos são morenos, filhos de altos são altos, e por aí vai.
A terceira — e crucial — premissa é que, no mundo natural, algumas características são mais vantajosas que outras. Hoje, na população humana, isso não é muito evidente. Mas ainda acontece. Um exemplo: um pequeno número de pessoas na África parece ser imune ao HIV. Muitos esforços têm sido feitos pelos médicos para reduzir o impacto que o vírus da Aids tem na mortalidade humana, mas imagine um mundo sem medicamentos. O que aconteceria na África? Os que não resistem ao HIV morreriam, em muitos casos sem deixar descendentes. Os imunes sobreviveriam e teriam mais filhos. Ao longo das gerações, aumentaria a porcentagem de pessoas com imunidade natural ao HIV.
Isso é seleção natural. É a pressão que a natureza exerce para selecionar certas características e eliminar outras.
Pois bem. Até aí, absolutamente nada de controverso. O salto que Darwin e Wallace deram foi partir dessas premissas e concluir que, ao longo de períodos muito grandes de tempo, esse processo de seleção natural poderia produzir novas espécies a partir de um ancestral comum. Como eles chegaram a essa conclusão? Observando o mundo natural. Note, por exemplo, o clássico exemplo apresentado pelo próprio Darwin, ao refletir sobre os tentilhões — grupo de espécies de pássaro — das ilhas Galápagos, que o naturalista estudou pessoalmente ao passar pela América do Sul, em 1835. Ele notou que cada ilha do arquipélago tinha suas próprias espécies de tentilhões, cada uma com um formato de bico próprio.
Como explicar isso? Darwin imaginou que todos eles tinham um ancestral comum. Separados em suas respectivas ilhas, eles enfrentaram ambientes naturais ligeiramente diferentes, que por sua vez selecionariam características diversas. Ao fim de milhões de anos, terminamos com espécies diferentes de tentilhão.
O mesmo raciocínio pode ser aplicado a toda a vida na Terra, e foi o que Darwin e Wallace fizeram. Se imaginarmos que todos os seres vivos atuais têm um ancestral comum separado de nós por cerca de 4 bilhões de anos de seleção natural, temos uma explicação para a origem de todas as espécies. Uma explicação que é passível de teste. E que foi testada e corroborada de forma contundente, como veremos a seguir.
Um senão importante é que a teoria diz respeito exclusivamente à origem das espécies. Ou seja, como, a partir de uma única forma de vida, acabamos com uma biosfera tão incrível e diversa como a nossa. A teoria nada fala sobre a origem da vida em si. Como o primeiro ser vivo submetido ao processo de seleção natural veio a ser é outro mistério, um que ainda não tem uma solução científica clara (embora diversos caminhos promissores já se insinuem a esse respeito).
PROVA NÚMERO UM – O DNA
Manja teste de DNA, aquele usado corriqueiramente para determinar paternidade de bebês? Você acredita nele? Pois bem. Hoje temos tecnologia para comparar o DNA não só de humanos diferentes, mas de diversas espécies diferentes. Essa análise revela que todos os seres vivos que já investigamos têm algum grau de parentesco com todos os demais. Trata-se de uma confirmação incrível da teoria da evolução pela seleção natural. Tão contundente como um teste de paternidade diante de um juiz de família.
É interessante notar que, no tempo de Darwin, o DNA nem era conhecido, muito menos seu papel na transmissão das informações genéticas. Ele e Wallace estavam tateando às escuras, por assim dizer. Quando o DNA foi descoberto e, mais tarde, aprendemos a “lê-lo”, ele poderia ter refutado completamente a evolução. Bastaria para tanto que os organismos tivessem genes tão diferentes entre si que não se estabelecesse grau de parentesco entre eles.
Contudo, não foi o que se observou. Se olharmos para o DNA humano e compararmos com o do chimpanzé, descobrimos que a diferença entre eles é de cerca de 4%. Ou seja, a receita para a fabricação de um chimpanzé é, em 96%, idêntica à que produz um ser humano. O que isso significa, que nós evoluímos dos macacos? Claro que não! A afirmação de que o homem veio do chimpanzé está errada. Tanto o homem como o chimpanzé evoluíram de um ancestral comum, que não era nem uma coisa, nem outra.
O mesmo exercício pode ser feito entre outras espécies, com resultado similar. Também temos um ancestral comum com os camundongos. E com os répteis. E com os insetos. E com as plantas. E com as bactérias. E com todo mundo que já analisamos até hoje. O que nos leva ao motor da evolução por seleção natural — as mutações.
PROVA NÚMERO DOIS – MUTAÇÕES
Hoje conhecemos bem os mecanismos que existem no interior de cada célula para replicar o DNA. Há um sistema integrado de monitoramento e correção que tenta identificar falhas na replicação e impedir que elas se perpetuem — se preciso for, induzindo o próprio suicídio celular. No entanto, sabemos também que esse sistema não é à prova de falha. De vez em quando, pequenas mudanças passam. Acontece direto. Nas suas células. Agora. Na maior parte das vezes, ocorre em trechos do DNA que não codificam informação genética, e aí pode não haver consequência nenhuma. Se acontecem num pedaço de DNA que tem informação importante, podem produzir efeitos bem sérios. Na maior parte das vezes, esses efeitos são ruins — o câncer é resultado de mutações em células, alterações que atingem justamente o sistema que induz ao suicídio celular quando há falhas de replicação do DNA. As células saem de controle e se multiplicam sem parar, às custas do resto do organismo.
Contudo, em alguns casos, as mutações podem produzir manifestações que não incapacitam a pessoa. E, claro, quando acontecem nas células germinativas, precursoras de espermatozoides e óvulos, elas não afetam o sujeito em si, mas afetarão a geração seguinte — para o bem ou para o mal.
Isso não é ficção ou especulação. É fato. Note que os seres humanos diferem entre si no seu DNA em cerca de 0,5%. Ou seja, meu genoma é diferente do seu por essa quantidade. A maioria dessas diferenças consiste em mudanças em uma única letra, o que os cientistas chamam de SNPs (polimorfismos de nucleotídeo único, ou, mais simpático, “snips”). Sabendo que isso acontece e que a vida tem quase 4 bilhões de anos na Terra, o difícil é inventar um mecanismo que impeça a evolução. É muito mais complicado termos espécies estáticas, imutáveis, do que espécies em eterna transmutação ao longo das eras geológicas, movidas por mudanças pequenas e graduais. Bem, mas se essas mudanças foram graduais, não deveríamos ter formas intermediárias entre os animais vivos hoje? Claro que deveríamos! E temos! Basta olhar os fósseis.
PROVA NÚMERO TRÊS – FÓSSEIS
Na época de Darwin, os fósseis já estavam na moda, embora fossem poucos e incompreendidos. Foi justamente naquele tempo que começaram a ser identificados os primeiros dinossauros. Sabemos hoje com base em evidências geológicas concretas que eles viveram entre 230 milhões e 65 milhões de anos atrás. E uma olhada neles revela o que a evolução é capaz de fazer ao longo de períodos imensos de tempo.
Sabemos, por exemplo, que as aves modernas têm como ancestrais dinossauros terópodes. E como podemos saber disso? Além de observarmos características similares entre os ossos de um grupo e de outro, há algumas espécies extintas que parecem uma exata mistura dos dois. Pegue o arqueoptérix, por exemplo, que viveu cerca de 150 milhões de anos atrás. Ele é metade ave, com penas capazes de voo e asas, e metade dinossauro, com dentes e tudo. Tanto dinossauros como aves são as únicas criaturas que têm aquele famoso “ossinho da sorte”. E uma análise de proteínas remanescentes de uma coxa de tiranossauro mostrou em 2005 que o colágeno dos músculos do bichão é muito parecido com o das galinhas modernas. São provas incontestes do processo evolutivo.
E toda a árvore da vida está cheia dessas formas intermediárias, hoje extintas. Diversos hominídeos descobertos mostram um aumento crescente da caixa craniana de nossos ancestrais. Obviamente, aumento de cérebro (e de inteligência) foi favorecido pela seleção natural, o que explica o processo.
É verdade que não existe na Terra nenhuma espécie viva mais inteligente que a nossa. Mas isso não quer dizer que exista um abismo intransponível entre nós e nossos parentes no reino animal, em termos de comportamento.
PROVA NÚMERO QUATRO – COMPORTAMENTO ANIMAL
Costuma-se fazer uma distinção clara entre humanos e o resto do reino animal. Nós seríamos inteligentes, sofisticados, capazes de abstrações, conscientes de nós mesmos. Os demais não teriam consciência de si mesmos e seriam estúpidos.
Essa distinção é puro preconceito. A teoria da evolução por seleção natural sugere que essa escalada da inteligência e da consciência deveria ser um aclive suave, e não uma divisão abrupta. Se os evolucionistas estivessem errados, encontraríamos mesmo esse abismo. Mas os etólogos (estudiosos do comportamento animal) encontram cada vez mais evidências de que muitos dos atributos originalmente concedidos só aos humanos estão presentes no reino animal.
Veja os chimpanzés mesmo. Eles são menos espertos que os humanos, fato, mas ainda assim são bem espertos. E fazem coisas que, até outro dia, achávamos que fossem exclusividades nossas. Chimpanzés não falam, mas são capazes de aprender linguagem de sinais e conseguem comunicar ideias simples. Constroem e usam ferramentas rudimentares. Seu nível de inteligência para o uso de ferramentas é comparável ao de uma criança de cinco anos! Gostam de montar quebra-cabeças só por diversão, como nós. Conseguem contar até 40 e fazer operações aritméticas simples. E são capazes de algum nível de empatia. Não são animais estúpidos. São mais parecidos conosco do que gostaríamos de admitir. Não há vergonha nenhuma em ser primo dos chimpanzés. Apesar daquela mania horrível de jogar cocô nos outros, eles são legais e representam nosso elo mais próximo na imensa corrente da vida na Terra.
Apesar disso, seguimos caçando-os sem dó. Limitados à África, eles estão ameaçados de extinção. Estima-se que existam cerca de 150 mil chimpanzés em liberdade na natureza hoje. Humanos, são 7 bilhões. E subindo. Não é impensável que nossos parentes mais próximos passem à categoria de fósseis em pouco tempo. A situação dos gorilas, que também estão perto de nós evolutivamente, é ainda mais dramática. Seleção natural na sua forma mais cruel. Nossa inteligência, mal empregada, está os destruindo. A troco de nada. Quem é o inteligente mesmo?
PROVA NÚMERO CINCO – PSEUDOGENES
Os chimpanzés e gorilas podem sumir, mas a vida é um contínuo, graças à evolução. Em meio ao DNA dos mais de 7 bilhões de humanos, existem pedaços de genes de nossos ancestrais comuns, inativos, mas ainda lá. Esse talvez seja a maior evidência de evolução já encontrada. As mutações por vezes desativam genes não essenciais, tornando-os não funcionais sem inviabilizar a vida do indivíduo e a passagem da modificação à próxima geração.
Aí esses chamados pseudogenes continuam guardados no genoma, mas não servem para grande coisa no organismo. Viram algo como um “museu da vida”, guardado no interior das nossas células. Além de permitirem que, ao lermos suas sequências, possamos traçar com precisão nossa ancestralidade evolutiva, eles servem como uma “reserva” para o futuro da evolução. Especula-se que genes inativos possam, com novas mutações, tornarem-se ativos novamente, produzindo características novas que se submetam à seleção natural.
Os cientistas mais ousados, por exemplo, especulam sobre a possibilidade de reconstruir os genomas de dinossauros extintos “pescando” pseudogenes em seus descendentes — as aves modernas — e reativando-os. Díficil? Sem dúvida. Talvez até impossível para essas criaturas, que sumiram há 65 milhões de anos. Mas pode ser uma estratégia viável para trazer os mamutes, extintos há 12 mil anos, de volta à vida. São incríveis perspectivas que só se abrem porque a evolução é um fato.
O RESUMO DA ÓPERA
Como se pode ver, a evolução por seleção natural é uma teoria que explica muita coisa. Ela poderia ser superada por outro paradigma científico no futuro? Em tese sim. Mas onde está esse paradigma?
Alguns dizem que a melhor explicação para a diversidade da vida seja o que eles chamam de Design Inteligente — a ideia de que a vida é sofisticada demais para que suas incríveis nuances fossem produzidas pela seleção natural, e que somente uma consciência superior poderia ter produzido os seres vivos terrestres, individualmente, espécie por espécie.
Certo. É uma hipótese. Vamos testá-la? Se o Design Inteligente estiver certo, não devemos encontrar parentesco claro entre todas as espécies estudadas ao investigar seu DNA. Afinal de contas, se cada uma delas foi individualmente projetada por uma inteligência superior, não haveria razão para termos, por exemplo, distribuição similar dos genes pelos cromossomos em diferentes espécies. Aliás, deveríamos encontrar distribuições bem diferentes, otimizadas para cada forma de vida. Não é o que vemos.
Outra conclusão que advém da hipótese do Design Inteligente é que as diferenças entre as espécies não podem ser usadas para estimar a época em que elas divergiram (até porque, pelo Design Inteligente, elas nunca teriam divergido para começar, tendo sido criadas individualmente). Em resumo, deveria haver profundo desacordo entre estimativas da época da especiação feitas com base na genética e o registro fóssil. Nos casos estudados até agora, vemos que há acordo razoável. A genética sugere, por exemplo, que o ancestral comum entre humanos e chimpanzés viveu entre 5 milhões e 7 milhões de anos atrás. Os fósseis de formas intermediárias suportam essa estimativa. A australopiteca Lucy, por exemplo, que seria posterior à divergência, viveu cerca de 3,2 milhões de anos atrás. Ótimo encaixe com a teoria da evolução, péssimo para a concorrência.
Aliás, os fósseis em geral apresentam um desafio intransponível para o Design Inteligente. Porque eles revelam não só a época em que certas espécies foram extintas, mas também a época em que certas espécies apareceram. E vemos que as espécies surgem paulatinamente, num processo contínuo, ao longo de bilhões de anos. O Designer passou todo esse tempo por aqui, introduzindo uma a uma as novas espécies? E, curiosamente, adotou um ritmo de introdução das espécies exatamente compatível com o que seria produzido pela evolução por seleção natural, segundo nossas estimativas de mutações?
Outra coisa: por que o Designer usou formas intermediárias nesse processo? Por que ele teve de produzir Homo habilis, Homo erectus e Homo ergaster antes de fazer o glorioso Homo sapiens? Fosse uma criação inteligente e projetada sob medida, não precisaria de formas intermediárias. Só a evolução explica esse processo.
Por fim, uma conclusão possível do Design Inteligente é que espécies modernas seriam tão boas e adaptadas quanto possível. Existe espaço para aperfeiçoamento na biologia terrestre? Ô se existe. Outro dia, um grupo de pesquisadores inseriu nanocápsulas em células de plantas e melhorou o rendimento da fotossíntese em 30%. E nós, humanos, supostamente o supra-sumo, temos um apêndice, cuja única função parece ser causar apendicite, e os dentes do siso, que precisam ser extraídos na maior parte de nós porque não nos cabem na boca. Que diabo de projeto inteligente é esse? Por que temos órgãos vestigiais? Por que o Designer se deu ao trabalho de disfarçar toda a biosfera para fazer que ela evoluiu, se esse não foi o caso?
O Design Inteligente não explica nada. Nem de longe. E a evolução já tem evidências demais para que a descartemos como uma infeliz coincidência. Vamos aos fatos: entre nós e os chimpanzés, 96% de identidade no DNA. Se você prefere acreditar que nós e eles fomos criados separadamente por um Designer, tem de se perguntar por que esse Criador quis fazer você exatamente como se fosse primo dos macacos.
Deixo, afinal, uma pergunta para reflexão. Qual é o Designer mais inteligente: aquele que constrói um relógio automático, liga-o e vê, satisfeito, como cada ponteiro avança sozinho no momento preciso para marcar o tempo, ou aquele que constrói um relógio e fica, em sua paciência infinita, empurrando os ponteiros com o dedo a cada segundo para mantê-lo sempre marcando a hora certa?
só lamento ter perdido meu tempo lendo isto
Tudo bem. Provavelmente você não teria gasto em coisa melhor mesmo… 😛
Salvador, sou Católico praticante e ponto. Seu blog é sensacional, claro, elucidativo, educativo e ponto! Infelizmente e incrivelmente descobri seu blog há pouco tempo, mas agora em casa aplicarei uma nova regra com meus filhos: só estarão autorizados a acessar a internet se a primeira coisa que fizerem for ler um artigo seu. Congratulações!!
Heheh, assim minha responsa fica muito grande! Mas fico feliz com os elogios! Abraço!
Parabéns pelo texto Salvador. Aplaudindo de pé aqui 😀
Valeu!
Todas estas “provas”, são meras conjecturas especulativas.
Não há nada corroborado empiricamente que comprova a Macro-evolução.
Apenas explicações hipotéticas, com o uso excessivo da frase “Tudo leva a crer …”
Caro Salvador Nogueira, deveria ser mais humilde em suas declarações. De todas evidências que citaste, nenhuma delas de fato é uma PROVA CIENTÍFICA.
São apenas conjecturas e INTERPRETAÇÕES.
Se existisse alguma PROVA CONCRETA da Macro-evolução, então a TEORIA evolutiva não se chamaria teoria. Ela se chamaria LEI.
Azetech, as evidências são suficientes para descartar o design inteligente. Logo, mesmo que você ache o darwinismo imperfeito, é o melhor que temos. 😉
Richard Dawkins, cientista darwinista convicto e professor de zoologia na Universidade de Oxford, admite que a mensagem encontrada apenas no núcleo de uma pequena ameba é maior do que os 30 volumes combinados da Enciclopédia Britânica,77 e a ameba inteira tem tanta informação em seu DNA quanto mil conjuntos completos da mesma enciclopédia! Em outras palavras, se você fosse ler todos os A, T, C e G na “injustamente chamada ameba ‘primitiva ” (como Darwin a descreve), as letras encheriam mil conjuntos completos de uma enciclopédia
Quem ler Evolução em Dois Mundos (André Luiz/Chico Xavier/Waldo Vieira) encontrará o casamento perfeito entre Ciência e Religião proposto pelo Espiritismo.
Aprendi a “Teoria da Evolução” com minha esposa.
Somos negros, mas nosso filho tem olhos de japonês.
Ela me explicou que as espécies evoluem. Os filhos são mais evoluídos que os pais. Os japoneses são mais evoluídos que os africanos. Ao evoluir, nosso filho ficou com olhos de japonês. Simples assim.
Manoel, tenho certeza que um pessoal bacana vai comentar seu post para te dar umas dicas. Abraço.
Lembrando sempre que pai é quem cria…
Sem dúvida!
Sua esposa tem toda razão… kkkkk
Manoel, vou ilustrar seu dilema com uma anedota (adapte-a para sua realidade):
Um homem de 85 anos estava fazendo seu check-up anual. O médico perguntou como ele estava se sentindo:
– Nunca me senti tão bem – respondeu o velho – Minha nova esposa tem 18 anos e está grávida, esperando um filho meu. Qual a sua opinião a respeito?
O médico refletiu por um momento e disse:
– Deixe-me contar-lhe uma estória: Eu conheço um cara que era um caçador fanático, nunca perdeu uma estação de caça. Mas, um dia, por engano, colocou seu guarda-chuva na mochila em vez da arma. Quando estava na floresta, um urso repentinamente apareceu em sua frente. Ele sacou o guarda-chuva da mochila, apontou para o urso e….. BANG, o urso caiu morto.
– HA!HA!HA!HA! Isto é impossível – disse o velhinho – Algum outro caçador deve ter atirado no urso.
– Exatamente!!!!
Quando eu estava no ensino básico me ensinaram que um sapo que se transforma num príncipe era um conto. Agora que estou na faculdade estão me ensinando que um sapo que se transforma num príncipe é um fato.
Para o cientista que tem vivido pela fé no poder da razão, a história termina como um sonho ruim. Ele escalou as montanhas da ignorância; está prestes a conquistar o pico mais elevado e, quando se lança sobre a última rocha, é saudado por um grupo de teólogos que estão sentados ali há vários séculos. (Robert Jastrow)
Um sapo sempre será um sapo. Nenhum bicho se tranforma em outro. Populações lentamente se transformam, e quando você compara os primeiros e os últimos, são bem diferentes. Mas cada bicho individualmente permanece igual so longo de sua vida. Você exprimiu uma falácia típica do antidarwinismo. Tentar igualar um processo composto por muitos indivíduos ao longo do tempo a um que acontece a um único indivíduo instantaneamente.
**Populações lentamente se transformam, e quando você compara os primeiros e os últimos, são bem diferentes.**
Concordo. As espécies que passaram por adaptações para sobreviver ao ambiente, são INFERIORES as precursores.
Basta analisar a malária “adaptada” com a malária selvagem.
A Malária “adaptada” sacrificou a sua informação para sobreviver ao meio.
Porém isso não é evolução conforme a palavra indica, mas sim INVOLUÇÃO da espécie.
Não necessariamente melhores. Antes de o asteroide cair na Terra, ser grande era bom. Depois que o asteroide bateu, a luz do Sol foi bloqueada e as plantas morreram, ser grande passou a ser péssimo. Morreram os dinossauros, ficaram os então ridículos e pequenos mamíferos. Adaptação é circunstancial. O bom de hoje é o ruim de amanhã.
Salvador é o mesmo argumento pífio das pessoas que dizem: “porque não tem macaco no zoológico virando gente então?” Isso para mim é de uma falta de bom senso e até de inteligência mesmo (me desculpem) atroz. Eu costumo responder: Se você ficar lá no zoo, que teria que ser do tamanho da áfrica, sentado alguns milhares de anos observando quem sabe não surja até alguma coisa melhor que o ser humano.
Um macaco sempre foi um macaco, embora a ciência insista em comparar com um humano e não precisa de muito estudo para decifrar isso, jamais veremos um macaco pilotando um carro ou algo assim…
Sidney, você é 96% chimpanzé. DNA não mente.
Talvez ele não saiba dirigir, Salva.
Se os seres não se transformam, ou seja, um sapo sempre será um sapo, e seu ancestral não era diferente do sapo, seria impossível o ser humano evoluir dos macacos por exemplo.
Uma vez ser humano, sempre ser humano. Existe um documento chamado dissidencia científica contra o Darwinismo, então, há cientistas que contestam essa TEORIA.
Por que não pensar que fomos criados por alguém? Seria tão ruim assim saber que existe Alguém que é muito maior que nós seres humanos?
Luciano, um sapo sempre será um sapo. Mas seu filho pode ser um sapo um pouquinho diferente. Só um pouquinho. E aí ele passará sua vida toda sendo assim. E o neto será um pouquinho diferente, mas parecido ainda com seu pai. Mas não tanto com seu avô. E o filho dele, muda mais um pouquinho. Depois de muitas gerações, se compararmos o ancestral original, lá atrás, era um sapo. Mas aqui na frente já é um dinossauro.
Só uma transição, vai? Por favor?
Daqui a pouco entro na sua primeira prova irrefutável, DNA.
O arqueoptérix você não gostou?
Eu acho que vc está confundindo!
Não foi nem nunca será uma transição, certo?
pra mim paren
Não estou confundindo não.
Então como aconteceu essa transição?
Vc. disse que o nosso DNA é 96% iguais aos dos gorilas mas esqueceu de falar que 50% do DNA humano é igual ao da banana e que de algumas espécies de rato chegam a mais de 90%.
Você está fazendo confusão. No caso dos camundogos, esse 90% diz respeito a trechos que contêm genes, mas não à maioria do genoma. Por quê? Porque mutações nos trechos não-codificantes se acumulam mais sem causar danos ao organismo. Nos trechos codificantes, as mutações têm chance muito maior de inviabilizar o organismo, e por isso vemos conservação maior entre espécies. Mas no caso dos primos chimpas, o 96% diz respeito ao genoma inteiro, incluindo trechos não-codificantes. Ou seja, não deu tempo de mutações aleatórias mexerem muito nos trechos não-codificantes do genoma. Mais uma prova de que estamos evolutivamente muito mais perto dos chimpanzés que dos camundongos!
Prezado Marcos, não importa o quanto a realidade contrarie as ilusões das quais você viveu e nutre até hoje. A realidade está lá, imune e indiferente, pronta para ser descoberta. A Evolução é só um pequeno passo em direção a ela… e sempre em frente.
Não vc está muito enganado. Vcs estão desde 1859 tentando achar alguma coisa e não acham nada. Estão sempre falando em seguir adiante. Mas como seguir adiante se não tem nada? Fico confuso! Preciso saber como as 20 enciclopédias de informação contido num DNA de ameba unicelular foi parar la dentro. Ao acaso?
Seleção natural. Não foi o que eu acabei de explicar?
Ninguém sabe. A teoria da evolução não trata da origem da vida. Isso é um mistério. E o fato de uma coisa ser mistério não diz nada. Apenas diz que é um mistério. Não reforça nenhuma teoria contrária, nem mesmo reforça a hipótese de haver um criador. Suspende-se o julgamento neste caso. Se estamos aqui pra discutir ciência, é mais ou menos assim que devemos pensar.
Em ciência é possível fazer medidas,repetir o fenômeno,pelo menos por 3 pessoas diferentes.Em religião basta a fé,não é possível fazer medidas.
Ciência é uma área e religião outra, assim como filosofia é uma terceira área. Não devemos confundir estas 3 areas.
Excelente texto Salvador. Mas não tenho como discordar do seguinte ponto: diante de tantas constatações e provas da evolução, não vejo como a religião ser complementar ou caminhar em harmonia com a ciência. Entendo como exatamente o contrário, com todo respeito à fé alheia.
Abs
Rogerio, a religião fornece respostas onde a ciência não vai. Exemplo: a ciência é amoral. O conhecimento, por maior que seja, não ajuda a distinguir certo do errado. A religião (assim como a filosofia e a espiritualidade) preenchem essa lacuna. Veja a história de Adão e Eva, por exemplo. Péssima para explicar a origem natural do homem. Mas ótima para discutirmos coisas como ambição, escrúpulos, limites e consequências. Se encararmos a religião como um caminho metafórico para a moralidade, vemos que ela pode caminhar lado a lado com a ciência, sem contradições.
Salvador, não é necessário religião para se ter valores morais e éticos, isso se aprende em casa, na escola, etc. A religião no fundo é uma grande mentira, que só serve para conseguir poder, principalmente financeiro. Veja bem, não estou negando existência de Deus ou outro ser supremo, apenas me atendo ao uso que os homens fazem da religião.
Odeio o uso que os homens fazem da religião, e da exploração da ignorância. Mas falo de religião num contexto mais amplo, da nossa necessidade espiritual de compreender nosso papel individual no mundo.
Complementando Salvador ao comentário de Rogério, indico a leitura de O LIVRO DOS ESPÍRITOS, de Allan Kardec. Lá você encontrará a resposta sobre o relacionamento intrínseco entre Ciência e Religião. Se não lermos sobre aquilo no qual não acreditamos, não teremos condição de exercer esse conhecimento de ambos os lados.
Boa dica.
Salvador, certamente a ciência em si é amoral mas ela nos fornece ferramentas melhores para compreendermos o mundo em que vivemos e com isso tomarmos decisões melhores sobre nossa sociedade do que a religião é capaz.
Tome como exemplo a discriminação racial: pela ciência sabemos que não há diferença significativa entre as diferentes raças e portanto podemos criar leis e costumes que trate todos como iguais. A poucos séculos atrás a igreja católica rotulou os negros de serem inferiores sem nenhuma justificativa racional corroborando, portanto, o direito de um ser humano possuir outro.
Acredito que a moral e a ética são criadas pelas próprias relações humanas e devem evoluir com elas. As religiões apenas tomaram para si a autoria.
Com certeza. Decisões informadas pela ciência são sempre melhores. Mas a ciência é instrumento, não base, da decisão. Na base, temos a moralidade. Um dos caminhos (não necessariamente o único) para a moralidade é a religião.
Ótimo texto Salvador, fiquei intrigado com a sua pergunta no final, onde acredito que está o elo entre o criacionismo o evolucionismo, vou recomendar aos meus amigos ateus e cristãos rsrsrs.
🙂
Grande vossa ilustração,mas pare um pouco e pense,você não consegui pronunciar Deus,mas seria o primeiro a gritar se algum dia passares por dificuldades de vida ou morte:Ex um avião caindo,mas lembre-se Ele estará lá para te socorrer sempre,não deixe de gritar heim.
Hehehe, é que eu tinha medo de gritar Jeová e ser apedrejado! Já viu “A vida de Brian”? 🙂
“You know, you come from nothing, you’re going back to nothing. What have you lost? Nothing! “
Bem-aventurados são os narigudos! 🙂
Boa,boa,,,he,he,,
Eu vou rezar pro Monstro de Espaguete Voador.
Recomendo abrir uma igreja pq vc ainda fica isento de impostos!
Quando me acontece algo de ruin eu grito, carvalho!!!
Tomara que esteja errado! kkkk 😀
Darly, se o avião estivesse caindo e um suposto diabo lhe oferecesse ajuda, duvido muito que dirias “Não obrigado prefiro me encontrar com deus”, além disto duvido muito que a grande maioria das vítimas não tenham gritado por deus, mas que infelizmente foi inútil e você no fundo sabe o motivo.
Gostaria que explicasse com a teoria da evolução:
1- Se as especies evoluiram para facilitar a sobrevivência, porque para reproduzir precisa-se do sexo masculino e feminino para continuar a especie? Não seria mais fácil a continuação da especia por 01 só ser, como existem milhares de seres na natureza, que se reproduzem por divisão celular( sem precisar do macho e femia), para manter as especies sem precisar do macho e femia?
Se as especies masi evoluidas precisam do masc e feminino para perpetuação das especies, a nova espécie dos homosexuais, que não geram filhos não seriam a extinção da espécie humana?
Tenho mais pergunta mas espero essas respostas.
No aguardo..
João.
Não. Sexo ajuda a misturar os genes mais depressa e promover evolução mais rápido. É mais eficiente para promover adaptação.
Sobre homossexualidade, ela obviamente não consiste numa nova espécie. São humanos também, e não está claro que mecanismo biológico leva a ela, embora já saibamos que não é um traço cultural, porque comportamento homossexual é comum entre outros animais. Uma explicação para a seleção natural não ter eliminado a homossexualidade, caso ela tenha cunho genético, é que ela é útil para a transmissão dos mesmo genes em indivíduos heterossexuais. Outra possibilidade é que ela seja resultado de exposição do embrião a hormônios durante a gestação, sendo um traço adquirido, e não herdado. Nesse caso, a seleção natural não teria poder sobre essa característica.
A teoria da evolução faz todo sentido 🙂
DK, desde o primeiro ser capaz de se reproduzir tenha sido ele uma molécula, uma célula ou outra coisa qualquer, a evolução tem atuado. Mudanças diminutas foram sendo passadas de pais para filhos. Essas mudanças foram acumulando durante milhares de gerações. Se olharmos em um período relativamente pequeno de tempo (digamos alguns milhares de anos) veremos que isso altera ligeiramente as espécies dando origem, por exemplo, aos diferentes bicos dos tentilhões. Entretanto eles ainda são tentilhões. Se mudarmos o período para algo maior como alguns milhões de anos o número de modificações acumuladas será tão grande que dificilmente seremos capazes de dizer apenas visualmente que uma espécie de tentilhão de uma ilha é parente da de outra ilha. Possivelmente nem mesmo serão parecidos com pássaros. Desta forma é possível termos mamíferos se originando de répteis e répteis de peixes, etc.
A microevolução e a macroevolução das quais os adeptos do “Design Inteligente” tratam de maneira separada são, na verdade, um único processo visto em escalas de tempo distintas. Os registros fósseis mostram claramente uma sequência cronológica da evolução de estruturas fisiológicas como o tamanho e formato do crânio dos hominídios, citados pelo Salvador Nogueira no texto.
Trabalhar que é bom nessa porra, nada né! Seus crentes filhos da puta…
Ótimo texto. Poucas pessoas conseguem explicar o assunto com uma liguagem tão acessível. Obrigado.
Valeu, Mario!
ai o macaco não evolui mais!
Claro que evolui. Só que não no seu tempo de vida. E não virando humano, como você esperaria. Um chimpanzé não tem a mesma pressão seletiva que um humano, portanto não vai evoluir na mesma direção.
um bom texto , mais uma teoria , o dia em que acharem o “elo perdido” ( é lógico que não vão achar, pois não existe) , o criacionismo é muito mais lógico que o evolucionismo e por favor achar tudo foi feito do acaso e que somos descendente do macaco é de uma desinteligência absurda !!!
Já acharam vários elos perdidos. Você não leu?
Engraçado vc acusar de falta de inteligência milhões de pessoas com argumentos e provas factuais enquanto vc vive com uma crença que apenas em sua cabeça faz sentido e requer FÉ para que seja verdade! É muito engraçado mesmo… Eu sinto vergonha de compartilhar a mesma espécie animal que vc!
Os ensinamentos do Venerável Mestre Rabolu não falam sobre “verdades” pessoais. Se ele diz que Hercólubus existe, Hercólubus realmente existe, mesmo que alguém não acredite. As pessoas que não acreditam em Hercólubus comprovarão a existência. V.M. Rabolu é mais avançado que a Ciência. Ele sabe o que a Ciência ainda não sabe, mas saberá. Religião que é apenas uma “verdade” pessoal é uma porcaria que não presta. A Verdade é uma só. V.M. Rabolu é a Verdade. Parece um discurso fascista, admito. Ser dono da Verdade não é democrático.
Festival de falácias.
DNA parecido – o que prova da Evolução? Nada. Nada mesmo, não há nenhum argumento no texto que prove alguma coisa, partindo do DNA parecido.
Mutações – o que provam da Evolução? Nada. Todas a mutações são defeitos. Nenhuma mutação cria nova espécie ou mesmo um novo órgão no ser.
Fósseis – o que provam da Evolução? Nada. Encontrar espécies extintas, que parecem intermediárias entre uma e outra não significa que elas são realmente intermediárias. E não existem as espécies supostamente transicionais de que fala o texto, não na quantidade necessária. Deveriam ser milhões e milhões de tipos transicionais, com mutações letra-a-letra.
Inteligência dos animais – o que prova da Evolução? Nada. Nada mesmo, não há nenhuma relação com o tema.
Pseudogenes – O que provam da Evolução? Nada. Não provam que uma espécie deriva de outra.
Os argumentos contra o Design Inteligente também são falaciosos:
Não deveriam ser semelhantes os DNAs, de espécies diferentes. Porque não? Ainda que sejam diferentes, diversos animais têm olhos, ouvidos, coração, etc. Isso não contradiz o Design Inteligente em nada.
Espécies intermediárias – Já refutado acima. Patético afirmar o que se pretende provar, o nome disso é petição de princípio.
Quando a Ciência evoluir, afirmará o Criacionismo!
John, as provas estão aí. E, mais do que confirmar a evolução, elas REFUTAM o criacionismo. Desculpa, mas o seu DNA também é 96% idêntico ao do chimpanzé. 😉
John,
A evolução das espécies é semelhante ao nosso tempo de vida. Você nasce, passa a ser uma criança, ai vem a adolescência, você passa a ser adulto e depois fica velho, certo?
Você não dorme criança na sexta e acorda adolescente no sábado. É um processo lento e imperceptível para nós, mas você sabe que acontece. Deixamos nossas fazes da vida gravadas na historia, assim como a evolução das espécies.
Você nunca vai saber quando virou adulto, assim como nunca saberemos quando um humanóide virou um homem.
Acho que é mais ou menos isso..kkkk
Abraços.
Tem que ser muito irracional pra crer nisso. O inanimado cria o animado, com extrema complexidade e diversidade?
Até para fazer um simples cupcake exige muita inteligência. Mas para fazer uma simples célula não?
É vejo que que vocês tem mais fé que eu, pois a fé não segue a razão e a criação sem uma inteligência criadora é o cúmulo da irracionalidade.
Max, você reparou na parte em que digo que isto não tem a ver com a origem da vida? Ou pulou para os comentários direto, sem ler?
Max, imagino que o cupcake era bem diferente do que era quando apareceu pela primeira vez. Assumindo que a receita não foi entregue por algum ser divino como será que chegaram na guloseima que temos hoje se não por tentativa e erro? Talvez alguém tenha misturado um punhado de farinha com água e levaram ao fogo e notaram que isso era bom de comer. Então decidiram mudar um pouquinho a receita e colocaram temperos para dar gosto e viram que era bom. Foram experimentando diferentes ingredientes e eventualmente descobriram o fermento que deixou a massa fofa e viram que isso era bom. Experimentaram colocar açúcar, ovos, gordura animal e gotas de chocolate e pronto, chegamos no cupcake atual. Esse processo deve ter durado muitos anos e passado por muitas mãos diferentes. Certamente não reconheceríamos um ancestral do cupcake como sendo um cupcake.
A natureza é um cozinheiro paciente que experimenta diversas combinações durante milhões e milhões de anos guardando as melhores receitas e jogando fora as piores depois de um tempo.
Max, realmente é fantástico algo inanimado dar origem a algo animado. Se você der um zoom em uma célula no microscópio e continuar ampliando cada vez mais e mais verá que somos formados por moléculas e átomos, coisas inanimadas. Verá também que não há nenhuma mão movendo esses átomos e moléculas para transformar tudo em um ser animado. Tudo acontece apenas por interações fisico-químicas. Portanto, nosso estado animado, nossa vida, nossa inteligência e nossa consciência surgem sim de coisas inanimadas.
É verdade que a ciência ainda não consegue explicar como tudo isso funciona mas não quer dizer que é impossível saber.
E só um comentário.
Só um estúpido não percebe a inteligência de alguns animais e a capacidade de aprendizado deles. Quem tem cachorro sabe disto. Alguns são extremamente inteligentes e percebem coisas que nós nem de perto percebemos. A evolução permitiu ao homem superar a barreira que trouxe a auto consciência e a capacidade de formular pensamentos baseados numa linguagem, e assim transmitir conhecimento. Mas penso que algumas espécies, se não se extinguirem, vão chegar lá. Os cães estão entre elas.
Excelente texto Salvador!
Agora entendi porque esteve sumido.
Deu trabalho escrever!!
Fala, Paulo! Na verdade, penso mesmo nesse texto há tempos (veja que dei pistas de que ele viria no do DNA de 6 bases). Mas, para escrever foi ontem à noite, de uma vez. 😉
Salvador, parabéns pelo excelente texto, com certeza eu irei guarda-lo para explicar sobre a teoria quando alguém vier questionar sobre o assunto.
E eu queria tirar uma dúvida em relação a um vídeo de um documentário que chegou em minhas mãos tempos atrás onde ele queriam provar que a teoria da evolução é falha. Em resumo era um grupo de religiosos fazendo um vídeo para outros religiosos, querendo provar por meio de falácias e outros argumentos distorcidos que a teoria da evolução é errada pois nenhuma espécie muda para outra espécie, no vídeo eles entrevistavam estudantes universitários de biologia na maioria, e acho que uns 2 professores formados no máximo, em tese, eles queriam provar que a Teoria da Evolução é falha pois mesmo com o exemplo do Tentilhão, nenhum deles virou outra espécie, tipo… queriam que algum deles virasse um primata, ou um peixe, sei lá… e como não existia provas concretas dessas mudanças hoje, só pode ser também uma forma de crença acreditar nessa teoria, pois não se pode prova-la (segundo eles). Acho que em parte as provas que você deu aqui explicam quase tudo, principalmente as provas dos fósseis e do DNA, mas mesmo achando totalmente correta e plausível a teoria da evolução, como se deu realmente esse parentesco citado que temos com todos os seres vivos inclusive com aves, plantas e roedores? Houve um momento aonde fomos modificamos pelo ambiente para se tornar uma espécie de primatas inteligentes devido a mutações? Ou essa separação ocorreu desde o inicio na época em que a vida se limitava a seres unicelulares? Só queria entender bem isso, pois percebi nesse documentário fajuto que eles queriam refutar a teoria apenas por dizerem que não existem provas que um ser de uma espécie vire outro de outra espécie, tipo um peixe virar um mamífero.
Olhe a incrível diversificação nos cães. Tudo feito com mecanismos evolutivos, só que acelerado por cruzamentos seletivos — seleção artificial. Só isso, ocorrido em coisa de 10 mil anos. Precisa mais?
Mas continuam sendo cães.
Porque não existe um meio cão-gato, ou meio cão-peixe, em processo de evolução?
Max, porque gatos evoluíram de outra linhagem. A teoria da evolução não sugere que cada bicho pode virar qualquer outro, quando você quiser. Você jura que achou que ela dizia isso?
A variedade dos cães é evidência CONTRA a Evolução, pois nem com a seleção artificial e acelerada pelo homem, em intensidade que não aconteceria naturalmente, qualquer cão gerou algum ser de outra espécie.
Mas John, o homem só usou mecanismos naturais. Ninguém mexeu no DNA dos lobos. Só cruzou os mais “aptos”, segundo a visão humana. A pressão seletiva natural é em otra direção, mas faz a mesma coisa.
A verdade é que “fatos objetivos” da ciência, no que concerne a teoria da evolução, não passa de “verdades pessoais”. A mesma fé necessária para acreditar em um Deus é também necessária para acreditar que em milhares de anos um peixe evoluiu para um anfíbio…
Você leu? O DNA conta essa história. De forma indiscutível. É só comparar o DNA de peixes e anfíbios. Não tem mistério.
mas eles não deixaram de ser cães… não existe prova nenhuma que um cão virou gato, que um camundongo virou peixe… O QUE VOCE RESPONDEU NÃO RESPONDE NADA… ELES NÃO DEIXARAM QUE SER CÃES… simples assim…
Os lobos deixaram de ser lobos para ser cães, domesticados pela humanidade. 😉
Boa tarde Salvador, tento entender de tudo um pouco sobre de onde viemos e ultimamente estou mais propicio a aceitar o Design Inteligente do que a evolução.
Sei que a ciência tenta explicar tudo por meio de testes e afins, mas podemos dizer (e você pode nos dizer melhor) que a evolução das espécies é algo que nunca foi provado, pois (como dizem) por conta dos milhões de anos necessários para acontecer esta transformação não podemos observa-la.
Se não podemos observar a macro evolução que é a evolução de uma espécie em outra, podemos ter fé e pelo que vi até agora a fé não é bem aceita na ciência.
Creio que vamos ficar um bom tempo sem ter uma resposta definitiva para qual é a teoria certa ou errada, mas acredito que ciência e religião podem andar juntas e que uma precisa da outra.
Leandro, as evidências REFUTAM o design inteligente.
Mas REFUTAM baseado em algumas crenças ainda não provadas, portanto creio que isso seja fé.
A religião apenas diz, se não pode ver e acredita então você tem fé.
É interessante notar que os criacionistas e os que acreditam em Design Inteligente aceitam isso, mas os cientistas evolucionistas não, pois isso seria admitir a incerteza na ciência.
Estou certo?
Não, refutam baseados em fatos. Se o design inteligente estivesse certo, o registro fóssil não podia ser como é, nem o grau de similaridade genética entre os seres vivos. É o que demonstro no texto. Não é crença. É fato determinado.
Tem uma espécie de peixe, que devido a mudança em seu habitat, praticamente rasteja ao atravessar por terra de um rio para o outro. É um bom sinal de evolução, um peixe que anda ou um peixe cobra? 🙂
Cuidado! Não são apenas “religiosos armados de falácias” que questionam o darwinismo, há muitos trabalhos sérios, de biólogos renomados, que também o fazem. Eu diria até que hoje todo biólogo sério e minimamente informado abandonou as explicações da “seleção natural” para a criação de novas espécies para assumir a teoria da “endossimbiose sequencial” como a mais plausível. Sobre o darwinismo, a criadora da teoria da endossimbiose falou à revista Discover:
“Todos os cientistas concordam que a evolução ocorreu(…) A questão é, a seleção natural é suficiente bastante para explicar a evolução? (…) Este é o problema que eu tenho com os neodarwinistas: Eles ensinam que a geração de novidade é o acúmulo de mutações aleatórias no DNA, numa direção estabelecida pela seleção natural… A seleção natural elimina, e talvez mantenha, mas ela não cria. (…) Eu fui ensinada muitas vezes que o acúmulo de mutações aleatórias resultava em mudança evolucionária — resultava em novas espécies. Eu acreditei nisso, até que eu procurei pela evidência. (…)
Não existe gradualismo no registro fóssil(…) O ‘equilíbrio pontuado’ foi inventado para descrever a descontinuidade (…)
Os críticos, inclusive os críticos criacionistas, estão certos em suas criticas. Eles apenas eles não têm nada a oferecer a não ser o design inteligente ou ‘Deus fez.’ Eles não têm alternativas que sejam científicas. (…)
Os biólogos evolucionistas acreditam que o padrão evolucionário é uma árvore. Não é. O padrão evolucionário é uma teia (…)”
Leia a entrevista na integra: http://discover.coverleaf.com/discovermagazine/201104?pg=68#pg68
O darwinismo não é questionado por nenhum biólogo sério. Olhe os fatos no post. Não há argumentos que sejam capazes de mudar os FATOS.
Acho que está havendo um equivoco aqui. Quando você diz que nenhum biólogo questiona o darwinismo, tenho a impressão que você está usando a palavra “darwinismo” como se fosse sinônimo de “evolucionismo”. Não são.
O evolucionismo é um fato incontestável do qual nós temos inúmeras provas. O “darwinismo” é uma teoria que tenta explicar como essa evolução se deu através da seleção natural. E se o evolucionismo é incontestável, o darwinismo é sim questionado por muitos biólogos, pelo menos no que se refere ao surgimento de novas espécies.
A teoria da Lynn Margulis que eu citei anteriormente, que apresenta uma nova visão sobre o surgimento de novas espécies, sem no entanto deixar de ser uma teoria cientifica evolucionista, me foi apresentada por um amigo biólogo evolucionista, paleontólogo, formado pelo Instituto de Biociência da USP, durante uma palestra sobre astrobiologia que ele ministrou na Escola Municipal de Astrofísica (SP) em 12/2012.
Fabiano, não uso como sinônimos, não. Está claro a essa altura que a seleção natural é o principal impulsor da evolução. Darwinismo portanto.
Qualquer teoria tem falhas, na teoria da evolução questiono: como fatores ambientais faziam organismos primitivos evoluírem? Estes microrganismos possuíam micro inteligência? Agora me explique como os organismos mais complexos que deram origem ao mamíferos perceberam que a gestação embrionária interna era a melhor solução. E mais, para toda evolução deveríamos ter fases intermediarias, para o exemplo acima não há nenhum fóssil de fases intermediaria de organismos fazendo gestação primitiva. Agora, para forçar a barra, da onde veio a matéria original do propagandeado Big Ben. Na ciência seria aceitável dizer que algo sempre existiu? Tal afirmação seria um absurdo científico, afinal tudo deve ter uma origem. Concluo que qualquer teoria tem suas verdades e um monte de falácias sem embasamento plausível.
Panda, eles não “perceberam” nada. A natureza deu a eles melhor condição de se reproduzir e preservou esses traços.
O artigo aqui publicado menciona algo que pode explicar a sua dúvida. Seria a mutação genética. Ela ocorre por alguns motivos. Pode ser por fatores hereditários, o que explica o Cancer em vários indivíduos. Pode ser por radiaçoes eletromagnéticas, como os raios solares ou mesmos materiais radioativos naturais que entramos em contato aqui na Terra mesmo. Pode ser também causado por alimentos que os seres experimentam e que pode alterar a já combinação genética vigente. Dessa forma, a mutação faz parte dos processos de modificação das espécies. Uma vez ocorrida a mutação, vem a questão: o que ela pode significar para o inivíduo? Talvez a sua destruição como um Cancer; talvez absolutamente nada, como o apêndice citado no artigo; talvez surja um organismo que, apesar de parecer desnecessário num momento, ele se tornará útil um dia. O apêndice, por exemplo, ninguém saberia explica por que ele está lá, mas se um dia acontecer algum fenômeno natural (ou até mesmo atificial) e ele se tornar o grande salvador da raça humana, essa mutação passa a ser de grande utilidade para a espécie.
Caro DK, foram tantos comentários que tive dificuldade em achar o seu para te dar uma dica. Tinha a mesma dúvida sua e consegui sana-la lendo O GENE EGOÌSTA de Richard Dawkins. Boa leitura.
awesome!
criança não tem medo de gato preto .. não teme passar debaixo de uma escada ou morar no decimo terceiro andar de um edificio… a maior parte da diseminação cultural que ocorre não são -pensamentos brilhantes e originais .. e sim .. pensamentos infecciosos ..
Os hospedeiros, trabalham duro para espalhar estas infecsões (ideias).
este profundo efeito biologico . é nada menos que a subordinação dos interesses a outros interesses.
nenhuma outras especie faz isso remotamente parecido .
E por serem facilmente mal utilizadas elas se tornam perigosas .
seria praticamente um trabalho em tempo integral tentar impedir que estas pessoas disparem essas ideias na direção de propositos obscuros.
O mais assustador de tudo isso é que estes parasitas de ideias se replicam melhor que a concorrencia.
essas ideias sobreviveram por muitos anos em um tempo em que as redes de proteção social não existiam ,epoca em que avia muitas viuvas e orfãos , pessoas assim que precisavam de um lar adotivo ,a igreja possuia portanto um suprimento pronto de convertidos ,e poderiam ter continuado .. ate mesmo nos dias de hoje com o celibato perfeito por parte do hospedeiro se a ideia fose passada atravez de pro-selitismo ao invez da linhagem genetica .
Sendo assim.. as ideias podem continuar vivendo a despeito do fato de não estarem sendo transmitidas geneticamente.
No livro GERMES DE AÇO,que remonta a historia sobre germes que conquistaram novos continentes quando europeus viajaram se espalhando pelo esmiferio .. trazendo consigo os germes aos quais eles se tornaram essencialmente imunes por viverem por decadas com os animais domesticos que eram por sua vez a fonte desses patogenos .
E estes patogenos simplesmente dizimaram os povos nativos que não tinham qualquer imunidade a eles .
acredito que o mesmo esteja sendo feito com a religião no mundo .
So que desta vez com ideias toxicas .
Fanatismo cristão ,islamico ou qualquer outra crença que seja praticada de forma radical .
Estamos sendo vetores de ideias boas e más .. tudo depende do praticante .
Nao de quem as escuta mas sim da forma que é passada !
Se vc teve um amigo que morreu de AIDS .. vc ira odiar a AIDS …mas a melhor maneira de lidar com isso é fazer ciência. Entender como ele se espalha e porque de uma forma moralmente neutra se alastra .
Descobrir os fatores , deduzir suas implicaçoes..para que tenhamos os fatos e possamos descobrir o melhor a fazer .
E assim como os germes .. o truque não é tentar aniquila-los ,mas promover medidas preventivas e similares .. que irão encorajar a evolução da avirulencia .para mutações benigna das variedades mais toxicas.
seus textos são exatamente essas vacinas que promovem mutações benignas contra o cançer da desinformação . sou um profundo admirador de suas publicações … parabens Doutor salvador .
O ATEISMO E EVOLUCIONISMO É BRILHANTE E MAGICO… COMO VOCE MESMO DEFENDE AQUI… que o diga Stalin e seus amigos… entendeu… Zé da Evolução das Especies..
Hitler era católico apostólico romano, e o uniforme nazista continha a frase: “Deus está conosco” na fivela dos cintos.
Ou seja, existem pessoas boas e ruins, e isso não tem relação alguma com a religião delas.
—
Salvador
Brilhante texto. Lúcido, claro, transparente. Instigante. Altamente didático.
Mesmo assim, permaneço em dúvida quanto as religiões.
Até onde sei, elas se baseiam em dogmas (pontos fundamentais e indiscutíveis) enquanto que em ciência tudo é discutível.
A ciência é definitiva… até prova em contrário.
Em geral as religiões se sustentam por crendices, superstições e afirmações improváveis, enquanto a ciência vai pesquisar e buscar respostas que poderão ser (ou não) confirmadas por outros cientistas.
Pode não haver “um conflito intrínseco entre a teoria da evolução pela seleção natural e as religiões”. Mas o há entre Ciência e Religião.
Cada macaco no seu galho. 🙂
Abr.
Elcio
—
Elcio, elas sem dúvida operam por métodos diferentes. E é isso que faz da ciência universal, e da religião, pessoal. Note, contudo, que há problemas intratáveis pela ciência, que podem ser explorados pela religião. Problemas científicos, por outro lado, quando tratados pela religião, resultam numa lambança terrível. É questão de saber qual se aplica a quê.
Não existem assuntos religiosos que não possam ser tratados pela ciência. O desejo humano em achar explicações e justificativas para fatos aleatórios e o medo do ser humano de estar vivendo por um curto espaço de tempo que acabará para sempre resultam na criação de explicações fantasiosas e arbitrárias que nada trazem de verdade. Podem trazer conforto e isso pode ser bom para o funcionamento do cérebro e da sociedade, mas em última instância não trazem nada de benéfico além de mentiras confortáveis. Pode funcionar para conter a ignorância e a irracionalidade, mas seria melhor que não fossem necessárias as religiões, mitos e lendas para confortar a mente humana através dessas mentiras convenientes. O seu texto foi bastante político e demagogo, talvez esconda (ou evidencie) a necessidade que sua mente tem pelas mentiras reconfortantes.
Refan, então use a ciência para me explicar certo e errado.
Salvador, se você usar a religião pra dizer o que é certo ou errado, também vai se dar mal.
Ex.: A bíblia diz que, se você estuprar uma menina, basta você pagar 50 moedas pro pai dela e se casar com ela que está tudo certo! Pra você, isso é certo?
Renato, cada um segue o que sua consciência manda na religião. Nunca vi nenhum cristão defendendo isso. É um ótimo exemplo de como se pode ser religioso sem ler livros velhos como verdades literais.
A ciência é tudo sobre o que é certo e errado. Faça um experimento e veja se as previsões da sua teoria são confirmadas. E existem vários estudos psiquiátricos e psicológicos sobre os benefícios da religião, mas a religião em si não tem como provar a existência da alma, vc como agnóstico deve saber que o ônus da prova é da religião que afirma a existência dessas coisas. Ou seja, o que afirmei no meu texto é o que a ciência e experimentos confirmaram. Já as religiões são contraditórias até entre elas mesmas, isso que vc chama de “verdade pessoal” é o que eu chamo de mentira reconfortante, pois a verdade deve ser confirmada por experimentos e serem iguais para todos, ou vc acha que por uma pessoa acreditar no céu ela ira pra lá e outra que não acredita irá desaparecer ou quem sabe ir para um inferno? Não, seja qual for a verdade o mesmo destino está reservado para as duas independentemente da sua crença. Agradeço pela atenção e espaço.
Não, você não entendeu. É certo matar? É certo roubar? A ciência nada diz sobre questões de moralidade.
A moralidade não precisa ser religiosa e sim racional. Se vivermos em uma sociedade que é certo matar e roubar em algum momento breve vc será morto e terá seus bens furtados. Talvez alguma tribo possa ter vivido isso mas acabou se aniquilando… ou seja, a evolução moral tbm entra na evolução das espécies. Eu ainda lamento pelas pessoas atribuírem a moralidade à fé e a religião. A moralidade é questão de inteligência e discernimento, afinal o ser humano evoluiu para conviver socialmente. Para um leão matar a presa é o certo…
Refan, a religião é um caminho para a moralidade, mas não é o único claro. Contudo, ela é a única resposta a dúvidas existenciais metafísicas. E a maioria de nós sente essas dúvidas.
Voce acabou de dizer que a ciencia pode ser ou não definitiva, que ela pode ser provrada ao contrario daquilo que é dito… e se assim pode ser, então na maioria destas “verdades cientificas” são elas teorias, e se elas são teorias, VOCE DEVE TER TAMBEM MUITA FÉ, PARA QUE A TEORIA SEJA VERDADE, não diferenciando muito da religião…
Não é bem assim. Teorias podem ser melhoradas, mas o conhecimento estabelecido não é destruído pelo que o supera. A teoria da gravidade de Einstein não eliminou a validade da de Newton, apenas aprofundou um entendimento que já era correto. Algo pode dar melhores contornos à evolução no futuro, mas ela não será descartada como um engano, porque explica os fatos conhecidos com precisão!
A Religião não trata de Verdades (sem aspas) pessoais. A Religião trata de Verdades Universais!
Isaac Newton, o maior físico e matemático de todos os tempos, passou muito mais tempo tentando decifrar as Sagradas Escrituras do que exercitando sua arte científica.
Já Charles Darwin, um ateu que casou com a própria prima (contrariando preceitos Biblícos), só produziu filhos doentes (3 morreram) e a maligna “teoria da evolução” que serviu de base para a pérfida Eugenia, largamente defendida por cientistas contemporâneos, responsável por massacres sem fim no século XX.
Chega de mentiras! Só existe a Verdade Divina!
Apolinário, essa é a sua verdade divina. 😉
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Salvador…
Caraca, véi…
Você tem que “ouvir” cada uma, hem???
—-
Faz parte. 🙂
Achei que iriam demorar a aparecer… palpite errado… 😉
Não é de se espantar: é um assunto a respeito do qual não se pode ficar indiferente. O ponto é apresentar “provas” ou “evidências” de que o argumento seja válido. Infelizmente, os teístas (é essa a tradução em português?) não as trazem, o que só faz acirrar os ânimos entre os que, pela curiosidade e pela vontade de saber mais sobre o mundo que os cerca, traz questões como essa, que, virtualmente, derrubam o mundo como o conhecemos.
Agradeço pela oportunidade do debate, Salvador, e que venham as próximas “verdades” científicas! As “Verdades” absolutas, dogmáticas, essas não me interessam.
TEXTO COMENTADO, SEM REPAROS… OBRIGADO!
Sou religioso… e em meio a minha ignorância tanto religiosa quanto científica busco o equilíbrio com relação a conhecimentos…
Não acredito em “imagem e perfeição” pq acredito que Deus não é falho como nós…
Ae entra a pergunta… Pq é que se Deus criou a tudo e todos de acordo com os seus ideais… Deixou um “Manual” de treinamento (ou seria adestramento) chamado bíblia, que a princípio foi psicografada direto na cabeça dos autores primordiais, e, com base no livre arbítrio, deixou que os homens a interpretassem conforme a necessidade? Sendo que pura e simplesmente ele tudo pode e não impede a criação de fanáticos de outras religiões e afins? Darwinianos, descrentes, ateus…
Darwin sofreu o que um monte de gente chama de Karma… o cara que cria a teoria da evolução, se perdeu tentando procriar com genes tão iguais aos dele…
Não me entenda a mal… Deus no meu entendimento existe… E assim como muita gente, tento achar meios de fazer a ligação entre um e outro pra encontrar minha zona de conforto…
Me apavoro com a ideia de que estou aqui de passagem… porém entendo que, fisicamente, os impulsos elétricos do meu cérebro vão pro ambiente… pro todo…
Isso causa algum conforto.
Não consigo pensar cegamente que um livro que passou por milhões de interpretações de homens, possa ser o manual definitivo de vida.
Tá na bíblia um monte de coisa que menciona escravidão, tortura… coisa que hoje em dia, lidamos com atrocidade, mas que, no passado, garantia algum controle as pessoas que do texto se apoiaram.
Acredito sim… Mas não do jeito que fazem dentro de templos e afins… ainda mais praticando intolerância com quem não concorda com suas idéias e ideais…
Se Deus deixou o Diabo ser criado, e nada o fez… ele pode me perdoar também por não crer em interpretação dos homens, e por me sentir muito mais “atraído” pela evolução.
Vai ESTUDAR…….. A P O L I N Á R I O …….! ! ! !
hehehe… Troll… não pode estar falando sério… eu sei que não está… eu imploro que não esteja… comecei o comentário rindo e termino chorando!!! Acho que vc está falando sério…
Newton passou muito mais tempo tentando decifrar as sagradas escrituras e onde isso nos levou? Já o pouco tempo que ele dedicou à ciência nos levou à Lua…
Taí, Salvador, o resultado da religião como fonte de moralidade, que você citou em outra resposta, rsrsrsrs.
Coitado do Darwin, não fez nada perto do que Abraão realizou e ainda passou por tudo aquilo com sua familia.
Já Abrão que se casou com a meia-irmã, vendeu ela a troco de bens aos reis e ainda teve filho com a serva dela, foi mais abençoado.
Deus, tsc tsc…..
“Sara foi esposa de Abraão, bem como sua meia-irmã, a filha de seu pai Terá (Gênesis 20:12) com uma mulher diferente de sua mãe. O Talmude identifica Sara com Iscá, filha de seu falecido irmão Harã (Gênesis 11:29), para que Sara se apresentasse como a sobrinha de Abraão e a irmã de Ló e Milca. Ela era considerada muito bela ao ponto que Abraão temeu que quando eles estivessem próximos aos governantes mais poderosos ela fosse tirada dele e entregue a outro homem.”
Salvador parabéns pelo ótimo texto. Muito elucidativo e didático. E que me perdoem a sinceridade, mas eu acho que desenho inteligente é apenas um eufemismo para criacionismo. Claro é um criacionismo sofisticado e glamoroso, mas não deixa de ser. Não que isso seja problema. Democraticamente cada um acredita no que quiser, as evidências estão ai postas. Apenas eu acho “chato” para não dizer desonesto tentar passar um verniz de ciência em uma ideia primordialmente religiosa.
Com certeza, Juliano. Até porque, pela frieza dos fatos científicos, o design inteligente como alternativa à evolução está mortinho da silva.
Nosso Salvador! Ainda bem que você vai assumir o assunto Evolução também! Logo vai ser o apresentador da versão Tupiniquim de COSMOS, rs..
Pena que teu colega Reinaldo transformou o blog Darwin e Deus numa chatice religiosa e colocou censura nos comentários… ali só falta rezar missa on line.
Ricardo, não vou “assumir” nada. Evolução é algo que me cai bem no contexto da astrobiologia, a tentativa de entender a relação entre a vida e o Universo. Agora, não fala assim do Reinaldo, tadinho. Acho meio esquisita a mistureba que ele faz lá no blog, mas normalmente os textos são muito bons! Sobre censura nos comentários, não faz o estilo dele. O que você aprontou por lá? Hehehe
http://osnefilins.tripod.com/
Nibiruta feelings…
Vish, Tripod! Isso é véio! Nem sabia que existiam ainda!!!
Sr. Salvador, gostei demais do seu texto. Tentei salvar no meu computador, para reler mais tarde, mas não consegui – eu sou meio burrinho em informática. Seria demais pedir que vc. mande o texto por e-mail para eu poder arquivar? Parabéns. O que vc. diz é muito inteligente e oportuníssimo. Abs.
Joaquim, você pode selecionar e copiar o texto todo e depois colar num email.
Abraço!
SIC TRANSIT GLORIA MUNDI.
QUER TEXTO MELHOR, MAIS BEM REDIGIDO, COM MELHORES ARGUMENTOS, NÃO SEI SE TERIA, PELO MENOS POR AGORA.
ENFIM
SALVADOR, COMO SEMPRE UM EXCELENTE ARTICULADOR. OTIMA MATERIA QUE “TENTA” DA MELHOR FORMA NOS APRESENTAR UM CONTRAPONTO QUE ME PARECE MUITO VALIDO,,,,, PARABENS.
Parabéns , Salvador, o texto do começo ao fim é muito bom mesmo !! Vale releituras . Ah, gostei do recado aos incrédulos, nos dois primeiros parágrafos, restando-lhes sua fé pessoal.
Valeu, Luiz!
Parabéns pela motivação.
Todos que tiverem a mente aberta verão na verdadeira ciência uma prova do amor e existência de Deus.
Salvador Nogueira, gosto mt dos seus textos e, apesar de não ser uma pessoa religiosa, sempre me mantive aberto à espiritualidade e à ideia de uma Consciência Superior…. Confesso q esses textos são uma porrada dura nessas minhas convicções!!!
Mas acho também que o problema pode ser de conceituação e do modo como o ocidente construiu seu pensamento metafísico.
Para a mentalidade judaico-cristã, Deus, uma entidade perfeita, CRIOU o mundo. Ora, mas se Deus “criou”, por que tudo começou debaixo? Por tudo começou com uma célula e foi evoluindo? Se a natureza é perfeita (uma vez que foi criada por Deus), por que desenvolvemos câncer?
Não há respostas para isso.
A meu ver o grande problema de se encaixar a perspectiva metafísica ocidental com a ciência é essa questão de “criação”.. As coisas não se encaixam.
No entanto, há outras perspectivas metafísicas, como o taoísmo, o hinduísmo… Seria legal também você dialogar com elas e ver o que elas têm a dizer sobre coisas relativas à Alma, Criação do mundo etc…
De ql forma, parabéns pelo seu trabalho. Continue nos provocando!!!
Luis, mesmo na narrativa judaico-cristã os seres vivos são criados paulatinamente, e o homem vem só no fim da fila. Se você preferir extrair essa mensagem, em vez de se concentrar numa agência inteligente deliberada a cada novo ser vivo inventado, verá que não há desacordo entre ciência e religião também nesse ponto.
Argumentos democráticos e de fácil entendimento. Para um leigo como eu, ficou suave.
Parabéns, Salvador. Nesse você se superou!
Abraxxxxx.
Valeu, Rodrigo!
Versão nibiruta para o homo sapiens:
Desde que descemos das árvores, até ficar em pé, caçar com paus e pedras, passaram alguns milhões de anos. De repente, há 300 mil anos, surge o sapiens sabido, pele limpa, pronto pra balada. Sabemos, que os anunnaki/nefilim, frutos da evolução em seu planeta, vieram a Terra há 450 mil anos. Precisando de mão de obra, forjaram em laboratório o sapiens, fruto do cruzamento (compatível) do erectus com eles. Surgiu o Adamu, que chamou de Senhor quem o criou, interação que mais tarde deu origem as religiões, através da instituição do sacerdócio, que funciona até hoje. Foi assim, na versão nibiruta, que a ciência e a religião se uniram. Parabéns pela matéria.
Heheh, Júlio, adorei você ter adotado o “nibiruta”. Abraço!
A Evolução no conceito do Cristianismo.
– A muitos séculos atrás apareceu um homem e disse que: A Terra girava ao redor do Sol e não o contrário. Os Padres, Papa, Rei, Pastores, ficaram horrorizados com este homem.
Como pode escrever tamanho absurdo, se as Escrituras dizem: O Sol gira em torno da Terra.
Se voltarmos ainda mais no tempo, textos como o do Gênesis, onde, fala da criação, tudo interpretado literalmente, a espécie tal gerará a espécie tal, e ai daquele que os contestassem, que o diga nosso estimado colega Galileu ou Giordano Bruno.
Mas os tempos passaram, a sociedade evoluiu, veio a época iluminada, as revoluções industriais e francesa a deposição do absolutismo e agora com uma nova sociedade a religião precisa se adaptar a ela e temos as respostas:
-Bem a Bíblia não é um livro científico e de salvação mas o fato é pessoas foram mortas por questionar a “ciência” contida na bíblia.
E o fato do Designer Inteligente, se antigamente a espécie tal gerava somente tal espécie, hoje seus defensores acreditam na microevolução, algo impensável e totalmente “herético” à poucas décadas atrás.
Em suma, é a religião evoluindo aos novos tempos e as novas descobertas cientificas, que o diga o Vaticano que agora tem seu próprio observatório espacial e os demais colégios cristãos que ensinam matérias que anteriormente eram tidas como “heréticas”.
Grande Salvador. Excelente texto. Sempre aparece alguém que acredita que o “amigo imaginário” criou tudo e todos! : )
Um forte abraço!
Abraço!
Se para nós que estamos no ano 2014, está difícil de acreditar que as espécies evoluíram de simples estruturas unicelulares, imaginem em 1812, quando Darwin escreveu sobre a teoria das espécies. quando nesta época nem ao menos se conhecia as bases da hereditariedade de Gregor Mendel e de outros grandes nomes da ciência que dedicaram suas vidas para nos trazer luz sobre esses grandes fatos da ciência. Más o melhor de tudo é que todos tenham acesso as informações, para façam juízo dos fatos e vivam mais livres de dogmas,tabus, lendas superstições e tudo mais.
E Deus continuará em nossos corações como o amor e respeito a vida de todas as espécies.
Salvador obrigado pela matéria, como se diz água mole e pedra dura de tanto que bate até que fura,” quebra preconceitos pelas evidências.
Um abraço e até a próxima.
Difícil porque temos um péssimo sistema educacional e uma cultura onde o conhecimento é visto como coisa de “nerd”, especialmente matemática e as ciências.
Além disso, parece haver uma onda de desinformação sobre o assunto da matéria deliberadamente promovida por algumas religiões cristãs.
Tuchê!
Darwin só publicou o livro Origem das espécies em 1859 e somente após ser provocado por uma carta de Alfred Russel Wallace, naturalista galês, na época trabalahando no arquipélago indonésio. Sua viagem de 5 anos HMS Beagle somente se iniciou em 1832.
Obrigado pelos acréscimos.
Instigante e inspirador texto, Salvador!
Aguardemos a “santa ira” dos criacionistas, agora! 🙂
Espero não causar ira. A busca é por conciliação. 😉
Mas sem a “paixão” da argumentação, este blog não fica tão animado…
Confesso que gosto muito ao ver como você rebate os argumentos e os “desconstrói”, com MUITA elegância!!!
Mensageiro Sideral rules!
Luna, “Mensageiro Sideral rules” foi way cool! 🙂
Não me entendam mau, sou ateu. Mas sei de uma passagem da bíblia que diz que um dia para Deus são milhões de anos (7 dias para criar o mundo e coisa e tal…). Então, acho que há um caminho conciliador para quem quer crer em Cristo e na Ciência concomitantemente.
Abraço.
Diego, essa passagem não existe. Cabe ao intérprete encarar a metáfora pelo que ela é.
Não poderia concordar mais com você, Salvador, visto que religião é algo puramente subjetivo, “cabe ao intérprete encarar a metáfora pelo que ela é”. Indo ao encontro dessa mesma perspectiva é que disse a pessoa (quem tiver esse apego religioso) pode encontrar um caminho conciliador entre as duas coisas, interprete que é de ambas. Digo isso pois não acho produtivo essa guerra e principalmente por não conseguir afirmar – por uma questão de empatia e não de convicção – que se trata de algo inexistente ou falacioso, sabendo do conforto psicológico/emocional que a religião pode trazer às pessoas, em especial na perda de um ente querido ou na doença. É certo que a religião por vezes é fonte de intolerância e desrespeito, mas não falo desses (e não sigamos esses exemplos).
Quanto à passagem, eu me confundi, é mil anos.. rsrs vi no google.
Salmos 90:4 Porque mil anos são aos teus olhos como o dia de ontem que passou, e como a vigília da noite.
2Pedro 3:8 Mas, amados, não ignoreis uma coisa, que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia.
existe uma passagem no livro GENESIS que fala algo parecido sobre tempo …..
parabéns pela matéria….
Ótima matéria. Muito esclarecedora. Porém, não vejo a exclusão de um design inteligente, pela teoria da evolução. Claro que é uma visão pessoal, mas eu, como um Criador, preferiria ver minha criação evoluir de seres unicelulares à hominídeos inteligentes, ou o que quer que venhamos a ser no futuro. Ainda que um criador consciente, d carne e osso, seja de difícil concepção, as possibilidades são infinitas.
Lucas, veja, se você prefere acreditar que Deus usou como mecanismo preferencial a evolução, tudo bem. Não há conflito. O que não se pode é contrapor Deus e a evolução, como se fossem ideias mutuamente exclusivas. A segunda pode ser testada e submetida à ciência. O primeiro não.
Olá Salvador, apenas um detalhe, não na sua matéria, mas no comentário, As Escrituras Sagradas não da margem para se crer em um Deus que criou e deixou as coisas evoluírem.
Ou se crê na Evolução ou na Criação, querer misturar os dois não é ser coerente com os textos Bíblicos.
Ou criação por uma divindade ou uma evolução casual sem propósito.
Pois quando lemos a criação na Bíblia o termo para dia é um período de 24 horas.
No contexto judaico-cristão não existe margem para se pensar em evolução.
Roger, se você for ler a Bíblia de forma literal, isso é um problema. Se encará-la como um conjunto de narrativas mitológicas metafóricas destinadas a dar contexto espiritual à existência humana, não tem problema. Tudo depende da estratégia de interpretação do texto. Pegando um exemplo meu mesmo, da semana passada. Quem interpretou literalmente meu título “O ataque dos sóis canibais” achou que ele estava errado. Mas se interpretamos como uma metáfora (que, por definição, será imperfeita, pois não é a própria coisa a que se refere) não há conflito informativo. Ou seja, a verdade e a mentira estão nos olhos de quem lê. 🙂
Não é como eu leio, o Designer Inteligente interpreta literalmente assim.
Sem o meio termo.
Lembre-se na visão deles o mundo tem no máximo 10.000 anos e por assim dizer já aumentaram uns 4 mil anos, pois anteriormente era no máximo 6.000 anos.
Esta é a visão deles, e o termo usado para dia no Gênesis significa um período de 24 horas, na visão deles isso é literal.
Eles não mudaram como a Igreja Católica que hoje mescla Criação com Evolução, o que eles acrescentaram foi apenas o termo microevolução e manterão a literalidade do Gênesis.
O Design Inteligente não explica os fenômenos observados. Simples assim. Se seus defensores adotassem uma postura científica honesta, seriam obrigados a abandonar a ideia pelo peso das evidências que a refutam.
Bom dia Rogerp, concordo com a sua colocação, porém, não me referi a nenhuma divindade individualizada. Quando falo criador, me refiro à uma consciência com “animus” para criar/plantar vida. Se é o criador judaico/cristão ou a consciência inata do Universo, se regido pela bíblia, alcorão, Darma, não cabe a mim ditar. Seria muito imprudente e deselegante de minha parte querer discutir religião neste blog, com viés científico.
Não tenho muito conhecimento científico, porem me ocorreram algumas duvidas sobre o tema abordado. O texto cita em certo momento que “ao fim de milhões de anos teríamos espécies diferentes” quanto a isso não discordo, mas quando cita que o homem teve seu primeiro ancestral entre 5 e 7 milhões de anos atrás e que sua cadeia de evolução chegou até os dias de hoje, ai eu me questionei, se os pássaros citados, gastaram em media de 4 bilhões de anos para sua evolução do bico, como nós seres tão evoluídos gastamos apenas 7 milhões de anos? Sem mais, parabéns pelo texto e pelo tema, sou religioso, mas gosto muito de suas publicações.
Gabriel, de onde você tirou que os pássaros levaram 4 bilhões de anos para evoluir o bico? A primeira ave conhecida viveu há 150 milhões de anos. O que significa que todos os bicos vistos hoje são evolutivamente mais recentes que isso.
Vou reformular minha duvida Salvador, acho que não soube me espressar.
Abaixo estão dois fragmentos do texto:
“O mesmo raciocínio pode ser aplicado a toda a vida na Terra, e foi o que Darwin e Wallace fizeram. Se imaginarmos que todos os seres vivos atuais têm um ancestral comum separado de nós por cerca de 4 bilhões de anos de seleção natural, temos uma explicação para a origem de todas as espécies. ”
“Darwin imaginou que todos eles tinham um ancestral comum. Separados em suas respectivas ilhas, eles enfrentaram ambientes naturais ligeiramente diferentes, que por sua vez selecionariam características diversas. Ao fim de milhões de anos, terminamos com espécies diferentes de tentilhão.”
A duvida é a seguinte:
O ancestral a que se refere o texto é o mesmo para todos os seres vivos? Ou cada ser vivo teve o seu ser ancestral?
Se o ser ancestral for o mesmo de todas as espécies, por que as aves a que se refere o texto teriam gasto milhões de anos para conseguirem adaptar um bico eficaz em cada ilha, enquanto o ser humano como conhecemos hoje, gastou apenas 7 milhões de anos para sair do ser ancestral primitivo ao ser totalmente evoluído que somos hoje?
Essa é minha indagação, como nós gastamos tão pouco tempo para chegar ao nosso nível, enquanto outras raças derivadas do mesmo ancestral não conseguiram tal êxito.
Também gostaria de aproveitar o espaço e perguntar se você conhece algum estudo atual comprovando uma possível evolução em alguma raça.
Gabriel, é o seguinte. Escolha duas espécies quaisquer. Por exemplo, humano e sabiá. Elas têm um ancestral comum. Comparando os genes de um e de outro, conseguimos estimar em que época viveu esse ancestral comum. Pode pôr aí uns 350 milhões de anos (mas não me cite, estou estimando, com base no que conhecemos da história evolutiva). Pois bem, agora escolha outros dois bichos. Sabiá e aranha, por exemplo. O ancestral comum deles deve remontar a mais de 450 milhões de anos. E muito antes de 500 milhões de anos atrás praticamente não havia criaturas multicelulares — só bactérias e arqueias. Então, se você quiser saber qual é o ancestral comum entre o homem e bactérias, vai ter que procurar nessa época. Não sei se isso ajudou a entender. Mas todas as formas de vida têm parentesco com todas as outras. Quanto mais próximas, menos distante no tempo está o ancestral comum entre elas.
Salvador, obrigado por nos brindar novamente com um texto informativo e ao mesmo tempo saboroso e divertido que raramente se vê em textos voltados à ciênca, talvez seja por isso que os mais leigos olham para a ciência como um bicho-de-sete-cabeças.
Nunca achei um texto tão claro mostrando como a evolução ainda é a melhor teoria para compreedermos a vida que nos cerca. Vejo muita gente confundindo a origem das espécies com a origem da vida (às vezes até com a origem do universo), e você deixa claro no texto que a teoria da evolução explica a partir do surgumento da primeira forma de vida esta é a limitação da teoria como as grandes velocidades é o limite da mecânica de Newton.
Enfim é um texto pra ser salvo e mostrado a todos que queiram entender pelo menos um pouco sobre o que é a teoria da evolução.
Valeu, Pinhal. Conto com vocês todos como multiplicadores do texto! 🙂
Já está compartilhado 🙂
Salvador, excelente matéria! Para aqueles interessados em conhecer mais um pouco dos mecanismos por trás da evolução recomendo a leitura de “O Gene Egoísta” de Richard Dawkins.
Eu recomendo “A Goleada de Darwin”, do biólogo brasileiro Sandro de Souza. 🙂
Salvador
Sou leitor dos seus textos e gosto muito.
Destacam-se pelo elevado nivel cultural , ausente em quase toda a midia em Pidorama.
Esse texto, especifico, está otimo.
Parabens e continue a sua luta .
Valeu, João!
Toda essa argumentação explica a microevolução. Não existe prova nenhuma da macroevolução, apenas especulação. Darwin “imaginou” que todos eles tinham um ancestral comum. Todos acreditam na imaginação do Darwin.
Não nego a microevolução. Na teoria do Design Inteligente, é dito que um ser inteligente criou cada espécie, e cada espécie pode sim sofrer mudanças ao longo do tempo. Seleção natural gera evolução intra-espécie e não entre espécies diferentes.
Argumento infundado:
“… se cada uma delas foi individualmente projetada por uma inteligência superior, não haveria razão para termos, por exemplo, distribuição similar dos genes pelos cromossomos em diferentes espécies… ” Não passa de suposição. Se o Design é inteligente e divino, porque não poderia ter algo em comum entre espécies diferentes?
Marcos, mas o design inteligente não explica o acúmulo linear de mutações ao longo do tempo em acordo com o registro fóssil. Aliás, acho que apresento argumentos contundentes de que o design inteligente não explica nada. Quanto a macroecolução, ela foi testemunhada pela humanidade na transformação de lobos em cães ao longo dos últimos 10 mil anos!
Lobos e cães são a mesma espécie. (Canis lupus), porém de subespécies diferentes (lupus para o lobo e familiaris para o cão). Concordo que também que a macroevolução nunca foi testemunhada. Difícil explicar também pela evolução que um invertebrado se transformou em vertebrado num processo gradual, uma vez que um animal com 1% de espinha dorsal não tem vantagem comparativa em relação a outro com 0. O mesmo raciocínio vale para a asa. 1% de asa não permite o voo nem mesmo planar. A evolução se ocorreu, deve ter ocorrido aos saltos em muitas ocasiões e isso a sua teoria de evolução gradual por mutações benéficas aleatórias não consegue explicar. Talvez com mais alguns milênios de observações a ciência consiga encontrar a verdade. Vamos esperar para ver.
Não existe micro e macroevolução. Existe evolução e existe tempo transcorrido. Só.
Muito fácil afirmar premissas: não existe isso, existe aquilo. Quero ver são argumentos para sustentar suas premissas. Uma evolução gradual com pouco tempo envolvido não pode explicar o surgimento de uma pena, que é uma estrutura altamente complexa, pois 0,1% de pena não aumenta a chance de sobrevivência ao organismo que a possui. Ao contrário, seria um desperdício de energia.
Pior que pode. Inclusive com as formas transicionais, encontradas nos dinossauros. Provavelmente as penas surgiram originalmente para conservar o calor do corpo, e só mais tarde foram cooptadas para o voo, ganhando sua estrutura mais complexa.
Todas as penas encontradas em fósseis de dinossauros já são estruturas funcionais e extremamente complexas. O que não existe nos registros fósseis são formas intermediárias entre a ausência e a existência de penas, asas, escamas, vértebras funcionais. Simplesmente por que essas formas não seriam funcionais. A evolução explica muito bem a adaptação de estruturas já existentes como os bicos dos tentilhões de Darwin ou o crescimento do pescoço da girafa. O que a evolução não consegue ainda explicar, à luz da ciência, é o surgimento de estruturas novas, sejam penas, asas, escamas ou mesmo a molécula do DNA. É nesse ponto que os criacionistas e os evolucionistas convergem. Os dois grupos acreditam naquilo que não pode ser provado, ou seja.
Você está enganado. Em alguns casos, há protopenas, precursoras das penas desenvolvidas.
Qual é o nome do animal com protopenas? Ou com protoasas? Ou protoescamas?
http://en.wikipedia.org/wiki/Megalosauroidea
Como já sabia, nenhuma espécie foi citada. As protopenas achadas em âmbar no Canadá são, na realidade, penas mais simples, mas completamente funcionais, que quando cobrem o corpo de um animal serão funcionais, pois poderão ajudar a manter a temperatura corporal.
A seleção natural não pode trabalhar com aquilo que não existe. Um animal sem penas não pode ter como descendente direto um com penas, a não ser que essas penas já tivessem uma estrutura complexa que pudesse trazer vantagem comparativa a esse animal. E uma mudança tão radical ser creditada a mutação aleatória é algo que contraria a lógica científica, pois não pode ser provada nem por experimentação, nem tampouco pela biologia molecular, nem por meio de observações.
Você está enganado. As penas funcionam para controle térmico sim, mas não têm as sofisticadas adaptações para voo que apareceriam mais tarde. E não custa lembrar que estamos falando de um DINOSSAURO. Ou seja, independentemente do quanto você ache que as penas eram funcionais ou não, temos um espécime transicional a caminho das aves. Essa parte você preferiu não comentar. Mais fácil evocar “complexidade irredutível”, o curinga dos fãs do DI quando as evidências não corroboram suas teses. Adoraria que você me explicasse o que penas faziam num dinossauro, se hoje só aves têm penas, e répteis não…
Microevolução conceito impensável na religião a tempos atrás, mas ao iniciar a evidência da evolução os criacionistas tiveram de rever seus conceitos de espécie e começaram a introduzir o termo microevolução.
Como disse é a religião se adaptando a novos tempos, se a sociedade muda vamos mudar também.
E é uma falsa dicotomia. Não existe microevolução ou macroevolução. Existe só evolução, e o resto é a quantidade de tempo envolvida.
Acho que o que o criacionista aí quer dizer com “macroevolução” é, na verdade, o que chamamos de “especiação”, ou seja, o surgimento de espécies diferentes, incapazes de procriar entre si.
Para enriquecer o debate, sugiro as seguintes obras:
– “Why Evolution is True”, de Jerry Coyne: o capítulo sobre biogeografia é simplesmente arrasador;
– “Your Inner Fish”, de Neil Shubin: a interessantíssima história da descoberta do Tiktaalik, perfeito fóssil transicional entre peixes e anfíbios.
Grata pelas dicas!
Vou incorporar à minha biblioteca pessoal.
É claro que existe evolução, pois tudo que existe evolui apesar de precisar de milhares de anos para as mudanças! O fator da adaptação do ser tambem a um determinado ambiente, contribui muito para estas mudanças. Mas em se tratando do homem, acho que as coisas mudam um pouco de figura. Penso eu, que o homem não é só fruto de uma evolução no qual deu todos os aparatos da inteligência, para que se sobressaisse no meio onde vive! Em todos os livros religiosos, e até em artefatos que contam a história de um povo antigo (sumérios), falam dos Deuses que criaram o homem. Não que tudo que está escrito é exatamente como se lê, como nas religiões. Cada religião tem sua caraterística própria da criação. Mas que tudo se resume num só fim! Os Deuses criaram os homens!
Acredito piamente que o homem se originou de umas da raças preexistentes deste planeta, e que foram melhoradas de acordo com os Deuses (que vieram dos céus). Até os cientístas de hoje acreditam que uma parde do DNA humano tem origem extraterrestre (não entendo muito bem de genética). Portanto não acredito que o homem deste planeta tenha se originado sozinho e nem tampouco que ele só agora nestes últimos anos (últimos cem anos mais ou menos) ele tenha dado um salto tão grande sozinho, depois de ficar inativo por mais de 23.000 anos!??
Claudio, na verdade as análises genéticas sugerem que não houve manipulação extraterrestre do DNA humano. Basta ver como ele permite estimar o momento da divergência com a linhagem dos chimpanzés em acordo com o registro fóssil.
Bem Salvaldor, não discordo totalmente, mas uma pergunta que não quer calar!
Por que só os homens evoluiram com inteligência, da cadeia evolutiva? Se todos originaram de um anscestral comum! Era por exemplo, para estarmos convivendo com outros seres tambem evoluidos como nós!? Como por exemplo outros primatas ou até mesmo um elefante (ou semelhante inteligente) disputando o mesmo bioma terrestre!?
Cláudio, problemas diferentes ensejam soluções evolutivas diferentes. Para as plantas, inteligência não tem importância nenhuma. Para criaturas fortes a ponto de não serem vítimas de predação, também. Em suma, inteligência é qualidade de quem não tem outras. É uma resposta, mas não “a” resposta aos desafios da adaptação.
Na evolução as pessoas pensam apenas na inteligência para distinguir os homens de outros seres vivos, porém, já pensaram na habilidade que outros seres vivos tem e que o homem não possui.
É só pensar na visão e ver como somos míopes ao comparar-nos com uma coruja.
Imagine que sua visão fosse como a da mosca, você poderia andar a altas velocidades e enxergar os obstáculos muito antes de colidir com ele, agora some uma visão destas com um sonar como o do morcego.
Em nós o que se destaca é o cérebro em outros temos de confessar que possuem outras características que nos deixam pra trás sossegadamente.
Se errei em algo Salvador, oriente melhor a questão.
É isso mesmo. Problemas diferentes de adaptação produzem soluções diferentes.
Acho que o problema levantado pelo Cláudio pode ser entendido como o paradoxo existente entre a inteligência humana e a de outros animais. Por que há um abismo tão grande de capacidade intelectual entre nós e outros seres, se temos basicamente a mesma constituição química e quase a mesma orientação genética de um chimpanzé? Por que essa diferenciação cognitiva se deu num espaço de tempo tão curto em termos evolucionários (menos de 1 milhão de anos)? Por que o cérebro humano tem características tão singulares, mesmo sendo menor, tanto absoluta quanto relativamente, comparado aos de outros animais? Estas perguntas estão começando a ser respondidas pelos biólogos, mas, por enquanto, fomentam a argumentação criacionista do homem. Enfim, não duvido que a ciência encontrará evidências plausíveis que sirvam de base à solução do problema, solução esta encontrada muito provavelmente a partir de estudos do genoma do homem e de outros animais.
Por último, devo mais uma vez parabenizar o Salvador pelo excelente texto, um dos melhores já escritos aqui no blog. Abraço.
A duvida que eu tenho é justamente essa, se o globo terrestre foi o mesmo espaço para evolução de todas as raças existentes na terra, por que outras raças que evoluíram no mesmo bioma que nós não lograram êxito em aperfeiçoar sua inteligência também?
Leandro, da mesma forma: por que as girafas são tão pescoçudas? Quanto tempo levou para as girafas saírem de um pescoço curto ao pescoço longo? Você destaca o cérebro, eu destaco o pescoço. Por que a diferença intelectual é um paradoxo e não o é a diferença de comprimento de um pescoço? Vale a analogia?
Realmente fica meio difícil acreditar em “EXCEÇÃO”. No meio de milhões de espécies, só uma olhou para o céu e disse que queria voltar para as estrelas!
Lira, a questão da mente humana é um paradoxo porque, como afirmei, contraria o tempo que normalmente se esperaria para o desenvolvimento de uma característica evolutiva tão significativa, que apareceu de forma repentina dentro dos hominídeos. Afinal, segundo indícios arqueológicos, os humanos começaram a desenvolver aspectos típicos de nossa inteligência bem recentemente, há cerca de 800 mil anos, um nada em termos evolutivos e sem indício pretérito. Outro paradoxo se relaciona com o fato de termos um cérebro com características únicas, mas que não se relacionam ao tamanho ou a reações químicas diferenciadas. Logo, a analogia das girafas não se aplica, pois o surgimento de cognição tão singular repentinamente nos deu uma vantagem evolutiva espantosa, nos permitindo colonizar o mundo em pouco tempo e nos tornando superpredadores em qualquer bioma, diferentemente daqueles animais.
Por que isso ocorreu? Quais os mecanismos que permitem essa diferenciação da mente humana? São questões amplamente debatidas pelos biólogos, e cujas respostas serão obtidas por meio da neurobiologia e da antropologia evolutiva. Provavelmente, uma pequena alteração gênica por mutação levou a um aumento exponencial de sinapses nervosas ou algo do tipo em nossos antepassados primatas.
Por que outras espécies não se elevaram a tal ponto em termos de inteligência? Bem, a evolução explica. Afinal, os organismos só ganharam em complexidade e adaptabilidade ao longo da história, num processo contínuo, a partir da seleção natural. Os primatas foram a primeira família a desenvolver habilidades cognitivas realmente relevantes à sobrevivência. Em seguida, por obra do acaso, a mente complexa dos humanos se desenvolveu e se tornou um fator evolutivo que permitiu a predominância de nossa espécie. Ou seja, pela primeira vez em éons de vida na Terra, a cognição foi realmente importante, a ponto de permitir a predominância de apenas uma espécie.
Bom dia,Salvador. Os seus textos me fazem lembrar um
Professor de ciências dos tempos do ginásio-Tássilo Orpeheu Spalding. E isto há uns cinqüenta anos ! Ninguém
Faltava ás suas aulas que eram muito interessantes. já lí
Textos parecidos com este seu. Mas não tão bem estrutura
do. Dá vontade de guardar para depois do almoço e sabo
reá-lo como uma deliciosa sobremesa. Obrigado pelos minutos de satisfação que nos proporcionou.
Evaldo, valeu pelos elogios! Abraço!