Um novo catálogo da Via Láctea

Salvador Nogueira

Já experimentou contar estrelas numa noite sem nuvens? Pois um grupo europeu de astrônomos levou essa ideia às últimas consequências e acaba de concluir o maior catálogo de estrelas já produzido da Via Láctea, a galáxia onde estão localizados o Sol e seus planetas. Sabe quantas eles contaram? 219 milhões.

Imagem da nebulosa do Pelicano obtida pelo projeto que produziu o novo catálogo da Via Láctea.
Imagem da nebulosa do Pelicano obtida pelo projeto que produziu o novo catálogo da Via Láctea.

Tudo bem, não foi numa noite só. A equipe liderada por Janet Drew, da Universidade de Hertfordshire, no Reino Unido, levou dez anos para produzir esse resultado.

Ainda assim, é um número impressionante. Compare-o às cerca de 6.000 estrelas visíveis no céu a olho nu, sob as melhores condições atmosféricas possíveis. O novo catálogo registra astros em luz visível, com até um milionésimo do brilho dos mais discretos objetos celestes observáveis à vista desarmada.

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Para fazer o trabalho, os pesquisadores usaram o Telescópio Isaac Newton, instalado em La Palma, nas Ilhas Canárias (Espanha). Em razão da localização do observatório, o esforço se concentrou no mapeamento da porção da Via Láctea visível no hemisfério Norte.

Como se sabe, a nossa galáxia tem o formato de um disco espiral. Mas, como estamos dentro dela, inseridos no próprio disco, o que vemos é uma faixa nebulosa que cruza o céu de horizonte a horizonte.

LONGA HISTÓRIA
Quando Galileu apontou sua luneta para a Via Láctea, em 1609, constatou que ela não era apenas uma nuvem no espaço, como parecia a princípio, mas continha enorme quantidade de estrelas invisíveis a olho nu. De certa forma, o novo catálogo, chamado de IPHAS DR2, é uma continuação direta do trabalho do velho astrônomo italiano.

E uma senhora continuação. Um total de 500 noites de observação produziu vários resultados importantes, como a descoberta de 159 novas nebulosas planetárias. O nome desses objetos é enganoso. O astrônomo William Herschel as chamou assim, em 1784, por achar que elas se pareciam com o planeta que ele havia acabado de descobrir, Urano. Na verdade, elas são outra coisa bem diferente — o resultado da morte de uma estrela como o nosso Sol.

Uma das nebulosas planetárias recém-descobertas pelo IPHAS.
Uma das nebulosas planetárias recém-descobertas pelo IPHAS: o que sobrou de uma antiga estrela similar ao Sol.

Em 5 bilhões de anos, nosso astro-rei se expandirá como uma estrela gigante vermelha — um sinal claro de que o combustível que o alimenta no núcleo estelar está para terminar. Quando ele se esgotar de vez, a atmosfera inchada do astro será soprada para o espaço, e da estrela só restará o núcleo morto e ultracompactado. A esse objeto remanescente damos o nome de anã branca. É o que o Sol será, no futuro distante — um caroço denso, do tamanho da Terra, brilhando apenas pelo calor produzido num passado ativo, mas se resfriando paulatinamente. Já a atmosfera soprada no último suspiro do Sol moribundo se espalhará pelo espaço interestelar, produzindo mais uma nebulosa planetária, como as que foram encontradas pelo IPHAS.

Trata-se de um processo cósmico importante para nós, pois é dessa maneira que muitos elementos químicos essenciais à vida — como carbono e oxigênio — se espalham pelo espaço e semeam a produção de novas estrelas e planetas na galáxia. É bem possível que muitos dos átomos que estão em você hoje tenham sido parte de uma nebulosa planetária, bilhões de anos atrás.

O catálogo completo já está à disposição da comunidade astronômica e conta com 99 atributos medidos para cada um dos 219 milhões de objetos registrados nele. Um artigo relatando o trabalho foi publicado no periódico “Monthly Notices of the Royal Astronomical Society” e vem em boa hora. Afinal, entrou recentemente em operação o satélite europeu Gaia, que fará um censo de cerca de 1 bilhão de estrelas na Via Láctea — cinco vezes mais que o IPHAS DR2.

MAPAS E MODELOS
Esses projetos que lidam com grandes massas de dados não só nos ajudarão a conhecer melhor a nossa própria galáxia — difícil de estudar justamente por estarmos vendo-a do lado de dentro –, como permitirão colocar à prova os modelos que explicam como ela se formou e evoluiu nos últimos 13,8 bilhões de anos desde o Big Bang.

Não custa lembrar que, mesmo quando terminarmos de contar mais de 1 bilhão de estrelas, ainda teremos catalogado uma fração mínima do total existente na Via Láctea. Estima-se que nossa galáxia tenha entre 100 bilhões e 400 bilhões de estrelas. Se parar para imaginar que cada uma delas é basicamente um sol, e a imensa maioria tem planetas ao seu redor, então você começa a ter uma noção do tamanho da nossa pequenez diante do Universo.

E ainda assim me encanta o fato de que aqui estamos nós, desenvolvendo por meio da ciência instrumentos cada vez mais sofisticados para compreendê-lo e abarcá-lo. Uma encantadora valsa entre a grandeza física do cosmos e a estatura intelectual do ser humano.

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Comentários

  1. Seria muito interessante os terráqueios viajarem através do Universo um dia!

    Ouviríamos frases, como a de um filme!

    —“Eu vi coisas que vocês humanos não acreditariam. Naves de combate em chamas em Orion. Vi raios C brilharem na escuridão de Tannhauser. Todos aqueles momentos ficarão… perdidos no tempo… como lágrimas na chuva. Hora … de morrer.

    Frase do Android Roy do filme “Blade Runner, o Caçador de Android”

  2. Um pensador disse uma vez:

    “O maravilhoso não é haver tantas estrelas no céu, mas a nossa capacidade de contá-las!”

    (Quando eu lembrar o nome dele eu posto aqui.)

    Eu já acho tudo isso maravilhoso, o Universo e nossa capacidade de estudá-lo.

  3. Opa!

    Desculpe minha ignorancia mas, vendo varios documentarios sobre astronomia, diz- se em todos que ha um buraco negro no centro da nossa galaxia.

    Sendo assim, a contagem das estrelas da nossa galaxia sempre sera prejudicadada por causa desse buraco negro, certo?

    1. Há, de fato, um buraco negro supermassivo no centro da Via Láctea. Mas não entendo por que a contagem de estrelas seria prejudicada. OK, nunca vamos contar 100% das estrelas. Mas o buraco negro não é uma coisa descomunal em termos de tamanho — algo como o tamanho da órbita da Terra em torno do Sol. Não há muito que ele possa “bloquear” com esse tamanho.

      1. Salvador, bom dia!!!

        Acho que o nosso amigo anderson quis dizer, é que a contagem poderia ser prejudicada em quantidade, por estrelas que seriam suprimidas pelo buraco negro.

        Será que não seria isso?

      2. Primeiramente obrigado pela resposta e aos amigos que tentaram elucidar minha pergunta.

        Na verdade o Salvador respondeu a minha pergunta. Eu tinha entendido que o tamanho do buraco negro era tão grande que da Terra, se fossemos fotografá – lo, não conseguiríamos nem chegar perto da dimensão deste.

        Por isso questionei se a contagem feita dessa perspectiva não deixaria uma grande parte do lado oculto da galáxia de fora desse levantamento.

        Obrigado!

  4. Salvador, como um catálogo desses registra a posição das estrelas, se elas estão sempre se movendo umas em relação às outras? O catálogo inclui a descrição do movimento de cada uma, inclusive as mais distantes? Ou isso é uma investigação extremamente complexa e inexequível?

    1. Lorenzo, dá pra ter uma ideia do movimento pelo espectro, mas não muito precisa. De toda forma, as estrelas mudam de lugar lentamente. Não é que amanhã já vão estar distantes de onde estão hoje…

      1. Gostei da pergunta e por isso vou continuar no tema.

        Mesmo o movimento sendo pequeno e obviamente que não haverá grande diferença de um dia pro outro, imagino que seja muito importante ter alguma precisão para no mínimo apontar um telescópio na direção correta no futuro.

        Se isso for correto, há um sistema de coordenadas ou algo parecido? Será que o catálogo além da posição guarda a possível movimentação esperada para atualização automática das coordenadas?

        1. Cassio, há um sistema de coordenadas celestes, e ele valerá por muitas décadas com mínima variação.

    1. Acho que pro teu blog vc deveria convidar é o Julio Dalcin, especialista em Nubirutas… mais compatível com as idéias non-sense do blog.

  5. O melhor blog da internet é aqui! Salvador Nogueira, o nosso Carl Sagan!
    Estarei saindo do trabalho hoje indo diretamente à livraria Cultura para adquirir 5 de seus livros, um para mim e os outros 4 para pessoas queridas que levam seus problemas a sério demais. 1 grande abraço.

  6. Esta vastidão inimaginável para a compreensão humana, demonstra o quanto somos insignificantes. Nosso sistema solar, um mero grão de poeira numa vasta praia. O que nos faz refletir sobre o verdadeiro significado da nossa presença nele. Qual o sentido de tudo isto? Apenas para deslumbrar a visão humana? Não faz o menor sentido, concluir que ele exista apenas para satisfazer a curiosidade dos habitantes de um único planeta, pois como disse Carl Sagan, “Se não existe vida fora da Terra, então o Universo é um grande desperdício de espaço”. O que nos faz também, repensar essa falácia da sintonia fina ou principio antrópico, como se fôssemos o único propósito da existência do Universo. Talvez seja apenas a ilusão de nossa vaidade, como uma tribo perdida no Amazonas, imaginando-se os únicos habitantes da floresta e a razão da sua existência, apenas a necessidade de abrigá-los.

    1. Salvador, esse catálogo será importante no futuro, talvez próximo, quando for possível a viagem em dobras espaciais.

      1. Gerson, nem sabemos se um dia será possível quebrar a barreira da velocidade da luz. Acho que o catálogo é importante já, para compreendermos a formação da Via Láctea e as circunstâncias do Sol nesse processo.

  7. Tomara que logo atualizem o catálogo do Celestia. O maior deles tem um pouco mais de 2 milhões de estrelas.

      1. Eu conheço o Space Engine. A última versão que peguei dele tinha vários bugs. Mesmo assim achei muito interessante. Obrigado.

  8. Pois é Salvador, cada vez que eu leio um artigo aqui, acho seu trabalho sensacional. Afinal trazer todas essas coisas em uma linguagem que nós entendemos (quase todos, é verdade) é um trabalho a ser admirado. Quanto ao assunto de hoje, tenho uma palavra para descrever: Inebriante!!!

  9. Será que vão publicar um mapa 3D da Via Láctea?
    Seria muito bom ter logo alguma atualização para deixarmos para trás essas concepções artísticas apontando o Sol dentro de nossa galáxia.

    Esse tipo de estudo também permitirá definir as regiões galácticas mais propensas à formação de sistemas solares como o nosso.

    Vida longa e próspera!

    1. Sei que eles fizeram um mapa 3D da poeira detectada no trecho de Via Láctea estudada. Mas não sei se eles têm profundidade de cada ponto de luz para calcular as distâncias de forma eficiente. Acho que não.

  10. Bom dia Salvador!

    Existe algum estudo, ou algumas comprovações de planetas próximos as nebulosas? Pois se são estrelas como nosso Sol poderia os planetas mais distantes “sobreviver” a esse processo de destruição. Certo?

    Parabéns pelo blog e pelo Livro!

    1. Podem existir planetas sim, mas nunca foram detectados. Falta técnica eficaz para procurá-los. Mas já achamos discos de poeira em torno de anãs brancas.

  11. A coisa que mais me encanta na vida é acreditar na existência de Jesus e o COSMOS,essa maravilha que só posso ver através de programas que mostram pequenas partes, pois minha pequenês não me permite visitar um desses muitos telescópios que existem pelo mundo e que mostram tantas belezas, que são meus sonhos! Paciência…

  12. É bem possível que muitos dos átomos que estão em você hoje tenham sido parte de uma nebulosa planetária, bilhões de anos atrás.

    Mimimis começando em 3, 2, 1….

  13. Impressionante, não é mesmo Salvador. O seu livro pode ser adquirido pela internet ou em livrarias? Se puder me informe pelo e-mail. Obrigado.

  14. Hoje na Folha saiu uma foto da recuperação da cápsula Orion no Pacífico. A semelhança com a Apollo chega a ser nostálgica.

      1. Mas acho difícil ser utilizada numa viagem a Marte. Imagina 3 ou 4 astronautas neste cubículo por 6 meses (só a ida).

        1. A ideia é usar a cápsula só pra subir e descer, imagino. Ninguém pensa em viajar oito meses numa lata de sardinha… 😛

  15. Lendo o post, lembrei de uma cena de Starwars onde o mestre Jedi procura uma estrela sumida e o outro mestre abre um mapa da Galaxia num holograma. Fiquei tentando imaginar o tamanho da Via Lactea: se algum dia construíssemos um mapa holográfico num imenso galpão de 1 km de comprimento e se estimássemos o tamanho da galáxia em 100.000 anos luz, cada metro deste mapa representaria cerca de 100 anos luz e a imensa distancia que separa o Sol e Alfa Centauri, neste mapa seria representado por meros 4 cm.

  16. Olá Nog (posso te chamar de Nog?)

    Cara achei ótima a matéria e gamei na foto inicial (já baixei pro meu pc). Que nebulosa é essa? Jogo EVE Online e lá tem uma muuuito parecida com essa.

    abraços

  17. Bom dia, Salvador.

    Sete observações:

    01. Analogia: Se a órbita do nosso sistema solar fosse do tamanho de um CD, a Via Láctea seria do tamanho da Terra.

    02. Atualmente, o avanço tecnológico não deixa dúvida sobre a existência de um buraco negro no centro de nossa galáxia: Uma nuvem estelar com massa igual a Terra esta sendo tragada neste momento por ele. Os astrônomos acreditam que se trata de um planeta que se desintegrou ao ser atraído pela sua força gravitacional.

    Isso nos induz a acreditar que estamos num imenso “redemoinho galático”, rumo ao centro de nossa galáxia, haja visto que todos os braças da espiral terminam no buraco negro.

    03. Existe uma constante de proporcionalidade entre o tamanho de uma galáxia e a do buraco negro do seu centro.

    04. Buracos negros é o mistério mais difícil de ser desvendado pela ciência.

    05. Analogia: caso o buraco negro do centro de nossa galáxia fosse do tamanho de uma moeda, a Via Láctea seria do tamanho da Terra.

    O impressionante é imaginar como pode um objeto do tamanha de uma moeda governar (em termos de leis da física) toda a Terra.

    06. No auge da nossa galáxia, ela produzia cerca de 300 estrelas por ano. Hoje, não mais do que 5 ou 6.

    07. Das 6.000 estrelas vistas a olho nu, quase a metade delas não existe mais.

  18. espetacular a materia e o trabalho dos pesquisadores., todos os seres humanas deveriam ler essa materia .

  19. Quem criou tudo isso? E estamos falando somente da nossa galáxia, que não conhecemos quase nada perto do que realmente ela é…Imagine as outras…

    1. Por que alguém teria que ter criado isso tudo? O Universo apenas existe… simples assim.

      Se existe um criador do Universo, pergunto, quem criou o criador?

  20. Não deixa de ser um assunto interessante, pelo menos culturalmente. Nos trazendo maiores conhecimentos do nosso sistema solar, além do que, a astronomia é uma matéria a qual eu sempre gostei chegando até fazer um curso estanque no Observatório de São Cristóvão. Valeu.

  21. Bom dia Salvador, admiro muito o seu trabalho e gostaria de saber observando a olho nu qual estrela mais próxima e a mais distante. Forte abraço

    1. A mais próxima fica a 4,3 anos-luz (Alfa Centauri) e as mais distantes, se não me engano, uns 5.000 anos-luz.

      1. Desculpe-me, Salvador, mas ficou a dúvida. “As mais distantes” a 5.000 anos luz, são as visíveis a olho nu, certo?

  22. Estes textos são incríveis e bem estruturados! O Universo é fenomenal!!! Sempre estou aqui lendo e somando informações! Parabéns!

  23. Falando em anãs brancas, Salvador. Depois que elas esgotam o seu combustível elas se tornam no quê?

    1. Anãs brancas são núcleos estelares já sem combustível. Elas vão lentamente se esfriando com o passar de bilhões de anos.

  24. PURA EUFORIA CIENTÍFICA, ESSENCIALMENTE INÚTIL. O CÉU É UMA FIGURA POÉTICA E, PARA A HUMANIDADE COMO UM TODO, BASTAM AS 6000 ESTRELAS VISÍVEIS, AGRUPADAS EM BELAS CONSTELAÇÕES IMAGINÁRIAS.

    1. Sim, certeza. E trovão é só São Pedro arrastando os móveis no céu.

      Não se esqueça que o Sol gira ao redor da Terra também.

  25. Interessante. As primeiras conhecidas pelo homem ganharam nomes legais como estrela Polar, estrela de Barnard…
    Hoje de tantas estrelas que existem sobraram nomes menos pomposos tipo hj33434563/09873454.

    Salvador, Será que ao descobrir uma nova estrela ou galáxia, o astrônomo amador poderia “batiza-la” com seu nome?

  26. Bom dia Salvador!

    É mais ainda um bom dia quando acesso seu blog para ler matérias apaixonantes como de hoje.

    Por favor, me permita fazer algumas perguntas: a Via Láctea tem um formato espiral e a ciência atual já pode precisar a posição do nosso sistema solar i.e., estamos num dos braços e mais distante do centro e o seu buraco negro? Se, sim, dependendo da “nossa” posição deve ser extremamente difícil “observar” a porção diametralmente oposta mesmo que numa abertura angular de alguns minutos e deslocado da região que conteria o buraco negro para não sofrer interferências? Qual é o “diâmetro” em milhões de anos luz imaginável entre os extremos da Via Láctea.

    Já, na sentença iniciada com “Em 5 bilhões de anos, nosso astro-rei… um caroço denso, do tamanho da Terra, brilhando apenas pelo calor produzido num passado ativo, mas se resfriando paulatinamente” as estrelas não seriam detectáveis por espectrômetros porque, esfriadas em períodos de bilhões de anos não emitiriam sinais detectáveis então, podemos imaginar que no universo já teríamos milhões de corpos que não “podemos ver”?

    São apenas perguntas de um leitor que gosta da astronomia, mas que sequer investiu algumas centenas de reais num telescópio doméstico. Muito obrigado pelas matérias que ocupam os primeiros minutos de internet todas as manhãs de minha vida.

    1. O diâmetro da Via Láctea tem cerca de 100 mil anos-luz, Tetsuo. E, sim, deve haver corpos frios — anãs brancas velhas — que seriam de difícil detecção.

  27. Parabéns pelo artigo!
    É desse tipo de artigo sem “cunho pessoal” e sem ataque a grupos específicos é que precisamos. Isso sim é jornalismo.

    Continue assim, gosto de suas postagens quando elas não tentam atacar ninguém, mas apenas mostrar a beleza e complexidade de nosso Universo e da vida, utilizando-se apenas da ciência para tal.

    Parabéns!

  28. 219 milhões de estrelas catalogadas na Via Lactea, impressionante! Mas gostaria de saber se confere a ideia de que olhar para o céu é ver imagens de outros tempos e que muito do que vemos é apenas informação luminosa de estrelas, que eventualmente já nem existem mais ? Ou de outra forma podemos ser surpreendidos por novas estrelas cuja luz ainda não chegou até nos ? Por exemplo quando se diz que a luz do sol leva 8 segundos para chegar até a terra, é o mesmo que dizer que quando olhamos um belo por de sol estamos vendo apenas uma imagem, de um evento que já ocorreu há 8 segundos ?

    1. A Via Láctea tem 100 mil anos-luz de diâmetro, de forma que só vemos coisas nela com menos de 100 mil anos de atraso — tempo insuficiente para que muitos objetos tenham deixado de existir ou mudado radicalmente de estado.

      1. 100 mil anos luz considerando que estivessemos na extremidade da via lactea como não estamos , esse tempo certamente não é 100 mil anos luz.

    1. Tanto quanto seu comentário.

      Agora me responda, se não se interessa pelo assunto, por que perde tempo entrando na matéria?

      HATER maldito.

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