Foguete brasileiro movido a etanol
O Brasil lançou ao espaço, na calada da noite de segunda-feira, seu primeiro foguete de propulsão líquida. E ele é movido a etanol.
Trata-se de um veículo de sondagem, capaz apenas de voo suborbital, ou seja, sem potência suficiente para atingir a velocidade requerida à colocação de algum artefato em órbita da Terra. Mas a missão consiste em avanço importante para o país, pois é a primeira vez que testou-se um motor de foguete com combustível líquido desenvolvido nacionalmente. Essa é a tecnologia de praxe para veículos lançadores de satélites, pois permite um controle de voo melhor, embora seja mais complexa que a dos propelentes sólidos.
O lançamento em si foi cheio de mistério. Sob encargo do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), órgão da Força Aérea Brasileira, o voo estava agendado para o último dia 29, sexta-feira passada, a partir do Centro Lançamento de Alcântara, no Maranhão. Mas eis que, dois dias depois, a Agência Espacial Brasileira reportou por meio de nota que houve um adiamento e que uma nova tentativa seria feita em 15 dias. Então, ontem, de surpresa, a AEB noticiou o voo bem-sucedido. (A nota original reportando o atraso de duas semanas foi apagada do site do órgão do governo.)
VELHO FOGUETE, NOVO ESTÁGIO
O veículo que subiu de Alcântara era uma combinação do velho e do novo. A base era o VS-30, tradicional foguete de sondagem brasileiro de um estágio movido a combustível sólido que já fez 12 voos antes deste. Somente o segundo estágio era de propulsão líquida, movido a etanol. Mas o que importa mesmo é que funcionou, colocando o país na lista dos detentores dessa tecnologia crucial para missões espaciais.
“Neste primeiro voo do Estágio Propulsivo Líquido verificou-se o bom funcionamento do motor pelo tempo previsto”, disse em nota o coronel-aviador Avandelino Santana Júnior, coordenador geral da Operação Raposa, nome dado ao esforço de lançamento em Alcântara.
O voo completo durou 3 minutos e 34 segundos, seguindo a trajetória nominal e encerrando-se com uma queda no mar na região prevista. Que fiquem registrados aqui a admiração e o entusiasmo do Mensageiro Sideral pelos obstinados engenheiros e técnicos do IAE, que obtiveram mais essa conquista a despeito do histórico descaso das autoridades com relação ao programa espacial brasileiro.
RENOVAÇÃO?
Que o sucesso abre portas e perspectivas para o futuro desenvolvimento de foguetes nacionais, não há dúvida. Parabéns a todos os envolvidos. Contudo, eu seria hipócrita se fingisse que está tudo bem e deixasse essa conversa terminar com um mero tapinha nas costas. A verdade é que o Brasil está muito atrasado nesse segmento tecnológico estratégico e essencial à soberania nacional e ao desenvolvimento econômico do país. Precisamos recuperar o tempo perdido. Aproveitando que estamos em período eleitoral, não custa aqui deixar minhas sugestões do que eu gostaria de ver acontecer no ramo de foguetes para a próxima década. Quem sabe Papai Noel está lendo e resolve me atender?
1- Transparência e uso pacífico
O Brasil precisa deixar claro para a comunidade internacional que seu programa de desenvolvimento de foguetes é pacífico. Por mais que a AEB sirva de fachada para o resto do mundo, a verdade é que nossos foguetes são desenvolvidos pela Força Aérea, que, a rigor, nem muito interesse tem em alavancar nosso avanço no espaço. Alguém precisa ter a coragem de desvincular o IAE da FAB (corporação pela qual tenho a maior admiração, mas que por seu caráter militar é por definição o ambiente inadequado para o desenvolvimento de um programa espacial civil) e torná-lo um centro vinculado diretamente à própria AEB, com estrutura independente e financiamento adequado voltado para sua atividade-fim: a concepção e os testes dos lançadores nacionais. A falta de transparência no ambiente militar incomoda muito. Exemplo: no dia 30, ansioso para saber se o lançamento do VS-30 havia acontecido conforme o planejado, contatei um engenheiro do IAE a quem tenho acesso, que me informou que não poderia falar sobre o assunto sem autorização do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica — que, por sinal, deveria estar dando o passo-a-passo da Operação Raposa à imprensa, mas manteve um silêncio inexplicável enquanto todos buscavam qualquer fiapo de informação a respeito do voo. Na boa, não dá. Como vamos contagiar a população com o entusiasmo e o orgulho de termos um programa espacial ativo se não contamos para ninguém o que estamos fazendo?
2- O VLS-1 já era
O Brasil, como você talvez saiba, tem desde 1980 um projeto para o desenvolvimento de seu primeiro Veículo Lançador de Satélites, o VLS-1. Três tentativas foram feitas de lançá-lo, após anos de atrasos. Duas falharam, em 1997 e 1999, e uma terceira terminou em tragédia, matando 21 técnicos e engenheiros do IAE em 2003. Na ocasião do acidente, o então presidente Lula havia prometido nova tentativa de lançamento para 2006. Já estamos em 2014 e ela não aconteceu. Mais: graças ao acordo com a Ucrânia para o lançamento dos foguetes Cyclone-4 a partir de Alcântara, que deve levar a um primeiro voo antes da próxima missão do VLS-1, parece desimportante levar o veículo nacional a termo. Certamente tivemos lições aprendidas (e algumas até já desaprendidas, com o passar do tempo) no desenvolvimento do foguete, e pouco irá acrescentar, além de orgulho, a essa altura, levar a cabo um lançamento bem-sucedido. Por mais que me doa o coração (sou fã do VLS-1 e queria muito vê-lo colocar um satélite no espaço), acho que é hora de cancelar. O projeto é atrasado e do tamanho errado para o Brasil.
3- Acelerar, com recursos adequados, o desenvolvimento dos sucessores do VLS
O plano já existe há mais de década: é o programa Cruzeiro do Sul, que prevê o desenvolvimento de cinco foguetes, com aumento gradual de capacidade e transição da tecnologia de combustível sólido para o líquido. O Alfa é basicamente o VLS-1 com um terceiro estágio de propulsão líquida. Vamos direto para ele. E de lá, agressivamente, rumo ao Beta, ao Gama, ao Delta e ao Epsilon. Com verba adequada e ambição, seria possível desenvolver num horizonte de 10 a 15 anos um sucessor evoluído para o Cyclone-4 — que, por sinal, não é minha opção favorita para o Brasil no momento, mas é o plano que o governo comprou mais de uma década atrás e pior que tê-lo seria interrompê-lo sem ter nada para colocar no lugar.
No fundo, o que precisamos mesmo nesse setor é de metas inspiradoras, realistas, claras e associadas a uma dotação orçamentária compatível com nosso potencial e com nossas ambições. Não dá mais para esperar. A quem quer que vença a eleição presidencial deste ano, fica a dica.
Parabéns a todos que trabalharam no projeto.
Estamos inventando a roda! Os primeiros foguetes – v-1 e v-2 – eram movidos a álcool. Da mesma sorte, o primeiro astronauta norte-americano – na década de 1960 – fez uma viagem suborbital em um foguete movido a álcool. Daqui a pouco vão comemorar um foguete movido a vapor… Ou talvez um movido a vela… Ou quem sabe a carro de boi….
Só para contribuir com esta discussão, o motor foguete testado em Alcântara, originalmente, foi projetado para usar querosene e oxigênio. Acontece que este motor é pequeno (5 kN de empuxo); apenas experimental, mas o caminho para desenvolver um motor maior (75 kN de empuxo) para o VLS e outros da série Cruzeiro do Sul. Para testar este último o Brasil não tem bancada e custaria muito caro construir, com a miséria que a FAB recebe para o projeto. Então, o Brasil irá testar o motor na Alemanha, no DLR (Centro Espacial Alemão), que não aceitou queimar lá o querosene. Aí o Brasil deu uma guinada para o álcool e o motor de 75 kN, quando pronto, usará o etanol e o oxigênio.
Informações importantes. Eu, por exemplo, não havia entendido a opção pelo etanol que sabidamente propicia menos empuxo / kg se comparado ao querosene, por exemplo. Agora, se homologamos com etanol, nada impede de realizarmos testes com querosene ou outro combustível de maior poder calorífico. Mas, sem dúvida, esta é uma das poucas boas notícias vindas do programa espacial depois do acidente de 2003.
Parabéns pela competência dos engenheiros e técnicos brasileiros. Ademais, é inconcebível acreditar ainda inexistir uma clara solução para a premente necessidade de desenvolvimento de tecnologia em solo brasileiro, acompanhada de um forte viés de inovação. Afinal, se almejamos ser uma viável nação jamais podemos ser eternos consumidores e importadores de tecnologias industriais, e apenas montadores de produtos industrializados desenvolvidos lá fora. Já imaginou tornarmos um país competitivo em desenvolvimento de tecnologia industrial tal como somos competitivos na produção agropecuária!
A maioria que posta qui são es.cro.tos e politiqueiros. Já estão pondo o nome do Lula com o velho jeitinho sárdico brasileiro… O governo que deu mais incentivo a esses tipos de pesquisas foi o do Lula, enquanto outros segundo wikileaks tem dedo na sabotagem onde morreu os melhores cientista brasileiros.
Apresente os fatos do Wikileaks. Fiquei curioso. Mas aposto que não conseguirá pois não houve sabotagem externa. Mas você como papagaio de pirata fica repetindo tudo que ouve sem checar a origem da informação. Isto sim é ser politiqueiro sórdido.
Está aí um boa notícia, parabéns Salvador, vamos parar de puxar o saco dos americanos e apoiar os brasileiros. Também acho que o acidente, tão mal comentado, não foi acidente. Só para fazer uma comparação o acidente na base na Antárctica foi mil vezes mais comentado pelos meios de comunicação do que o acidente na base de alcântara, parabéns aos brasileiros que sem apoio do governo tem feito esses “milagres”, depois que o PT descobriu petróleo no pré-sal acabou o etanol, sendo que o etanol é renovável e muito mais barato que extrair petróleo, mas o PT é o PT, tomara que os brasileiros não escolham a Dilma e nem a Marina essa por sua vez é capaz de fechar a base de alcântara para preservar a floresta.
Ufanismos a parte, o que fizemos foi apenas repetir as experiencias de Werner von Braun, na Alemanha (pasmem!) nos anos 30, quando, contratado pela Luftwaffe para dirigir o programa alemão de foguetes, fixou-se na mistura de etanol e oxigênio líquido como propelente para os foguetes A1, A2 e A3, que dariam origem ao A-4 (ou V2). O primeiro missil com etanol + Oxigenio Líquido foi a V-2 que voou com sucesso em 1943. Portanto, palmas para o Brasil, apesar de um atrazo de “apenas” 71 anos em relação aos alemães….
Mais um coincidência: 71 anos. Esse número 7 e o 1 marcam a relação Brasil-Alemanha.
KKKKKK
Isso mesmo Sergio,
Quem sabe daqui uns 30 anos estaremos os mesmos simulando nossa ida a Lua!
Ps: Os Propagandistas piram… 🙂
Parabéns ao Brasil. Mas lembrando que a tecnologia de foguetes existe desde o final da 2ª Guerra Mundial, ou seja, o Brasil está atrasadíssimo em tecnologia militar.
Nós temos uma das tecnologias mais avançadas em foguetes para aplicação militar, desenvolvidos pela Avibras. Acho que você quis dizer foguetes para aplicação civil.
Caro Salvador, sou jornalista em São Luís (MA)e durante uma década cobri o Centro de Lançamento de Alcântara e o Programa Nacional de Atividades Espaciais para os jornais em que trabalhei e comungo de algumas das suas opiniões. Transparência não é exatamente um conceito adotado no PNAE (aliás, pelo governo federal como um todo), o que sempre me causou muito incômodo como jornalista e como cidadão interessado em tecnologia aerospacial. Quanto ao programa do VLS-1, creio que ele todo já se foi. 11 anos após o acidente de Alcântara me sem a equipe que o desenvolveu no século passado (a maior parte se aposentou ou já morreu) não teremos como dar um passo consistente na direção das demais versões planejadas no Programa Cruzeiro do Sul, o que é lastimável. Na minha opinião, isso dá um recado para o mercado, aerospacial ou não, que o governo brasileiro considera que desenvolver tecnologia e inovação não está e nem nunca esteve no radar do nosso governo, o que terá um erro com reflexos por muitos anos na nossa história.
A AEB abriu vagas recentemente. Acredito que estão iniciando um processo de recompor quadros.
De onde vem esses caras? Com tanto, antipatriotismo, visto nos comentários acima, é só quem pode devolver ciências são os EUA, EU e Russia pela amor de Deus seja mais brasileiros
Uma coisa é você ser brasileiro e outra é ser ufanista. Melhor falar a verdade,mesmo que dolorida. O feito de segunda feira é sem dúvida fantástico mas tem de haver continuidade e muito mais velocidade para atingirmos algum resultado tangível.
Um lançamento que só agora conseguiu igualar os alemães dos anos 30 e você quer elogios? Isso ai não serve nem pra lançar bombas em países vizinhos…
A Alemanha em 1944 já tinha foguetes a alcool: http://pt.wikipedia.org/wiki/V-2
Esta é uma goleada pior que o 7 a 1.
Parabéns por seu trabalho Salvador! Tem informado e inspirado muitos de nós! Mais um excelente texto, muitos não tinham nem ideia do foguete brasileiro. Me surpreendi tbm com o tamanho da idiotice daquele decreto presidencial.
Forte abraço,
Matéria muito boa, parabéns!
Parabéns, Brasil! Tudo tem seu começo, não importa quão grande ou pequeno é; o mais importante é acordar-se, quanto antes, do sono no “berço esplêndido”.
Não senhor, o programa é do Lula. O que? É do FHC. Não, foi desenvolvido 100% pela FAB. Imagina se não fosse a Dilma que financiou o estágio do CL? Os militares sempre defenderam que o projeto estivesse sob o seu comendo. É, mais e os civis que participaram ativamente do seu desenvolvimento? Acho que os jornalistas mereciam estar por dentro de tudo. Sim, e a segurança? Isso é o Brasil um país feitos por uma contingente muito grande de idiotas.
Cara,
Não entendi se você é contra ou a favor…..
ele pode ser contra-favor ou favor-contra. Um parodoxo?
poxa parabéns pelo feito … qto a questão do sigilo é bacana , sem alardes …
Deveriam colocar Dilma nele.
Deveriam colocar veneno na sua comida.
Concordo que essa política de desenvolvimento aero espacial tem que ser mais bem divulgada, cabendo a responsabilidade a AEB ou algum outro centro de pesquisa, que se realize mais concursos públicos, já que a agência é pública e que as coisas aconteçam realmente com o investimento, pois hoje, além de ultrapassados, estamos “desorientados” e as verbas públicas continuam surgindo e sendo gastas…
Dissuasão estratégica é o nome! Trata-se de ferramenta mundialmente utilizada no intuito de demonstrar, sutilmente, a capacidade de defesa de uma nação. O Brasil é uma nação historicamente pacífica, localizada em um continente relativamente pacífico. Ainda, não possui qualquer disputa territorial com qualquer de seus 10 vizinhos soberanos! Entretanto, são 10 (DEZ) países tradicionamente com certa instabilidade política e com diversas militâncias radicais. Fato é que, a cada nova eleição, neste ou naquele país, existe uma chance (por menor que seja), de termos um maluco ainda pior que o Evo ou o Chaves, e que pode literalmente acender o pavio fogo no nosso pacífico continente sul americano. E aí? Não é melhor termos meios de garantir superioridade militar a fim de inibir/combater qualquer agressão? Ou seja, a finalidade maior do programa espacial, neste momento, pode até não ser militar, mas é melhor deter da tecnologia para o caso de dias piores surgirem.
Em tempo, tirem das mãos dos militares e teremos o marasmo de qualquer organização pública civil na execução dos contratos e serviços. Ineficiência, aditivos infinitos de prazos e de meta física garantirão sucesso do programa espacial brasileiro, lá para o ano 2100.
Marcelo,
Não discuto as causas mas marasmo e ineficiência é o que já vemos no programa espacial. Superioridade militar o Brasil já tem em relação aos vizinhos. Nós somos desenvolvedores de misseis, carros militares, armas etc, inclusive exportando tais itens, alguns deles de “grande sucesso” em combates reais. Nos falta apenas a capacidade para montar bons aviões de combate, o que deve acontecer com a parceria da Embraer e Gripen. A função dos militares é justamente manter uma força de defesa eficiente e isto o Brasil leva de forma eficiente. Não é necessário manter o Programa Espacial sob gerenciamento dos militares, porque sobre controle deles sempre estará.
Me sinto orgulhoso e fico muito contente em saber que o nosso Brasil esta dando passos significativos e importante em pesquisas de novas tecnologias alternativa, não buscando se equiparar com as demais potencias, porém o mais importante é que estamos renovando e fazendo a diferença com os demais paises e concorrentes, quanto aos meios de atingir e buscar combustivel alternativo e menos poluentes, com menos prejuizos para nosso meio ambiente. Quanto ao fato que estamos atrasados e ou esquecidos com os investimentos em novas pesquisas etc .., deixemos isso de lado, pois esse fato relevante que ocorreu [lançamento do foguete com total sucesso] vem dar um alerta para que os nossos governantes, analise com prioridade e estude melhor sobre esse assunto com mais carinho, começando com a aprovação de uma adequada dotação orçamentária para essas pesquisas e desenvolvimento.
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Wagner,
Veja alguns bons comentários aqui e perceberá que o álcool foi escolhido por uma circunstância de projeto e condições de teste. O lançamento de um foguete a querosene certamente polui muito menos que os milhares de aviões que voam todos os dias com este combustível.
Mais normal impossível nosso programa espacial ser empurrado pelos militares. Os maiores avanços tecnológicos da humanidade vem sempre por este caminho pois somos uma raça belicosa por natureza.
Normal não é e a NASA e ESA já tomam outra direção. Independente disto toda tecnologia sensível sempre será (e deve) controlada pelos militares.
Apenas não esqueçam, que apenas o segundo estágio do foguete, no caso míssil mesmo, é movido a etanol, ou seja, estamos muito longe de conseguir um míssil que tenha capacidade de decolar movido a etanol.
Creio que o etanol, do jeito que é produzido, não seja energicamente suficiente para tal feito, fato que motores de automóveis movidos a gasolina possuem menor taxa de compressão que o etanol.
Ramon,
Muitos lançadores de satélites utilizam a solução mista de combustível sólido e liquido. O primeiro vai nos boosters para imprimir o grande empuxo inicial e, na fase final do lançamento, utiliza-se o motor a combustível líquido que permite um melhor controle da inserção em órbita. Quando conseguirmos motores de grande empuxo e eficiência o estágio de combustível sólido se torna desnecessário.
Texto muito bom, desconhecia que o Brasil tinha este tipo de trabalho sendo desenvolvido. Quanto aos comentarios negativos, só lamento. AVE BRASIL
Em primeiro lugar parabéns pela noite de autógrafos de ontem. Ter ido já valeu por ter conhecido sua avó, uma simpatia.
Quanto ao lançamento de segunda, concordo plenamente. Está realmente na hora do Brasil se posicionar de forma clara e transparente quanto à pesquisa espacial que desenvolve. O uso de etanol me cheira a uma contaminação política do teste, pois de longe não é o combustível líquido mais adequado. O poder calorífico do etanol é bem inferior a outras opções como querosene, por exemplo, implicando em menor empuxo/ kg de combustível. O uso do etanol me parece mais esta fixação que o Brasil (governo Brasileiro) tem de associar tecnologia ao programa de uso do álcool. Mas posso até compreender. Infelizmente é uma das poucas bandeiras que o Brasil pode apresentar na área tecnológica…..mas já está ultrapassado….
Paulo, valeu. E concordo quanto às deficiências do etanol. Mas acho que é um ponto de partida interessante. O ideal mesmo é dominar a queima de H2. Mas até lá vai chão… 😛
Gostaria de parabenizá-lo pela materia, concordo com voce, o Brasil tem que dar maior importância, trabalho com motores a propulsão liquida desde 2001 e muito pouco se avançou de fato, mesmo conseguindo produzir e testar alguns poucos exemplares de motores a hidrazina e tetróxido nitroso, chegamos a pruduzir motores de 200N e 400N, com grande avanço mas o projeto não decola por falta de colocação de recursos. O trabalho foi uma parceria com o INPE e FAPESP.
Como voce também sou um entusiasta e gostaria que o Brasil se destacasse neste cenário.
Ricardo,
Seu comentário só mostra que falta mesmo divulgação. Eu não tinha conhecimento que já tínhamos trabalhos com motores a combustível líquido. Mas infelizmente pesquisa no Brasil carece de continuidade. Um motor de 200N de empuxo tem aplicação para controle em órbita de satélites mas para lançamentos precisamos multiplicar por 100 este empuxo. E só conseguiremos isto com muita pesquisa e testes.
Cara que mania de brasileiro colocar política em tudo… não pode ser pelo simples fato do custo do combustível, C02 na atmosfera… Se chega ao destino, tanto faz o meio..
Tá bom, cara. Chega.
“O etanol (CH3 CH2OH), também chamado álcool etílico e, na linguagem corrente, simplesmente álcool”.
Potatos, potatos.
Anonymous,
Não tanto faz não. Você escolher o combustível adequado pode fazer uma diferença de algumas dezenas de quilos na carga útil, com o mesmo peso inicial no lançamento. E isto pode fazer toda diferença na viabilidade comercial do empreendimento.
No caso deste lançamento, concordo. Ele é experimental e o combustível pode ser futuramente facilmente substituído por um mais adequado.
Antes de fazer comentários a respeito do uso de ETANOL como combustível e não ÁLCOOL (são coisas diferentes), busque mais informações técnicas antes de fazer suposições políticas.
Não, não são.
“O etanol (CH3 CH2OH), também chamado álcool etílico e, na linguagem corrente, simplesmente álcool”.
Chatice da porra.
Estamos inventando a roda! Os primeiros foguetes – v-1 e v-2 – eram movidos a álcool. Da mesma sorte, o primeiro astronauta norte-americano – na década de 1960 – fez uma viagem suborbital em um foguete movido a álcool. Daqui a pouco vão comemorar um foguete movido a vapor… Ou talvez um movido a vela… Ou quem sabe a carro de boi….
Que tal um movido à comentários imbecis? Só com esse seu comentário já teria combustível suficiente pra mandar o foguete até Plutão E voltar.
A IMBECILIDADE É O ELEMENTO MAIS ABUNDANTE NO UNIVERSO, BEIRANDO AO INFINITO… A SUA VIAGEM É RUMANDO PARA LÁ?
Eu estava pensando em comprar um ticket e dar de presente pra você, mas como destino um grande e massivo buraco negro. Como o seu.
Srs. e Sras., sei que nos Brasileiros, gostariamos muito de estar acompanhando passo a passo dos projetos cientificos e principalmente espaciais, mas infelismente para nós, o sigilo é excencial para que tudo de certo ou mesmo errado, se assim tiver que ser. Na tentativa de lançamento do nosso lançador de satelites, ocorreu uma grande divulgação, deu tudo errado, inclusive terminando com a vida de diversas pessoas e cientistas Brasileiros. Claro que como Brasileiros a primeira ideia que vem em nossas mentes é: Deu tudo errado. Mas não, foi feito uma averiguação de tudo pelos orgão responsaveis na época, e creio eu que muito minunciosa, em decorrencia do fato da divulgação do então Presidente Lula. Alguns anos depois, vi uma pequena nota no site da UOL, que divulgava o resultado deste trabalho, chegaram a conclusão que fora sabotagem. Bom infelismente não podemos provar ou mesmo falar neste assunto, pois em nosso mund, Brasil, não existe tal coisa. Já tive oportunidade de ver trabalhos de cientistas da USP, perder anos de pesquisas por sabotagem, sem poder provar, mas existem e temos que admitir. Portanto, acredito que deva sim existir esse cuidado todo, mas vejam, mesmo sob o controle dos militare, eles divulgaram, o que é um bom sinal.
Ernane,
Não houve sabotagem e esta conclusão é dos próprios militares. Agora, trabalhos importantes devem ser a prova de sabotagem. Imagina se sabotarem os pesquisas nucleares que se desenvolvem em Iperó?
A argumentação de sabotagem não cola, nem por um lado nem por outro.
Parabéns pelo sigilo. Pra quê alardear? Para incendiarem novamente a base e impedir os avanços? Lembram, logo que Lula entrou? Tá bom assim; coloque qualquer nome – jararaca, coruja, qualquer coisa, mas não divulguem antes de tudo pronto.
verdade… brasileiro não presta! ngm!
Affe…
Certíssimos os militares em manter sigilo.Quem garante que potências estrangeiras não estariam interessadas em ver o fracasso de mais um lançamento ,atuando através de sabotagem como “jamming” e guerra eletrônica, fazendo o VS explodir em terra? Todo foguete é passível de transformar-se em arma de guerra,levando ogivas nucleares;daí que todo sigilo ainda é pouco!
em 1951 seria um avanço maravilhoso
mas estamos em 2014 com pt no governo isso e jogar dinheiro fora
Affe²…
Renasce das cinzas o programa espacial Brasileiro. Parabéns!
O nome do projeto deveria ser “Lula” movido a álcool, quase sem controle, subiu e não sabe o que fazer ainda lá em cima…
Ai que burro da zero pra ele!
Lê a matéria animal!
O cara fez uma piadinha infame. Foi só isso….
Desde que quando o Lula foi o responsável pela tecnologia do Etanol? Mais uma vez volto a frisas, Etanol é diferente de ÁLCOOL.
Mais uma vez, está frisando errado.
Tinha que ser “fernando”
Boa…rsrsrs
O mais engraçado disso, é que lula nunca apareceu bêbado em publico, mas é taxado de alcoólatra, porem FHC e seu pupilo o que não falta é videos deles cheio de manguaça. Vai entender a sua logica.
Voce deve ser de Marte, não???
Pergunte isso a todos os brasileiros que conseguiram adquirir a casa própria durante os últimos 14 anos e vais obter as respostas…
Affe³…
É um grande passo para o Brasil, passo atrasado mas já é um passo à frente. Infelizmente, o programa espacial brasileiro é muito mal tratado. Não sei se você conhece o Banco de Testes com Simulação de Altitude (BTSA-LCP), localizado em Cachoeira Paulista/SP. É o único da América Latina que realiza certificação de propulsores de satélites de até 200N. Faça uma visita lá. Você verá que não existe interesse nenhum em mantê-lo funcionando. Um grande descaso e desperdício. Até a Nasa utilizou dos serviços lá, durante a integração do satélite Aquarius. E gostou dos trabalhos realizados e que salvaram a missão. É isso aí! Visite-nos.
Você tem as instalações do INPE também. São de primeiro mundo para homologação de satélites e alguns testes de foguetes em ambiente hipersônico. A NASA e nossos amigos argentinos usam direto.
Prezado Salvador Nogueira,
O Decreto Presidencial 6.703, de 18/12/2008 deixa bem claro que o desenvolvimento do Foguete Lançador de Satélite é de função dupla podendo ser utilizado como míssil. Não tem meias palavras. Os EUA sempre questionaram o caráter duo do Programa Espacial Brasileiro, por ter sido à base de propelente sólido e o Brasil sempre falou que não era verdade esta hipótese. Então o Lula e o Nelson Jobim aprovaram este Decreto escrito pelo Mangabeira Unger e, tudo que está acontecendo na área militar segue os passos deste decreto que aprova a Estratégia Nacional de Defesa. Isto, até agora, só fez aumentar os entraves americanos ao acesso de componentes eletrônicos para aplicação no Programa Espacial Brasileiro. Apesar do Decreto ser muito extenso, vale a pena ler, pois segundo ele, dentro de 20 anos o Brasil deverá ter capacidade militar “para enfrentar uma grande nação ou uma coligação de nações”, o que soa como uma provocação clara aos EUA.
Bernardino, desconheço e me surpreendo com o tamanho da idiotice! Obrigado pela informação.
Idiotice mesmo é pensar com cabeça de gringo! Quanta inocência…
Bom dia, Salvador. Estou feliz com o lançamento do foguete brasileiro. Fiquei muito frustrado com o lançamento de 2003. E realmente penso se não houve interferência externa contra o sucesso do lançamento.
Não sei se vc foi irônico com o Bernardino. Não sei se vc chamou ele de idiota ou os motivos do do decreto. Mas penso que não.
De qualquer forma, quero externar aqui que, se o Brasil tentar usar esse programa para, futuramente, adequá-lo para fins militares, parabéns.
Já há um consenso militar mundial que, no futuro, Salvador, os conflitos serão por recursos naturais. O Brasil já passou da hora de ter uma Força Armada de respeito. Uma bomba atômica guardada numa base traria mais respeito ao Brasil. Alguém já viu algum país com tecnologia nuclear ser invadido?
Ricardo,
O Salvador se referia aos termos do decreto. Termos uma defesa militar à altura da importância do Brasil sem dúvida é de extrema importância. E neste quesito vou te dizer que não estamos tão mal assim. Agora, achar que estaremos preparado para responder ao ataque de uma grande potência como EUA, China ou Russia já é paranoia. O mundo está se aglutinando em blocos e uma hora teremos que claramente definir em que bloco estamos. as recentes disputas territoriais ou guerras sem motivos claros, envolvendo os grandes “players” militares mundiais, demostram claramente que sozinho, nenhum pais é seguro o suficiente.
Acredito que o Brasil tem o direito de desenvolver a tecnologia de lançadores para diversos fins inclusive para se defender de ameaças externas.
Minha preocupação reside em deixar essas tecnologias nas mãos de pessoas com ideologias questionáveis.
Eu diria deixar estas tecnologias em mão pouco patrióticas e mais mercantilistas.
Segue o link para quem mais quiser conhecer: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/Decreto/D6703.htm
O Decreto pontua: “O desenvolvimento da tecnologia de veículos lançadores servirá como instrumento amplo, não só para apoiar os programas espaciais, mas também para desenvolver tecnologia nacional de projeto e de fabricação de mísseis”.
Bernardino,
Li recentemente que a Avibras está se envolvendo num projeto de 1 bilhão (não sei se de dólares) para o desenvolvimento de lançadores de artilharia. Estes lançadores são essencialmente a combustível sólido o que tem menos serventia nas aplicações civis. Mas deixa claro que o problema não é exatamente de falta de verbas.
Paulo Schaefer são duas coisas: uma é o Programa Espacial Brasileiro, onde tudo é muito complexo e demorado e os políticos querem retorno imediato e, por isso e também por desconhecimento, não apoiam como deveriam. Estão sempre à busca de apoio da sociedade para seus projetos e a área espacial está, apesar dos enormes esforços de divulgação e envolvimento, ainda distante de ser algo do dia-a-dia.
Já a área de Defesa é mais fácil vender ao público: vamos ser invadidos, querem a Amazônia, precisamos proteger nossas fronteiras, olha o perigo para o pré-sal e outras justificativas plenamente corretas e mais “amigáveis” ao grande público. Ah, e o retorno é imediato porque ninguém vai contra! Aí fica fácil destinar dinheiro e tenha a certeza que é muito dinheiro envolvido. Só para reaparelhamento da MARINHA tem uma previsão de 31 bilhões de Reais. Leia o Decreto 6.703 e verá que não tem esse negócio de 36 caças. Será preciso muito mais do que isto… E o exército também precisará de muita verba…
O que corrobora o que falei. O problema não é exatamente a verba mas os dividendos políticos que o programa espacial possa trazer. Isso se colocarmos toda a culpa nos que decidem pelas verbas. Mas esta não é minha opinião. Infelizmente o Programa Espacial Brasileiro carece de resultados positivos para apresentar. Seria o mesmo para a Embraer se ela falhasse nos primeiros projetos. Perderia a credibilidade e talvez não fosse a potência que é hoje. Faltou gestão no Programa Espacial e ai faltou credibilidade. Reverter este processo ficou ainda mais difícil depois do acidente de 2003. Quem quer ver sua imagem ligada àquela tragédia?
Provocação?! Como assim, nós não somos um país soberano? Os USA ligam para a aprovação internacional sobre seus programas militares? Fala sério,
Provocação, neste caso, tem justamente o sentido de afirmação de soberania e da coragem em desenvolver mísseis de médio e longo alcance e se equipar para, se preciso, enfrentar uma grande nação ou uma coligação de nações, como está no Decreto. Se tiver oportunidade dê uma lida no Decreto 6.703, que vale a pena.
Ainda que modesto, fico feliz pelo avanço do “programa espacial brasileiro”.
Mas espero mesmo, que o sucesso desse projeto sirva de impulso para que o governo e entidades privadas passem a investir mais nos programas tecnológicos do país!
Vc iria gostar de conhecer meu trabalho; um realismo fantástico romântico de título:
“O Homem que fugiu para a Lua”.
Estou para lançar o volume dois e a visão acerca de nosso programa espacial é semelhante. Pena que tivemos que esconder o fato da mídia, mas a trajetória do primeiro estágio mostra que temos controle sobre a direção do nosso artefato. Fruto da operação Uirapuru, que agora ainda com pouca ambição integra esta operação de nome peculiar “RAPOSA” Parabéns pela matéria parabéns à FAB/IAE pelo passo atrasado, mas finalmente dado na direção que nossa soberania está pedindo.
Que nada! O povo quer saber de estádios de futebol e bolsa família! Tecnologia? Conhecimento? Para que?
Orgulho da equipe do IAE!
com certeza o piloto deve ser o LULA…….
Parabéns! Não sou um leitor religioso de sua coluna (até porque não seria o caso), mas posso dizer que sou assíduo e esta reportagem honrou o tipo de informação que se espera de um jornalismo científico.
A pergunta é: o míssil, digo, foguete é capaz de transportar uma ogiva nuclear? Se a resposta for SIM podem ter certeza que não decola, os EUA não deixarão. Tecnologia pra produzir armas nucleares (até a bomba H) nós já temos, falta o lançador.
Antonio, todo lançador pode virar míssil balístico e vice-versa. Mas o Brasil não tem programa de armamento nuclear.
Toda a teoria já foi compilada por um físico da UFRJ, o que há alguns anos causou uma crise diplomática entre Washington e Brasília. Também a Marinha em Aramar (interior SP) já é capaz de enriquecer urânio por centrifugação, inclusive há setores lá que o governo brasileiro não permite a inspeção da Agência Internacional Atômica. Fazer a bomba atômica hoje é relativamente fácil, difícil é lançá-la no alvo certo, por isso pairam suspeitas de sabotagem na explosão daquele VLS em Alcântara, que vitimou vários cientistas e engenheiros brasileiros.
Antônio, o Brasil é signatário do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, portanto (teoricamente) não pode desenvolvê-las. Duvido que arriscariam gerar uma crise diplomática deliberada ao fazê-lo.
Quanto ao acidente de Alcântara, quem dera fosse sabotagem. Mas infelizmente foi incompetência mesmo.
Sinceramente? gostei muito do seu artigo… mas acho que você ainda acredita em Papai Noel e coelhinho da páscoa…
Apenas a título de curiosidade (minha, não do Salvador), por que você acha isso?
Não sejamos ingênuos em acreditar que o desenvolvimento de foguetes tem como objetivo principal o desenvolvimento da exploração espacial. Engana-se menos quem crê que, no mundo inteiro, a fachada científicosideral encobre objetivos militares “avançados”. Exemplo uivante aconteceu nos EUA e na antiga União Soviética, que inclusive disputaram o afamado cientista nazista especializado em foquetes Wernher von Braun, capturado depois de caçada intensiva pelos americanos, enquanto os russos conseguiram capturar alguns dos seus auxiliares mais próximos. Assim, a fabulosa fortuna gasta pelos soviéticos para colocar Gagárin em órbita e pelos americanos para permitir que Neil Armstrong e Cia dessem os primeiros passinhos na Lua apenas serviram para o desenvolvimento dos mísseis intercontinentais…
Entendi. Então você acha que o Brasil quer explodir os EUA? É isso, produção?
Me parece Coréia do Norte… só mostram se dá certo! Adicionalmente, estamos mesmo engatinhando, mas os fracassos listados, são normais. O programa norte americano de lançamentos teve diversos fracassos, com os projetos Viking e posteriormente Vanguarda, entre 1949 e 1957, até que finalmente, em 1958, o lançador Juno I, foi capaz de lançar o primeiro satélite norte americano em órbita, Explorer I. Ou seja, foram muitos fracassos até que se chegou ao resultado esperado. E não é de espanto que as forças armadas no Brasil encabecem o projeto. Apesar do uso civil, sempre há interesse militar nesse tipo de questão. E o programa norte americano de colocar um satélite em órbita, chamado “Project Orbiter”, em 1954, foi encabeçado tanto pelo exército quanto marinha norte americanos.
Não dá para comparar os programas. Nós começamos o nosso praticamente junto deles. E quanto mais você testa mais fracassos são colecionados. O dinamismo dos programas dos EUA, CEE, China, Russia, India, Paquistão, Irã, Korea, Japão nem se compara ao nosso.
Não é nenhuma novidade, durante a segunda guerra mundial, na década de 4,0 os alemães já usavam como propulsão dos foguetes V-2 uma mistura de alcool etilico e oxigênio. A unica questão aqui é que estão empregando bem uma matriz energética renovável
É novidade para o Brasil, que nunca havia feito isso. Se for pensar desta forma, poucas coisas que fizermos será novidade, já que já existem pelo mundo países que já o fizeram antes.
Isto é, o mérito não é pelo “novelty factor” da invenção, e sim pela possibilidade de podermos utilizar esta tecnologia – nova ou não.
No dia em que, no lugar do ufanismo, colocarmos a seriedade e gosto pelo trabalho sério, sem patriotadas, trabalho pelo gosto da pesquisa e engrandecimento da ciência e do desenvolvimento do país, com verbas suficientes para aplicação em pesquisas, chegará o dia de colhermos os frutos. Até quando lançaremos esses Por enquanto, só estamos lançando busca-pés. Até quando, meu Deus, esse país viverá nessa mediocridade e nas tentativas de reinventar a roda?
Será que vc tem alguma solução tecnológica mirabolante? Será que vc não poderia ser um futuro ganhador do Nobel?
Mauro,
Entendo e concordo com você. Mas o “buscapé” pelo menos deu um grande passo a frente, incluindo o teste de um estágio a combustível líquido. Eu diria que este passo foi um dos mais importantes de nosso programa. Espero que apenas tenha continuidade.
Parabéns aos responsáveis pelo projeto.
com a abundância de hidrogênio e na evolução do seu uso como combustível (principalmente de foguetes) o Brasil está desenvolvendo um veículo a álcool ? Poupe-nos da bizarrice e inutilidade disto. Estamos cansados de saber como nosso dinheiro vai para o lixo. A Força Aérea tem necessidades maiores do que jogar dinheiro fora em algo assim.
A ignorância é uma virtude. Primeiramente o motor foguete é movido a ETANOL. Como alguém pode fazer comentários técnicos ou dar opiniões sobre algo de não conhece? Poupe-nos da ignorância.
Etanol = Álcool.
DD, no seu caso a ignorância é uma benção … movido a etanol também ?
Que tal vc desenvolver esta tecnologia no Brasil. Criticar é fácil, fazer é o difícil…
Neto, por ser mais energético o hidrogênio queima a altas temperaturas que precisam ser suportadas pela câmara de combustão do motor. Isso torna o projeto mais complexo.
Acredito que a escolha do álcool tenha sido no sentido de reduzir essa complexidade facilitando o aprendizado. Certamente, havendo sucesso, eles evoluirão para um combustível mais eficiente.
Antes um movido à álcool do que nenhum. Pense nisso.
Rsrsrsrsrsrsrs………………………..quinem nóis,só nóis memo !
Eu não sou nem penso igual a vc. Acho que a pesquisa espacial brasileira é um esforço heróico de um pequeno e seleto grupo de pesquisadores e cientistas que produzem resultados relevantes para o apoio insignificante que recebe do Governo e de brasileiros como vc! Parabéns aos heróicos cientistas, ao IAE e a FAB.
Aqui vai meu duplo parabéns. Primeiro pela bela reportagem apesar das dificuldades, e segundo pela análise correta e dos fatos referentes ao programa espacial brazuca, com cuja qual concordo plenamente. Que me corrija os doutos na história do brasil, mas há muito se sabe que somos grandes vendedores de nossa própria e precária soberania nacional. Getúlio x CSN, FHC e o programa espacial são os que me lembro de chofre.
Parece que o mundo (EUA) teme que o “gigante adormecido” se torne uma potência militar imperialista e venha desequilibrar o oasis de paz que é o cone sul. Para impedir tal risco o mundo (EUA) usa do velho artifício da barganha. O Brasil para de brincar com fogo e em contrapartida recebe algo em troca. Talvez “espelhinhos” , quem sabe? Brincadeiras a parte, o que nos, interessados em ciência e tecnologia, vemos nesta questão é nossos governantes são dotados de uma cegueira desproporcional no que tange a especificamente a foguetes. Infelizmente a tecnologia e os custos de foguetes lançadores de satélites não estão ao alcance da iniciativa privada brasileira.
“Nossinhora”, que redação Horrível! Parei de ler no segundo parágrafo..
Alguém precisa, urgentemente, regulamentar a profissão de jornalismo….
Além de avaliar mal o texto, o sr. mostraignorancia, uma vez que a profissão de jornalista é regulamentada há quase 40 anos. Duvido que o senhor escreva melhor
“Nossinhora”, que comentário Horrível! Parei de ler no primeiro parágrafo..
Alguém precisa, urgentemente, voltar pro mobral….
Você lê tudinho, para com isso.
Foi sarcasmo. Quer que eu desenhe?
Ó:
Desenho do sarcasmo
que isso pô… que falta de educação é essa menino……….
Alguém precisa é limitar essa inclusão digital, pra evitar que amebas como vc falem tanta porqueira pelos dedos.
Hã? O que tem de horrível?
Eu ia perguntar mais alguma coisa aqui mas vai que você para de ler na primeira pergunta também.
É um alívio saber que a perserverançado IAE foi mantida, apesar da estrondosa sabotagem ocorrida em Alcântara matando nosso engenheiros e técnicos e destruindo a plataforma de lançamento tão importante para o desenvolvimento científico e comercial do Brasil. Isso graças ao governo FHC e seus amigos ianques.
O acidente foi em 2003, durante o governo Lula.
Ah…ah…ah…. se ferrou, Clóvis ! Falou besteira como qualquer petistazinho fanático…rs..rs…
Com essa forma sutil de censura nunca há comentário… Voces sõ patéticos…
Do que você está falando?
Sinto muito, pela falta de ética em notificar ao povo, que paga pelos experimentos à partir de ajuda governamental a pesquisa, o ocorrido, é bom saber que temos pessoas envolvidas e empenhadas em pesquisa, estudos, mas nosso ensino deve melhorar se procuramos MAIS POTENCIA, parabéns a todos envolvidos e que na próxima vez os responsáveis tenham mais respeito, pois não se pode esperar patriotismo de um povo que quando é para ser patriota é deixado de lado.VERGONHA DA PESSOA RESPONSAVEL POR ESSA GAFE.
Esqueça ! Por mais que queiramos um país civilizado e moderno , isso vai diretamente contra a cleptocracia da esquerda. Não é à toa que aparelharam todo o patético serviço público…
Cabral, a cleptocracia é forma adotada de governo adotada desde o FHC…. O problema é endêmico e faz parte da nossa (sua) cultura. Desenvolva a arte de pensar, porque a de apenas ouvir acho que você já fez.
Joãozinho,
Limite-se a piadas de conteúdo duplo. Você não está autorizado a fazer comentários inteligentes.
AUHUHAhUAUHUHAUHAUHAUHA 😀 🙂 😀 🙂