Sem amostra de solo para o Philae
Qual notícia você quer primeiro, a boa ou a má? A má é que aparentemente a perfuratriz do módulo de pouso Philae não conseguiu colher uma amostra do cometa Churyumov-Gerasimento para ser analisada por seu laboratório interno. A boa é que, mesmo assim, a sonda encontrou a matéria-prima da vida — moléculas orgânicas — na poeira fina do objeto. Elas foram detectadas por um dos instrumentos da sonda, mas os cientistas ainda precisam analisar os resultados para saber quais são elas.
Por enquanto, o achado não é tratado como evidência concreta de que os cometas ajudaram a semear os compostos essenciais à vida em planetas como a Terra. É apenas uma confirmação de que há compostos orgânicos em cometas, algo que já havia sido observado por outras sondas e por análises telescópicas.
O melhor ainda está por vir, quando esses dados forem analisados e indicarem especificamente que substâncias provavelmente existem em maior quantidade no cometa. Um dos instrumentos responsáveis por isso é o COSAC, instalado no interior do Philae.
Ele tinha dois modos de operação. Num, que os cientistas chamam de “modo farejador” (“sniff mode”), ele apenas analisa os compostos que porventura tenham chegado a ele durante a descida. Noutro, ele deveria analisar uma amostra colhida pela perfuratriz da sonda, a SD2.
A detecção de moléculas orgânicas se deu pelo método passivo. E ele terá de servir. Embora tanto a perfuratriz como o instrumento tenham operado com sucesso, de acordo com a telemetria, o experimento não produziu resultados.
Segundo Fred Gösmann, do Instituto Max Planck, cientista-chefe do COSAC, os dados mostram que a amostra não chegou ao instrumento. “Não há nada lá”, disse ele, segundo o repórter Eric Hand, da revista “Science”.
Os dados do instrumento recebem especial atenção, pois ele não só é capaz de detectar compostos orgânicos como aminoácidos (os tijolos de que são feitas as proteínas), como também pode diferenciar entre versões “canhotas” e “destras” dessas moléculas. Curiosamente, embora elas apareçam nos dois tipos na natureza, a vida (ao menos na Terra) só faz uso das versões canhotas.
Uma detecção desbalanceada das duas versões poderia ser um indicativo indireto de atividade biológica no cometa. Mas, sem a amostra de solo, isso ficou mais difícil.
CHÃO DURO
Enquanto isso, saíram também dados preliminares do instrumento MUPUS — basicamente uma agulha que penetrava no solo para medir sua temperatura e outras propriedades. Ele não conseguiu avançar muito e empacou perto da superfície. Nem mesmo com a máxima potência aplicada, houve perfuração.
Isso leva os cientistas a pensar que, sob uma camada de 10 a 20 cm de poeira, exista gelo muito duro. Curiosamente, dados obtidos da órbita sugerem que o interior profundo do cometa é bem poroso e de baixa densidade. Ao que parece, o cometa tem uma camada de poeira recobrindo uma casca dura.
Os cientistas trabalharão duro analisando todos os dados, enquanto torcem pelo retorno do Philae. Ele entrou no modo de hibernação e recebe muito pouca energia em seus painéis solares. Mas há a esperança de que, com o tempo, suas baterias possam se recarregar e ele volte ao trabalho. Mas isso só em 2015, quando o cometa se aproximar mais do Sol.
Salvador, você achou as especificações dos computadores a bordo da sonda, rola uma comparação com as voyagers?
1-Processadores usados e números de operações
2-Quantidade de memória RAM
3-Armazemanto
Não procurei, mas com certeza dão um pau nas Voyagers, coitadas… rs
São só trinta anos de diferença…
Salvador, sei q não é o local adequado para a pergunta… Mas não encontrei outro… Hehe
Então… E a explosão na Rússia? Um meteorito faria aquilo?
Hakim, é um mistério. Há quem fale em meteorito, mas não parece. Há quem fale em alguma explosão provocada por militares. Não sabemos do que se trata. Se fosse um meteorito, alguém já teria ido atrás de detritos, como aconteceu em Chelyabinsk. O clarão foi no dia 14 e estamos no dia 20!
Boa noite meu querido ídolo Salvador Nogueira!
Enfim tomei coragem de escrever aqui, já acompanho você tem pelo menos dois anos e me tornei um grande fã. Estou lendo seu fantástico livro extraterrestres e que livro viu !
Sou um amante da astronomia, porem apenas a pouco tempo me aprofundei na leitura sobre.
Acompanhei toda a transmissão deste feito histórico que acabamos de viver durante o meu horário de trabalho, foi uma aventura rsrsrs
Desculpe o texto, tenho muito que escrever, afinal fiquei um bom tempo só acompanhando :p
Uma boa noite a todos !
Mateus, suas palavras me lisonjeiam! Obrigado por acompanhar! Abraço!
Salvador, duas perguntas:
1-Você se considera um cientista?
2-Concordou com a reclassificação de Plutão?
1- Não. Sou jornalista.
2- Sim, faz perfeito sentido a reclassificação.
Ele é um jornalista, tal como afirmou. Mas eu posso adicionar: dos bons!
Salvador,
Finalmente consegui comprar seu livro pela Amazon nos EUA. O preço: U$S 3,54. Uma pechincha!
🙂
Outra hipótese é que, sendo a superfície não tão dura, é que a força da perfuratriz, somado ao contrapeso proporcionado pelo sistema Philae (quase zero!), das garras e da ancoragem, pode não ser suficiente para oferecer força suficiente para penetrar na crosta. O laser, com certeza, teria sido a melhor opção.
Provavelmente os cometas são como gotas de água sujas formadas sob baixíssima pressão… e a crosta de gelo, mesmo que tenha 2 ou 3 m de espessura, sob a temperatura reinante de uns -150 Cº ou mais, é tão duro quanto rocha. Portanto, a perfuratriz deve ter levantado um pouco da poeira, que foi captado pela sonda. Mas, furar, nada. Em vez da perfuratriz mecânica, deveria ter levado um laser, que teria dupla finalidade: furar e captar o vapor e usa-las nas proximidades, analisando com o cromatógráfo os sinais dos vapores. Mais caro do que a perfuratriz, decerto, mas mais leve e com uma taxa de sucesso bem maior. Seria capaz de fazer um furo de 10, 20 cm sem atingir as camadas mais interiores, o que poderia provocar uma explosão. Provavelmente o interior está em atividade, mas que somente consegue ultrapassar a crosta de gelo, por permeabilidade ou provocando orifícios pequenos, que se fecham depois, por causa da pressão da luz solar. Parecem mais esponjas de aminoácidos com uma crosta de gelo duríssimo.
Deixemos que as imaginações e sonhos que povoam em nossas mentes voarem para longe, mas não tentemos explicar empiricamente o quê as pesquisas científicas pretendem elucidar. As ciências são imensas escadarias e só atingimos, se atingirmos o topo, somente galgando alguns degraus de cada vez. Chegar ao cometa já foi um feito enorme, orbitar e pousar algo feito pelo homem em sua superfície é fantástico, principalmente se compararmos aos mesmos homens, que diariamente perdem controle de suas “naves” em nossas vias ocasionando danos terríveis. Que tal darmos tempo ao tempo? Enquanto isto o Salvador nos brindará com sucessivas e interessantes matérias aos quais agradeço.
Correto, Tetsuo… Ciência (conhecimento) não é algo que se obtém de imediato. No caso, serão necessário meses e até anos para analisar todos os dados obtidos em apenas dois dias.
Mas, que a gente é impaciente, é! 🙂
Seria bom também explora o planeta Vênus, a URSS teve sucesso em pousa um veículo em sua superfície, infelizmente, obteve poucos dados. Como nos filmes seria bom que criássemos um método de terraficação do planeta Vênus, até onde sei não tem campo magnético o que soma a outros impedimentos como atmosfera e atividades vulcânicas extremas . Aquele é possível provocando mudanças em sua composição atmosférica e este ,porém, seria difícil mudar atividades vulcânicas.
Existem fotos reais tiradas da superfície? estou curioso para ver
Olhaí nos posts anteriores que tem.
Em tempo:
A perfuratriz não conseguiu trazer nada do solo ou não conseguiu atingi-lo por causa da inclinação da sonda?
Mas se é assim, porque o MUPUS conseguiu tocar o cometa?
Boa pergunta. O solo debaixo dela pode ser irregular.
Salvador, seria possível saber algumas coisas?
1. Se a “perfuratriz não perfurou” – apesar do tweet emocionante “da” Philae: “I confirm that my @RosettaSD2 went all the way DOWN and UP again!! First comet drilling is a fact!”, há pelo menos a consolação de que serão publicadas fotos dos arredores da sonda?
2. Vi seu argumento quanto ao tamanho dos vídeos, mas, talvez não seja assim.
Acabo de pegar ao acaso um videozinho colorido (poderia ser PB), de 2min 15s, com resolução de 400×300 pixels, devidamente compactado e seu tamanho é de apenas 4,4 Mb, ou seja, menor até que uma única fotografia de alta-resolução.
Certamente há outro motivo envolvido.
Muito estranho, porque um videozinho desse, por exemplo, poderia explicar facilmente o que ocorreu com a SD2.
3. Por que será tanto esta sonda européia quantos as americanas em Marte não tem uma singela haste telescópica como uma antena de carro, com uma singelíssima câmera em sua ponta para realizar selfies dos dispositivos?
4. Segundo consta o local do pouso da Philae ainda não foi encontrado pelas câmeras da Rosetta. Por que será que a sonda não tem um banalíssimo emissor de rádio ou mesmo um farol-laser caseiro que permitiria fazer a gonometria e a localização dela?
1. A perfuratriz de fato subiu e desceu. Mas não colheu solo, aparentemente. Talvez não o tenha alcançado.
2. E que bem científico faria um video comprimido de 400 x 300 px? Mais vale ter uma câmera de alta resolução lá pra tirar fotos ou uma webcam com vídeo comprimido e cheio de artefatos?
3. Os jipes marcianos já se cansaram de tirar selfies. No caso do Philae, optou-se por um conjunto de câmeras acoplado ao corpo da sonda para fotografar os arredores em 360 graus. Faz mais sentido nesse caso, uma vez que a sonda não tem mobilidade como um jipe.
4. A sonda obviamente tem um emissor de rádio. Senão, como poderíamos receber os sinais dela? Ocorre que isso só permite uma detecção aproximada. Ainda assim, a Rosetta logo vai encontrar o Philae, não se preocupe.
4- Estão no caminho para encontrá-la:
http://www.planetary.org/blogs/emily-lakdawalla/2014/11171502-rosetta-imaged-philae-during.html
🙂
Em uma missão no espaço profundo, você tem que pensar bem como usar recursos escassos como energia e largura de banda de transmissão. Embora vídeos pudessem ser úteis em algumas situações e em termos de divulgação, eles consomem muito recurso em troca dos benefícios que podem nos dar. Pra fazer um vídeo é necessário iluminação constante (seja ou não em infra-vermelho), espaço de armazenamento e processamento de CPU pra atividades como compressão. Tudo isso implica em alto consumo de energia; depois é necessário enviá-lo por um canal extremamente pequeno; e pense que vc esta concorrendo com outros sensores que podem fazer mais consumindo menos. Pelo mesmo motivo (além da natureza do objeto, necessidade de aplicação de vários filtros e questões de iluminação), não espere fotos coloridas. Quando os engenheiros tiveram q decidir o que fazer c o $ q receberiam, optaram pelo que foi enviado. Certamente, se tivesses mais dinheiro, ainda assim não pensariam em vídeos. Teriam optado por mais sensores capazes de coletar mais informação de apoio.
Salvador,
Obrigado pelas prontas respostas!
De fato, reconheço a bobeada: claro que a sonda tem rádio, desde que nos envia dados! Mas um sistema de antenas transmissoras direcionais poderia permitir a goniometria.
Mas, gostaria de ponderar, uma última vez, sobre a produção de vídeos, ainda que de baixa resolução.
Ainda que o ganho científico pudesse considerado irrelevante o seria imenso do ponto de vista operacional, de engenharia. Naturalmente que seria muito mais simples compreender o eventual emperramento de um mecanismo, ou mesmo a posição da sonda, se pudermos observar seus movimentos. Imagine um vídeo das “quicadas” da Philae.
De outro lado, não é desprezável – pelo contrário – o apoio popular a um empreendimento desse porte, com alto orçamento público, mesmo que eminentemente científico.
Assim, uma pequena concessão nesse sentido traria imenso ganho midiático e, consequentemente, apoio popular.
Abs e parabéns pelo site.
Joffre, acho que de mídia o Philae foi bem demais! 🙂
Concordo com o Jofre, um videozinho ia fazer um sucesso!
Abs Jofre
Abs Salvador
Compostos orgânicos não significam presença de vida….em Titan tem oceanos de metano e etano e no entanto não há vida. Aminoácidos podem se formar no espaço, mas também podem ter se formado na Terra com a atmosfera primitiva.
Sem dúvida. Por isso eu estava ansioso pela análise da quiralidade…
Mas já foi descartada a possibilidade de vida em Titã? Acho que não…
É improvável a vida em Titã, pelo menos como a conhecemos, já que a temperatura na superfície é muito baixa: – 180º C. Em relação ao cometa e a sonda Philae, os cientistas teorizam que a maioria dos cometas que cortam o sistema solar tem origem na nuvem Oort, cuja composição é predom. água, amônia e metano. Então, é de se esperar que sejam encontrados compostos orgânicos no cometa em estudo. Aminoácidos tbm não seria surpresa, pois outros estudos de cometas já indicaram a existência dessas moléculas em suas composições. Então, se não perfurar e analisar o gelo e ver lá os “microbinhos” espaciais não haverá nada de novo… não é mesmo?
Qual seria a diferença entre e o tempo de percurso de orbita em relacao ao ponto de captação de energia ideal? Há variações nos períodos de coleta e envio? De quando em quando? As baterias seriam resistentes a essa oscilação de recarga?
Não entendi sua pergunta…
Quis saber o tempo que o cometa leva para rodear o sol, o ponto que ele recebe mais energia, se existem cálculos de quando em quando ele vai receber energia suficiente para atuar e se as baterias seriam resistentes para isso.
O cometa completa uma volta em torno de si mesmo a cada 12h e uma volta em torno do Sol a cada 6,5 anos. Mas o problema não está aí. O problema é queo Philae pousou num lugar cercado por rocha. Então, em vez de tomar 6h de Sol por dia, toma 1h e olhe lá. Quando chegar no periélio, lá pelo meio de 2015, ele não recebrá mais tempo de sol. Mas o sol que tomar será mais forte. Talvez suficiente para ativá-lo — se as condições locais permitirem e se ele ainda estiver funcionando…
Bem explicado, é esperar para ver.
Talvez as respostas mais importantes que esse cometa possa oferecer precisem que antes ele complete todo um ciclo orbital. Não é pública a informação, mas imagino que se houver energia para operar, ainda que apenas na captação de ondas de rádio e “imagem”, quando estiver no ponto mais distante da Terra, onde não conseguimos ir até hoje, o módulo poderia nos dar uma nova perspectiva inclusive sobre os dados percebidos nesse momento. Ainda que eu não esclareça a ideia, seguramente os mais atentos compreenderão o princípio. Mesmo com operacionalidade limitada e carente de energia solar para fazer alguma coisa, são muitas as possibilidades que abrem a partir desse feito, quem sabe até se tornar mais importante do que o homem ter ido, literalmente, a Lua (embora não se possa comparar).
Acompanho e aguardo ansiosamente cada informação atinente, mas (sem teorias conspiratórias) sei que nem tudo acerca será publicado e tudo o que for será disposto aos poucos, tão morosamente quanto aparentemente pouco relevante. Esse é o custo da cautela.
quando o cometa se aproximar do sol, o ambiente não ficará muito instável para a sonda?
Talvez sim. Teremos de pagar pra ver.
Se tudo der certo ninguém vai admitir que esse bólido estava em rota de colisão com a terra, e que a verdadeira missão era alterar a sua trajetória. Agora, se der errado…
Clodoaldo, os astrônomos monitoram esse objeto por telescópio e conhecem muito bem sua trajetória, que nunca ameaçou a Terra. E o Philae, com seus 100 kg, não teria como alterar a trajetória de um astro de 4 km…
Alguém acha mesmo que se descobrissem algum astro em rota de colisão com a terra, o fato seria divulgado? Ora, a verdade dos fatos só é do conhecimento daqueles que deles participam. Aos demais são oferecidas apenas versões. E isso inclui quaisquer dados publicados na mídia, sobre qualquer assunto delicado.
A propósito, ainda que a informação dos 100 kg fosse verdadeira, não se deve subestimar o poder de uma bomba H com essa massa.
A ESA não usa nem RTGs em sua sondas, imagine lançar uma bomba H num Ariane 5. 😛
Você está dizendo ser possível alterar a trajetória de uma mesa de ping-pong com uma bolinha… E o pior: Baseado em que? Eu te desafio a tentar guardar segredo entre 3 pessoas. Você está sugerindo que milhares estão guardando!
Tomara que todos os astrônomos estejam errados e que o cometa caia nessa moringa com cabelos que vc chama de cabeça.
isso, isso… ele está moringando…
Sobre as tais moléculas, como soube sobre outras “expedições”, infelizmente será sempre a coisa mais difícil de se descobrir de fato a tal distância, por várias razões: contaminação da sonda por aqui, contaminação da sonda mãe, contaminação do foguete ou da manipulação na montagem, etc. A única forma de descartar tudo isso é justamente descobrir moléculas que não existam aqui, como voce citou tais isomerias. Especulo que ate Marte já está contaminado pelas sondas enviadas. Ou seja, hoje existe vida por lá. Sobre a instrumentação, caro Salvador, nesses graves problemas de distanciamento, o que não se verificou agora, o carregamento das baterias não farão diferença. esta aguardar sobre os dados geoquímicos, magnéticos, elétricos e de plasma do cometa, alé é claro, o mais legal, ver imagens do gelo derretendo e levantando voo na cauda do cometa. Só isso já vale por tudo, isto é, se permitirem luz, posição e condições de funcionar e fotografar. Minha opinião? Ela vai decolar junto com a poeira, se virar uma verdadeira “tempestade do deserto”. Inclusive a orbital. Te peço por obséquio se pudesse consultar tuas fontes a respeito. abç
As naves que você citou foram esterilizadas aqui antes de lançadas e depois, pela radiação no espaço. As de Marte ficaram muitos meses no espaço, a Rosetta e a Philae 6 anos e meio! Qualquer composto orgânico encontrado será autóctene.
Comparando os comentários dos religiosos de plantão e os feitos alcançados pelos cientistas nesta evento histórico fica a pergunta: são realmente seres da mesma espécie?
Sim, da mesma espécie.
Sim, são da mesma espécie.
EdBorges, não são da mesma espécie. Uns são BurrusBurrus e outros são SapiensSapiens… Igual só a aparência. O recheio é diferente. Uns são portadores de cérebros. Outros, de…
Bilhões gastos para constatar o óbvio, partículas geradas de uma mesma explosão (Big Bang) cosmológica. Ou eles esperam encontrar fósseis de marcianos ou algum parente distante do super-homem? Que tal, resolvermos primeiramente os problemas reais da humanidade, como as doenças, as injustiças, a fome e as desigualdades sociais, o racismo, o terrorismo, o ódio étnico e a corrupção endêmica brasileira.
Por favor, não misture ciências da terra com humanas. São duas coisas distintas. Se políticos e cientistas sociais fossem tão competentes quanto estes cientístas que levaram o Philae até o cometa, tais problemas já estavam resolvidos.
“Ciências da terra com humanas”!!!!???? Pode decifrar esse enigma, por gentileza?
Ciencias da terra com humanas???? Santo Deus ajude-me a decifrar esse enigma!
Ou seja: Sem a exploração espacial, sobraria dinheiro para se combater o racismo? Amigo, você não tem idéia do que está falando. Aliás, já usou seu salário para algumas dessas causas que citou? Não? O dinheiro dos outros você quer que use, não é?
Amigo, acho que o meu texto é bem claro e consiso! Se você não entendeu a sutileza da crítica, precisa treinar mais interpretação de texto, comece pelos livros do ensino fundamental, isso pode te ajudar ….
Somos 7 bilhões de pessoas na Terra, porque meio milhão não pode se dedicar a descobrir como são as coisas, para que outros possam usar esse conhecimento em benefício dos demais? Olhe em sua volta e veja quanto a Ciência te trouxe de conforto, saúde, aumento de expectativa de vida!
Não dava para ter câmera de vídeo também. Seria muito interessante a filmagem do pouso e até mesmo do local onde está alocado.
O problema de vídeo é fazer a transmissão. Exige banda larga, como qualquer Netflix da vida… Ou muito tempo de espera pra baixar. Coisa que, como vimos, o Philae não tinha à disposição. Foto é melhor nesse caso. Note que, pro pouso chinês na Lua, com uma banda muito maior, deu pra fazer vídeo ou algo que se aproximasse de vídeo…
Salvador, abusando de teu amor pela ciência, dá para explicar como um objeto desses não tem nenhum movimento, não gira? Se fosse uma nave terrestre teria que ter um monte de estabilizadores, compensadores, etc, não?
Quem não gira, o cometa ou a sonda? A sonda está parada, presa nele, que por sua vez gira em torno do seu próprio eixo, como todo bom objeto celeste… 😛
Tudo gira feito louco no espaço. O cometa gira em torno de si mesmo uma vez a cada 12 horas e segue girando em torno do Sol a mais de 130 mil km/h.
Nem você está parado, mesmo estando sentado no sofá, gira em torno do centro da Terra a uma velocidade doida, maior que a de uma Ferrari nas pista de F1.
Como uma máquina dessas não tem algo digital, muito bom, e que possa enviar imagens. Não entendo.
Ela é toda digital e enviou imagens!
Será que ela tem whatsapp como aplicativo??
Amigo, você achava que eles tinham mandado uma máquina de escrever junto com uma máquina fotográfica Love?
Se os cientistas querem continuar chamando esse cometa de uma bola de gelo …
Seria bom acharem as explicações do porque desse formato, com crateras e vales pois um formato mais arredondado e erodido por vários periélios seria o esperado .
Porque a erosão é mais pronunciada no pescoço do cometa.
Como e porque essa camada de pó está ligada à superfície.
Se o interior é de gelo sólido, porque cargas d’agua (sem trocadilho) foi achado uma densidade de 0,4 para o cometa (equivalente a maioria dos materiais orgânico tipo carvão, turfa, cinzas… ou mesmo pedra pome = 0,25d) pois o gelo tem densidade de 0,9.
Por que a perfuração do gelo foi muito mais difícil do que o esperado? como relatou o chefe do MUPUS, já que os instrumentos foram projetados justamente para gelo e não para rocha.
Soma-se isso as flutuações eletromagnéticas (o “som” do cometa) registradas pelos instrumentos da sonda, ai veremos que as conclusões apresentadas, mesmo que preliminares, são baseadas em pré-conceitos e em dados muito pobres.
Alfredo, tudo isso ficará mais claro com a publicação dos dados. Vamos deixar os caras trbalharem! Um dos experimentos interessantes, o Consert, usa ondas de rádio para sondar o interior do cometa. Isso ajudará a saber se ele é um binário de contato, ou o pescoço é desgaste localizado. Sobre a densidade, eles já falaram um troço muito interessante, em que parece haver uma camada mais densa de gelo perto da superfície e material mais poroso internamente. O Sesame parece indicar que tem muito gelo imediatamente sob a sonda. E as flutuações magnéticas parecem ter relação com a interação com o vento solar. Nossa compreensão dos cometas nunca mais será a mesma depois da Rosetta. Apenas guarde suas conspirações no bolso e aguarde as respostas da ciência! 🙂
Não tem nada a ver com conspiração, apenas é uma constatação. Gelo não suporta o que cometas suportam. Lembra do Lovejoy 2011. Periélio de 140000km, 536km/s, e 1.1 milhões de graus celsius, pra depois sair do outro lado do sol. 😉
Alfredo, ninguém nunca disse que cometas eram só gelo. Mas é muito gelo. E a velocidade joga em favor, tanto quanto a temperatura joga contra. Você manja como acontece transição de fase, não? Como eu disse, o Sesame detectou muito gelo sob o Philae. Não é questão de discutir isso. Mas o quebra-cabeça ainda precisa ser montado. De toda forma, todas as suas dúvidas serão respondidas pela Rosetta. Inclusive a da sobrevivência do cometa ao periélio, uma vez que ela vai acompanhar isso ao vivo! 🙂
Lendo um pouco mais sobre as caracteristicas de funcionamento do MUPUS uma coisa chama muito atenção. Ela só poderia funcionar se a sonda estivesse devidamente ancorada na superfície, como não é o caso e devido a gravidade negligenciável do cometa, até um solo super macio ao invés de permitir a penetração dos sensores iriam na verdade movimentar a sonda, então como eles puderam saber que os penetradores não evoluiram pela dureza do terreno?
http://www.dlr.de/pf/en/desktopdefault.aspx/tabid-174/319_read-18906/
Porque imagens de antes e depois do uso do instrumento identificariam o movimento. É interessante como esses dados todos precisam ser interpretados cruzando informações dos vários instrumentos. Por exemplo, pra descobrir o que aconteceu com o SD2, se houve mesmo perfuração, eles estão querendo analisar imagens do ROLIS, que fotografa o que há embaixo do lander. Não é fácil compreender o que diz a telemetria. É como montar um quebra-cabeça sem saber que figura vai formar. Agora, não sei de onde vem a sua noia com o gelo de água. Sabemos que a água é um dos compostos mais abundantes do Universo. Sabemos que os objetos de grande porte nas profundezas do Sistema Solar têm muita água. Basta olhar para as luas de Júpiter e Saturno, para ficar nos exemplos mais bem estudados. Qual é a dificuldade de acreditar que os cometas também sejam ricos em água?
O problema não é a água ou o gelo encontrado, mas a fonte disso tudo. A grosso modo, a explicação é que Cometas tendo órbitas alongadas, quando estão longe do sol são progressivamente carregados negativamente, ao se aproximar do sol é a interação com o vento solar (H+) que faz com que seja produzida a água que essas sondas captam e que muitos cientistas tanto acham que vem do interior dos cometas!
Essa interação elétrica acontece todos dos meses na nossa Lua, quando ela passa da sombra para o sol, e é amplamente aceita como a principal responsável pela água encontrada nos polos lunares.
http://news.bbc.co.uk/2/hi/science/nature/8544635.stm
De posse desses indícios não sei de onde vem a NOIA de que esse gelo sempre faz parte da estrutura do próprio cometa. Pesquisar a fundo nesse sentido poderia mudar inclusive a explicação de que os cometas são as “pedras fundamentais” da vida.
Alfredo, a interação elétrica na Lua é um fenômeno muito suave que só foi bem estudado agora, com a LADEE. A produção de água por esse método é bem pequena e só pode se acumular em lugares onde o Sol nunca bate, como no interior das crateras lunares. Caso contrário, sofreria sublimação. Não existe nenhum modelo que sugira que é possível produzir água na quantidade vista nos cometas por esse método. Note que o Churyumov-Gerasimenko não chega muito mais perto do Sol que a Terra, o que serve como um ótimo modelo de comparação, por exemplo, com o efeito elétrico visto na Lua.
Por outro lado, imaginar que os cometas são pobres em gelo exigirá jogar fora tudo que sabemos sobre a formação do Sistema Solar. Afinal de contas, para onde teria ido o gelo que naturalmente existia na região em que esses objetos foram formados? Por que em Europa temos todos esse gelo, em Encélado também, mas nos cometas formados um pouco mais além, teríamos objetos pobres em gelo? Não faz o menor sentido. (É daqui que vem a suposta “noia” de que os cometas são ricos em gelo e seria uma grande surpresa se não o fossem.)
Por fim, o que torna os cometas especialmente interessantes como pedras fundamentais da vida não é a água (hoje, a maioria dos estudos isotópicos sugere que a maior parte da água da Terra veio de condritos carbonáceos — asteroides, portanto — e não de cometas). São os compostos orgânicos complexos. Aminoácidos, por exemplo. Esses sim podem ter sido trazidos à Terra pelos cometas e ajudado a dar início à química prebiótica nos nossos oceanos.
Uau! “Condritos carbonáceos”! Viva o Salvador e a Wikipedia, aprendi mais uma! 🙂
Salvador, quando em 2015 o cometa estará a uma distância do sol suficiente para recarregar as baterias do Philae?
Suponho que perto do periélio, no meio do ano.
Foi uma pena o Philae ter pousado no lado pouco iluminado do cometa e assim, ficar sem a luz solar para recarregar suas baterias!
Será nosso eterno carona junto ao 67P! Pela façanha do homem, poderíamos ter tido mais sorte!
E o filme cadê?????????
No cinema!
Bom ver as pessoas discutir e trocar ideias sobre ciências, sem uso de palavrões e besteiras. Explorar o espaço à distância é muito complexo, só nos resta torcer para que a ciência continue evoluindo. Parabéns aos comentaristas. Belo exemplo de educação.
Concordo com você, é cansativo ver debates de baixo nível e baixo calão. Parabéns a todos!
Que relação direta existe enter a vida e o fato de os aminoácidos serem levogiros aqui na Terra? A preferência por um determinado quiral pode ser também afetada pelas condições das reações… Um exemplo, embora diferente de isomeria, mostra talvez o caso: cístron e trans – sabe-se que se aquecermos margarina sua cadeia se rearranja e forma gordura trans. Logo, a preferência por um isômero óptico dextrogiro ou levogiro também não pode ser atrelada ao ambiente?
Poderia se experimentos mostrassem isso. Mas não mostram. 😉
Emocionante, mas ainda assim o criador é quem determina tudo neste vasto mundo universal. Deus é pai e criador.
É verdade.
Tá bom, senta lá, Cláudia…
E lá vamos nós de novo. É preciso alimentar o mito dos extraterrestres, é preciso fazer crer que os cientistas estão perto, que ainda existe chance de encontrar uma bactériazinha imersa numa partícula infinitesimal de gelo. Mesmo que a perfuratriz tenha falhado, mesmo que a agulha não tenha penetrado o suficiente e mesmo que o experimento não tenha produzido resultados, é necessário fazer crer que eles estão “bem perto” de descobrir o segredo da Vida, embora sempre surja um contratempo.
“Nada, em toda a criação, está oculto aos olhos de Deus. Tudo está descoberto e exposto diante dos olhos daquele a quem havemos de prestar contas.”
(Hebreus 4:13)
Apolinário, eu ia argumentar, mas prefiro usar a tática que aprendi com você. GONG!
Fico feliz em ver que você aprendeu algo comigo, mesmo que não tenha sido o meu melhor. Mas não há o que argumentar. O roteiro das notícias sobre vida fora da Terra é sempre o mesmo. Elas se parecem muito com as telenovelas da globo: cria-se um suspense de que finalmente os ET’s vão aparecer e…então se revela que por causa de uma “pequena falha” a resposta só vai aparecer no próximo episódio…
Mas toda novela da Globo chega ao último capítulo! Aguarde! 🙂
Sim, chega ao último capítulo decepcionando toda a audiência com o mesmo final xarope: casamentos em série, vilões na cadeia e a mocinha ficando com o mocinho. Tudo o que NÃO acontece na vida real. Tomara que a exploração espacial tenha um final menos ridículo…
Apolinário, abra o Google Earth, opção Marte, e coloque 45°56’46.91″N, 23°32’15.49″E. Aproxime o suficiente para ver. E saiba que não é só um.
Interessante, não sabia de buracos quadrados em Marte.
Cada vez fica mais comprovado que a religião é a mãe da ignorância…
Na verdade, o contrário. Se não se sabe o que há depois da colina, em algo você precisa acreditar.
É uma pena, não precisava ser assim, mas a observação mostra que é isso o que acontece. A boa religião é a que anda lado a lado com a ciência, e a enxerga como uma aliada que a complementa, e não uma inimiga.
Apolinário, se até o Vaticano já admitiu que a teoria da evolução não tem nada de absurdo e ainda consideram vida fora da terra um possibilidade, você anda muito atrasado no tempo.
É como essa lenda que Jesus voltará… Todo ano é a mesma coisa, há dois milênios. Nem Jesus nem o Juízo Final chegam ou chegarão.
Só que a questão da vida e sua origem poderão, um dia ser explicadas, se o ser humano continuar procurando. Leia o livro “Extraterrestres”, de Salvador Nogueira, e poderá entender mais a respeito. Por que não tentar?
É isso aí
Salvador 10, Apolinario 0
GONG!
É isso aí
Salvador 10, Apolinario 0
!GooNG!
Nah desta vez deu Apolinario. Popo 10 x 0 Salvador
Deu nada! Vide meu comentário acima!
Até o Papa acredita que um dia será encontrada vida extraterrestre. Acorda.
Não me surpreende, dada a ínfima qualidade desse Papa, o pior representante da Igreja Católica em mais de 300 anos. Esse Papa medíocre acredita também em “Saci Pererê”, na “Mula sem Cabeça”, no Lobisomem e em qualquer coisa que a mídia inventar. É um FRACASSO absoluto.
Manda ele pra fogueira, ué! 😛
Ué. Mas não foi só o atual papa que tomou essas posições, de quem é a culpa agora, Apolinário? 🙂
As informações sobre o experimento são muito interessantes. Gostaria de saber qual é o tamanho do cometa abordado, em relação a nossa lua.
Muito menor. 4 km dele contra 3.400 km dela.
Não sei de onde você tirou essa informação. Elas afundaram alguns centimetros ( de 4 a 20) e isso não é nada, além de estar fincada em poeira. De fato a maior atividade do cometa próximo ao Sol deverá despacha-la. Mas entre ela receber mais energia solar, suas baterias funcionarem, ela conseguir se reativar( isso se não congelar de tal forma que perca os sistemas) e ser despachada, teremos sim oportunidade do “pulo”, conforme informou a ESA, sendo esse bulo inseguro, podendo este despacha-la ou cair noutro lugar ainda piór.
Marcelo. Ela só poderá pular se se soltar do solo, algo que ela não foi feita pra fazer. O que a ESA espera é tão somente recarregar as baterias e voltar ao trabalho, no lugar onde está. Mas difícil saber se isso será possível.
A Philae já voou no espaço congelante durante seis anos e meio e funcionou bem ao ser religada. Claro, como nós, não vai durar para sempre.
Salvador, as tempestades e possíveis “cometamotos” provocadas pelo vento solar no periélio da trajetória do cometa não pode fazer com que a Philae se desprenda, ou seja jogada para outro ponto, ou enterrada pelo desabamento do morro ao qual está encostada? (a segunda foto grande do site a seguir mostra onde ela parou às 15:53 GMT do dia do pouso http://www.planetary.org/blogs/emily-lakdawalla/2014/11171502-rosetta-imaged-philae-during.html)
Tudo pode acontecer, mas os engenheiros estão confiantes de que ela voltará a operar! Torçamos!
Em 1500 Pedro alvares cabral chegou ao Brasil com sua frota.Daqui saiu Santos dumont e em 1906 fez o primeiro voo de avião da humanidade.De cabral a Roseta a distancia foi grande.Santos dumont está sorrindo lá dos confins do universo. Viva a humanidade.
Calaboka
Da remota Grécia Antiga, passando por Leonardo da Vinci até os Irmãos Wright (Orville e Wilbur), devem estar se contorcendo ao você citar Santos Dumont.
Lauro, não gosto dessa expressão, mas cai bem em você: complexo de vira-lata. Só isso para você negar os méritos internacionalmente reconhecidos de Santos Dumont, de ser o primeiro a voar usando motor a gasolina, em circuito estabelecido, com testemunhas oficiais.
Lauro, se você tivesse inventado o avião, acredito que você teria patenteado ele. E Então, de quem é a patente do avião moderno? E porque os irmãos não a contestaram?
Santos Dumont era contrário às patentes. Ele não patenteou nenhuma de suas invenções, considerava-as domínio da humanidade. Ele era um playboy riquíssimo que podia se dedicar a algo útil e o fez muito bem.
Os irmãos Wright patentearam o “avião” deles porque queriam produzi-lo para o exército americano. Seus objetivos eram ganhar dinheiro (nada contra, gastaram muito tempo e dinheiro para desenvolver o dispositivo deles).
Todas as grandes descobertas científicas e o seu uso (tecnologia) está sempre “sentado sobre ombros de gigantes”, como bem lembrou Isaac Newton. E em termos de aviação, Santos Dumont foi um desses gigantes, junto com os irmãos Wright e muitos outros.
Com catapulta, até vaca voa!!!
salvador
o que acontecera ao philae quando o cometa se aproximar do sol? o gelo derreterá e o robo vai se desgrudar do cometa ou ja se tem um plano para isso?
Não se sabe. Teremos de aguardar para saber.
Quando o Philae se aproximar mais do sol a maior incidencia de luz pode ser capaz de recarregar as baterias da sonda e traze-la de volta a vida.
Em tese a sonda pode ulitisar as suas pernas para dar um impulso e tentar ir para um lugar melhor, mas primeiro os cientistas tem que descobrir aonde ela está!
Outro problema é que ao se aproximar do sol a sublimacao do gelo interno do cometa pode acabar gerando jatos de vapor que podem lancar a sonda indefinidamente para o espaco.
Não dá. As pernas atarracharam ela no cometa. De lá ela não sai mais.
Agora Sim! Estão quase lá! Logo vão saber como a vida começou! Estão começando a roçar o “alçapão” Do Criador! Vai faltar “destravá-lo e encontrar o… a… O… A…. o que seria?!!
Apenas a resposta, só… para a próxima pergunta, que logo será substituídas por novas questões. Isso é a ciência, isso é evoluir.
Salvador, desculpe a ignorância, mas porque a presença de aminoácidos em cometas por si só não confirmariam a origem da vida na terra?
Cautela é necessária por dois motivos. Primeiro porque de aminoácidos à vida vai uma larga distância. Fazer aminoácidos é fácil. Vida, bem menos. Segundo porque ainda não temos a confirmação de aminoácidos. Por ora, são só compostos orgânicos. Pode ser algo tão sem graça quanto amônia. É esperar pra ver.
Mesmo no sniff mode o Cosac pode detectar a quiralidade das moléculas orgânicas?
Boa pergunta. Não sei. E não sei também se, em baixíssimas concentrações, haveria como detectar uma preferência por uma das formas quirais…
O que quer dizer que assim que ele voltar da hibernação há ainda chances de tentar manobrá-lo e perfurar o solo em outro lugar?
Em tese sim. Mas ninguém sabe. Só esperando pra saber…