Mais oito planetas na zona habitável!

Salvador Nogueira

Usando dados do telescópio espacial Kepler, da Nasa, astrônomos americanos anunciaram a descoberta de nada menos que oito novos planetas de pequeno porte localizados na chamada zona habitável de suas estrelas. Trata-se da região do espaço onde a incidência de radiação seria favorável à preservação de água em estado líquido na superfície. Essa é a posição que a Terra ocupa em nosso Sistema Solar, o que faz supor que pelo menos alguns desses novos planetas possam ser de fato amigáveis à vida.

Concepção artística de um planeta habitável fora do Sistema Solar
Concepção artística de um planeta habitável fora do Sistema Solar (Crédito: CfA/Harvard)

O anúncio acaba de ser feito durante a reunião da Sociedade Astronômica Americana (AAS) e adensa a coleção de planetas descobertos pelo Kepler potencialmente similares à Terra. O resultado também marca um outro recorde para o satélite, que com as novas adições já ultrapassa a marca dos mil planetas encontrados. Não custa lembrar que o telescópio espacial fez essas descobertas todas apontado fixamente durante quatro anos para um cantinho do céu que equivale a míseros 0,25% do total da abóbada celeste, entre as constelações Cisne e Lira.

(Em uma nova fase desde o ano passado, por conta de um defeito em seus giroscópios, o Kepler foi rebatizado K2 e agora investiga diferentes regiões do céu ao longo das constelações do zodíaco. Aguarde, portanto, outras descobertas empolgantes para o futuro.)

Dos oito novos planetas, um deles, batizado Kepler-438b, tem tamanho apenas 12% maior que o da Terra. Em termos de porte, ele é tão parecido com o nosso mundo quanto o Kepler-186f, que, talvez você se lembre, inaugurou uma nova era na busca por exoplanetas no ano passado. Ele foi o primeiro planeta com dimensões similares às da Terra (seu diâmetro era apenas 11% maior) descoberto na zona habitável de outra estrela que não fosse o Sol.

A estrela-mãe do Kepler-438b é uma anã vermelha, astro menor e menos brilhante que o nosso Sol localizado a 470 anos-luz daqui. O planeta em questão completa uma volta em torno dela a cada 35 dias, e a radiação estelar que chega a ele é 40% maior do que a que banha a Terra. (Para efeito de comparação, Vênus, que virou um inferno escaldante por sua proximidade com o Sol, recebe o dobro da radiação incidente sobre nosso planeta.)

Nesse sentido, o planeta mais interessante da nova leva é o Kepler-442b, a 1.100 anos-luz de distância. Ele tem um diâmetro cerca de 30% maior que o da Terra, de forma que já entra numa classificação diferente, como uma “superterra”. Ainda assim, um estudo apresentado ontem na reunião da AAS por Courtney Dressing, astrônoma do Centro Harvard-Smithsonian para Astrofísica, mostra que planetas até 50% maiores que a Terra tendem a ter uma composição de ferro e silicatos. Ou seja, são mundos rochosos, como o nosso, apesar do tamanho avantajado.

E o Kepler-442b em particular recebe de sua estrela-mãe, uma anã laranja um pouco menor do que o Sol, cerca de dois terços da radiação que a Terra ganha do Sol. Segundo os cálculos dos astrônomos liderados por Guillermo Torres, do Centro Harvard-Smithsonian para Astrofísica, e por Douglas Caldwell, do Instituto SETI, com esse nível de radiação, ele tem 97% de chance de de fato estar na zona habitável de sua estrela.

Só para comparar, o festejado Kepler-186f, do ano passado, recebe um terço da radiação solar que incide na Terra.

CANDIDATOS
Hoje os pesquisadores do satélite Kepler também apresentaram uma atualização dos resultados gerais obtidos pelo telescópio durante seus quatro anos de operação. Garimpando os dados, eles encontraram mais 554 candidatos a planeta, que vêm a se somar aos 4.183 candidatos da parcial anterior.

É uma medida importante do tamanho do sucesso da missão, apesar de sua interrupção abrupta pela falha com os giroscópios. Estima-se que cerca de 90% dos “candidatos” sejam planetas de fato, mas para verificar isso os cientistas precisam usar técnicas de análise que confirmem a descoberta.

O Kepler detecta planetas ao observar pequenas reduções no brilho das estrelas conforme um mundo orbitando ao seu redor passa à frente dela, com relação ao satélite. Medindo o tamanho da redução de brilho, o tempo de duração e a periodicidade, é possível estimar o tamanho e a órbita do planeta. Mas diversos fenômenos, como manchas estelares ou a presença de outra estrela próximo, podem gerar falsos positivos. Daí a necessidade de uma segunda análise caso a caso após a primeira peneirada dos “candidatos”.

No caso dos oito novos planetas na zona habitável, a equipe de Torres e Caldwell usou um programa de computador chamado Blender, que introduz diversos falsos positivos nos dados e procede com uma análise estatística sobre as detecções. Com isso, conseguiram determinar com confiança superior a 99% de que são realmente para valer.

Mais detalhes sobre esta descoberta estarão na Folha de amanhã.

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Comentários

  1. Salvador, vejo que o que temos de maior velocidade é a da luz e segundo Eistein, movimentar nessa velocidade seria o mesmo que se desintegrar; ou seja, nas distâncias citadas (5oo / 1000 anos luz), nunca chegaríamos a lugar algum. Eu acredito que muitas teorias sofrerão mudanças – pergunto o que vc acredita? descobriremos velocidades maiores para contactar outros mundos?

  2. Boa tarde Salvador!

    Muito obrigado pela produção tão profícua de matérias que nos fazem voar longe em nossas imaginações. Agora, só falta o pessoal do SETI detectar um sinal fraquinho de rádio (algo como “ET going to Earth” e, como são inteligentes já falam em inglês) vindo dos confins da nossa via Láctea e que seja possível de determinar que são oriundas de civilizações inteligentes. Não posso passar desta para uma “melhor” sem que testemunhe algo grandioso quanto um contato imediato de primeiro grau.

  3. Parabéns pelo blog! Já faz algum tempo que acompanho e gosto muito da linguagem que você utiliza. Apesar de ser engenheiro e sempre ter me interessado pelo assunto, confesso que não tenho muita paciência com outras publicações por serem muito técnicas…

  4. Em 1988 o autor de um livro de Ficção “De Olho na Terra” fez uma viagem através de “Telecomunicação” ou seja, Telepatia. Conta esta viagem e dá a localização de alguns planetas habitados.
    Um dia teremos estudos oficiais sobre Telepatia, cuja forma de comunicação não tem distâncias e locais…
    Ninguém deu crédito, eu também não.

  5. Salvador, particularmente estou empolgado com as descobertas destes planetas, e acho que num destes planetas, vivem os ets que visitam a terra, so espero que sejam amisoizos abracos.

  6. Boa Tarde Salvador…
    Iniciando dizendo que apenas leio as suas matérias. Ótimas e informativas.
    Gostaria de perguntar que a maioria dos planetas do tamanho da Terra são localizados entorno de estrelas com menos radiação do que o sol terrestre. Isso se dá por deficiência da técnica utilizada para localizar os exoplanetas?

    1. Isso. É viés de observação. Quanto menor é a estrela, maior o contraste com os “minieclipses” que caracterizam os trânsitos.

  7. Salvador é da GloboNews. Agora está explicado essas matérias estilo besteirol do Fantástico.

    Só faz aquilo que o patrão manipulador dele manda.

    1. Na verdade, até agora, dos 13 textos que escrevi para a GloboNews, não mudaram uma palavra sequer. Eu escolho o tema e as palavras. Desculpe desapontá-lo. 😛

    2. Marcião, to achando que sua mulher de largou pra ficar com o Salvador, ou algo do tipo, porque vc anda com uma dor de corno do sucesso dele…

      1. A falta de inteligência da humanidade já terá destruido o planeta Terra antes da tecnologia evoluir ao ponto de conseguir viajar estas distâncias.

  8. Uma dúvida, meio fora do assunto – você mencionou que Vênus virou um inferno escaldante por conta da sua proximidade com o Sol. Mas eu achava que Vênus tinha as maiores temperaturas dos planetas de nosso sistema muito mais devido a sua atmosfera extremamente densa do que a distância em relação a estrela.

    Por que analisando apenas distância ao Sol, Mercúrio deveria ser mais quente que Vênus, o que pelo que eu me lembro não é verdade.

    Abs!

    1. Sim, você está certo. Mas Vênus só entrou nesse efeito estufa danado por estar mais perto do Sol que a Terra. E Mercúrio só não é ainda mais quente porque é pequeno e não tem atmosfera pra gerar efeito estufa…

      1. Eu acredito que não estamos numa distância tão diferente assim que Vênus, e podemos acabar com temperaturas muito parecidas. O pior é que estamos acelerando esse processo de propósito.

  9. Salve, Sideral!
    Não entendo nada de astrofísica nem astronomia, mas, com tantas descobertas assim, fica impossível acreditar que estamos sós no universo!
    Agora, se estamos, a humanidade precisa urgentemente compreender o tamanho dessa nossa responsabilidade e a grandiosidade como supostamente seres únicos!

  10. Muito legal saber de, cada vez mais,descobertas de exoplanetas com características próximas à da Terra na zona habitável da estrela. Ainda não dá para sonhar com estes mundos devido às distâncias (kepler 438b,442,186f=470;1100;500 anosluz, respctivamente) e tamanho, que mesmo em torno de 10% do diâmetro de Gaia, pode representar uma gravidade 40% maior, se a composição for semelhante. Quando tivermos tecnologia para descobrir as Novas Terras nas zonas habitáveis de estrelas a nossa volta, numa distância inferior a 20 anos-luz, apesar de ainda ser impossível sua exploração, pelo menos, poderemos sonhar em um dia visitar Pandora. Afinal, para correr uma maratona foi necessário aprender a engatinhar.

    1. Um ano-luz é medida de distância. É o quanto a luz percorre durante um ano terrestre (365,25 dias) viajando pelo vácuo do espaço. Equivale a 9,5 trilhões de km.

    1. Pode ser. Mas não é assustador pensar que todos esses planetas, apesar de parecidos com a Terra, estão vazios? 😛

      1. Parabéns Salvador pelas suas publicações, sou admirador dessa ciência maravilhosa e astrônomo amador, e alegro-me todas às vezes que leio relacionado ao tema.

      2. Comecei a pensar se na realidade nós não somos a primeira especie (de uma série que irá aparecer) que explorou o universo. Esse pensamento muda completamente a ótica de ver as coisas e a nossa espécie, afinal, uma especie sempre é a primeira a desbravar o universo, não?

      3. Seria um grande desperdício de espaço e matéria, não haver vida em outros planetas. Agora, vida inteligente é mais complicado. Nossa galáxia tem pelo menos 400 bilhões de estrelas e já foram mapeadas mais de 400 bilhões de galáxias. Quantos planetas habitáveis devem existir? Não existe nem grandeza numérica para isso. Esse assunto me fascina. Vida longa e próspera…

      4. POIS É, QUEM CONSTROE APARTAMENTOS E MORADIAS, ELE AS FAZ PARA FICAREM VAZIAS, INABITADAS…

      5. Mais assustador é imaginar que estamos sozinhos e que toda a responsabilidade de “semear” e explorar o universo é nossa, apesar da nossa enorme ignorância.

    2. é de muito egoismo do ser humano ter um universo infinito e pensar que somente nós existimos!

    3. Meu caro Marcio, voce n ão acha que é muita pretensão nossa, sermos únicos no universo ?

  11. Os norte-americanos são especialistas em criar notícias para alimentar a mídia e para se manterem em evidência. Essa é mais uma dessas que tem como único objetivo “ficar em evidência”.

    1. mais um incipiente e insipiente
      da esquerda -provavel festiva
      devemos pensar na importancia de
      um pais estar investigando algo iinedito para a humanidade e nao ficar apenas
      fazendo politicas com corrupcao como se apresenta o nosso pais atual

      vai estudar um pouco energumeno

    2. As melhores respostas a um comentário nesse post. Estão todos de parabéns, assim como o Salvador, por nos manter bem informados a respeito desse assunto que me emociona tanto.

  12. Destruída a Terra, lá vai o homem destruir “outros mundos”…que vivem muito bem sem o homem…!

    1. Quem garante que já não existem “humanos” lá acabando com esses planetas?

    1. Ah amigo José os aluguéis estão com valores tão astronômicos que se não fosse o ano luz eu iria morar em um desses planetas recém descobertos , antes que a especulação imobiliária chegue ate eles.

  13. Olá, Salvador. Eu gostaria de ter uma ideia melhor: “O planeta em questão completa uma volta em torno dela a cada 35 dias, e a radiação estelar que chega a ele é 40% maior do que a que banha a Terra.” Como conseguem estipular ou calcular o percentual de radiação de um corpo tão distante? Entender o movimento de translação até é mais fácil, mas sacar a radiação… 🙂 Obrigado.

    1. Pelo tamanho da estrela, sabem quanto ela emite. Pela distância entre ela e o planeta, sabem quanto chega. 😉

        1. Denis, deixa eu te ajudar já que o Salvador respondeu várias vezes e você continua perguntando.

          No meu caso, um ano luz deu R$ 1.296,00, minha média de consumo é de R$ 108,00 por mês e moram 3 pessoas em casa. Para famílias maiores o valor da conta de luz certamente é maior, embora dependa da quantidade de equipamentos.

  14. Uma pena não termos tecnologia suficiente para maiores descobertas como essa. Penso o que um telescópio dessa magnitude, nos traria de informações se utilizado décadas atrás. Excelente matéria!

    1. Rafael, esse telescópio já é “velho”… 🙂

      Aguarde as próximas armas para o descobrimento de planetas, os telescópios James Webb e TESS, aí sim você vai ver o que é o futuro.. 😉

  15. O maior problema é encontrar um Planeta que exerça o movimento rotacional ao redor de sua estrela tão perfeito quanto a terra.
    Outro dia vi que encontraram um planeta que no movimento de rotação passava perto demais e longe demais. Quente demais com temperatura altíssimas e longe demais com congelamentos absurdos. Resultado? Violentadas tempestades com ventos de mais de 9.000 k/h

  16. Salvador, aproveitando este tema de planetas, gostaria de perguntar sobre sua opniao da viabilidade de colonização de Marte. Li um livro muito bom recentemente que trata do assunto “Perdido em Marte”, que inclusive vai virar filme, e com certeza vai trazer o assunto bastante a tona.

    1. De nada adiantaria, eis que políticos são retratos de quem neles votou. É o povo, pelo voto direto e livre/obrigatório, que instala políticos safados e corruptos no Congresso Nacional e no Executivo, na maioria das vezes convencidos pelas ofertas de benesses em dinheiro, como as famigeradas bolsas disso e daquilo.

    2. Meu amigo, mandar essa corja de ladrões, corruptos para habitar esses mundos maravilhosos, não seria justo, teria que ser num planeta ou estrela que queimasse como uma fornalha, que temops no planeta TERRA, principalmente no BRASIL…

  17. A probabilidade de haver vida em outros planetas é tão grande quanto o tamanho do Universo.
    Aliás, se há vida, há times de futebol. E se há futebol, podíamos organizar a Copa Universo (torneio interplanetário entre os melhores times de cada mundo). Com certeza o Corinthians representaria nosso planeta.

    1. Aí poderíamos ter a verdadeira copa do mundo porque a que temos é copa da Terra.

  18. Olá Salvador, a Nasa informou a distância entre esses novos planetas descobertos e a terra ? E quanto tempo uma missão espacial levaria para chegar até um deles ?
    Aproveito para parabenizá-lo pela participação no programa Canal Livre, da Band, foi ótima. Vc tem que voltar mais vezes à TV.

    1. Coloquei as distâncias no texto. Estou toda semana no Jornal das Dez da GloboNews, aos sábados! 😉

      1. Que bom saber da sua presença no jornal das dez do Globo News aos sábados, no próximo irei assisti-lo. Se as distâncias entre planetas com relação ao nosso são tão imensas, demorando-se séculos em viagem a velocidade da luz, será que teríamos alguma chance de chegar em algum deles? Ou no espaço a contagem de anos é muito diferente da que temos na Terra? Se puder esclarecer fico muito grato.

        1. Talvez consigamos, mas não com a tecnologia atual. Por ora, ainda é um sonho. Mas cem anos atrás era um sonho ir à Lua. 😉

  19. Tanta preocupação em conhecer o universo e o homem não se preocupa em conhecer a espiritualidade, se ele conhecesse o mundo espiritual, saberia com certeza que existem milhões de planetas habitados, e com certeza já estaríamos mais de mil anos á frente, pois o espiritismo já trabalha com fisica quantica para até explicar o mundo espiritual

  20. Isso tudo demonstra a arrogância do ser humano que se acha “o tal”, qdo na realidade é insignificante com ser físico diante de bilhões ou mais de astros, distantes a milhões de anos-luz. É melhor esperar alguém chegar lá primeiro para conferir tudo com as opiniões de que tem isso ou pode ter aquilo, etc.
    Por isso, creio num DEUS eterno, infinito e soberano em todos os sentidos e que do nada criou tudo, pela sua PALAVRA, não importa a quanto tempo.

    1. Puxa, Oswaldo, vc é um cara bem arrogante para dizer quem é Deus, o que Ele faz ou fez e como Ele pensa. Eu, não. Eu sou um humilde cético.

      1. Prefiro acreditar em coisas cientificamente comprovadas… Fatos verídicos… Mais… isso é papo pra outro tema… rsrs
        PS: sou ateu rs

    1. Eu nunca fui dos que mais que gostam dos EUA,mas por que vc não quer encontrar “gringos”la´?Vc não esta´usando a net ?E em que pais ela foi inventada?Eles tem vários defeitos sim,mas inventaram uma quantidade de coisas que vc com certeza usa no seu dia a dia.Agora quanto a não gostar do Vaticano,meus parabéns,porque a igreja católica e´uma potencia igual aos EUA,tem os mesmos defeitos e e´ pior ate´ e nunca contribuiu em nada para o progresso deste mundo,pelo contrario ate´.

    1. Não. Planetas não somem em mil anos. Principalmente em torno de estrelas pequenas e estáveis como essa. Não use a escala de tempo humana para eventos cósmicos. 😉

      1. Eu sempre digo às pessoas, que a viagem no tempo é possível SIM. Porque quando olhamos para o firmamento, esse pontos de luz nada mais são do que IMAGENS DO PASSADO. O que estamos olhando..não necessariamente está mais lá. Acho que é isso que o colega CADU quis dizer.

      2. Na verdade é possível que o planeta não exista mais….até pq não depende só da vida da estrela o destino do planeta …..se algo atingiu o planeta e o destruiu só saberíamos 1000 anos depois…até lá o brilho de que ele ainda “existe” é o que estaria chegando…lembre-se que quando olhamos as estrelas estamos olhando o passado

    1. Não dá. O telescópio espacial foi feito para observar objetos com pouco brilho. Se apontarem ele pra Terra, queima. 😉

      1. Salvador, antes da falha dos giroscópios, como o Kepler fazia para “mirar” no mesmo lugar do espaço quando estava “por trás” do Sol devido a sua translação? Não queimaria também? ou o Kepler “olhava” para “baixo” ou para “cima”? Creio que tenho um bloqueio mental em imaginar o universo em 3D, invés de um enorme alinhamento equatorial de galáxias

        1. O Kepler fica numa órbita similar à da Terra, em torno do Sol. E ele apontava fixamente para um único canto do céu, entre as constelações de Cisne e Lira. Agora, na missão K2, ele vai apontando periodicamente para diversas constelações ao longo do plano das órbitas do Sistema Solar, mas sempre evitando o Sol.

    2. Astrônomos não procuram aviões. Seria a mesma coisa que pedir para um cozinheiro construir um viaduto.

  21. O meu coração diz: “Grande é o Deus Eterno e merece ser louvado “(Sl.48:1). O Deus Eterno é o Criador e Sustentador do Universo. Cada um de nós, deve se humilhar debaixo da Sua potente mão “

  22. Bem que a gente podia mandar nossos inteligentes políticos desbravarem esses novos planetas, mas com passagem somente de ida.

    1. O PT não tem tecnologia pra mandar ninguém pra fora da Terra, fique tranquilo.

    1. Sim, tão logo consigamos chegar lá (daqui a uns 3 gazilhões de anos) podemos começar. O foda vai ser ir e voltar com os materiais pra construção, imagine só!

  23. Fiquei muito feliz com a descoberta,espero que tenha vida inteligente por la , nao divulguem muito essa noticia pois os petralhas podem enviar o mst pra la, montar umas estatais e quebrar o planeta m 12 anos.

  24. Uma dúvida de leigo… se a detecção dos exoplanetas se dá “ao observar pequenas reduções no brilho das estrelas conforme um mundo orbitando ao seu redor passa à frente dela”, esse método de análise exclui sistemas em que o plano de traslação do planeta não “estão alinhados” com nosso ângulo de visão?

    Os sistemas em que o exoplaneta e “sua estrela” nunca ficam alinhados com a Terra não seriam a grande maioria??

      1. êita… fora o erro de concordância: “plano de translação.. está alinhado”
        abraço!!

        1. Nossa, Daniel, como Vc é chato. Se meteu no post com dúvidas pertinentes ao tema apenas para corrigir o português? Vai catar coquinho.

      1. opa! obrigado pela pronta resposta!

        e há alguma estimativa de qual a porcentagem de sistemas em que ocorre essa concordância entre os planos de translação e nosso ângulo de visão??

          1. Salvador,

            Sobre esta detecção de planetas no mesmo plano pelo Kepler, existem outros métodos de detecção de planetas, certo? Me lembro de ter lido algo há muito tempo, mas não me recordo totalmente se eram métodos ainda a serem desenvolvidos ou se já estavam operacionais, me lembro alguma coisa como calcular o deslocamento de uma estrela sobre o baricentro do sistema estelar etc

          2. Existem. E são mais antigos que o usado pelo Kepler até. O mais comum deles é o da medição do efeito Doppler, que determina o movimento da estrela atraída pelos planetas. Ele é interessante porque não tem essa restrição aguda do ângulo de visada e fornece estimativas de massa. Complermentamente, trânsitos como os do Kepler fornecem tamanho. Com tamanho e massa, você calcula densidade e pode estimar composição.

      2. Ou seja, o número de exoplanetas “candidatos à vida” deve ser muito maior do que o temos sido capazes de detectar.

        Sem contar as luas de planetas descartados por serem grandes demais (nesse caso, teríamos o “inconveniente” de possíveis imensas marés e grandes variações no efeito da gravidade, com a rotação.. mas ainda sim, poderiam ser propícios para o desenvolvimento da vida!)

      3. Salvador, nao tem como não concordar com a posição do Daniel. O numero dos possíveis planetas excluídos seria bem maior que a dos possíveis de ser detectados.

        1. Sim, isso é só uma amostra. Pra saber quantos existem na verdade, você multiplica por 20. 😉

          1. Valeu, Salvador. Se em poucos anos e com a tecnologia disponível (ainda com pouco tempo de desenvolvimento) já foi possível detectar um bom número de candidatos, devem existir realmente muitos planetas em “zonas habitáveis”.

            E vamos afinando esse fator naquela tal equação!

            Muito legal o “seu site”. Vou passar a frequentar mais!

            Abraço!!

    1. Sim, exclui, mas a estrela é puxada pelo planeta, então era possível detectar esse “bamboleio” com o Kepler devido a alteração da posição do brilho da estrela. Agora nessa nova fase (com o defeito apresentado) não sei .

  25. Salvador admiro muito o seu trabalho, acho suas matérias muito elucidativas … e cada vez mas me convenço que antes de terminar minha existência neste planeta terei a felicidade de conhecer os mistérios sobre a vida no universo.

  26. É muita pretensão nossa imaginar que só existe vida na Terra.
    Tem mais uns 34 milhões de planetas a serem “Descobertos”.

    1. O contrário também é possível. Não é porque existe vida na Terra que obrigatoriamente terá que existir em outros planetas.

    2. Caro amigo somente 34 milhões? Creio que seja somente em nossa Galáxia. Considerando que Andrômeda tem aproximadamente 1 Trilhão de estrelas, esse numero pode ser infinitamente maior.

    3. Já vi que aqui é proibido discordar do todo poderoso dono da pagina. Quando alguém discorda tem o comentário enviado eternamente para a moderação.

    1. Imaginemos que lá não haverá uma “nação” em um país como o Brasil, onde não exista um PT, um Lula, uma Dilma….

  27. Só falta provar que eles são o que as analises estatísticas dizem ser.

    Criar tudo isso a partir da variação da luminosidade de uma estrela só pode ser criação da mente humana.

    1. Não. Muitos dos planetas são validados por uma técnica alternativa que mede efeito doppler, então sabemos que não são imaginação mesmo.

      1. Correto. Inclusive este método serve para mostrar que existem planetas orbitando uma estrela quando eles não possuem o eixo alinhado com a Terra.

        Tudo bem eles estão lá, ok, mas não precisam desenhar o alienígena comendo hambúrguer no McETDonalds. Não gosto da ciência quando publicam informações são baseadas em analises estatísticas.

    2. Arquimedes… não é só “variação do brilho da estrela”. Essa variação deve ter uma frequência e, portanto, ser previsível.. não aleatória.

      Isso já deve excluir várias outras possíveis razões para as alterações no brilho. Ou não?

    3. Não……a criatividade da mente humana tá naquele livro de historinhas……….como se chama…….a A biblia.

  28. Quanta bobagem. Observam os planetinhas de longe e já dizem que pode ser habitável. Se sabem tanto por que ainda estão perdendo tempo em Marte que não tem nada além de pedras?

    1. Que comentariozinho mais.. mais.. Melhor nem falar.. Se mal temos tecnologia pra ir a Lua, o que vc supõe, em sua grã esperteza suprema, que façamos a um astro que se encontra a sei lá quantos anos-luz de distância???

    2. A turma do contra não produz nada, no entanto, questiona tudo pela frente, sem conhecimento algum.

    3. Marte é perto e, por essa razão, mais fácil de ser estudado in loco, ou não tem acompanhado as notícias?

      Uma coisa completamente diferente é encontrar planetas “similares” ao nosso e verificar se existe vida ou possibilidade dela em cada um deles.

      Só faltou você dizer que deveriam investir esse dinheiro para combater a fome no Mundo.

    4. Quem te disse que em Marte existe apenas pedras, há confiaveis evidencias de vida microscópica e água

    5. Pelo mesmo motivo de conhecermos apenas 1% (ou 5% como alguns dizem) dos oceanos da terra, mesmo estes sendo parte predominante da extensão do planeta, e sabe qual é o motivo? Não temos tecnologia suficiente, não existe nada feito pelo home que suporte os 11.000 metros de profundidade do oceano, tanto pela pressão exercida ou pela baixíssima temperatura, quanto a exploração espacial não temos veículos que viagem mais rápido que a luz, umas 100 vezes seria interessante para começar! Por isso precisamos de telescópios e métodos de comprovação.

    6. Marcio, Marte não é habitável. Mas estamos mandando sondas para lá com o objetivo de descobrir se já FOI algum dia. Tentar entender o que aconteceu com Marte é uma forma de tentar entender o que poderá acontecer com a Terra.

    7. Baseado em evidências empíricas obtidas através da leitura precisa dos seus comentários, podemos chegar à conclusão, com 99,97% de nível de confiança, de que você é burro pra cacete. Os outros 0,03% são a chances de você ter problemas mentais, e nesse caso, peço desculpas pela observação.

  29. Essa limitada técnica de descobrir planetas através da variação de radiação quando eles passam à frente de seus sóis, ao que parece, não permite descobrir os que passam fora dessa mira. Talvez seja possível que não haja um alinhamento Kepler-planeta-sol, o que ficará perdido, será?

    1. Sim, em tese, uma técnica dessas só pega uma fração mínima (5%, se não me engano) do total de planetas que devem ter naquela região do céu…

        1. Mas olha só, eles apresentaram um “candidato” que está em torno de uma estrela igual ao Sol, a 1 UA de distância e tem um tamanho apenas um pouco maior que o da Terra. Duro vai ser confirmar. Mas os análogos da Terra estão lá. 😉

  30. Faltou a distância que se encontram da Terra; pelo menos alguns deles.
    Devem ser algumas dezenas de milhares de anos luz. 🙁

    1. Um é cerca de 500, o outro cerca de 1.000 anos-luz. Já incluo. Tou acompanhando a coletiva. Já atualizo o texto…

      1. Esse mistério todo nos encanta.

        Só tenho uma dúvida.
        Temos tecnologia para percorrer uma distância dessas?
        Será viável ir até lá no futuro???

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