Nuvens de água fora do Sistema Solar
Pela primeira vez, um grupo internacional de astrônomos detectou evidências de nuvens de água num objeto localizado fora do Sistema Solar.
O trabalho é um avanço nas técnicas de busca por possíveis planetas habitáveis, uma vez que água é tida como composto indispensável à vida como conhecemos. Mas, antes que você se anime demais, não custa lembrar que o mundo investigado agora pelos cientistas tem pouco a ver com nosso planeta. Com no mínimo três vezes a massa de Júpiter, ele é uma imensa bola de gás e muito provavelmente não tem a menor chance de abrigar criaturas vivas, mesmo as mais simples.
Trata-se de um objeto que os astrônomos não sabem nem direito como chamar. Uns preferem classificá-lo como um planeta órfão, outros dão o nome de anã marrom. Uma coisa é certa: ele não orbita nenhuma estrela — está solto no espaço, vagando pela Via Láctea — e provavelmente se formou pelo mesmo mecanismo que gera esses astros brilhantes.
Estrelas nascem de nuvens de gás que se comprimem pela gravidade, até atingir tal tamanho que átomos individuais começam a grudar uns nos outros em seu interior, gerando energia. O problema, no caso de objetos como o recém-estudado WISE J085510.83-071442.5, é que falta gás para que eles atinjam tamanho suficiente a ponto de iniciar a produção de energia e “acender”, como as estrelas tradicionais. Resultado: após seu nascimento, resta a eles ir lentamente se esfriando, até ficarem tão gelados quanto um planeta gigante gasoso — e efetivamente terem as características de um.
O Mensageiro Sideral já falou desse misterioso objeto, W0855 para os íntimos, por ocasião de sua descoberta, em abril deste ano. (Se você estiver curioso a respeito e quiser saber mais sobre ele que é um dos nossos vizinhos mais próximos no espaço interestelar, a meros 7,2 anos-luz de distância, siga este link.)
CRISTAIS DE GELO
Para nós, o que interessa agora é o resultado obtido por Jacqueline Faherty, da Instituição Carnegie para Ciência, em Washington (EUA), e seus colegas. Usando o Observatório de Las Campanas, no Chile, os pesquisadores conseguiram captar a sutil luz infravermelha emanada desse objeto grande e gelado (temperatura estimada entre -48 e -13 graus Celsius).
“Foi uma batalha no telescópio para obter a detecção”, relatou Faherty. Após três noites de observação e 151 imagens, eles conseguiram os dados de que precisavam. Ao analisá-los e comparar com modelos atmosféricos de anãs marrons frias, encontraram um padrão de espalhamento de luz consistente com nuvens de cristais de gelo de água, além de nuvens de sulfatos.
Essas nuvens de gelo são similares às que existem nos planetas gigantes do nosso Sistema Solar — Júpiter, Saturno, Urano e Netuno — e sua detecção mostra que estamos realmente muito próximos de começar a estudar a atmosfera de mundos em torno de outras estrelas. O trabalho, publicado no “Astrophysical Journal Letters”, é um marco nesse sentido, embora tenha sido facilitado pelo fato de que o objeto não tem nenhuma estrela próxima que ofusque a tênue luz infravermelha a emanar dele.
Espera-se que a coisa comece esquentar mesmo a partir de 2018, quando for ao espaço o Telescópio Espacial James Webb. Sucessor do Hubble desenvolvido pela Nasa, ele será capaz de sondar a atmosfera de planetas parecidos com a Terra em torno de estrelas menores que o Sol, as chamadas anãs vermelhas. Se forem encontradas nuvens de água num mundo rochoso e com a temperatura certa, será um indício bem convincente de que teremos achado outro planeta hospitaleiro à vida no Universo.
Amei as discussões!!!
Principalmente Salvador Nogueira X Cicero!!!
É interessante lembrar que até q a terra se acabe, já estaremos com capacidade de estar morando em um novo planeta, quebraremos as barreiras do espaço cósmico em diversos temas, já teremos comprovado que ñ estamos e numca estivemos sozinhos no que diz respeito a uma vida diferente da nossa, descobriremos q ao mesmo tmpo em q somos evoluídos para espécies extra terrenas, seremos tbém notáveis homens das cavernas para outras vidas lá fora.
Salvador, a faixa de temperatura de -49 a -13 graus Celsius não é tão gelado assim, a Antártica tem uma temperatura média de -65 graus Celsius, a menor temperatura medida lá foi -89 graus Celsius e as suas “praias” têm uma temperatura da ordem de -10 a -20 graus Celsius… (dados obtidos na Wikipedia). E Tem vida lá! Talvez, sem me tornar um nibiruta, dê para pensar que, num nível mais profundo da atmosfera, mais perto do núcleo quente do planeta orfão, pode haver vida, não pode?
Radoico, o problema é que as variações e a turbulência nas atmosferas dessas planetas gigantes obrigam uma forma de vida a tolerar muitas variações. Não é só frio ou só calor, é um bocado de mudança. Não é impossível, mas é improvável — como encontrar vida em Júpiter, só que ainda mais turbulento. 😛
Salvador, a nossa estrela, o SOL, algum dia irá se apagar, certo? A energia das estrela não é infinita, uma dia acaba. Quanto tempo ainda teremos este Sol brilhando e produzindo energia com a mesma intensidade?
JOSE FERRARI
José, o Sol ainda brilhará, em vários estágios de desenvolvimento, pelos próximos 5 ou 6 bilhões de anos. Mas a Terra deve se tornar inabitável para nós em 500 milhões de anos, e para extremófilos em 1 bilhão de anos.
Ainda dá tempo de nos mudarmos para outro sistema, ou de levar a vida para outro sistema. 🙂
Bom dia Salvador .. parabéns pela matéria , aliás pelo trabalho que desenvolve , muito bacana…. tenho uma pergunta … vi pelas redes socias um assunto de um segundo sol .. isso tem me intrigado .. uns dizem que é hercobulus…eu mesmo tirei fotos de manhã e a tarde ..e realmente existe algo ao lado do sol… gostaria de saber de vc se tem fundamento isso , se estão enganados .. devemos nos preocupar ..?? pergunto porque vc é a pessoa mais envolvida no ponto universo ..agradeço a vc …
Existe um artefato quando a luz bate dentro da câmera, um lens flare. Não tem nada perto do Sol. E, se houvesse, conforme giramos em torno dele, logo mudaria o ângulo de visão para que o enxergássemos. Por isso ora podemos ver os planetas do Sistema Solar, ora eles se escondem perto do Sol.
grato pela atenção … entendi… se realmente tivessemos mais um sol ,a pré disposição dele seria diferente … enxergariamos ambos …..distintos … sem um intervir ao outro ….. obrigado pelo esclarecimento….
Caro Salvador, tenho que simplesmente parabenizá-lo por todo o trabalho realizado no blog. Além de publicar as novidades acerca das descobertas do universo, não tem vergonha ou medo de expressar sua felicidade, como a de uma criança que ganha sua primeira bicicleta, a cada novo avanço da astronomia.
Não posso deixar de me divertir com os comentários dos criacionista e me surpreender com a sua paciência ao respondê-las.
Mas enfim, comprei o seu livro e espero brevemente poder lê-lo. No mais, gostaria de uma ajuda no quesito, onde posso encontrar um mapa astronômico da nossa região.
Existe um desejo imenso de conseguir olhar para o céu e saber identificar cada constelação.
Se puder me ajudar com isso, fico imensamente agradecido.
Abraços e continue a nos trazer essa pitada de ciência e descobrimentos a cada novo dia.
Lucas, tem um programa de computador gratuito chamado Stellarium, com versão em português, que pode ajudá-lo.
e bom saber que em outros Planetas existe agua ja que estamos precisando dela aki. Mas mediante qualquer coisa e fantastico o Universo.
Olá Salvador Nogueira, gostaria de realizar uma pergunta um pouco fora do contexto. Qual a sua posição perante aos avistamentos dos chamados “OVNI”? Você acha que existe alguma possibilidade de serem de origem verdadeiramente extraterrestre ou seria somente um erro de interpretação? Acho estranho este fenômeno, pois, muitos pilotos, principalmente militares muito bem preparados observam estes objetos, muitas vezes bem próximo. E em certos casos são detectados por radar e por bordo. O que me diz? Um forte abraço!
Rafael, minha posição é que há casos sem explicação e podem ser — mas não necessariamente são — naves alienígenas. E esse o problema com a ufologia. Nunca aprendemos nada com ela.
Exatamente Salvador Nogueira! Tenho pesquisado a fundo este assunto.Sou estudante de História e tenho trabalhado com os documentos da FAB e de outros órgãos militares de outros países, que liberaram suas informações sobre OVNI. E venho dizer que muitos(não todos, já que alguns realmente fazem uma pesquisa séria, mas realmente poucos) que se encontram na Ufologia, ou seja, os chamados “ufólogos” fazem um desfavor na pesquisa deste tema, utilizando-se de baseamento científico ou comprovação documental nenhuma. Porém, documentos recém liberados por Forças Aéreas de diversos países tem ou pelo menos deve ajudar e muito a iniciar uma pesquisa mais séria e aprofundada do tema. Acho que muito dito como “verdade absoluta” na Ufologia deve ser reavaliada. Estes documentos só tem a ajudar e a dar crédito na pesquisa, porém, a metodologia de pesquisa deve ser de certa forma mudada, e muitos pontos de vista reavaliados, pois, pelo menos para mim, esse assunto é sério e existe realmente alguma verdade nisso tudo. Os documentos só vem a corroborar com o fenômeno. Lembrando que eu como historiador, não tenho condições técnicas alguma de afirmar que esse fenômeno é extraterrestre. Abraços!
Pouco antes da II Guerra, um cientista alemão,de nome Obingen (ou parecido) desenvolveu uma teoria em que a Terra já possuiu várias luas. E que a atual “nasceu” de um evento cósmico. Com a eclosão da guerra isto ficou esquecido. Mas depois, um russo-americano, Imanuel Velikvosky, retomou a teoria. Há noticia de que foi “gozado” pela comunidade científica, mas que recentemente suas teses foram confirmadas. Se assim for, abre-se uma nova hipótese para a criação ds luas dos planetas do sistema solar? Todas nascituras de eventos cataclísmicos? Ou algumas delas?
Alberto, andei lendo sobre isso recentemente. Há vários mecanismos para a formação de luas. Um é por impacto (nossa Lua é fruto desse processo), outra é por acreção num disco de detritos em torno do planeta (acontece sobretudo com planetas gigantes, como Júpiter e Saturno, e desse processo são resultado as quatro maiores luas jovianas e a maior saturnina), e uma terceira é por captura gravitacional (o exemplo mais célebre é Tritão, lua de Netuno, que, desconfia-se era um objeto similar a Plutão que acabou capturado ao passar pelas redondezas do planeta, mas praticamente todas as luas de pequeno porte dos planetas gigantes, além das duas luas de Marte, também parecem ter sido produzidas desse jeito).
Prezado Salvador,
Somente como sugestão, favor observar um texto alternativo a “… átomos individuais começam a grudar uns nos outros em seu interior, gerando energia”, que poderia ser “… átomos individuais iniciam o processo de fusão nuclear, gerando energia”.
Grande abraço.
Vulmar, curioso você apontar isso, porque pensei nisso exatamente ao escrever. Comecei por “fusão nuclear”, mas aí me lembrei que muitos leitores não saberão do que se trata, e ao mesmo tempo eu não tinha intenção de explicar muita coisa disso, então busquei uma frase mais didática, que dispensa o conhecimento prévio. 😉
Abraço!
Salvador Nogueira, obrigada pelas frases simples que nos levam a compreensão, já que somos iniciantes nesta apaixonante mas dificil assunto!
Sempre quis uma galáxia pra chamar de minha, não ter que dividi-la com nenhum ET (rs) e, pelo visto parece que a Via Láctea por enquanto é só nossa.
Hum, é muito cedo para dizermos que a Via Láctea é “só nossa”. O livro do Salvador indica que muito provavelmente Não É.
Salvador, estas estrelas “fracassadas” não orbitam nada então, ficam vagando solitários pela galáxia? É mais um candidato à Nibirú.
É isso aí. A diferença é que o hipotético Nibiru supostamente giraria em torno do Sol, numa órbita bem achatada.
Vc disse bem ….”a agua é tida como composto indispensavel à vida como conhecemos”,mas aqui cabe uma pergunta :Onde esta escrito que só pode haver vida onde ha agua !?Só pq nosso planetinha tem agua e surgimos …em outro pode surgir vida da …..”Umbriakanga “(chutei).Incrivel como ficaram bitolados né ñ !!??Só porque aqui entre milhões de seres só o “homo sapiens ” desenvolveu inteligencia ,quem garante que em outro planeta não possa surgir a minhoca (chutei de novo) inteligente !!??vamos pensar diferente gente ai sera mais facil achar algum pedaço de rocha habitado neste mundão !!
É aí que está. Colocamos desse jeito, “vida como a conhecemos”, porque é muito difícil procurar o que não se conhece. Então pode haver muitos tipos diferentes de vida, mas para detectar a anos-luz de distância você tem que saber bem o que está procurando. Daí a opção por focar em vida similar à terrestre. Ademais, nem em laboratório jamais vimos química para a vida que dispensasse a água.
Existem alguns seres (bactérias) que habitam o metâno. Talvez locais ricos nesse componente possam também abrigar vida (ainda que unicelulares)
O SER HUMANO NÃO PERTENCE AO PLANETA TERRA, ESTAMOS AQUI POR MEIO DE COLONIZAÇÃO,EU ACREDITO NISTO. ABRAÇOS
Simplesmente seu comentário foi bem de fato “retardado”, mas nem todos estudaram o suficiente para o tal conhecimento, mas cada um acredita no que acha.
Sou ignorante mesmo nesse assunto, mas o oxigênio tb não é necessário para os seres? E quanto aos anairóbios?
O oxigênio é necessário apenas para criaturas multicelulares, complexas. Há muitas bactérias que não precisam deles, e algumas para as quais o oxigênio chega a ser tóxico!
Esse é o ponto…
O gás da vida é o CO2, não o oxigênio…
A vida sobreviverá no planeta sem o O2…
…jamais sem o CO2…
Desculpe discordar da importância vital do CO2…
Amigos, sem querer ser pedante ou causar atritos, só gostaria de citar a composição da nossa atmosfera, na ordem de percentagem:
Nitrogênio (N2) ~ 78% / Oxigênio (O2) ~ 21% / Argônio (Ar) ~ 1% / Dióxido de carbono (CO2) ~ 0,04% / e outros…
Assim, fica a questão: porque a vida na Terra não consome Nitrogênio? Será que somos ‘estranhos no ninho’ de onde viemos? Em alguma época futura (remota) deixaremos o O2 e utilizaremos o N2?
Abraços..
Francisco, o nitrogênio é inerte, não produz reações tão poderosas quanto o oxigênio (não é à toa que a combustão usa oxigênio!).
Cada deposita sua fé no quer, ou não…
Salvador, no caso de sistemas binários, uma estrela fica presa à gravidade da outra enquanto os planetas ficam em órbita das duas ou pode acontecer de, tomando como exemplo no nosso sistema solar, a segunda estrela (de menor massa) ocupe uma órbita dentre os planetas (júpiter) que orbitam a estrela principal?
Tudo pode. Podem ser duas estrelas girando em torno de um centro comum, cada qual com seus planetas. Pode ser uma estrela girando ao redor da outra, como se a menor fosse um Júpiter, e planetas em torno da maior. E podem ser duas estrelas bem próximas, e os planetas girando ao redor das duas, como se fossem uma só.
Salvador, gostaria de saber quando vamos ter novas fotos do satélite gaia, pois só tivemos uma foto tirada de varias galaxias……
leio o seu brog tudos os dias ….parabéns por seus artigos …..JH .
JH, imagens do Gaia não serão tão comuns, porque a astrometria não necessariamente produz imagens bonitas. O segredo é o que se revela numa sequência de fotos dos mesmos objetos. Contudo, o pessoal da missão estava comemorando outro dia a descoberta de sua primeira supernova.
Vida em outro planeta?
O astrofísico Hugh Ross calculou a probabilidade de que as constantes físicas (122 até hoje) pra formação de vida similar como a nossa, pudessem existir em qualquer outro planeta no universo por acaso, partindo da ideia de que existem 10²² planetas no universo (um número bastante grande) sua resposta é chocante: uma chance em 10¹³(um seguido de 138 zeros!). Para os racionais, isso é chance zero de que qualquer planeta no universo possa ter condições a vida; a não ser q exista um Projetista Inteligente por trás de tudo. (Why I believe in Divine Creation, 138-41.)
Arno Penzias descobridor da radiação pós-big-bang ganhador do Nobel diz:
“A astronomia nos leva a um acontecimento único, um Universo que foi criado do nada e cuidadosamente equilibrado para prover com exatidão as condições requeridas pra existência da vida. Na ausência de um acidente absurdamente improvável, as observações da ciência moderna parecem sugerir um plano por trás de tudo ou, como alguém poderia dizer, algo sobrenatural”. – (Signs of Intelligence p.168.)
As constantes físicas são as mesmas no Universo todo. Desconfio que você não entendeu o que Hugh Ross quis dizer.
As constantes são as mesmas, mas os planetas e condições inseridas são bem diferentes do nosso, por isso tecnicamente e pelas leis probabilísticas da matemática não há chances de vida semelhante a nossa “lá fora”…
Você está enganado. Só na Via Láctea, pelo menos 1 bilhão de planetas têm circunstâncias bem similares às da Terra.
É sua interpretação e CRENÇA…
Não. É o que apontam as evidências. Claro, você pode desconsiderar todas as evidências. Do mesmo jeito que Naberlind e Azneso descartaram os experimentos com pedras feitos por nossos amigos das cavernas. Mas que teve faísca ali e faltava pouco para ter o fogo, ah, isso faltava.
As evidências são apenas teóricas com muita conjectura, especulação, alegação, vontade e fé recheada de ideologia filosófica.
Mas nada comprovado empiricamente de forma observável com dados astronômicos reais e factuais que sistemas planetários semelhantes ao nosso (a necessidade de Júpiter e outros) com estrela ideal e terra com metais pesados, tamanho, distância, atmosfera etc e todo o conjunto de fatores e constantes necessárias pra vida neste planeta e o sistema planetário em si.
Não, não. É estatística com base nos planetas do Kepler. A ciência não trabalha com fé, senão como inspiração — nunca para ensejar resultados. Sorry.
Os resultados do Kepler são irrelevantes pra determinar planetas habitáveis, visto que não se conhece a composição interior, superficie, atmosfera e outros itens importantes desses planetas.
Não quando se faz a checagem dos planetas do Kepler com medições de velocidade radial. Isso cria, por si só, constraints significativos sobre composição. E o que você talvez não entenda na estatística bruta do Kepler é que, mesmo que a Terra seja rara, são muitas! Note que temos 1 bilhão de planetas como a Terra se for preciso estar numa estrela similar ao Sol. Mas se uma anã vermelha bastar, saltamos de 1 bilhão para 80 bilhões! E só na Via Láctea! São 100 bilhões de galáxias como a Via Láctea! Mesmo que as condições específicas da Terra sejam muito raras (e não parecem ser, haja vista que Marte e Vênus já foram como a Terra, aqui mesmo no nosso Sistema Solar), ainda assim teremos bilhões e bilhões de Terras. Essa briga você não tem como ganhar. Melhor se escorar no fato de que talvez não baste ser similar à Terra para ter vida. Essa, no momento, é uma especulação. Porque se quiser se escorar na singularidade da Terra — e não da vida –, está lascado. Mas, claro, se só a Terra tiver vida, e isso for produto de um Criador, o Criador pecou pela preguiça…
Bem, qual estudo/pesquisa CONFIRMA que existe água líquida em Marte?
Puxa! sua fé é gigantesca mesmo! fósseis em Marte!!! beleza será realmente bem desconcertante/impressionante se acharem! nem precisa ser de dinossauros com tecidos moles orgânicos ainda né! 😀 podem ser de bactérias não faz mal…
Ainda que achassem tais fósseis (minha fé é de Tomé não só pra isso) haveria uma explicação bíblica para tal.
Existem três céus. O 1º nosso céu atmosférico terráqueo. O 2º o cosmos universal com seus belos astros de vários tipos pra nos extasiar! e o 3º onde está A Casa do Pai – A Nova Jerusalém inacessível a nós da Terra.
Esta “Casa” não poderia estar no 2º céu devido a Queda do homem…
Já respondi. Gota de água fotografada pela sonda Phoenix.
Por que seria preguiça? Das bilhões de pessoas que já viveram e vivem nessa Terra, só existe UM Salvador Nogueira e UM Cícero R. P. 😉
Porque me cansa teclar no iPad e repetir os mesmos argumentos de novo e de novo. Agora, no teclado do computador, ganhei um foleguinho. E, tecnicamente, existem pelo menos três Salvadores Nogueiras. Eu, um autor português que curiosamente tem um livro chamado “As voltas dadas ao Sol”, e meu filho. E estou convencido de que também existem vários Cíceros R. P. Nem todos eles tão teimosos quanto este, com certeza. 😉
(sim, teclado grande é muito melhor, eu só venho aqui qdo. estou em casa no desktop)
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
Gota de água pode ter até no espaço, e é um tanto diferente de “água líquida”.
Geneticamente cada pessoa é ÚNICA E SINGULAR neste planeta.
Não, gota de água não pode ser no espaço. Ela sublima. Aliás, foi um desafio entender como a água podia aparecer ali, com a baixa pressão atmosférica. E não foi uma gota. Foram várias. E só num pedacinho de Marte. E a sonda também cavou o chão e achou gelo. E tem as evidências dos jipes. Em suma, para de contestar, meu garoto. Essa já era pra você.
Vamos ver se as sondas e jipes conseguem fotografar um ribeirãonzinho… 🙂
Estava lendo este post somente no dia seguinte à publicação. Fiquei muito impressionado com duas coisas. Primeiro: A teimosia do Cícero R.P. em contestar todos os argumentos apresentados e comprovados do Salvador, que não se coloca como o senhor da razão, mas coerente com os fatos evidenciadamente comprovados pela ciência (redundância, eu sei, mas não quero deixar dúvidas).
Segundo: Salvador, como você tem paciência para responder para uns caras que só querem encer o saco!!!
Cícero R.P. please R.I.P.
Prezado Érico, não seja preconceituoso e intolerante, isso é apenas um debate e me baseei em argumentos científicos também como no 1º post.
Estimo muitíssimo o Salvador, e considero meu amigo, sendo um cara aberto a debates e inteligente e sem preconceitos e também aprendo c/ele.
Se tem gotas de água e gelo em Marte, ainda assim é um planeta extremamente diferente do nosso, apesar de vizinhos.
Se vc deseja minha morte (RIP) lamento, pois já morri.
“Porque já estais mortos, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus.” Cl 3:3.
Cícero, muito me alegra saber que, apesar do seu discurso, você é permeável a novas informações. 🙂
A respeito de seu abalizado comentário, que “as leis do universo são iguais…” eu pegunto: Será?
Até onde pudemos observar (e pudemos observar um bocado com nossos telescópios), sim. Os mesmos elementos que compõem as galáxias de cá compõem as de lá, e a luz que vem de lá para cá se comporta do mesmíssimo modo. A gravidade também atua da mesma forma em toda parte. Logo, temos bons motivos para acreditar que sim.
http://gizmodo.uol.com.br/paradoxo-fermi/
Este link fala muito em grãos de areia. Sim, mesmo que haja mais planetas no universo que todos os grãos de areia das praias da Terra, pergunto:
Seria possível encontrarmos um grão de AÇÚCAR nesses grãos de areia sem uma Causa Externa Inteligente?
Açúcares já foram encontrados no espaço. 😉
http://www.dailymail.co.uk/sciencetech/article-2195826/Sweet-Astronomers-sugar-floating-space–proving-building-blocks-life-exist-planet.html
Matou a pau! kkkkkk
A Terra não é feita só de açúcar… 😉
Claro que não. É feita de silicatos, água e ferro-níquel. Tem aos montes disso no espaço também.
A Terra não é feita só de açúcar… 😉
E o açúcar que eu cito é o NOSSO açúcar elaborado INTELIGENTEMENTE!
O link do amigo Salvador confirma:
“Naturalmente, este não é o açúcar granulado que você encontra em pacotes brancos em supermercados, mas moléculas de carboidratos orgânicos, feitos de carbono, hidrogênio e oxigênio.”
Não existe isso. Você tem que ser ingênuo de achar que acharam açúcar de confeiteiro no espaço. Este que é o elaborado inteligentemente. Por nós.
Bingo!
É isso mesmo!
“Não existe isso. Você tem que ser ingênuo de achar que acharam açúcar de confeiteiro no espaço.”
Não somente açúcar de confeiteiro elaborado inteligentemente mas diversas outras coisas elaboradas mais inteligentemente ainda, por seres inteligentes… a não ser a nossa Terra criada inteligentemente pra nós!
E o que te impede de acreditar que outras Terras foram criadas para outros seres? Este argumento teleológico (do qual não partilho) tem sido usado por cientistas religiosos para justificar a tese da pluralidade dos mundos habitados por séculos! É uma demonstração de que, mesmo que sigamos esse caminho ideologicamente perigoso de atribuir um sentido ao Universo, nada existe que refute a existência de outros planetas habitados. Aliás, dizer que a Terra é altamente improvável depõe CONTRA a ideia de um Criador, pois, se foi preciso um Criador, não faz sentido que ele fizesse só um mundo adequado à vida em todo o vasto Universo! Como dizem outros colegas de missa (ou culto) seus, “na casa do meu Pai há muitas moradas”. Hahaha
“nada existe que refute a existência de outros planetas habitados. ”
Então por que; além de nós; não achamos vida dentro de nosso sistema solar ou próximo dele? se achas que Deus deveria criar vida em vários planetas.
A beleza e a imensidão do cosmos e os astros é pra manifestar o poder e Glória de Deus ao homem.
“Os céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos.” Sl 19:1
“E os céus louvarão as tuas maravilhas, ó Senhor, ” Sl 89:5.
A casa do PAI não é o espaço sideral com os planetas, mas a Nova Jerusalém que desce do céu.
Cícero, ainda é cedo para dizer que não há vida além da Terra no Sistema Solar. E mais cedo ainda para dizer que não houve vida no Sistema Solar em tempos pregressos. Eu sou particularmente otimista quanto à possibilidade de encontrarmos fósseis em Marte. Mas não é fácil, e por isso não achamos ainda. Fósseis dependem de circunstâncias muito especiais, e a Nasa não quer dar um tiro no escuro, como fez com a Viking. Primeiro resolveu se certificar de que Marte de fato já foi habitável, com água líquida estável e tal. Isso já foi feito. Agora, com o Curiosity, eles estão buscando compreender onde podem encontrar sinais de química orgânica preservada em Marte. É o que pode acontecer quando o jipe chegar ao Monte Sharp. Será uma etapa particularmente emocionante da missão, e se o jipe encontrar sinais de química orgânica preservada em certos tipos de terrenos sedimentares, poderá passar à próxima etapa. O jipe de 2020 terá como missão encontrar rochas com potenciais fósseis para envio à Terra. E aí uma futura missão trará as rochas para cá, para que possamos analisar em laboratório. Não é fácil encontrar fósseis na Terra, que dirá em outro planeta. Mas, se nossa premissa de que a vida surge sempre que as condições são boas para tanto for verdadeira (e não estou dizendo que é, estamos testando — que é o que se faz em ciência), Marte deve ter tido vida no passado e sinais dela poderão ser encontrados. Aguarde as cenas do próximo capítulo, porque você pode ter que comer seu chapéu (ou não!) em breve.
Sobre a casa do seu PAI, concordo totalmente com sua interpretação. Jesus NÃO estava falando de alienígenas. Mas aí é com você convencer seus colegas que passam aqui direto citando essa frase… Se vocês mesmos, na igreja, não conseguem se entender sobre o que está escrito na Bíblia, para que ficar esfregando o dito livro na cara dos cientistas, que pelo menos estão tentando entender alguma coisa sobre o Universo em vez de procurar as respostas num livro?
Bem, qual estudo/pesquisa CONFIRMA que existe água líquida em Marte?
Puxa! sua fé é gigantesca mesmo! fósseis em Marte!!! beleza será realmente bem desconcertante/impressionante se acharem! nem precisa ser de dinossauros com tecidos moles orgânicos ainda né! 😀 podem ser de bactérias não faz mal…
Ainda que achassem tais fósseis (minha fé é de Tomé não só pra isso) haveria uma explicação bíblica para tal.
Existem 3 céus. O 1º nosso céu atmosférico terráqueo. O 2º o cosmos universal com seus belos astros de vários tipos pra nos extasiar! e o 3º onde está A Casa do Pai – A Nova Jerusalém inacessível a nós da Terra.
Esta “Casa” não poderia estar no 2º céu devido a Queda do homem…
Nossa, todos os resultados obtidos pelos jipes Spirit e Opportunity são conclusivos. Os minerais que eles encontraram lá só se formam na presença de água líquida. Eles conseguiram determinar até o nível de acidez da água que esteve lá. E a sonda Phoenix fotografou gotas de água em seu próprio trem de pouso!!! Quer CONFIRMAÇÃO MAIOR QUE FOTO DA GOTA D’ÁGUA?
Tecido mole não terá como achar em Marte, porque os fósseis deverão ter 4 bilhões de anos! Por outro lado, não duvide se alguém achar bactérias ainda hoje vivendo no subsolo, em água aquecida por fontes geotérmicas. Na Terra já acharam. E se a vida apareceu em Marte, não há por que imaginar que eles ainda não estejam lá. Tem inclusive umas medições esquisitas de metano na atmosfera. Em 2016 uma sonda europeia vai estudar isso mais a fundo.
Vai ser difícil sair dessa Cicero.
Cícero, isso com certeza NUNCA SABEREMOS!
Nossa vã filosofia se divide entre a FÉ e o “CIENTÍFICO” – este se contradiz (volta atrás ) muitas e muitas vezes.
Se o universo não tem começo nem fim, onde começa e onde termina? rs.
Tem que acreditar mais em si próprio. Essa ideia é a mais comum. Apesar da resposta, parece-me que o autor do texto não entendeu o seu comentário. Eu, por exemplo, luto contro o destino. Ele é bem esperto.
Cícero, melhor começar a orar por melhores argumentos. Os seus são muito fraquinhos.
Cícero, você e muitos outros duvidam que o ser humano poderia ter se desenvolvido naturalmente, mas se esquecem de colocar o fator tempo nas suas considerações. Temos BILHÕES de anos de evolução da vida na Terra, trilhões e trilhões de gerações de seres vivos evoluindo. Nós vemos a evolução diante de nossos olhos em seres mais simples, como vírus e bactérias, cujos ciclos de vida levam a centenas de gerações por ano. A evolução é um FATO comprovado, sem necessidade de um “criador inteligente”.
Aliás, se o ser humano é tão complexo e maravilhoso assim, que só pode ter sido criado por um outro ser muito mais complexo e maravilhoso que ele, esse criador, portanto, não pode ter ocorrido casualmente… Quem criou esse ser? E quem criou o Criador do Criador da humanidade? E quem criou o Criador do Criador do Criador da humanidade?
Vc também tem uma fé descomunal e formidável milhões de vezes maior que a minha acreditando nesta sequência bizarra:
NADA criando EXPLOSÃO e depois matéria, energia, espaço, tempo, a SORTE e ACASO criando-se a si mesmos e os finos mecanismos antrópicos universais, ACASO criando informação, ordem, direção, complexidade. E depois SORTE e ACASO gerando em LAMA inorgânica em um ambiente estéril e hostil criando a VIDA-DNA!! com mais ACASO E SORTE virando amebas (em ser já altamente complexo) e estas em milhões de anos, virando girafas, cavalos e GENTE!!…
E tudo regido pelas forças cegas do ACASO e SORTE, sem direção, sem intenção, sem ordem, sem projeto, sem inteligência…HAJA FÉ!! 🙂
O princípio da causalidade se refere a tudo que venha a existir; a coisas limitadas, finitas, contingentes que requerem um início. Deus não veio a existir, ninguém fez Deus. Ele não é feito. Como ser eterno, infinito, ilimitado, Deus não tem um começo e, assim, ele não precisou de uma causa, podemos representá-lo como um círculo: sem começo e sem fim.
Ele é a Causa Primeira Necessária de todas as causas físicas, não-físicas, estando no campo metafísico/transcendental – fora do Universo. Se muitos ateus alegam que o universo é eterno, então Deus também é! Mas o big-bang – que requer uma causa – provando que houve um Início pro universo.
Não tem nada de acaso, Cícero. O único salto de fé é do Nada para o Big Bang. E tudo bem você colocar Deus lá, se quiser. Porque todo o resto da história é contado pelas leis naturais. Se você quer um Criador, não há nada na ciência que o refute. Mas se quiser dizer que o Criador vive dando pitacos no Universo, moldando sistemas planetários e dotando-os de vida, aí você vai se complicar. E veja, o oposto ao Criador não é o acaso. Esse é mais um argumento falacioso dos criacionistas. Mas a seleção natural não tem nada de acaso. É justamente a pressão dos ambientes “aperfeiçoando” um sistema biológico para melhor adaptação. Na marra. E já foi observado inúmeras vezes, tanto no registro fóssil, como no DNA dos organismos, como na observação de espécies. Até mesmo a especiação já foi testemunhada, quando acidentes geográficos separam bruscamente populações. Nesses casos, a evolução pode agir bem depressa, e isso já foi OBSERVADO. Não é só teoria. É observação.
Então, onde o seu Deus das lacunas pode se esconder? Atrás do Big Bang, OK. E só. Porque, de novo, é verdade que a origem da vida ainda não foi esclarecida. Contudo, já se sabe como os compostos precursores se formam e quais caminhos possíveis eles podem ter percorrido.
Como eu disse antes, Deus é uma explicação tão boa (ou tão ruim) quanto o multiverso, uma flutuação quântica ou o princípio antrópico. Todas são ideias até agora sem base experimental. Você pode escolher a que gostar mais. Mas não pode impor aos outros. Quando não é ciência, cada um pode escolher a sua. 😉
A seleção natural não pode explicar de que maneira surgiram os tentilhões por ex. Em outras palavras, a seleção natural pode ser capaz de explicar a
sobrevivência de uma espécie, mas não consegue explicar o surgimento de NOVAS espécies, com NOVAS funções, NOVO DNA, gerando um NOVO ser diferente.
Seleção, adaptação, especiação não geram macroevolução vertical diferenciada adentrando em novos clados taxonômicos.
Como vc disse corretamente:
“aperfeiçoando” um sistema biológico para melhor adaptação.”
As adaptações vão contra uma suposta evolução.
Pode sim. Sorry.
acho que a resposta para não sabermos nada sobre vida lá em outro planeta é o fato de que:
1- a tecnologia necessária para viajar entre mundos é mais complexa do que imaginamos;
2- poucas civilizações chegam nesse ponto (guerras, desastres, religiosidade extremista etc);
3- quem tem tamanha capacidade tecnológica prefere não se misturar com mundos primitivos, como o nosso.
a gente não enxerga a existência de outras civilizações porque temos uma tecnologia muita atrasada para ver e ter certeza, até alguns anos muitos acreditavam que não havia planetas em outros sistemas e cada nova observação tem derrubado várias teorias consideradas aceitas pela comunidade cientifica. A falta de instrumentos precisos leva a isso e daí vem a correção, até agora deuses se afastam cada vez mais da realidade enquanto civilizações habitando outros planetas são cada vez mais prováveis.
sabemos que a química no universo é a mesma e tudo é questão de sorte, a própria Terra quase ficou inabitada e ainda tivemos muitos desastres que exterminaram grande parte da vida original.
eu acho que a solução do paradoxo é o conjunto de algumas soluções pontuadas, também há de se convir que a Terra tem um potencial de contaminar com doenças uma civilização, portanto, ninguém vai fazer como em “Guerra dos Mundos” bebendo água de esgoto achando que tá tudo bem.
só para ter ideia: se encontrarem um vírus ou bactéria em marte haverá também o problema do risco desse organismo ser capaz de provocar doenças em nós, mesmo que o organismo não consiga evoluir em marte a sua presença na Terra, se for trazido para cá, pode permitir essa evolução e adaptação com até mesmo uma mutação em outros vírus e bactérias nativas da Terra que se tornariam mortais. Pode parecer ficção, mas é um risco real.
seria interessante uma matéria sobre o paradoxo de fermi.
uma coisa que pode ter dificultado a detecção de seres mais evoluídos e que deveriam ser, em tese, mais fáceis de se notadar por conta do consumo energético e dispersão de ondas de rádio é que tais civilizações mais evoluídas também teriam processos mais econômicos de transmissão de dados e energia.
se nosso consumo energético fosse uma escala linear independente da evolução tecnológica iríamos, em um momento, criar fontes de energia, dada a necessidade de suprimento, tão potentes que seríamos tão luminosos quanto um pequeno sol. Veja que na época do descobrimento da radiação proveniente de alguns elementos naturais os cientistas da época se contaminaram com as amostras por simplesmente não saberem dos seus efeitos no organismo, então, ao mesmo tempo em que se evoluiu a forma de explorar o potencial energético desses materiais radioativos foi necessário criar meios de contenção e, se duvidar, gasta-se mais na contenção do que no aprimoramento da eficiência energética extraída.
Zé, dá uma lida aqui:
http://gizmodo.uol.com.br/paradoxo-fermi/
🙂
cicero é a prova viva de como somos incapazes de compreender o que está ao nosso redor, vejam que ele é o sistema de prova perfeito porque travou na idade média e é um grande laboratório pré-histórico vivo!!!
pesquisemos mais esse primata 🙂
Vc não passa de mais um fundamentalista obtuso da idade das trevas.
Saiba que os maiores cientistas do passado e hoje foram e são cristãos.
E se vc se considera primata, vá viver com seus irmãos no mato casando-se com uma chimpanzé! 😛
Idade das Trevas é o nome dado ao período em que a Ciência era tida como algo não apenas sem valor mas também como um meio anticristão ou antideus, então, qualquer pensamento contrário ao dogma religioso seria heresia e seu defensor ficava obrigado a rejeitá-lo ou sofreria as consequências com tortura e MORTE. Por isso o nome Idade das Trevas porque o pensamento dominante era da prática exclusiva da religião e de seus ferrenhos seguidores.
enfim, Idade das Trevas = religião manda e ninguém pode contestar.
somos todos primatas e viemos de inúmeras gerações que devem ter consumido ao menos uns 100 milhões de anos se contarmos o surgimento dos mamíferos terrestres, não temos como escapar porque o genoma humano é 98% idêntico ao dos primatas e a evolução é uma evidência até quando comparamos nossos genes com minhocas. Acontece que a variação de espécies se dá por inúmeras gerações, como já falei, não é de um dia para o outro, são coisas sutis e às vezes nem a vemos por serem mudanças internas, mas se uma mudança brusca no clima ou doenças forçarem a seleção natural os humanos com essas sutis mudanças podem sobreviver mais e transmitir com maior frequência suas características, então, os humanos “normais” podem até serem extintos e ninguém perceber, a menos que se faça uma análise genética.
Cícero, é impossível fugir dos chimpanzés, mas ao menos podemos concluir que certas práticas da bíblia são muito erradas, certamente por ter sido escrito conforme os costumes da época e de acordo com a vontade das pessoas que escreviam, então, por exemplo, qualquer um pode dizer que é um deus “fulano” que lhe impele a escrever e contar a história da humanidade. Muitas religiões hoje ridicularizadas são muito bem estruturadas em contar a origem de tudo e se assemelham ao que a bíblia tem, não porque a bíblia veio primeiro, mas por influência entre as religiões.
olha, se seria possível haver um deus, então seria possível haver dois, três ou mais deuses, isso é óbvio! porque se é necessário haver algo antes para se criar o universo, então é condição necessária que haja o criador do criador do criador do criador. Isso foi colocado na religião Grega, veja que Zeus é o deus dos deuses, mas tinha um pai e uma mãe que o gerou. Mas atualmente, como podemos medir as coisas com precisão cada vez melhor, devido a progressiva melhoria na qualidade dos instrumentos, percebemos que o universo se auto-cria, sem interferência e de modo inconstante, ou seja, não há um parâmetro de controle, não há como prever onde as partículas-virtuais são originadas, apenas detecta-se a presença delas em algum lugar e em seguida elas se aniquilam.
quando olhamos um objeto, uma moeda, pensamos que é algo sólido e pronto, mas ao nos aproximarmos vamos perceber cada vez mais as suas imperfeições e quando se observa o nível quântico temos o caos absoluto, não é possível dizer onde está um simples elétron. Um universo com deuses criando toda a existência leva a óbvia conclusão: deuses criam tudo e assim as coordenam sob sua vontade, assim sendo, ao se observar o menor objeto da matéria (um átomo) ele deve ser coordenado a essa vontade divina e será precisamente estruturado para não fugir ao controle, então, se houver um simples elétron, o mesmo será passível de ser localizado em qualquer posição porque é absolutamente controlado.
para você perceber a influência disso tudo, a ideia inicial de um átomo era de um objeto maciço com cargas incrustadas, então, esse modelo iria mais que confirmar a presença de um controle, porém, a cada novo experimento com técnicas mais sofisticadas a matéria em seu estado mais microscópico se comporta como algo sem a menor previsibilidade e dentro do caos absoluto, com propriedades estranhas que fogem ao controle de equações matemáticas absolutas, ou seja, uma equação não consegue precisar o exato local das partículas, então é necessário recorrer ao processo de estatística para criar uma região de influência onde provavelmente (e não exatamente) há uma partícula ali (que não é um ponto, mas uma ÁREA).
por mais incrível que pareça podemos fazer uma analogia com a religião, se alguma religião estivesse absolutamente correta não seria certo afirmar que esse dogma seja o ÚNICO aceito e existente em todo o mundo? Infelizmente, vemos que um mesmo livro criou diversas facções que se autoproclamam mais corretas do que as demais e se olharmos mais à frente vamos observar inúmeros movimentos religiosos com suas diversidades e contradições. Muita gente pula de religião para religião e daí se sente melhor do que era na “antiga” religião, então, onde está o absoluto?
Tecnicamente, o James Webb não é substituto do Hubble, ja que o Hubble produz imagens no espectro da luz visivel e o James Webb, apenas no infravermelho.Não ha ainda um substituto para o Hubble.
Daniel, ele é o sucessor, não o substituto. 😉
Deus criou os ceus e a terra e tudo que nele há
Hum. Não.
Sim. E criou também a ciência, e foram as ciências humanas que criaram a tolerância e explicaram a alteridade…
E quem nasceu primeiro? O ovo ou a galinha?
O ovo.
curioso é que o ovo seja uma evolução de uma célula, inclusive se considera o ovo como uma macrocélula.
então o ovo veio primeiro, porque era uma microcélula e a divisão celular foi se adaptando até chegar em uma forma com invólucro. Observem que muitos animais aquáticos tem ovos sem casca.
Eu de Guarda está certo. Algum animal botou um ovo alterado, entre vários “irmãos”, que gerou um animal diferente dos pais e a quem chamamos de “galinha primordial”. Pode ter levado algumas milhares de gerações até chegar ao Chester de hoje, mas o caminho seguido foi esse.
mas se o big-bang foi resultado de um processo instável onde poderia um deus se esconder para não ser destruído no decorrer do processo já que NADA existia, nem mesmo esse deus? se o próprio vácuo cria pares de partículas, onde está deus para evitar que um novo big-bang vá acontecer?
Salvador, gostaria que me esclarecesse uma dúvida. Se, como diz a astronomia, a distância em anos luz equivale a tempo e muitas das luzes que percebemos aqui da terra são de astros que brilharam a tanto tempo que já estão extintos, qual seria o objetivo de estarmos prescrutando planetas distantes que, devido a enormidade da distância, provávelmente já nem existem mais?
Celso, não é estritamente verdade. Sim, estamos procurando planetas, e sim, quanto mais distantes eles estão, mais estamos vendo o passado desses objetos. Contudo, a imensa maioria dos planetas descobertos está num raio de 500 anos-luz de distância, o que significa dizer que estamos vendo como eles eram, no máximo, 500 anos atrás. E não há nenhum mecanismo conhecido que possa ter destruído esses planetas nesse curto período. Então, para todos os efeitos, eles ainda estão lá. E estamos estudando planetas ainda mais próximos, a 4, 7, 12 anos-luz. Um delay de 4, 7 ou 12 anos é bem pequeno. Abraço!
a nao muito tempo atras se dizia que nao havia vida fora da terrra, hoje se sabe que ah planetas parecidos., eu quero ver quando os discos voadores descerem do espaco, o que vao dizer aqueles que diziam que discos voadores nao existiam??
Vão dizer “estávamos enganados”. Pode acontecer, a ciência não é feita de certezas.
Porém o que sabemos HOJE é que não há certeza de vida extraterrestre, e se houver, não há certeza de que eles um dia entraram/entrarão em contato conosco.
Hoje. Amanhã não sabemos.
Oba! Sou o primeiro a comentar rs.. Bom dia Salvador! Então pelo que entendi, planetas gasosos como Júpiter, Saturno, Urano e Netuno concorreram com o nosso sol pela energia necessária (gases) quando de sua formação?Na tiveram ene suficientsuficiente, esfriaram e se tornaram planetas gasosos? Ou seja, se Júpiter tivesse se desenvolvido e nosso sistema fosse binário, provavelmente a terra não teria condições de abrigar vida, pelo menos não como a conhecemos.
Flavio, há uma discussão sobre a formação de Júpiter e de Saturno. A maioria dos cientistas acredita que eles tenham se formado pelo modelo tradicional, o mesmo que deu origem à Terra. Ou seja, no disco de poeira, formam-se pedregulhos (planetesimais) que vão grudando uns nos outros até formar corpos grandes. Enquanto isso acontece, o vento solar vai soprando o gás das regiões internas do sistema. Por isso, nas faixas internas, surgem planetas rochosos. Nas faixas externas, surgem os gigantes gasosos, onde ainda há gás remanescente. Por essa teoria, a mais corroborada, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno não concorreram com o Sol.
Contudo, alguns cientistas acreditam que planetas como Júpiter se formam pelo colapso local do gás no disco de acreção, em vez de pela produção inicial de um núcleo rochoso. Sabemos que esse mecanismo é possível também, mas é mais aceito para explicar planetas (e anãs marrons) com separação imensa da estrela principal. Alguns acham que ele se aplica a muitos ou quiçá todos os planetas como Júpiter. Não temos certeza.
Provavelmente os dois mecanismos acontecem na natureza, dependendo das circunstâncias. E não é certo que se Júpiter fosse uma anã marrom ou mesmo uma anã vermelha o sistema solar seria inabitável. Mas, claro, seria menos estável do que é.
Salvador, já comentei aqui sobre um provável quinto gigante gasoso nos primórdios do nosso sistema solar que li em um artigo. Em uma simulação de computador sua presença explicaria a formação atual do sistema solar. Pois bem, assisti um documentário na history channel de que um gigante gasoso teria caído no Sol no inicio da formação do sistema solar, cientistas encontraram compostos na nossa estrela mãe que só existem em planetas gasosos. Pergunto a você Salva, essa hipótese não esta ficando cada vez mais possível?
Abraços.
Rodrigo, é bem pouco provável, embora não seja impossível. Agora, tudo que você vir no History Channel, encare com uma pitada de sal. Os caras são cascateiros demais! Abraço!
Valeu pela resposta e pelo seu conselho.
Rodrigo, muitos dos documentários do History, hoje, são pseudociência.
Dias desses passou um interessante, de cunho científico mesmo, mas é cada vez mais raro.
Então é bom aprender o que é pseudociência e o que é ciência para não ser iludido, presumindo que todo documentário com aparência de científico é científico.
Por exemplo, onde aparece aquele cara de maluco falando de aliens, é tudo lixo. Lixo mesmo. Não vale o tempo perdido assisti-lo.
Obrigado pelo alerta, João.
Eu sempre desconfio de uma notícia desse porte, principalmente se o mestre Salva não a divulga. 😉
Eu tenho alguns educadores cientifico de segurança para tirar minhas duvidas quando ela surgi, e o Salvador é um deles. É claro que uma ajuda dos amigos do blog salvadoriano sempre ajuda. 🙂
Abraços.
Um assunto muito intrigante. A frase “água é tida como composto indispensável à vida como conhecemos” me faz pensar um pouco no conteúdo artigo “Complexidade irredutível”, o qual já me encarreguei de compartilhar publicamente no Facebook.
Que outros tipos de vida (inteligente) poderiam existir sem água, me pergunto. E não obtenho uma resposta satisfatória da minha pobre imaginação.
Essa é uma boa pergunta. Difícil procurar coisas que nem conseguimos imaginar. O que não quer dizer que não existam. 😉
Isso me faz lembrar o grande Douglas Adams: encontramos a resposta mas não sabemos a pergunta
Por falar em Douglas Adams, e a propósito do antropocentrismo dos mentecaptos com os quais o Salvador tem uma paciência invejável, vale lembrar a alegoria da poça d’água:
“Imagine uma poça d’água acordando um dia e pensando, “Que mundo interessante este em que me encontro, um buraco interessante, ele me serve direitinho, não? Na verdade, ele me serve perfeitamente bem, só pode ter sido feito para me ter dentro dele!”. E essa é uma idéia tão poderosa que, enquanto o sol nasce no céu e o ar se aquece e, gradualmente, a poça vai ficando menor e menor, ela ainda se agarra desesperadamente à noção de que tudo dará certo, porque o mundo foi criado para tê-la dentro dele; assim, o momento em que ela desaparece por completo a pega de surpresa.
Eu acho que isso é algo que nós devemos estar de olho”. (Douglas Adams)
É uma bela metáfora.
Será que essa alegoria é tão boa mesmo?
Bem, parece que a poça d’água está pensando… Não há nenhum processo natural conhecido pelo qual uma poça d’água possa pensar.
Assim, para que a poça pensasse, teríamos que introduzir na historinha algum outro processo que foi excluído totalmente. Isto torna a alegoria, de fato, inútil, já que não corresponde àquilo que ela supostamente está exemplificando.
Para mim, isto deixa claro o quanto as explicações puramente “naturais” para as coisas deixam aspectos importantes de lado. Nos meus anos de ateu e depois, não me apresentaram uma única prova de que a evolução poderia gerar TUDO o que se atribui a ela. Até hoje, isto não foi simulado ou demonstrado, nem mesmo nos supercomputadores. As coisas não se tornam um fato apenas porque pessoas supostamente “inteligentes” dizem que são. E dizer “um dia demonstraremos” é algo que os religiosos mais cegos também sabem fazer.
O que observo é: O líder religioso diz “Maria continuou virgem” e os seguidores acreditam porque dão importância à posição dele. O cientista diz “a evolução criou todas as formas de vida” e os seguidores acreditam porque dão importância à posição dele.
Lúcifer, tem um livro de ficção científica muito bom, escrita pelo Físico Robert L. Forward, chamado “Dragon’s Egg”. Trata justamente sobre como seria a vida numa… estrela de nêutrons! Claro, é ficção, mas usando todos os conceitos conhecidos da física nos anos 80. Uma nave terrestre viaja até uma estrela de nêutrons “próxima” entra em órbita e, estudando-a, percebe que há vida nela. E esses seres, minúsculos, ao observarem uma “nova estrela” em seu céu, começa a indagar sobre ela e a evoluir, como evoluímos com a descoberta dos planetas. Só que a velocidade da vida nessa estrela é outra, milhares de “anos” se passam em algumas horas terrestres… Vale a pena ler!
Ah, Jornada nas Estrelas – Voyager, tem um episódio que capta a idéia desse mesmo livro, mas agora num planeta com altíssima velocidade de rotação e humanóides vivendo nele. O Doutor vai à superfície e vive lá várias gerações de habitantes locais. Muito legal, também, mas não tão brilhante como o livro de Robert L. Forward, cujos habitantes não são humanóides.