O último suspiro do Philae?

Salvador Nogueira

Mais um dia de trabalho no cometa Churyumov-Gerasimenko — e pode ser o último. A boa notícia é que o módulo Philae está bem afixado e ativou seu instrumento de perfuração, informou nesta sexta-feira (14) a ESA (Agência Espacial Europeia).

Imagem panorâmica da região de pouso do Philae, na beira de um penhasco. Ops!
Panorama da região de pouso, na beira de um penhasco. Repare as manchas brancas, acima e à dir.: são estrelas, fora de foco!

Os engenheiros não têm certeza se a altura da sonda com relação ao chão permitirá que o solo seja efetivamente escavado pela perfuratriz, chamada de SD2, e amostras sejam encaminhadas para o laboratório interno. Os resultados só virão com o próximo contato entre o Philae e a Rosetta — que pode ou não acontecer.

Depende basicamente de as baterias durarem até lá. Nas últimas simulações de carga, a conta está no limite para que o módulo de pouso permaneça operacional até a Rosetta voltar a sobrevoá-lo para restabelecer contato.

As tentativas de mover o módulo e melhorar a quantidade de radiação solar que chega a seus painéis solares não tiveram resultado. O Philae realmente parece bem preso ao chão e cercado por rochas. Imagens subsequentes das câmeras ÇIVA mostraram que o veículo não se moveu desde que pousou ali, confirmando que ele está bem preso ao solo.

Depois da noite de hoje, provavelmente o Philae irá dormir, sem baterias para permanecer em operação. Existe a possibilidade que ele volte a despertar conforme o cometa se aproxime mais do Sol e o nível de energia que chega ao painel solar aumente. Mas eu não prenderia minha respiração esperando por isso.

SEM CONTATO VISUAL
Em paralelo, a Rosetta segue procurando fazer contato visual com o Philae na superfície. Sua órbita foi alterada para obter as melhores imagens possíveis da região onde ele deve estar.

Esta missão já bateu baixas chances de sucesso antes, então ainda é cedo para dizer que é o fim. Mas, ao que parece, antes que o dia termine o Philae deve estar sem energia, encerrando suas transmissões.

A avaliação dos cientistas, contudo, é bastante positiva. Entre 80% e 90% dos dados que tinham de ser colhidos na missão primária do Philae foram efetivamente obtidos, segundo Stephan Ulamec, gerente do módulo de pouso na DLR (agência espacial alemã).

Uma missão estendida se tornou improvável diante da baixa quantidade de luz que chega aos painéis. Mas quem pode reclamar, quando a chance era grande de que o módulo quicasse e voltasse ao espaço, sem fazer medição nenhuma da superfície?

Não custa lembrar: estamos falando de um pouso num objeto ativo que tem apenas um centésimo de milésimo da gravidade da Terra. Um feito incrível.

A coleta de dados de solo pode acabar hoje, mas as análises darão trabalho aos cientistas por muitos anos. Isso sem falar na própria Rosetta, que continuará a estudar o cometa conforme ele se aproxima do Sol. Ainda tem muito gelo sublimado para rolar por baixo dessa ponte…

Acompanhe o Mensageiro Sideral no Facebook e no Twitter

Comentários

    1. Sim! O periélio não é daqueles de castigar, não passa muito perto do Sol. Mais ou menos a distância da Terra.

  1. Olá Salvador Nogueira e amigos usuários do mensageiro sideral, saudações a todos! Me chamo Almany Falcão, sou técnico em Telecomunicações Senior, ex-embratel(hoje aposentado), e trabalhei no setor de produção, geração e instalação de energias alternativas e sobressalentes(inclusive para satélites). Afirmo categoricamente a todos que o módulo Philae não irá deixar de funcionar definitivamente(hibernar) mesmo com pouco tempo(1h30 aprox) de luz solar. Na verdade o módulo não depende só das baterias para funcionar As baterias são na verdade um sistema stand-by para o caso em que não haja incidência nenhuma de luz no painel foto-voltaico. Os painéis não só carregam as baterias, como também alimentam os equipamentos. Sendo assim, mesmo que por poucas horas, o sistema será ativado. Não acredito que os engenheiros empenhados na construção do artefato(robô) tenham subdimensionado essa parte, que é a mais que vital para o perfeito funcionamento do equipamento. A alimentação(energia) é extremamente essencial num projeto de tamanha grandeza, importância e valor. Com certeza o Philae não vai parar(apenas relaxar mais do que devido).

  2. Tipo algum dia ele pode recarregar a bateria caso o robô ficar de frente ao sol, e como será continuará com as pesquisas ou não?

    1. Estão estudando essa possibilidade. É possível que ele volte da hibernação num ponto futuro.

    1. Não. Se agora ela já está sem energia solar, imagine mais longe! Além do quê, a órbita do cometa não vai tão longe. Nem passa de Júpiter.

  3. Eu ainda não entendi como foi feita a coleta do som que foi publicado como eles coletaram isso no vácuo.

    1. Não tem som. É oscilação magnética convertida em áudio. O resto é trapalhada da imprensa. O som não se propaga no vácuo, como você bem disse.

  4. Salvador, só uma dúvida.
    Missão com 10 anos de duração e 4 bilhões de dólares de investimentos. Retorno de todo o investimento depende agora da bateria solar.
    Afinal! Saiu caro ou barato em comparação com outras missões do mesmo porte. Lembrando que a Índia (guardada as devidas proporções), mandou uma sonda para Marte com investimento de 70 milhões de dólares.

    Att,
    Aislan

    1. Aislan, a missão custou 1,2 bilhão de euros e é, por qualquer medida, um sucesso espetacular. O lander custou menos de 300 milhões desse total, e produziu 80-90% dos resultados requeridos dele, na primeira tentativa da história em fazer isso. O resto foi no orbitador, que segue operando lindamente e provavelmente continuará ainda por mais de um ano. O que vale mais, a Índia conseguir fazer por 70 milhões algo que os EUA fazem a cada dois anos, ou a Europa fazer por 250 milhões algo que ninguém nunca fez, com aproveitamento de 90% do investimento? Adoro a MOM, mas não dá para comparar com a Rosetta. A Rosetta é um mito da exploração espacial.

      1. A Índia, a Índia! Existe pais mais improvável, contraditório, inviável e enigmático? Acho que não…De qualquer forma os indianos já partiram 4 décadas a frente do Brasil, graças a transferência de tecnologia de veículos lançadores da Rússia e China para eles. Sem desmerecer a comunidade científica indiana.

        1. É bom lembrar, que o Brasil, se não acontecesse aquele “acidente” explodindo a base de lançamento e os técnicos, já estaria bem distante. Ja tinhamos contrato com a Ucrânia para lançar satélites em órbita, mas o forte dos governos dos últimos anos, não tem sido, investir em tecnologia.

          1. O programa espacial brasileiro é uma vergonha. E não dá nem para dizer que é falta de competência técnica, porque em todos esses projetos estrangeiros fantásticos sempre tem um brasileiro. O que falta é seriedade, investimento, planejamento e visão.

    2. eu acho isso uma perca de dinheiro pois esse dinheiro poderia ser usado para suprir a fome de muitas criancas do mundo

      1. Acredito que a vida na terra já foi extinta muitas vezes e vai acontecer novamente.
        Os meteoros são fonte de risco permanente e desenvolver tecnologia para pelo menos nos dar uma chance de sobreviver a queda de um deles não tem preço.

      2. Os pais da criança faminta que tem que trabalhar e sustentar a criança. Não me chamaram na hora de fazer agora eu tenho que ajudar pq??

  5. Bem que poderiam ter usado um reator termonuclear, igual ao curiosity e a voyager, assim não dependeriam de painéis solares.

    1. Já pensei a mesma coisa, mas depois lembrei que esses reatores têm vida útil bastante limitada, o que não seria sificiente para os dez anos de espera até o pouso. O Curiosity, por exemplo, tem previsão de energia para apenas dois anos. Em comparação, o Opportunity continua dando seus passos em Marte 10 anos após o pouso, mesmo com os painéis solares cobertos de poeira.

    2. Se eles usasem um reator nuclear, teria altas chances de acontecer algo com o reator e ele explodir, e claro, com a explosão o impacto no cometa poderia não ser tão legal assim podendo até mudar a rota do mesmo.

    3. Em 2003, ainda não havia tecnologia suficiente para miniaturização. Mesmo assim, um reator seria muito pesado, principalmente na fase em que o lander deveria pousar. E há sempre o risco de contaminação. As células solares das “asas” também não eram tão avançadas como hoje, em 2014. Mas não pdoeriam esperar, tinham que aproveitar a situação… se esperassem por algo melhor, a América só seria descoberta de avião!

    1. Ele tinha um programa de observações básicas com todos os instrumentos no local de pouso que levaria 65 horas pra ser executado. Essa era a missão primária, para declarar “sucesso completo”. Depois disso, seria possível seguir numa missão estendida e fazer novas medições (ele tem uma estrutura giratória) em outros pontos ao redor do lander, além de acompanhar transformações na superfície conforme o cometa se aproxima do Sol.

      1. alguém sabe me dizer algo sobre a poeira cósmica que passara em frente ao sol e deixara o planeta as escuras no período de 16/12 a 21/12….é mito ou verdade este acontecimento…??/

    1. Nao sei como fica de comprar ai no Br, mas faz um mes que tenho um Celestron NexStar Evolution 9.25
      Altamente recomendavel!

  6. Estamos diante um Feito EXTRAORDINARIO. Estes cientistas estão de parabéns. A humaninade esta avançando tecnologicamente e um dia lembraremos deste tempos românticos. Enquanto Isso vamos torcer para quem sabe a angulação do cometa permita mais tempo de exposição. Salvador me corrija, mas o cometa tem alguma rotação ? Se tem e for regular, e possível que o tempo aumente ou diminua. Pensamento Positivo e viva a Ciência da Terra !

    1. Os cientistas estão correndo contro o tempo, e sem energia. Infelizmente, esta deveria ser a fase mais produtiva do módulo. A aproximação do cometa da órbita gravitacional do sol provavelmente ser o fim da funcionalidade do módulo. O cometa ganhará velocidade, expelirá massa, aumentarão as interferências eletromagnéticas solares. Assim, é pouco provável que o módulo saia funcional deste passagem pela órbita do sol.

  7. Pessoal como sabem que existe água no cometa? Como sabem que é gelo o que cobre o cometa se só agora pousarem nele?

    1. Jonas, por décadas os cientistas têm analisado os vapores que emanam do cometa, a partir da assinatura de luz que parte dele. E essa assinatura indica quantidades enormes de água, sublimada pelo calor do Sol. Uma das surpresas da Rosetta foi justamente NÃO encontrar grandes superfícies de gelo exposto. O gelo provavelmente está sob uma camada de poeira, e talvez a perfuração feita agora pelo Philae ajude a confirmar isso.

  8. Salvador, me responda; Esse cometa viaja a mais de 60 mil km/h, certo? Para o philae pousar nesse cometa ele também atingiu essa velocidade? Como ele alcançou o cometa?

    1. Sim, atingiu. Mas não é nada de absurdo. Pra ir pra órbita terrestre baixa, os astronautas já atingem 30 mil km/h… 😉

      1. Aproveitando o embalo da pergunta, qual seria a maior velocidade já atingida por um artefato lançado pelo homem no espaço até hoje?

          1. Resposta do “pai dos Google”:

            58,536 km/h

            New Horizons entered directly into an Earth and Sun escape trajectory after launching on 19 January 2006 at a velocity of 58,536 km/h (36,373 mph), making it the fastest spacecraft to ever leave Earth orbit, 100 times faster than a jetliner.

            🙂

  9. E minha opinião a missão já pode ser considerada um sucesso, por incontáveis fatores. 1o. pela paixão de uma comunidade que moveu o projeto 2o. pela mobilização de recursos imensos envolvendo toda uma sociedade. 3o. pela tecnologia implantada, desde dos veículos, tecnologia de análises e principalmente, pela fantástica telemetria empregada. Por fim, é apaixonante, pois é a fronteira máxima do desenvolvimento humano. Nós, que almejamos ser uma grande nação, em 100 ou 200 anos, ficamos impressionado com sofisticação e desenvolvimento destas nações.

  10. No livro “Uma Breve História do Mundo”, o autor, Blainey, fala que o período das grandes explorações marítimas começaram com o infrentamento pelo que o homem teve do desconhecido. Hoje, cruzeiros singram os mares como se fosse a coisa mais simples do mundo. Mas no início não foi assim. O mesmo ele fala da exploração dos céus pelo homem. Hoje o que parece ser desconhecido no futuro será como sair num cruzeiro de férias. Este tempo chegará, não sabemos quando. Esse é um dos grandes feitos da humanidade rumo ao futuro de dominação dos céus. Pena que não conseguimos resolver os nossos problemas mais corriqueiros! Parece que esses são muito mais difícil de transpor do que qualquer outro problema.

  11. Salvador, você estima que a velocidade do cometa seja de quanto ? E o Philae pouso perto de que planeta ?

    1. O cometa está vianjando a 135 mil km/h (com relação ao Sol) e está no momento na região do cinturão de asteroides.

  12. Vejam só, planejamento de lançamento e pouso feito por um engenheiro da Nasa, pesquisa sofistica entre outras coisas, e deixam logo a parte de abastecimento de energia com um especialista do PT. Tinha que dar nisso, energia acabando no robozinho. Nasa, geração de energia não é com o PT. Vai lá Dilma, perfura o pre-sal do cometa pra ver se lá tem petróleo. kkkkk

    1. Percebe-se que você realmente sabe tudo sobre o assunto, principalmente quando menciona a NASA em uma missão da Agência Espacial Europeia.

      1. Politicagem à parte, a NASA participa como parceira do projeto da ESA com uma série de instrumentos embarcados.

        1. Você entendeu o que eu disse. A missão não é da NASA. É da ESA, mesmo que a NASA colabore com ela. Duas menções à NASA e nenhuma a ESA no comentário original já deixam claro o conhecimento de quem postou e o objetivo da trollagem.

  13. Eu acho que, conforme o cometa se aproxima do sol e aumenta sua atividade interna (expelir gelo, gases e sei lá mais o que), há uma remota possibilidade de expulsar o Philae do solo…

    Também acho que deve ter um meio de hibernar a Philae quando a bateria atingir níveis críticos. Por pouco que pareça, 1h30min por dia com a sonda hibernada pode ajudar muito…

    Penso que a Philae e a Rosetta continuarão mandando dados por muito mais tempo que o previsto…

  14. Salvador, Qual é a rota (trajetória ou órbita) deste cometa? Ele, algum dia, deve repetir a sua passagem pela mesma região onde a Rosetta o alcançou?

    1. A Rosetta seguirá com ele, para o que der e vier! E sim, ele dá uma volta completa em torno do Sol a cada modestos 6,5 anos. 🙂

  15. Se as baterias acabarem, é possível que depois de alguns meses ou anos, com a luz do sol, as baterias recarreguem?

  16. O eterno problema da humanidade, como armazenar energia elétrica.
    Sabemos gerar, reaproveitar, mas pouco sabemos sobre o armazenamento eficaz da eletricidade.
    Até o momento o pessoal da ESA estão sendo fantásticos, superando senão todos, a maioria dos obstáculos e imprevistos.
    Como já disseram nos comentários acima, podiam tentar fazer com que a sonda refletisse a luz solar em nosso amigo robô, afim de tentar, aos poucos, recarregar sua bateria para um adeus glorioso.
    Não sei se é possível, mas sei que na órbita de Mercúrio há pelo menos 2 sondas a Mariner sem contato desde 1975 e a Messenger.
    Como já aconteceu em casos de sondas que estavam “perdidas” retomarem contato com a Terra, pode-se tentar contato com a Mariner, e em caso positivo, tentar manobrar seus painéis solares também para o cometa, sei que as chances são infinitamente pequenas, mas é o que temos disponível para tentar ajudar nosso amigo robô.

    1. Louvável o otimismo, mas acho que você está confundindo a forma como painéis solares funcionam. Eles são feitos para absorver luz, não refletir. Assim, a Rosetta ou qualquer outra sonda não tem condições de direcionar luz solar para o Philae já que não são dotados de espelhos. Mesmo que fossem, o tamanho permitiria que refletissem uma quantidade ínfima de energia, provavelmente insuficiente para abastecer o lander.

  17. Se os caras forem ninjas mesmo, usarao o painel da rosseta pra especlar um tico de sol no modulo. Agora, o duro é encontrar ele no escuro…

    1. A essa altura, nem sabem onde está o Philae. E duvido que o nível de reflexão que os painéis da Rosetta pudessem fornecer fosse suficiente para aumentar significativamente a carga. Pra piorar, tudo seria muito rápido, em razão da velocidade orbital. Um flashzinho só e aí a sonda já sai de posição. Nada muito útil. Além do quê, a Rosetta precisa seguir com sua própria missão científica, que vai ficar mais interessante com o passar do tempo. Melhor não gastar todo o combustível nessas manobras malucas…

  18. Se me permite um comparativo de muito mal gosto… Devem utilizar as mesmas baterias de celular nestes robôs. Meu celular também é assim, nem bem trabalha direito e a carga já está no vermelho. Conclusão: Penso que com tamanha dimensão e importância desta missão, já está na hora de melhorar a tecnologia das baterias (de um modo geral) deste planeta né?

    1. Infelizmente o que temos hj é o máximo que a tecnologia permite. Houve uma melhora significativa nos últimos 10 anos mas é só.
      Não há uma maneira eficaz e sem perdas de armazenar energia.

  19. Olá Salvador, como funciona a bateria? Ela entra em “stand by” em caso de bateria em estado crítico de energia, voltando da hibernação ao receber luz solar? Abraço!

  20. Caramba . Uma missão com este custo, ser interrompida por baterias? Não parece ser inteligente. Porque não previram isso e usaram baterias nucleares a exemplo das voyagers que ja sairam do sistema solar e continuam a operar.

    1. Perguntaram isso na coletiva hoje. A ESA não tem a tecnologia dos RTGs usados pela Nasa e existe uma controvérsia grande toda vez que se lança uma nave contendo plutônio em seu interior. Por isso optaram por uma missão 100% solar.

      1. Além de que, até onde sei, esses reatores terem duração limitada. No Curiosity, por exemplo, a expectativa é de pouco mais de dois anos, uma miséria se comparado aos dez anos que os painéis solares estão conseguindo manter o Opportunity funcionando.

      2. Exatamente Salvador, os europeus não usam energia nuclear por perigo de explosão durante o lançamento. Todos os países signatários da ESA deveriam aprovar esse risco, e considerando ainda que é lançado de um outro continente, dificilmente ocorrerá. Como o programa europeu ocidental sempre teve caráter civil, a ESA se preocupa bastante com a possibilidade de se envolver com um desastre ambiental nuclear.

        1. Porque se explode o foguete (e sempre há um risco, por mais confiável que seja o lançador) pode contaminar os locais onde os destroços caírem.

  21. De toda maneira um grande salto em conhecimento e expertise para futuras missões. Agora é esperar o ano que vem o resultado de outra missão fabulosa, a New Horizons, que estará chegando em Plutão com imagens inéditas de um planeta (anão) e sua lua Caronte. Que tempos incríveis os nossos !!!

    1. E antes dela não se esqueça da Dawn, que vai chegar em Ceres! Promete ser MUITO interessante também!

  22. É uma pena que uma façanha dessas termine dessa forma, por falta de luz! A ESA trabalhou nisso por mais de 10 anos. Não dá pra esperar mais 10 anos pra fazer isso novamente, se é que teremos outra oportunidade. O Philae ficará de carona com o cometa por toda a eternidade ou quem sabe, até que um ET o encontre!

    1. Pelo que li sobre a missão e o cometa, os ETs dificilmente os encontrarão. Afinal, o percurso do cometa não vai além de Júpiter, o que em termos astronômicos, é logo ali, na esquina, aqui mesmo no nosso quarteirão sideral. Se a sonda for descoberta por eles, é sinal de que nosso planeta também terá sido descoberto.

  23. Salvador,
    O contato da Philae com o cometa pode alterar sua trajetória definitivamente ou é insignificante?

      1. Insignificante hoje, mas potencialize isso nos milênios que se seguem e pode-se deslocar a trajetória do cometa para sempre.
        Nada que um choque com outro corpo astral não pudesse fazer, contudo.

  24. Imagino que os engenheiros que trabalharam no projeto jamais imaginaram que teriam êxito em colocar a sonda na superfície do cometa, mas que é uma pena ela deixar de funcionar pelo subdimensionamento da bateria e placas fotovoltaicas. Entretanto não diminui em nada o feito que entrará na história da aventura espacial.

    1. Tetsuo, não foi subdimensionamento. É o fator sorte. A sonda caiu num buraco, está cercada de rochas. Se tivesse pousado onde eles queriam, não haveria esse problema.

  25. Uma pergunta que talvez possa ser idiota: por que a NASA (ou outra agência espacial internacional) não manda satélites como o Digital Globe WorldView-3 para a órbita de alguns corpos celestes, como Marte, a Lua, Vênus e até mesmo para esse cometa?
    Teriam fotos de altíssima qualidade com as quais poderiam aprender muita coisa sobre esses astros.

    1. Carlos Eduardo, que eu saiba as câmeras enviadas a Mercúrio, a Marte ou à Lua são tão boas quanto as que orbitam a Terra. Na Lua, já registraram coisas na escala de centímetros! Quanto a Vênus, as nuvens impedem a observação, salvo por radar, então seriam inúteis. Mas, claro, a principal vantagem num satélite de observação da Terra é que ele exige pouco tempo de planejamento, então você pode incorporar as tecnologias mais recentes. Pense na Rosetta. Ela foi lançada em 2004, mas o planejamento começou pra valer nos anos 90. Então o que temos lá é o absoluto estado da arte dos anos 90. O fato de ser comparável às tecnologias atuais, ainda que desfavoravelmente, mostra o quanto a sonda era avançada quando foi lançada. Todas as missões que vão além de Marte exigem anos de planejamento e de tempo de viagem, o que cria esse “lag” tecnológico.

  26. A engenharia trabalha com uma equipe grandiosa e eficaz ,não só trabalharam no aspecto de dar certo como tambem de chegar aos erros ,caso philae consiga visualiza a roseta podem usar seus refletores para desviar a luz solar até ele e carregar suas baterias por algumas horas ,mais para isto precisaria saber onde se encontra a sonda ,existe inumeras possibilidades de erros mais trabalharam tambem com as de acerto por isto creio neste momento estão tentando manter como de costume a questão ” VAMOS VALORIZAR NOSSO TRABALHO ” ela chegou … já é um feito , agora vamos mostrar que somos capazes de resolver o problema e aumentar ainda mais a credibilidade da ESA ,para quem acordou uma sonda depois de 5 anos parada manter contato com uma sonda que esta indo em direção ao sol e recebendo radiação constante para se manter ligada é facil !logo teremos muitas noticias , especulações sempre virão !

  27. Salvador, parabéns pelo blog!
    O mais incrível é lembrar que ele foi lançado a 10 anos atrás, ou seja, a tecnologia das baterias era de anterior a 2004, provavelmente 2002!!!

  28. Será que lá não teria uma barraquinha para comprar uma bateria suplementar recarregável? Aqui no centro de São Paulo custa RS 15,00, recarrega celular em 15 minutos… essa ESA…

  29. Salvador, estive lendo os comentarios e as respostas, e como sou totalmente leigo no assunto ainda me surgiu uma dúvida, mesmo acabe a bateria da Philae e o cometa tenha sua trajetória alterada passando a receber luz solar, não seria igual algum painel solar que temos aqui, onde assim que recebe a luz já começa a carregar? quanto tempo teria que ter de exposição para recarregar do zero e voltar a funcionar?
    Desculpe-me caso seja uma pergunta besta..
    Obrigado

    1. O problema, desconfio, é o baixo tempo de exposição. Com 1h30 de luz solar no atual nível, com zero carga, ela carregaria um pouquinho, ligaria e já desligaria na sequência. Seria preciso mais continuidade na carga para resolver isso, ou um carregamento mais rápido. Mas não sei se dá para melhorar essa situação com software. Vamos ter de aguardar e ver como eles lidam com a situação. Para o próximo contato, ainda estou otimista.

  30. Não existe a possibilidade do Robô voltar a Terra de alguma meneira para que as amostras sejam analisadas aqui?

    1. Sim, ele pode voltar a Terra, mas antes vai ter que parar no Teleposto Ipiranga para dar uma reabastecida!

  31. Em apenas 2 dias já coletou 90% das informações necessárias? Puxa vida, pensei que levaria semanas! Espero q continue ativo.

      1. Pois é, mas daí eu penso: tanto investimento e tanto tempo dedicado à missão… será que não valeria a pena que ela durasse mais tempo?

        1. Rapaz, ela durou muito tempo! Você está focado no lander, mas a Rosetta passou por dois planetas, sobrevoou dois asteroides, entrou em órbita de um cometa, vai estudá-lo por mais um ano e meio e tivemos pelo menos boa parte das medições desejadas da superfície! É um sucesso tremendo! O problema é o das expectativas. Estamos acostumados aos jipes marcianos, que vão pra lá com missão mínima de 3 meses, e ficam décadas em operação. Mas o Philae foi projetado para “resolver” sua vida em 65 horas. Se durasse mais, seria um bônus!

  32. Salvador, ontem fiz uma pergunta nos comentários de uma publicação que você fez no Facebook, sobre essa questão das baterias do Philae.

    Na ocasião, não obtive respostas. Mas fiquei muito feliz agora com essa publicação aqui na Folha.

    Feliz, mas apreensivo, diga-se de passagem. Apesar do grande sucessão da missão, e isso devemos reconhecer, gostaria muito que o Philae continuasse em operação por bastante tempo.

    De mais a mais, gostaria de parabenizar você pelo excelente trabalho que você vem realizando, especialmente no que tange à cobertura dessa missão da ESA. Creio que essas matérias despertam nos jovens o interesse pela exploração espacial.

    1. Vinícius, essas informações da bateria estão ainda vagas. Os caras tão rodando toneladas de simulações lá, mas tem muita variável que afeta o rendimento das baterias. Eles tão tendo de economizar e decidir que instrumentos usar, e quando, e projetar isso contra o consumo. Complicado. Vamos torcer para ouvir um sinal dele na próxima passagem da Rosetta!

      1. Se o ser dito “Humano”, Não tivesse voltado toda sua inteligencia e criatividade para o mal, talvez hoje tivéssemos várias sondas brigando por um espaço nesse cometa!

        1. Infelizmente, não é bem o caso. Por mais triste que seja, boa parte das tecnologias que nos permitem fazer essas explorações fantásticas teve origem em projetos militares, o que eu considero o “mal” em seu estado mais puro. Basta lembrar que a chegada do homem à Lua nada teve de poético ou aventureiro, era apenas uma disputa de ego entre EUA e URSS. Apenas após alguns pousos pensou-se em usar a empreitada para fazer ciência em vez de apenas fincar uma bandeira e fazer propaganda.

      2. Salvador, como assim “até a próxima passagem da Rosetta” ? Eles só irão ter contato novamente quando, no decorrer de sua orbita o cometa esteja na aproximação máxima com a terra novamente daqui a 6,5 anos como você disse?

        1. Não. A Rosetta está em órbita do cometa (não sei o período exato) e só passa por cima do Philae uma vez a cada órbita para se comunicar com ele. A próxima passagem da Rosetta deve ser por volta das 19h de Brasília. É quando podemos começar a esperar o contato da sonda (se bem que, na passagem anterior, atrasou uma hora).

  33. Acho interessante montarem uma missão de 10 anos, 4 bilhões, com o intuito de pousar e não fazerem nenhum tipo de motor para poder sobrevoar o local de pouso, descer suavemente, fizeram a sonda literalmente cair e se não fosse por pura sorte teriam perdido tudo. O feito em si foi fantástico, mas os resultados foram decepcionantes, ainda tem que evoluir muito em termos de aterrissagem ou sei lá como querer chamar isso, e não venham com essa de ah mas foram até lá, se fosse só pra fazer isso, não teriam tentado pousar.

    1. Entao caro Senhor, pq nao envia o seu curriculo para ESA, ja que vc aparentemente tem otimas nocoes de fisica e viagens espaciais.
      Quem sabe vc nao vem pra Alemanha e comanda a proxima missao?
      Agora deixando o sarcasmo de lado (ou nao)… Pura sorte??? PURA SORTE??? Resultados decepcionantes?????? Vc so pode ta de palhacada!

      Nasci no Brasil, mas me naturalizei Alemao e Sinto muito orgulho do meu Pais, assim como todos os alemaes, por esse enorme feito (a DLR teve a maior contribuicao no projeto)

      1. Alem do mais ela desceu suavemente sim. 1 m/s (para facilitar pra vc, 3,6 Km/) é bem mais suave do que vc dar um Salto aqui na terra…

      2. Fala ai, o naturalizado, qual foi a tua contribuição???? Nenhuma né, foi pura sorte mesmo, pode pular e grasnar o quanto quiser, tanto foi sorte que ela já acabou antes mesmo de começar.

        1. Parabens por mais um comentario retrogrado.
          Minha contribuicao? Pq eu teria de contribuir para a missao? nao sou funcionario da ESA. Pelo menos nao comento coisas que nao sei, no maior exemplo de “achismo”. E isso se confirma no seu atual comentario. A missao foi um sucesso. Até pq nao terminou. Ja foi dito varias vezes e a ESA publicou varias materias, onde a Rosetta produziria 80% da “ciencia” planejada, quando o Philae 10 a 20%, dependendo ou nao do funcionamento dos paineis solares. A bateria principal de 60/65h nao eh recarregavel, mas o suficiente para os experimentos mais importantes.
          A verdade eh que eles tiveram azar, e nao sorte. Os arpoes nao funcionaram. O primeiro Toque no solo foi no local correto, mas a sonda quicou e pousou alguns Kms fora do ponto, provavelmente emperrada num paredao de rocha.
          Tem um site bem bom pra voce se informar. direto da fonte: rosetta.esa.int
          isso se vc sabe ler/ouvir em ingles. Se nao, o Salvador escreve muito bem e passa muitas boas informacoes, por isso ainda me dou o trabalho de comentar comentarios inuteis.

      3. O fato do cara achar que a coisa foi mal executada, não significa que ele tem que ser engenheiro e resolver o problema. Eu particularmente, também achei muito frágil a ideia de simplesmente deixar a sonda cair no cometa. Ela poderia simplesmente quicar e se perder. Além disso, a falta de propulsão de manobra eficiente, também não permitiu um pouso exato, tanto que o projeto estará, se tudo se confirmar, perdido em algumas horas. Acho que se é uma missão onde vamos esperar 10 anos pra ter resultados, tem que ser bem feita, a fim de evitar erros. Ao meu ver foi um feito, mas poderia ser melhor se tivessem planejado melhor a parte do pouso.

        1. A parte do pouso foi muito bem planejada. Alguns sistemas falharam, mas a sonda pousou. Infelizmente nao no Lugar esperado. Dificil planejar algo para 10 anos no futuro, vagando pelo espaco e ainda mais eesperar que todos os sistemas funcionem. E num lugar do qual muito pouco se sabia alem da trajetoria. Muito facil falar como pousar, quando se sabe a massa, composicao e consistencia do solo. E voce so sabe disso pq a rosetta fotografou a superficie por meses Antes de enviar o Philae. Se fosse enviada outra sonda Agora, as chances de um pouso perfeito seriam maiores, ante a quantidade de informacoes preciosas fornecidas pela Rosetta…

        2. Imagine voce planejar uma sonda que vai viajar durante 10 anos e tentar pousar num local que pouco se conhece. Se todos os instrumentos funcionarem (se!) voce ainda tem que pousar num local em que se desconhece de antemao (10 anos!) a verdadeira massa (/gravidade), consistencia e composicao do solo. A missao foi um enorme sucesso. As Fotos feitas pela Rosetta trouxeram preciosas informacoes. Se enviassemos uma Nova sonda Agora, talvez as chances de um pouso perfeito fossem muito superiores. Afinal, sabemos muito mais do que ha 10 anos atras… Gracas a esta missao. Entao, Antes de pensar dessa forma desconstrutiva, era bom olhar os ganhos feitos. Talvez no proximo cometa possamos estar aterrisando com humanos a bordo, gracas a essa missao (como disse o colega acima) “fracassada”.

          1. Como se diz lá na minha terra, cheio de engenheiro de obra pronta por aqui, colocando defeito no trabalho dos outros…

        3. Sistemas adicionais são peso, envolvem mais questões como isolamento e alimentação, e aumentam a possibilidade de problemas, não o contrário. E não, você não precisa ser engenheiro para dizer que o trabalho de outra pessoa, que você nem conhece, é um fracasso. Você pode dizer que as músicas de Paul McCartney são um fiasco, sem saber inglês. Você pode dizer que o livro de um determinado grupo inspira a violência, sem nunca ter o lido. Você pode dizer que o sistema que faço é um lixo, sem nem saber exatamente o que ele faz. Posso te dizer que você é um péssimo trabalhador, sem ao menos te conhecer. Isso para alguns é “liberdade de expressão”. Já eu questiono a utilidade do pensamento das pessoas que falam sobre o que não sabem, criticando um trabalho que não sabem como foi feito e para quê. Aliás, questiono a utilidade de pessoas assim. O que alguns chamam de democracia, eu chamo de desperdício de oxigênio…

    2. Você faz ideia da complexabilidade do que esta sugerindo? Um “motor” extra de manobra? Com combustível extra para tal? Isto depois de 10 anos no espaço? Imagina o tamanho do veículo de transporte para tal? O fato foi que o lugar foi cuidadosamente mapeado, entretanto a sonda quicou no terreno (por falha em um dos sistemas de amortecimento) e foi parar a 1km do planejado, foi isso!

      1. Falha, pronto. Dois sistemas falharam… o de amortecedor e o de fixação. Um dos fixadores não funcionou. E não seria necessário isso tudo de combustível que você falou, já que ele seria usado apenas para manobra no momento do pouso. Bem, eu considero a missão satisfatória, poderia ser mais aproveitada depois de 10 anos de espera. Mas, tá ai, é o que tem pra janta.. kkk

        1. Eu já acho inacreditável que, dez anos depois de lançada, alguma coisa funcione. Deixa seu carro na garagem por um mês e depois veja como ele está. 😉

  34. E se, pelo fato de estar num local mais abrigado, o Philae ganhar uma sobrevida na aproximação ao Sol? Como o “Monolito”, ele poderia esperar pelo momento de voltar à atividade quando houver mais energia disponível.

    1. Tomara! Existe essa possibilidade. Mas fico imaginando nas dificuldades de restabelecer comunicação… por que cada tentativa que o Philae fizer gastará energia também. Será preciso planejar com cuidado isso. Vamos ver o que os caras conseguem. Eles têm sido fantástico até agora, pra lidar com tudo que veio pela frente.

    2. A sonda não vai parar..O que vai acontecer é que ele só estar disponível 1/7 do tempo previsto de operação, ou seja, ela estar ligada ao equivalente um dia por semana. No resto ela deverá ficar em repouso carregando as baterias.

  35. Salvador a Rosetta não continuou na mesma rota do cometa? Pelo que entendi ela está orbitando o sol e o cometa não?

        1. É baixa, mas não nula. Para se manter em órbita, basta você se ajustar na velocidade correta, de forma que a curvatura da trajetória mantenha o centro do asteroide num dos focos de uma elipse.

  36. Duvida de um leigo: A Philae não poderia ficar em “stand by” recarregando lentamente com as 1,5 horas de Sol que supostamente teria até ter energia suficiente para fazer seus trabalhos? Depois se desligando e recomeçando este processo? Seria mais lento mas ao menos haveria continuidade do trabalho, suponho.

    Abraços!

    1. Isso foi descartado pelos cientistas que trabalham no projeto no Hangout de hoje. Primeiro porque a eficiência seria baixíssima (se houvesse), além do que mover a Rosetta para refletir faria com que a própria não recebesse Sol suficiente e também deixasse de funcionar.

    2. Sua criatividade é inspiradora. Entretanto os painéis solares são feitos para absolverem a luz solar e não refleti-la. Mas ainda há uma chance, ela pode dar uma paradinha no Teleposto Ipiranga e reabaster.

  37. Oi, Salvador! Nenhuma chance de que o cometa altere a sua trajetória, recebendo mais luz solar? Quem sabe se aproximando mais do sol isso não aconteça?

    Ah, comecei a ler seu livro ontem! Vai ser minha leitura desse finde! 😉

    1. O cometa vai receber mais luz solar adiante, mas aí a bateria do Philae já acabou. E mesmo nessa situação não saberemos se haverá energia suficiente para recarregar as baterias e consigamos restabelecer contato. Depois me conta o que achou do livro!

      1. Os sistema de painéis e baterias da sonda são sistemas autônomos. Ou seja, a sonda pode apagar, porém o sistema de baterias continua capitando energia até o nível funcional da sonda. Ai ele reativa a sonda. São vários subsistemas, uns autônomos, outros não, em um mesmo sistema.

      2. Feito inacreditável. As falhas que ocorreram são mínimas se comparadas as conquistas. Os dados obtidos nesta operação são tão grandiosos que levaremos anos para podermos dimensionar a sua importância. Todos os envolvidos no processo estão de parabéns e com certeza sabem disto. A capacidade destas mentes brilantes é explêndida. A missão ainda não acabou, aqueles que foram capazes de realizar tal feito saberão aproveitar a oportunidade oferecida pelos dados coletados. A humanidade só tem a agradecer.

Comments are closed.