Nasce um novo sistema planetário!
Enquanto discutimos aqui os Fla-Flus da vida cotidiana, neste exato momento, em torno de uma jovem estrela similar ao Sol, nasce um novo sistema planetário na Via Láctea. E pela primeira vez temos os equipamentos certos para ver tudo isso acontecer.
Eis aí uma imagem que emociona o Mensageiro Sideral. E decerto há de tocar todos aqueles que se sensibilizam com a grandeza dos dramas cósmicos, em que nascimento e morte não envolvem apenas indivíduos, mas mundos, biosferas e civilizações.
Como descrever o que está acontecendo em HL Tauri, uma estrela a meros 450 anos-luz de distância, localizada na constelação de Touro? Bem, os astrônomos, que sempre escolhem cuidadosamente suas palavras, veem ali, pela primeira vez com esse nível de clareza, algo singelo: uma série de vãos bem delineados no disco de gás e poeira que envolve a estrela jovem. Delineados, com toda probabilidade, por planetas recém-nascidos que estão varrendo a região de suas órbitas, acumulando matéria até atingirem seu tamanho final.
Ao longos das últimas três décadas, a ciência já produziu muitas imagens desses chamados discos de acreção. Mas nunca com tamanha qualidade. O sucesso é resultado do poderoso conjunto de radiotelescópios Alma. Instalado no Chile, ele é fruto de uma parceria entre americanos, canadenses, europeus, japoneses e taiwaneses, e sua especialidade é “enxergar” em meio aos mais empoeirados ambientes do espaço, como as nebulosas que formam as estrelas e os discos protoplanetários. Captando emissões em rádio e infravermelho, o Alma vê o que nenhum telescópio óptico consegue detectar.
No caso em questão, o ângulo de visada também ajuda. Estamos vendo o disco quase de cima, o que permite notar muito claramente os vãos circulares em torno da estrela. Tudo para nos proporcionar um bom lugar, nas primeiras fileiras, para um grande espetáculo cósmico.
Ao capturar uma imagem como esta, os astrônomos mais uma vez demonstram o inegável poder preditivo da ciência. Pois o que estamos vendo é exatamente o que se esperava ver, segundo as teorias de formação planetária. Os cientistas já imaginavam que esses vãos deveriam existir, muito antes de os terem observado. Deve ser até constrangedor alguém vir dizer que “isso são apenas teorias”, depois de confrontar uma demonstração tão cabal. Trata-se, acima de tudo, de um tributo ao intelecto humano, capaz de formular mentalmente fenômenos que em muito transcendem nossas escalas usuais de tempo e espaço.
Esse é um dos níveis em que a imagem me emociona. Afinal, duas décadas atrás, não havíamos sequer descoberto um único planeta fora do Sistema Solar. E agora, cá estamos nós, decifrando em detalhes como eles se formam.
É o momento em que a observação alcança a teoria e, em seguida, a ultrapassa, criando novos desafios ao entendimento. Os cientistas ainda estão por analisar todos os dados que vêm com essa imagem e publicar suas conclusões, mas algo já surpreendeu de cara: os vãos são bem delineados, indicando um sistema já muito maduro para a idade da estrela, estimada em apenas 1 milhão de anos. É muito para você? Para o cosmos, é um piscar de olhos. O Sol, para efeito de comparação, é 4.600 vezes mais velho.
Um sistema mais maduro em pouco tempo de vida significa que planetas se formam mais depressa do que em geral se imaginava. O que por sua vez pode sugerir que um mecanismo até então tido como menos usual no nascimento de planetas possa ser importante para explicar o que se vê.
ACREÇÃO DE NÚCLEO VERSUS INSTABILIDADE GRAVITACIONAL
A receita básica para a formação de planetas é que primeiro os grãos de poeira do disco se juntam em pedregulhos maiores, chamados de planetesimais, e esses por sua vez se juntam entre si até produzir protoplanetas rochosos. Nas regiões mais externas do sistema, há mais material sólido e mais gás, e esses núcleos crescem depressa, depois atraindo para si grandes invólucros de gás. Tornam-se planetas gigantes gasosos, como Júpiter e Saturno. Por outro lado, nas partes mais internas, os núcleos rochosos ficam menores, demoram mais para se formar, e quase não resta gás para eles atraírem. Com isso, eles dão origem aos planetas terrestres, como — você adivinhou — a Terra.
Ocorre que, em regiões mais distantes da estrela, esse processo de acreção seria lento demais. Para formar um planeta gigante gasoso como Júpiter a uma distância dez vezes maior do que a que ele guarda hoje do Sol, seria preciso 1 bilhão de anos. Isso não representa um problema para o nosso Sistema Solar, onde um Júpiter poderia se formar em seu lugar atual em apenas 1 milhão de anos. Mas em HL Tauri, o buraco é mais embaixo. Ou melhor, é mais afastado.
Esse disco que estamos vendo é quase três vezes maior que a órbita de Netuno, o mais distante do nossos planetas. O vão mais interno tem mais ou menos o tamanho da órbita do nosso Júpiter. OK. Mas há outros vãos bem grandes em regiões muito mais afastadas. E ali não houve 1 bilhão de anos para um planeta se formar. Quando muito, houve um milésimo disso.
É preciso um outro mecanismo de formação, que os astrônomos chamam de instabilidade gravitacional. Uma parte do disco de gás e poeira colapsa pela ação da gravidade local e produz, em questão de milhares de anos — isso é muito rápido em astronomia! — um planeta gigante gasoso.
Em 2009, David Nero e J.E. Bjorkman, astrônomos da Universidade de Toledo, nos Estados Unidos, sugeriram que poderia mesmo haver planetas se formando por instabilidade gravitacional em HL Tauri. Os novos resultados do Alma, ouso dizer, também parecem apontar nessa direção, pelo menos para as regiões mais externas do sistema.
E aposto que ainda veremos novas nuances no nosso entendimento da formação dos planetas. Pois é assim que a ciência avança. Primeiro ela produz noções grosseiras de certos processos. Com a observação, confirmamos as hipóteses gerais e encontramos detalhes onde a teoria furou. Voltamos à prancheta e aperfeiçoamos o lado teórico. Confrontamos novamente com as observações, e as coisas, pouco a pouco, vão entrando em foco. O código dos planetas está muito perto de ser decifrado. Mas não é este o meu principal encantamento com a imagem acima.
UMA SAGA CÓSMICA
O Universo que vemos é um recorte. O nosso recorte. A espécie humana existe há 200 mil anos. É uma ninharia. Os processos cósmicos são tão mais grandiosos que, do nosso ponto de vista, observá-los é como enxergar momentos congelados no tempo. Vamos continuar a monitorar HL Tauri, mas provavelmente nada vai mudar por lá nos próximos anos, a não ser nossa capacidade de observar a estrela mais e melhor. Portanto, se quisermos entender as várias etapas de formação planetária, teremos de observar outras estrelas, cada uma num momento diferente. Cada uma delas, da nossa perspectiva, um recorte de um processo dinâmico medido em milhões de anos.
Vivemos num Universo que já tem respeitáveis 13,8 bilhões de anos. Será que, 4,6 bilhões de anos atrás, quando o Sistema Solar estava se formando, nós ajudamos outra civilização a compreender os mistérios dos planetas, enquanto ela olhava para nossa estrela infante e enxergava o vão que Júpiter escavou no disco de acreção?
E o que será de HL Tauri em mais 4 bilhões de anos, quando provavelmente nada restará de humano no cosmos? Haverá lá outra espécie inteligente capaz de observar o Universo ao seu redor e procurar no céu estrelas jovens para então fazer sua própria decifração da ciência dos planetas?
Note que estamos separados dessas hipotéticas civilizações por bilhões de anos. Mas, se há algo que é capaz de nos unir, é justamente a narrativa produzida pela ciência. Quem viveu no passado cósmico, quem está por aqui hoje e quem ainda reside no porvir — todos chegarão a essa mesma história de como nascem e morrem os planetas. Nunca nos encontraremos, mas todos partilhamos a mesma saga cósmica. Não é de arrepiar?
NA TV: No Jornal das 10 deste sábado (8), no canal GloboNews, o Mensageiro Sideral falará da audaciosa tentativa dos europeus de pousar uma sonda num cometa, na semana que vem. Mais uma tentativa, desta vez em nosso próprio Sistema Solar, de aprofundar o entendimento da origem dos planetas e da própria vida. Não perca, a partir das 22h!
Salvador, parabéns pelo texto, dá para ver que você ficou emocionado com o anúncio.
Off-topic, quero muito saber sua opinião sobre Interstellar, que aborda muitos dos temas que você trata aqui. Tudo bem que é ficção científica, mas o cuidado com a realidade foi enorme – colocaram até o Kip Thorne para trabalhar, para terem uma representação visual acurada do buraco negro. Terei de ver de novo, pelo menos uma vez, para captar tudo…
Abs
Rodrigo, fui babando em Interestelar, e pretendo escrever a respeito. Guentaí. rs
Aguardo ansiosamente! Abs
O papo que tiveram abaixo de supercivilizações me remete aos antigos jogos de space strategy, mais especificamente ao Master of Orion II e o Alpha Centauri, os quais eu jogava quando jovem hahaha.. engraçado que a minha geração foi a primeira alimentada por jogos e vídeo games, fonte farta de ficção científica em alguns casos. Minha inspiração por astronomia e ciência começou aí, ainda na minha infância jogando esses jogos hehehe..
Uma das imagens mais emocionantes que já vi do universo. Muitos irão ver apenas uma imagem borrada sem graça. Mas para aqueles que amam os mistérios da astronomia, é uma imagem que representa muito mais do que apenas um visual. Ela representa toda a conquista de gerações. Ela exemplifica sem precisar fazer uso de palavras, de toda a história de incontáveis gerações de pessoas que dedicaram suas vidas olhando para o céu em busca de respostas.
Salvador, acabei agora a leitura do seu livro recém adquirido no formato ebook, gostaria de te dar os mais sinceros parabéns por ele! Que compendio excepcional da evolução cientifica! Adorei a maneira didática e pessoal que vc coloca os heróis desta jornada de construção de conhecimento. Eu também me apaixonei pelo tema quando era criança, nos livros do verne e claro na série “cosmos”, li diversos livros do Sagan e tenho certeza que como ele vc ajudará a trazer um pouco mais de luz para as trevas da pseudociencia e ignorância. Grande abraço
Valeu, Fabio! Abraço!
Salvador, uma coisa me intriga. O disco “jupiteriano” na imagem seria aquele entre dois discos amarelos ou entre o maior amarelo e o primeiro laranja-avermelhado? Há espaço interno para planetas rochosos, cujos discos estariam ainda invisíveis para nós?
Ah, complementando: com esse “post” você deu um verdadeiro banho nas notícias a respeito, que pouco, ou nada explicaram da imagem. Parabéns!
🙂
Radoico, impossível dizer qual disco é o quê. A imagem é novinha. Os caras tão analisando ainda. Mas, quando sair paper, voltaremos a ela. Quanto aos planetas rochosos, pela teoria, eles se formam mais tarde, e nas regiões mais internas, por acreção. Com 1 milhão de anos, em tese, isso ainda não teria acontecido. Maas… não seria a primeira vez que os cientistas são surpreendidos. Aguardemos as análises. 😛
Salvador, pensei imediatamente na Lei de Boxe. Ela seria apenas local, uma coincidência de nosso Sistema Solar?
Lei de Bode? Escrevi sobre isso outro dia… Tá, na verdade, há um ano. Mas tá valendo! http://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/2013/09/03/ora-direis-ouvir-planetas/
Tudo ótimo!
Algum comentário do novo filme no cinema Interstellar?
Att,
Aislan
Assisti ontem ao Interestelar… Simplesmente ótimo, história muito boa, com ciência real de fundo. Imagens de cair o queixo… Está entre o filme sensacional, mas “parado”, que é o 2001 Uma Odisséia no Espaço e a “porralouquice” dos novos Star Trek que são mais filmes de ação que qualquer outra coisa.
É um novo degrau da FC no cinema, o anterior foi “2001”.
Eu gostei, tomara que você goste!
A explosão de uma super nova seria a única opção para provocar o colapso na gigantesca nuvem molecular que dá início a formação dos sistemas ou existiriam outros fatores capazes?
Deve haver outras opções. Talvez a interação gravitacional com estrelas vizinhas, ou mesmo um colapso natural da nuvem, que não deve ser lá muito estável gravitacionalmente.
Acredito firmemente que exista vida em algum lugar do Cosmo…mas também acredito que ainda que sejam seres inteligentes e avançados não existe nenhuma possibilidade de uma civilização encontrar a outra. E para mim o mais triste é que por mais que avancemos em tecnologias e na ciência…tudo o que conseguimos ver e entender melhor é o passado e um passado por demais distante em Km e tempo.
Eles já estão conosco a muito tempo! Desde a nossa criação. Todas as evidências apontam isto, até mesmo as religiões.
Nosso destino é tentar espalhar a vida terrestre em outros lugares da galáxia… Dificílimo, talvez um sonho impossível, mas chegaremos lá, dê-nos mais meio milhão de anos… Se não tivermos esse tempo, outra espécie, sucessora, o fará.
para nos tornarmos E.T.s de outros mundo, primeiro precisamos abolir as fronteiras, extinguir os países, e passarmos a nos portar como uma espécie única em busca de um objetivo comum. Nosso conhecimento vem progredindo em P.G., e o primeiro popstar da nanotecnologia, o grafeno, promete revolucionar nosso mundo na despoluição de águas (já vem sendo utilizado em Fukushima), na possibilidade de tornar viáveis elevadores estratosféricos, iluminação (pesquisem lâmpadas com tecnologia FIPEL, a revolução por vir na iluminação) e até revolucionar a construção de nossas espaçonaves.
Se só o grafeno já vem dando sinais de que nos trará revoluções inacreditáveis em nossa vida, imaginem o que novos elementos a serem criados por nanotecnologia podem fazer por nós em um futuro não muito distante.
Precisamos deixar a fé cega e a faca amolada no passado.
Fé apenas na ciência.
Seguindo esse caminho, vamos conseguir! Apesar de todas as fraquezas de caráter do ser humano, somos uma espécie muito nova e ainda podemos melhorar. Mesmo com nossas mazelas de caráter, temos nosso lado altruísta. E para uma espécie tão nova, conseguimos mudar nosso mundo em menos de 200 anos, e ainda estamos mudando, embora não necessariamente da maneira correta. Mas já temos consciência de nossos erros atuais, portanto o primeiro passo para corrigi-los foi dado.
Imaginem o que está por vir nos próximos 20 anos!!! nos próximos 200 anos!!! nossos avanços na astronomia hoje são completamente espetaculares. Só a quantidade e velocidade de informações que esse blog, por exemplo, nos fornece, já seria algo impensável a 100 anos atrás.
Acho que existe uma boa chance que nossa espécie participe da colonização espacial.
Terraformaremos mundos, e, quem sabe, interagiremos com outros habitantes do cosmos.
Sou feliz por viver os dias atuais. e que venham novas e novas descobertas!
Um brinde à ciência!
Falando em formação de sistemas planetários, e formação de vida, será que só eu que não me incomodo com o Paradoxo de Fermi?
Em primeiro lugar por causa das enormes distâncias envolvidas, o que faz com que nossos instrumentos só captem sinais vindos de um passado muito longe.
Em segundo lugar, vejo a potencial existência de civilizações II e III como uma mera suposição. Simplesmente pode ser que exista limite para o avanço tecnológico.
Paulo Antonio, do blog “Astronomia observacional e astrofotografia amadora”
http://astrosantos.blogspot.com.br/
No caso específico dessa imagem, o passado não é tão longínquo assim, apenas 450 anos… Há 450 anos, Michelangelo esculpia a Pietà, Davi e pintava a Capela Sistina.
Alguém já parou para perguntar a si mesmo porque que, em notícias de ciências, sempre há comentários de religião? Note que isso ocorre em qualquer site de qualquer midia, de qualquer país.
É da característica da mais fundamental do ser humano sua tendência a CRER. Foram feitos testes psicológicos, dos quais eu li outro dia, que qualquer informação que nos chega, o cérebro aceita aquilo como verdade. Somente depois que, em algumas pessoas, existe o processo de discutir para saber se aquilo é verdade ou não.
Isso é uma explicação por que é “fácil” manipular as massas. Basta alegar diversas vezes a mesma informação sem deixar que as pessoas pensem naquilo.
O que eu quis alegar que, no fundo, pragmaticamente falando, não existe ateu absoluto. A crença sempre vai haver. Até porque o mais cético deste lugar, nem sempre tem acesso a todas as pesquisas que foram realizadas. Logo, para ele aceitar ele precisará, de alguma forma…
…crer…
Acredito que, como exista fatalmente o ponto e o um contra-ponto, em um debate, também no quesito das noticias de ciências, haverá sempre seu contra-ponto que no caso é a fé. E no que tange a fé todos tem, partindo do principio que as pessoas sempre acreditam naquilo que ouvem. A diferença estará aonde você vai aplicá-la: Em Deus, em Hawking, em King Kong, em macarrão voador (o Radoico falou aqui em outra matéria que acredita nisso)
Desculpe… Não foi o Radoico… Foi o Rafael Roldan da matéria “Dia ensolarado na praia, em Titan”
Desculpe Radoico… Não da para corrigir o comentário. Clicou em Publicar, já era…
Sem estresse, grato por se lembrar de mim! 🙂
MONSTRO DE ESPAGUETE VOADOR, por favor.
Rámen.
Eu, o meu, por favor, com caldo de galinha caipira!
Tudo que ouvimos, em todas as disciplinas desde o ensino fundamental, são preconceitos e cremos que são assim até o dia que nos interessamos por algum assunto. Quando chega esse dia procuramos formar um conceito, permitindo-se questionar, ler diversas opiniões em fontes confiáveis.
É esse fato que faz o MS ser bem frequentado, pessoas fortalecendo um conceito que vale a pena!
Ruy Ney
religião e exército é a mesma coisa, você junta as pessoas e as obriga a fazer a vontade de alguém que as manipula, o grande Moisés fez isso, ao menos se não for mais um mito inventado. Os generais dão a ordem e o idiota suja as mãos com o sangue de inocentes, sempre foi assim.
a religião força a pessoa a crer, é um ato canalha e fanático, além de imbecil. Já houve torturas e assassinatos no passado daqueles que alegavam qualquer mínima ideia contrária ao que a bíblia dos infernos diz, conforme o doido que a lê fervorosamente, talvez com vontade de ir mais rápido aos quintos.
a verdade é o contrário do que menciona, geralmente quem afirma crer em deuses e ainda faz cara feia para quem diz que isso não existe costuma agir como se não acreditasse nos mesmos deuses. Basta ver a falta de respeito que as pessoas têm umas com as outras, o fanatismo em querer jogar na cara dos demais em volta sua própria crença inventada e o simples ato de se cobrar dinheiro ou desejar dinheiro e dizer “graças a deus eu estou rico”; “graças a deus eu não morri no acidente, apesar dos outros terem se lascado”; “graças a deus eu consegui um emprego” etc. Pede-se dinheiro e poder a um… deus?????? faz papel de canalha e se dá bem, engraçado que não seria o capeta aquele que te salva dos apertos financeiros ou de morte iminente quando se faz o famoso pacto? percebe a incoerência?
não se crê na figura de uma pessoa, faz-se análise das informações e verificação dos dados, o próprio espaguete voador é uma metáfora para ridicularizar a “crença”. Ninguém está acreditando em um físico, tem tanta teoria bem mais louca sobre a origem do universo e explicações ainda não testadas sobre fenômenos, por exemplo, a Teoria-M ou das cordas ainda não tem seu assento garantido. Acontece apenas que de tanto criticarem um conceito no passado e o mesmo acabar tendo certa verdade, mesmo sem uma teoria matemática junto, que hoje o pessoal já verifica um pouco mais as demais ideias, mesmo assim, não é fácil entrar com uma teoria nova para explicar um fenômeno, principalmente quando não é possível testá-la.
o grande problema da humanidade é tentar ressuscitar os mortos, querer o poder supremo, viver para sempre, ganhar na loteria toda vez que faz ou deixa de fazer a aposta e ainda ver o outro se lascar. Daí inventam nomes aos bois: esse é cristão, o bonito; aquele é ateu, o jogado aos quintos; a minha religião é melhor que a sua, seu herege. Agora, precisa disso? Eu preciso lhe dar uma denominação para rebaixar a sua existência ou de qualquer pessoa que diz crer ou não? Estou fazendo a vontade de um deus? Que deus infeliz é esse que precisa acessar a internet e usar da minha opinião para fazer de conta que estou falando por ele? Isso é coisa de LOUCO!!!!
Agora, as grandes transformações só ocorreram depois que a ciência começou a caminhar, até os crentes em deuses assassinos e adoradores da miséria dos outros vêm se beneficiando dos avanços científicos, apenas colocam o fanatismo à frente de tudo para alimentar o ego e a arrogância infinita. E ciência não é religião, e esta última é uma imbecilidade que está embutida dentro do orgulho de cada um que se fanatiza para preencher seu vazio interior.
Qual religião foi contra a escravidão? a bíblia até justificava atrocidades e massacres de inocentes. Precisa o homem hoje cometer os mesmos erros de quem era cego? Naquela época o analfabetismo era comum, hoje tem que ser muito cruel para sair buscando novas formas de tortura contra os outros.
não é crer, o correto é entender o que fazemos aqui nesse mundo e tentar ser civilizado, sem criar nomes depreciativos contra esse ou aquele grupo, se você quer se chamar Bunda de Vaca porque sua religião se chama Esterco, tudo bem, mas não venha dar nomes para separar e ridicularizar as pessoas, humilhar sem causa é um dos pecados mais recorrentes dos crentes em deus dos infernos e ainda se acham santos porque compraram um lote no céu, lá embaixo, como se céu ou inferno fosse em cima ou embaixo.
Perfeito! Concordo em 100% com o que você disse e acho que foi muito bem escrito e dito.
Fé não é contra-ponto de Ciência. Incrível a necessidade do ser humano de tentar acomodar as coisas. Fé é Fé. Ciência é Ciência. Não se complementam de jeito nenhum. Não se relacionam. Não.
Amigo, ateu é quem não acredita em Deus e em vida após a morte. Isso não quer dizer que ele não acredita em outras coisas. A palavra vem de a-theos (sem deus).
É totalmente errado achar que ateu é aquele que não acredita em nada. Como você disse, isso não existe.
Na imagem parece que temos um “Hot Júpiter”, ou é uma distancia considerável em comparação ao nosso sistema?
Tem a comparação de escala do o SS. Nada de Hot Jupiter.
Nossa, que falha. É verdade. Isso que da comentar bêbado nu aniversario da muié. 😀
🙂
Parabéns pelo Post, caro Salvador.
Realmente emociona…
Salvador, quais velocidades envolvidas nesse processo de formação, sejam da estrela em formação e do disco nas partes mais internas até as externas? Isso daria uma idéia aos interessados das forças envolvidas.
Bem, não tenho ideia da velocidade exata de rotação do disco de acreção. Boa pergunta.
Isso, em primeira aproximação, é muito simples. Velocidades keplerianas, que só dependem da distância à estrela e da massa dela (e um pouco da massa do da parte do disco interna ao raio considerado): V^2=GM/R.
Na espetacular imagem, que como chama a atenção a astrônoma americana Nathalie (casada com o o brasileiro e amigo Celso Batalha) – não é um desenho – estamos vendo apenas a parte exterior do disco. Ou seja, não vemos a região interna, onde se formarão os planetas rochosos, supostamente dentro de uns 10 milhões de anos. A imagem além de linda emociona os que trabalham na área de formação planetária por ser a confirmação das suas ideias e modelos.
E o Brasil exita a entrar no ESO… Alguns propõe projetos americanos mais baratos, que naturalmente não incluem um projeto como o ALMA. E assim vamos rumo a insignificância científica.
Salvador, peço para você lembrar seus leitores o motivo pelo qual o sistema toma a forma de um disco com os planetas principais formando apenas nele. Indique também as teorias que explicam o porque de surgir alguns planetas que orbitam fora deste plano em elipses mais alongadas. Este assunto rende muitas explicações (e talvez até outra postagem) que incluem muita física que até hoje esta sendo pesquisada por ai. Como exemplo, eu mesmo vi uma palestra há alguns anos atrás sobre a estabilidade do sistema solar e de sistemas binários ou múltiplos de estrelas. Muitas hipóteses, simulações e contas foram feitas em supercomputadores para se chegar aos resultados apresentados na palestra, que por sinal nem eram definitivos.
Nossa Geraldo. Aí você esta pedindo demais. Você esta correto na sua colocação, mas órbitas planetárias são muito complexas. Cada sistema tem o seu e depende muito da sua formação.
E na verdade, não daria um post, e sim daria um livro.
Só pedi para explicar sobre momento angular e sobre o efeito do vento solar sobre os “detritos” que não caíram sobre os planetas principais resumidamente. A forma de disco do sistema em formação não deixou ninguém curioso? E bom explicar sobre isto.
Salvador,
o que acontece com o disco no “final”?
Entendo que os planetas vao pegando tudo que esta no caminho, nos vaos. Mas e o que esta entre os vaos? podem sobrar alguns cinturoes de asteroides ou algo assim?
Parabens pela coluna
Acabam desviados, colidem com planetas, são disparados para fora do sistema ou formam cinturões. O gás é naturalmente soprado para longe pelo vento estelar.
Salvador, estou devorando seu excelente livro!
Diante da beleza dessa imagem, eu pergunto:
Se você fosse colocar números na equação de Drake, você está entre os pessimistas ou os otimistas?
Quais seus números?
Abraços
Paulo Antonio, do blog “Astronomia observacional e astrofotografia amadora”
http://astrosantos.blogspot.com.br/
Fala, Paulo! Então, eu figuro entre os otimistas, mas não tanto quanto os mais otimistas. Qualquer hora vou colocar meus números na equação, e aí te conto o que deu! 🙂
Excelente pergunta, Paulo.
O Salvador poderia nos brindar com um post nesse sentido. O que acha Salva? 😀
Tá na lista! 🙂
aproveita e tente juntar dados mais “certos” de alguns parâmetros.
a equação é uma tentativa de acerto, bastaria usar da probabilidade de se acertar na loteria que já teria um resultado que, embora não seja correto, irá demonstrar uma chance de haver algumas Terras espalhadas por aí.
todas as condições que nossa Terra possui é, de fato, bem baixo de acontecer, haja visto a quantidade de luas e planetas sem vida. De certa forma, somando tudo, 9 planetas mais as 157 luas temos 166 (contando Plutão), talvez tenhamos mais alguns planetesimais para somar, então vamos arredondar para 200.
com isso já poderia estimar que as chances de existir uma outra Terra é de 1 (uma) em 200, ou 1/200. Claro, é um chute. Agora, pegando essa informação do Wikipédia: Até 27 de março de 2014, havia 1 779 exoplanetas detectados, fazemos a conta:
1779/200 e arredondado para baixo, desprezando o valor após a vírgula, temos 8 planetas habitáveis (sem mais considerações sobre distância à estrela). Podem ser mais frios, mais quentes ou uma lua do tamanho de Marte até Vênus, maior que isso há chance da lua ser engolida por um gigante gasoso (esse tipo de lua ainda está no reino da fantasia, infelizmente).
Acho essa conta sua completamente absurda. Primeiro porque a conta deveria ser feita com planetas equivalentes à Terra em termos orbitais e de densidade. E aí descobrimos que é 1 Terra pra cada 5 planetas. Segundo que, se contarmos todos os corpos esféricos do Sistema Solar em contraposição aos potencialmente habitáveis em algum momento de sua história, temos que a conta fica em coisa de 10 em 200 (posso citar aqui, entre os que podem ter ou podem ter tido vida similar à nossa, Vênus, Marte, Ceres, Europa, Ganimedes, Calisto, Encélado e Titã — já são oito). Ou seja, 1 pra 20. Por fim, você presume que todas as circunstâncias do Sistema Solar são requerimentos para a vida. Não são.
por isso é um chute, um tremendo chute sem saber pra que lado está o gol.
as variáveis envolvidas para se ter uma Terra são complexas, por exemplo, suponha que nessa matéria descubram que as observações permitiriam observar um planeta do tamanho e distâncias muito próximos aos valores ideais para formar vida como aqui. Se essa exo-terra tiver o azar de um Jupiteriano cruzar as órbitas internas a ponto de perturbar todos os planetas interiores, acabou.
a vida evoluída precisa de um ambiente muito favorável por longo período, essas condições podem não ser tão fáceis de se obter devido o jogo de bilhar durante o tempo de formação. Daí vamos ter bactérias e com sorte algumas criaturas embaixo de um oceano como em Europa.
Concordo que a conta é absurda, é somente mais um tiro no escuro. As simulações de formação planetária sempre indicam que é possível haver até mais de uma Terra na zona habitável, o problema é a briga entre planetas do tipo Jupiter, Saturno e Urano.
Mas se houver esse jupiteriano excêntrico, não vamos achar a exoterra para começo de conversa. A estatística 1 para 5 já leva isso em conta. 😉
verdade, a questão é o kepler só enxerga melhor planetas próximos demais da estrela ou que fossem gigantes gasosos. A nova geração de telescópios espaciais pode mudar bastante as coisas e melhorar a estatística, de fato, busquei um chute do tipo pessimista, ainda assim sobrou exoterra.
ainda com o james webb não vai ser fácil enxergar planetas em estrelas do tamanho do nosso Sol.
detalhe sobre a notícia, estão dizendo que a estrela seja muito menor que o Sol, mas na sua matéria aponta que é ligeiramente menor.
só para ter uma noção de tamanhos:
http://www.astro.iag.usp.br/~gastao/PlanetasEstrelas/
bem na imagem em escala dá para notar que as listras visíveis são prováveis jupiterianos porque marcam bem a sua passagem, pode haver também mais de um planeta em cada órbita. Já o trecho mais próximo da zona interior não mostra nada, deve haver planetas menores do tipo Venus, Marte e Terra.
Boa tarde Salvador!
“E o que será de HL Tauri em mais 4 bilhões de anos, quando provavelmente nada restará de humano no cosmos?”
Essa afirmação não seria muito severa afinal, em 200 mil anos deixamos de ser humanoides primitivos e atingimos níveis de desenvolvimentos surpreendentes, se, bem, que se olharmos para batalhas e carnificinas que ainda vivenciamos, parece que não superamos os instintos bestiais ancestrais. Quero sonhar que, senão toda a humanidade, pelo menos uma boa parcela dela estará viajando e povoando outros planetas ainda que, pelas ciências atuais não vejamos como tornar possível. Num espaço de 1 bilhão de anos as velocidades para os desenvolvimentos serão exponenciais a cada período de seis meses ou menos e para tanto, nos basta lembrar que por volta de 1940, logo ali há meros 74 anos atrás se desenvolveram os primeiros semicondutores de germânio e hoje possuímos “intercomunicadores” que fariam inveja ao Capitão Kirk ou ao seu imediato Spock em Jornadas nas Estrelas então, não ouso a imaginar os gadgets que estarão disponíveis para os garotos de 2115, 2215 ou em 3015, que dirá daqui a 800.000 anos, imaginando que nenhum corpo com 20 ou mais quilômetros de diâmetro e viajando 100km/s venha nos brindar com sua presença .
Apesar de possuirmos os alelos da Lucy em nossos DNA, que nos tornam “guerreiros sanguinários”, também herdamos dela a persistência, a curiosidade, à capacidade de experimentarmos novas ideias e quiçá, também a herança que nos humanizará em mais altos níveis e usando todos os potenciais do cérebro que suprimirão desejos pueris que ainda vivemos. Quem imaginaria ou sonharia há cerca de 50 anos atrás com a possibilidade de se “escanear” um corpo na Europa, EUA, Austrália ou na China e pudéssemos reproduzi-lo em nossas casas através de impressoras em 3D? Podem me internar como maluco, mas começo a ver uma ínfima luz no túnel do tempo para o teletransporte quando poderemos viajar a 99,9999% da velocidade da luz, se, não dermos outros saltos quânticos nas tecnologias.
“Nunca nos encontraremos, mas todos partilhamos a mesma saga cósmica. Não é de arrepiar?” Eu ainda prefiro acreditar na espécie humana.
Tetsuo, 4 bilhões de anos é um tempo incomensurável. Nenhuma espécie durou tanto tempo. Eu acredito que a humanidade vá transcender sua existência até agora efêmera para se tornar uma supercivilização. Mas ainda que isso aconteça é bem possível que estejamos irreconhecíveis em 4 bilhões de anos…
Estremos irreconhecíveis bem antes disso. Em menos de 100 anos, não teremos água potável e teremos que beber esgoto tratado, não haverá energia para todos, o sistema financeiro já terá entrado em colapso e não haverá dinheiro, o aquecimento global será implacável com as plantações e a fome dominará o mundo. Estaremos todos vivendo em favelas e voltaremos à era paleolítica.
Você está sendo muito pessimista, esqueceu que em 100 anos muita coisa pode acontecer e que muitas tecnologias podem surgir, a população mundial pode se estabilizar e que mesmo a água pode ser retirada do mar e dessalinizada?
Mas o meu cenário é o cenário otimista. O pessimista é aquele em que tudo termina mesmo com milhares de homens-bomba nucleares por todos os lados. E estamos caminhando a passos largos para isso…
Menos, Zeno. Menos…
São Paulo já tem planos de extrair água de esgoto tratado…. Aguarde uns dez anos, não 100 anos 🙂
Acredito que os países desenvolvidos já fazem isso.
Salvador, nenhuma espécie durou tanto tempo? Como assim? Só conhecemos, pelo menos eu, algumas espécies que habitaram nosso Planeta. Afirmar isso significa não acreditar que ocorre ou ocorreu vida fora da terra.
Paulão, a duração média de uma espécie animal na Terra não excede 10 milhões de anos. Mesmo criaturas muito longevas, como os trilobitas, duraram pouco mais de 200 milhões de anos. Quatro bilhões é muito, muito tempo.
Pois é, segundo esse raciocínio então as “supercivilizações” deveriam então ser muito abundantes no Universo não é mesmo? E o que nós vemos? Nada! To quase acreditando no Apolinário Messias…
Não. Segundo esse raciocínio, não sabemos se existem supercivilizações ou se elas vivem por muitos bilhões de anos. Supercivilizações poderiam viver até por 1 bilhão de anos (que é muito mais que qualquer espécie animal conhecida, um tempo enorme), e ainda assim não teríamos visto a que observou o nascimento da Terra, 4,6 bilhões de anos atrás. E o Apolinário Messias não discute supercivilizações. Ele defende que não há vida de qualquer tipo — incluindo bactérias simples — em lugar algum, salvo na Terra. E o pior: tudo isso baseado numa leitura que ele pessoalmente faz de um livro velho que nunca versou sobre o tema, escrito numa época em que a ciência nem existia. Essa posição dele é bem mais difícil de defender. Mas, se quiser, tente. 🙂
Mas se as tais supercivilizações existiram e acabaram sucumbindo, porquê elas não deixaram rastros? Não é possível que uma civilização tão formidável como essa passe desapercebida.
Tenta deixar rastros por bilhões de anos. Mesmo as nossas gloriosas Voyagers, depois de bilhões de anos, provavelmente acabariam destruídas por algum evento cósmico. E elas são uma agulha num palheiro para encontrar. Coisas construídas em planetas com atmosfera serão completamente destruídas muito antes disso. Para de fazer manutenção nos nossos edifícios para ver o que sobra por aqui. No futuro, quando a Terra se tornar uma nova versão de Vênus, superquente, não haverá um só sinal de que nosso planeta um dia foi habitado. Talvez ainda existam ruínas alienígenas em algum lugar aí fora, mas não tivemos até o momento tecnologia suficiente para encontrá-las. E, numa escala de 4 bilhões de anos, provavelmente nada restaria.
Fiquei indignado com a citação “livro velho”. Além de injusta é de um extremo mau gosto. A Bíblia Sagrada é antiga, sem dúvida, mas sua mensagem é ETERNA. O fato de uma obra ter sido escrita há milênios não a torna obsoleta, muito pelo contrário. Nenhuma outra obra literária exerceu tanta influência no mundo ocidental, praticamente moldou toda a nossa Civilização. É o livro mais vendido de TODOS OS TEMPOS. Curvem-se diante da sapiência Divina contida nessa obra.
Nunca desqualifiquei ao chamar de velho. A República de Platão também é um livro velho, e duvido que os fãs do velho filósofo fossem se ofender com essa referência. Você mesmo aceita que a Bíblia é um livro velho. Para de implicar à toa.
supercivilizações é um bom tema como no caso da equação drake.
eu acho que as civilizações mais evoluídas não se importam em tentar um contato, talvez por conta do risco que isso traria ou por saberem que é complicado um contato, um esforço muito grande para um resultado pífio.
as voyagers são as melhores formas de contato que temos, pois, vão durar ao menos um bilhão de anos e vagam por aí sem parar. Mas é uma micro-agulha no palheiro.
a evolução dos nossos meios de comunicação buscam qualidade cada vez maior que nem sempre se traduz em longa distância e vazamento ao espaço. Os sinais se degradam e processos novos de codificação são usados para evitar perdas, por exemplo, há testes de transmissão via fibra óptica com luz “torcida” para ampliar a banda de dados, a própria fibra já limita um eventual vazamento de dados ao espaço.
o SETI se esforça muito para ouvir e não encontrou nada em décadas, nem o sinal wow se repetiu, mesmo apontando na direção de origem. Os aliens inteligentes não estão se esforçando muito para facilitar nossa vida.
Desculpe, mas a resposta não convence. O que eu entendo como sendo uma “SUPERcivilização” é uma civilização que deve ser altamente competente em todas as áreas do conhecimento, tanto do ponto de vista científico como o da organização social. Provavelmente seriam seres capazes de se deslocar em grandes velocidades pelo Cosmo sem problemas, pois teriam resolvido todas as questões energéticas. Eles deveriam ter uma medicina muito avançada e talvez possam até ser imortais. Provavelmente, um povo como esse não teria dificuldade em localizar e habitar vários planetas simultaneamente, podendo até adaptá-los ambientalmente a fim de colonizá-los. Uma cultura dessas não “some” de repente.
Zeno, concordo com você. Uma supercivilização tende à imortalidade. Ainda assim, não sabemos (1) se é possível atingir esse estágio e (2) se esse estágio implica a colonização da galáxia. Uma supercivilização poderia se materializar, por exemplo, numa extinção do estágio biológico e uma nova fase 100% tecnológica (consciências se transferem para máquinas, e descartam sua origem biológica). Isso poderia facilitar a rota para a imortalidade, mas eliminaria a reprodução. Sem reprodução, a necessidade de recursos cai drasticamente, e aí não há motivação para a colonização da galáxia. E veja que esse é apenas um dos desfechos possíveis para uma supercivilização. Alternativamente, ela poderia adotar regras de conduta que excluíssem a colonização de sistemas onde a vida poderia emergir naturalmente, a fim de não sufocar a biodiversidade no cosmos. Então seríamos uma espécie de “reserva florestal” de uma civilização avançada. Mas ninguém sabe de fato se é sustentável ser uma supercivilização imortal. Ela pode muito bem encontrar uma colapso mais adiante, ainda que leve um tempo incomensurável, como 1 bilhão de anos. De toda forma, ainda temos muito pouca informação para dizer que estamos sozinhos, mesmo em nossas vizinhanças.
Isso sem mencionar as viagens pelo tempo, as dobras espaciais, a interdimensionalidade e todo o arsenal da (nossa) ficção científica que estaria disponível para tais seres. Poderia conjecturar que até mesmo a própria Natureza seria “domada” por tal civilização. Como uma espécie animal tão extraordinária poderia “sumir” assim?
Tudo se que faz Zeno a terra come. Literalmente.
Se olharmos para o que foi deixado, ou seja, o que a terra não devorou, os cientistas estão tentando desvendar. Como exemplo leia sobre a Pedra de Rosetta, quanto tempo demorou para sermos capazes e conhecermos.
Há pessoas nesse planeta que vive nas metrópoles sem sequer ter escutado falar de Aristarco, Galileu, Newton etc.
Acredito que tudo pode ser observado, (esse post do Salvador é um ótimo exemplo, o sistema está lá em plena formação e apenas no final de 2014 que conseguimos registrar), então, resta-nos expandir nossa capacidade intelectual, física, consciente etc.
Acho que estão manipulando a IBOGAINA para esse fim.
Ruy Ney
Obrigado pela indicação deste belo clássico, Ruy. Eu já li o livro, meu amigo.
É que o tempo citado acima é muito grande para deixar rastro de alguma coisa.
Abraços.
Se tratando do ponto de vista biológico, as permutas de genes entre indivíduos provocará um decréscimo na qualidade da especie. Este decaimento se dá porque os cruzamentos dos indivíduos não são qualitativos e sempre um dos pares tem alguma deficiência. Em algum momento, a maioria dos indivíduos da espécie serão tão doentes que mal serão capazes de se reproduzir. É o fim do ser humano.
Dai a necessidade da evolução através da adaptação para que o gene da espécie continue sempre o melhor possível.
Só que o homem se preserva desta seleção natural, criando contextos que a desacelera
Tirando o fator que nós nos auto destruimos, será que realmente vamos suportar a existir por mais 3,8 bilhões de anos?
Acho que se não tivermos o controle do nosso DNA isso não será possível pelo quesito biológico mesmo
O Universo é um estado de caos absoluto. As referências tempo e espaço se encontram na contramão da via de compreensão deste estado. A ciência laborada pela mente humana se assenta num modelo infinitamente restrito para a observação do que acontece à sua volta. Seria interessante também que ela devesse considerar a possibilidade do autoconhecimento do micro universo consciencial do ser para fortalecer e expandir os modelos existentes.
Se me lembro bem, Carl Sagan disse, na velha série Cosmos, que nossa tentativa de compreender o cosmos é equivalente à de uma efeméride, uma mosquinha que vive apenas 24 horas, entender o ser humano pelo que vê numa aglomeração na rua…
Só que podemos acumular informação e passá-la às gerações futuras, que acumulará com o conhecimento que adquirirem… Se as efemérides fizessem isso, em algumas dezenas de anos saberiam muito sobre os seres humanos.
OFF: Porém bem pertinente, diante das últimas discussões “ciência x religião”:
http://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/2014/11/07/ciencia-modo-de-nao-usar/
Do livro “Would you Baptize an Extraterrestrial?” (“Você Batizaria um Extraterrestre?”), dos jesuítas Guy Consolmagno e Paul Mueller, ambos cientistas do Observatório do Vaticano (sim, isso existe, e os caras fazem ciência de excelente nível por lá):
“Tentar usar a ciência para ‘provar’ a existência de Deus tem como efeito colateral dar à ciência uma autoridade maior que a da religião — isso dá à ciência a última palavra, deixando a fé em segundo plano. Uma coisa é dizer que a beleza complexa da natureza reflete a glória do Criador, e se deleitar no desígnio que vemos nisso; que a razão pela qual fazemos ciência é glorificar a verdade e aquele que é, em última instância, o Autor da verdade. Isso é boa religião. Contudo, reduzir a Deus a apenas mais uma força da natureza, ao lado do eletromagnetismo e da gravidade, como a razão imediata de algo que acontece no mundo, é má teologia e má filosofia. As pessoas que tentam fazer isso, em geral, estão tentando recuperar uma leitura literal do livro do Gênesis. Isso é fundamentalismo travestido de ciência.”
Deus existe. Ele tem nome, sobrenome, profissão, nacionalidade a ainda por cima dirige carro. Observação: ele é carioca e se enfeza muito fácil.
Alguns dizem que ele é ex-presidente de um país latino-americano….
é como se a pessoa estivesse tão viciada no sal que precisa colocar uma colher de chá cheia no prato para dar um gostinho no almoço ou ela não consegue se alimentar.
mas o sal faz mal à saúde, principalmente uma quantidade além da recomendada. Mesma coisa a religião, usada muitas vezes para justificar o injustificável.
ser bom sem precisar de religião é um desafio para muitos, somos mais parecidos com australopitecos do que imaginávamos.
ciência não é religião, esta é uma necessidade para preencher um vazio do orgulho de se sentir melhor que os outros. Por eu acreditar na religião e fazer parte da clã do Esterco sou melhor que os demais animais da Terra. Por acreditar na Bunda da Vaca a minha religião está acima das demais e posso depreciar os outros.
a gente vê isso no futebol, outra forma de se preencher o ego, o meu time, os Cara de Bunda, arrebentam o seu, os Cabelo do Sovaco. Isso é uma forma de religião.
lembram do filme Contact de 1997? teve essa discussão em haver necessidade de se enviar alguém religioso na suposta nave alienígena e, assim, ensinar os mandamentos bíblicos aos descrentes aliens. Mas uma civilização avançada precisa mesmo de pastores?
Salvador, parabéns pelos seus textos. Acompanho efusivamente seu blog, pois trata de assuntos de que gosto muito. Não existe nada mais incrível do que olhar para o céu, ver essas estrelas e ponderar sobre toda a história cósmica do Universo. ” Nunca nos encontraremos, mas todos partilhamos a mesma saga cósmica. Não é de arrepiar?”. Sim! É de arrepiar mesmo!
Me fez lembrar da seguinte frase: “Existem duas possibilidades: ou estamos sozinhos no universo ou não estamos. Ambas são igualmente aterrorizantes”
Salvador, muito bom seu texto. A parte final é quase tão bonita quanto essa imagem…
Apesar de comentar pouco acompanho de perto esse espaço (com o perdão do trocadilho =D ).
Cara é muito legal ver a ciência funcionando, observações confirmando e expandindo teorias e tudo mais.
Me arrepia tudo isso…
Dá pra não se sentir especial sabendo que fazemos parte de algo tão grandioso?
Salvador, qual o tamanho dessa estrela em comparação ao nosso sol?
Ela é tipo K, então deve ter algo como 60 a 80% do tamanho do Sol.
Desculpe-me Salvador, mas está errado. Ela tem 1 milhão de ano e ainda está se contraindo. Ainda é maior que o Sol e poderá até ficar mais quente que ele quando chegar a vida adulta. Uma ideia aproximada do raio não é muito difícil – obtenha a luminosidade pela distância e magnitude aparente. A luminosidade depende da chamada temperatura efetiva (que vai sair do tipo espectral, precisa mias detalhe que K) e da área externa, ou seja da superfície da esfera de raio R. De cabeça (que anda me traindo muito), L=4/3sigmaR^2T^4, onde sigma é a constante de Boltzman. Basta botar aí os números, que não tenho aqui onde estou. Acho que vai dar uns 3 raios do Sol. A massa (ou seja a temperatura final) vai depender dos incertos modelos de evolução das esteras jovens.
Desculpe, deve ser 4(pi)(sgma)R^2T^4.
Interessante isso, Beto. Então, por não estar na sequência principal, apesar de ser K agora, pode acabar sendo algo como A mais adiante?
Pode, Salvador. Depende da massa, que infelizmente s’o sabemos com certeza para estrelas duplas. Uma boa determinação da luminosidade , temperatura e idade nos permite, através dos modelos evolutivos, estimar que tipo de estrela ela sera quando for “adulta”. Para uma mais quente, como O ou B, a evolução ja seria mais rápida e não estaria no estagio da HL Tau. (meu teclado não coloca acentos e só consigo corrigir os que o programa deteta).
Tranquilo quanto aos acento. Achei um paper de 1987 que calculava a massa de HL Tauri em torno de 1 massa solar (http://adsabs.harvard.edu/abs/1987ApJ…323..294S). Mas o paper é velho, não sei se já refinaram bem essa conta desde então.
Também nao confiaria muito no paper já tao velho, mas mostra de qualquer forma que ela seria, quando chegasse a fase adulta uma G inicial. Depois de uma contração, em que a estrela eh ainda bem fria, ha uma evolução em que quase so muda a temperatura, a estrela vai se aquecendo, ate chegar perto de onde ela ficara na vida adulta. Assim de uma K avançada a HL Tau devera ir passando por todos os tipos espectrais ate que, perto de daqui a 10 milhões de anos, chegara no final da evolução inicial, quando começa a fazer as reações termonucleares no seu centro. O bonito eh que vamos mapeando todas essas fases em diferentes grupos de estrelas com idades jovens e vamos vendo junto com isso a evolução dos discos protoplanetários ate que por volta de 10 milhões de anos temos apenas os discos de destroços, com planetas se formando e pedregulhos. Da para ir mapeando a situação ate entre 50 e 100 milhões de anos quando quase já não sobra nada do disco. Mas tudo isso raramente com algum detalhe, so a emissão total do disco. Ai a gente ve nessa imagem tudo que se tinha calculado. Nao eh atoa que os astrônomos da área ficaram extasiados.
Sensacional! É uma imagem incrível de fato. Espero que encontremos outros discos similares, “vistos de cima”, para o Alma poder comparar. O famoso de Beta Pictoris, por exemplo, parece estar quase de lado pra nós…
O de Beta Pic eh numa fase “bem” mais velha. Justo estamos aqui discutindo no grupo do SACY se teria 10 ou 20 milhões de anos. Novos artigos propõem idades mais velhas e nos preferimos mais jovens. Idade eh foda. Ela pertence a um grupo jovem, que estudamos. Uma idade sairia voltando o grupo para trás e vendo quando o grupo estava mais compacto e supondo que então ele estava se formando.Isso da 12 milhões de anos. Acho que eh mais por ai.
Você viu as imagens do GPI de Beta Pic b? 🙂
Salvador, existe alguma ideia ou plano para lançar um satélite capaz de tirar uma foto da via láctea “por cima” ou “por baixo”? A voyager, pelo q eu sei, está se afastando do sistema solar pelo mesmo plano q estão os planetas, certo? daria para lançar um satélite q sairia perpendicular ao plano dos planetas e da via láctea?
Curto bastante seu Blog!!
Não tem como. Seria preciso viajar uma enorme distância, que está ao menos no momento além da nossa tecnologia. Mas o Gaia poderá pelo menos fazer uma projeção disso!
Salvador, é preciso deixar claro que “…neste exato momento, em torno de uma jovem estrela apenas ligeiramente menor que o Sol, nasce um novo sistema planetário na Via Láctea…” na verdade, o nascimento ocorreu a 450 anos, ou seja, nem nossos tataravós haviam nascido quando isso ocorreu.
Abraço
Não, Paulão, porque o processo de formação de planetas não é tão rápido. Ele estava acontecendo há 450 anos (idade da foto, em razão da distância), mas ele continua acontecendo agora, 450 anos depois da foto! 😉
As dores do partos já duram 450 anos. E provavelmente durarão outros mais.
Quando se diz discos, pode-se entender que os planetas estão dispostos num plano só? Qual seria a vista se estivéssemos deslocados uns 90º em relação à estrela?
Isso. Eles ficam mais ou menos no mesmo plano, assim como no Sistema Solar.
É isso mesmo. Desculpe minha falha!
Texto emocionante Salvador, parabéns!
Claramente percebe se o quanto essa descoberta te emocionou. Mas também é notável o desabafo para alguns críticos científicos que frequentam o seu excelente blog.
Abraços.
Cada vez mais se descobre que tudo o que existe em nosso entorno observável ocorre numa velocidade muito maior do que se imaginava, o que é esperado, uma vez que se trata apenas de aplicação das leis naturais, que supostamente deveriam atuar de imediato, uma vez que hajam as condições para tal. Tanto é que a expansão do universo logo após o big bang ocorreu a uma velocidade muito maior do que a da luz, caso contrário não poderíamos ver as galáxias mais distantes conhecidas e mesmo assim já plenamente formadas.
É o caso de se questionar se nosso universo seria realmente tão antigo quanto imaginamos
Ele não tem 6000 ou 8000 anos como alguns religiosos que não tem nada para fazer e ficam a atrapalhar a ciência com suas polêmicas toscas andaram “calculando” a partir da Bíblia.
deve haver mais gigantes gasosos nesse sistema observado e o mais legal seria flagrar planetas sendo ejetados.
está aí a prova do caos total, a sorte está lançada e poderá ou não haver um planeta habitável como o nosso por lá com condições muito semelhantes, já sabemos que se isso acontecer deverá se passar uns 4 bilhões de anos ainda até que a civilização de lá possa começar suas próprias observações conforme a evolução tecnológica avance.
esse modelo real mostra como a Terra teve de disputar no braço o seu lugar, HL Tauri está recheada de planetas grandes e deve ter um punhado de corpos do tamanho de luas, de Marte ou até Vênus e ainda em rota de colisão!
bagunça geral, nada de projetista inteligente, nada de divindade fazendo sinal da cruz, tudo na base do caos e sorte. Só se sabe que alguns irão sobreviver a esse caos, que muitas formas de vida podem evoluir ou ter o azar de serem dizimadas por colisões.
lá o desastre é garantido, aqui na Terra já se passou por isso e a vida escapou de desaparecer por pouco.
Será que tudo isso é obra do acaso? Ou o universo é o laboratório de uma mente superior, que ainda não entendemos, assim como não entendemos quase nada do universo? Quantos processos iguais a esse de HL Tauri não estarão ocorrendo em outras galáxias?
O acaso aparece na posição inicial dos planetas e nas possíveis interações futuras entre eles. Até este sistema se formar totalmente e se estabilizar, muita coisa aleatória pode acontecer. E lembre-se que um dia a estrela central pode empurrar todos os detritos que a orbitam para longe, provocando um efeito “jogo de bilhar” nos planetas formados e todos os planetésimos que sobraram.
E assim, como nasce uma nova estrela e assim por conseguinte nasce um novo sistema solar, como o nosso, também é a vida que possui suas etapas de criação e evolução!
Até parece que há algum propósito nisto tudo, não há?
Ou esta grande maravilha nasceu do nada?
Qual é o propósito de existir um cometa? Ou o Sol? Ou o Universo… ou nós? Nenhum, isso tudo apenas existe.
Quando um filhote de passarinho cai da árvore e é comido vivo pelas formigas, não há propósito nem maldade nem bondade (para as formigas). Apenas acontece.
Bom dia, Salvador!
Nós temos como medir a idade das estrelas, certo?
Em breve, os astrônomos utilizando das técnicas que possibilitaram nos brindar com esta imagem, poderão selecionar várias estrelas com idades de 1Mi; 1,5Mi; 2Mi e assim sucessivamente, e vislumbrar o passo a passo da construção de sistemas planetários!
A mente humana é capaz de desenvolver hipóteses, baseados em “achismos”. Depois, desenvolve maneiras de provar estas hipóteses, através de exemplos naturais. Se a hipótese é comprovada, mais um passo se deu para o entendimento das coisas.
Parabéns aos que se dedicam ao estudo do universo!
abs,
Astronomia deveria ser matéria obrigatória nas escolas. Se todos tivessem consciência do quão insignificantes somos, o planeta terra seria um lugar muito melhor para se viver.
Salvador a imensidão deste mundão é tanta que talvez nunca possamos entende-lo. isto é tão fascinante que cada vez mais, me faz entender nossa “pequenês”.
Adoro levantar de manha todos os dias e ler suas matérias e acompanhar os também sábios comentários que se sucedem.
Boa gente, que também apenas tentam explicar o que talvez a humanidade nunca consiga explicar.
isto é no minimo instigante, (isto de novo) talvez ajude explicar a razão desta inquietude de nossa infinitamente pequena raça.
Boas matérias futuras, um gde abraço (se me permite).
Belo texto, como sempre, Salvador. Concordo com você em tudo. É sempre ótimo começar o dia com notícias como esta em seu blog.
Aproveitando, seu livro é tudo de bom. Vida longa e próspera.
Realmente , algo surpreendente , e nunca será desvendado , o porque eu não sei, só sei que em 1 milhao ou 1 bilhao de anos , acontece tanta coisa, acontecem varias gerações de humanos , que o cosmos é estuda mais pela curiosidade do que pela necessidade , Resumindo , o cosmos é feito para admirar .
Prezado Sr Salvador,
O seu livro digital “Extraterrestres” só abre na configuração do Kindle ?
A razão de minha pergunta é que tenho um LEV da Saraiva que trabalha com o “Saraiva Reader”.
Sou grato pela resposta.
João
João, não sei se a Saraiva está vendendo em formato digital. Sei que a Livraria Cultura vende em vários formatos.
É isso que não entendo, como os radiotelescópios conseguem ‘formar uma imagem’ se os mesmo funcionam na frequencia de radio, se os mesmos não são óticos? Como as imagens podem ser formadas apenas por sinal de radio
Radiofrequência é radiação eletromagnética, assim como a luz visível e o infravermelho. Ou seja, é possível focá-la e formar imagens. O problema é que comprimentos de onda muito curtos, como as submilímetro do ALMA, exigiriam um tamanho de telescópio proibitivo. Por isso são utilizados múltiplos radiotelescópios com grande separação física entre si utilizando interferometria para produzir as imagens.
Obrigado pela resposta
Eu agradeço a sua pergunta!
E agradeço a resposta, claro! 🙂
E pensando mais um pouco no assunto, o que são nossos olhos, senão um conjunto enorme de “antenas” sensíveis a ondas eletromagnéticas numa faixa de frequências que a gente chama de “luz visível’ e que levam seus sinais ao cérebro para serem analisadas em algo a que chamamos “imagens”? O ALMA é um tremendo olho artificial…certo?
linda imagem e lindo texto!
Parabens pelo excelente texto!Foi bastante esclarecedor e nos remete a pensar do ponto de vista cosmológico bem como no avanço científico e entendimento da vida.De fato somo um grão de areia na evolução cósmica.
Um abraço!
Nobre escritor, isto me emociona também mas não é só pela ciência mas sim saber que tem um “gerente” cuidando de tudo isso. E, na sua opinião, isto tudo é fruto do acaso?
Na minha opinião, se há um gerente, ele tirou férias, porque tudo funciona maravilhosamente sem ele, só seguindo as leis naturais!
Sem pender para lado religioso. Só que sim.
Não te intriga, usando suas palavras, “tudo funcionar maravilhosamente bem só usando as leis da física?”
Você acha razoável a realidade do “tudo funcionar” das “leis da física” através de pura e simplesmente uma “explosão”? Tem coisa a mais nesse bolo. Com certeza tem.
BANG! E tudo se formou… Rs… (detalhe: agora estão falando que o nada formou o tudo e que tudo é nada e o nada é tudo… E a turma aplaude… Prefiro aplaudir quando for devidamente comprovado)
Somewhere, recente um grupo fez uma simulação chamada Illustris. Ela conseguiu reproduzir a evolução do Universo usando apenas seis parâmetros definidos — você faz essa “regulagem” inicial e pronto. O Universo avança sozinho. Não há hoje uma explicação para essa regulagem inicial. Se você quiser uma explicação metafísica e desejar colocar Deus nesse papel, beleza. É possível. Mas, depois disso feito, o Universo evolui maravilhosamente bem sem ninguém colocar a mão. Se Deus produziu a regulagem original do cosmos, o fez tão bem que qualquer outra intervenção se fez desnecessária. E é graças a isso que a ciência faz sentido. Se Deus estivesse o tempo todo adulterando os resultados naturais, a ciência seria impossível.
“Se Deus estivesse o tempo todo adulterando os resultados naturais, a ciência seria impossível.” Essa é a pá de cal na sepultura de todas as religiões! Adorei a frase!
Curti!
Mas não existe fé em ciência, muito menos o ser humano é um parasita que infecta mundos exteriores…e o sol também não queima, no sentido de reação de combustão…tudo errado caro aliem….só ficou correto a contradição de se contradizer…
Espetacular esta reportagem Salvador. Talvez alguma civilização a 4.800 milhões de anos luz não tenha observado a formação do nosso sistema solar assim como hoje estamos vendo a formação desse sistema solar na constelação de Touro. Será que essa mesma civilização ainda existe hoje em dia. Se existir, imagine o grau de cultura que deverá ter em relação a nós. Que maravilha que é o universos.
Tenha fé na ciência e nas contradições do ser humano. Em 4 bilhões de anos estaremos infectando vários planetas, antes de nosso sol queimar o que resta de combustível.
Parabéns pela matéria Salvador. Muito bem escrita, logo percebe-se a emocao e o carinho que voce tem por esse tema.
Lindo texto. Eu sou um aficionado em astronomia e cosmologia, e você sabe escrever o que eu sinto.
Imagem inacreditável. Poucas pessoas conseguem vislumbrar a importância dessa imagem.
Esse disco visto de cima é como uma visão do nosso passado, como nossa Terra formou, e a estrela não é tão diferente. O que achei mais incrível são as órbitas claramente separadas deste sistema, 7 ou 8 seriam cada um desses “vãos” com certez aum planeta em formação? O que mais me intriga, é que é o número exato de planetas do nosso sistema solar, mais uma pequena peça a favor de nossa Terra e nosso sistema solar serem comuns, logo aumentando a probabilidade de mais vida inteligente existir la fora!
Muito bom!
Acabei de comprar seu último livro na Amazon, agora estou entre dormir e começar a ler: se começo, não durmo! rs
Parabéns pelo trabalho brilhante, como sempre.
Abraços.
Me lembrei da primeira vez em que usei um telescópio, nem faz muito tempo, mas na ocasião, com ajuda de softwares, procurava por Saturno, estava quase desistindo, quando numa última tentativa, consegui ver o senhor dos anéis. Confesso que me emocionei muito! Senti meu coração bater muito forte, e eu estava apenas vendo um planeta muito conhecido, que a NASA já havia mandado sondas e tudo mais. Imagino como ficaram as pessoas que participaram desse projeto, dessa descoberta. É maravilhoso fazer parte disso tudo, nem que seja como um simples espectador. Imagino que você, Salvador, sinta o mesmo orgulho, ao mesmo tempo frustrado de não poder ver as coisas de perto, de não ver o que vai dar isso.
Salvador, 450 anos luz de distancia quer dizer que estamos vendo como era ha 450 anos? Dentro desse tempo pouquíssima coisa deve ter mudado, né?
Exato! É 450 anos atrás, mas é como se fosse hoje.
Gostaria de deixar meu blog como curiosidade dessa nova versão sobre a criação do Universo! http://reflexhuman.blogspot.com.br/2014/10/o-universo-passo-passo-reloaded.html
a imagem remonta 450 anos atras, não existia fla
flu estavam chegando as primeiras caravelas, não que tenha mudado muito por la, mas por aqui não se pode dizer o mesmo.
Que nova versao??? Parem de fazer Propaganda de outros Blogs. Bando de chatos