Via Láctea, a galáxia modesta
Esta é a última da série “Não há nada de especial em nossas circunstâncias cósmicas”: segundo dois grupos independentes de astrônomos britânicos, nossa galáxia é bem menos pujante do que antes se pensava. Na verdade, ela tem apenas metade da massa de nossa vizinha, Andrômeda.
Os dois trabalhos, aceitos para publicação no periódico “Monthly Notices of the Royal Astronomical Society”, acabam de uma vez por todas com a discussão sobre quem é a maioral no chamado Grupo Local, conjunto de galáxias próximas à Via Láctea que orbitam em torno de um centro gravitacional comum. E, surpresa!, não somos nós.
“Sempre suspeitamos que [a galáxia de] Andrômeda fosse mais massiva que a Via Láctea, mas pesar ambas as galáxias simultaneamente se mostrou um desafio extremo”, disse Jorge Peñarrubia, da Universidade de Edimburgo, na Escócia, líder de um dos trabalhos. Já o estudo paralelo foi conduzido por Jonathan Diaz e colegas da Universidade de Cambridge, na Inglaterra.
Ambos usaram metodologias e números diferentes para calcular a proporção das massas das duas maiores galáxias do Grupo Local e chegaram à mesma conclusão: com confiança superior a 95%, a Via Láctea é a menorzinha, com metade da massa da outra.
A DANÇA DAS GALÁXIAS
O Grupo Local é composto por mais ou menos meia centena de galáxias, das quais há três em formato espiral: a Via Láctea, Andrômeda e a galáxia do Triângulo. Essa última é a menor de todas, mas havia dúvida sobre qual das duas outras era a predominante. Em 2009, pesquisadores do Centro Harvard-Smithsonian para Astrofísica chegaram a anunciar cálculos de que elas tinham mais ou menos a mesma massa e o mesmo tamanho. Um empate técnico.
Os novos trabalhos agora divulgados levam a comunidade astronômica de volta a uma desconfiança que eles já tiveram antes: Andrômeda é de fato a mais massiva das galáxias. Os dois estudos independentes, a despeito das técnicas de cálculo diferentes, partiram do mesmo princípio: estudar o baile das galáxias do Grupo Local. Seu movimento, guiado pela gravidade, seria suficiente para criar uma escala de massas. Afinal, é a massa de um objeto o que dita a intensidade da força gravitacional que ele exerce sobre os demais.
As conclusões foram interessantes. Não só os cientistas verificaram que Andrômeda tem aproximadamente o dobro da massa da Via Láctea, como também puderam constatar que cerca de 90% do total de massa nas duas galáxias é composto por matéria escura — misteriosas partículas de natureza desconhecida que, apesar de não interagirem com a matéria convencional, exercem força gravitacional e, por isso, revelam sua existência de maneira indireta.
FUTURA COLISÃO
A despeito do resultado desfavorável à Via Láctea, essa picuinha de qual é a maior já tem data para terminar. Em cerca de 3 bilhões de anos, Andrômeda e a Via Láctea devem colidir. A essa futura galáxia resultante da fusão os astrônomos costumam dar o nome de Lactômeda. Contudo, a julgar pelos novos trabalhos, talvez devamos optar por outro nome: Androlacta. Afinal, não é Andrômeda que está vindo em nossa direção. Nós, da Via Láctea, é que estamos literalmente caindo na direção dela, atraídos por sua poderosa força gravitacional. (Como notado por alguns leitores, existe aqui uma licença poética em dizer que uma está caindo na outra. Por óbvio, ambas se atraem mutuamente — é como funciona a gravidade — e se deslocam uma na direção da outra. Contudo, a menor se desloca muito mais depressa, de forma que a Via Láctea é que está indo muito mais depressa na direção de Andrômeda do que o oposto. Daí a brincadeira com o “cair”, embora tecnicamente ambas estejam viajando uma na direção da outra.)
Talvez essa ideia de galáxias em choque soe escandalosa. Mas, de fato, não se trata de nada de novo no front. Esse processo de constante colisão e fusão galáctica tem ocorrido desde que as primeiras se formaram, antes que o Universo completasse 1 bilhão de anos de vida (hoje ele já é um senhor de 13,8 bilhões).
Neste exato momento, a Via Láctea está destroçando galáxias anãs em seus arredores, incorporando suas estrelas às suas fileiras. E o mesmo acontece nas cercanias de Andrômeda. É a dinâmica da evolução cósmica, que pouco nos deve incomodar, tanto psicológica quanto fisicamente — mesmo num encontro de galáxias a colisão entre estrelas é raríssima, de forma que nosso Sistema Solar deve passar incólume pela fusão intergaláctica.
Ressoa, contudo, a constatação de que a nossa Via Láctea é hoje uma galáxia de dimensões modestas. Ela não é especial nem mesmo no Grupo Local ao qual ela pertence. Apenas a segunda maior, com metade da massa da primeira colocada.
É mais um daqueles momentos em que a astronomia nos obriga a calçar as sandálias da humildade. Sabemos atualmente que nosso sistema planetário é somente um, dos muitos que existem em torno de outras estrelas. Somente a pobre Via Láctea tem pelo menos 100 bilhões de estrelas. Andrômeda tem muitas mais. E agora temos 95% de certeza de que nem mesmo na mais pujante das galáxias do Grupo Local nós estamos, que por sua vez está longe de ser o mais impressionante dos arranjos galácticos espalhados pelo Universo. Não há absolutamente nenhuma justificativa para pensarmos que habitamos um recanto singular do cosmos.
Ainda assim, existe uma razão para nos orgulharmos: a despeito de nossa localização nada especial, somos capazes de olhar para as luzes do céu e compreender, pouco a pouco, descoberta a descoberta, a apaixonante narrativa que perfaz a história do Universo.
Salvador Nogueira, seus textos são sempre elucidativos e nos leva, invariavelmente, a reflexões sobre os mais diversos e intrigantes mistérios do nosso vasto e infinito Universo. Eu creio que a ciência terrestre não saiba, nem aproximadamente, quantas galáxias há neste espaço infinito. Até porque não há como calcular este número em um espaço não circunscrito. Eu imagino o quão são diversas as formas de matéria que existem neste espaço infindável. Todas oriundas da chamada matéria cósmica primitiva. Eu ainda defendo a tese de que o Universo não teve um início e nem terá um fim, ou seja, é e sempre será eterno. As explosões registradas pela ciências referem-se à criação de nebulosas, choques entre elas, criação de planetas, estrelas centrais etc, mas menos referentes ao surgimento do Universo. De qualquer forma, é sempre útil elucidarmos tais mistérios ou encontrar revelações sobre este fascinante mundo cósmico do qual fazemos parte. Ainda vamos saber muito mais!
Completando: é fácil entender isto. Basta entender a experiência de Michelson e Morley. Onde começou a teoria Newtoniana para Buracos Negros. O Prof. Hawk em Cambridge tenta explicar isto, mas por mais que fale ou, escreva, pouca gente presta atenção. (sic, sic, sic). Quem sabe Isacc Izimoov consiga um dia.
Será um imenso espetáculo quando a Via Láctea se cruzar com Andrômeda. Estaremos no que se chama: livre caminho “Pass”. Algo fácil de entender. Estaremos passando pelos intertícios vazios de Andrômeda e da matéria. Nosso Buraco Negro (calculado para
nosso planeta Terra será como uma bolinha de gude passeando pelo Espaço Sideral. E continuaremos Seres Humanos
As duas galáxias estão se movendo uma em direção à outra, não apenas a Via Láctea em direção à Andrômeda, por ter massa menor. O que ocorre é que por ter massa menor a aceleração sofrida por ela é maior que a sofrida for Andrômeda, conforme a segunda lei de Newton.
Estou mais interessado é na confirmação do transporte da matéria… Assim daremos um grande passo para descobrir muito mais do que possamos imaginar, admitir… Ou acreditar…
Salvador,
Uma dúvida estúpida:
Seria a galáxia um corpo de 4 dimensões e matéria escura que tanto procuram seriam as dimensões extras, de forma que as outras forças que, teoricamente, não interagem, na verdade estão interagindo como se o corpo fosse todo de 4 (ou mais dimensões) e estamos a tratando como se fosse 3 e, consequentemente não a vemos, mas sentimos pela gravidade?
Sempre quis perguntar isso para alguém que é muito inteligente.
Se entendi bem a pergunta, ela é: poderia a matéria escura estar escondida numa quarta dimensão? Se for isso, a minha resposta é: não faço a menor ideia. Desconfio, contudo, que as linhas de pesquisa mais promissoras para a matéria escura envolvem partículas desconhecidas no espaço-tempo convencional. Se as partículas estivessem escondidas, teríamos o problema de como seus efeitos gravitacionais se propagam pelas 3 dimensões convencionais, mas as partículas não…
Seria a gravidade um tipo de reação da matéria escura?
Olá, Salvador!
Vale ressaltar também que, há poucos anos atrás, nosso colega brasileiro Alessandro Moisés mostrou em seu doutorado que a Galáxia tinha tamanho muito menor do que o indicado pela literatura de até então!
Sr. Salvador Nogueira
O que vou te perguntar e contar não tem nada a ver com o assunto em questão da matéria, moro em Peruíbe (litoral sul de sp) e há varias matérias inclusive do History sobre ovnis etc por aqui, mas o que me chama a atenção e é quase todos os dias em sentidos diferentes dos aviões comerciais (jatos) rotas do sul e vice versa, passa algo (não é avião nem jato de força aérea) pois sai geralmente de trás da montanhas (serra do mar) e vai em direção ao mar deixando aquele rastro que jatos costumam deixar em ar mais frio e quando voltam também, mas o que chama a atenção é sua velocidade, é uma coisa de louco em menos de minuto ele desaparece (também devo dizer que n
ão consigo visualizar o que é que faz o rastro). A pergunta é será um drone com velocidade acredito eu, umas 5 vezes mais rápido que jato comercial ou algum experimento governamental secreto da Força aérea. Se puder me esclareça algo, obrigado
Puxa, difícil esclarecer assim. É um mistério! 🙂
Agustin, podem ser caças da Base Aérea de Santos, em algum tipo de exercício.
Gosto muito de ler os comentários do Salvador Nogueira,pois tem frases engraçadas como essa>>> É mais um daqueles momentos em que a astronomia nos obriga a calçar as sandálias da humildade. Adoro… ^^.
🙂
Quando falo que não sabem nada de nada, alguns acham ruim e partem pra ofensa, mas esta matéria é mais um exemplo de que não sabemos nada a respeito do universo. Tudo é calculado com base em suposições, não se tem como afirmar com certeza sobre estrelas e galáxias tão longínquas, e quem disser o contrário, está mentindo, simples assim, gostem ou não. Basta pensar o seguinte, tudo que os astrônomos sabem é baseado na luz (ou outra forma de emissão magnética) que chega até aqui, algumas levam milhares, milhões ou bilhões de anos, ai pergunto quem pode garantir que ainda exista tal estrela, galáxia, aglomerado, etc…, dito isso pergunto o seguinte, como podem calcular a massa do universo se não sabem nem se os objetos medidos ainda existem, pura especulação.
John Smith, me atendo à sua crítica pontual, pouco importa se os objetos ainda existem na forma como são vistos ou não, porque o conceito crítico é a lei de conservação de energia. O objeto pode se desintegrar, mas a energia dele continuará existindo, perfazendo o inventário de conteúdo do Universo.
Acho perigoso esse seu raciocínio de que, pelo fato de a ciência não produzir certezas absolutas, automaticamente não sabemos de nada. A força da ciência é justamente essa — ao não oferecer certezas, ela permite se corrigir e, com isso, se aproximar cada vez mais da realidade.
Agora, chegamos a conclusões com 95% de confiança. A ciência prosseguirá trabalhando para chegarmos a 97%, 99%, 99,9% e 99,9999%. O fato de nunca chegar a 100% não me incomoda. Incomoda você?
Imagino que de uns 70 anos para cá existem telescópios com capacidade para observar galáxias além do grupo local.
Ao longo dessas décadas, foi possível detectar rotações das galáxias em torno de si mesmas e em torno de um centro de massa comum, isto é, ver Andrômeda se deslocando em relação a um “fundo” de galáxias mais distantes?
Será que é assim que eles calcularam as massas de Andrômeda e da Via Láctea?
Mesmo para galáxias do Grupo Local o movimento próprio é pequeno demais para ser notado. O que eles observam é o efeito Doppler da luz das galáxias. Elas ficam mais azuis se estão se aproximando, e mais vermelhas se estão se afastando.
Li a poucos meses sobre o choque intergalático (via láctea e Andrômeda) e lembro perfeitamente que dizia que tudo (incluindo nós) seria destruído e uma nova e única galáxia seria criada. Qual é a vdd história?? O sol acaba em 3 ou 7 bilhoes de ano?? Oual a primeira ‘coisa’ que pode destruir a Terra?? grato e aguardo respostas.
Uma nova galáxia seria criada, em forma elíptica, resultado da fusão. Mas isso não implica que tudo seria destruído. É como imaginar que a fusão de duas empresas exige que os funcionários todos de ambas sejam mortos, e novos funcionários sejam contratados para a nova corporação.
Quanto ao destino do Sol, em mais 5 bilhões de anos ele deve virar uma gigante vermelha. Depois de centenas de milhões de anos, a gigante vermelha dará lugar a uma anã branca, que se resfriará pelos bilhões de anos seguintes.
Olá Salvador,
sou um aficionado no universo. Concluí esses dias um curso de astrofísica e felizmente encontrei seu blog. Adoro seus textos e pontos de vista. Obrigado por compartilhar seu conhecimento. Se possível, gostaria que você escrevesse um pouco sobre o “indeterminismo”. Gostaria de saber se isso é limitação nossa ou se realmente é impossivel prever algumas coisas. Penso que o indeterminismo é a base do livre-arbitrio.
É um tema espinhoso, mas está anotado. 😉
Fico feliz Salvador em saber que só daqui a 3 bilhões de anos as duas galaxias colidirão. Posso dormir tranquilo agora, sem medo da colisão. Talvez alguma seguradora “brasileira“ ja começe até a emitir apolice para esse evento. Nunca é demais ter seguro não é mesmo. Como diz um amigo meu, seguro nunca é demais.
PS – desculpe a brincadeira.
Brincadeiras são bem-vindas! 🙂
Olá Salvador, sou fascinado por esse universo coalhado de estrelas… porém sou leigo no assunto… Assim lhe pergunto vendo a foto de Andrômeda: o que é aquele ponto luminoso no centro da galáxia? Uma superestrela? Ao que me parece a galáxia gira em torno desse ponto (que poder incomensurável de atração, não?) Abração cósmico!
Ali no meio tem um buraco negro supermassivo, com massa equivalente a milhões de sóis. É o coração da galáxia. No centro da Via Láctea temos um também. E a parte brilhante central que vemos é o bojo galáctico, região com maior concentração de estrelas, girando em torno do buraco negro supermassivo…
Somos uma espécie de Capão Redondo do grupo de galáxias…
Na minha simples opinião qualquer Galáxia é algo incrível, colossal e extraordinário! Bilhões de estrelas, planetas e todos os tipos de objetos espaciais que nem podemos imaginar, isto já torna estes gigantes cósmicos algo ímpar. Sim, a Via Láctea continua sendo algo muito, mas muito especial mesmo, pois o homem, mesmo que exista mais alguns milhões de anos não conseguirá entender e talvez, nunca visitar parte da sua imensidão! Abraço Fabricio (FF)
Quanta relevância nessa informação, minha vida agora vai ser diferente
Quando vc acha que já era complicado entender alguns conceitos da física (big bang, relatividade, buraco de minhoca, etc.) os caras vem com “Matéria Escura”, uma “coisa” que simplesmente não dá pra mensurar, não dá pra ver MAS que aparentemente é o grande grosso do que é feito TODO o universo! Bizarro-Demais-Pra-Minha-Cabeça!
Aí a gente lembra daquele arrogante de peito estufado: “Você sabe com quem está falando????”. Rsss…
Ela ainda continua com 100 mil anos luz de diâmetro?
Sim!
Oi salvador, 22 planetas com similaridade com a terra só dentro da nossa galáxia! Todos distantes a anos-luz. Imagino fora da galáxia onde a distancia nem sonha ser computada! No entanto, sei que o homem não sossegará enquanto não encontrar uma forma. Astrônomos, teóricos como Giordano Bruno, pessoas como vc que trás para perto do leigo as novidades desse nosso cosmo fantástico. Tenho um neto de 10 anos e converso muito sobre esse tema. Pode ter certeza que incentivarei mais ainda com seu livro e a lista desses planetas estão grifadas para que ele acompanhe o desenrolar das descobertas no futuro. Um abraço
Muito legal! Mas, como eu disse no livro, a lista deve ser vista com uma pitada de sal. Quantos se mostrarão importantes quando seu neto tiver netos? 🙂
Deus é maravilhosíssimo!
Tenho muita pena dos que dizem: Deus não existe. São eles próprios que nunca existiram e estão fadados ao eterno esquecimento.
“Eu sei que o meu REDENTOR VIVE… Já se levantou sobre a terra e por fim: VOLTARÁ para a terra!” (quem conhece a palavra de Deus, sabe onde isto encaixa-se).
Tambem sei onde isso tudo encaixa, mas melhor não falar…
Se fosse um jornalista qualquer, desses que tem aos montes por aí, minha atenção não passava do título ou no máximo da primeira linha. Eu sempre leio porque os textos são muito bem escritos, despertam a curiosidade da gente pra ver até onde vai. Pequenos ótimos textos fictícios. Com sempre, parabéns ao autor!
Salvador,
Colisões, explosões, estrelas se consumindo; ao final de tudo isso, como terminará o Universo?
Escuro e Gelado?
Outra questão, desculpe-me a ignorância, os corpos gravitam em função de suas estrelas. Uma vez consumidas todas elas para aonde vai todo o resto(planetas, asteroides etc.. ), vão cair no pé de Deus – rsss?
Escuro e gelado. E quanto aos planetas, enquanto houver um objeto central agarrando-os pela gravidade, ficarão onde estão. Se forem dragados para dentro e engolidos, deixarão de existir. E se forem ejetados vagarão para sempre pelo vazio do espaço…
Ao menos os Borg e o Dominium não vão se interessar tanto assim em nós! hehehe
LA VEM O BOIOLA MENSAL, QUERENDO SER ELE AGORA O EINSTEIN DO MOMENTO E UM MONTE DE TROUXAS SEGUIDORES
Mensal, de MENSageiro siderAL?
Tenho por habito ler os comentarios dos leitores nas várias materias. Esporte, tech, astronomia etc. Lendo os contidos nesta seção fico convencido que há vida inteligente no planeta, apesar da ignorancia que predomina. Vide guerras, atentados, revoluções, politicagem, corrupção e tudo a mais que está nas manchetes. Que pena que esta é a exceção.
🙂
Os leitores decerto ficam lisonjeados!
OFF: Vish!!
http://gizmodo.uol.com.br/lua-fosseis-terra/
Viu essa?
Já havia lido algo parecido, mas não estou convencido.
principio da mediocridade ….
Não dá para acreditar em nada disso. A visão que temos da Via Láctea é apenas de uma pequena faixa de um dos braços. A toda hora se divulga uma notícia completamente contraditória a anterior. Até poucos anos se dizia que ambas as galáxias estavam se distanciando, depois que as duas estão indo de encontro, agora que apenas a Via Láctea está indo em direção a Andrômeda. Sem falar que antes de dizia que Andrômeda era uma nebulosa da Via Láctea. No dia em que pudermos ver de um terceiro ponto fora das duas galáxias essas teorias malucas serão ratificadas ou desmentidas. OU seja, nunca!
Nunca ouvi que estivessem se distanciando. Desde Edwin Hubble o pessoal tem observado blueshift em Andrômeda, implicando aproximação. Não é esse oba-oba aí também. Embora, claro, você esteja tocando num ponto importante: é muito difícil estudar uma galáxia quando se está dentro dela. O Gaia vai fazer uma favorzão nesse sentido, olhando e contando estrelas uma a uma.
Olá Salvador,
Existe uma teoria que diz que o universo se expande cada vez mais e que veremos em 5 bilhões de anos um céu bem menos estrelado.
Em 5 bi não vai dar tempo, mas é fato que em muitos bi o Universo caminha para um apagar das luzes…
Érico, há uns meses foi divulgada uma simulação da NASA mostrando como será o encontro entre Andrômeda e a a Via Láctea. Quanto às duas galáxias, elas estão se aproximando sim, e acho que o Salvador quis se referir ao balanço de forças gravitacionais entre elas, o dobro de lá para cá do que de cá para lá. E lembre-se: do mesmo modo que a maçã cai na Terra, a Terra cai na maçã… Abraços! E Salvador, parabéns pelo tom poético da sua narrativa, gostoso de ler.
Preciso no comentário! Abraço!
não são contraditórias, desde de que eu me lembre sempre disseram que elas iriam colidir , há uma evolução de informações, que amplia cada vez mais nossa percepção a respeito o universo,
é claro que sempre teve os cientistas de “Facebook” na historia, só para confundir os leigos, dando informações sem nenhum fundamento.
Caro Xará, não é preciso enxergar os dois lados de um carro para saber que ele é simétrico e tem as duas rodas do outro lado da mesma cor e tamanho.
Pelo que conseguimos observar dos braços visíveis e do centro da galáxia, somos uma típica galáxia semi espiral. Se sabemos que conseguimos enxergar 20% da área visível de nossa galáxia e esses 20% pesam X, então é evidente que no total pesamos 5x. O problema seria se nós fôssemos uma galáxia irregular e simétrica. É claro que existe 5% de possibilidade de a conta estar errada e haver anomalias estranhas nas partes obscuras de nossa galáxia, mas podemos inferir muita coisa indiretamente e assumir seguramente que estamos sim dentro de um padrão simétrico.
Essa notícia não é lá grande novidade. O consenso de que Andromeda era significante maior que a Via Láctea era antigo, até estranhei a “notícia” a novidade são métodos mais precisos para especular quão menor somos. Esses novos métodos são muito mais confiantes. Nada nesse mundo é 100% certeza, mas por isso existe na ciência algo conhecido como “certeza além da dúvida razoável”. Se apegar aos 5% de chance negativa para defender que algo está errado é apelar a falácia do “God of the gaps”. É tolice.
Existe um campo de estudo da física chamado Gravitação, e um outro mais amplo chamado Astrofísica. Se informe um pouco sobre estas áreas e vai perceber que é possível sim se obter, por meios indiretos, informação sobre a estrutura e composição da Via Láctea e suas vizinhas. Quanto às mudanças nas visões científicas, é isso mesmo, a ciência é um processo, está sempre tentando melhorar seus resultados a partir de novas técnicas e instrumentos mais precisos. Quem quer certezas pode recorrer à religião. Abraço.
Olá, Salvador, uma pergunta. Se a misteriosa materia escura não interage com a convencional, como pode exercer força gravitacional? Isso não é uma forma de interação? Ou seja, de que maneira a material escura não interage com a convencional? Abraço.
Interage gravitacionalmente só. Mas não pelas outras forças (eletromagnética, fraca e forte). E como a gravidade hoje é interpretada pela relatividade, ela é uma curvatura no espaço-tempo, de forma que a matéria interage não com outra matéria, mas com o espaço-tempo em si, cuja curvatura interage com a matéria, e assim por diante. 😛
Obrigado por explicar o que muitas vezes ficamos sem saber direito; fica aquele algo mais faltando. Valeu
Sr Salvador,
Seria bobagem eu dizer que essa curvatura espaço-tempo ao completar 2xPI(letra pi)xR voltaríamos ao mesmo ponto que começamos??, ou seja, o mesmo espaço pode ser ocupado por dois elementos no mesmo instante? Tô ficando louco?
Salvador,
Ou melhor, no mesmo espaço e não no mesmo instante, pois, já se foram 2xpixR percorridos, certo?
Não, não está. Poderíamos muito bem viver num Universo com curvatura fechada, onde, indo sempre em frente, acabaríamos de volta ao ponto de partida. Contudo, os estudos mais sofisticados já feitos a respeito da geometria do Universo sugere que ele é plano, ou seja, infinito em todas as direções.
Salvador. A matéria escura parece uma explicação muito radical. Eu preferia uma hipótese, como essa: A matéria deforma o espaço não de maneira proporcional a massa, mais sim exponencialmente a medida que mais massa fica concentra em um único local no espaço. Assim a desproporcional curvatura no espaço é causa pela matéria ordinária, que por estar mais “concentrada”, causa uma curvatura maior do que se estivesse mais espalhada. Isso poderia explicar o que é atribuído a matéria escura?
Mas isso violaria a lei da gravidade, fartamente testada!
Era essa a intenção. A aparente proporcionalidade se aplicaria às pequenas massa, porém com quantidades maiores como nas galáxias não. Mas isso é apenas o que na minha ignorância parece fazer mais sentido
Obrigado por compartilhar conhecimento científico conosco, e parabéns por interagir com os leitores.
Para o alto e avante!
Valeu!
bom dia salvaldor comofaço par ter este ivro de extraerrestre,gostei muito desua explicção, ficacomdeus
Daqui a 3 bilhões de anos, o Sol será uma Gigante Vermelha (e a caminho de se tornar uma anã branca), mas a Terra já terá se transformado em um caldeirão sem vida bem antes disso. No entanto, se a humanidade não se extinguir antes disso, certamente teremos a tecnologia para viver em outros planetas/satélites e, quiçá, em outros sistemas planetários!
Daqui a 3 bilhões de anos, possivelmente as luas de Júpiter e Saturno serão locais bem aprazíveis para a humanidade (ou para alguma outra espécie inteligente que surgir aqui na Terra, caso sejamos burros o suficiente para nos extinguir), o que nos dará mais alguns bilhões de anos até que o Sol se torne uma anã branca e tenhamos que procurar outro sistema planetário.
Acho que bem antes de 3 bilhões de anos já estaremos com colônias definitivas em Luas de Júpter ou Saturno ou até mesmo em Marte. Já teremos a tecnologia suficiente para alterar o ambiente destes astros para abrigar a vida.
Acho extremamente difícil prever algo para “3 bilhões de anos” Na verdade não temos a mínima ideia do que isto significa. Se perguntar para o Brasileiro mais inteligente sobre vida e morte de Tiradentes, certamente ele não saberá responder. Imagina fazer previsões para 3 bilhões de anos. Talvez o homem já tenha deixado de existir há muito tempo, se existir deve ter criado asas para voar, certamente todos os habitantes da terra estarão falando a mesma língua, que não é conhecida hoje. Não sabemos como estará o clima em Dezembro de 2014, será que estaremos com nossos reservatórios de agua potável cheios? Estou falando de 3 meses, alguém se arrisca a responder minha pergunta?
Roberto, fica mais fácil acertar a previsão se tudo que ela envolve é a lei da gravidade, que permite calcular posição e velocidade de objetos em queda livre a qualquer ponto do tempo. 😉
3 Bilhões de anos é uma quantidade de tempo absurda. Nossa existência como seres humanos bípedes individuais conscientes vivendo em grupos sociais não existirá mais.Se não estivermos extintos então estaremos “vivendo” em outra forma de consciência, quiçá, quântica. Uma coisa quase espírita, e olha que sou ateu.
Ou não, talvez atinjamos um nível intransponível de conhecimento, inteligência e conquistas tecnológicas. Ou talvez seja simplesmente inviável criar colônias fora da terra com o máximo de tecnologia atingível pelo ser humano. Isso de pensar que a tecnologia avança de forma exponencial e bla bla bla funciona em um curto espaço de tempo sendo avaliado. Acho que a tecnologia humana não irá muito longe do que temos nos próximos 300 anos (não como imagina-se com viagens diárias à lua ou teletransporte), a não ser que seja descoberto algo muito revolucionário, como foi a quântica, aí não tem como prever, mas não vejo essa descoberta acontecendo nos próximos séculos.
Uma espécie em nosso planeta raramente passa dos 10 milhões de anos, o Homo Sapiens não chega a meio milhão de anos e a vida na terra é calculada em pouco mais de 3 bilhões de anos, então daqui a 3 bilhões de anos nada que está aqui estará e nada será como era antes, NADA.
Se considerarmos que na evolução da espécie humana do Australopitecos até o homem de hoje levou 1 milhão de anos. Daqui a 3 bilhões de anos a espécie humana como é hoje já não existirá mais a muito tempo, existirão outras espécies inteligentes evoluídas de acordo com as condições climáticas e a capacidade de adaptação e combinação, provavelmente haverão espécies inteligentes evoluídas de animais não mamíferos e até de insetos. E com certeza ninguém mais estará habitando este sistema solar a pelo menos uns 2,8 bilhões de anos. 3 Bilhões de anos só faz sentido mesmo para as galáxias, a nossa mais bizarra imaginação não consegue projetar algo aceitável para lá.
Concordo,
O mais provável são ciclos de destruição e reconstrução eternos…
incrível!
Olá Salvador,acabei de comprar seu livro Extraterrestres.Lí sobre o ele aqui no blog e fiquei louco para comprá-lo.Como moro em uma cidadezinha do interior da Bahia que só tem uma única banca de jornal achei que não iria encontrá-lo,às vezes nem o Jornal A Tarde vem.Mas,que grata surpresa.Ao chagar a banca lá estava o livro.Vou “devorá-lo”e depois comento o que achei.Valeu!
Genial! Conta sim! Abraço!
Salvador, acho todo esse conhecimento surpreendente, apenas fico pensando todos esses cálculos, toda essa tecnologia, e nós ainda não conseguimos resolver problemas tão mais simples como a falta de água… Abraço!
O problema da falta d’água é político, econômico e social. A ciência já fez sua parte nesse assunto. 😉
Resumo,
Não somos mais nem o cocô do mosquito…. 🙁
Fale por você…
Não estou preparado para falar de seres tão especiais como você.
Esse aí é pior do que o cocô, pq é cocô e não tem consciência disso.
Releve.
😉
Fantástico! Realmente, nossa pequenez no Universo assombra e deslumbra.
Salvador, apesar de termos metade da massa de Andrômeda, a Via Láctea ainda permanece mais densa que ela, não é? (pelo menos isso ehehehe)
Ao contrário. Como a Via Láctea é mais ou menos do mesmo tamanho, mas muito menos massiva, é menos densa. Tem menos estrelas no disco e menos matéria escura no halo.
Achava que Andrômeda era bem maior! 🙁
Meu caro Salvador muito coisa ainda é ilusão de ótica , só com mais tecnologia as coisas vão ficar claras.
Coerente: galáxia pequena, estrela de 4ª ou 5ª, planeta colônia, país, nem se fala.
kkkkkkkkkkkkk O final foi ótimo.
E a síndrome de vira-latas se manifesta até aqui… Lamentável.
foi apenas uma piadinha….
3 bilhões de anos, só? Provavelmente antes do fim da vida do nosso Sol, então, rsrsrs. Em tempo, convido para ver meu trabalho (na verdade hobbie) com astrofotografia amadora: http://astrosantos.blogspot.com.br/
Muito bacana!
Parabéns pelo trabalho Paulo. Visitei seu blog e achei muito interessante.
Um dia, espero que breve, volto a realizar observações astronômicas.
🙂
Obrigado pelas visitas e pelos comentários!
Parabéns cara! Achei super interessante seu blog, e mais ainda, sua generosidade em passar os “macetes” para nós!!
Obrigado amigo! Venho estudando bastante e pretendo contribuir para quem quer seguir os passos na astrofotografia. Material existe aos montes na internet, mas muito espalhado.
Paulo, Salvador, aprendi demais, hoje. Gostei muito das fotos do Paulo, um trabalho realmente bacana e, como nunca tinha ouvido falar em “fotos cruas” em contraposição a “fotos cozidas em jpeg” (“raw” x “jpeg”), agradeço a oportunidade! Já estou divulgando essas páginas para amigos meus que gostam de fotografia e de astronomia. Abraços!
Antes não era tão fascinado pelo Universo, mas de tempos pra cá me perco nas curiosidades e pesquisas a respeito deste tema tão profundo e, de certa forma, ainda tão incompreendido, acho que isso que nos fascina tanto, o desconhecido é muito interessante, principalmente em assuntos como estes e, também, se existe vida em outros lugares do universo.
Eu fielmente acredito que exista, mas penso que muitas coisas não são reveladas a nós (leigos em questões astronômicas – população comum), acho que se sabe muito mais do que é revelado, mas como eu mesmo disse é apenas uma suposição. O fato é que cotidianamente ocorrem fenômenos que quando não são divulgados são mal explicados.
Sobre a matéria escura, como essas partículas que representam uma alta porcentagem da massa presente no universo não consegue ser, realmente, encontrada? Provavelmente ela é a chave para várias outras descobertas.
Parabéns Salvador, acho o seu blog extremamente interessante e faço leituras diárias nos temas apresentados.
Materia escura, eis ai a “grande chave”, lembram-se do boson de Higs?
Uma pergunta, Salvador:
– A terra não se tornará uma anã branca daqui a 4 milhões de anos?
Se for isso, e os seres vivos da terra ja teria que achar uma casa nova antes disso.
A junção das galaxias será mais um espetaculo do universo para outros povos de outras galaxias.
O Sol se tornará uma anã branca em 6 ou 7 bilhões de anos. Mas deve se tornar inabitável bem antes disso.
Salvador, como sempre vc nos coloca na correta posição que estamos nesta imensidão. Seria e é uma grande pretensão de nosso mundinho acharmos que somos especiais. muito ha para descobrir, que certamente provara que não estamos sós, nem tampouco melhores que nada. ptimo texto. sds
Excelente redação!
Devemos, sim, nos orgulharmos do lugar onde vivemos; nossa galáxia; nossa estrela; nosso sistema solar; nosso PLANETA.
Até encontrarmos outros nichos da vida, aqui é o único que sabemos, há vida!
Mesmo depois de encontrarmos outros planetas com vida, e quiçá vida inteligente, ainda assim, aqui é e será sempre o NOSSO PLANETA!
Continuemos a busca! A resposta à questão da vida alienígena faz parte de nossa própria história, a história do que fizemos, do que fazemos e do que faremos durante nossa evolução.
abs,
Salvador lembra daquele texto sobre uma estrela extremamente antiga cuja a idade foi estimada pelo baixo conteúdo de elementos pesados em especial ferro?
Pelo texto ela seria mais velha que a via láctea.
Duas dúvidas.
Primeiro ela e tão antiga a ponto de ter nascido em um berçário estelar antes das primeiras galáxias completas terem sido formadas e seria uma estrela vagante que foi seqüestrada pela via láctea? Ou ela pertencia a uma galáxia antiga que se chocou e foi absorvida pela via láctea.
Mais provável a segunda hipótese.
“Ambos usaram metodologias e números diferentes para calcular a proporção das massas das duas maiores galáxias do Grupo Local e chegaram à mesma conclusão: com confiança superior a 95%, a Via Láctea é a menorzinha, com metade da massa da outra.”
Salvador, qual era o % de certeza do estudo anterior que apontou para um empate técnico entre as massas das duas galáxias?
Não reli o paper de 2009 inteiro, mas vou tentar descobrir.
Salvador, espetacular essa imagem da Via Láctea “caminhando” para se agrupar à galáxia de Andrômeda. Fantástico pensar sobre isso.
Eu também achei fantástica, e se fixarmos bem a vista na imagem dá para ver o nosso sistema, a terra, a lua e até o nosso continente, acho que com o tempo, será possível ver minha cidade, daqui a uns três bilhões de anos talvez, já que a conversa aqui é + ou – por aí.
É iso ai profeSor….
Oi salvador, se nossa galáxia tem uma média de 100 bilhoes de estrelas elas são como nosso sol ? Formam inúmeros sistemas solares? Da pra saber quantos sistemas tem nossa galaxia? Um abraço
Na média, praticamente toda estrela tem pelo menos um planeta. Contudo, as similares ao Sol representam cerca de 20% do total.
Gosto muito do que leio aqui. No entanto, gostaria de lhe fazer uma pergunta e não um comentário : Existe um planeta chamado Capela na constelação de Cocheiro ? Não sei se você conhece um assunto chamado “Exilados de Capela” – se conhece, aquilo tem fundamentação ?
Obrigado,
José Paulo
Existe uma estrela quádrupla. Até agora, nenhum planeta foi descoberto por lá. Nada na ciência corrobora a história dos exilados.
Ainda sim muita gente ainda acha que está sozinho no universo!
100 Bilhões de estrelas só em nossa galáxia, imagine quantos mais em todas as galáxias do universo!
Preparem-se, nossa história pode mudar de uma hora para outra. “O dia em que a terra parou”, está chegando!
Claudio,
Lendo o livro do Salvador, Extraterrestres, e vendo as diversas argumentações, ainda existe a possibilidade sim de estarmos sozinhos (apesar de muito remota). Ou ao menos sermos uma das poucas civilizações que chegaram a um grau de desenvolvimento significativo. A razão é simples: o tempo para desenvolvimento de uma civilização como a nossa é da ordem de grandeza da própria idade do universo. Se, por acaso, tivemos sorte em nos desenvolvermos rápido, ai existe sim a possibilidade de sermos os primeiros e estarmos sozinhos. Por enquanto, os diversos fracassos em detectar outras civilizações já mostram que somos mais raros do que comuns….. 🙁
Paulo, é exatamente o que penso! Afinal, para nós existirmos no estágio atual, tudo deu muito certo desde o começo…acho que no máximo podemos esperar outra civilização com semelhante grau de evolução!
Ou não! Com um universo repleto de galáxias com 100 bilhões de estrelas cada uma, ou mais ou menos… Li por aí e aqui que nossa galáxia faz parte de um grupo de dentro, ou seja, há muito mais lá fora. Então poderá haver vida que evoluiu mais rápido a partir de outro elemento que não seja carbono, hidrogênio, nitrogênio… As vezes acho que isso seja uma esperança ingênua para afastar o medo da solidão, entretanto, com tanto conhecimento e outro tanto de desconhecimento a respeito de nosso universo, que já teve 15 bilhões de anos, agora tem 13 bilhões e oitocentos milhões, tudo não passa de possibilidade, além daquilo que já foi provado e refutado. Portanto, levando-se em conta que as teorias estejam em constante mutação, quem poderá afirmar veementemente que o universo tenha realmente a idade que tem hoje. Sem contar com a também possibilidade de haver universos paralelos.
Ah!… Continuarei por aí e por aqui lendo, mas isso parece o clube do bolinha. Nem sei o que estou fazendo aqui, gosto mais de ficção científica do que ciência pura, ou quase pura. Mas foi divertido.
Suraia,
Você tem toda razão. Na verdade tem muita especulação a respeito da existência de vida extraterrestre. Mas eu acho que as coisas vão convergir para um consenso nos próximos 20 anos em função do desenvolvimento de novos equipamentos.
Oi, e completando: mesmo que não fôssemos os únicos a chance de estarmos em sintonia tempo-espaço é praticamente nula. O dia que encontrássemos algo inteligente essa evidencia seria tão antiga que a origem já tivesse sido extinta. Comunicação entre as partes beira o zero absoluto.
Toda esta discussão parte de premissas que podem não ser reais: a principal delas é considerar as possibilidades tecnológicas como sem limites e que é uma questão de tempo para que se viabilizem. Pode ser que não seja assim. Pode ser que os limites físicos existam e não possam ser superados, por exemplo a velocidade da luz.
Acho sim que estamos perto de detectar sinais extraterrestres indiretos (alterações atmosféricas causadas por atividades não naturais), mas dependemos de sermos achados por outras civilizações mais avançadas para estabelecer o contato.
De qualquer forma, a próxima fase do jogo consiste em analisar detalhadamente os exoplanetas já descobertos. Esta fase começa com as próximas gerações de instrumentos, iniciando-se nos próximos 2 anos e amadurecendo nas próximas 2 décadas. Em duas décadas teremos certeza se estamos sozinhos e se nossos vizinhos são mais que organismos simples.
O Universo é enorme, outras inteligências podem ter abandonado comunicação por rádio há bilhões de anos, o fato da gente não ser capaz de detectar comunicação externa não implica em nada sobre as nossas chances de estarmos sozinhos.
Mas se estas civilizações fossem abundantes e soubessem da nossa existência, desceriam ao nosso nível para tentar se comunicar. Da mesma forma que tentamos estabelecer comunicação com os macacos, por exemplo. As evidências apontam para uma raridade de civilizações ultra desenvolvidas.
Paulo, sinto discordar, mas o tempo de desenvolvimento de uma civilização como a nossa é muito menor, acho, do que você supõe… Desde o último evento de destruição em massa foram apenas 65 milhões de anos para chegarmos onde estamos. Sendo menos radical, pois a destruição dos dinossauros e as destruições anteriores apenas abriram caminho para os mamíferos, então a vida na Terra tem apenas 3,5 bilhões de anos. Podemos ser, pelo menos, a terceira geração (em 13,5 bilhões de anos) de espécies “inteligentes” em nosso Universo… A questão, como o Ricardo colocou, é a simultaneidade dessas civilizações, aí vejo a probabilidade como muito pequena…
Descobrir Vida serveria somente para sabermos que o Universo é mais complexo do que pensavamos. Teria mais uma questão filosófica do que uma aplicação prática.
Radoico,
Concordo. Numa situação ideal poderíamos ser a 3ª geração. Mas temos que levar em conta o tempo para a formação do próprio planeta. O que quero dizer que os próprios cientistas restringem a quantidade de civilizações de 1 (nós) a 1.000.000 só na Via Lactea. O número 1 não está descartado. Mas acho que em breve (2 décadas) encontraremos ao menos sinais de vida simples.