Vesta, esse asteroide gigante

Salvador Nogueira

Cientistas da Nasa concluem o mais completo mapeamento já feito do asteroide gigante Vesta. Ele é o segundo maior objeto do cinturão existente entre Marte e Júpiter e só perde em tamanho para o planeta anão Ceres.

Vesta, esse asteroide gigante e simpático, visto de perto pela sonda americana Dawn.
Vesta, esse asteroide gigante e simpático, visto de perto pela sonda americana Dawn.

Os dados em alta resolução foram produzidos pela sonda Dawn, uma das missões mais interessantes e mais discretas a ser conduzida pela agência espacial americana. Lançada em 2007, ela viajou até o cinturão de asteroides e entrou em órbita de Vesta, onde ficou entre junho de 2011 e setembro de 2012. Após essa parada, ela voltou a acelerar, desta vez rumo a Ceres, onde chegará entre fevereiro e março do ano que vem.

Pode não parecer impressionante, mas não é nada trivial ficar trocando de órbita desse jeito, saindo daqui, indo até ali. Tudo é possível graças ao avançado sistema de propulsão iônica que equipa a espaçonave.

No ano que vem, teremos coisas muito interessantes a descobrir sobre Ceres, mas por ora o nosso assunto é Vesta — um objeto com forma quase esférica, mas não exatamente, que está na fronteira entre asteroide e planeta anão. Com 578 por 560 por 458 km de diâmetro, ele é cheio de crateras, como se haveria de esperar de um pequeno mundo cuja residência se localiza num cinturão de asteroides.

Graças ao mapeamento produzido pela Dawn, os cientistas foram capazes de reconstruir a história de impactos em Vesta e mostram que as coisas não foram fáceis por lá, com pancadas gigantescas que vêm desde os primórdios do Sistema Solar, 4,6 bilhões de anos atrás, até tempos relativamente recentes, há centenas de milhões de anos.

Um mapa geológico global de Vesta produzido com os dados da Dawn.
Um mapa geológico global de Vesta produzido com os dados da Dawn.

Não é fácil, contudo, estimar essas datas com precisão. As amostras que temos de Vesta, na forma de meteoritos que saíram de lá e acabaram caindo na Terra, não permitem uma datação precisa de sua formação, o que serviria como calibração para estimar as idades das crateras maiores.

Por isso, os cientistas conceberam dois modelos diferentes, um baseado na taxa de impactos na Lua, que é bem conhecida, e outra com base na frequência de impactos menores nas regiões com grandes crateras. Como seria de se esperar, as duas estratégias produziram datas bem diferentes. Para que se tenha uma ideia da margem de erro, o impacto que produziu a bacia de Veneneia teria entre 3,7 bilhões e 2,1 bilhões de anos, dependendo do modelo adotado. A grande pancada mais recente, que formou a cratera Marcia, teria entre 390 milhões e 120 milhões de anos. Uma margem de erro que deixa no chinelo as das pesquisas de intenção de voto, imagine você.

Uma bateria de artigos científicos com tudo que você jamais quis saber sobre Vesta, inclusive seus detalhados mapas topográficos e geológicos, sairá na edição de dezembro do periódico “Icarus”.

NA TV: Neste sábado, no Jornal das 10 da GloboNews, o Mensageiro Sideral audaciosamente irá aonde muita gente já esteve, mas de onde ninguém nunca voltou para contar a história. O que acontece quando morremos? Um novo estudo internacional monitorou mais de cem pessoas que passaram por uma parada cardiorrespiratória e foram posteriormente ressuscitadas no hospital. O objetivo: tentar mapear o nível de consciência que temos quando estamos nesse limbo entre a vida e a morte. Não perca, neste sábado, a partir das 22h, na GloboNews!

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Comentários

  1. Cade mais notícias, quero novidades, cadê cadê cadê ! 🙂 🙂 🙂 tem muita burocracia nas notícias de astronomia meu querido Salvador ? Pois eu percebo que demoram um certo tempo para que tenha alguma atualização..

  2. Boa tarde, Saver! Tá sabendo quando vamos enviar uma sonda pra pescar camarões azuis na lua Europa? Amplexos!

    1. Dizem que os camarões europanos têm péssimo sabor. Acho que faltará mercado pra eles aqui na Terra. 🙂

  3. Desculpe Salvador, mas a matéria ficou parecendo mesmo que a ciencia estaria preocupada com o que acontece depois da morte, quando na verdade estão tentando entender o funcionamento do cérebro nos casos de quase morte. Pós morte não existe pra nenhum cientista sério. Ficou confuso e deu espaço pra esses fanaticos religiosos virem aqui falar as besteiras que tão soltando.

    1. O começo da matéria pergunta “o que acontece quando morremos”, e o fim da matéria diz que o mistério do que há após a morte é ele mesmo imortal — o único jeito de saber o que há do outro lado é indo até lá. Se isso não é dizer que ciência nenhuma explicará o que há após a morte, não sei o que seria… 😉

      1. Ok, mas só de chamar a morte de “outro lado” abre espaço pra esses maníacos religiosos se acharem no direito de querer explicar o pós- morte. Morreu, morreu… antes ele do que eu.

        1. Ricardo, NINGUÉM sabe o que acontece depois da morte. Os céticos dizem que não há evidência de que exista alguma coisa, mas não têm como provar isso — ausência de evidência NÃO É evidência de ausência, como já dizia Carl Sagan. Portanto, falar do “outro lado” e dizer que ele não tem como ser explorado cientificamente é absolutamente honesto e imparcial. Seria parcial em favor dos ateus se eu dissesse como você: “Morreu, morreu… antes ele do que eu.” (Embora, note, eu acredite que é exatamente isso que se dá na realidade. Só não posso afirmar que com certeza é assim. ;-))

  4. Bom dia Salvador;

    Procurei no menu ao lado alguma coisa sobre o “Bóson de Higgs”. tem algum post sobre este tema?

    abraçao

    1. Ícaro, só tem um do Hawking dizendo que o bóson de Higgs poderia destruir o Universo! 🙂

  5. Salvador, o motor de íons da sonda não é uma alternativa viável para viagens à pontos mais distantes, ou as limitações são grandes demais? Outras sondas estão utilizando este tipo de propulsão?

    1. É sim. Mas pra isso você precisa de uma bela dose de energia. Um reator nuclear cairia bem. Já houve outras sondas com propulsão iônica. Se não me engano, a primeira foi a Deep Space-1.

  6. Pô Salvador! Assisti o vídeo do seu programa e só me resta reforçar o meu comentário das 8:26. Durante alguns momentos o teu espaço na TV parecia a antiga série do Padre Quevedo. Você no meio da escuridão, a música de fundo assustadora…decepção total cara…ISSO NON ECZISTE!!!!!!

    1. Gosto não se discute. Eu gostei do resultado e defendo o que disse lá. É fundamental compreendermos o que acontece e por quanto tempo o cérebro resiste após a morte clínica para melhorarmos nossos protocolos de ressuscitação. Sem falar no fascínio que exerce sobre as pessos entender o que acontece na mente durante os últimos instantes da vida. Reforcei que o estudo NÃO PROVA que exista vida após a morte e que o único jeito de saber isso com certeza é morrendo. Não sei o que mais você queria. A comparação com o Padre Quevedo é injusta. Ele tratava de coisas que não existem e buscava refutá-las. Eu tratei de uma coisa que existe, indicando até onde o conhecimento pode avançar com segurança. É o oposto. Mas, claro, o seu viés contra o tema era tão evidente que provavelmente não haveria meio de agradá-lo. Você dizer que não gostou, é do jogo. Você dizer que errei ou que fui não-científico, aí é outra história. Felizmente você se ateve apenas a dizer que não gostou. 😉

      1. Também assisti o vídeo e entendo que o Jose exagerou mesmo. Certamente será de muita importância avançar nesse campo para saber como o cérebro funciona (se é que funciona mesmo) e durante quanto tempo após os equipamentos indicarem que não há atividade compatível com a consciência.
        Sei que você tem equilibrio mais do que suficiente para entender que alguns dos que acompanhamos seus trabalhos tenham se sentido, digamos, “estranhados” diante do contraste dessa apresentação com todo retrospecto anterior.
        Porém, para mim que tenho bastante paciência, vai ser interessante continuar acompanhando e tal vez no fim compreender onde tudo se junta.
        Lembro quando era criança e alguém me disse que a maior velocidade do universo era a do pensamento, pois te transportava a qualquer lugar no mesmo instantes. Depois, claro, veio a clássica piada sobre as velocidades relativas, mas aquilo, naquela época, me deixou muito intrigado.

        1. Entendo que tenha causado estranhamento, até porque eu costumo fechar as colunas em astronomia, mas em tese posso abarcar qualquer coisa de ciência. Mas nada teve de sobrenatural no conteúdo. Se tivesse, aí sim se poderia estranhar. Abraço!

          1. Após assistir já não concordo tanto com José, Salvador como jornalista pode apresentar qualquer matéria. O importante foi o enfoque que ele deu e o questionamento final dizendo que não é possível saber o que ocorre após a morte, senão morrendo.

  7. Mal posso esperar pela chegada desta sonda em Ceres. Este corpo celeste misterioso me deixa muito intrigado!

  8. É a Ciência tentando chegar num terreno onde a Religião já está há muito tempo. E pasmem, vão chegar às MESMAS conclusões. Só agora, no século XXI, a Ciência começa a perceber a dimensão espiritual de nossa existência e tenta quantifica-la, embora eu já saiba que jamais conseguirão fazê-lo plenamente.

    É admirável que séculos de pesquisas científicas tenham levado a Ciência a se aproximar cada vez mais das questões teológicas. A incrível complexidade da matéria é apenas a ponta de um gigantesco iceberg de conhecimento que a Ciência ainda tenta buscar mas que os Teólogos já conhecem há muito tempo.

    Os cientistas mais sérios do planeta já deixaram de procurar lesminhas extraterrestres e estão partindo para os verdadeiros temas que permitirão o avanço da Ciência. Curvem-se diante da sapiência Cristã, aquela que permitiu à Ciência chegar ao ponto que chegou.

    “Ouçam as minhas palavras, vocês que são sábios; escutem-me, vocês que têm conhecimento.”

    (Jó 34:2)

    1. Discordo totalmente de você. Mas isso não é novidade. Vejo ciência e religião como caminhos diferentes para a iluminação, mas cada um age sobre um domínio do conhecimento. Enquanto você quiser colocar um acima do outro, ou querer pautar um pela doutrina do outro, está na rota errada. E acho tão legítimo buscar lesmas extraterrestres quanto estudar o que acontece no nosso cérebro qundo morremos. Ambos os trabalhos buscam explorar a natureza e os limites da vida.

  9. Muito importante buscar conhecimento sobre os asteróides e investir em tecnologia para este fim. Os asteróides podem ser fontes de ferro, silício e outros elementos importantes para nós terráqueos. Sobre vida após a morte, eu contarei para vocês daqui uns cem anos.

  10. O que vemos hoje é a desmoralização da atividade científica. Qualquer patacoada está sendo objeto de “análise científica” e recebendo o um verniz de legitimidade apenas porque saiu numa revista com “peer-review”. Lembro que o número de fraudes científicas tem aumentado muito nos últimos anos, inclusive aqui no Brasil. Mesmo as revistas internacionais mais prestigiadas já foram vítimas de artigos fraudulentos. Portanto, eu teria cuidado antes de sair divulgando um experimento de natureza tão controversa.

    1. O estudo não é controverso. Seus resultados tampouco. As conclusões que se tiram dele são controversas. Mas se a gente for falar só do que não tem nenhuma controvérsia, ficaremos limitados a pouquíssimos assuntos…

    2. Precisão e confiabilidade dos dados requer muito tempo e esforço por parte dos pesquisadores. Por isso, hoje vemos muitos resultados imprecisos e até mesmo forjados, tudo para justificar os investimentos feitos nessas pesquisas.
      Infelizmente muito daquilo que chamamos de ciência não passa de um mero negócio, na qual vende-se reportagens, artigos, materiais para redes de TV…

  11. Ô, Salvador, não tenho religião nem sei opinar sobre essas coisas de fé. Mas quanto ao seu questionamento sobre a cremação, posso responder à luz da própria ciência: “em a natureza nada se cria, nada se perde..(Lavoisier). Então, da mesma forma que a Terra terá que dar conta dos corpos enterrados, assim fará com os cremados. matéria não desapareceu, foi transformada.

    1. Claro. No meu modo de ver, tanto faz o que se fez com os restos mortais. Estava apenas apontando o que dizem algumas crenças cristãs.

  12. (Salvador, publique como comentário geral. Sem querer caiu como resposta de um outro post, mas não era intenção)

    Calma pessoal, que reação mais desproporcional!

    Alguma vez o Salvador se mostrou pouco científico, vendido ou acomodado? Deixa rolar o programa e depois comentem o assunto abordado.

  13. Discordo daqueles que querem barrar a qualquer custo todo tipo de especulação (especulação no bom sentido, como contemplação ou consideração de algum assunto) que não seja a aprovada pela ciência geralmente aceita. Seja “experiências pós-morte”, ou supostos ETs, ou opções para um “antes da evolução” (já que ainda é um mistério a origem da vida- no maior sentido possivel da palavra “origem” ou, digamos a origem da infraestrutura da vida, não a vida como a conhecemos hoje-, ou mesmo sua necessidade na ordem natural). Por causa desses pré-requisitos para se considerar aceitável ou passível de estudo, é que ficamos por séculos aferrados nas idéias geocentristas ptolomaicas.

  14. Ahhhhhh! Agora sim! Os temas aqui deste blog e do programa na TV estão ficando mais próximos daqueles que eu gosto. Experiências que mapeiam o nível de consciência durante a Grande Passagem, são alguns dos meus temas favoritos. Observem que as visões narradas pelas pessoas durante as Experiências de Quase Morte incluem imagens religiosas e levitação. É a imortalidade da alma humana e a sua emergente comprovação científica. Pois é! Um dia a Ciência chega lá! Vai demorar um pouco, mas a Ciência do futuro vai se unir à Religião formando um grande Corpo de Conhecimento Universal. Será grandioso, magnífico! Estaremos mais próximos da Verdade Absoluta e de DEUS, o Todo-Poderoso. Aleluia!

    “Como é feliz o homem que acha a sabedoria, o homem que obtém entendimento”

    (Provérbios 3:13)

    1. Eu sempre achei que, para os cristãos, a vida residisse no próprio corpo, motivo pelo qual os mortos se levantarão das covas no Juízo Final… Ué?

      1. Não! Isso seria a aceitação da simples materialidade da Vida. Para os Cristãos Católicos, após o Juízo Final as almas de todos que já viveram vão se reunir com seu corpo ressuscitado num Corpo Glorificado que vai residir com Ele, no mais alto nível espiritual.

        “Deus retribuirá a cada um segundo o seu procedimento. Ele concederá vida eterna aos que perseverando em fazer o bem, buscam glória, honra e imortalidade.”

        (Romanos 2:6-7)

          1. Que horror. E quem morre carbonizado num incêndio, vai pro inferno por acidente? Fosse você Deus, usaria esses critérios de seleção? GONG!

          2. É constrangedor ter que responder à essas obviedades, mas vamos lá. Existe a morte por cremação voluntária e a morte por cremação circunstancial. Parece muito clara a diferença entre ambas não? Quem estabelece as regras é Ele, o importante na questão não é a matéria, mas o espírito. Existe uma dimensão espiritual na nossa existência delicadamente traçada e rigorosamente estabelecida que nunca será atingida por nenhum experimento científico.

            “Vejam! De longe vem o Nome do Senhor, com sua ira em chamas e densas nuvens de fumaça; seus lábios estão cheios de ira, e sua língua é fogo consumidor.”

            (Isaías 30:27)

            “De modo que ele lançou sobre eles o seu furor, a violência da guerra. Ele os envolveu em chamas, contudo nada aprenderam; isso os consumiu e, ainda assim, não o levaram a sério.”

            (Isaías 42:25)

          3. Dúvida sincera: para fins de ressurreição, qual a diferença entre um corpo que foi cremado e outro que foi devidamente enterrado e se decompôs totalmente?

          4. Tem que perguntar pro Homem quais as limitações técnicas. Fosse eu o encarregado, liberava pra todo mundo.

        1. O filho de um amigo morreu em um incêndio aos 2 anos de idade. Que belo consolo pro meu amigo saber que o filhinho dele foi pro inferno. Que esse deus misericordioso seja louvado.

        2. Que cara mais doido kk Meu querido Salvador contenha-se e não responda esses malucos fanáticos, eu sei que é dificil ler essas coisas e não responder kkk Eu venho de uma familia muito religiosa porem nem um pouco alienada, como sabemos a ”vontade de Deus” ? apenas lendo um livro? um ser com magnitude o bastante pra construir um UNIVERSO precisaria de muito mais com certeza kkkkkk

          Abraço ! 🙂

          1. Eu posso responder ao Mateus que se diz “religioso”. Existem vários graus de religiosidade meu caro. O seu e o de sua família, provavelmente, estão no nível “massinha 1”, ou seja, no nível daquele sujeito que teve aulas de catecismo, fez a Primeira Comunhão e vai à Igreja aos domingos. Portanto, essa sua opinião a respeito da Bíblia é apenas um reflexo de sua ignorância teológica, um mero corolário de sua patética visão da religiosidade, e isso não me surpreende. A Bíblia é muito mais do que um livro. O estudo de suas várias versões consumiu a vida de milhares de filósofos pois trata-se a obra literária mais importante já concebida. Não tenho espaço aqui para colocar toda a dimensão que essa obra merece e, por certo, seria inútil explica-la a você. Portanto, resta-me lamentar a existência de “religiosos” do seu naipe. Bento XVI estava certo, não existe lugar na Igreja Católica para os anões da Fé, mas apenas para os Gigantes da Religiosidade.

            “Porque vivemos por fé, e não pelo que vemos.”

            (Coríntios 5:7)

          2. Caro Apolinário, Bento XVI e você defendem uma religiosidade similar à dos muçulmanos… Veja bem onde essa religiosidade os está levando – ou melhor – onde ela os está mantendo: na Idade Média!

            Se você ler a bíblia completamente verá que até a escravidão é considerada normal, que mulheres não devem pensar por si mesmas, mas perguntar a seus pais ou maridos caso tenham qualquer dúvida…

        3. Nossa, triste saber que tem gente em pleno século 21 que ainda acredita nessas coisas de ceu e inferno. Triste mesmo!

      2. Salvador, vc está absolutamente, certo. A vida reside no corpo. Não há nada imaterial que saia deste após à morte. Morreu, acabou. Eclesiastes 9: 5, 10.

    2. Nossa que discussão mais inútil!

      Primeiro que não entendo esse povo que vem aqui socar suas crenças goela abaixo do autor do blog e seus leitores. Cristãos é que não são, porque Cristo não ensinou nem ordenou a seus seguidores ficarem aporrinhando quem não quer crer. Então parem com essa chatice! Se o povo aqui quer virar as costas pra Bíblia e fazer da ciência sua religião que seja! Depois eles que arquem com as consequências. Esse é o princípio do livre-arbítrio: você pode fazer o que quiser mas terá que arcar com as consequências da sua escolha. [“Não vos enganeis, de Deus não se zomba, pois tudo o que o homem semear, isto também ceifará”. (Gálatas 6:7)].

      Eu acredito que a Bíblia é a expressão da verdade. E literalmente! Nada de interpretações mirabolantes de gente com a mente fraca que precisa misturar teorias científicas [duvidosas] com a narrativa Bíblica pra torná-la “acreditável” para si mesmo e para os incrédulos.

      Se Deus é Todo-poderoso então Ele pode, sim, ter criado a Terra em 7 dias, com os pés nas costas inclusive! O ‘cristão’ que duvida disso de tabela está declarando que não crê que Deus pode fazer todas coisas.

      Sobre a questão da vida residir no corpo não sei como começou essa discussão, mas já que estou aqui vou dar minha contribuição 😉 , talvez seja útil para alguém.

      Segundo a Bíblia, Deus formou o corpo do primeiro homem do pó da terra, depois soprou-lhe o fôlego da vida e o homem passou a ser alma vivente.

      Essa passagem de Gênesis explica muita coisa sobe a natureza do ser humano. Explica, por exemplo, que o homem é tripartido, ou seja, composto de três partes de “naturezas” distintas.

      Ele possui um corpo que é sua interface para o mundo físico (matéria), esse corpo é animado pela ação do ‘fôlego de vida’ soprado por Deus. Portanto, o que dá vida ao corpo é esse fôlego, o corpo per si não é capaz de ter vida.

      Esse fôlego de vida é tratado ao longo do texto bíblico como “espírito humano”, ele é a interface para o mundo espiritual, o mundo “das coisas que não se veem”, como diz a Bíblia; bem como o meio pelo qual o homem pode se comunicar com Deus.

      E a terceira parte? Ela é a mais interessante e incrível. A terceira parte é a alma humana. A vida humana em si. Aquilo que torna o homem diferente de todos os outros seres vivos. A alma é a personalidade do ser humano, seus pensamentos, suas emoções e sua vontade. É a psiquê humana. Tudo que o homem faz provém da alma. O corpo nada mais é que um instrumento da alma, o corpo é o responsável por manifestar a alma no mundo físico. A alma humana, portanto, é a interface para o “mundo psicológico” (acho que Nietzsche chama de “psicosfera”, né?).

      Pra ficar mais fácil de entender basta comparar o ser humano com uma reação química:

      Corpo (matéria) + espírito (fôlego da vida) = vida humana (alma)

      A alma é o resultado da ação constante do espírito sobre o corpo.

      É possível tirar várias conclusões com base nisso como, por exemplo, a erroneidade das correntes espiritualistas em afirmar que a alma humana é eterna. Impossível! A alma humana só existe enquanto o espírito humano está agindo sobre o corpo. Se o espírito humano for retirado a alma deixará de existir imediatamente. A Bíblia diz que quando alguém morre o espírito volta para Deus, que foi quem o deu, e o corpo volta para o pó, de onde veio [Ec. 12:7]. E a alma? Bom, a passagem bíblica omite, então eu subentendo que ela desaparece (morre)!

      Inclusive, a esperança dos cristãos que ‘morreram’ é justamente a ressurreição dentre os mortos.

      Para os judeus que ainda seguem a Lei de Moisés a forma como o corpo do morto é ‘descartado’ pode ser importante, mas para os cristãos isso [deveria ser] é irrelevante, pois a ressurreição acontecerá de qualquer jeito!

        1. Caro “Tonhu”,

          Não soquei nada goela abaixo de ninguém. O que fiz foi explicar o meu ponto de vista sobre o que acontece no pós-morte com o ser humano baseado nas minhas crenças. E só fiz isso, porque o assunto em questão tem um viés espiritual/religioso.

          Você pode concordar ou não.

  15. Salvador, você mencionou meteoritos vindos de Vesta. Sei que existem vários identificados como provenientes de Marte, inclusive aquele polêmico da Antártica que poderia indicar a existência de vida por lá. Como é determinada a origem desses pequenos corpos celestes que chovem sobre nossas cabeças?

    1. No caso dos de Marte, por pequenas bolhas de atmosfera contidas neles. Nos de Vesta, composição química da rocha.

  16. Boa tarde Salvador !

    Tenho uma duvida, com relação a nossa defesa caso um gigante deste esteja em rota de colisão com a terra, existe alguma forma de defesa para isso ? Uma bomba atomica teria um grande efeito?

    Mais uma ótima notícia parabens ! E assim vamos percorrendo o universo 🙂

  17. assunto interessantissimo , não irei perder , ainda mais com a visão cientifica do nosso amigo jornalista .

  18. Quando o Assunto do Site é Astronomia, é excelente.
    Perde a graça quando trata da Teoria da Evolução (normalmente abordada como verdade absoluta). Agora até experiência pós Morte????

  19. Siga O SEU CAMINHO, Salvador, por onde quer que ele passe… Não me torno qualquer caminho por onde passo; sementeio. E também posso ser sementeiado/a. Muitos de nós, tipo o Régis, paramos quando você passa. BOM DIÃO.

  20. um monte de gente tendo alucinações por hipoxia cerebral e a tv tentando vender isso como prova q existe”algo mais”.
    preferira ve-lo falando sobre temas do espaço,tem um monte de porcaria na tv paga e faltam programas sobre ciência e espaço

  21. Ótima matéria. Já fotografei Vesta quando estava em conjunção com Ceres a uns meses atrás. Um fato curioso é que sua gravidade é de 0,22m/s^2, 44x menor que na Terra. Um salto vertical de um metro aqui, resultaria num salto de 44m ou 14 andares por lá.

    1. Calma pessoal, que reação mais desproporcional!

      Alguma vez o Salvador se mostrou pouco científico, vendido ou acomodado? Deixa rolar o programa e depois comentem o assunto abordado.

  22. Puxa Salvador, que decepção! Você foi contaminado pela tábua-rasa da Globo? Essa matéria sobre a “vida após a morte” ou sobre o que se “experimenta” durante a “passagem” é uma das coisas mais surradas da TV, é vergonhoso. Daqui a pouco você vai estar entrevistando o ET de Varginha ou coisa que o valha. Tome cuidado cara!

    1. Respeito, mas discordo. O estudo é novo, é o maior do tipo e foi publicado em journal com peer-review.

      1. Salvador, admiro muito o seu trabalho cientifico… leio tudo o que você escreve e estou gostando muito do seu livro, que acabei de comprar… mas reportagem sobre vida após a morte?!?!?!?!!?!?!? fala sério… uma sugestão: atenha-se a CIÊNCIA. abração.

        1. Não vi ainda, claro, mas não creio que seja reportagem sobre a vida após a morte e sim o que acontece no cérebro DURANTE a morte. Li uma vez que, se a pessoa é decapitada, seu cérebro ainda funciona por 3 minutos, o que significa uma eternidade para quem está morrendo… Tomara que não seja verdade!

          A mente humana é de origem biológica e morre quando o corpo morre, mas como ela funciona durante o processo de morte? Qualquer resposta deve ser horrível…

          1. Radoico, não sou médico mas acredito que assim q a cabeça é separada do corpo a pressão cai imediatamente, causando perda de consciência instantânea. O que deve acontecer até os 3 minutos após a separação é que o cérebro ainda tem atividade elétrica, mas sem consciência. Assim espero!

        1. Ricardo, já foi gravada e fala justamente desse estudo Aware. Mas o paper não diz que não evidência de experiência de quase-morte. Na verdade, de 101 entrevistados, 2 tiveram a tal NDE clássica, um dos quais com um relato muito similar ao que de fato aconteceu enquanto ele esteve desacordado. O que, como aponta seu link, não prova nada. Exceto que talvez o tema mereça mais estudos, não tanto por seu mérito sobre o que há após a morte, mas mais por trazer nova luz ao funcionamento do cérebro nesses casos extremos de quase-morte. Eu acho curioso nesse seu link o sujeito reclamar do viés do Parnia, por ser supostamente um crente em NDE, e confessar ao mesmo tempo ser um descrente, para depois colocar defeitos no estudo. E o viés do crítico, não conta? Para mim, o critério para respeitabilidade foi a publicação num periódico com peer-review. Mas sinceramente não acho que exista nada conclusivo no estudo. Abraço!

          1. Salvador, infelizmente a publicação em periódico peer-reviewed não é, por si só, garantia de qualidade ou respeitabilidade. Basta lembrar do famigerado estudo sobre a vacina MMR do Andrew Wakefield publicado na vetusta “The Lancet” ou do estudo sobre GMO e câncer do Gilles Seralini publicado na “Food and Chemical Toxicology”, ambos posteriormente retratados. Centenas de outros exemplos podem ser vistos em http://retractionwatch.com/.

            Mas não é esse o ponto onde quero chegar. O fato é que o estudo não teve a robustez que se esperava, em grande parte pela dificuldade em obter casos nos quais houvesse as tais imagens escondidas sobre as prateleiras. Caso tivessem sido identificados casos em que os pacientes tivessem descrito as imagens escondidas, de fato seria o caso de declarar a necessidade de mais estudos e rever tudo o que sabemos sobre o cérebro (e sobre o velho dilema monismo/dualismo). No entanto, o resultado do estudo é a um só tempo estatisticamente fraco (indistinguível do ruído) e perfeitamente explicável por vieses cognitivos e pelo funcionamento da memória. “Extraordinary claims require extraordinary evidence”.

            Sobre o resultado de Parnia justificar novos estudos, é obvio o valor de se continuar a estudar o assunto, mas nesse caso específico o artigo está no mesmo nível daqueles que encontram eficácia mínima na homeopatia ou na acupuntura e terminam com um “further research is warranted”. Ver http://www.sciencebasedmedicine.org/when-further-research-is-not-warranted-the-%E2%80%9Cwisdom-of-crowds%E2%80%9D-fallacy/.

            Pra mim o risco maior é o estudo ser apresentado pela mídia como evidência de vida após a morte, o que, sendo admirador do seu trabalho, fico feliz em constatar que não é o seu caso.

            Parabéns pelo excelente trabalho e pela paciência. 🙂

            Abraço!

          2. Ricardo, claro que publicação em periódico peer-reviewed não é garantia de qualidade. Mas é o lastro universalmente adotado pela própria comunidade para que um trabalho seja digno de ser lido. Eu acho que o trabalho tem vários resultados interessantes, como o fato de que mais da metade dos entrevistados não se lembram de nada, e que as lembranças que não se encaixam na clássica NDE podem ser divididas em categorias específicas. São referências anedóticas, daí seu baixo valor, mas ainda assim são uma porta de entrada para a investigação. É de todo curioso que o cérebro produza alguma lembrança — real ou fabricada — no momento da morte. Como isso não pode servir a nenhum propósito evolutivo, o que instaurou esse mecanismo no cérebro? Por que certas experiências ocorrem com mais frequência, em detrimento de outras? O que acontece com os que não se lembram de nada? Eles tiveram a experiência e a esqueceram? Acho um tema rico e intrigante, embora, como direi na TV, o trabalho de forma alguma confirma a existência de vida após a morte. 😉
            Abraço!

          3. “É de todo curioso que o cérebro produza alguma lembrança — real ou fabricada — no momento da morte.”

            Você tocou no ponto crucial: as evidências atuais não permitem concluir que a lembrança foi produzida *no momento* da morte. É perfeitamente possível que a narrativa e as lembranças tenham sido produzidas *após* o evento de quase-morte e a pessoa acredite sinceramente que teve aquelas sensações enquanto seu cérebro estava “desligado”. Um caso extremo disso é o livro “Proof of Heaven” do neurocirurgião Eben Alexander: http://www.newsweek.com/proof-heaven-doctors-experience-afterlife-65327 (embora já se tenha demonstrado que houve uma dose de picaretagem no caso dele).

            Antes que algum exaltado me acuse de ser cabeça fechada, não estou dizendo que esse tipo de experiência é impossível, apenas mantenho que as evidências atuais não permitem distinguir entre uma experiência real de quase-morte e uma experiência imaginada. Daí a grande expectativa sobre o Parnia e as imagens ocultas, o potencial de termos uma evidência forte era enorme. Levando-se em consideração o que sabemos sobre o funcionamento bioquímico do cérebro (bastante) e sobre a consciência (não muito), o patamar de evidência necessário para se admitir uma experiência consciente sem o suporte de um cérebro consciente é bem elevado.

            “Como isso não pode servir a nenhum propósito evolutivo, o que instaurou esse mecanismo no cérebro?”

            Opa, begging the question. 🙂 Acredito que você concorde que nem toda característica da mente tem um propósito evolutivo (taí o Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais que não me deixa mentir). Assumir que as lembranças são geradas no momento da quase-morte e que algo ou alguém instaurou esse mecanismo (que lembro, não se sabe se está mesmo lá) é colocar o carro na frente dos bois.

            Também acho o assunto fascinante e procuro manter a cabeça aberta (mas não tanto que o meu cérebro escorra pra fora ;-).

            Abraço!

          4. Ricardo, na verdade, eles argumentam no paper que em um dos relatos é possível correlacionar com razoável precisão a lembrança com o que de fato ocorreu — o que seria um indício de que não é fabricação, mas lembrança real…

          5. A propósito, não acho que alguém tenha instalado o software da NDE nos cérebros das pessoas. Só digo que, sem uma função evolutiva, sua existência é misteriosa. Mas acho que pode ser algo que o Radoico mencionou — simplesmente o cérebro tentando não morrer.

          6. BTW, caso você não tenha tido acesso à íntegra do artigo de Parnia et al, posso te enviar por email.

            Abraço!

          7. Salvador, acho que essas NDE nada tem a ver com o processo evolutivo, pois não têm vantagem evolutiva em sua presença. É apenas uma reação de um sistema extremamente complexo que reluta em aceitar-se morrendo, então deve criar essas imagens, sons e tudo o mais que seus “circuitos” sensórios normalmente captavam em situações normais.

            Bom, de tudo isso, eu só digo que não tenho medo nenhum de morrer, mas o processo de morrer me preocupa.

          8. Salvador, peço que leia com calma o relato do “caso verificado” de NDE a partir do qual os autores tiram suas conclusões. Está no PDF abaixo, tabela 2, é a primeira das “category 5 recollections”:
            https://www.dropbox.com/s/36paob42odg0c11/AWARE.pdf
            As lembranças “comprovadas” são as seguintes:

            1. Lembrança da voz gravada do defibrilador automático (a qual soa assim que entra em fibrilação, ou seja antes da perda total da consciência);
            2. A presença de uma equipe médica durante a parada cardíaca (estavam em um hospital!!!)
            3. A descrição do médico careca que atendeu o paciente durante a parada (e que visitou o paciente no dia seguinte!)

            Mesmo que se assuma que essas lembranças não possam ter sido produzidas antes da perda total da consciência ou após a recuperação (elas podem sim), há um detalhe que é incompatível com a sua interpretação de que o estudo apresenta apenas uma curiosidade sobre o funcionamento cerebral durante a quase-morte, sem maiores implicações metafísicas: o paciente relata ter observado a cena da sua ressuscitação *do alto*, vendo a si mesmo deitado e as costas do médico que o atendia!

            Assim, são duas as interpretações possiveis:
            I. A dos autores do estudo de que não só a consciência é possível sem que o cérebro material esteja consciente mas que também essa consciência extra-corpórea é capaz de receber estímulos sonoros e visuais sem suporte dos órgãos correlatos e a partir de um ponto de vista apartado do corpo físico do paciente (do alto da sala);

            II. A memória humana é falha, narrativas são construidas e reconstruídas constantemente e não há evidência de consciência apartada do cérebro material.

            Enquanto (I) requer uma grande dose de boa vontade e implica em uma revolução científica, (II) é suportada por farta pesquisa e é compatível com a descrição da realidade física decorrente do conhecimento científico atual.

            O que a navalha de Occam faria neste caso? ☺

          9. Ricardo, na verdade não. Diversos estudos já mostraram que o cérebro é capaz de produzir essa experiência de estar fora do corpo quando você estimula justamente as redes neuronais responsáveis por mapear a posição do corpo no espaço. Esse é basicamente o mesmo mecanismo que explica os doppelgangers e as sensações de membros-fantasmas em pessoas que perderam um dos membros. O único meio de provar que a consciência estava no alto e não no cérebro seria a pessoa carregar uma lembrança de um objeto que não pudesse ser visto de sua posição real, mas só do alto. Os hospitais participantes tinham objetos em algumas salas para o teste disso. Infelizmente, não havia nada disso no local em que este caso em particular teve a parada cardíaca. Por isso ainda fico com a interpretação de que a lembrança pode ter sido real e ao mesmo tempo emanou do cérebro, mesmo com a sensação de que o paciente se viu do alto. 😉

          10. Tá, mas aí já não estamos falando de um relato no qual “é possível correlacionar com razoável precisão a lembrança com o que de fato ocorreu”, mas de uma ilusão sensorial. O que, aliás, vai ao encontro ao meu argumento a favor de uma explicação prosaica para a tal lembrança. De todo modo, o estímulo aos neurônios responsáveis pela propriocepção não explica a visualização do próprio corpo de um ângulo externo, a visualização das costas do médico ou a aparição da figura feminina que chamou o paciente para o teto da sala. Ok, o córtex visual também pode ter entrado na jogada, mas, recorrendo novamente a Occam, é mais uma entidade que invocamos para explicar o caso, sendo que há uma explicação muito mais simples.

            Lembro ainda que a visualização dos objetos escondidos no alto seria muito diferente e muito mais fantástica que a “mera” constatação de que um cérebro aparentemente inconsciente ainda é capaz de processar e lembrar de estímulos sensoriais.

            Ou a experiência foi uma ilusão/artefato da memória, ou a consciência de fato pode existir independente do cérebro consciente. Não dá pra escolher que partes do relato são confiáveis em favor da nossa hipótese preferida e atribuir o resto a ilusão sensorial. You can’t have your cake and eat it too. 😉

            Abraço!

    2. Sem falar que a compreensão da vida (terrestre ou extraterrestre) passa pela compreensão da morte. Não há tema proibido; há abordagens rasas ou profundas.

          1. Não, na verdade, não. Imagina se eu digo pra você: “Meu próximo post é sobre o asteroide Vesta”. Aí você fica todo contentinho: “Oba, um post sobre ciência planetária, alguma novidade sobre Vesta”. E aí o texto fala de um boato de que encontraram sinais de pirâmides construídas por alienígenas do planeta Nibiru e dá a entender que é tudo verdade. E você, que se pautou só pelo tema, se lascou. No caso em questão, note que digo “o que acontece quando morremos”, e não “o que acontece DEPOIS que morremos”, o que faz toda a diferença, pois o estudo investiga justamente quais são as últimas sensações conscientes de quem passa por uma experiência de parada cardiorrespiratória seguida por ressuscitação — um tema perfeitamente legítimo do ponto de vista da ciência.

          2. Salvador, não pude resistir de comentar já que você mencionou o tal do Nibiru! Achei muito engraçado na hora, afinal o povo adora acreditar nessas coisas imaginárias sem sentido. Daria pra se publicar uma bela pesquisa com direito a peer review a respeito do porquê coisas assim encontram tanto respaldo entre as pessoas, não acha? 🙂

    3. Chega a ser hilário como pessoas que se dizem de “pensamento científico” podem ter uma mentalidade tão dogmática quanto crentes evangélicos.

      1. É o que se chama de “obscurantismo científico”. É tão nocivo quanto o islamismo mais fanático.

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