Uma viagem a Andrômeda
Você já imaginou como seria viajar até a nossa vizinha galáctica, a famosa galáxia de Andrômeda? Ninguém tem a mais vaga ideia de como transpor esse imenso vazio cósmico. Ainda assim, graças ao Telescópio Espacial Hubble, podemos até imaginar como seria chegar lá e estudar suas estrelas individualmente. Combinando nada menos que 411 imagens, astrônomos operando o venerável satélite da Nasa construíram a visão mais detalhada já obtida dessa incrível galáxia.
Pouco mais de um terço dela, um volume com 40 mil anos-luz de diâmetro, é visível no mosaico construído como parte de uma iniciativa conhecida pela sigla inglesa PHAT (Tesouro Pancromático de Andrômeda do Hubble, em português).
Apesar de linda, talvez a imagem panorâmica acima não faça jus ao projeto. Em sua versão mais ampla, para ser vista por inteiro, ela precisaria ser disposta em cerca de 600 televisores de alta resolução. São mais de 1,5 bilhão de pixels e mais de 4 gigabytes. Dê uma olhada num único pedacinho dela logo abaixo. (Ou, se você realmente quiser ficar embasbacado, visite esta versão com “zoom”.)
No total, o Hubble conseguiu enxergar individualmente 100 milhões de estrelas. Acima, por exemplo, as setas indicam dois aglomerados estelares — berçários marcados pela presença de muitas estrelas azuis. Ainda assim, claro, é um percentual pequeno do total de estrelas a habitar Andrômeda, estimado em 1 trilhão.
CONTEXTO GALÁCTICO
O resultado, apresentado ontem na reunião da Sociedade Astronômica Americana, em Seattle (EUA), nos oferece uma oportunidade única de observar toda a organização que apresenta uma galáxia espiral de um ponto de vista de fora dela, a uma confortável distância de 2,5 milhões de anos-luz. É o contorno de um problema que enfrentamos quando estudamos nossa própria galáxia, a Via Láctea. Como estamos “do lado de dentro”, por assim dizer, é muito mais difícil estudarmos a estrutura do nosso próprio lar galáctico. Sabe como é, o gramado do vizinho pode até não ser mais verde, mas é mais fácil de ver por inteiro.
Andrômeda, ao que tudo indica, é um pouco maior do que a Via Láctea e tem cerca do dobro da massa. Mas ambas são espirais, compostas por longos braços de poeira que se estendem da região central da galáxia como um turbilhão em torno do olho de um furacão. Estudar uma nos ajuda a compreender a outra, portanto.
O Sol, em torno do qual a Terra gira, é apenas uma modesta estrela anã amarela residente na periferia da Via Láctea, a cerca de 30 mil anos-luz do turbulento centro galáctico. De dentro da Via Láctea, admirando o céu noturno a olho nu, enxergamos apenas as estrelas mais brilhantes num raio de cerca de 4.000 anos-luz. Mesmo sem a poluição luminosa das grandes cidades, aquela visão ainda é modesta demais para compreendermos nossa pequenez.
Olhe, em vez disso, para Andrômeda, na imagem mais próxima. Escolha um pontinho de luz qualquer. É uma estrela. Agora observe os arredores. E isso é apenas um pequenino pedaço de uma galáxia espiral. Agora imagine que o Universo observável tem mais de uma centena de bilhões de galáxias parecidas com ela e com a nossa. Cada uma delas esse enxame de pequenos pontos de luz, cada um uma estrela, a imensa maioria com sua coleção de planetas. Planetas como o nosso. Esse é o tamanho da nossa pequenez.
Ainda assim, nos aventuramos a olhar para cima e desvendar a história do cosmos. Construímos telescópios e foguetes. Com eles, aprofundamos nosso alcance. A imaginação humana pode ir a Andrômeda. Pode ir até o fim do Universo, se assim desejar. Quão pequenos somos, mas quão grandiosos são os nossos sonhos e como é maravilhosa a história cósmica que a ciência nos revela.
Talvez pareça meio frustrante tirar a Terra do centro de um Universo tacanho e colocá-la em torno de uma estrela vulgar, que por sua vez co-habita lado a lado com centenas de bilhões de estrelas numa galáxia de porte médio, dentre centenas de bilhões de outras galáxias que existem por aí. Mas acho maravilhoso pensar que, apesar de vivermos nesse modesto grão de areia em meio a uma imensa praia cósmica, nossas mentes conseguem abarcar o cosmos por inteiro. A grandeza humana não consiste em sermos a coisa mais importante do Universo, e sim em sermos capazes de compreendê-lo. Precisamos ser únicos, solitários, centrais, para que isso seja especial? Creio que não.
Salvador, as cores que vemos nas fotos das galáxias, são resultados de filtros, decodificadores ou interpretação de espectros ou são reais e se vistas a olho nu terão as mesmas cores?
Grato
São vários filtros, se não me engano na luz visível e em infravermelho próximo. É perto do que veríamos, mas não exatamente.
Salvador, impressionante como somos minúsculos.
Chegar a Andrômeda seria o mesmo que uma formiga pegar uma BR e andar até outro estado.
Mais impressionante ainda é saber que várias partículas fazem esse trajeto cósmico todos os dias como por exemplo fótons e neutrinos.
Onde estarão as respostas? Na grandiosidade do Universo ou na pequenez da matéria.
isso e super maravilhosoooo
Amigo, por que não fala a verdade nas tuas matérias, essas fotos das estrelas e galáxias, representam o passado, como elas eram a algum tempo, no caso da galáxia de Andrômeda a mais de 2,5 milhões de anos, portanto pode ser totalmente diferente de como é hoje, muitas estrelas podem ter nascido e tantas outras explodido, é como ir num museu e ficar admirado por ver um Ford T, nossa que coisa mais linda, veja quanta modernidade. Mesmo a vida das estrelas ser bem longa, temos que considerar que existem muitos cataclismas no universo que podem perfeitamente mudar a aparência inclusive de um galáxia inteira.
John, em 2,5 milhões de anos uma galáxia não muda muito. Lembre-se que, só para o Sol dar uma volta em torno do centro da Via Láctea, leva 100 vezes mais tempo…
Com um Universo desse tamanho, deveríamos ter uma verdadeira legião de turistas espaciais tirando selfies de todos os cantos do Cosmo…tem alguma coisa errada…
Andrômeda é linda. E as imagens são assustadoramente capazes de nos jogar para a irrelevância do Cosmos. Somos nada e somos tudo !
Salvador Nogueira é fã de games? Me lembra muito um jogo chamado Mass Effect (trata-se de uma trilogia). A magnitude do Universo, as questões morais, a questão das relações inter espécies (sim, eles abrem margem para a experiência)! O jogo é fantástico, maravilhoso. Recomendo.
Não sou muito fã de games… 😛
Já falei pra tentar pelo menos o Kerbal.. 😛
Linda reportagem. Me lembra Carl Sagan. Para cada estrela, um grão de areia. Como somos pequenos, meu Deus.
se esse telescópio é tão poderoso porque precisamos mandar um robo para pesquisar o planeta Marte que fica no nosso quintal.
Ele tira fotos incríveis de Marte, mas ainda assim não se comparam as que se pode obter de perto.
Imagens de Marte feitas pelo Hubble
Será que somos realmente tão pequenos assim? Basta lembrar que toda a matéria do universo estava concentrada em algo do tamanho de uma bola de sinuca no início do big bang, ou seja, 99,9999999…% de todo o espaço do universo é vazio
Muito obrigado! É o mínimo que posso dizer por nos apresentar informações tão lindas!
Observar Andromeda no céu noturno à vista desarmada realmente não é tão fácil pois além de sua magnitude se encontrar perto do limite de observação, a constelação, e principalmente a galáxia, por essa época já estão sumindo no horizonte, perto das luzes mundanas, quando escurece. A constelação quando vista em sua plenitude, mesmo sem binóculos é espetacular e realmente pode-se imaginar, que no céu de antigamente, muito mais limpo, seria difícil ignorá-la e nominá-la, como fizeram nossos ancestrais, principalmente porque está próxima a outras constelações muito bonitas, tais como pegasus, taurus, e mesmo orion, e nominá-la da forma que o foi, seria uma forma de, atendendo os propósitos de localização, também conformar seu incompreensível esplendor à ansiedade humana em trazer para a compreensão tudo o que não se poderia entender a curto prazo. Hoje a ciência nos dá ferramentas para destrinchar o cosmos, tais como a mencionada no texto, retirando o véu imaginário posto a milênio em volta dos objetos celestes, retirando-lhes a magia e o glamour imputados pelos antigos. Em síntese, esse é o papel da ciência, a coisa mais importante que temos, compreender, e (contra a vontade de nossa ânsia imediata) mostrar que a realidade não é necessariamente orbitante ao homem, o que amedronta. O deslumbre com a ciência portanto não é como o desfecho de filmes com finais catárticos e de rápida compreensão em que tudo se encaixa e os espectadores saem satisfeitos, o deslumbre no entanto só existe para os que aceitam a imperfeição humana e assim toleram a cautela e a paciência para que a realidade seja compreendida. Porém a ciência não é frustrante porque nos manda colocar o cinto de segurança e andar com o pé pisado no freio. Vencida a angustia a catarse consiste justamente em, aceitando pelas descobertas o quanto afastado está o homem do centro do universo, vislumbrar que mesmo assim, ele consegue em seu ritmo, compreender, domar, e assim triunfar sobre a realidade estática que o aguarda, pelo seu intelecto. Em síntese, curtir a ciência, é como uma longa e devagar caminhada ou escalada, olhar para a montanha que temos que subir ou pela distância que temos que percorrer pode gelar a barriga. O Deslumbre consiste em seguir em frente, devagar, dar uma parada olhar para trás e ver o quão longe nós fomos e apreciar a vista. Mas mesmo assim há algumas surpresas na trilha, tais como os insights que são provados em curto prazo, exemplo a teoria da relatividade, a confirmação do bóson de higgs, ou quiçá a descoberta em breve de vida alienígena pela procura em lugares certos. Esses wormholes no caminho científico realmente são um bônus e podem acontecer a qualquer tempo dando um brilho a mais nesse caminho.
Espetacular.
As fotos são lindíssimas, como escreveu na matéria nossa pequenez como o universo não tem limites. que em 2015 continue a nos enviar matérias interessantes, abraços.
Fantástico! Impressionante! Assombroso! Espetacular!
Salvador , parabéns pela bela narrativa sobre o cosmo e seu conteúdo . Realmente pensar que uma galáxia como a nossa ou andromeda possui incontáveis estrelas como nosso sol e que o universo contém incontáveis galaxias faz nossa imaginação sobre aonde vivemos divagar. Ainda bem que o ser humano é curioso por natureza e busca sempre desvendar os mistérios e isso é fascinante.
Diante, de tamanha grandeza, até parece-nos não existirmos no universo. Mas a verdade está posta, para quem interessar possa. Mais uma vez, sinto-me um privilegiado, em poder apreciar essa beleza cósmica, e sentir dentro em mim, que realmente existe um Deus todo poderoso, e acima de tudo muito misericordioso para com o ser humano, que o põe em dúvidas, no que concerne a sua existência. Mas acredito mesmo, que um dia quem sabe, estarmos viajando por esse espaço, e conhecendo mais de perto essa maravilha incontestável. A Nasa precisa publicar mais , essa maravilha cósmica, e despertar nas pessoas um interesse maior por esta ciência, e retirar a humanidade, dessa ignorância crônica, desviando-a, desses males que causam a todos os viventes.
Fico orgulhoso por saber que o DEUS que eu sirvo é o criador de tudo isso .
Que bom que você se contenta com pouco.
Leiam Universo Elegante, de Bryan Greene.
É realmente maravilhoso analisar o ser humano neste aspecto de ir além, pena que ainda exista fome, miséria e ganância ainda dominando a raça humana.
Cara, sua narrativa é sempre perfeita! Parabéns!
Gosto de imaginar que somos apenas algum pequeno vírus, dentro de uma minúscula célula que, por sua vez, faz parte de um grande sistema. Gosto de assuntos como este, de ver como somos nada, mas isso não me entristece, pelo contrário, como vc mesmo citou aí nós não precisamos ser o centro do universo e nem a coisa mais especial nele, até pq não consigo ver nada de especial em um ser que destrói seu próprio lar, mesmo sabendo que não existe outro pra onde se mudar. =D
Temos que mudar nossos paradigmas. Não é necessário “imaginar como seria chegar lá”. Já chegamos lá! Não é preciso o contato físico para estudarmos ou nos comunicarmos com outro ente qualquer distante. Mesmo na Terra, há inúmeros locais nunca visitados pelo homem, mas que são conhecidos. Já estudamos a composição química de estrelas e planetas distantes “apenas” com nossa tecnologia e nossos telescópios ópticos e não ópticos. Além do mais, não valeria a pena uma nave ser transportada até uma galáxia vizinha, numa viagem de mil anos para vê-la com seus próprios olhos, se o que ela visse teria que viajar outros mil anos para ser comunicada a nós terráqueos. Viajamos na luz e nossa limitação maior é a própria velocidade da luz, pelo menos até alguém contradizer Einstein.
Muito bom!!!!
Não estamos sozinhos (vida)…
Gostaria de recomendar aos seus distintos eleitores que tiverem a oportunidade que assistam ao programa “Como funciona o Universo” que passa nos canais Discovery e NaGeo na TV a cabo. Eu não peco a um episodio da serie, os mistérios do universo desde os buracos negros supermaciços a formação das estrelas são explicados por astrônomos, astrofísicos e cosmólogos de uma maneira muito didática e compreensiva ao publico leigo.
Simplesmente extraordinário ! O universo tem espaço para mundos diferentes para cada pensamento que temos individualmente. Assim funciona o” Somos o que pensamos ”.
O Universo é maravilhoso com toda a sua imensidão, beleza… É impossível olharmos para o Universo e não acreditarmos na existência de Deus… Se Ele criou tudo isso, imaginem o tamanho Dele…
Texto brilhante, oriundo de uma mente idem.
🙂
Porque o núcleo da galáxia tem tanto brilho?
Lindo texto, Salvador!!!
SOU FACINADO COM UNIVERSO, FICARIA FELIZ EM RECEBER COMENTARIOS, NOTICIAS E NOVIDADES SOBRE ELE. ATRAVES DE VCS, E CLARO.
Fascinante! É inevitável olhar para esta miríade de pontos luminosos e pensar que, em pelo menos um desses, não haja um sistema similar ao nosso, que reúna as condições necessárias ao florescimento da vida. Compreender o cosmos é um exercício de perspicácia e paciência, porém, é também um formidável exercício de humildade, isto é, de reconhecimento de nossa pequenez.
Prezado Mensageiro Sideral. Andrômeda está indo de encontro à nossa galáxia?
Sim, clica no link sobre o tamanho dela comparado à Via Láctea. Ali falo um pouco mais dessa futura colisão.
Belo texto, parabéns!
Fantástica imagem! O quer continua a perturbar a mente é o paradoxo de Fermi. Essa vastidão de estrelas e planetas numa galáxia próxima e nenhum sinal sequer de mega-estruturas artificiais criadas por civilizações. Por quê?
Leia:
http://gizmodo.uol.com.br/paradoxo-fermi/
🙂
Muito bom Salvador! Vamos ver daqui a uma década quando novos e poderosos telescópios iniciarem seu trabalho vai ser de cair o queixo. Acredito que a astrobiologia vai ser um ramo forte e eu enquanto professor de biologia fico a imaginar quantas possibilidades se avizinham.
E pensar ainda que neste modesto grão de areia habitam seres que dentro de si contém bilhões de seres bacterianos, que também nascem, crescem, se reproduzem e morrem.
Definitivamente nossa capacidade de abstrair tais grandezas (quantidades, distâncias, tempos) é que nos caracterizam como especiais.
Simplesmente fantástico…como somos pequenos…Um certo “Mestre” já dizia há mais ou menos 1981 anos, “…há muitas moradas na casa do meu Pai.” Só não enxerga quem não quer enxergar e só não compreende quem ainda não abriu a mente e o coração…
Isto e incrível,estonteante, fantástico,admirável bom palavras para expressar essa imagem ainda não encontrei só em saber que nosso planeta e menos que um grão de areia neste universo colossal fico sem palavras, nossa vida tão curta jamais veremos ele como um todo cada ponto desta pequena imagem um sol que pode ter dezenas de planetas ao seu redor ou mais quem sabe habitáveis outras vidas e imaginação flui nestas horas e magnifico!!
Salvador, que coisa grandiosa heim? Me diga, o que é o espaço? Esse “nada” entre as galáxias, entre a terra e a lua, o que é isso? Sem matéria, sem energia, como assim? O que é então o espaço?
Boa pergunta. Segundo interpretações clássicas da relatividade, é uma propriedade emergente da distribuição de matéria e energia no Universo após o Big Bang. E sabemos hoje que é um “falso” vázio, cheio de partículas virtuais que aparecem e somem em fração de segundo.
Parabéns. Magnífico espanto, é imperioso sempre perseguir esse horizonte sem também esquecer da busca pela igualdade humana planetária e da interação mutua e recíproca local,regional e continentais. Evolução para todos seres humanos,para natureza e o universo cósmico. Todos esses entes somos um e vice-versa.
Abraço!
Realmente como somos pequeninos nesse universo.
Muita boa matéria como sempre.
Tenho muita curiosidade em saber como são os planetas rochosos de Andrômeda. Será que são semelhantes com aqueles da Via Láctea?
Será que todos seguiram as mesmas “regras” de formação com núcleo metálico, crosta e manto.
A tendência é que sim. Por espectroscopia, sabemos que a matéria-prima elementar é a mesma…
Belo texto! E parabéns pelo blog.
É maravilhoso olhar para o céu e saber que no alto tem esta maravilha….
Que o Homem não pode destruir!!!!!
Salvador parabens pelos comentários mas é verdade que Andrômeda está em rota de colisão com a Via Láctea ?? Abraços
É verdade. Clique no link sobre o tamanho dela pra ler um pouco mais a respeito. 😉
É até difícil encontrar uma palavra Salvador…FANTÁSTICO!
Bom dia Salvador. No Zoom máximo da foto, cada ponto é uma estrela? Inimaginável. Minha pouca compreensão do universo me frustra. Sinto inveja das respostas mais simples.
Isso. E note que nem todas as estrelas são visíveis. 😉
Diz você que a galáxia de Andrômeda possui 40.000 anos-luz de diâmetro e é um pouco maior que a nossa Via Láctea. Dados disponíveis indicam que nossa galáxia possui 100.000 anos-luz de diâmetro. Como devemos analisar essas informações?
A foto, que apresenta só um pedaço de Andrômeda, tem 40 mil anos-luz. No total, Andrômeda é maior que a Via Láctea. 😉
Uma coisa que sempre me perguntei é como é formada a foto da via lactea tirado do lado de fora dela, se estamos do lado de dentro.
É uma estimativa, com base na medição de distâncias que fazemos aqui dentro mesmo. É, por isso mesmo, imprecisa. Sabemos mais da forma de Andrômeda que da Via Láctea!
Perry Rhodan esteve por lá, se não me engano a partir da edição 200.