Um caminho para as estrelas?
Imagine um propulsor para naves espaciais que possa funcionar por tempo indefinido, por dispensar a necessidade de combustível. Uma maravilha dessas poderia até mesmo viabilizar o sonho das viagens interestelares — a ideia de que é possível atravessar as imensas distâncias que separam nosso planeta dos mundos que orbitam em torno de outras estrelas que não o Sol. Pois bem. Um grupo de pesquisadores da Nasa diz ter testado com sucesso um protótipo que faz exatamente isso.
Pode ser uma revolução tecnológica sem precedentes na história da exploração espacial. Mas também pode ser um erro no experimento, feito em apenas oito dias num modesto laboratório do Centro Espacial Johnson, em Houston. E é só por isso que eu não estou pulando desesperado, feito uma criança, gritando “Estamos a caminho das estrelas! Estamos a caminho das estrelas!”. Ainda é cedo para comemorar.
Contudo, a ideia de que é possível produzir empuxo — ou seja, um meio de empurrar sua nave — sem levar propelente a bordo está ganhando um número crescente de adeptos. Em 2006, o engenheiro britânico Roger Shawyer disse ter desenvolvido um sistema capaz de transformar energia elétrica diretamente em propulsão. Ninguém deu muita bola.
Em 2011, um grupo de pesquisadores da Universidade Politécnica do Noroeste, na China, obteve resultados parecidos. E, mais uma vez, ninguém deu muita atenção. O desprezo advém do fato de que a maioria dos cientistas acredita que as leis da física estão sendo violadas se você consegue empurrar uma nave adiante sem disparar massa significativa para trás — do mesmo jeito que faz um foguete convencional, queimando combustível atrás para ser empurrado adiante. Dizem eles que há violação da conservação de momento (quantidade representada por massa vezes velocidade). Já os proponentes desses chamados EmDrives ou Q-thrusters (nomes “bonitosos” para algo como “motores eletromagnéticos” ou “propulsores quânticos”) naturalmente afirmam que não há violação, embora ainda não tenha conseguido convencer quase ninguém de como essas belezocas funcionariam.
Agora, o novo resultado foi obtido pelo grupo de Harold White, o físico da Nasa cuja missão é investigar possíveis formas de propulsão para vencer o desafio das distâncias interestelares. A equipe testou um dispositivo criado por Guido Fetta, um inventor da Pensilvânia que também acredita ter desenvolvido um propulsor eletromagnético sem propelente.
O que eles viram, ao acoplar o propulsor a um pêndulo, foi uma pequena força associada ao dispositivo, da ordem de 30 a 50 micronewtons. É muito? Não, não é. É o equivalente à força exercida pela queda de um grão de areia. Ainda assim, eles alegam que o arranjo experimental permitiria detectar variações da ordem de menos de 10 micronewtons. Ou seja, o valor medido está além da margem de erro. E a grande questão não é o quanto funciona, mas sim se funciona de fato. A resposta parece ser sim.
CONFUSÃO À VISTA
Mas não se anime demais. Um fato curioso é que a empresa de Fetta, a Cannae, mandou dois dispositivos diferentes para teste: um projetado para gerar empuxo e o outro projetado para não funcionar. Contudo, nos experimentos, realizados no interior de uma câmera de vácuo, mas à pressão atmosférica ambiente, ambos os dispositivos produziram o mesmo empuxo.
Ou seja, das duas uma: ou estamos vendo algum erro experimental, ou nem mesmo o inventor sabe como funciona seu propulsor mágico.
White tem sua própria aposta de qual é o princípio por trás do funcionamento do dispositivo. Ele estaria interagindo com as partículas virtuais que aparecem e desaparecem em fração de segundo no vácuo.
Uma das grandes revelações da mecânica quântica é que o vazio não é de fato vazio — o vácuo tem uma certa quantidade de energia, que se manifesta no rápido surgimento e desaparecimento de partículas, como num borbulhar quântico. A energia vira um par de partículas que se aniquila em seguida e devolve a energia ao vácuo. Esse fenômeno das partículas virtuais é bastante seguro e já foi confirmado experimentalmente.
O que ninguém confirmou é que se pode interagir com essas partículas durante sua efêmera existência e empurrá-las para trás, com isso transferindo energia de movimento ao propulsor (e à nave onde ele estiver acoplado).
White apresentou os resultados do teste numa conferência do Instituto Americano de Aeronáutica e Astronáutica, em Cleveland, no último dia 30. E disse que os dispositivos serão enviados a outro centro de pesquisa para confirmação independente dos resultados.
E SE FOR PRA VALER?
Caso seja mesmo possível desenvolver um sistema capaz de acelerar sem levar o combustível consigo, o principal desafio para uma missão interestelar estaria vencido.
Mesmo que a aceleração produzida fosse muito gradual, como o propulsor pode continuar funcionando enquanto houver eletricidade disponível a bordo, no fim das contas seria possível atingir uma velocidade arbitrariamente alta — uma fração significativa da velocidade da luz. (Os cientistas da Nasa também têm uma ideia de como ultrapassar a barreira da velocidade da luz, supostamente intransponível, mas esse é assunto para outra hora.)
White desenvolve seus próprios modelos de propulsor sem propelente e sugere que seria possível, por exemplo, enviar uma sonda daqui até a estrela vizinha mais próxima (apropriadamente chamada de Proxima Centauri) com um tempo total de viagem de 34 anos. E isso inclui a aceleração para sair do Sistema Solar e a desaceleração para entrar em órbita de Proxima Centauri. Se fosse só para passar por lá, daria para chegar ainda mais depressa.
Você acha 34 anos muito tempo? Bem, repare que a sonda mais distante já despachada da Terra, a Voyager 1, lançada em 1977, levaria cerca de 75 mil anos para fazer o mesmo percurso (se estivesse indo naquela direção, o que não é o caso). E note também que, mais de 37 anos depois de lançada, a Voyager 1 segue funcionando, mostrando que uma missão não-tripulada de quatro décadas parece bastante viável do ponto de vista operacional.
Agora, imagine o que essa tecnologia poderia fazer pela colonização do Sistema Solar. Viagens tripuladas a Marte poderiam ser conduzidas em semanas, em vez de meses, e visitas aos planetas gigantes gasosos levariam meses, em vez de anos. Ainda que você não se interesse por todas essas possibilidades de exploração, terá de reconhecer que é muito conveniente possuir propulsores que funcionam sem combustível. Isso elevaria em muito o tempo de vida dos satélites em órbita da Terra, que vez por outra precisam ajustar sua trajetória e contam hoje com propulsores convencionais para isso (que param de funcionar quanto acaba o combustível).
Ainda é cedo para dizer que tudo isso vai se tornar realidade. Como dizia Carl Sagan, “afirmações extraordinárias exigem evidências extraordinárias”, e ainda não chegamos lá. Esses experimentos todos precisam ser confirmados além de qualquer engano, e não seria mal se os pesquisadores entendessem exatamente como esses dispositivos funcionam, de forma a poder aperfeiçoar a tecnologia e atingir sua plenitude. Mas com um grupo na Inglaterra, outro na China, um terceiro e um quarto nos Estados Unidos, todos reportando algum nível de sucesso, está ficando cada vez mais difícil ignorar os resultados. Será que estamos a caminho das estrelas?
Boa tarde, Salvador!
Sei que esse post é um tanto antigo, mas surgiram notícias mais recentes sobre essa tecnologia e estou curioso para saber se procedem.
Vários sites estão noticiando que a Nasa realizou novos testes no vácuo com sucesso, isso procede mesmo? Segue o link de um dos sites.
http://info.abril.com.br/noticias/ciencia/2015/05/nasa-afirma-que-tecnologia-de-propulsao-espacial-nao-e-utopia-e-funciona-no-vacuo.shtml
http://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/2014/08/04/um-caminho-para-as-estrelas/
Essa matéria eu já tinha lido, inclusive voltei aqui pelo seu link nos comentários na matéria do Kepler-452b, o que está ocorrendo é que esse ano, de maio para cá, existem novas notícias de que esse motor foi testado no vácuo, ou seja, aparentemente são resultados de um novo teste. Já pesquisei sobre, mas não consegui garantir com certeza se trata-se de fake ou fato. Se realmente ocorreram novos testes com sucesso isso seria algo muito promissor.
Promissor? O termo não é apenas “promissor”…. é “revolucionário”, no mínimo. Pois não se trata apenas de uma mera aplicação ou nova tecnologia, isto é uma nova espinha para a própria CIÊNCIA. É como a mudança de quando se passou a ver o tempo como relativo, e não absoluto, e a partir daí toda aplicação convencional da física teve que levar um asterisco(*) para dizer que considerando apenas o domínio da física clássica…
A conservação do momento linear é simplesmente a espinha dorsal de toda a física… a confirmação de que ela não é sagrada muda a própria física estabelecida, e talvez até alguns postulados teóricos, pois se algumas partículas sub-atômicas foram confirmadas teoricamente pela a conservação do momento linear nas equações, qual a garantia agora da existência dessas partículas, se o próprio postulado que as embasou não é mais sagrado??
Ao mesmo tempo faz um dos últimos argumentos científicos dos céticos contra os relatos da ufologia virar a casaca, pois além do “É IMPOSSÍVEL” cruzar as imensas distâncias, eles também usavam esse princípio para tentar ridicularizar os relatos de que as manobras desses objetos pareciam violar essa conservação… e agora céticos.??
♬♬♬♬♬ ” ai ai ai ai…. tá chegando a hora… um dia não vai ter como negar que eles vieram aqui, e pra continuar fugindo, a sua querida cegueira vai criar o querer acreditar , que nem a xícara que vc bebe é real, e que eu, ele, e tudo é fruto da imaginação, do seu coma no planeta Zork…” ♬♬♬♬♬….
Será que essa matéria é confiável?
http://www.nasaspaceflight.com/2015/04/evaluating-nasas-futuristic-em-drive/
É a mesma história de sempre. Falta consistência ainda nisso aí. Parece ter algo de concreto, mas é cedo para dizer.
Valeu Salvador, vou continuar acompanhando e torcendo muito para que essa tecnologia se prove viável e dê resultados palpáveis ainda em nosso tempo de vida.
Legal encontrar um tópico que cogite uma propulsão estelar que viole a moribunda conservação do momento linear. Comprei o seu livro sobre os extraterrestres, ainda só li o capítulo que fala sobre os projetos futuros de astronáutica das agências espaciais, enfadonhos enquanto seguem presos nessas restrições atuais, supondo soluções inviáveis como propulsão vai bombas atômicas, propulsão via velas cósmicas, todas na melhor das hipóteses com tripulações hibernadas para centenas ou milhares de anos depois despertar quando chegar ao destino. Interessante são as especulações, ainda na campo da física e não engenharia, que cogitam hipóteses que possibilitem a contração e dilatação do tecido espacial para o deslocamento nessas imensas distâncias. Pegando como motivação o assunto principal do livro, as visitas dos extraterrestres ao nosso planeta com seus discos voadores, e analisando os relatos de testemunhas que viram o movimento dessas naves, é notável que esses veículos PARECEM violar a conservação do momento linear em suas manobras, pois em muitos relatos o objeto encontrava-se por exemplo flutuando logo acima de um lago ou da copa de uma árvore e repentinamente dispara em grande velocidade para cima, sem que a água do lago ou as folhas das árvores sejam perturbadas, ou seja, aparentemente o objeto disparou para cima sem lançar matéria no sentido contrário que agitasse a água sobre o qual ele pairava, ou seja, aparentemente violando a conservação do momento linear.
Isso que o “Sonny” White tá segurando é o reator em arco do peito do Tony Stark, o Homem de Ferro!
Hehehe, não é, mas podia ser! 😛
Salvador, rapaz, por favor – manda a matéria sobre como a NASA pretende viajar mais rápido que a luz!
Carlos, para te apaziguar, isso aí não é pra já não… 🙂
Rapaz sou capaz de dizer isso já foi feito só não é revelado ! Quando é que o povo vai saber que é enganado o tempo todo .
PARA FAZER VIAGENS INTERPLANETARIA O HOMEM TEM QUE TER UM PROFUNDO CONHECIMENTO DE GRAVIDADE E MATERIA ESCURA…AUGUSTO
QUANDO O HOMEM APRENDER A UTILIZAR A ENERGIA DAS ESTRELAS ELE VAI PODER VIAJAR PARA OUTROS PLANETAS…AUGUSTO
Salvador, conforme dito por alguém aqui, o espaço interestelar contém matéria, e parece que não é tão pouca assim. Quando a nave aumentar sua velocidade passará a encontrar cada vez mais matéria pela sua frente, limitando sua velocidade máxima, caso sobreviva às colisões. A potência do motor teria que ser suficiente para abrir caminho nesse mar galáctico. Já tem como fazer as contas de qual a velocidade máxima com esse motor ?
Anibal, o problema maior seria de colisões e não de arrasto. A nave teria de ter um campo magnético poderoso para desviar prótons desgarrados que encontremos pelo caminho — a principal ameaça ao casco da nave em velocidades relativísticas.
Não seria o “vácuo quântico” o nome moderno do éter dos filósofos gregos?
Não, porque o primeiro comprovadamente existe, e o segundo comprovadamente não existe. 😉
Neste site estão afirmando que o que vc escreveu é mentira:
http://astropt.org/blog/2014/08/07/jornalismo-impossivel-cria-motor-espacial-baseado-em-mentiras/
Aproveite e veja os comentários do site…
Não está, não. Eu até temi que estivesse, mas quando li descobri o meu post e o dele em pleno acordo. A única diferença é que ele usa a frase do inventor para dizer que não há violação das leis da física, e eu preferi citar cientistas que analisaram o princípio do EmDrive e acha que ele viola sim o princípio da conservação de momento. Mas as duas informações não são contraditórias entre si.
Salvador, sobre o assunto “Os cientistas da Nasa também têm uma ideia de como ultrapassar a barreira da velocidade da luz, supostamente intransponível, mas esse é assunto para outra hora”. Para quem está morrendo de curiosidade e não aguenta esperar tem um link aí? Grato!
Moacir, para quem não aguenta esperar, recomendo meu livro novo, que fala sobre o assunto. Hehehe
A viagem entre as estrelas apresenta ainda outros problemas. Quando a nave atingir grandes velocidades (perto de C) a colisão com micropartículas pode ser fatal e não teria tempo para desviar. Ou seja, é um tiro no escuro. Acho que a solução passa mesmo por novas tecnologias que impliquem em não se deslocar no nosso espaço-tempo conhecido.
Ou criar aquela “bolha” de dobra a frente e atrás de forma a se deslocar por um meio isento de tudo: gases, partículas etc
ALO JOAOZINHO AQUILO LA É O BURACO NEGRO QUE OS HOMENS FALAM .MONTENEGRO RIO GRANDE DO SUL
Li todos os comentários e adorei. De ciência não entendo nada, mas já viajei lá entre as galáxias muitas décadas atraz e ainda meniniha. Fui com meu grande ídolo Isaac Azimov. Se ninguem usa a fantasia, ninguem descobre nada. Continuem sempre sendo curiosos, fazendo experiências!!
Caro Salvador Nogueira, gostaria de saber como o senhor suporta esses pessimistas comentando? Deveria ser proibido religiosos comentarem, aliás eles deveriam encontrar com Deus o mais rápido possível. Todos eles.
Gosto do contraditório. Note que, não fosse por eles, eu não poderia expressar meu otimismo nos comentários. 😉
Depois de muitos anos achando que os autores de Ficção científica previam o futuro cheguei a conclusão que estava errado.
Hoje depois de muita observação e estudos de casos cheguei a conclusão que eles criam o futuro com suas férteis imaginações.
Imaginam algo e sempre aparece alguém que acha viável estuda o assunto e de uma forma ou de outra desenvolvem e viabilizam a ideia.
A curiosidade e inventiva humanas são insuperáveis. O impossível de hoje é o possível de amanhã. Espero que as soluções sejam rápidas para que e possa testemunhá-las. O desenvolvimento da humanidade nos últimos 100 anos superou em muito o desenvolvimento dos 10.000 anos anteriores. Espero viver para ver.
Engenharia reversa?
1 – o laboratório Eagle Works faz parte da NASA, mas é uma parte minúscula dela, recebendo grana através do DOE, e sinceramente, o Eagleworks e o Dr Sonny White estão no “limite” da NASA. O que eles fazem ou não, não é a NASA nem deve ser interpretado como uma visão de toda a agência
2 – o Dr Sonny White e suas teorias de como gerar Warp Drive são baseados em interpretações que carecem de comprovação experimental, de teorias quânticas como ZPF (Zero Point Field).
3 – a ÚNICA coisa q o Dr White está fazendo é usando um interferômetro laser criado por ele mesmo para tentar medir oscilações minúsculas na estrutura do espaço-tempo previstas pela teoria Warp dele. Entretanto,até agora os resultados foram negativos.
Note que os experimentos que reporto agora foram feitos com o pêndulo, não com o interferômetro. E note também que os resultados do interferômetro até agora não foram negativos, foram ambíguos (ainda há boa chance de erro experimental neles). Abraço!
Viagem interestelar… mesmo a velocidade da luz… pode demorar anos…e como sabemos o corpo humano não consegue viver por longo tempo em gravidade zero. Sem levar em conta comida e oxigénio…Criogenia ? Nem pensar.
Rogatti, estamos falando, de início, em missões não-tripuladas.
Se tiver aceleração não tem gravidade zero.
COMO AQUI NA TERRA FICARIAMOS SABENDO DAS INFORMAÇÕES ENVIADAS SENDO QUE ESTAS TEM VELOCIDADADE PARA VOLTA NO MINIMO “ACHO EU COM MINHA NOVA TEORIA DO CHUTE CIENTIFICO” O DOBRO MEU VEIO DAI JA ERA.
Eu não consegui nem extrair a informação da sua mensagem, que dirá de uma sonda interestelar. Se entendi bem, você acha que seria demais esperar quatro anos (tempo de viagem de Proxima Centauri ao Sol à velocidade da luz) além dos 34 originais para os sinais de rádio da sonda chegarem à Terra com os dados científicos. É isso?
Eu fiz um igualzinho quando era criança. Minha mãe não gostou muito, mas o que é um ventilador comparado à conquista das estrelas? Parece simples demais para ser verdade. Se for, acho que só será útil para interestelar, devido à aceleração modestíssima. Satélites? Duvido.
Salvador,
Na verdade não dá para discutir o que é, como funciona, como quebra as leis que regem o movimento dos corpos, sejam eles uma bola de gude ou um astro ou até duas galáxias que se aproximam. Os comentários que você postou somente diz que existe e que está em fase experimental. Até onde você explicou, tem a mesma credibilidade de alguém que disse já ter matado um fantasma. Por favor, explique melhor, para poder iniciar uma discussão sobre viabilidade. Quando alguém entende a matéria, pode explicá-la de forma que qualquer imbecil (como eu) possa entendê-la. Já vi uma pessoa “demonstrar” que uma planta emite choro (captado por ondas de rádio) quando você se aproxima dela com uma tesoura. Fale sério…
Ithamar, só podemos reportar o que os cientistas reportam. E veja o que eles dizem no abstract do paper: “This paper will not address the physics of the quantum vacuum plasma thruster, but instead will describe the test integration, test operations, and the results obtained from the test campaign.”
Tendo dito isso, o princípio dos tais EmDrives é emitir radiação eletromagnética (nesse caso, em radiofrequências) numa cavidade a partir de uma fonte de eletricidade e com isso gerar empuxo. Poder-se-ia pensar que o esquema funciona pela ejeção da radiação eletromagnética, que por ação e reação impulsionaria o veículo adiante. Contudo, isso violaria a conservação do momento, de forma que parece haver algum outro fenômeno físico em ação. O pessoal da Nasa acha que é a interação com as partículas virtuais do vácuo, mas isso é muito incerto.
Arthur C. Clarke – Cancoes da Terra distante.
ficcao sobre o fim do sistema solar, apos a explosao do sol, e a utilizacao da propulsao quantica para alcancar um planeta distante para reestabelecer a raca humana. Clarke sugeriu, em 1945, e depois reiterou em 56 a proposta para utilizar estacoes em orbita, para possibilidar comunicacao em tempo real em qualquer lugar do mundo, usando radios pessoa-pessoa. Detalhe: ninguem na nave sabe explicar como funciona, mas a elucidacao de Clarke eh extraordinariamente similiar ao que foi dito no texto.
Boa noite!
Gostaria de sugerir uma pauta, se não fosse muita audácia de minha parte.
Acabei de finalizar a leitura do livro escrito pelo canadense Chris Hadfield , “Guia de um astronauta para viver bem na Terra” e me chamou atenção que em alguns pontos do livro o autor dá a entender que dentro da ISS os astronautas na agencia americana e da russa trabalham e vivem cada um na sua parte da estação, necessitando inclusive de algumas formalidades nos tratos. Procurei por mais informações acerca desse assunto porém nada achei. Seria possível esse assunto virar pauta?
Abraço
Cleverson, é uma boa augestão. Investigarei!
Salvador, todos comentam sobre a locomoção interestelar, fantástico!! Porém, possuímos tecnologia para poder manter a comunicação com a missão? Abraço.
Na velocidade da luz e com emissores e receptores mais poderosos que os atuais.
Acho que esta propulsão, mesmo que dobra da velocidade da luz, não resolveria o problema da distancia. Sair daqui do sistema solar para chegarmos a uma estrela com milhares de anos luz, não vale nada se estamos olhando esta estrela por potentes telescópicos. Penso que a salvação da humanidade seria alguma coisa que li há tempos sobre o tele transporte da matéria. Tele transportar toda uma estrutura para um distante planeta e la construiríamos um ponto de partida para outro planeta, sempre pelo tele transporte. Assim conseguiremos viajar a grandes distancias e procurarmos planetas habitáveis em outras galáxias.
As leis da física são mutáveis, flexíveis, suas definições vão depender das observações e modelos do momento, assim foi com Newton e Einstein, comparações mais recentes. Espero ainda em vida confirmar que existem outras físicas e que, gradualmente, dominamos novos métodos técnicos/científicos para executar viagens interestelares como se fossem interestaduais.
As leis da física não são mutáveis, as descrições imprecisas é que são.
E espero que quando conseguirmos que essas viagens sejam acessíveis e baratas, você vá visitar a Diadema Estelar. UAHAHAHA!!!!
Não é que as leis da física sejam mutáveis ou flexíveis, mas apenas que não conhecemos as leis da física que são a ferramenta para fazermos o que queremos fazer.
Disse mutáveis e flexíveis sob nossa perspectiva de pouco conhecermos outros níveis da física já aceita e comprovada em alguns experimentos como esse.
Acho melhor eles correrem com isto, pois dificilmente haverá alguem, daqui a uns cem anos, pra mandar pro espaço, em qualquer velocidade.
Não seja pessimista. Temos a bomba atômica desde 1945 e ainda estamos aqui. 😉
Aquela bomba era um “peidinho de véio”, comparada com o poderio de hoje.
Duvido que o ser humano sobreviva mais 500 anos no planeta.
Vamos nos matar antes disso, talvez.
Em 500 anos já fundamos uma colônia em Marte, acabando de vez com o risco de extinção da espécie. 😉
Por que cargas d’água você acha que não haveria uma guerra gigantesca em Marte também?
Hmmm, porque se conseguimos sobreviver 80 anos com bomba atômica em um planeta, podemos fazer melhor em dois? Ademais, não acho que uma guerra mundial seja nossa maior ameaça. Acho mais provável uma epidemia ou uma catástrofe ambiental. E essas costumam se limitar a um planeta, no máximo.
Eles “explodem” Marte também…
Pessimistas demais! 😛
Eu acho mais fácil haver uma guerra entre os dois planetas.
Após algumas gerações os marcianos não vão querer ser controlados pelos terráqueos. Só repetindo mais uma vez a história.
Hmmm, acho que os terráqueos já não controlarão os marcianos de saída. Ademais, até nessas disputas estamos nos civilizando. Um plebiscito decidirá pela independência da Escócia neste ano. 😉
Não se trata apenas de bomba atômica, mas da destruição do ecossistema, aquecimento global doenças em pandemias, entre outras. O ser humano não sabe cuidar do belo lar criado por Deus.
Nilo, e no entanto nunca vivemos tanto e tão bem. O ser humano merece mais crédito do que se costuma dar a ele.
Temos a boma atômica?! Quem “cara pálida”??
Tá de brincadeira….
A humanidade, na qual me incluo. Mas podemos listar diversos países se você quiser, inclusive alguns menos simpáticos, como Coreia do Norte.
parece que foi o hawkins que disse algo que merece atenção: os ‘humanos’ são bons mesmo é em tecnologia e só. Na política ainda estamos atrás dos gregos antigos (2500 anos atrás) , na filosofia paramos em nietsche . as religiões disputam com os bancos quem ferrou mais, o mercado transforma as pessoas em digestores acéfalos, em fim, temos que nos resignar a ao mesmo tempo reagir investindo na única habilidade genuinamente humana .. a tekne
Trajano,
Concordo. E vendo as crescentes hostilidades religiosas ou étnicas, acho mesmo que somos os mesmos de 2000 anos atrás. Mas com brinquedinhos mais perigosos nas mãos.
Caro Mário,
Você precisa urgentemente de um professor que lhe ensine a interpretar textos.
kkkkk muito criativo!!!
Seria ótimo um propulsor que dispense combustível, isso seria fantástico, mas mais para nós aqui na Terra, o fim da dependência do petróleo. Para colonizar o universo, não seria melhor investir mais na velocidade de dobra, pois mesmo a velocidade da luz é baixa para vencer distâncias estelares?
A questão é que a velocidade de dobra ainda é uma incerteza. Viajar abaixo da velocidade da luz é sabidamente possível, o que já ajuda bastante.
É sabidamente possível desde que o homem das cavernas aprendeu a andar (Eu tô impossível hoje, eu sei!)
Bem… eu tenho a solução: vamos pelo “buraco da minhoca”..
Meus amigos, acho bem possível que isto aconteça algum dia, pois se pegarmos dois imãs, podemos desloca-los só com força de atração e repulsão, sem que ação e reação estejam relacionadas, talvez seja um principio para ser usado pelos cientistas.
Não, só com força de repulsão. E a ação aí não seria aproximar os ímãs?
Mas nos ímas o campo magnético vai se acabando ao longo do tempo… não são eternos…
Nogueira,
Sempre tive minhas duvidas sobre a capacidade dos imas, vendo alguns videos (procurando por motor magnético perpetuo), acredito que é uma otina maneira de energia infinita\longo prazo.
Imas perdem seu magnetismo, sem duvidas, mas acredito que seja possivel algum mecanismo que lhes devolva ou substitua.
Alguns imas demoram 300 anos para perder 1% do magnetismo, com isso é bem viável uma viagem nao tripulada à uma outra orbita.
Voce nao acha que os imas poderia ajudar neste tipo de empuxo ?
Tulio, motores de plasma são uma grande promessa e usam basicamente ímãs (supercondutores) para ejetar o combustível em alta velocidade. Então, respondendo à sua pergunta, sim. 🙂
Túlio,
A energia contida no imã é muito pequena. Além do mais o imã estabelece um campo potencial de onde não se extrai energia. Utiliza-se este campo apenas para acelerar partículas eletricamente carregadas. A energia gasta vai para carregar as partículas e injetá-las no campo de grande intensidade.
A tecnologia para pequenas acelerações por um tempo indeterminado na verdade já existe. Pode ser obtido por propulsão iônica ou fotônica. Na primeira, átomos de hidrogênio podem ser coletados por uma “boca” frontal e acelerados no sentido oposto ao movimento. No segundo a energia elétrica é transformada diretamente em fótons.
A concentração de átomos no espaço interestelar é muito baixa, da ordem de 1 a 100 átomos por cm3, mas à medida que a velocidade aumenta a pressão na boca de entrada aumenta, tornando o processo mais eficiente.
Paulo, que eu saiba esses coletores Bussard teriam de ser enormes para pescar hidrogênio suficiente. E dizer que essa tecnologia já existe é também exagerado. Existe em teoria, como existe fusão controlada e colisão de matéria-antimatéria. No caso em questão, estamos falando de um protótipo mesmo.
Concordo.
Para viagens interstelares a tecnologia ainda não se aplica. Mas o motor iônico já é empregado pela NASA e tem uma eficiência pelo menos 10X maior que os foguetes convencionais (peso de combustível x velocidade final).
Quanto ao motor fotônico eu tinha visto uma demostração (não me lembro se NASA ou exercito americano) de um protótipo. Mas lendo melhor trata-se de uma propulsão a partir de um laser poderoso baseado em terra. Então não se aplica mesmo às viagens espaciais (você cita um sistema em seu livro Extraterrestres).
O motor iônico é bem mais eficiente, mas ainda assim esgota seu combustível. E propostas fotônicas exigem uma fonte de luz externa (um laser). Não é à toa que acham essa nova proposta mágica… 😛
Se o ônibus tá R$ 3,20, quanto custaria isso?
Fantástico! Acompanhei o lançamento da Voyager, há 37 anos, e espero que as pesquisas entrem em velocidade de dobra para eu poder ver outra sonda partir da Terra e chegar rapidamente à estrela mais próxima, para eu ainda poder ver o que é que vamos encontrar por lá. Também fiquei muito curioso sobre a possibilidade da superação da velocidade da luz. Parabéns, mantenha-nos informados sobre isso, Salvador.
O astronauta da ocasião dirá: – Um pequeno passo para um homem, mas, ih, uh, ui, cumêro minha bunda!
Bobagem absoluta. Esse resultado é uma impossibilidade física! O que temos é mais um pesquisador afirmando ter produzido feitos extraordinários apenas para obter dinheiro para seus projetos. Made in USA!
Você reparou que tem britânico e chinês também?
Você quer dizer que são três pilantras ou que por haver britânicos e chineses a honestidade é certa?
Quero dizer que o argumento “Made in USA” (se é que se pode chamar de argumento) para descredenciar o trabalho é ruim.
O fato de o experimento ter sido realizado em 3 locais diferentes, com equipes diferentes, com resultados semelhantes, dá ao experimento credibilidade seu Zé.
O dito “emaranhamento quântico” também é uma “impossibilidade física”…mas já é comprovadamente bem REAL.
A sua descrença vem da sua total falta de conhecimento. A rede Wireless tão utilizada nos dia de hoje já havia sido idealizada por Tesla no século passado. Ainda é cedo para se tirar conclusões precipitadas, mas as chances de essa tecnologia funcionar são muito boas.
Uma dúvida. Com aceleração constante por tempo indeterminado, qual o percentual da velocidade da luz poderá ser atingido???
Depende do sistema, mas não vejo impedimento para atingir, por exemplo, 20% (ou 0,2 c, como preferem os especialistas).
Salvador, quão grave seria chocar-se com partículas a tais velocidades?
Bem grave. 😛
Seria preciso um sistema de proteção, com campos magnéticos que defletissem partículas.
Neste ponto de vista (colisão), acredito que o conceito do WARP DRIVE seria mais viável, pois hoje não consigo imaginar um campo de força, eficiente o suficiente, para evitar uma catástrofe. No conceito do Warp Drive, como a nave fica “parada” e o tempo e espaço a sua volta de curvam, tecnicamente, cria-se um campo de força. Aqui voltamos a discussão que talvez a Dobra (warp drive) seja mais viável, ainda que hipoteticamente.
A dobra protege mais a nave, de fato. Mas se for impossível, de nada adianta… 😛
Não tenho nada a opor aqui, principalmente por não ter entendido nada.
Talvez fosse o caso de atingir uma velocidade menos, desligar o motor por meia viagem para economizar “combustível”, ainda que nuclear, e religar para frear perto do alvo. Levaria talvez 50 em vez de 34 anos, mas faria sentido…
Você está falando de um caminhoneiro espacial?
Não, ele está falando em viajar na “banguela”.
Se o funcionamento desse motor for confirmada seria uma grande revolução nas viagens espacias se Voyager 1 tivesse essa hipotética tecnologia já estaria a 4 anos luz da terra se entendi bem seu princípio provavelmente traria outros benefícios diretamente as pessoas aqui na terra pois ela abre leque de outras possibilidade
É bem por aí mesmo!
Se alguém chegar lá, pode dizer se fui promovido?
Sei não se a bobina do Mano Menezes vai funcionar… Mas tô torcendo 🙂
Heheheh!
Minha dúvida é se a fixação na tampa de Nescal ficou boa.
Atenha-se à física e ao futebol, o negócio aqui é sério.
minha maor duvida é saber se o flamengo se livra da segunda divisao esse ano
Você viu que ontem não conseguimos ganhar nem do coritiba? Estamos há anos luz do cruzeiro, infelizmente.
É impressionante, realmente. Quando vi essa matéria em meu feed pensei logo de cara em resultados positivos relativos à nova versão do motor de Alcubierre ( http://ntrs.nasa.gov/archive/nasa/casi.ntrs.nasa.gov/20110015936.pdf) , mas esse motor é igualmente impressionante pelas implicações mais imediatas que ele proporcionaria! Estou torcendo para que os resultados sejam logo confirmados e que possamos finalmente engatar uma marcha mais rápida na nossa exploração espacial. Mantenha-nos informados, Salvador!
Em nenhum lugar cita a quantidade de energia necessária para a aceleração.”100s of kW” é muito vago para quem esta projetando qualquer tipo de propulsor.Tão pouco relata a área da superfície da cavidade necessária para gerar a pressão de radiação necessária para mover a massa a tal velocidade. Estimo que a escala da energia necessária seja a mesma de algumas estrelas.
Seria o equivalente a, partindo de uma estação em órbita, lançar um aviãozinho de papel no espaço? Uma vez, atendendo ao pedido de meu filho, eu fiz isso na sala-de-espera do pediatra e o projétil pousou no cóque de uma senhora não muito compreensiva. Talvez funcione
Não. Seria algo como lançar da estação espacial um aviãozinho de papel que receba constantemente o empurrão equivalente a um aviãozinho de papel. Depois de algum tempo, o aviãozinho estará bem rápido!
Seu filho já entende o que o Salvador Nogueira escreve e eu aqui procurando o significado de pediatra no google.
Então, é uma espécie de eco, dinâmico. Como se Krsna estivesse apertando a tecla “sustain” do controlador midi celestial. Vou inserir esse conceito nas aventuras da “Aranha Mutante do Espaço Sideral”, uma das histórias que conto ao João para (eu) dormir. Ontem, ela (a Aranha Mutante) se chocou com um foguete quando fazia a rota Lua/Terra e fez amizade com o astronauta que saiu da nave para ver o que tinha acontecido. Obrigado, Salvador. Obrigado, Krsna.
Salvador,qual seria a diferença desse tipo de tecnologia para os famosos motores “perpétuos” a energia gerada seria maior que a energia inicia de partida ? Ou seja, ao funcionar a energia gerada retroalimentaria o sistema fazendo que o este funcione de maneira continuo e eterno?
Este não é um moto perpétuo. Ele exige energia elétrica e a propulsão gerada é inferior à energia consumida.
Quer, dizer, Salvador, que o tempo de viagem e a velocidade máxima alcançada, vai depender da fonte de energia elétrica. Isso vai exigir gerador nuclear, correto? Haveria jeito de carregar as baterias durante a viagem?
Sim, reator nuclear. A rigor, poderia funcionar com painel solar, se você ficasse perto do Sol. 😛
É verdade, viagens dentro do sistema solar usariam painéis solares… Tomara , mesmo, que consigam por em prática a idéia!
Bom dia Salvador!
Acho fantásticos e emocionantes todos os assuntos que nos tiram da “zona de conforto mental”, e nos leve a pensar diferente principalmente confrontando teorias vigentes, portanto, espero que o propulsor, hoje em escala laboratorial, possa ser uma realidade em menos de dez anos. Se a matéria escura e sua energia são amplamente aceitas, que reflexos trariam um propulsor virtual neste meio sem a ação da gravidade da Terra e sua atmosfera e interagindo com pressões exercidas pelas partículas atômicas ou subatômicas existentes no universo? Se, gerou empuxo, ainda que de micronewtons, eles poderiam instalar tal propulsor num nanosatélite, que seria lançado no espaço com velocidade inicial e trajetórias conhecidas e monitorarem durante meses ou anos.
Não sei se você teve a oportunidade de ler o livro de Akio Morita, fundador da Sony, mas lá ele descreve que a empresa produzia panelas elétricas bem toscas de cozinhar arroz por volta dos anos 1946 e que recebera a notícia do desenvolvimento do transistor nos laboratórios Bell. Ele enfrentou os sentimentos contra japoneses dos americanos e foi até o laboratório Bell disposto a comprar algumas unidades quando então teria sido perguntado que aplicações ele pretendia dar ao semicondutor – rádio portátil, ele respondera e todo o pessoal que estava na conversa, se matou de rir; hoje a Sony é líder em tecnologias de áudio, vídeo e outras tecnologias. Fico a imaginar qualquer daqueles pesquisadores da Bell, que estejam ainda vivos e suficientemente lúcidos, vendo os seus esforços aplicados em multiprocessadores contendo milhões de componentes restritos a chip de silício de não mais que 10 mm de área e menos de 1 mm de espessura, quando o primeiro transistor de germânio tinha cerca de 1/8 da área dos atuais chips além de consumir uma bela quantidade de energia elétrica.
Apesar de todas as divergências no campo humano com suas escaramuças e guerras, onde matar mais e morrer menos provocam os desenvolvimentos, o bicho homem está entrando num limiar das ciências com resultados inimagináveis, que muito provavelmente fará com que as viagens interestelares sejam práticas corriqueiras para as gerações futuras. Ainda, que estejam apenas nos campos dos desejos ou sonhos de malucos, já li em livros de automobilismo que cientistas da época do advento do motor a explosão afirmavam que o homem ficaria louco ao viajar em velocidades de 50 km/h, mas os mesmos cientistas talvez nunca tivessem medido a velocidade de um belo cavalo puro sangue. Eu acho que o futuro reserva tantas novidades que hoje possam ser taxadas de impossíveis, mas quiçá encontrem a constante K que tornou possível as equações de Einstein. As gerações do futuro rirão dos nossos pensamentos de hoje, mas somente chegarão a tais possibilidades com a edificação da ciência empilhando um tijolo de cada vez. A lástima é que nossas vidas sejam tão curtas que nos permita vivenciar, usufruir e saborear os desenvolvimentos.
Tetsuo! sempre um prazer ler seus posts com informações históricas tão interessantes!!
De fato muito intrigante. Vamos torcer para que consigam resultados concretos.
Fiquei curioso também com o “assunto para outra hora”. Espero que essa hora não demore.
Alias um caso triste de burrice acadêmica , o Prof. Peter Graneau em 1984 realizou a experiência da fonte de mercúrio num laboratório do MIT ; consistia em um anel ( polo +) no topo de uma lata ( isolada ) cheia de mercúrio ( metal liquido ) no fundo uma ponta ( polo – ) uma vez ligada a energia surgiu um jato de mercúrio no meio da superfície …o MIT se recusou a publicar a experiência !!! foi publicada na Electronic and Wireless World ( tenho a revista, eu era estudante em Boston ) …depois disso o Prof. Peter Graneau pediu demissão do MIT e passou para a Northeastern University onde se aposentou . A partir dai me interessei pelo assunto e anos mais tarde começamos a trocar e-mails ate seu falecimento
Metido!
Longe de mim Zé Quantico !!! vc não imagina as dores de cabeça para fazer uma pesquisa fora do meio academico !!! nos EUA é perfeitamente possivel ter uma EMPRESA de pesquisas cientificas; aqui….nem pensar ( a maldita influencia academica francesa ) bom voltando ao nosso assunto ….as forças envolvidas nos lifters e no aparelho citado pelo Salvador elas estão em milinewtons ou micronewtons o que é muito pouco para um uso pratico……MAS…….leve em conta que se for possivel congelar 1 ( UM) Coulomb de eletrons no espaço e exatamente a 1 ( UM ) metro outro 1 Coulomb de eletrons sabe qual é a força de repulsão exercida entre as duas massas de eletrons ? + de 9.000.000.000 de Newtons !!!!!!!!ou + de 900.000 toneladas metricas !!!!!!!! so para registro a Terra tem uma carga eletrica de 536.000 Coulombs ….faça as contas ( F= m.a ) e veja a aceleração absurda que 1 ( UM ) kilo de massa pode alcançar ……..
Paulo,
Quando conseguirmos transformar energia diretamente em empuxo, com eficiência, ai teremos resolvido a questão das naves espaciais. Com motores iônicos, nos quais o empuxo é obtido por íons de gás xenon (ou outros), consegue-se uma boa eficiência em relação ao peso total de combustível (nome impróprio neste caso). Algumas sondas que já usaram este motor consumiram algo em torno de 100 kg em toda a missão.
Paulo Schaffer , vc certamente ja ouviu falar dos jatos polares ( polar jets )ou jatos relativisticos ( relativistic jets ) dos ” buracos negros ” são visiveis e registraveis …..qual é a FORÇA envolvida nestes jatos ? ninguem sabe e é absurda a matemagica que estão fazendo para provarem isto ou aquilo …sera que os polar jets não envolvem uma força desconhecida até agora da nossa Fisica ? as forças de Coulomb envolvidas são fracas perto da energia expelida ( Koch-Assis)
Até onde examinei ….tem o mesmo design e força dos capacitores assimétricos ( LIFTERS ) os quais ninguém conseguiu explicar da onde vem a força ; ionização do ar foi descartada por experiência recente dos físicos do U.S. Army , esta no site de Jean Louis Naudin o maior divulgador dos capacitores assimétricos , na minha opinião pessoal pode ser que o efeito envolva a ” Longitudinal Ampere Force ” uma força que aparece paralela a corrente elétrica ou campo elétrico , foi observada por Ampere , mas esquecida , só foi retomada recentemente (1984, MIT) pelo Prof. Peter Graneau e seu filho Neal Graneau , é muito interessante as experiências sugeridas e eu mesmo realizei algumas em casa ….sem encontrar explicação na atual teoria eletrodinâmica …o maior defensor da Força Longitudinal de Ampere no Brasil é o Prof. André Koch Assis da Unicamp , o Prof. Peter Graneau , faleceu em fevereiro/2014 , e elogiou uma das minhas experiências ( as da bolinhas de aço ) infelizmente se foi . sugiro procurar no Google os nomes citados
Tem de ter cautela mesmo. Principalmente porque eles não sabem ou não têm certeza sobre o fenômeno físico envolvido. A NASA já fez recentemente algumas divulgações desastrosas. E mesmo para pequenas correções em satélites, uNewtons é uma força muito baixa. Tudo vai depender também da quantidade de energia necessária à produção de empuxo útil.
De qualquer forma começamos a cutucar fenômenos novos, o que parece ser o caminho para viabilizar viagens interestelares.
Isso é muito legal!!
Nos seculos XIX e XX, houve a revolução industrial, logico em alguns paise isso não aconteceu ainda.
Agora no seculo XXI, creio que voce está mais que certo, nos teremos a revolução espacial.
Pois o nosso planeta está ficando pequeno, literamente, para nos.
Se estiver correto, a quantidade de energia do experimento é suficiente para criar um propulsor a curto prazo ou é algo experimental que levará muitos anos ainda?
Um modelo simples para manter um satélite em órbita pode estar próximo. Um que faça missões interestelares levaria mais tempo.
Cara… difícil não gritar – urrah!…
Hey, Ho, Let’s go!
Caro Salvador,
Seria interessante você colocar a fonte dessa notícia, para podermos dar uma analisada melhor, pois esta história toda está muito estranha…. Uma descoberta dessa ninguém anuncia em conferência ou deixa de patentar antes de divulgar.
Um grande abraço
Adilson
Adilson, eu li primeiro no NasaWatch, que levou a este link com o abstract do trabalho: http://ntrs.nasa.gov/search.jsp?R=20140006052
Note também que o tal dispositivo já foi patenteado. Abraço!
Dêem uma olhada no google, procurem por lifter ou motor eletrocinético ou electrokinetic engine. Propulsão sem ejeção de massa. Funciona dentro de volume fechado. Talvez alterando o tecido espacial, quem sabe…
Olá Salvador, criatividade são sempre bem -vindas, embora não seja este o assunto, gostaria de te perguntar sobre um assunto referente de alguns astronautas pousando em um asteroide, isso confere? Parabéns pelo lançamento de seu novo livro e pelo seu blog.
Roger, já postei sobre isso antes: http://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/2013/08/22/nasa-divulga-missao-para-visitar-asteroide/
Abraço!
No fim o Bruce Willis morre.
buraco de verme seria o meio mais rápido! !mas pensando a curto prazo , viajar na velocidade da luz já seria uma grandiosa ideia !!
vamos raciocinar . começamos com celular bcp (tijolao ) hj estamos na era dos smartphones .. pois bem , nao ha nada de impossivel para o homem conquistar . vamos viver com ´saúde ,, pois muitos rapazes que aqui comentam, ainda vao viver feitos milagrosos da ciencia e tecnologia . o futuro a nos pertence e nao só a nossos filhos e netos !!
Salvador ótima matéria, porém uma dúvida mesmo se a teoria se tornar prática com a criação desse motor eles seriam lançados a partir do espaço ou seria lançados a partir da terra? Pois aqui no solo precisaria de uma força gigantesca de empuxo ou estou errado?
Sim, provavelmente o lançamento seria por foguete convencional.