A luz-fantasma das galáxias mortas
Plantão de Halloween. Astrônomos espanhóis declaram: “Nós vemos galáxias mortas”. Tudo graças ao venerável Telescópio Espacial Hubble.
A região de estudo é esta aí da foto: uma coleção de cerca de 500 galáxias conhecida como Abell 2744, ou, mais simpaticamente, de Aglomerado de Pandora. Ela fica a cerca de 4 bilhões de anos-luz de distância, o que significa dizer que estamos hoje recebendo a luz que partiu desse conjunto cerca de 4 bilhões de anos atrás. A Terra, recém-nascida, ainda era um planeta inóspito nessa época.
Previsões teóricas sugerem que as forças gravitacionais exercidas pelas várias galáxias na região central do aglomerado são poderosíssimas. O que significa que uma galáxia desavisada que transitasse pela região central seria literalmente despedaçada pela força de maré.
Galáxias nada mais são que imensos agregados de gás e estrelas. Se você desmonta uma, o que sobra são estrelas individuais espalhadas pelo vazio. E era esse sinal — a luz difusa das estrelas em meio ao cemitério galáctico — que o grupo de Ignacio Trujillo e Mireia Montes, do Instituto de Astrofísica das Canárias, decidiram procurar, com a ajuda do Hubble.
Aparentemente, eles conseguiram, vasculhando em meio à luz infravermelha. Em artigo publicado no “Astrophysical Journal”, eles apontam que há evidências de até seis galáxias que foram feitas em pedaços dentro do aglomerado durante um período de 6 bilhões de anos. Se você junta esses 6 bilhões aos 4 bilhões que a luz levou para chegar aqui, e concluímos que os cientistas estão reconstruindo eventos que aconteceram há 10 bilhões de anos. A idade do Universo, por sua vez, é estimada em 13,8 bilhões de anos.
Trata-se de um ótimo exemplo de como os astrônomos combinam teoria e observações para ir aos poucos revelando a dinâmica da evolução cósmica, que já estava a pleno vapor muito tempo antes que a humanidade sequer sonhasse existir.
NA TV: A ÁGUA DA TERRA
Para quem ainda não sabe, o Mensageiro Sideral agora também está na televisão. Todos os sábados, no Jornal das 10, do canal GloboNews, faremos uma viagem de exploração a algum ponto do cosmos. O Universo é o limite.
Na coluna desta semana, enfrentaremos uma questão central para a origem da vida: de onde veio a água do nosso planeta? Por que temos o único mundo úmido, em meio a outros planetas desérticos, na região interna do nosso Sistema Solar? Não perca. O jornal vai ao ar a partir das 22h.
Ah, e se você quiser rever a coluna de estreia, exibida na semana passada, não deixe de visitar a página do Mensageiro Sideral no Facebook. A cada semana, postarei o link do vídeo por lá.
Salvador Nogueira, responde essa pra mim por favor, porque os telescopios conseguem visualizar galaxias a bilhões de anos luz daqui…e conseguimos imagens tão toscas dos planetas do nosso proprio sistema solar?
como pode isso?
entendeu?
Galaxias longes temos imagens…
planetas proximos, imagens toscas…
Galáxias são enormes, planetas são pequenos. 😉
Só pra você ter uma ideia do tamanho de uma galáxia (no caso, a Via Láctea):
http://waitbutwhy.com/wp-content/uploads/2014/05/Milky-Way.jpg
Dentro do círculo vermelho estão basicamente as estrelas que enxergamos durante a noite (e nosso Sistema Solar, claro). E lembre-se que estrelas já são normalmente BEM maiores do que planetas.
Deu pra imaginar?
gostaria de saber o que há de racional na cosmologia ? além daquilo que podemos observar de maneira direta com auxilio de instrumentos ? como tratar outras propostas cosmológicas de irracionais sem cair na mesmas especulações metafisicas ? onde podemos encontrar um físico serio que não faça especulações sobre cosmologias ?
Há muito que não é especulativo na cosmologia. Muito. A radiação cósmica de fundo, por exemplo, foi previsão de um modelo cosmológico, uma confirmação espetacular de que o Universo começou num ponto muito quente e denso. A proporção dos elementos no Universo também é fruto disso e é testável. Simulações conseguem reproduzir a evolução do Universo com base em modelos e muito poucos valores arbitrários. Já faz tempo que a cosmologia deixou de ser pura especulação.
Salvador, uma coisa que não entendi ainda lendo todos os comentários é como focar o telescópio Hubble pra conseguir uma imagem de 10 bilhões de anos atrás ou uma de um objeto mais perto sem interferência?
Você não escolhe a idade. A distância determina a antiguidade da imagem…
Então, deixa ver se entendi mesmo, quer dizer que o caminho de onde a luz dessa galáxia saiu até chegar a nós estava completamente livre sem nada na frente pra bloquear nossa visão, por isso conseguimos receber as imagens. Mas me leva a pensar que depois desses bilhões de anos outras galáxias poderiam ter se formado no meio do caminho, de modo que, se estivéssemos recebendo luz de nosso tempo atual, não necessariamente veríamos essas galáxias mortas do jeito que estão hoje em dia, né?
Seguindo esse raciocínio, se direcionarmos o foco do telescópio a uma distância > 14 Bilhões de anos-luz, o que veríamos? o nada?
Se uma galáxia explodiu há x milhões de anos-luz, quanto tempo essa luz demoraria para chegar até nós.
ex. x milhões de anos-luz, a luz só chegou agora.
Pergunta: Quanto tempo esta luz fica no nosso visual,
minutos, horas, dias, anos, seculos…?
Muito obrigado, aguardando a sua resposta.
Nelson
Nelson, como a luz não para, ela só fica um instante para ser capturada com os telescópios e registrada em imagens. Mas tudo bem porque a luz que partiu no momento seguinte está chegando no momento seguinte, e assim por diante. Você não ficará subitamente sem a luz daquele objeto, porque ele a emite continuamente. No caso, os astrônomos não viram a destruição da galáxia, mas o que restou da galáxia destruída…
Sei que isso é uma bobagem dado que a quantidade de investigação feita com o modelo de bigbang é imensa mas tenho preconceito com relação à ideia de início no universo. Desconfio de um viés religioso permeando esse modelo – não tenho conhecimento suficiente para saber porque modelos alternativos foram rejeitados. A ideia de criação me parece ridiculamente biológica.
O problema é que, se o Universo teve um passado pré-Big Bang, a maior parte das evidências disso foi apagada, de forma que não podemos testar a ideia. Existe a possibilidade de talvez captar ondas gravitacionais que teriam vindo de antes do Big Bang (possivelmente marcadas até na radiação cósmica de fundo) e testar modelos que preveem que o Universo já existia antes dele. Mas, ainda assim, pouquíssimo saberemos sobre a existência anterior do Universo, se é que houve alguma coisa.
acontece que os modelos matemáticos tem limitações por motivo simples: estamos ainda descobrindo.
é difícil descobrir uma coisa do zero, da mesma forma é precipitado e inconsequente creditar tudo a um evento religioso. As equações desenvolvidas e testadas até o momento são capazes de criar um universo semelhante ao nosso nas simulações por computador, acontece que existem parâmetros microscópicos ainda não descobertos, da mesma forma há questões macroscópicas não resolvidas.
já aconteceu de se imaginar que o homem já sabia de tudo que era preciso e bastava respeitar a lei da “divindade”, antes do tempo de Galileu. Bastou uma quase luneta para provar o contrário. Anos mais tarde acreditou-se que não havia equações capazes de medir o movimento das coisa, daí veio as Leis de Newton. Com a mecânica clássica em mãos, pensavam que tudo poderia ser descrito por suas equações e acabou, veio então, a Relatividade de Einstein, muito questionada por ser contra senso, mas ainda assim veio a Mecânica Quântica que nem Einstein aceitou muito bem.
a gente costuma pensar que sabe tudo, mas o Universo não precisa de muita coisa imaginada no passado, inclusive de deuses.
Caro Salvador, A cada astro que observamos no espaço, quebro quanto mais longe ele estiver, maior é o tempo do evento. Quando olhamos para o céu estamos sempre olhando para o passado, como no caso dessa matéria, estamos olhando para uma imagem de 4 bilhões de anos atrás.
Se as imagens são do passado e cada uma delas de um período diferente, como que o céu que vemos a noite parece uma imagem única, de um mesmo período temporeal? Ou o céu que vemos é uma mistura de imagens do passado e do presente? Me intriga como as imagens conseguem se organizar no campo visual da observação se todas elas são de tempos diferentes.
Sim, o céu é uma composição de vários tempos. O que conta é o tempo do observador, que é quem recebe a luz dos vários objetos. O tempo do observador é um só. É como se você recebesse cartas de pessoas espalhadas pelo Brasil, e todas chegassem no mesmo dia. Do seu ponto de vista, todas podem ser lidas na mesma hora, mas para que isso acontecesse, seus remetentes teriam de ter postado as cartas em dias diferentes, pois estão a distâncias diferentes de você.
Genial essa sua comparação Salvador, extremamente didática!
Salvador,o teu programa é muito bem vindo, lança a luz do conhecimento científico, no oceano de ignorância e maus programas da TV brasileira. Infelizmente, teremos que conviver com as contestações absurdas dos gênios fundamentalistas do único livro de mitos mais conhecido do mundo que é a bíblia, em contraposição as evidências, que a cada dia vão se acumulando de forma inconteste que o Big Bang e o evolucionismo atualmente, não são somente teorias, mas fatos comprovados empiricamente, que qualquer pessoa sensata, sabe que novos desdobramentos nesses campos sempre serão esperados para aprimorá-los, diferente da visão dogmática.
…a propósito: acho interessante a abordagem dada aos assuntos menos deísticos dados no site e me divirto com MUITOS imbecis de plantão que insistem o tentar descontinuar o óbvio…
Acho interessante essa histeria por saber QUANDO o mundo começou, QUANDO a galáxia tal surgiu. É simples: o MUNDO (estrelas, sóis, luas, planetas etc) SEMPRE existiram. Apenas há alterações (fim de umas, nascimento de outras – galáxias etc), mas NADA é criado. Não há big bang, não há criacionismo, não há SER HUMANO superior a nada. O que há é o que há: sempre existiu e sempre existirá.
Concordo plenamente. Menos o tempo.
O Big Bang ainda é a teoria da Física que mais se coaduna com as observações científicas. Acho difícil entender a “eternidade”, tão difícil como entender o “infinito”… Comparo a eternidade com o infinito da máquina fotográfica: em termos de distância, para uma câmera, 10 metros ou 50 metros ou 10 km é a mesma coisa: infinito. Para mim, dá para conceber o que são 200 anos, 2 mil anos, graças à História, mas ainda assim, passou de 500 anos já é eternidade…
Salvador, sempre acompanho seu blog e acho ótimo. Só sugiro uma correção para um erro muito comum na mídia nesse trecho:
“Ela fica a cerca de 4 bilhões de anos-luz de distância, o que significa dizer que estamos hoje recebendo a luz que partiu desse conjunto cerca de 4 bilhões de anos atrás. ”
Essa conta está errada porque não leva em consideração a expansão do universo. Faria sentido em um universo estático. 4 bilhões de anos atrás essa galáxia estava muito mais próxima da Terra do que está hoje então a luz emitida nessa época já chegou e passou por nós.
Perceba que o universo observável hoje é estimado em 46 bilhões de anos-luz. O que significa que recebemos luz de objetos que HOJE estão a 46 bilhões de anos-luz da gente mas que certamente NÃO FOI EMITIDA 46 bilhões de anos atrás pois o universo só tem 13,5 bilhões de anos.
Fabricio, a distância mensurável é de 4 bilhões de anos-luz, o que significa que a luz foi emitida há 4 bilhões de anos. Você está correto: com a expansão nos últimos 4 bilhões de anos, esses objetos não estão mais a essa distância e, como você aponta, estão mais distantes. Mas a distância que efetivamente medimos é esta. A 4 bilhões de anos-luz, a distorção de luz pelo redshift ainda é relativamente pequena, o que significa que as distorções de distância real versus aparente também não são tão grandes. Certamente nada parecido com a enormidade 46 bilhões versus 13,5 bilhões que se vê nos primórdios do Universo. De forma que, para fins didáticos, não vejo grande problema em equalizar distância com tempo de viagem da luz. Abraço!
Desta vez vc usou subterfúgios quase religiosos. O Comentário está correto em informar o erro da matéria, ao não levar em consideração a expansão do universo, já que falamos aqui de ciência!
EdBorges, é como dizer que as fórmulas newtonianas da gravidade estão erradas e é preciso levar em conta as equações de Einstein. Como aproximação, Newton continua funcionando. Da mesma forma, para as distâncias abordadas, a questão da expansão tem pouca relevância. Não sei que subterfúgios quase religiosos eu usei (de “dentro” da ferramenta de aprovação de comentários não enxergo a conversa inteira), mas se soou assim, a intenção decerto não foi essa.
Legal mesmo é horóscopo feito com carta celeste de um céu que nem existe!
Lembro-me que noutro post você falou que esperava um chamado do UOL.
Parece que seu pedido foi tonificado.
Parabéns!
Ruy Ney
Com toda admiração e respeito que tenho pela suas matérias no seu blog, eu acho temerário a sua participação com a Globo News porque eles editam o que lhes derem na cabeça e segundo porque você estaria competindo com Cosmos e cá entre nós, todas as ilustrações dependerão da das mesmas fontes; depois dessa exigência de produções nacionais a TV por assinatura virou um “pé nos saco” e bastante pobres. Entretanto, darei um voto de confiança e assistirei ao primeiro programa, mas se for para competir com Cosmos, me desculpe mas não perderei o meu tempo. Repetecos são insuportáveis.
Tetsuo, sua visão do que faz a GloboNews é um bocado fantasiosa. Ao contrário do que você sugere, tenho ido lá todas as sextas-feiras, a pedido deles, para checar a edição final e garantir justamente que eles não editem “o que lhes derem na cabeça”. Segundo que estamos falando de uma coluna de 3 minutos versus uma série de 13 episódios de uma hora. São produtos tão diferentes que a única coisa que os une é o tema. Terceiro que não me parece que um formato “Cosmos” esteja esgotado. Haja vista que Neil de Grasse-Tyson apresentou um remake da série, e ele saiu muito bom, a despeito de repetir muitos dos temas da série original do Sagan. Quarto que dar uma perspectiva brasileira ao assunto necessariamente produzirá algo diferente de “Cosmos”, ainda que se debruce sobre o mesmo tema.
Não creio ser repeteco… É uma produção brasileira, escrita por um brasileiro, para um público analfabeto científico. Lançará uma luz nas cabecinhas iletradas. Ainda acho que seria melhor estar no Fantástico, mas melhor na Globo News do que não existir.
Na realidade, tudo que vemos no céu é passado, uma vez que o fato em si só é visto por nós quando a luz formadora da imagem do fato nos chega. Se o sol explodir, levaremos cerca de 8 minutos para saber, não é? A imagem que vemos de Alfa Centauro tem 4 anos… assim por diante. Interessante, né?
Compreendi nesse post e em comentários, que ficaríamos sabendo da explosão solar em 8 minutos, mas levaria uns 3 dias para que a matéria solar nos atingisse, portanto teríamos um tempinho para curtir o fenômeno! 🙂
Prezado Salvador, li certa vez que, como o universo é extremamente vazio, não haveria propriamente um choque no encontro de duas galáxias, mas que elas poderiam se cruzar sem que ambas fossem destruídas. Essa afirmação não deixa de ter algum sentido, pois se bilhões de estrelas se chocassem a luz irradiada seria particularmente visível.
Quando duas galáxias se encontram, as estrelas individuais só raramente se chocam. Mas a estrutura galáctica é completamente devastada, e ocorre uma fusão. Onde antes havia duas galáxias, depois de um tempo há uma só.
E olha que Hubble é um equipamento velho, apesar das atualizações. Quando entrar em operação o James (?) alguns conceitos e teorias serão certamente reformulados e muitas descobertas serão feitas.
Vou assistir o programa. Desde já parabéns.
Salvador, assisti o vídeo agora e fico contente que a Globo o procurou para apresentar esse quadro, um importante meio de educação científica pela TV. Acho que ele deveria estar no Fantástico, na TV aberta, mas um dia você chega lá! 🙂
TV Escola / Futura
Parabéns mesmo, Salvador!
Excelente coluna na GNews!
Ficarei sempre de olho e vou recomendar para outras pessoas!!
Mais um que pensa como eu…
Não entendo uma coisa…aconteceu a 10 bilhões de anos e o universo tem 13,8 certo? Deu tempo dessas galáxias se formarem e morrer??? O universo já estaria organizado para isso????
Deu. As primeiras galáxias se formaram ainda no primeiro bilhão de anos após o Big Bang.
salvador, apesar de a luz demorar 4 bilhões de anos até nós, não deveríamos descontar a capacidade de alcance dos telescópios nesta distância?; não seria o caso que estes aparelhos óticos devido ao alcance seria como se o observador chegasse mais próximo dos objetos?
Não, Thadeu, o que conta é a distância. O telescópio só aumenta a imagem, não aproxima de verdade.
O Salvador tava lá, ele viu.
Caro Salvador, acabei de ler seu livro sobre os extraterrestres e gostaria de parabenizá-lo pelo excelente trabalho. Nota 10 em didática e, ao mesmo tempo, profundidade em temas complexos. Vida longa e muitos livros!!!
Valeu, Fabio! Abraço!
Também adorei!
Diria que tem tudo para ser um clássico!!
Além de altamente didático, é super divertido!!!
será que tem bolsa-familia no planeta deles?
Se a luz que recebemos hoje de aglomerado foi emitida há 4 bilhões de anos atrás, teriamos que esperar o mesmo tempo para saber qual o estado do aglomerado hoje. Haja espera!!! rsrsr
Em primeiro lugar, quero parabeniza-lo pelo programa de TV (um tanto inspirado em “cosmos”com trilha sonora parecida não?) muito legal. Por outro lado, a questão central parece ter sido deixada de lado: como as criaturas da terra evoluíram de seres unicelulares para a fabulosa complexidade e diversidade do mundo animal no último quarto dos 4,6 bilhões de anos?
Jose, isso parece ter a ver justamente com o nível de oxigênio atmosférico. Mas ainda não é certo. Trata-se de uma das coisas que o projeto Terras Alternativas vai investigar!
Não há outra explicação, meu caro, a não ser DEUS! A “fabulosa complexidade e diversidade” só pode ser explicada pela inteligência divina, que nos fez à sua imagem e semelhança. O posicionamento exemplar do nosso planeta, a ausência absoluta de qualquer sinal de vida em outros corpos celestes, o incrível cérebro humano, a intrigante estrutura da matéria e tantos outros fenômenos naturais que se tenta, em vão, atribuir ao “acaso”. Não adianta, pode-se tentar esconder a verdade durante algum tempo, mas não para sempre. DEUS está presente, Ele nunca abandonará seus filhos.
“Pois desde a criação do mundo os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido vistos claramente, sendo compreendidos por meio das coisas criadas”
(Romanos 1:20)
GONG!
GONG!
O mal da religião é esse: “chuta” as respostas, transforma-as em dogmas e ai de quem contradizê-las…
Não creio que seja tanto assim, veja que para ocorrer o Big Bang, foi necessário que existisse já a matéria prima e as leis de física que a rege, não é? De onde veio a matéria e as leis? É mais fácil imaginar uma matéria perene e inteligente? Tem gente que prefere atribuir um tipo de inteligência maior e batizá-la de DEUS. Isso não interfere com os fatos ocorridos e a forma que ocorreram. Pra mim é mais fácil pensarem uma inteligência superior do que em “coincidências aleatórias”, principalmente quando se considera a diversidade maravilhosa; é obra de um BAITA Artista!
Desculpe-me, mas quem criou esse artista? Se um Universo maravilhoso precisa ter alguém que o crie, esse alguém tem que ser mais maravilhoso ainda e, portanto, não poderia surgir do nada…
O que as religiões não levam em conta é o fator TEMPO. A matéria que forma o Universo tem suas propriedades intrínsecas que, com o tempo, vai produzindo e destruindo tudo o que existe.
Nossa! É tanta incoerência que nem sei por onde começar. Vou escolher dois tópicos bem legais para encarar e ver se esse crente pelo menos sabe argumentar:
1) O “marabilhosso” cérebro humano tem vários problemas, entre eles, estar sujeito à ilusão de ótica. Parece de duas, uma: ou Deus não é onisciente/onipotente e enfrenta os mesmos problemas que nossos programadores de computador, com seus famosos bugs (no caso, deus, então, seria apenas um ETezão sujeito a graves falhas em seu projeto);
2) Se tudo foi tão ajeitado assim no cosmos, porque existem desastres naturais? Ah, sei, deve ser o tal “pecado capital”…
O que vocês chamam de blasfêmia, eu como no café da manhã e chamo de dúvida!
Viva o Monstro Voador de Spaghetti!!! Rámen!!!
“só pode ser explicada pela inteligência divina, que nos fez à sua imagem e semelhança.” Existem controvérsias! Eu não acho que Deu fosse tão burro para criar petralhas vagabundos.
Eu, cadê você?! Sua presença aqui é altamente requisitada!!! Pelo amor do Espaguete Voador…
Acho bom respeitarmos todas as opiniões. Acredito em Deus e sou fascinado por ciência. Qual o problema nisso? Nem religião nem a ciência possuem respostas para todas as perguntas.
Deus é a resposta simplista mais usada de todos os tempos e é a que nunca serviu para explicar coisa alguma. Acontece algo que é inexplicável, ilógico, difícil de se entender ou de acontecer, pronto, é só botar Deus na equação que tudo se explica para os mais simplórios. Ocorre que os fenômenos da natureza acontecem obedecendo as leis naturais e qualquer crendice que possa ser utilizada para explica-los é totalmente inútil.
Lá vem o Cruz-Credo de novo… (em Latim “cruce credo” que significa: “eu creio na cruz”)
Para mim ele está mais para troll do que para “credentis” (crente) de verdade…
P.S. Não sei latim. Eu só pesquisei ok?
A Presunção do Projeto Inteligente e as Constantes Cosmológicas
O Projeto Inteligente e o chamado Princípio Antrópico Final, embora recentes, parecem remontar a Panglos, aquele personagem de Voltaire (1694-1778) da obra Cândido. Como se sabe, Panglos, talvez inspirado nas crenças de Leibniz, dentre outras preciosidades ele dizia : “este é o melhor dos mundos possíveis”; “os narizes foram feitos para segurar os óculos, de maneira que temos óculos. As pernas visivelmente foram instituídas para serem calçadas, e nós temos calças”. (1)
E assim, segundo o Projeto Inteligente, as constantes cosmológicas foram organizadas de modo a ter uma sintonia fina que assegure uma estrutura do Universo propiciadora de condições destinadas à existência da vida na Terra. Pois se houvesse um afastamento infinitesimal nos valores dessas constantes, não estaríamos aqui.
Todavia, é muito mais natural e lógico pensar que a vida só se desenvolveu na Terra porque as condições necessárias são contingentes ao nosso Planeta. O que é muito diferente de defender que as coisas foram adredemente preparadas para nós.
nenhum deus está conosco e TODOS nos abandonaram, SEMPRE.
se há vida na terra criada pelo senhor “perfeitinho” por que esse imbecil não criou vida na Lua e nos demais planetas do nosso sistema solar? será que foi para descrentes terem orgulho por estarem imaginando ser os privilegiados do universo?
gastou-se tanta energia construindo galáxias aos montes mas só tem vida “divina” aqui? esse deus tá muito fraco.
Salvador, bom dia!
Com relação à matéria: nestes 10 bilhões de anos, estas estrelas individuais não conseguiram se unir a alguma galáxia deste aglomerado? Ficaram vagando soltos? Suponho que a força das marés desfiguraria alguma galáxia, que seria absorvida por outras, mas as estrelas constituintes também seriam absorvidas por estas galáxias, não?
Com relação ao programa: Espero poder assistir!
abs,
Mamoru, algumas podem ter sido absorvidas por outras galáxias, mas outras não. Afinal, a destruição não se deu por colisão, mas por força de maré!
Salvador, talvez o termo “destruição’ não seja adequado, sendo melhor dizer “desestruturação”, pois uma galáxia é uma nuvem de estrelas e essas nuvens foram desfiguradas pela atração gravitacional das galáxias vizinhas… Não é isso?
Foram dissolvidas. Não há mais nuvem, só estrelas dispersas. Daí o “destruição”. 😉
Tudo bem, entendo, mas a palavra “destruição” leva as pessoas a acharem que as estrelas “explodiram”…. Dissolução, então, é melhor… 🙂
Ah, mas aí perde o drama, né? rs
🙂