Cinco provas da evolução das espécies

Salvador Nogueira

Este é um assunto dos mais controversos: a origem das espécies, desde as bactérias mais simples até os orgulhosos seres humanos. A razão básica da confusão é que algumas pessoas querem fazer crer que existe um conflito intrínseco entre a teoria da evolução pela seleção natural e as religiões. É mentira.

Fósseis do gênero Homo de 1,8 milhão de anos encontrados na Ásia: nossos parentes evolutivos.
Fósseis do gênero Homo de 1,8 milhão de anos encontrados na Ásia: nossos parentes evolutivos.

A ciência, aliás, não é inimiga da religião. As duas são naturalmente complementares, e existe beleza no equilíbrio — admirá-las igualmente pelo que são, tentativas de contextualizar a existência humana respectivamente nos níveis natural e espiritual.

Uma diferença importante entre elas é que a ciência, por sua própria natureza, se propõe a estabelecer (tanto quanto possível) fatos objetivos. Já a religião fala de “verdades” pessoais. Por isso cada um de nós pode ter suas próprias crenças, mas temos todos em comum uma única ciência. E também é por isso que neste texto, daqui em diante, vamos discutir apenas ciência. Começando do rasinho. Como se produz o conhecimento científico?

A coisa funciona do seguinte modo: primeiro deparamos com um fenômeno que desejamos compreender. Pode ser qualquer coisa. Um exemplo simples: como acontece a chuva? Diante do enigma, parte-se para formular uma hipótese. Podemos, por exemplo, imaginar que a chuva está ligada à temperatura da água. Se aquecida, ela vira vapor e sobe. Se resfriada, ela cai de volta no chão. Certo, temos nossa hipótese. E agora? A ciência dita que precisamos colocar essa ideia à prova. Testá-la com experimentos e observações.

Podemos esquentar a água com fogo e notar que, a partir de um determinado momento, ela começa a subir para o ar, na forma de fumaça. E se aprisionarmos esse vapor ascendente num recipiente notaremos que, ao entrar em contato com a superfície mais fria, ele volta a virar líquido. E percebemos que isso acontece também no mundo lá fora, embora em ritmo bem mais lento. Uma poça d’água desaparece sob a ação da luz do Sol e volta a se formar quando água cai do céu em forma de chuva. Grosso modo, a confirmação de nossa hipótese a converte em teoria. Ela não é mais só um exercício racional de adivinhação. Ela é uma explicação concreta que nos permite compreender e até mesmo prever fenômenos.

Essa nossa teoria simples da chuva explica toda a história? Claro que não. Sobre ela outros cientistas teriam de formular outras hipóteses, que explicam como a água pode evaporar mesmo que a poça inteira nunca atinja a temperatura necessária, ou como a água se aglutina em nuvens e o que acontece na atmosfera para fazê-la se liquefazer e, enfim, chover de volta ao chão. Essas hipóteses serão postas à prova e gerarão novas teorias, que tornarão nossa compreensão do fenômeno ainda mais refinada. Mas note que novas teorias não substituem as antigas. Elas aprofundam o entendimento, sem anular as conclusões obtidas antes.

É a tal história do Isaac Newton, que ao formular as bases da física moderna se disse “sobre os ombros de gigantes”. Ele construiu sua obra sobre alicerces sólidos. A ciência é um muro de tijolos. Novos tijolos são constantemente colocados no muro. Mas os antigos raras vezes são substituídos. No mais das vezes, eles continuam formando a parede, que fica cada vez mais alta, permitindo que enxerguemos cada vez mais longe.

Por isso é de uma desonestidade intelectual profunda acusar a evolução pela seleção natural de ser “apenas uma teoria”. Em ciência, uma teoria é o máximo que uma ideia pode chegar a ser. E ela atinge esse ponto só depois que foi corroborada por observações e experimentos. Só depois que ela se mostra a melhor explicação possível para um certo conjunto de dados.

É nesse contexto que vamos apresentar aqui cinco provas da evolução das espécies. Os mais atentos talvez queiram criticar meu uso da expressão “provas”, lembrando o filósofo da ciência Karl Popper, que sugere que observações só podem refutar teorias, mas nunca prová-las. Concordo com Popper. Mas uso aqui o termo “provas” no sentido jurídico. Imagine que estamos num tribunal, que julgará a veracidade da teoria da evolução. O Mensageiro Sideral se apresenta como promotor, apontando provas circunstanciais conclusivas. Decerto os opositores apresentarão seus argumentos de defesa nos comentários abaixo. E o juiz do caso? É você, caro leitor. Leia, reflita e julgue os fatos.

ANTES DE MAIS NADA, O QUE É A TEORIA DA EVOLUÇÃO?

Formulada por Charles Darwin e Alfred Russel Wallace independentemente e apresentada em 1858, ela parte de pressupostos simples e incontestáveis.

A primeira premissa é que os seres vivos de uma determinada espécie, por mais parecidos que sejam, apresentam, naturalmente, pequenas diferenças entre si. Isso é mais do que evidente. Basta olhar ao seu redor. Somos todos humanos, mas cada um é um pouquinho diferente do outro. Um mais baixo, um mais alto, um loiro, um moreno, e assim por diante.

A segunda premissa é que os seres vivos podem transmitir essas pequenas diferenças que os caracterizam a seus descendentes. E isso também é mais do que evidente. Por isso filhos de morenos são morenos, filhos de altos são altos, e por aí vai.

A terceira — e crucial — premissa é que, no mundo natural, algumas características são mais vantajosas que outras. Hoje, na população humana, isso não é muito evidente. Mas ainda acontece. Um exemplo: um pequeno número de pessoas na África parece ser imune ao HIV. Muitos esforços têm sido feitos pelos médicos para reduzir o impacto que o vírus da Aids tem na mortalidade humana, mas imagine um mundo sem medicamentos. O que aconteceria na África? Os que não resistem ao HIV morreriam, em muitos casos sem deixar descendentes. Os imunes sobreviveriam e teriam mais filhos. Ao longo das gerações, aumentaria a porcentagem de pessoas com imunidade natural ao HIV.

Isso é seleção natural. É a pressão que a natureza exerce para selecionar certas características e eliminar outras.

Pois bem. Até aí, absolutamente nada de controverso. O salto que Darwin e Wallace deram foi partir dessas premissas e concluir que, ao longo de períodos muito grandes de tempo, esse processo de seleção natural poderia produzir novas espécies a partir de um ancestral comum. Como eles chegaram a essa conclusão? Observando o mundo natural. Note, por exemplo, o clássico exemplo apresentado pelo próprio Darwin, ao refletir sobre os tentilhões — grupo de espécies de pássaro — das ilhas Galápagos, que o naturalista estudou pessoalmente ao passar pela América do Sul, em 1835. Ele notou que cada ilha do arquipélago tinha suas próprias espécies de tentilhões, cada uma com um formato de bico próprio.

Os tentilhões de Darwin, observados nas ilhas Galápagos. Seleção natural em funcionamento.
Os tentilhões de Darwin, observados nas ilhas Galápagos. Seleção natural em funcionamento.

Como explicar isso? Darwin imaginou que todos eles tinham um ancestral comum. Separados em suas respectivas ilhas, eles enfrentaram ambientes naturais ligeiramente diferentes, que por sua vez selecionariam características diversas. Ao fim de milhões de anos, terminamos com espécies diferentes de tentilhão.

O mesmo raciocínio pode ser aplicado a toda a vida na Terra, e foi o que Darwin e Wallace fizeram. Se imaginarmos que todos os seres vivos atuais têm um ancestral comum separado de nós por cerca de 4 bilhões de anos de seleção natural, temos uma explicação para a origem de todas as espécies. Uma explicação que é passível de teste. E que foi testada e corroborada de forma contundente, como veremos a seguir.

Um senão importante é que a teoria diz respeito exclusivamente à origem das espécies. Ou seja, como, a partir de uma única forma de vida, acabamos com uma biosfera tão incrível e diversa como a nossa. A teoria nada fala sobre a origem da vida em si. Como o primeiro ser vivo submetido ao processo de seleção natural veio a ser é outro mistério, um que ainda não tem uma solução científica clara (embora diversos caminhos promissores já se insinuem a esse respeito).

PROVA NÚMERO UM – O DNA

Manja teste de DNA, aquele usado corriqueiramente para determinar paternidade de bebês? Você acredita nele? Pois bem. Hoje temos tecnologia para comparar o DNA não só de humanos diferentes, mas de diversas espécies diferentes. Essa análise revela que todos os seres vivos que já investigamos têm algum grau de parentesco com todos os demais. Trata-se de uma confirmação incrível da teoria da evolução pela seleção natural. Tão contundente como um teste de paternidade diante de um juiz de família.

A história da evolução está escrita no DNA. É só saber ler.
A história da evolução está escrita no DNA. É só saber ler.

É interessante notar que, no tempo de Darwin, o DNA nem era conhecido, muito menos seu papel na transmissão das informações genéticas. Ele e Wallace estavam tateando às escuras, por assim dizer. Quando o DNA foi descoberto e, mais tarde, aprendemos a “lê-lo”, ele poderia ter refutado completamente a evolução. Bastaria para tanto que os organismos tivessem genes tão diferentes entre si que não se estabelecesse grau de parentesco entre eles.

Contudo, não foi o que se observou. Se olharmos para o DNA humano e compararmos com o do chimpanzé, descobrimos que a diferença entre eles é de cerca de 4%. Ou seja, a receita para a fabricação de um chimpanzé é, em 96%, idêntica à que produz um ser humano. O que isso significa, que nós evoluímos dos macacos? Claro que não! A afirmação de que o homem veio do chimpanzé está errada. Tanto o homem como o chimpanzé evoluíram de um ancestral comum, que não era nem uma coisa, nem outra.

O mesmo exercício pode ser feito entre outras espécies, com resultado similar. Também temos um ancestral comum com os camundongos. E com os répteis. E com os insetos. E com as plantas. E com as bactérias. E com todo mundo que já analisamos até hoje. O que nos leva ao motor da evolução por seleção natural — as mutações.

PROVA NÚMERO DOIS – MUTAÇÕES

Hoje conhecemos bem os mecanismos que existem no interior de cada célula para replicar o DNA. Há um sistema integrado de monitoramento e correção que tenta identificar falhas na replicação e impedir que elas se perpetuem — se preciso for, induzindo o próprio suicídio celular. No entanto, sabemos também que esse sistema não é à prova de falha. De vez em quando, pequenas mudanças passam. Acontece direto. Nas suas células. Agora. Na maior parte das vezes, ocorre em trechos do DNA que não codificam informação genética, e aí pode não haver consequência nenhuma. Se acontecem num pedaço de DNA que tem informação importante, podem produzir efeitos bem sérios. Na maior parte das vezes, esses efeitos são ruins — o câncer é resultado de mutações em células, alterações que atingem justamente o sistema que induz ao suicídio celular quando há falhas de replicação do DNA. As células saem de controle e se multiplicam sem parar, às custas do resto do organismo.

Contudo, em alguns casos, as mutações podem produzir manifestações que não incapacitam a pessoa. E, claro, quando acontecem nas células germinativas, precursoras de espermatozoides e óvulos, elas não afetam o sujeito em si, mas afetarão a geração seguinte — para o bem ou para o mal.

Isso não é ficção ou especulação. É fato. Note que os seres humanos diferem entre si no seu DNA em cerca de 0,5%. Ou seja, meu genoma é diferente do seu por essa quantidade. A maioria dessas diferenças consiste em mudanças em uma única letra, o que os cientistas chamam de SNPs (polimorfismos de nucleotídeo único, ou, mais simpático, “snips”). Sabendo que isso acontece e que a vida tem quase 4 bilhões de anos na Terra, o difícil é inventar um mecanismo que impeça a evolução. É muito mais complicado termos espécies estáticas, imutáveis, do que espécies em eterna transmutação ao longo das eras geológicas, movidas por mudanças pequenas e graduais. Bem, mas se essas mudanças foram graduais, não deveríamos ter formas intermediárias entre os animais vivos hoje? Claro que deveríamos! E temos! Basta olhar os fósseis.

PROVA NÚMERO TRÊS – FÓSSEIS

Na época de Darwin, os fósseis já estavam na moda, embora fossem poucos e incompreendidos. Foi justamente naquele tempo que começaram a ser identificados os primeiros dinossauros. Sabemos hoje com base em evidências geológicas concretas que eles viveram entre 230 milhões e 65 milhões de anos atrás. E uma olhada neles revela o que a evolução é capaz de fazer ao longo de períodos imensos de tempo.

Sabemos, por exemplo, que as aves modernas têm como ancestrais dinossauros terópodes. E como podemos saber disso? Além de observarmos características similares entre os ossos de um grupo e de outro, há algumas espécies extintas que parecem uma exata mistura dos dois. Pegue o arqueoptérix, por exemplo, que viveu cerca de 150 milhões de anos atrás. Ele é metade ave, com penas capazes de voo e asas, e metade dinossauro, com dentes e tudo. Tanto dinossauros como aves são as únicas criaturas que têm aquele famoso “ossinho da sorte”. E uma análise de proteínas remanescentes de uma coxa de tiranossauro mostrou em 2005 que o colágeno dos músculos do bichão é muito parecido com o das galinhas modernas. São provas incontestes do processo evolutivo.

Fóssil de arqueoptérix, metade-ave, metade-dinossauro. Ele viveu há 150 milhões de anos.
Fóssil de arqueoptérix, metade-ave, metade-dinossauro. Ele viveu há 150 milhões de anos.

E toda a árvore da vida está cheia dessas formas intermediárias, hoje extintas. Diversos hominídeos descobertos mostram um aumento crescente da caixa craniana de nossos ancestrais. Obviamente, aumento de cérebro (e de inteligência) foi favorecido pela seleção natural, o que explica o processo.

É verdade que não existe na Terra nenhuma espécie viva mais inteligente que a nossa. Mas isso não quer dizer que exista um abismo intransponível entre nós e nossos parentes no reino animal, em termos de comportamento.

PROVA NÚMERO QUATRO – COMPORTAMENTO ANIMAL

Costuma-se fazer uma distinção clara entre humanos e o resto do reino animal. Nós seríamos inteligentes, sofisticados, capazes de abstrações, conscientes de nós mesmos. Os demais não teriam consciência de si mesmos e seriam estúpidos.

Essa distinção é puro preconceito. A teoria da evolução por seleção natural sugere que essa escalada da inteligência e da consciência deveria ser um aclive suave, e não uma divisão abrupta. Se os evolucionistas estivessem errados, encontraríamos mesmo esse abismo. Mas os etólogos (estudiosos do comportamento animal) encontram cada vez mais evidências de que muitos dos atributos originalmente concedidos só aos humanos estão presentes no reino animal.

Veja os chimpanzés mesmo. Eles são menos espertos que os humanos, fato, mas ainda assim são bem espertos. E fazem coisas que, até outro dia, achávamos que fossem exclusividades nossas. Chimpanzés não falam, mas são capazes de aprender linguagem de sinais e conseguem comunicar ideias simples. Constroem e usam ferramentas rudimentares. Seu nível de inteligência para o uso de ferramentas é comparável ao de uma criança de cinco anos! Gostam de montar quebra-cabeças só por diversão, como nós. Conseguem contar até 40 e fazer operações aritméticas simples. E são capazes de algum nível de empatia. Não são animais estúpidos. São mais parecidos conosco do que gostaríamos de admitir. Não há vergonha nenhuma em ser primo dos chimpanzés. Apesar daquela mania horrível de jogar cocô nos outros, eles são legais e representam nosso elo mais próximo na imensa corrente da vida na Terra.

Mais parecidos conosco do que alguns gostam de admitir. Mas DNA não mente.
Mais parecidos conosco do que alguns gostam de admitir. Mas DNA não mente.

Apesar disso, seguimos caçando-os sem dó. Limitados à África, eles estão ameaçados de extinção. Estima-se que existam cerca de 150 mil chimpanzés em liberdade na natureza hoje. Humanos, são 7 bilhões. E subindo. Não é impensável que nossos parentes mais próximos passem à categoria de fósseis em pouco tempo. A situação dos gorilas, que também estão perto de nós evolutivamente, é ainda mais dramática. Seleção natural na sua forma mais cruel. Nossa inteligência, mal empregada, está os destruindo. A troco de nada. Quem é o inteligente mesmo?

PROVA NÚMERO CINCO – PSEUDOGENES

Os chimpanzés e gorilas podem sumir, mas a vida é um contínuo, graças à evolução. Em meio ao DNA dos mais de 7 bilhões de humanos, existem pedaços de genes de nossos ancestrais comuns, inativos, mas ainda lá. Esse talvez seja a maior evidência de evolução já encontrada. As mutações por vezes desativam genes não essenciais, tornando-os não funcionais sem inviabilizar a vida do indivíduo e a passagem da modificação à próxima geração.

Aí esses chamados pseudogenes continuam guardados no genoma, mas não servem para grande coisa no organismo. Viram algo como um “museu da vida”, guardado no interior das nossas células. Além de permitirem que, ao lermos suas sequências, possamos traçar com precisão nossa ancestralidade evolutiva, eles servem como uma “reserva” para o futuro da evolução. Especula-se que genes inativos possam, com novas mutações, tornarem-se ativos novamente, produzindo características novas que se submetam à seleção natural.

Os cientistas mais ousados, por exemplo, especulam sobre a possibilidade de reconstruir os genomas de dinossauros extintos “pescando” pseudogenes em seus descendentes — as aves modernas — e reativando-os. Díficil? Sem dúvida. Talvez até impossível para essas criaturas, que sumiram há 65 milhões de anos. Mas pode ser uma estratégia viável para trazer os mamutes, extintos há 12 mil anos, de volta à vida. São incríveis perspectivas que só se abrem porque a evolução é um fato.

O RESUMO DA ÓPERA

Como se pode ver, a evolução por seleção natural é uma teoria que explica muita coisa. Ela poderia ser superada por outro paradigma científico no futuro? Em tese sim. Mas onde está esse paradigma?

Alguns dizem que a melhor explicação para a diversidade da vida seja o que eles chamam de Design Inteligente — a ideia de que a vida é sofisticada demais para que suas incríveis nuances fossem produzidas pela seleção natural, e que somente uma consciência superior poderia ter produzido os seres vivos terrestres, individualmente, espécie por espécie.

Certo. É uma hipótese. Vamos testá-la? Se o Design Inteligente estiver certo, não devemos encontrar parentesco claro entre todas as espécies estudadas ao investigar seu DNA. Afinal de contas, se cada uma delas foi individualmente projetada por uma inteligência superior, não haveria razão para termos, por exemplo, distribuição similar dos genes pelos cromossomos em diferentes espécies. Aliás, deveríamos encontrar distribuições bem diferentes, otimizadas para cada forma de vida. Não é o que vemos.

Outra conclusão que advém da hipótese do Design Inteligente é que as diferenças entre as espécies não podem ser usadas para estimar a época em que elas divergiram (até porque, pelo Design Inteligente, elas nunca teriam divergido para começar, tendo sido criadas individualmente). Em resumo, deveria haver profundo desacordo entre estimativas da época da especiação feitas com base na genética e o registro fóssil. Nos casos estudados até agora, vemos que há acordo razoável. A genética sugere, por exemplo, que o ancestral comum entre humanos e chimpanzés viveu entre 5 milhões e 7 milhões de anos atrás. Os fósseis de formas intermediárias suportam essa estimativa. A australopiteca Lucy, por exemplo, que seria posterior à divergência, viveu cerca de 3,2 milhões de anos atrás. Ótimo encaixe com a teoria da evolução, péssimo para a concorrência.

Aliás, os fósseis em geral apresentam um desafio intransponível para o Design Inteligente. Porque eles revelam não só a época em que certas espécies foram extintas, mas também a época em que certas espécies apareceram. E vemos que as espécies surgem paulatinamente, num processo contínuo, ao longo de bilhões de anos. O Designer passou todo esse tempo por aqui, introduzindo uma a uma as novas espécies? E, curiosamente, adotou um ritmo de introdução das espécies exatamente compatível com o que seria produzido pela evolução por seleção natural, segundo nossas estimativas de mutações?

Outra coisa: por que o Designer usou formas intermediárias nesse processo? Por que ele teve de produzir Homo habilis, Homo erectus e Homo ergaster antes de fazer o glorioso Homo sapiens? Fosse uma criação inteligente e projetada sob medida, não precisaria de formas intermediárias. Só a evolução explica esse processo.

Por fim, uma conclusão possível do Design Inteligente é que espécies modernas seriam tão boas e adaptadas quanto possível. Existe espaço para aperfeiçoamento na biologia terrestre? Ô se existe. Outro dia, um grupo de pesquisadores inseriu nanocápsulas em células de plantas e melhorou o rendimento da fotossíntese em 30%. E nós, humanos, supostamente o supra-sumo, temos um apêndice, cuja única função parece ser causar apendicite, e os dentes do siso, que precisam ser extraídos na maior parte de nós porque não nos cabem na boca. Que diabo de projeto inteligente é esse? Por que temos órgãos vestigiais? Por que o Designer se deu ao trabalho de disfarçar toda a biosfera para fazer que ela evoluiu, se esse não foi o caso?

O Design Inteligente não explica nada. Nem de longe. E a evolução já tem evidências demais para que a descartemos como uma infeliz coincidência. Vamos aos fatos: entre nós e os chimpanzés, 96% de identidade no DNA. Se você prefere acreditar que nós e eles fomos criados separadamente por um Designer, tem de se perguntar por que esse Criador quis fazer você exatamente como se fosse primo dos macacos.

Deixo, afinal, uma pergunta para reflexão. Qual é o Designer mais inteligente: aquele que constrói um relógio automático, liga-o e vê, satisfeito, como cada ponteiro avança sozinho no momento preciso para marcar o tempo, ou aquele que constrói um relógio e fica, em sua paciência infinita, empurrando os ponteiros com o dedo a cada segundo para mantê-lo sempre marcando a hora certa?

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Comentários

  1. http://www.youtube.com/watch?v=-2t358w_l2o

    Artigo comprova sua mediocridade intelectual. Me mostre um exemplo observável de evolução entre espécies. Não existe. Os exemplos são sobre adaptação da mesma espécie, e não evolução. É simples assim. O dia que pudermos observar um Tentilhão evoluir para um mamífero, ai estarei convencido.

      1. Lobo virar cão é fato, porém demonstra mudança, o que difere de “evolução”. As alterações são muito próximas, e embora considerados “espécies diferentes”, reproduzem entre si, o que tem feito muitos biólogos questionarem a sistemática biológica, incluindo o próprio conceito de “espécie”. Claro, ainda há o argumento darwinista de que é o acúmulo de pequenas mudanças ao longo de uma necessária, obrigatória e forçada eternidade que acaba, supostamente, produzindo um novo grupo de seres vivos. A questão é que esse argumento não encontra mais base científica, a ponto de evolucionistas consagrados, como Stephen J. Gould, Ian Tattersall, Niles Eldridge e tantos outros, impedidos de considerar a possibilidade de envolvimento de um Criador, terem sido forçados a propor hipóteses alternativas ao gradualismo de Darwin, justo porque se sabe que a a maior parte das “evidências” apresentadas nesta matéria jornalística não se sustentavam mais. Portanto, voltamos à estaca zero da discussão, não é? Seria legal se isso fosse assumindo, em vez de omitido…

        1. Ricardo, não há contradição entre o gradualismo de Darwin e o equilíbrio pontuado de Gould. O primeiro sugere que a seleção natural age selecionando os mais aptos. O segundo, que esse processo seletivo reduz seus impactos diante de um ambiente estável e torna-se novamente mais agudo com mudanças ambientais relativamente rápidas. A questão que nenhum defensor do design inteligente parece confrontar é: que fenômenos ele explica e que previsões a hipótese gera que foram confirmadas? Será preciso mais que o ruído de grilos que se sucede a essa pergunta para dizer que ela está mais perto de estar correta que a evolução darwinista, demonstrada de forma cabal por tantas e tantas evidências…

          1. Salvador, sua comparação entre o gradualismo darwinista e o pontualismo de Gould está correta, muito bem. Contudo, as duas hipóteses não se resumem a isso e há, sim, importantes contradições entre elas.

            Não que eu defenda o pontualismo (menos ainda o gradualismo), mas o uso como exemplo para o fato de que o neodarwinismo não é mais consenso há um bom tempo. Agora, mais do que nunca.

            Seu comentário sobre a TDI parece estar tomando por base uma argumentação simplista que costuma estar presente – compreensivelmente – na fala de diversos defensores da teoria. Porém, recomendo fortemente que se proponha a ler literatura mais consistente e verdadeiramente científica nessa área.

            Com o devido respeito – sei que entenderá a comparação – é mais ou menos como se leigos e até alguns cientistas formassem opinião favorável e definitiva a favor ou contra a teoria da evolução tomando por base artigos como esse seu. Seria inadequado, sendo a explicação evolucionista algo muito longe de ser simples e impossível de ser “provada” com base em argumentos tão simplistas quanto os apresentados no artigo…

            Grande abraço, cara!

          2. Ricardo, mostre-me apenas uma evidência que seja explicada pelo design inteligente. Não é possível que seja preciso aprofundar tanto para dar apenas um exemplo. Pode escolher qualquer um. Só citar uma previsão feita pelo DI que se mostrou acertada, enquanto a evolução sugeria outra coisa, que se mostrou errada. Só um.
            Abraço e obrigado por se juntar ao debate!

    1. A evolução não acontece no período de vida de um ser humano, que é medíocre, quando comparado com os milênios necessários para a observação. Não estou dizendo que você é medíocre, por favor.

  2. Você se sente ofendido se lhe chamam de macaco? Não deveria já que você se diz darwinista. Eu me sinto ofendido porque minha origem é outra. Fui criado a imagem e semelhança de DEUS. Infelizmente não tenho tempo de rebater-lhe cada frase incoerente sua, mas se você for sincero como diz ser entre em W.W.W.scb. org sociedade criacionista brasileira e verá n artigos científicos explicando porque a teoria evolucionista não passa de um mau intendido. Sucesso!

    1. Você não é macaco, macacos se ofenderiam se fossem comparados a você.

      Você evoluiu da ostra, só que a ostra ainda é um pouco mais inteligente do que você…

    2. Parabéns a Salvador pela simplicidade e abordagem correta da questão. Como outro comentador apontou, existem alguns reparos, mas a complexidade do tema e a limitação de espaço e mesmo de atenção do tipo de leitor, certamente previnem a discussão de diferentes tipos de herança genética. Estou me referindo particularmente a altos tem filhos altos, não é o caso, afinal de contas estamos falando de herança poligênica e altos geralmente tem filhos com estatura média. Falando de resultados estatísticos e médias. Mas, como eu disse, assunto bastante complexo bem abordado. A ciência realmente não é inimiga da religião, mas a religião, principalmente a fundamentalista é inimiga da ciência. Apesar de um famoso defensor da evolução, Stephen J. Gould defender uma abordagem de “magistérios” distintos e não opostos, para ciência e religião, não acredito que em momento algum a ciência deveria se preocupar com a religião, com um senão, quando estudamos a religião como um aspecto evolucionário.

  3. Belíssima matéria! Daria um livro, já pensou nisto, Salvador? Vá lá que muitos exemplares seriam queimados nas fogueiras patrocinadas pela poderosa indústria das religiões. Mas, por outro lado, com certeza muitas mentes seriam libertas.

    1. Marcio, tem gente mais qualificada que eu transformando essas ideias em livro de divulgação. Já leu “A Goleada de Darwin”, do Sandro de Souza? 😉

  4. Parabéns, Salvador! Tá assistindo COSMOS !!! (para nosso deleite)

    Só faltou usar a história da evolução artificial do cachorro (feita por nós humanos) para ilustrar a evolução natural de todas as espécies!

    Vida Longa a Carl Sagan, outro verdadeiro Mensageiro Sideral!

  5. Excelente! Só uma coisa que discordo, de que religião e ciência sejam “naturalmente complementares. Não são, são coisas totalmente díspares, inconciliáveis, onde na primeira as coisas são aceitas “pela fé” e na segunda por demonstração, prova, experimento. Creio que o autor do artigo fez essa concessão apenas para ser simpático aos religiosos. Enfim, religião é pura fantasia.

    1. Adriano, não é isso não. O que quero dizer é que a religião pode responder perguntas que a ciência não tem como responder. Em contrapartida, deveria não se meter em assuntos que são do domínio da ciência. Se agirem como complementares, acabam os conflitos.

      1. Eu não concordo com que a religião “possa explicar” assuntos que a ciência não consegue. O que os religiosos fazem é “inventar” uma explicação, sem nenhum cuidado de verificar se ela é válida ou não. Criam um dogma e segue-o quem quiser, geralmente aquele que não tem natureza crítica suficientemente estabelecida para avaliar a veracidade ou não do dogma.

        1. Certo. E como essa explicação inventada não é checada, vira uma “verdade pessoal” — vale para quem acredita. Se isso faz o sujeito se sentir melhor consigo mesmo e com o universo, sem entrar em contradição com o que pode ser efetivamente conhecido (a ciência), por que não?

      2. Como assim, “agir como complementares”? Então, se a ciência ainda não evoluiu para conseguir provar determinada coisa ou fato, somos obrigados a “chutar” e ter “fé” de que é ou será aquilo mesmo?

        O comentário do Adriano está preciso. Mas a resposta do Autor é sofrível. Eu queria saber qual seria a resposta que a religião responde com pelo menos um lastro de certeza.

        A ciência pode AINDA não conseguir responder a tudo mas certamente, é o único caminho para ter respostas precisas, sem “achismos” ou enganações.

        No mínimo, o Autor do texto se considera agnóstico, certo? Agnóstico é uma pessoa religiosa que está começando a pensar sozinha, sem uma bengala ou um falso Ateu que diz não acreditar em um Deus mas na hora de dificuldades, clama pelo mesmo.

        Enfim, é lamentável que grande parcela da humanidade ainda acredite em amigos imaginários ou em estórias sobrenaturais absurdas. É por isso que, como espécie, somos pouco evoluídos e continuamos a repetir os mesmo erros.

        Na minha opinião pessoal, concordem ou não, religião é para pessoas fracas que não conseguem pensar sozinhas, que inconscientemente precisam ser manipuladas para atingir um objetivo e/ou que não conseguem discernir fato de fantasia.

        1. Jean, peço que você me responda usando somente a ciência: por que matar é errado? A natureza não acha errado. A cadeia alimentar se baseia nisso até! Mas por que é errado? (Espero que você também ache errado…)

    2. Depende da religião tb. Religiões derivadas do judaísmo são incompatíveis, porque tb são de verdade única. Mas religiões pagãs (nativas) e orientais admitem mais de uma verdade. Nenhum hindu ou chinês tem problemas com a cosmologia ou com a evolução.

  6. Enquanto engenheiro e informático a evolução é a mais cristalina lógica para explicar o mundo que vivemos, enquanto homem cristão é impossível não crer na existência do ‘Design Inteligente’, por exemplo, para o fato de sermos o ÚNICO astro Universal que reúne TODAS as condições para a existencia da vida. Para as situações em que não se tem explicação científica, que não são poucas, cabe a crença no DI, por outro lado, parte-se de Dogmas , aos quais não permite-se questionamento, para contar a história deste grão de areia no infinito sideral. Prá mim, a questão e a resposta que une as duas correntes é uma só:
    A ORIGEM!

    1. Edmyrson, de onde você tirou que só a Terra tem condições para a vida? Acompanhe o blog para ter surpresinhas todo mês sobre isso! 🙂

      1. A Igreja Católica nunca disse que a Terra é o único lugar habitável. Não seria tola para dizer algo que não conhece. Portanto o “não saber” é mais plausível. Quanto à teoria evolucionista, é apenas uma tese. Nada comprovado, de fato. 5 provas? trocaria por 5 indícios. Na visão da Igreja, o primeiro homem e mulher são figuras para explicar o pecado original… não a origem do homem. Creio que tudo é criação de Deus. Como fonte da vida, a fómula utlizada pode ter sido a mesma… Quanto à importãncia da ciência? Ahh isso é fundamental para comprovar a seriedade da Instituição Católica. Claro que não é uma Instituição perfeita, por ser composta por homens, mas acontece cada maravilha, que nem a ciencia consegue explicar, apenas constatar…. 🙂 Abraços!

      2. Desculpe mestre, vc pode me dizer onde já foi encontrada vida e não onde existe a probabilidade de existir??

  7. Como sempre, excelente artigo, Salvador. Por isso o sigo no Facebook e sempre compartilho o que escreve.
    Pena que, para variar, temos “aqueles” comentários… Mas tudo bem, faz parte.

  8. Alguém poderia explicar como TODAS as espécies foram evoluindo, macho e fêmea, tão perfeitamente se encaixando com seus órgãos reprodutores, perfeitos para gerarem outro da mesma espécie. Alguém consegue explicar, ou mostrar o momento exato de uma espécie de célula para um ser com pernas, ou com nadadeiras. Essas pessoas que creem na evolução são as espécies mais atrasadas, provavelmente evoluíram sem cérebro.

    1. Sandro, deixa eu ver se eu entendi. Você acha que é preciso um designer inteligente para explicar o seu pinto? 🙂

      1. Claro que sim, Salva. É a única forma dele poder culpar alguém pelo tamanho diminuto da minhoquinha!

  9. “A ciência, aliás, não é inimiga da religião.” Claro que nao, é a religião que é inimiga da ciência, do bom senso, da pluralidade, etc

    1. Um discurso de ódio para explicar o ódio… Dos outros!
      Coerência: A gente se vê por aqui.

  10. Parabéns, Salvador, por mais esta aula dada aos seus leitores!

    Destaco, no entanto, que o apêndice, “cuja única função parece ser causar apendicite”, pode estar relacionado ao sistema imunológico, tratando-se não somente de um órgão vestigial (http://www.livescience.com/27147-appendix-evolved-mammals.html). Não sou especialista, então gostaria de conhecer sua opinião.

    Além disso, comecei a escrever sobre ciência há cerca de um ano, e atualmente sou colaborador do blog techenet.com. Se possível, ficaria feliz caso um verdadeiro jornalista de ciência me passasse suas impressões acerca de trabalho tão recente dedicado à divulgação científica.

    Obrigado e parabéns, novamente!

    1. Luiz, sim, fala-se em funções possíveis do apêndice. Mas fato é que vive-se perfeitamente bem sem ele. No mínimo, se é produto de um designer, o designer era bem ruim. 😛

  11. Admiro muito os cientistas e gosto muito dessa forma, raciocínio lógico (premissa A, premissa B, C, D… e Conclusão), porém não vejo nenhuma relação disso, com o que de fato aconteceu, pois a Fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem….
    Além de que por vontade de Deus, assim eu creio, ficou escrito na Bíblia….. “aquilo que se vê não foi feito do que é aparente.
    Hebreus 11:3”

  12. Seguinte. Sou cristão, acredito na salvação e no poder de Deus. Mas vejo a criação de uma outra forma. Não consigo desvencilhar a evolução da religião. Acredito que Deus esteja por trás de tudo. Se não fosse ele, a evolução nunca daria certo. É justamente que está a resposta para os que dizem que a evolução é impossível no campo da probabilidade. É justamente esse o motivo para eu acreditar em Deus. Acreditar que Adão e Eva começaram a humanidade é muito complicado. Acreditar que Deus resetou a obra dele inteira (arca de noé) porque tava insatisfeito com os homens, é negar a perfeição de Deus. E achar que não há nada orquestrando a vida na Terra é idiotice. Porque não acreditar em Deus é acreditar que do nada apareceu o big bang. Não acreditar em Deus é acreditar que a matéria saiu do nada…
    mas é só a minha opinião. Sou cristão mas sou racional. Deus não vai me punir porque ele me deu a inteligência para questionar. Parabéns pelo texto. Se ateu ou não, ótima leitura.

  13. não sou contra as religiões e nem os cientistas. sou contra quando ambos são contaminados. fazem afirmações desde que não as contradizem. AS PROVAS ESTÃO POR TODA AS PARTES, inclusive nos textos sagrados (bíblia, textos védicos). como já dizia Sérgio O Russo” eles veem formigas e não veem elefante na banheira”.

    1. Milagres acontecem para aqueles que acreditam neles. Por que a Virgem Maria nunca aparece para budistas, muçulmanos e hindus que não ouviram falar dela?

      1. Se não ouviram falar dela, como poderiam reconhecê-la se ela aparecesse?

  14. Como biólogo repeti, por muitos anos, o mesmo discurso que li nessa reportagem. De uns anos pra cá, contudo, não mais. Sabe-se hoje que NENHUM dos 5 pontos mencionados sustenta, de fato, a hipótese evolutiva com base na seleção natural de fatores casuais adquiridos por mutação. Essa hipótese não mais se sustenta como antes se imaginava, e, embora ela ainda conte com muitos defensores, as “provas” apresentadas não são válidas como o texto faz parecer. Muitos evolucionistas estão se declarando céticos quanto às explicações de Darwin, que- geniais, diga-se de passagem – antes eram aceitas, de maneira quase unânime, como explicação plausível. As evidências têm, ao contrário do que diz a reportagem (que apresenta “evidências” que foram, na verdade, erros graves de interpretação dos fatos), levado parte considerável dos evolucionistas a buscar uma nova síntese teórica (ainda inexistente) para justificar a origem e a diversidade da vida sem terem que recorrer à intervenção de um Criador. A seleção natural existe, sim, porém restrita a pequenas variações numa mesma espécie, podendo, no máximo, produzir variação específica muito próxima. Não se sustenta mais, contudo, quando parte para tentar justificar evolução de grandes grupos. A realidade é que a maioria dos itens apresentados na reportagem, curiosamente, são hoje apontados como contrários à hipótese darwinista, e não como dando suporte. Acho que o autor, bem-intencionado, se deixou levar por informação seletiva promovida pela casta acadêmica que insiste em defender o darwinismo, adotando postura semelhante à de religiosos com sua fé. Sugiro uma releitura dos fatos, com base nas análises e estudos de pesquisadores que, embora ainda evolucionistas, mostram-se céticos quanto à hipótese darwinista, e isso com base em fatos, e não em especulações.

      1. A questão não é esta Salvador e entendo o que o Ricardo quis dizer.

        E evolução das espécies não é lei, por isto ate hoje ela carrega em seu nome a palavra ‘Teoria’.

        Com muitos acertos por sinal, mas ela não é unanimidade exatamente por não poder explicar tudo.

        O que acredito que o Ricardo quis dizer e que os leitores aqui devem atentar, é sempre continuar se informando e aprendendo e acompanhando as descobertas e os desafios que levam a estas novas descobertas.

        Porque a ciência evolui também e por isso não podemos sempre ficar engessados totalmente a um estudo, pois ele poderá mudar, pois novas descobertas virão.

        Temos que manter a cabeça aberta exatamente para elaborar novas teorias, contestar atuais e antigas e assim fazer novas descobertas.

        É para sempre isso, temos que ser flexíveis, pois sempre seremos alunos no fim

        1. Opa! E você respondeu. Explicou direitinho como o design inteligente explica o registro fóssil, as similaridades no DNA, o papel das mutações, os pseudogenes… 🙂

    1. Excelente comentário. Único neutro, mostrando um ponto de vista e contestando no campo da ciência apenas.

    2. Concordo Ricardo. A própria datação da idade dos dinossauros baseado na camada geológica é contestável, já que o Carbono-14 só consegue precisar até 5-6 mil anos.

        1. Verdade, não se data fósseis de dinossauros com carbono-14. Data-se pela camada geológica em que são encontrados. Ah, detalhe, a camada geológica é datada com base nos fósseis que nela se encontram. A isso chama-se “raciocínio circular”.

          Mesmo havendo outras formas de datação, qualquer especialista honesto em datação vai confirmar que os resultados são muito mais interpretativos do que precisos, não sendo realmente confiáveis.

          Somam-se a cada dia as evidências de que os fósseis encontrados não correspondem exatamente às datas que lhe são atribuídas. Há fósseis situados em era diferentes fossilizados juntos no mesmo estrato rochoso, por exemplo. E poderíamos, aqui, listar dúzias de evidências contrárias às afirmações inflexíveis feitas pelos adeptos “xiitas” da TE. Porém, o fórum não é espaço para esse nível de detalhamento, e quem for pesquisador honesto saberá investigar as fontes devidas. (Caso alguém tenha dificuldade em achá-las, pode me contatar diretamente e terei prazer em cedê-las).

          Só para se ter uma ideia, paleoantropólogos, como Richard Leakey, enviavam para datação, em 3 ou 4 instituições diferentes, amostras de pequeninos fragmentos fósseis que ele atribuía, a priori, a um suposto “hominídeo”. Os resultados, altamente imprecisos, variavam na casa entre milhares e milhões de anos. Então ele “escolhia” o resultado que fosse mais conveniente à tese que defendia. Dali saía uma publicação, cujos leitores seriam informados da descoberta de um “novo hominídeo” (em geral, pequenos fragmentos de ossos, colhidos separadamente em extensa área) de “X” anos de idade, artificialmente encaixado numa conveniente lacuna da “evolução” humana. Gould e Eldridge, evolucionistas, chamavam a isso de “mitos da evolução humana”.

          Contudo, foi e é assim que a TE tem sido construída, consolidada e impregnada em nossas mentes como “fato” e como “verdade”.

          Não sou um paleontólogo famoso, nem tenho PhD, nem tenho muitas publicações em meu currículo. Mas o que estudei, vi e aprendi de paleontologia, de forma séria e honesta, em teoria e em campo, foi suficiente para admitir essa lamentável realidade que se tem debatido aqui. Felizmente ninguém depende de mim, nem de minhas limitações, para chegar à verdade – nomes de referência, com vários PhD e boas publicações cada vez mais têm se tornado dissidentes do neodarwinismo e crítico céticos das explicações dogmática da TE, ainda hoje onipresente na doutrinação ideológica que todos sofremos.

          Em minha formação biológica e paleontológica fui vítima disso, o que reforçou meu ateísmo intolerante, na época. Felizmente me libertei dessas amarras…

          1. Goste ou não, a evolução explica as evidências. Nenhuma alternativa faz isso. Agora, engraçado você misturar ateísmo com dogmatismo com religião com ciência e achar que está fazendo algum sentido. Abraço!

    3. Senhor Ricardo, seu discurso é parecido, em teor e forma, ao que sustenta certas correntes que baseiam seus argumentos na fé. No seu texto, suas afirmativas são tão ou mais duvidosas do que aquelas que o senhor procura desacreditar. O senhor cita fatos sem mencionar as respectivas fontes (parecem mais meras insinuações). Fica difícil recusar os argumentos do autor do texto, como o senhor o faz, e aceitar os seus. De qualquer forma, imagino que certos grupos religiosos, ao lerem estes seus argumentos, vão lhe aplaudir, Ou será que existe a categoria de biólogos bíblicos?

      1. Caro amigo… Lamento não ter citado, neste curtíssimo espaço para breves comentários a uma matéria jornalística, as fontes e referências sérias dos argumentos que apresentei. Acredito que este espaço não é para isso, seria impossível realizar um debate científico sério e saudável aqui, ainda mais que cada postagem feita acaba entremeada de comentários jocosos, agressões verbais e outras demonstrações de ignorância e de intolerância de todos os lados da discussão. O debate, já limitado por este não ser um fórum adequado, não rende. Por que entrar nele, então? Por isso, cuidei de apenas mencionar contrapontos à TE que, na minha opinião, o próprio Salvador deveria ter citado, buscando uma abordagem mais equilibrada do ponto de vista científico e permitindo que os leitores pesem por si e decidam. Em não fazê-lo, percebo que o autor da matéria já tem uma opinião (isso mesmo, opinião, e não ciência de fato) pré-formatada, e, embora razoavelmente educado nas respostas, não parece genuinamente aberto a contra-argumentações, a ponto de se permitir reavaliar algumas de suas crenças. Como nos ensina Thomas Kuhn, em “Da Estrutura das Revoluções Científicas”, o caso não se trata exatamente de debate científico, mas, sim, dogmático – e os darwinistas, a maior parte crias acéfalas do meu patológico colega Richard Dawkins, têm assumido postura religiosa e cientificista, e não realmente científica. Tem havido migração maciça de cientistas – inclusive de muitos biólogos – do neodarwinismo para uma postura do tipo “não temos mais uma TE confiável e precisamos urgente de uma alternativa”. A própria falta de alternativas materialistas-naturalistas ao neodarwinismo tem levado alguns grande nomes da Biologia a simpatizar com o Design Inteligente. Sugiro que dê uma olhada em http://www.dissentfromdarwin.org, um site que reúne mais de 800 cientistas em todo o mundo, muitos deles de referência em suas áreas e sem necessariamente vínculos religiosos, de declarando céticos em relação à explicação neodarwinista sobre a origem das espécies. Caro amigo, as fontes e as referências que servem de contraponto aos argumentos já muito bem conhecidos do artigo do nosso querido Mensageiro Sideral existem e estão disponíveis para quem quiser pesquisar de forma séria e honesta, portanto, ninguém depende que eu ou qualquer outra pessoa os apresente em detalhes para que se tornem conhecidos. O fato de as pessoas aceitarem tão prontamente argumentos pró-TE como os defendidos por Salvador, e rejeitar a priori e com intolerância argumentos contrários, deve-se basicamente a dois fatos: 1 – uma doutrinação dogmática intensa e constante, em todos os níveis de ensino e na mídia tendenciosa, promovida por um establishment acadêmico cientificista que se apossou do poder acadêmico (são eles que ditam as cartas) e tornou-se radical, assumindo um extremismo ideológico reacionário a qualquer ideia que ameace a doutrina que eles elegeram como verdade absoluta e incontestável; 2 – a forma agressiva e mal-educada como alguns discordantes da TE se portam (embora eu saiba que esse reação é, em boa parte, determinada pela forma cruel e desonesta como muitos deles foram e são tratados pelo referido establishment acadêmico). Por estas e outras, o debate não evolui e os ânimos apenas se acirram. Sei bem como é isso, pois fui um ateu radical e intolerante por muitos anos, assim como fui um evolucionista “xiita”, na linha do Dawkins, que foi meu “doutrinador”. Maltratei demais aqueles que ousavam pensar fora da caixinha neodarwinista, fossem religiosos ou não. Porém, num dado momento me permiti abrir a mente e a cegueira deu lugar à visão. Muita coisa na própria ciência, e sem necessidade de religião, falaram por si só, e pela boca de muitos cientistas, de modo que me permiti rever minhas posturas. Quando fiz isso, entendi que na verdade eu era um “religioso” radical e a TE era a minha “fé”, e o quão dogmático tudo isso (inclusive eu) era. Apenas um paradigma – genial, quero deixar claro – e uma interpretação, era isso que era a TE. Nada mais que isso. E tive que admitir, por honestidade intelectual. Dali em diante minha cabeça teve abertura científica suficiente para ir revendo pensamentos, ideias, “provas”, “evidências” sob novos ângulos. Mudei. Mas eu não represento nada, senão um modesto e pretenso cientista metido a besta. Deixo a coisa com outros que me superam em formação, experiência e conhecimento, e que pensam parecido comigo. A pena é que o establishment acadêmico ideologicamente comprometido com a doutrina que defendem não quer perder seu status, portanto, manipulam, fraudam, censuram… Questionadores e opositores do neodarwnismo são impedidos de pesquisar, de receber fundos, de ensinar e de publicar em periódicos sérios. São censurados e perseguidos. Parece teoria da conspiração, não é? Bem, talvez até seja, mas ESTA é verdadeira. Thomas Kuhn explica em sua obra clássica que a comunidade acadêmica age exatamente assim, parecida com as religiões que os ateístas/agósticos gostam de acusar de opressão, censura e manipulação. Tudo farinha do mesmo saco. Um exemplo emblemático foi o do editor do Proceedings of the Biological Society of Washignton – com dois PhD (em evolução molecular e em ciência de sistemas), evolucionista, especialista em filogenia e pesquisador do Museu de História Natural da Smithsonian Institution. Em 2004 ele recebeu um artigo de um cientista intitulado “A origem da informação biológica e as categorias taxonômicas superiores”. O artigo levantava reflexões favoráveis ao Intelligent Design a partir de evidências biológicas, e, cientista honesto, o editor do periódico, considerando que os argumentos eram bons e mereciam ser submetidos à comunidade científica, optou por recomendar a publicação. Antes, porém, submeteu-o à revisão de pares, passando por 3 biólogos, todos doutores ligados à TE, os quais também deram seu aval à publicação. Quando o artigo foi publicado, acadêmicos do establishment reagiram como de costume, criando um terrível clima de “inquisição”. Disseram que um artigo que não defendesse exclusivamente a TE dentro dos padrões já pré-determinados jamais poderia ser publicado (censura, pois), e começou a perseguição contra o notável editor e biólogo evolucionista que, por honestidade científica, recomendou a publicação. A Smithsonian Institution, pressionada, afastou o cientista de seus quadros. E, desde então, o pobre homem tornou-se execrado no meio acadêmico de seu país. Censura, intolerância, perseguição… Táticas da “santa inquisição” acadêmica. E vão dizer que isso é “teoria da conspiração”? Assim tem acontecido com muitos outros, silenciosa e sorrateiramente. Tanto que muitos cientistas omitem suas próprias convicções sobre a TE, evitando propagar que não acreditam mais que ela se sustente, e, apavorados com as consequências para sua carreira, preferem manter o discurso que o establishment lhes impõe. E assim – somente assim – a TE e o neodarwinismo ainda reinam, fazendo parecer ao público que ser uma teoria comprovada e irrefutável. Aliás, exatamente como faz parecer o artigo do Mensageiro Sideral. Lendo-se os comentários, vê-se que essa manipulação funciona, e muito bem. Grande abraço!

    4. Ricardo, é interessante seu post. Só que enquanto não se chega a uma outra teoria, por enquanto a teoria evolucionista de Darwin é o melhor que se pode ter. Talvez você esteja certo, mas não nos forneceu evidência nenhuma. Posso fazer um paralelo com a Fisica Newtoneana e a Física Moderna. Podemos dizer que Newton estava errado? Não, a sua Física, mais tarde se descobriu, não se aplica a partículas subatômicas ou a velocidades extremas. Para complementá-la, mais tarde, surgiu a relatividade de Einstein e a física quântica. Talvez a teoria de Darwin não explique tudo mesmo e novos avanços e teorias cheguem para complementá-la no futuro. Mas isso não quer dizer que ela esteja errada. E mesmo que ela explicasse apenas modificações menores, dentro da mesma espécie, isso já não é pouca coisa. O autor aborda muito bem no texto este avançar gradual da ciência.

      1. Prezado Ricardo, tem razão quando diz que não forneci evidência nenhuma. Este fórum não é espaço adequado para esse nível de aprofundamento. Mas sugiro que leia minhas respostas e comentários às pessoas logo acima dessa lista, e, creio eu, se satisfará com a abordagem. Agradeço sua educação e tolerância…

  15. Esta história de “elo perdido” só vale prá desenho animado. Mas, para que perder tempo em tentar explicar Ciência para aqueles que acreditam em Adão e Eva?

      1. Permita-me discordar: pessoas merecem respeito, ideias, não.
        Uma ideia tola é tola independentemente de quem a tenha proferido.
        Somente os tolos acreditam que política e religião não se discutem.
        Por isso os ladrões continuam no poder e os falsos profetas continuam a pregar.
        E, quando um religioso diz que o homem foi criado por Deus há menos de 10.000 anos, ele está afirmando algo bastante específico sobre o mundo e que pode ser testado.
        Neste caso, uma tremenda bobagem.
        Nosso planeta conta com algo como 4,6 bilhões de anos e as espécies vivas vêm se desenvolvendo há pelo menos 3,5 bilhões de anos, como se pode demonstrar através dos inúmeros relógios biológicos, geológicos e astrofísicos de que dispomos.
        Eu poderia, é claro, recorrer ao velho acordo de cavalheiros pelo qual a religião é considerada “fora dos limites” e ninguém aponta suas incongruências.
        É uma forma sofisticada de ignorar os religiosos que apregoam teses criacionistas.
        Só que fazê-lo, acredito, equivale a desrespeitar pessoas por reverência a ideias.
        E, pior, por ideias erradas.

  16. Se o universo é altamente organizado, alguém teve que organizar ele. Se existem leis complexas que rege o nosso universo e equilibradas, alguém teve de criar tais leis. Portanto, todo projeto inteligente, exige uma mente inteligente, um projetista. Assim, cada vez que leio assuntos científicos mais me convenço da existência de um criador.

    1. Ninguém está falando do universo aqui. Estamos falando da biodiversidade.

        1. Não necessariamente. Pode haver vida em outros lugares que não evoluíram da mesma forma que evoluíram/evoluem aqui.

  17. A ciência não explica porque os seres humanos (homem e mulher) são os únicos com a capacidade de inteligência e escolhas, entre todos os outros animais ou seres. A ciência não explica o porque todas as criaturas possui sexo oposto, inclusive plantas, o que determinou isso nelas, a ciência não explica porque os seres humanos sentem prazer no sexo, na relação amorosa, a ciência não explica porque seres humanos e animais choram, o que lhes deu sentimentos. Design Inteligente está acima de todas essas teorias evolucionistas. Um dia fui ateu, hoje compreendo a verdade.

    1. Os seres não precisam ter “consciência” que tal ou qual evolução é melhor: o ambiente mata aqueles que não apresentam a característica necessária. Sobram os que apresentam a característica e estes perpetuam a característica. É claro que existem seres intermediários por exemplo quanto à gestação: existem peixes hermafroditas, outros de ambos os sexos, outros ovíparos, outros ovovivíparos e outros vivíparos. Nem todas as espécies tem macho/fêmea, ao contrário do que vc acha. É melhor pesquisar mais!

    2. Bruno, nem todas as espécies têm macho e fêmea. Por que, nas suas frases, é separado, e não junto. A ciência tem uma explicação, sim, para cada um dos fatos que você citou. Mas, principalmente: não são apenas os seres humanos que têm capacidade de inteligência e escolha. Nem precisa ser um grande cientista para ver isso – basta ter um bichinho de estimação ou assistir a discovery.

    3. Se você sabe qual é e compreende a verdade, gostaria que você a expusesse. Mas não basta dizer que ela está escrita neste ou naquele livro ‘sagrado’! Escrever ‘verdades’ é muito fácil; prová-las é um pouquinho mais complicado!

  18. Salvador, seu texto em nada mudou a minha condição de ateia convicta, depois de análise empirica da vida. Vendo essa quantidade de comentáros inteiramente favoráveis ao seu texto deixou-me bastante animada -Falo isso pq. no meu nucleo de relações e mesmo na minha cidade sou quase única . Todos os meus amigos , com nivel de educaçao superior são teistas convictos e me ridicularizam sempre . Então me calo para não ficar só.

    1. Sonia, o que tentei fazer foi mostrar que os assuntos da ciência nada têm a ver com a religiosidade, e que a mistura de conceitos atrapalha o entendimento. Ser ateu é uma opção tão válida quanto não ser. Mas, sendo ou não sendo, todos podemos apreciar o valor da ciência.

    2. Sonia todos temos direito de acreditar no que nos é conveniente, mas devemos por outro lado abrir nossa mente para coisas que não entendemos, tais como a existência de um Deus, pq se ele existir quem acredita Nele não perde nada e se não existir tb. Mas se ele existir quem não acredita aí sim estar’perdendo, então nada nos custa em tentar ver em outra perspectiva.

    3. Sonia! Perceba que ninguém conseguiu, até hoje, seja provar que existe deus(es) ou que não existe. As duas afirmações decorrem de fé. Sendo que será muito mais difícil provar a não existência: enquanto que basta um único exemplo de sua existência para prová-la, para provar sua inexistência deve-se exaurir todas as possibilidades! Assim, ser ateísta é ter a fé de que não existe deus(es)! Se você não quiser ter que se ater à fé nenhuma, seja agnóstica! Espere que alguém prove uma das duas possibilidades, e decida depois qual será seu procedimento! É uma preocupação a menos, pelo menos, por enquanto!

    1. Explique. Por que achar que ideias como Deus não podem ser refutadas ou comprovadas é covardia? Você talvez confunda covardia com cautela. Não vou advogar em favor de coisas que não posso demonstrar. Porque, seja qual for minha convicção, reconheço que ela vale só para mim.

    2. E o religioso extremista é um imbecil… bom, não tem mais adjetivos. É um imbecil imbecil.

    3. O verdadeiro Agnóstico, não é covarde, o verdadeiro Agnóstico é um gênio, por isso duvido que existam muitos…e verdadeiros

    4. O agnóstico é um homem inteligente, que não acredita em histórias da carochinha, como as da Bíblia.

    5. Engano seu! Sua fé a está impedindo de raciocinar direito! Um agnóstico é um ser inteligente que deixa que ateus e teístas digladiem sobre um assunto do qual nenhum deles sabe a resposta correta!

    6. besteira. é preciso coragem para se declarar ou ateu ou agnóstico em um mundo dominado por demônios.

      o agnóstico é somente como um tukano (psdb),gosta de ficar em cima do muro (rsssssss…).

      qto a ciência e religião serem complementares, na minha opinião, eu discordo.
      salvador, qdo você disse que as 2 se complementam, faltou dizer que essa é uma opinião sua, pois os ateus não sentem essa necessidade de complementação religiosa.(eu não sinto)

      creio que não existam (ou são poucos) os agnósticos “puros” ,que são aqueles que não pendem para nenhum lado; ou seja, eles sempre tem um pouco a mais de fé em deus ou um pouco a mais de crença na não existência de deus. pelo que eu li, parece-me que você pende um pouco mais para o lado da fé em deus, talvez dai a sua necessidade de complementação.

      qto ao texto, parabéns, ficou muito agradável e acessível, mesmo para fez questão de não lê-lo e somente criticá-lo.

      obrigado;

      1. Luiz, veja que eu considero a religião complementar à ciência porque aborda as questões metafísicas que, por definição, a ciência não pode explorar. Claro, sempre é possível adotar uma postura materialista e rejeitar o metafísico (dispensando a ciência). Mas submeto a hipótese de que essa também é uma postura dogmática, religiosa. Não há como provar que não existe o metafísico. Portanto, descartar sua existência é questão de fé. Em outras palavras: acho que os ateus também são religiosos. Pela religião deles, não existe nada além do mundo material. E talvez essa visão produza algum tipo de conforto espiritual para eles. Se o mundo material é tudo que existe, pode-se ambicionar compreendê-lo por completo, pensa um ateu. É uma ideia reconfortante.

        1. O ateu rejeitar o metafisico pode ser sim uma questão de fé, no acepção básica da palavra fé, que é acreditar, mas não confunda fé com religião. Religião é a fé em deus ou deuses de forma institucionalizada. O ateu não possui fé em deus, por isso o ateísmo não pode ser confundido com alguma forma de religião.

          Sim, não existe como provar o metafísico assim como não é possível provar que não exista o tal bule de chá na órbita de plutão, mas ambos sabemos que esse bule não existe.

          Alem do mais, creio que essa ambição de compreender melhor o mundo material seja comum entre ateus e agnósticos.

  19. chrales darwin um dos maiores racista mentiroso que o mundo ja viu a ciencia tem como provar isto, mas por orgulho nao o faz

    1. Darwin foi ferrenho opositor à escravidão, numa época em que ela era comum (inclusive vigente no Brasil). Onde você estudou sobre Darwin?

    2. Não sei se Darwin possuía os defeitos que você lhe imputa, mas, como exemplo posso citar que Isaac Newton era uma pessoa extremamente desagradável ao trato, mas nem por isso a sua teoria da gravidade deixa de ser verdadeira!

  20. Nem de longe ciência e religião precisam ser inimigas! Como dito por Kardec “Fé inabalável só aquela que pode enfrentar a razão em todas as épocas da humanidade”. Prova: O livro Evolução em Dois Mundos de André Luiz, psicografia de Chico Xavier e Waldo Vieira, editado em 1958, está consonante com a ciência e a teoria da evolução. Parabéns pelo texto.

  21. O autor falou, falou, falou…E como todos os outros, não tocou no ponto principal.

    Como a vida surgiu?

    Como um punhado de areia molhada, misturado com outros elementos químicos, criou consciência?

    E o pior, uma vez com consciência, pq não aprendeu a regenerar suas células para ter vida eterna, ao invés de criar um complexo sistema de reprodução, para competir com si mesmo?

    Texto com mais do mesmo, nada de novo

        1. Bem mais complexas do que a conversa entre seus dois neurônios, acredite.

          Se precisar, eu desenho.

  22. Designer inteligente a questão científica que não quer calar, são argumentos e mais argumentos sobre a teoria da evolução e a conclusão se da com designer inteligente, a teoria da evolução não explica nada quando comparada a ele. Adaptações da espécie não significa evolução de uma espécie para outra. Do nada continua surgindo NADA. No princípio criou Deus… é a verdade para a ciência e para a religião, O DNA PROVA A EXISTÊNCIA DE UM DESIGNER INTELIGENTE PARA A CIÊNCIA E DEUS PARA A RELIGIÃO.

    1. O DNA prova o contrário disso. E não é porque você escreve com letras maiúsculas que seu argumento é melhor.

    2. A religião não prova nada! Ela apenas impõe dogmas imaginados por alguém, que, com um bom ‘marqueteiro’, vende como verdade absoluta! Acorda!

  23. Na verdade o correto seria Yehová, mas verdadeiramente ele nunca revelou a Si própria por um nome, apenas pela Sua natureza. O Pai Universal é conhecido por vários nomes, em universos diferentes e nos diversos setores de um mesmo universo. Ele é o ancião superior, chamado Macroprosopopéia ou a grande hipótese criativa.

    O que a Cabala fala sobre Deus?
    “Antes de ter dado forma ao universo” – diz a Cabala -, “antes de ter produzido qualquer forma, ele era só, sem forma ou semelhança com o que quer que seja. Quem, então, pode compreendê-lo, tal como era antes da criação, visto que não tinha forma? Por conseguinte, é proibido representá-lo por qualquer forma, similitude, ou mesmo por seu nome sagrado, por uma simples letra, ou um simples ponto. (…) O Ancião dos Ancião, o Desconhecido dos Desconhecidos tem uma forma, mas não tem nenhuma forma, porque ele não pode ser compreendido. Quando assumiu uma forma pela primeira vez em Sefirah, sua primeira emanação, nove luzes esplêndidas dele emanaram”.

    Para atribuir-lhe algum nome chamá-lo-emos Ancião dos dias. Com efeito, diz a profecia de Daniel: ‘Vi desmoronarem-se os tronos, e vi o Ancião dos dias sentado.’
    Seu trono é o foco do fogo que dá a vida. Deus se senta neste trono e o fogo vivifica, em lugar de devorar e destruir.
    Se Deus deixa o trono, o foco se extingue por medo de consumir os mundos. Onde se assenta Deus, ali se encontra o equilíbrio.
    Quando sua potência se acumula em um centro, cria-se um universo e todos os demais se deslocam para gravitar em torno deste, pois Deus se move para repousar e repousa para se mover.
    E Deus se fez uma personalidade para ser amado e compreendido pelas suas criaturas. Assim o conhecemos sem conhecê-Io; ele nos mostra uma forma sem tê-Ia. Nós o supomos velho, quando em verdade ele não tem idade.
    Está sentado em seu trono, do qual desprendem-se eternamente milhões de chispas luminosas, e ordena o porvir dos mundos. Sua cabeleira radiosa acha-se coalhada de estrelas. O Universo gravita em redor de sua cabeça e os sóis se banham em sua luz.
    O Ancião dos dias é todo bondade, e o raio de seu olhar é a luz mais branca e pura.

  24. Simples – Se os humanos são uma evolução dos macacos…. os macacos não deveriam existir hoje não é????

      1. Pesquisas dizem que cerca de 80% dos brasileiros são analfabetos funcionais, só entender letras separadas. Quando junta tudo dá uma confusão…

        1. Exatamente. Alguns brasileiros não conseguem discenir um comentário sério de um jocoso!!!

      2. O lucas fez uma pergunta retorica. Ele leu sim. Como nao evoluimos dos macacos e sim de um ancestral comum, podemos existir paralelamente. Caso contrario seriamos macacos sapiens. Acho que foi isso que ele quiz dizer…

        1. A pessoa no slot para colocar o nome escreve: “Eu” e ainda quer chamar alguém de idiota….

    1. Tem que ter base para discutir. Os homens não descendem dos macacos, nós temos um ancestral em comum.

  25. Afirmações tendenciosas de que existem várias religiões e apenas uma ciência. A próprio demosntração que existe outra teoria, do Design Inteligente, prova que existem várias ciências.
    Como a maioria dos seres humanos, os cientistas tentam usar de explicações que a maioria não consegue compreender para “provar” que está certo e os outros estão errados. Sim, isso acontece com religiosos. Mas se levar a ciência ao pé da letra, não faria tais afirmações nesta reportagem. Nada do que foi afirmado são provas, e sim evidências contestáveis, tanto de uma teoria quanto de outra.

  26. Gostei muito do artigo, parabéns! Gosto muito de relembrar a frase: “A ciência sem religião é manca; e a religião sem a ciência é fanatismo”. E também pensar que tudo que existe é obra de um Criador; pois o nada produz nada! E este criador fez tudo perfeito orientando a sua criação com o progresso. E este grande oceano: o Universo não foi feito para ter vida física só no planeta Terra. Quanto evoluiríamos quando Deus permitir o contato com outros seres de outros planetas. O que perguntaríamos a eles? Certamente com poucas perguntas teríamos inúmeras respostas.

  27. Tava bom demais pra ser verdade. Agora que a matéria foi pra home do Uol, vai chover comentários imbecis de pessoas idiotas que só falam bosta o tempo todo.

    Pena.

    1. Eu, isso é BOM. Ensinar quem já conhece não ajuda nada. Passei a manhã inteira levando tapinha nas costas. Agora vamos pro pau! 🙂

      1. O único problema é que a grande maioria dos comentaristas nível G1.com e Terra vêm, vomitam inúmeras asneiras sem sentido algum (muitas vezes sem ao menos ler o texto do post) e nunca mais voltam para ler a resposta inteligente do comentário inútil que deixaram. E com certeza os demais imbecis acéfalos que também não lerão o post não lerão os comentários e as respostas, tornando-as apenas palavras ao vento.

        Infelizmente esta é a triste realidade. Maldita inclusão digital.

        De qualquer forma, a luta continua. E bora gongar otários.

        😉

        1. Isso. Se pescarmos três de cada vez, depois de um ano teremos quantos, uns 30? Pô, me desanimou agora. (Hehehhe, brincando.)

          1. Eu acho que a verdadeira fé, deve ser racional, porque quem crê em Deus, no Deus bíblico, sabe que este, espera uma entrega racional e não emotiva, pois essa entrega emotiva é que gera religiosos fanáticos.
            Quando se tem uma fé racional é possível avaliar a ciência como amiga da religião sim, não vejo porque ser diferente. E digo a ciência de modo geral, não só a ciência que deseja provar ou não a existência de uma evolução de espécies. Mas a ciência que trouxe benefícios a saúde, lembre-se que algumas religiões privam-se disso.
            Então acho que discutir a evolução ainda é uma questão de ego tanto de ateus quanto religiosos e é tão desnecessária, quando na realidade poderíamos estar aprendendo uns com os outros.

  28. a ciência sempre descobre coisas que através da fé, já sabiam, o homem é a imagem e semelhança de DEUS, DEUS é criador, o homem também é criador, fumaça segura agua ? não, nas mãos de DEUS sim, ferro voa? não nas mãos dos homens sim. filho de peixe é peixe, filho de macaco é macaco, filho de borboleta é borboleta, filho de DEUS é criativos e criadores, por isso existem cientistas homens e não animais.

    1. A matéria é pra pessoas lúcidas e não religiosos que a única explicação é deus, você deve acreditar no papai Noel também.

  29. Esta matéria veio bem ao encontro de conflitos recentes ! Estudei biologia, acredito na evolução das espécies, mas também acredito em Deus, tem coisas que a ciência ainda não consegue explicar ! Creio, que a evolução das espécies e a evolução espiritual se encaixam de certa forma. A pergunta, que ninguém me responde e me criticam por fazê-la é, porque Deus nos criou ou porque simplesmente evoluímos (todos os seres) de uma célula ? Meus amigos não entendem esses questionamentos, que não farão de mim uma pessoa melhor. Encontrei aqui um canal para um desabafo… De qualquer forma, independente de qualquer resposta, devemos nos respeitar ! Senão, veremos o fim, antes de entender o começo !

    1. Lembre-se que esse papo de que partimos de uma unica celula é uma teoria de quem não explica como apareceu esta unica celula.
      resumo, Deus criou todas as coisas.

      1. Oi Alex, tudo bem com você ? Espero que sim!
        Me responda:
        PORQUE Deus criou todas as ‘coisas’ ?
        Quando pergunto PORQUE, as pessoas me respondem PARA QUE…
        E a pergunta é a mesma para a explicação científica, PORQUE ?
        Temos vida, de um jeito ou de outro e ninguém sabe porque…

      2. E quem criou Deus?
        Se nada pode ser criado do nada, como Deus aparece nessa história?

  30. Qualquer teoria tem falhas, na teoria da evolução questiono: como fatores ambientais faziam organismos primitivos evoluírem? Estes microrganismos possuíam micro inteligência? Agora me explique como os organismos mais complexos que deram origem ao mamíferos perceberam que a gestação embrionária interna era a melhor solução. E mais, para toda evolução deveríamos ter fases intermediarias, para o exemplo acima não há nenhum fóssil de fases intermediaria de organismos fazendo gestação primitiva. Agora, para forçar a barra, da onde veio a matéria original do propagandeado Big Ben. Na ciência seria aceitável dizer que algo sempre existiu? Tal afirmação seria um absurdo científico, afinal tudo deve ter uma origem. Concluo que qualquer teoria tem suas verdades e um monte de falácias sem embasamento plausível.

    1. A matéria original do Big Ben veio das fontes de barro e cimento, que forneceram o necessário para a criação de tijolos e concreto necessários para a construção da torre.

      Agora se você está falando sobre o Big Bang, a história é outra.

      1. Que medo. Você começa a falar do Bin Ben feito de barro, já vão misturar com a narrativa do Gênesis… Assim nascem as lendas nibirutas, sabia? 😛

        1. Verdade.. Quando não sabem nem a diferença entre Ben e Bang, melhor não dar milho pro bode…

          Parei.

          :X

          1. Hehehe. Legal foi ver Cosmos com a minha sobrinha de 8 anos e ela perguntar: “mas o Big Ben não é um relógio?”

          2. Sua sobrinha de 8 anos vai longe! Se você já não o fez, adicione uma informação a mais para ela: Big Ben é o nome do SINO do Parlamento Britânico e não do relógio!

    2. Como nao existe…tem até peixe que tem gestação. E não existe essa de “perceber”…existe seleção.

      Se existisse essa de “perceber”, acho que outras ordens tambem teriam percebidos e “adotariam” viviparidade.

      Agora…podemos dizer que para o primeiro mamifero, foi VANTAGEM ter gestação e amamentar seus filhos…isso tornou ESSA caracteristica vantajosa e se perpetou para esse grupo de descendentes.

      A teoria da evolução é tão simples e completa que a torna admiravel. Agora, para outros, é mais acreditar em uma historia cheio de complexidades e furos. Mais facil acreditar em unicornios.

  31. Parabéns pelo texto!!
    Deus,Deuses,Religiões,seitas,,,tudo criado pelo homem na busca de explicar a ignorância do que não compreendiam.Criação de homens que faziam parte de um processo evolutivo,o qual ainda fazemos parte.

  32. SALVADOR, o texto está muito bom. Mas acho prematuro você focar os caminhos das religiões somente através da biologia, primeiro, por existirem muitas religiões, as comparações não se individualiza. Segundo, a biologia, apesar de ser uma ciência brilhante e fundamental, está longe de ser o elo de ligação, para desmistificar definitivamente a essência religiosa. Quando digo essência religiosa, não me refiro ao perfil ideológico de determinada religião. Quero explicar que toda religião, apesar de possuírem doutrinas diferentes, existem em função de um objetivo comum, que é a fé. E na minha opinião, assim como, na opinião de grandes físicos da atualidade, a fé existe, funciona e é possível que no futuro próximo ela seja explicada cientificamente, através, inicialmente dos princípios quânticos. Portanto, acho que é inocente medir força que com “doutrinas religiosas” através da biologia. Assim como as teorias científicas nascem de sonhos, que as vezes não se concretizam, as doutrinas religiosa podem ser a forma rudimentar (você pode dizer ignorante) de explicar a fé sem recursos científico.

    Só para lembrar: O maior físico da história da humanidade (Einstein) morreu na dúvida em relação a existência ou não de Deus. Ele foi um dos que descobriu a existência da física quântica, mesmo sem querer acreditar.

  33. Começo este comentário rindo…hahaha…pronto já chega! O tema bem poderia se chamar “Ciência a Contradição” Não, não estou falando da chuva, essa TEORIA explica realmente bem o que acontece, mas ai vem a primeira contradição EXPLICA e não PROVA, o que nos faz ir para a 2ª contradição do próprio escritor, se no máximo o que a ciência pode fazer é montar teorias então por favor parem de falar PROVAS em qualquer contexto, que saco!!!! O cara começa ensaboando a religião para depois cair em cima tenha dó!!! Se o habitat tem tanto efeito na nossa chamada evolução por que os seres humanos no Alasca, na Sibéria ou em outros locais, não são cobertos de pêlos?

    1. Romulo, porque eles aprenderam a fazer roupas, usando pelos de outros animais. Não custa lembrar que o uso de ferramentas antecede a ocupação humana fora do continente africano.

  34. Salvador, o que voce da teoria dos campos morfo-genéticos de Rupert Shaldrake? se váldas elas justicariam o design inteligente de fórma cientifica (ou empirica pelo menos?), assim como a teoria do centésimo macaco que introduz a idéia de uma consciência coletiva no universo que se comunica de alguma forma? Acho que estes dois assuntos podem corroborar e por abaixo o criacionismo , mas sem negar a existência de alguma consciência superlativa. Obrigado e aguardo ansiosamente sua resposta.

    1. Obviamente isso tudo é pseudociência. Os estudos de DNA, comportamento animal e fósseis refutam o design inteligente de maneira incontornável e em bases bem mais elementares.

  35. ótimo resumo, Salvador.
    Mas conhecendo um pouco do conteúdo do seu blog e dos seus comentários, o passo que você dá aqui é político e econômico: não quer perder ao menos a parcela religiosa menos fanática e ignorante que poderia deixar de circular por aqui.
    .
    O preço que você tem que estar preparado para pagar com essa ampliação do conceito de Verdade feita com o puxadinho semântico “verdade pessoal” é assumir que astrologia, portanto, também tem seu lugar no mundo da verdade. Cristais. Numerologia. Você sabe bem o quanto poderíamos ir longe aqui.
    .
    Imagino que esta sua decisão se justifique na aposta de um balanço positivo final, com mais pessoas tendo acesso à instrução de seu conteúdo, ainda que em um nível intelectual menos rígido. É uma escolha possível e, possivelmente, justificável mercadologicamente.
    .
    Acho importante, porém, ao menos para aqueles leitores mais informados, que você assuma esta escolha enquanto formador de opinião, mas que reforce sua confiança mais profunda de que, na verdade, religião e seus semelhantes NÃO participam do conceito de Verdade do qual a ciência nos ensinou ser possível se aproximar (ainda que não alcançar).
    .
    Ou simplesmente busque um termo melhor para substituir “verdade pessoal”. Troque por “necessidade pessoal” e boa parte dessa zona cinzenta de “honestidade intelectual” talvez se dissipe.
    Grande abraço e siga com o ótimo trabalho aqui!

    1. Carlos, não estou fazendo média com ninguém. Meu texto reflete o que acredito. Acho que a ideia de Deus, por exemplo, não é passível de refutação, e portanto não pode ser derrubada pela ciência. No mais, reconheço que cada um, em seu interior, vivencia a existência de uma forma pessoal e intransferível, e por isso mesmo precisa buscar um sentido próprio para ela. A religiosidade é um possível caminho. E a ciência nada pode falar a esse respeito.
      Tendo dito isso, não suporto charlatanismo. Acho que as pessoas têm todo o direito de gostar de astrologia, numerologia e o que mais quiserem, como entretenimento. Mas se tentarem convencer alguém de que essas brincadeiras exprimem verdades naturais, aí eu viro bicho (para me manter no tema do texto até). E me revolta a exploração da credulidade. Sou contra tudo isso.
      Abraço!

      1. Obrigado pela resposta,
        Concordo que existe o lugar para a religião, caso seja nela que pessoas encontrem seus “sentidos para a vida”, suas comunidades, etc.
        .
        Minha ressalva é com o uso flexível que você deu à palavra “verdade” no termo “verdade pessoal” para incluir crenças, opiniões, revelações pessoais. Personalizar modos, escolhas e sentidos para a vida faz parte das liberdades individuais. Personalizar verdades esvazia o conceito de verdade, esvazia o conteúdo do avanço científico.
        .
        A idéia não é tirar a importância social que há nas religiões, mas também não devolver a ela jurisprudência ontológica que nos levou séculos para tirarmos.
        Você reforça bem que a ciência é uma para todos. A verdade pertence à mesma categoria, seja ela o que for.
        .
        Sei que parece um preciosismo meu – provavelmente é -, mas esclarecer os limites de atuação da religião acontece também no nosso uso cotidiano da linguagem, e isso vale muito no contexto dos formadores de opinião na mídia!
        Grande abraço e sem mais me alongar que o blog está animado hoje!

        1. Valeu, Carlos. Tentei fazer essa distinção dizendo que a ciência é universal, e a religião é pessoal. Se eu ficasse esmiuçando muito mais, não chegava no tema do post. 😉
          Abraço!

    2. “a parcela religiosa menos fanática e ignorante”

      “um nível intelectual menos rígido.”

      “eleitores mais informados”

      “religião e seus semelhantes NÃO participam do conceito de Verdade do qual a ciência nos ensinou ser possível se aproximar (ainda que não alcançar)”

      Alguns ateus gostam de se achar superiores a quem não pensa como eles. Se você não acredita no que eu acredito, você é um ignorante. Que diferença isso tem do fanatismo religioso? A verdade que eles acreditam é a única verdade, eles não aceitam que outras pessoas pensem diferente. Acreditam ser uma casta privilegiada, mas a grande maioria não duraria 30 minutos em uma conversa intelectual de verdade. Não sabem o que é a verdadeira inteligência. A confundem com arrogância, prolixidade. Já li muitas vezes que “essa raça de religiosos” tem que ser extinta. Mas isso não é fascismo. Não. Quando é da parte deles, não. Agora, se você usar uma camisa escrita “EU acredito em Deus”, pronto: Você está tentando força-lo a acreditar no seu Deus, mesmo que a primeira palavra da frase seja “EU”. Olhe a forma que ele se refere a ateus e religiosos. Generalização burra. Isso já joga por terra a idéia de uma casta superior. Mesmo que muitos cientistas que eles acham que fazem parte da mesmas casta que eles, e que mudaram o mundo de verdade, sem a típica arrogância de quem se acha superior a quem pensa diferente, acreditem em Deus. Aliás, essa idéia de casta superior é que sustenta conflitos e genocídios no mundo.

  36. “Design inteligente” é uma teoria ridícula, uma nova maneira de se acreditar nesta baboseira chamada “creacionismo”. Tem que ter muita paciência para ainda se dar qualquer crédito a este tipo de coisa.

    1. Não se pode confundir variação, e evolução.
      Foi basicamente do primeiro que o texto tratou; considerar aparentes vestígios não funcionais na nossa espécie é completamente desarrazoável; em comparação com toda complexidade e funções objetivamente inteligentes de que somos dotados. A ciência por diversas vezes descobriu funcionalidades até então não notadas.

      1. Paulo Rodrigo, variação, em milhões de anos, é evolução. Não tem mistério.

  37. QUANTA BALELA NESSA REPORTAGEM! ATE HOJE AINDA NAO ACAHARAM O ELO PERDIDO…E NEM VAO ACHAR, PORQUE ELE NAO EXISTE….KAKAKAKAKAKAKAKAKAK

      1. Analfabetismo funcional. A gente vê por aqui.

        Achamos o elo perdido entre o homem e a anta. Se chama “antonio”…

        Ba dum tss….

        1. Melhor do que ser um imbecil que crê em seres imaginários mágicos que cria gente a partir da bosta do barro.

    1. Toinho, querido, quem está mais perdido que cego em tiroteio, não é o elo perdido, é você .

  38. A ciência não é totalmente neutra. A ciência moderna tornou-se fundamentalista e taxativa.
    A evolução NÃO PODE SER CONSIDERADA CIÊNCIA por três motivos:

    1) porque os próprios defensores da evolução afirmam que os processos evolutivos não são perceptíveis para o ser humano, devido a sua lentidão;

    2) porque o surgimento da vida, que segundo eles ocorreu há bilhões de anos, ocorreu quando ninguém poderia estar presente para registrar esse fato;

    3) porque a teoria que diz que todos os seres vivos são originados de seres unicelulares não pode ser comprovada cientificamente.

    A ciência não pode dizer que a evolução das espécies é um fato sem provar. A Teoria da evolução não pode ser provada cientificamente, isto é, ela não pode ser reproduzida em laboratório. Por outro lado, ela é muito lenta para ser observada.

    Veja alguns motivos porque o criacionismo é mais científico:
    • O Criacionismo NÃO CONTRARIA a nenhuma lei da ciência.
    • O Criacionismo acredita e aceita tudo aquilo que for provado cientificamente. Por isso também, está de acordo com os padrões científicos.
    • Cientistas criacionistas são considerados bons cientistas.
    ¤ O Criacionismo e a teoria da evolução apóiam-se nos mesmos fatos e conhecimentos científicos, mas assentam em visões do mundo diametralmente opostas.
    ¤ Em momento algum o Criacionismo desconsidera os fatos. O Criacionismo não deixa de ser racional por se basear na fé, nem deixa de se basear na fé por ser racional.

    • O mesmo não se pode dizer do Evolucionismo. O Evolucionismo se baseia coisas que contrariam a própria ciência – como o surgimento da vida duma sopa pré-biótica (embora você venha dizer que o evolucionismo não é Abiogênese, o evolucionismo apóia a Abiogênese, mesmo que a única coisa já observada cientificamente seja o contrário, seja VIDA SURGINDO DE VIDA, conforme a Lei da Biogênese).

    • Evolucionistas estão marcados pelas fraudes e trapaças em nome de sua crença. Muitos pontos errados, que deveriam passar por uma revisão dentro do evolucionismo, ainda perduram até hoje, como as datações, que já deram provas de serem métodos falíveis; descobertas arqueológicas que contrariam o evolucionismo, não são divulgadas (como no caso da “Arqueologia Proibida”). Entretanto, Mesmo quando um grande volume de dados é achado em contradição à esta doutrina, ela tem permanecido, porque os materialistas nada têm em substituição. Mesmo que se achem provas contra a teoria da Evolução, ela não é descartada, e as provas, ignoradas ou abafadas.
    Admite-se que todos os estratos geológicos devem ter-se originado por inundações, e que talvez todos os fósseis devam a sua origem a uma catástrofe. Sob condições normais não surgem fósseis.

    • O geneticista evolucionista deve fugir dos seguintes fatos estabelecidos:

    (a) As espécies não se TRANSFORMAM (macroevolução); elas apenas variam (microelução).
    (b) Quase todas as mutações não são benéficas;
    (c) A produção de órgãos e organismos especializados através da seleção natural de mutações aleatórias é inaceitável estatisticamente.

    • O evolucionista pode vencer estes obstáculos existentes para a doutrina da evolução somente através de hipóteses auxiliares não provadas e muito improváveis.
    • Os evolucionistas baseiam os seus pontos de vista na fé, e assim não têm o direito de reprovar os criacionistas pela sua crença num Criador.

    ==O CRIACIONISMO PROVA DEUS?==

    O Criacionismo só poderia provar Deus, SE a ciência pudesse provar sua existência ou sua inexistência, mas isto está fora do alcance da ciência, que lida com o natural, e o Criacionismo é uma ciência.
    A ciência é apenas o conjunto dos conhecimentos humanos, acumulados pelo estudo de nosso mundo físico, visível e natural. Em outras palavras, tanto a ciência como o Criacionismo, estudam apenas o cosmos criado, não o Criador deste. Como a ciência vai provar uma coisa que não estuda, que está fora de sua área?
    A diferença entre a ciência criacionista e a evolucionista, é que o criacionismo aceita como válido cientificamente tudo o que é observável e comprovado cientificamente, é por isso que o criacionismo não aceita a evolução, a geração espontânea e nem o processo macroevolutivo.

    • O criacionismo admite que ocorram microvariações dentro das “espécies” que foram criadas originalmente, (que são diferentes das que chamamos ou classificamos como “espécies” atualmente, na classificação biológica taxonômica baseada no evolucionismo, que é uma forma moderna de classificar, que também surgiu com o darwinismo.
    Mas diferente do evolucionismo, o criacionismo não aceita que estas “espécies” possam se transformar (evoluir) em outra, (como se postula a evolução de répteis para anfíbios, de anfíbios para répteis, de répteis para mamíferos, etc), pois isso nunca foi observado pela ciência (embora devesse ser constantemente, devido ao alto número de espécies existentes).

    1. “O Criacionismo NÃO CONTRARIA a nenhuma lei da ciência.”

      HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA

      Vc é uma PIADA PRONTA…!!!!!

    2. Vc COPIOU DE:

      Existem evidencias cientificas a favor do Criacionismo? – Yahoo …
      https://br.answers.yahoo.com/question/index?qid
      O Criacionismo NÃO CONTRARIA a nenhuma lei da ciência. • O Criacionismo acredita e aceita tudo aquilo que for provado cientificamente. Por isso também, está de acordo com os padrões científicos. • Cientistas criacionistas são considerados bons cientistas. ¤ O Criacionismo e a teoria da evolução apóiam-se nos …
      Me ajudem nessa questão: (10 pontos)? – Yahoo Respostas
      br.answers.yahoo.com › … › Ajuda para Lição de Casa
      14/02/2011 – O Criacionismo acredita e aceita tudo aquilo que for provado cientificamente. Por isso também, está de acordo com os padrões científicos. • Cientistas criacionistas são considerados bons cientistas. ¤ O Criacionismo e a teoria da evolução apóiam-se nos mesmos fatos e conhecimentos científicos, mas assentam em …
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      Eu não afirmei que a Teoria da Evolução está provada ou correta. Só quis corrigir alguns …. O Criacionismo acredita e aceita tudo aquilo que for provado cientificamente. Por isso também, está de acordo com os padrões científicos. • Cientistas criacionistas são considerados bons cientistas. ¤ O Criacionismo e a teoria da …
      Criacionismo científico (português) – CreationWiki, the …
      creationwiki.org/Criacionismo_científico_(português)
      20/10/2008 – O Criacionismo NÃO CONTRARIA a nenhuma lei da ciência. • Em momento algum o … O Criacionismo acredita e aceita tudo aquilo que for provado cientificamente. Por isso também, está de acordo com os padrões científicos. • Cientistas criacionistas são considerados bons cientistas.Na (página de …
      E o Criacionismo Responde…: Criacionismo Científico
      criacionismoevidencias.blogspot.com/2008/…/criacionismo-cientfico.htm…
      12/10/2008 – O Criacionismo NÃO CONTRARIA a nenhuma lei da ciência. • Em momento algum o … O Criacionismo acredita e aceita tudo aquilo que for provado cientificamente. Por isso também, está de acordo com os padrões científicos. • Cientistas criacionistas são considerados bons cientistas. • Não existe …
      E o Criacionismo Responde…: 01/10/08 – 01/11/08
      criacionismoevidencias.blogspot.com/2008_10_01_archive.html
      12/10/2008 – O Criacionismo NÃO CONTRARIA a nenhuma lei da ciência. … Por isso também, está de acordo com os padrões científicos. • Cientistas criacionistas são considerados bons cientistas. … O Criacionismo e a teoria da evolução apóiam-se nos mesmos fatos e conhecimentos científicos, mas assentam em …
      Artigos anteriores – Maluco por Jesus – WordPress.com
      malucoporjesus.wordpress.com/posts-atuais/page/39/
      1) Aprender a Conhecer: – Tenha a humildade de saber que não sabes tudo; Seja ….. Contudo, a pessoa pode tentar compreender aquilo em que acredita, …… Assim, se os Apócrifos são considerados parte das Escrituras, isso identifica …… a evolução como uma lei ou um fato científico completamente provado e como …
      A-B;A-Nacional;AA;AAAS;AAB;AACD;AACR;AAE;AAHC …
      http://www.agencia.fapesp.br/scripts/words.txt
      … ;Acebo;Aceh;Aceita;Aceitamos;Aceitação;Aceitei;Aceito;Acelera;Acelerador … ;Acoustics;Acoustique;Acqua;Acqua-Forum;Acquisition;Acra;Acre;Acredita-se …… ;Ciente;Cientec;Cientes;Cientifica;Cientificamente;Cientifico;Cientista;Cientistas ….. ;Creuza;Cria;Cria-se;Criacionismo;Criada;Criadas;Criado;Criador;Criadores …
      Me ajudem nessa questão: (10 pontos)? – Gloog.com.br
      hwww.gloog.com.br/…/pt…/answer_20110209130344AAOXW1i.html?…
      09/02/2011 – Diferencie o criacionismo do evolucionismo. … acredita e aceita tudo aquilo que for provado cientificamente. Por isso também, está de acordo com os padrões científicos. ? Cientistas criacionistas são considerados bons cientistas. ¤ O Criacionismo e a teoria da evolução apóiam-se nos mesmos fatos e …

    3. O cara realmente acha que só que alguém foi que aconteceu? Alguém viu Deus?

      1. De novo: o cara realmente acha que só o que alguém viu prova que aconteceu? Ele viu Deus?

    4. De fato, Allan , o criacionismo não contraria a ciência, porém, somente aceita o que lhes convém, quando não deturpa e desmente a ciência ; tudo isso sem usar as bases cientificas de observações e experimentos , lançando mão da língua grande para explicar seus devaneios . De que jeito a religião não contraria a ciência se para religião o planeta terra tem míseros 6.000 anos e como haver compatibilidade se em termos de idade a ciência engatinha em relação as igrejas ?

    5. O Allan Franco acredita no Criacionismo?

      NÃÃÃOOOOOOOOOOO

      Ele acredita no COPIACIONISMO!!!!

    6. A teoria da evolução não é ciência? Não se apóia em fatos? Sem comentários.

    1. Decaimento radioativo (não necessariamente do carbono) é o melhor meio para datação.

      1. Decaimento radioativo pressupõe saber a taxa original de isótopo radioativo.
        O que se tem certeza é a meia-vida, mas o valor original é uma especulação que seja igual ao de hoje.

        1. Isso quando falamos de carbono-14. Quando datamos rochas por urânio, a conversa é outra. A datando as rochas você tem um proxy para os fósseis. E as estimativas por DNA oferecem outra técnica para datação. Quando tudo isso concorda entre si, é hora de procurar outro argumento…

  39. Quem tem a curiosidade e inteligência para pesquisar
    algo como a origem da humanidade, verá que a teoria
    da evolução deixa bem cristalino que de fato ela existe.Ao fazermos um estudo da anatomia comparada dos seres vivos, (peixes,anfíbios ,répteis, aves e mamíferos)vamos verificar, claramente,o aperfeiçoamento da evolução dos organismos vivos.
    Além das provas já apresentadas no artigo em questão.Vamos deixar o criacionismo para quem quiser acreditar nele.Cada um na sua.

  40. Engraçado que o link para este post dizia “Ciência não é inimiga da Religião”, porém os comentários pessoais do Salvador Nogueira (Ateu assumido) contra o designer inteligente, declaram o contrário.

    A notícia, assim como o link, foi elaborado no intuito de enganar ou “Trollar” mesmo?

    Somente ATEUS compartilham a idéia deste jornalista ATEU.

    Deveria-se colocar como post “Evolução segundo Ateísmo”

      1. O escritor argentino Jose Luis Borges afirmou sobre o agnosticismo: “Eu não sei se tem alguém do outro lado da linha, mas ser um agnóstico significa que todas as coisas são possíveis, mesmo Deus. Este mundo é tão estranho, tudo pode acontecer, ou não acontecer. Ser um agnóstico me permite viver em um mundo mais amplo, em um mundo mais futurístico. Isso me faz mais tolerante.”

      2. Pra mim “agnóstico” é posição epistemológica, e não teológica. Ser agnóstico apenas significa que você crê que, CASO HAJA UM DEUS, ele não poderia ser conhecido, ou não teríamos a capacidade de conhecê-lo. Teologicamente isso não é posição. Alguém pode ser agnóstico e teísta ou agnóstico e ateísta.

        No primeiro caso, crê-se em Deus pela Fé, dispensando o conhecimento como base na crença na existência; no segundo caso, não se crê em Deus, ainda que se tenha a suspeita de que ele possa existir mas não é abarcável pelo nosso conhecimento. Essa posição de suspeita é ateísta, pois não há crença na existência.

        1. Você está certo. Ela diz o que posso defender, não o que acredito no meu âmago. 😉

    1. Não basta apreciar a beleza de um jardim, é preciso também acreditar que há fadas nele?

  41. Salvador, parabéns pelo texto! Você conseguiu dar uma aula!

    Não consigo, no entanto, concordar com a tão almejada “conciliação entre ciência e religião”. Esses dois nunca vão se entender. A religião explica tudo que não podíamos saber de outra forma. Até que a curiosidade humana ousou testar, investigar, aprender e passar adiante suas descobertas. Quando o método científico apareceu, a humanidade deu um salto de conhecimento, e em apenas 400 anos, nós deixamos de acreditar que o sol gira em torno da Terra e colocamos uma sonda fora do sistema solar!

    A ciência, com isso, conseguiu explicar inúmeros fenômenos naturais que antigamente eram cegamente atribuídos à deus. A igreja não conseguiu conter a curiosidade humana, mesmo tendo torturado e matado milhares de pessoas.

    Se a humanidade ainda não tem todas as respostas, devemos ser humildes e aceitar que não sabemos, e não ficar inventando histórias fantásticas pra explicar tudo. E a partir daí devemos usar de toda nossa curiosidade e determinação pra aprender e tentar buscar as respostas.

    Sorte sua, Salvador, que a igreja tem mais poder pra queimar os hereges (sorte minha tb). Você vai, no máximo, ter que ler alguns comentários hilários que desfilam intolerância e principalmente ignorância!

    abração!

      1. Interessante é que apenas os comentários favoráveis é que são inteligentes????
        Seu texto é tendencioso desde o inicio ao colocar à “verdade” religiosa entre aspas e ao afirmar que temos uma única ciência, mas não colocar que essa mesma “única” ciência tem varias “teorias” para o mesmo fenômeno e portanto não é tão “verdadeira” assim.
        Começou com uma explicação de um fenômeno físico simples, que é a mudança de estado da água para “concluir” que a ciência é inquestionável!!!
        E para não me prolongar, utiliza uma teoria restrita que é o Designer Inteligente para associar à religião, o que não tem nada haver (apesar de ideias em comum).
        E finalizando, o fato de não haver outro PARADIGMA, não quer dizer que não exista, isso é o que realmente lhe caracteriza como agnóstico (sua visão é curta).

        1. Se 5 bilhões de pessoas acreditam em uma coisa estúpida, essa coisa continua sendo estúpida.

    1. Renato, vamos jogar o jogo do “cientista na fogueira”? Funciona assim: eu digo o nome de um cientista que tenha sido “queimado na fogueira” pela Igreja em função de suas idéias científicas e você diz outro, ganha o jogo quem deixar deixar oponente sem opções, ok? Eu começo a brincadeira e digo o primeiro nome: Giordano Bruno. Adianto que estou trapaceando logo de cara no jogo, já que Giordano Bruno não era propriamente um cientista nem foi condenado por suas idéias científicas, mas sim por heresias diretamente relacionadas ao credo da qual ELE MESMO FAZIA PARTE POR SER CLÉRIGO. Enfim, peço que ignore minha trapaça e diga um segundo nome.

      -????

      Pois é. Você perdeu o jogo. Não existe UM cientista que tenha sido “queimado na fogueira” em função de suas idéias, quanto mais os milhares que você desinformadamente afirma existir!

      Meu amigo, hoje sabemos que a terra gira em torno do Sol, é verdade. Isso graças a um cientista chamado Nicolau Copérnico, o famoso CÔNEGO Nicolau Copérnico (sim, ele era sacerdote católico). Sim, hoje sabemos que existe genética, graças a um cientista chamado Gregor Mendel, o famoso PADRE Gregor Mendel. Sim, hoje sabemos que o universo surgiu a partir do Big Bang, graças ao cientista George Lemaitre, também conhecido como PADRE George Lemaitre.

      A Pontifícia Academia de Ciências do Vaticano tem nada menos que 24 (VINTE E QUATRO) vencedores do prêmio Nobel trabalhando para a Igreja, e se contarmos os cientistas já falecidos seriam mais de 50! A Igreja inventou as universidades, pense em Oxford, pense universidade de Paris, pense Universidade de Salamanca, pense em TODAS as grandes universidades do mundo e as chances são que ela tenha começado há centenas de anos atrás como uma escola monástica, e isso não se dá por acaso, se dá porque não existe na história da humanidade maior patrono das artes e da ciência do que a Igreja.

      E você aí falando que a fé e ciência são incompatíveis hein… quanta ignorância amigo, e não é ignorância do católico aqui não.

      1. “Meu amigo, hoje sabemos que a terra gira em torno do Sol, é verdade. Isso graças a um cientista chamado Nicolau Copérnico, o famoso CÔNEGO Nicolau Copérnico (sim, ele era sacerdote católico).”

        Lamentavelmente seu exemplo não é verdadeiro. Copérnico “chutou” que a Terra girava em torno do Sol! A prova desse movimento só foi dada, de forma indubitável, por Bradley em 1728! Da mesma forma, a prova da rotação da Terra só apareceu em 1852, co Foucault, apesar de Galileu ter “chutado” isso ´já no século XVII.
        Quanto ao Copérnico, ele esperou estar em seu leito de morte para publicar suas teorias, pois temia a reação de sua ‘santa’ igreja!

      2. “Sim, hoje sabemos que o universo surgiu a partir do Big Bang, graças ao cientista George Lemaitre, também conhecido como PADRE George Lemaitre. ”

        A teoria de Lemaître sobre a formação do Universo difere tanto, ou mais, da teoria do ‘big-bang’ como difere a água do azeite!

      1. Ainda bem que Eu sou diferente de você…o Salvador poderia procurar um advogado melhor…já esse texto do Salvador me lembra mais Sassà Mutema do que ciência de verdade…

        1. Ainda assim o texto é infinitamente melhor e mais inteligente do que seu comentário imbecil e sua existência desnecessária.

          Desperdício de espaço útil no planeta.

          Pode morrer agora.

  42. Cadê a evolução de uma espécie se transformando em outra? O pássaro mudou o bico mas deixou de ser pássaro? Tudo balela.

    1. O dinossauro perdeu os dentes, ganhou penas e virou ave. DNA e fósseis contam essa história. Você leu?

    2. Na verdade, depois de ler este tipo de comentário, parece que realmente a evolução não ocorreu para alguns…

  43. Muito bom Salvador, mas não da para comparar com “a religião” sendo que existem varias religiões que são contrarias entre elas mesmas. Por exemplo o Espiritismo de Kardec também partilha com a teoria da evolução e que também foi artigo de estudo na mesma época em que Darwin apresentou a sua teoria. O espiritismo será reconhecido justamente porque partilha com a ciência e a verdade racional. abraços

    1. Almir, por isso que considero a religião um caminho para verdades pessoais, não universais. O que funciona para cada um é o melhor.

  44. Olá Salvador Nogueira,

    Se você tiver a oportunidade de ler o livro A História Secreta da Raça Humana na prova número três que trata dos fósseis não é baseada em evidências concretas como a maioria de nós imaginávamos.

    Não se trata de livro religioso, mas também baseado em evidências e fatos concretos da evolução humana, através dos fósseis. Estudos esses feitos por renomados cientistas.

    Esse livro basicamente não descarta a evolução da espécie humana, mas deixe em evidência a existência da presença do homem moderno-Homo Sapiens Sapiens em eras remotas. Para não contrariar a teoria de Darwin um grupo de cientistas ignorou as evidências de fósseis completamente humanos em eras anteriores. È como se existissem antigamente duas espécies de seres humanos convivendo no mesmo habitat.

    Segue o link abaixo
    http://ebookbrowsee.net/livro-em-pdf-a-historia-secreta-da-raca-humana-pdf-d543882533

    Se tudo é evolução na natureza. È possível alguns seres terem evoluído mais rapidamente que outros. Daí a possibilidade de coexistir seres humanos em diferentes estágios de evolução no mesmo habitat. Se há inúmeras espécies de animais na natureza, porque não poderia existir outra espécie de seres humanos?

    Enfim, é um bom livro que nos faz refletir sobre as outras possibilidades da evolução humana.

    1. “È como se existissem antigamente duas espécies de seres humanos convivendo no mesmo habitat.”

      Segundo algumas pesquisas, isso É verdade! Por volta do final da última mini era glacial diferentes tipos de ‘homos’ conviveram e não está descartada a possibilidade de terem se cruzado (em ambos os sentidos!).

      1. No caso de neandertais e sapiens, isso de fato aconteceu. Todos os humanos não-africanos vivos hoje possuem cerca de 3% de DNA neandertal!

  45. Brilhante o texto Salvador, não se pode negar a Evolução, fato amplamente já provado pela ciência. Como professora especializada em Ensino Religioso, só gostaria de deixar minhas impressões, eu admiro os autores bíblicos e de outros textos sagrados, pois apesar de conhecimentos tão primitivos e parcos, tentaram explicar o surgimento do homem na terra, com seus relatos míticos e simbólicos procuraram da rum sentido a vida e explicar a origem da vida. O que infelizmente acontece é que a desinformação, a interpretação literal e sem estudo de muitos religiosos transformaram esses textos em dogmas e as pessoas se fanatizam e aceitam como verdades incontestáveis. A única coisa que posso acrescentar, é que um mistério permanece, porque os seres humanos se desenvolveram sempre buscando a espiritualidade, o inexplicável, ou seja o sentido da vida e da morte? E aí que me coloco como religiosa também que sou, na busca do transcendente, religiosa com os pés no chão, sabendo que vivemos em um mundo em evolução ainda, cheio de controvérsias e percalços , mas sinto que alguma força , uma energia nos canaliza ainda para a busca de nos tornarmos mais humanos, fraternos e bom, e nisto sei que as diferentes confissões religiosas em sua origem buscam viver, claro que como são criadas pelas pessoas, também possuem contradições, enganos e fanatismos. Gostaria que religião e ciência pudessem juntas buscar um diálogo na busca do aperfeiçoamento deste ser humano. Abraços e parabéns por um texto tão bem elaborado.

    1. Mente aberta é uma semente que se deve cuidar e fortalecer para crescer, germinar e dar muitos frutos! Parabéns, Professora! Seus alunos devem agradecer pela professora que têm!

    2. Procuraram dar um sentido para a vida… Mas nunca se perguntaram se precisa haver um sentido uma razão para sua existência. Pq não existimos apenas pq existia a chance de existirmos? Acho que isso é muito mais provável que procurar uma razão e inventar histórias que não ajudam em nada na evolução. Ou talvez ajudem algumas pessoas só tem ética pois temem o pós-vida. O que é muito triste, acho que seria muito mais simples buscar a harmônia pelos fatos, é muito melhor vc amar e respeitar o próximo pois vc tbm será respeitado caso todos sigam isso, não precisa haver um deus para criar essa lógica.

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