O nascimento das Vias Lácteas
Uma astrônoma brasileira radicada nos Estados Unidos está usando o Telescópio Espacial Hubble para desvendar a origem de galáxias como a Via Láctea, que abriga o nosso Sistema Solar.
“Eu estou trabalhando na formação dos discos espirais parecidos com o da Via Láctea”, explica Duilia de Mello, pesquisadora da Universidade Católica da América e do Centro Goddard de Voo Espacial, da Nasa. “Nós estamos tentando estabelecer exatamente a época em que os discos se formaram.”
Ou seja, a ideia é descobrir em que época dos 13,8 bilhões de anos de existência do Universo começaram a surgir as galáxias espirais com as formas atuais. Para isso, Duilia e seus colegas trabalham sobre uma imagem que revela os segredos do passado cósmico. Seu trabalho consiste em basicamente usar o Hubble como uma máquina do tempo.
Essa é uma coisa que sempre confunde as pessoas. Por que olhar para longe equivale a olhar para trás no tempo? A chave do mistério é a velocidade da luz.
Imagine, para efeito de simplificação, que as partículas luminosas viajassem a modestos 10 km/h. Ou seja, um raio de luz atravessaria 10 quilômetros a cada hora de viagem. Aí você vê um avião passar pelo céu a 10 quilômetros de altura. A luz que partiu da aeronave levou uma hora para sair de lá do céu e chegar no chão, certo? Isso significa que o avião que você está vendo como se fosse agora na verdade passou por cima de você uma hora atrás, e esse foi o tempo que levou para que a luz saísse dele e chegasse nos seus olhos. Você estaria vendo o passado, o que aconteceu no céu 60 minutos atrás.
Claro, a luz na verdade viaja muito mais depressa que isso. Ela avança pelo vácuo do espaço a espetaculares 300 mil km/s. Ou seja, a cada segundo, um raio luminoso atravessa 300 mil quilômetros. Isso significa que, para eventos terrenos (a Terra tem modestos 12 mil quilômetros de diâmetro), a luz parece viajar instantaneamente, sem causar essa confusão de tempo. Mas isso começa a mudar quando falamos de distâncias cada vez maiores. Olhar para a Lua, que está a 380 mil quilômetros da Terra, equivale a ver pouco mais de um segundo no passado. Ao olhar para o Sol, estamos vendo como ele era oito minutos atrás. Por consequência, quando olhamos para as profundezas mais distantes do espaço, vemos como o Universo era vários bilhões de anos atrás.
CAMPO PROFUNDO
Em 1995, o astrofísico americano Robert Williams se deu conta de que o Telescópio Espacial Hubble era o instrumento ideal para esse tipo de viagem no tempo. Apontado numa direção do espaço onde aparentemente nada se via durante vários dias, na esperança de capturar os raios de luz vindos de objetos muito distantes. Em lugar do nada, o Hubble registrou quase 3.000 galáxias distantes num pedacinho de céu equivalente ao tamanho de uma bola de tênis observada a cem metros de distância. Nascia assim o “Campo Profundo do Hubble”.
Ele foi apenas o primeiro esforço nesse sentido. Nove anos depois, veio o Campo Ultraprofundo do Hubble, obtido pelo mesmo método, mas com uma câmera mais poderosa. No ano retrasado, foi obtido o Campo Profundo Extremo do Hubble, que representa um pedacinho do Campo Ultraprofundo e revelou 5.500 novas galáxias, que remontam a até 13,2 bilhões de anos atrás.
A novidade da imagem obtida agora pelo grupo do qual Duilia de Mello faz parte é que ela combina o Campo Ultraprofundo do Hubble (já velho de guerra), captado em luz visível, com novas observações feitas em ultravioleta — um tipo de luz que nossos olhos não são capazes de ver.
BERÇÁRIOS EM FOCO
“A imagem ultravioleta revela os berços estelares, ou seja, o local onde nascem as estrelas nas galáxias”, diz Mello. “Esses berços possuem estrelas até 100 vezes mais massivas que o nosso Sol, que são muito quentes e por isso emitem no ultravioleta. As imagens anteriores [de campo profundo] não mostravam esses berços estelares que estão a uma distância de 5 bilhões a 8 bilhões de anos-luz. Sem os filtros ultravioletas que usamos agora não era possível vê-los.”
Como se pode imaginar, imagens como essa contêm tanta informação que os astrônomos passam muitos anos analisando-as. Duilia está trabalhando com uma estudante de doutorado, Emmaris Soto, no aspecto específico da formação das galáxias espirais, mas a dupla ainda não chegou a uma resposta definitiva sobre a questão. “Porém já temos bons indícios de que por volta de 7 bilhões de anos atrás houve um decréscimo na produção de estrelas e galáxias como a Via Láctea adquiriram o formato que têm hoje naquela época.”
Salvador, considerando que ao observar um planeta que está a 8 bilhões de anos luz, estamos vendo ele como ele era há 8 bilhões de anos, os cientistas conseguem determinar se este planta ainda existe na época atual?
Murillo, não conseguiriam, embora pudessem estimar com base na estabilidade do sistema e na idade da estrela. Contudo, é importante ressaltar que esse é só um exercício teórico. Não existe a menor perspectiva de observar uma planeta que esteja a 8 bilhões de anos-luz de distância. A essa “lonjura”, uma galáxia inteira, com centenas de bilhões de estrelas, cada uma imensamente maior que qualquer planeta, aparecem como um único pontinho, muito discreto, nas imagens de campo profundo do Hubble…
***********************************
Caro SRodrigues, se “a doutrina espírita é também ciência” como pensa o senhor, então acho que o senhor precisa conhecer mais sobre Ciência. Favor não confundir com a “cientologia” do Tom Cruise nem com as “vidas pós-morte” das novelas da Globo. Favor também não confundir bipolaridade com mediunidade. A Medicina, que por acaso é Ciência também (com “C” maiúsculo) pode explicar essas alucinações mediúnicas. Nada disso, enfim, tem nada a ver com a nossa querida Via Láctea. Boa noite a todos.
***********************************
Pois é sr Astronauta. Minhas saudações ‘materiais’, ‘espirituais’ e ‘perispirituais’.
1) Fiz questão de dizer no meu texto anterior: “… e, não, a intenção de tão apenas religiosidade, que sei não ser este o espaço devido”. 2) Quanto à sua ‘preocupação, categoria e brasilidade’, em defesa da Língua Portuguesa, por eu haver escrito ‘ciência’ com ‘c’ minúsculo, parece-me que atingí o meu objetivo básico e único. O de referir-me à Ciência ou ciência. Percebí, então, que o ilustrado sr me entendeu. Senão veremos o porque: Tenho uma irmã que foi catedrática na USP. Consulto-a, às vezes, diante de dúvidas maiores, para não sentir-me envergonhado perante doutos como o sr. Sendo que numa ocasião ela me disse: “… existe uma Elite Literária que determina o conjunto das composições de uma língua, com preocupação estética, etc …
O que isto quer dizer? Diz o seguinte: A ‘Linguística’: conjunto de hábitos convencionais de mútua compreensão … Resumindo na prática: se uma pessoa disser: “… todos nós ‘foi’ pescar, está certíssimo. Pois este se fez entendido perante o seu dialogador. O ato de irem pescar foi dito e entendido. Embora ‘ferindo’ a tal Elite Literária que, para estes, deveria ser: … todos nós ‘fomos’ pescar. Será que o ‘distinto’ entendeu que ‘ciência’, lá no meu texto havido, referia-se à ‘Ciência’? Acho que sim, pois pareceu-se o ‘distinto’ ter-me entendido. 3) Nesse seu ‘amontoado’ de blá bláblás, tendo-me como um ignorante, quando diz: // “… favor não confundir com a “cientologia” do Tom Cruise nem com as “vidas pós-morte” das novelas da Globo. Favor também não confundir bipolaridade com mediunidade. A Medicina, que por acaso é Ciência também (com “C” maiúsculo) pode explicar essas alucinações mediúnicas. Nada disso, enfim, tem nada a ver com a nossa querida Via Láctea. Boa noite.”// Apresento-lhe amigos espíritas talvez ‘ignorantes’ como eu, que poderão melhor ‘limpar’ esses seus blábláblás . Consulte a: Associação Médico-Espírita do Brasil, ou a de São Paulo. http://www.amebrasil.org.br/2011/node/62
http://www.amesaopaulo.org.br/
Tais médicos (da “Ciência Médica”) muito agradeceriam-lhe por corrigir-lhes, quando aceitam e discutem Doutrina Espírita também como ciência ou Ciência.
Para o Salvador Nogueira e tantos outros aqui frequentadores, as minhas desculpas quanto às respostas ao douto Astronauta. Jamais pretenderei desvirtuar tão excelente blog. Abraços a todos indistintamente.
#”… o companheiro cuja aspereza te ofende, e o aprendiz cuja insipiência te irrita, são irmãos que te rogam cooperação e entendimento, e quantos te caluniam ou apedrejam, são doentes que te pedem simpatia e consolo.”#
Chico Xavier, o esquizofrênico mais famoso do Brasil sil ,sil…
Salvador Nogueira me explique uma coisa, como é esse negócio de que um dia viajando a velocidade da luz seria equivalente a um ano terrestre, isso quer dizer que se tivéssemos uma nave a essa velocidade indo a um ponto por 24 horas a velocidade da luz e quando estivéssemos voltando já correria dois anos? explique por favor.
Não é bem isso. Próximo à velocidade da luz o tempo passa mais devagar. À velocidade da luz, o tempo literalmente para.
Quanto maior a velocidade mais devagar o tempo passa para quem está viajando. Na velocidade da luz o tempo não passa. Podemos refazer a conta proposta usando uma velocidade próxima à da luz, digamos 99%. Alguém viajando por 24 horas nessa velocidade descobriria, quando voltasse, que se passaram mais de 7 dias desde que ele começou a viagem.
Eulinaldo, não seria bem assim, se me lembro do tempo da faculdade. Salvo melhor entendimento, essa historia de tempoxespaço, da Teoria da Relatividade, diz que se viajando a velocidade próxima ou igual a da luz, alguém sentiria o tempo escoando cada vez mais lentamente até parar… sim, só ELE! Mas, em se retornando ao ponto de partida e que estava ‘parado’, o tempo, nesse ponto, terá passado normalmente.
Isto é, o tempo se dilataria apenas para quem está se deslocando e só ELE sentiria isso enquanto estivesse se afastando.
Francisco, tanto a pessoa em movimento quanto a “parada” veriam o tempo em seus próprios relógios passando da mesma maneira. Nenhum dos dois veria seus relógios ficando mais rápidos ou mais lentos. Entretanto, comparando os relógios dos dois o tempo para o que está em movimento passa mais devagar.
Gostaria muito de ver respondida a pergunta de Paulo Schaefer, que aparece duas vezes, mas foi interceptada por outras.
Não é uma pergunta, é uma explicação. Não tem resposta.
Alvino,
Muitos modelos que, a nós leigos, parecem incompreensíveis, começam como divagações como esta. Alguns exercícios mentais levam a paradoxos que precisam ser explicados e encaixados em modelos. E daí muitas vezes saem aberrações mentais que acabam caindo por terra. No caso do limite do universo, a questão vai contra nosso senso comum. Esperamos encontrar em algum momento uma casca ou uma parede que representaria o limite do universo. Mas o modelo que se tem hoje é muito mais complexo do que isso. Quando começamos a deformar o tempo e espaço de Einstein, os resultados fogem a nossa compreensão. A própria estrutura do universo ainda é incompreensível para nós. Enquanto se especula sobre os limites do Macro (dimensões astronômicas), conhecemos muito pouco sobre o limite do Nano. A física quântica tem muito a nos mostrar e acho que quando chegarmos ao tijolo básico do universo muita coisa será explicada.
Salvador, não percebo a importância de se determinar a idade da formação das galáxias. Mesmo porque esta pergunta pode não ter resposta única.
Faz parte da tentativa de compreender a narrativa do Universo. Não tem uma justificativa particular.
É errado tentar calar a palavra de Deus! Ele não te perdoará.
(Levítico 26:14)
“Mas, se vocês não me ouvirem e não puserem em prática todos esses mandamentos e desprezarem os meus decretos, rejeitarem as minhas ordenanças, então assim os tratarei: eu trarei sobre vocês pavor repentino, doenças e febre que tirarão a sua visão e definharão a sua vida. Vocês semearão inutilmente, porque os seus inimigos comerão as suas sementes.”
Apolinário, não entendi. Você é um troll religioso? O que essa citação tem a ver com o post?
Às 12:20, aproximadamente, eu mandei um post sobre o assunto em questão e não foi publicado.
Encarei isso como uma forma de censura. Daí a minha citação!
Além disso, eu não sou um “troll”.
Eu aprovo todos os comentários, inclusive os seus. Vou ver o que aconteceu aqui.
Seu comentário foi acidentalmente marcado como spam. Acabei de publicá-lo aqui.
Começou…
haveria muitas riquezas para extrair do solo da lua? ou as futuras missões objetivam mais utilizá-la como base para outros interesses?
OFF Sensacional:
http://meiobit.com/289391/olho-de-sauron-e-descoberto-pelo-vlt-chile/
🙂
Forçaram a amizade… rs
Desculpa se isso já foi abordado, mas não resisto: porque exatos 13,8 bilhões de anos? E qual a explicação mais aceita atualmente para o “que existia antes?”
Gil, os 13,8 bilhões de anos vêm da análise da radiação cósmica de fundo. Como ela é a coisa mais antiga observável, e a teoria fornece quando ela teria sido produzida, com base nas distorções que ela sofreu até chegar a nós, podemos calcular quando ela partiu. Não existe propriamente uma explicação para “o que existia antes?”. Existem modelos — alguns sugerem que o Universo é cíclico, e que antes dessa nossa versão atual, houve outra versão, outros sugerem que o nosso Big Bang foi o nascimento do espaço e do tempo, o que tira o sentido de perguntarmos o que havia antes, porque não havia tempo antes disso –, mas não há evidência que ajude a discriminar entre eles. Se for confirmado mesmo um eco das ondas gravitacionais do Big Bang na radiação cósmica de fundo (um grupo anunciou isto esse ano, mas está tomando muita pedrada), talvez seja possível buscar nelas sinais do que houve antes. Minha opinião é que nunca saberemos. O Big Bang em tese apagou sinais do que teria vindo antes, se é que veio alguma coisa antes. Podemos conjecturar, mas não testar e confirmar ou refutar.
Ainda! Me espantou o teu “nunca saberemos”!
É o que eu acho. Mas qualifiquei como opinião apenas. Não é de forma alguma um fato.
Nossos telescópios são capazes de enxergar galáxias com 13,2 bilhões de anos. E ainda assim não existe nenhuma evidência de civilizações extraterrestres. Ou essas civilizações foram muito insignificantes, ou realmente estamos sós no Universo. O “paradoxo de Fermi” parece fazer todo o sentido.
Cético, o difícil é ver civilizações a 13,2 bilhões de anos-luz de distância… mesmo esferas Dyson, que denotariam civilizações muito mais avançadas que a nossa, só poderíamos detectar em nossa própria Via Láctea. Então, não vejo muita relação entre enxergar galáxias distantes e não enxergar evidências de vida.
Salvador, uma coisa me intriga: atualmente temos cameras de ultra, hiper definição com as quais podemos vislumbrar o passado mais remoto.
Na ocasião da apollo 11, já tinhamos uma tecnologia que garantia uma qualidade muito boa de fotos. Mas em todas as fotos divulgadas pela NASA, nas quais viamos até o reflexo perfeito de Armstrong na viseira do capacete de Aldrin, não viamos sequer um astro no fundo negro do infinito.
Depois disso pouco soubemos das visitas à lua. Harrison Schimitt foi o último, em 1975 a por os pés no satélite.
Exploramos tudo? Perdemos o interesse?
O que se tenta esconder??
A Apollo 17, com Schmitt a bordo, foi em 1972. Começando pelo fundo sem estrelas. Para fotografar os astronautas na superfície da Lua, era preciso tempo baixo de exposição ao filme. O obturador da câmera precisava abrir e fechar muito depressa, para a foto não “estourar”. Isso explica por que não há estrelas nas fotos. Os astronautas as enxergavam. Só não dá para ver nas fotos (embora, em algumas delas, se você faz uma gambiarra de bombar o contraste no Photoshop, elas apareçam).
Sobre o desinteresse pela Lua, não é bem isso. É que é muito caro montar um projeto para ir até lá com astronautas. A motivação para o Projeto Apollo foi política (vencer a URSS na corrida espacial), mas hoje não há mais o mesmo entusiasmo. A Guerra Fria acabou e os EUA não precisam vencer ninguém. Tendo dito isso, o interesse pela Lua está aumentando. Os russos andam dizendo que querem montar uma base lunar até 2030 (pode ser bravata), os chineses querem fazer missões lunares na próxima década (acredito que possam) e os americanos chegaram a flertar com um retorno à Lua antes de Obama cancelar o Projeto Constellation. Não há o que esconder. Há uma conta a pagar. Mas alguém há de pagá-la nas próximas décadas, e vou me surpreender se chegarmos a 2040 sem ninguém ter colocado os pés na Lua novamente…
estaria as futuras missões de olho nas possíveis riquezas minerais do solo lunar? as anteriores detectaram algo de importância nesse sentido?
olha o silício aí! http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/afp/2014/06/05/novas-evidencias-reforcam-que-lua-se-originou-de-colisao-da-terra.htm
Não tenho dúvida de que mineração lunar será importante no futuro.
Salvador,
Esta semana uma associação de cientistas americanos fez duras críticas ao programa espacial americanos, principalmente em relação ao corte de verbas e a perda da ousadia, que em última análise, está levando à perda da liderança na exploração espacial. Eles defendem a volta à Lua o mais rápido possível com a implantação de uma estação permanente, a ser utilizada no desenvolvimento das estações a serem instaladas em Marte.
As críticas foram direcionadas ao governo Obama e também ao congresso.
Acredito que no próximo governo (que provavelmente será republicano, pela tradicional alternância deles) eles devam retornar a programas mais audaciosos.
Eu li isso. Mas o programa patina há tempos, mesmo antes de Obama. Quando russos e chineses estiverem na Lua, só restará aos americanos chorar o leite derramado.
Salvador, gostaria de começar elogiando seus textos, sempre didáticos e muito informativos. Agora, uma dúvida: se os métodos para busca de vida que utilizamos são baseados na observação, e se quanto mais distante estamos mais no passado observamos, pode ocorrer de algum dia detectarmos vida que não existe mais, certo?
Pode sim! Abraço!
tenho investigado alguns acidentes de transito em particular atropelamentos
e o resultado pude avaliar com esperiencia propria avistei o carro a uma distancia de 1000 metros quando fui atravesar quase fui atropelado pelo mesmo veiculo sera que em algum momento por talves umidade reletiva do ar a luz sofre alteração na velocidade
Não, João, experiências cotidianas não são afetadas pela velocidade da luz.
João, beba menos e olhe para os dois lados antes de atravessar.
João, não sabemos sua idade, mas vou fazer um comentário sobre o que você relatou.
Assisti, por várias vezes, na TV Cultura, um documentário da BBC, chamado ‘O Ritmo da Vida” o qual aborda exatamente essa questão.
Em resumo: o ritmo de vida é dado pelo ‘clock’ do coração dos seres vivos, que varia dos pequenos animais (colibris têm ~1.200 pulsações por minuto!) aos grandes (elefantes têm ~30); isso leva a diferença nos movimentos de uns e de outros. Cada um ‘sente’ sua vida normalmente.
Bem, por outro lado, nós os seres humanos quando somos gerados, iniciamos a viver com ~180 pulsações por minuto e essa ‘informação’ genética a levamos para a vida toda. Mas, à media que envelhecemos, o coração vai trabalhando cada vez mais lento, porém nosso cérebro ainda tem armazenada na ‘memória’ aquele clock inicial (de quando começou a vida)… isto é, ele ‘aguarda os 180 pulsos’ para contar um minuto; só que agora, estamos com ~60 pulsações! Então, ao aguardar os 180 clocks para UM minuto, se passam, de fato, TRÊS minutos… Daí a nossa paulatina perda de capacidade de avaliação do tempo, por exemplo ao atravessar uma rua. Isso é natural da vida.
Finalizando: nosso ritmo da vida fica cada vez mais lento (podemos ver claramente a diferença nos movimentos das crianças e dos idosos) e por essa razão, achamos que o tempo está passando cada vez ‘mais voando’, pois o mesmo acontece com os DIAS, MESES e ANOS…
Abraços.
Obrigado Francisco pela resposta
Seria interessante um exercício de ilustração de como seria a visão noturna (a olho nu) das estrelas a cada 1 bilhão de anos considerando os 3 últimos bilhões de anos. Haveria muitas variações na configuração das constelações que vemos hoje?
Muita variação! Não tanto porque estrelas morreram, mas porque mudaram de lugar com relação ao Sol. Não se esqueça de que o Sol está girando em torno do centro da Via Láctea, completando uma volta a cada 225 milhões de anos. Nossas vizinhas estão em órbitas diferentes. Só circunstancialmente as vemos onde estão hoje.
Salvador,
A luz percorre o espaço de 300 mil km por segundo. Uma pergunta: a energia, quanto tempo ela demoraria? Seríamos acometidos por algum tipo de mega explosão ocorrida num passado distante no presente momento ou ela se dissiparia?
Abs.
Tudo viaja mais devagar que a luz. E luz é energia. Qualquer detrito com massa de uma explosão chegaria depois da luz, nunca antes.
Tabernáculo do conhecimento sideral,
Por gentileza, me tire duas dúvidas:
Primeira: essa luz emitida há 13.8 bilhões de anos, diz repeito a “sensibilidade relativa” das lentes do Hubble? Ou seja, conforme nossa tecnologia for se desenvolvendo, luz mais antigas serão captadas ou se descarta essa hipótese?
Segunda: é verdade que metade das estrelas que vemos no céu a olho nu não existem mais?
Saudações,
Lúcio
Lúcio, os 13,8 bi dizem respeito à radiação cósmica de fundo. Não fica mais velho que isso. Sobre a história de que metade das estrelas que vemos não existir mais, acho improvável. Suporia que o número é bem menor, mas decerto vale para uma ou outra.
VLW!
Caro Salvador, gostaria de te parabenizar pela estupenda explicação sobre o porquê de estarmos vendo o passado quando olhamos para as imagens do universo. Sua didática foi imbatível desta vez!
Valeu, Leandro! Como é uma dúvida que sempre aparece, decidi não economizar no zelo desta vez! 🙂
Caro Salvador, gostaria de saber o que vc. Acha que têm depois dos 13,8 bilhões de anos.
Big Bang.
Caro Salvador o que existe depois dos 13,8 bilhões, uma parede?
Foi Deus quem criou tudo o que existe!
“Pois em seis dias o Senhor fez os céus e a terra, o mar e tudo o que neles existe, mas no sétimo dia descansou. Portanto, o Senhor abençoou o sétimo dia e o santificou.”
(Êxodo 20:11)
Belê, anotado.
Em quanto vc estar procurando vida nas estrelas,o povo estam morreno com doenças incuravéis.
não sou contra a astronômia,porquer é biblico,mas vida no além só espiritual.
leia a palavra de Deus,não perda tempo com outras vida a não ser a daque da terra.
Jesus qué salvar vc. amém
Hmn…. triste realidade Brasileira. =/
Salvador, tudo bem?
Tenho vontade de comprar um telescópio. Alguma dica de algum bom?
Abraço
Luiz, já escrevi sobre isso recentemente:
http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2013/10/1356157-saiba-como-escolher-um-telescopio-para-ver-o-cometa-do-seculo.shtml
Esse aqui é fácil de usar e dá pra ver até galáxias com ele.
http://www.armazemdotelescopio.com.br/loja/index.php/home/telescopios/bkdob6-detail.
Salvador, pela cronologia dos “Campos Profundos do Hubble” percebe-se que estamos apenas no início das observações e, como foi explicado, será cada vez mais ‘profundo’, certo? Então, a persistir esse raciocínio, daqui a algumas décadas ou séculos, estaremos vendo o infinito (‘infinito’ é uma abstração matemática que por definição seria ‘algo maior do que o maior que se tem’); Onde chegaremos? Por acaso, o Universo não seria curvo e fechado, de modo que em alguma época poderíamos ver a Terra como ela era a buzilhões de anos atrás?
Abraços…
No máximo chegaremos à escuridão que precedeu as primeiras estrelas, mas longe ainda do princípio do Universo.
caiam na real,voces estam parecendo um bando de lunaticos.
que Deus tenha misericordia de voces como tem comigo.
Qual exatamente seria a real?
“que Deus tenha misericordia de voces como tem comigo.”
…depois nós é que somos os lunáticos…
Imaginemos olhar para oeste e achar uma estrela a 13 bilhões de anos luz. Agora olhando para leste achamos uma outra estrela também a 13 bilhões de anos luz. Um observador na estrela A, ao olhar para a B deveria concluir que B está a 26 bilhões de anos Luz. Mas não é o que acontece. Ele vai concluir que B está também a 13 bilhões de anos luz. A explicação para isto é a curvatura do Universo. A borda do universo está a 13 bilhões de anos para qualquer observador dentro deste universo. Isto se dá porque todos nascemos do mesmo instante inicial do big bang.
Amigos. Bom dia. Sou espírita. Nesta doutrina temos assuntos variados, assim como tão só responsáveis.
Num livro de Camille Flammarion, obra mediúnica, diz-nos o Espírito Flammarion: “… que estando numa região do mundo espiritual divisava o planeta Terra. Que via-se ainda criança sendo levado, pelas mãos de sua mãe, numa rua de Paris.” Dando-nos a entender que as imagens ‘viajavam’ pelo éter.
# O ÉTER#
” Se como desencarnados, começamos a examiná-lo na sua essência profunda, para os homens da Terra o éter é quase uma abstração. De qualquer modo, porém, busquemos entendê-lo como fluido sagrado da vida, que se encontra em todo o cosmo; fluido essencial do Universo, que, em todas as direções, é o veículo do pensamento divino”.
REF: XAVIER, Francisco Cândido. “O Consolador”. Emmanuel.
Como a doutrina espírita é também ciência, este o motivo de trazer-lhes algo relacionado. E, não, a intenção de tão apenas religiosidade, que sei não ser este o espaço devido.
Consultem no Google = http://www.autoresespiritasclassicos.com/camille%20flammarion/inicio/camille%20flammarion.htm
Abs.
O éter não existe. Essa é a base da teoria da relatividade. No século 19, achavam que o espaço era permeado pelo éter, o meio pelo qual se propagavam as ondas de luz. Hoje sabemos que ele não existe.
Caro SRodrigues, se “a doutrina espírita é também ciência” como pensa o senhor, então acho que o senhor precisa conhecer mais sobre Ciência. Favor não confundir com a “cientologia” do Tom Cruise nem com as “vidas pós-morte” das novelas da Globo. Favor também não confundir bipolaridade com mediunidade. A Medicina, que por acaso é Ciência também (com “C” maiúsculo) pode explicar essas alucinações mediúnicas. Nada disso, enfim, tem nada a ver com a nossa querida Via Láctea. Boa noite a todos.
Afirmar que o éter não existe com base nas pesquisas atuais, servirá como base apenas por um curto periodo de tempo, pois a ciencia evolui e muda constantemente suas afirmações através de novas descobertas, assim como a teoria da relatividade pode em breve ser derrubada, como por exemplo pelas pesquisas sobre a possibilidade de viajar em “dobra”. Não posso afirmar que o éter existe, apenas acredito que exista e ainda não é detectável pelo homem, assim como quem nunca esteve em uma reunião mediúnica e nunca pesquisou a palavra de cientistas que investigam a mediunidade não podem afirmar ser ela bipolaridade. Não confunda ateísmo com fenômenos naturais que a ciência humana ainda não compreende.
Afirmar que não existe a menor possibilidade de possuirmos um segundo corpo físico mas em um nível de matéria mais sutil do que conhecemos e que portanto nos foge a percepção, é agir como os papas da inquisição que afirmavam que a terra era o centro do universo porque não tinham a mente aberta para possibilidade desse fato ser verdade. Esses papas eram ateus em relação a ciência, assim como ainda uma parte dos cientistas são ateus em relação a espiritualidade. Não existe 8 ou 80 e sim os 2 juntos.
Se existem ondas de luz e energia que somente com instrumentos especiais começamos a “enxergar”, como por exemplo o que Salvador diz na matéria:” As imagens anteriores [de campo profundo] não mostravam esses berços estelares que estão a uma distância de 5 bilhões a 8 bilhões de anos-luz. Sem os filtros ultravioletas que usamos agora não era possível vê-los.”
Assim é em relação ao plano espiritual e sua relação com o plano físico, que mais dia, menos dia os cientistas terão possibilidade de enxerga-lo. E então o avanço tecnológico e moral que a humanidade dará, fará o atual salto tecnológico dos últimos 50 anos parecer com a evolução de um aluno que passou do pré para o primeiro ano. Insignificante.
Parabéns à Dra. Duília pelo seu trabalho!
Salvador,recentemente li que a descoberta da Kaptein(semelhante à Terra) fica a 80 anos-luz.Considerando usar a mais veloz das sondas atuais,quanto tempo levaria para descobrirmos se realmente existe vida lá? Obrigado!
Nadim, Kapteyn b fica a 13 anos-luz. Mesmo assim, não há como mandarmos uma sonda até lá com a tecnologia atual. Contudo, por observações remotas, podemos constatar se há vida lá dentro dos próximos 15 anos!
Q blzaa! Apenas nos deixa com a sensação de q talvez sejamos menos q “um pequenino grão de areia, q era um pobre sonhador!”.
Se todas as crianças do Brasil pudessem ter uma escola decente e já ter aulas de astronomia para saber o quanto somos pequenos e quanto temos que aprender, certamente nosso futuro seria melhor! Como isso não ocorre e não se tem previsão para tal, sinto que estão fabricando cada vez mais vermes inúteis, poluidores do espaço!
Se quando olhamos para o Ceu estamos vendo o passado,entao estamos quase parados no tempo ja que estao ocorrendo acontecimentos a velocidade da luz neste momento.Estou certo ou errado, Salvador?
Caselato, não estamos parados no tempo. Mas temos acesso a eventos antigos, contanto que proporcionalmente distantes…
Salvador, entendo alguma coisa a respeito do Universo e principalmente de nosso Sistema Solar. Uma coisa que me intriga em matéria de distancia, veja bem; Se olharmos com toda instrumentação disponível em uma direção do céu, temos essa distancia citada. Ora se olharmos em direção contrária, tb teremos a mesma distancia. A distancia entre os dois extremos não seria o dobro?
Imaginemos olhar para oeste e achar uma estrela a 13 bilhões de anos luz. Agora olhando para leste achamos uma outra estrela também a 13 bilhões de anos luz. Um observador na estrela A, ao olhar para a B deveria concluir que B está a 26 bilhões de anos Luz. Mas não é o que acontece. Ele vai concluir que B está também a 13 bilhões de anos luz. A explicação para isto é a curvatura do Universo. A borda do universo está a 13 bilhões de anos para qualquer observador dentro deste universo. Isto se dá porque todos nascemos do mesmo instante inicial do big bang.
Sim e não. Existe uma confusão entre a idade do universo e o tamanho do universo. Quando dizemos que um objeto está localizado a 13 bilhões de anos-luz significa que essa era a distância que ele estava de nós quando a luz saiu dele. Entretanto o universo se expandiu desde então. Portanto, nosso universo observável é uma esfera com 13,8 bilhões de anos-luz de raio. Os objetos que estão no limite dessa esfera estão, atualmente, a cerca de 46 bilhões de anos-luz.
Assim, a distância de um extremo ao outro seria 46×2 = 92 bilhões de anos-luz mas alguém localizado em um extremo não poderia ver o outro extremo pois a luz ainda não teria tido tempo de chegar até lá.
Mas Anderson,
Quando estima-se a idade do Universo em 13 bilhões de anos isto é feito por métodos diferentes, incluindo ai a radiação de fundo. Logicamente são modelos que podem apresentar um grande erro mas são os mais aceitos. Para o universo ter um diâmetro de 46 bilhões de anos luz ele fatalmente teria que ter mais que pelo menos metade disto (23 bilhões de anos), ou se expandido a velocidades acima da luz, e em seu limite só existiriam fótons. Não poderia ter matéria. Então, se o que se divulga como 13 bilhões de anos é a idade do Universo observável, concordo com sua afirmação. Mas se os 13 bilhões de anos contam a partir do BigBang, o raio do universo fatalmente está limitado ao mesmo número de anos luz.
Paulo, o universo de fato está se expandindo mais rápido do que a velocidade da luz. Note que esse limite de velocidade é imposto apenas localmente; não se aplica ao universo como um todo.
Esta tese não é aceita pelos cientistas. Cogita-se apenas ter acontecido uma expansão acima da velocidade da luz nos primeiros instantes após o Big Bang.
Paulo, a taxa de expansão do universo é dada pela constante de Hubble que diz que para cada MegaParsec entre dois pontos no espaço a velocidade que esses pontos estão se distanciando um do outro é de aproximadamente 67 km/s. Isso quer dizer que galáxias que estão a mais de 4500 gigaparsecs de distância de nós estão se expandindo mais rápido do que a velocidade da luz. Aqui tem um texto interessante sobre o assunto: http://curious.astro.cornell.edu/question.php?number=575 . Aqui também: http://en.wikipedia.org/wiki/Metric_expansion_of_space
Anderson,
Li um destes artigos e não se pode fazer a regra de 3 sugerida pelo autor. Além do mais não vale a regra da velocidade relativa de um corpo em relação ao outro dentro do referencial de 1 terceiro. A análise da idade do universo e de seu diâmetro vale para um referencial, por exemplo o nosso. Neste referencial nenhum corpo se afasta mais rápido do que a luz de nós. O efeito stretch sugerido pela constante de Hubble já foi confirmado e sugere que o raio do universo (para nós) seria maior que os 13 bilhões de anos Luz. Porém esta medida é ainda muito polêmica e para chegar a um resultado que não vá contra a velocidade da luz, o que se supõem é que quando detectamos um objeto a 40 bilhões de anos luz (e eles detectam) a luz proveniente dele andou em curvas dentro do universo observável, tipo uma miragem cósmica. O que se sabe é que o universo observável tem 13 bilhões de anos luz de raio. Se este é o limite do universo real, os físicos ainda não sabem, apenas especulam. Dizem até que o universo real pode ser menor que o observável, justamente pelo efeito miragem da curvatura da luz.
Baseado nisso, lembro me bem de uma anedota: Um caboclo estava gritando bem alto para seu filho que estava trabalhando longe na roça para ele vir almoçar. O fazendeiro que estava a seu lado e possuia um binoculos lhe emprestou o dito cujo para ele pudesse melhor visualiza-lo. Então o caboclo vendo a imagem do filho perto chamou baixinho, Filho venha almoçar.
Olhando esta maravilhosa imagem (de pequena porção do universo), podemos observar centenas de galáxias que com certeza possuem milhões de estrelas e muitas destas estrelas têm dezenas de planetas. É quase impossível imaginar que não exista (ou existiu) vida inteligente por ai. Para mim é quase que uma questão estatística.
Salvador, tambem sou fã das suas publicações. Tudo que voce escreveu até agora ja li. Desde moço sempre fui um apaixonado pela astronomia. É dificil para um leigo entender que tudo que vemos é passado. Os telescópios apenas aumentam os objetos celestes mas a luz que nos chegam deles não. Isso não é muito facil de se entender não é mesmo, pois a ideia que se tem é que se aumentamos, chegamos mais perto deles, logo o tempo diminui mas não é isso que acontece. Continue sempre a nos brindar com suas publicações. Um grande abraço
Posso Afirmar, Tem vida por ai!!!!!…Certesa!!!
SERÁ QUE ELA VAI ACHAR UM CALENDARIO LÁ DIZENDO ALGUMA COISA! QUEM FOI QUE DISSE QUE O UNIVERSO TEM 13,8 BILHOES DE ANOS. QUEM FOI QUE DISSE QUE ELA VAI CONFIRMAR OU MODIFICAR AS COISAS? TANTA COISA PRA RESOLVER E O BRASILEIRO TA NESSA? VOTEM CERTO QUE É MELHOR PRA TODOS. O RESTO DEIXA ACONTECER. FICAM DISCUTINDO ABOBRINHAS ESPACIAIS.
Votar Certo? EM QUEM?
Como conseguem alterar lentes, filtros e outras formas de usar o telescópio? Afinal ele esta viajando a uma imensa distancia da Terra, certo? Filtros e câmeras já devem estar instalados nele, como se altera a forma de usá-los?
“Nove anos depois, veio o Campo Ultraprofundo do Hubble, obtido pelo mesmo método, mas com uma câmera mais poderosa”, onde estava essa câmera antes?
Estava sendo projetada. O Hubble sofreu upgrades periódicos ao longo dos anos, graças às missões dos ônibus espaciais!
Observando tudo que já foi dito ou pesquisado e levando em conta as teorias quantica, das cordas e do universo em camadas, algo me diz que o Universo “não nasceu” ele já é, e tem sido uma “contante infinita” que apenas se transforma e renasce de tempos em tempos, sabe-se lá como…mas um dia nossos descendentes saberão…isso se não acabarmos com a civilização antes, o que é mais provável.
Olá Salvador.
Queria saber se a foto que está na página principal da matéria onde mostra alguns prédios e o céu estrelado e dando inclusive para enxergar a via láctea é uma foto real.
Se sim, só é possível tirar uma foto do céu dessa maneira com uma câmera especial?
Pois a olho nú é impossível enxergar um céu desses em uma cidade.
Abs.
Murillo, vi a foto. Usaram na chamada do UOL. Não tem rigorosamente nada a ver com a matéria, exceto pelo fato de mostrar a Via Láctea. Para fazer uma foto dessas, não é preciso câmera especial. Basta aumentaro tempo de exposição e ter o céu do deserto do Atacama! 🙂
…há vários bilhões de anos atrás. Caro Salvador, isto é pleonasmo!
Eu escrevi isso? Valeu! Vou corrigir!
E PLEONASMO NAO. REFORÇO PARA OS MENOS ESCLARECIDOS COMO VC MESMO.
Sr. Caravella (sic), o senhor está fazendo papel de idiota.
Bom dia Salvador…que maravilhosa explicação sempre presente vc nos dá..principalmente para os iniciantes…e por falar nisso, quando irás lançar teu livro? (ou já saiu e não me dei conta?) grata, aguardo. Abraços.
Maria Thereza, o livro está para sair! Foi para a gráfica na sexta-feira! Certamente divulgarei quando estiver disponível! Abraço!
Esta foto é real? Maravilhoso.
É real!
Salvador, será que é possível fazer um “”Hubble Collossal Deep Field”” e ver antes da formação das estrelas?
Marcelo, existe esse objetivo (ver as primeiras estrelas), mas o Hubble provavelmente não vai chegar lá. Quem sabe o James Webb, seu sucessor?
Caro Salvador, aprecio muito seu blogue, que leio regularmente, sempre encantado com as descobertas científicas relatadas por você.
Uma curiosidade: os cientistas já conseguiram calcular aproximadamente a massa total presumível dos corpos celestes no Universo? Digo isso porque acho que há uma enormidade de matéria física para pouca vida e para um mínimo de consciência acerca do que existe…
Abraços
Nascimento, a radiação cósmica de fundo permite fazer um inventário aproximado do conteúdo total de matéria e energia do Universo. A partir daí os cientistas conseguem dizer que o total de matéria convencional é apenas 4% do total. Os outros 96% são matéria e energia escuras.
Olá Slavador, tenho uma dúvida: quando usamos instrumentos que nos permitem olhar mais e mais longe, esse tempo é de alguma forma encurtado? O que quero dizer é: quando olhamos para o Sol, por exemplo, da Terra, sem instrumentos (assumindo que isso não fizesse mal aos olhos), estamos vendo a luz emitida 8 minutos atrás. Se usássemos um binóculo (novamente, se fosse possível), esse tempos eria menor, ou seja, poderíamos ver luz emitida a 55 ou 4 minutos (os números são aleatórios, só para dar um exemplo)?
Obrigado!!
Onde está 55, leia 5…
Não, Arthur, com binóculo seriam oito minutos também!
Excelente, como inteligente, a pergunta do Arthur Pradella. Parabéns.
Não é seu olhar que vai até o Sol, mas a luz do Sol que vem até seu olho.
cientista brasileiro para fazer alguma coisa na vida tem que se radicar em algum país desenvolvido, que valorize ciência…os que ficam aqui morrem de fome.
Essa imagem de campo profundo foi uma das mais impressionantes, na minha opinião, que o hubble já obteve. Não pela imagem em si mas pelo seu significado.
Grande Salvador,
Interessante saber que estamos olhando para o passado. Então estamos assistindo um filme sobre eventos que aconteceram bilhões de anos atrás?? Espantoso!
Isso aí!
Salvador, eu não me julgo um completo ignorante em espaço e relatividade mas uma questão sempre me intriga. Se o tempo é relativo ao observador, relativo a que o Universo tem 13,8 B de anos ?
Rapaz, ótima pergunta! O Universo tem 13,8 bilhões de anos medidos daqui, da nossa região do espaço-tempo. Contudo, como vemos isotropia (o Universo parece mais ou menos homogêneo em todas as direções), desconfio que uma medição dessas em qualquer lugar do espaço-tempo daria o mesmo resultado…
Discordo desta resposta.
O tempo é influenciado pela gravidade, portanto é natural esperarmos que para um buraco negro, o universo tenha poucos “anos terrestres” de vida.
Para objetos que estejam a grandes velocidades, também. Basta imaginarmos que se uma pessoa, e não um raio de luz, estivesse viajando da galaxia observada até a terra, ela não veria 12 bilhões de anos se passarem até chegar aqui, ela chegaria muito antes disso, para essa pessoa, o universo seria muito mais jovem do que para nós.
Alessandro, um buraco negro está teoricamente fora do nosso espaço-tempo! E a medição dos 13,8 bilhões se dá pela observação da radiação cósmica de fundo, que deve ser a mesma em todas as partes do universo observável.
Salvador, eu não sei qual a sua definição de espaço-tempo, mas a relatividade não funciona apenas no buraco negro, foi apenas um exemplo extremo. Se pegarmos um astro como o SOL, poderemos verificar que o tempo passa também mais devagar do que aqui na Terra, só não tão devagar quanto num buraco negro. Mas ainda suficiente para alterar os 13 bilhões de anos.
Astros em alta velocidade também tem seu tempo alterado, mesmo não estado na velocidade da luz.
Se você quer dizer que o nosso espaço tempo é apenas o vácuo então tudo bem, mas o vácuo não pode ser considerado um observador… Eu apenas quis mostrar que nem em todo lugar essa medição dará o mesmo resultado, em verdade, ela deve ser diferente para todos os pontos de observação que tiverem velocidades diferentes e campos gravitacionais diferentes, mesmo que seja uma variação impossível de ser detectada atualmente. Para medições feitas a partir de astros massivos ou com velocidades muito altas essa variação pode mudar consideravelmente a idade do universo.
Alessandro, mas um ser inteligente num astro massivo não teria de levar em conta a distorção gravitacional produzida ali para calcular a idade do Universo?
Salvador, o tempo sendo relativo você até poderia calcular quanto tempo alguém na terra esperou desde o surgimento do universo até hoje, porém isso não significa que esse tempo seja o correto, muito pelo contrário. Significa que não existe um tempo “correto” visto que cada observador terá o seu tempo.
A resposta ao Zé deveria ser : “Relativo às pessoas que vivem na Terra ou em condições semelhantes à Terra na curvatura do espaço-tempo)
Para as outras pessoas, a idade do Universo ainda seria o equivalente a 13,8b de voltas da Terra em torno do SOL. Porém, para elas, o tempo necessário para isso acontecer pode ser diferente de 13,8b de anos
Alessandro, a questão é que as medições da radiação cósmica sugerem que o Universo é plano, então a mesma medida de tempo (aproximada, claro) seria tomada em outras partes do Universo. E quem tivesse em regiões curvadas, como na borda de um buraco negro, teria de adaptar os cálculos para se ajustar, e obteria o mesmo resultado.
Esta ideia de compensar distorções (causadas sejam por massas ou forças de qualquer origem) para achar o local/condições que daria a medição “padrão” da idade do Universo leva ao estabelecimento de um referencial inercial absoluto. Sua existência foi um dogma da Física Clássica por 500 anos mas foi morto e enterrado pela Relatividade. Assim, não posso aceitar uma idade-padrão do Universo. Esta idade de 13,8 Bi devia ser melhor “adjetivada”.
Pelo que sabemos até agora inferimos a idade de 13,8 bilhões de anos, mas nada garante que as constantes universais foram assim tão constantes durante todo esse tempo, o que mascararia uma idade diferente!
Até 1905 o tempo era absoluto, a velocidade da luz é absoluta até o presente… aguardemos!
Imagine o céu como um quadro pintado, ninguém garante que foi retocado!!!
Pois é. E principalmente no início, as condições eram muito diferentes das atuais para imaginarmos um curso de tempo linear como sugere a idade-padrão de 13,8 bi. Na minha opinião, esta é “uma” (das várias) idade do Universo; medida segundo alguns critérios. Podemos fazer a medição com outros critérios e obter idades diferentes. Todas podem ser úteis dependendo do objetivo.