Mais um ‘quase’ para a civilização

Salvador Nogueira

A Nasa alerta: um asteroide com significativo meio quilômetro de diâmetro passará “de raspão” pela Terra no dia 26 de janeiro. Mas, antes que comecem a inventar lendas urbanas, a agência espacial americana avisa que não há o menor risco de colisão. Ele voará cerca de três vezes mais afastado do nosso planeta que a Lua, distância equivalente a 1,2 milhão de quilômetros.

Concepção artística de asteroide prestes a passar de raspão pela Terra (Crédito: Nasa)
Concepção artística de asteroide prestes a passar de raspão pela Terra (Crédito: Nasa)

O asteroide é conhecido pela sigla 2004 BL86 e os astrônomos poderão conhecê-lo melhor conforme ele passar por nossas redondezas. “Embora não ofereça perigo à Terra, é uma aproximação relativamente grande por um asteroide relativamente grande, de forma que ele fornecerá uma oportunidade singular para observarmos e aprendermos mais”, diz Don Yeomans, cientista que está prestes a se aposentar, depois de comandar por 16 anos o programa de objetos próximos à Terra da Nasa.

Meio quilômetro de diâmetro é um senhor diâmetro. Não custa lembrar que os cientistas tratam um quilômetro como o número mágico a partir do qual um asteroide é capaz de causar uma catástrofe global. Com metade desse tamanho, se trombasse com a gente, o 2004 BL86 já causaria problemas muito sérios. Para efeito de comparação, o bólido que apavorou Chelyabinsk, na Rússia, em 2013 tinha míseros 20 metros. Pense o que um de 500 metros não faria. No mínimo, uma tragédia continental.

PEDRAS MISTERIOSAS
Quando estão distantes, esses objetos não passam de discretos pontos de luz, mesmo em nossos telescópios mais poderosos. O 2004 BL86 não é exceção. Tudo que sabemos sobre ele hoje é baseado nas informações que podemos obter do monitoramento de um pequenino ponto de luz. Por isso, quando um deles passa perto de nós, os astrônomos ficam ouriçados. Usando técnicas como radar, eles podem mapear a superfície do asteroide e com isso compreendê-lo melhor. É uma oportunidade rara, portanto. Até mesmo amadores com telescópios de fundo de quintal poderão observá-lo.

Trajetória do asteroide 2004 BL86; aproximação máxima acontece em 26 de janeiro (Crédito: Nasa)
Trajetória do asteroide 2004 BL86; aproximação máxima acontece em 26 de janeiro (Crédito: Nasa)

Ao mesmo tempo, a passagem é um alerta. Sabemos que muitos desses pedregulhos perigosos estão por aí, viajando às cegas em suas órbitas em torno do Sol, regidas pelo balé gravitacional somado a pequenas, mas constantes, forças, como a pressão de radiação exercida pela nossa estrela-mãe. Mais cedo ou mais tarde algum desses pedregulhos vai cruzar o nosso caminho. E aí estamos contando com os astrônomos para nos avisar do futuro impacto a tempo para que possamos fazer alguma coisa.

Existem diversas estratégias possíveis para a deflexão de um asteroide perigoso (leia sobre uma delas aqui), embora nenhuma delas tenha passado por um estudo rigoroso e, muito menos, testada na prática. Mas já não podemos mais nos dizer completamente indefesos. O que precisamos agora é de monitoramento constante dos céus, para que não sejamos pegos desprevenidos. Não é à toa que os programas de objetos próximos à Terra da Nasa receberam o apelido de “Guarda Espacial”. (“Spaceguard”, para quem não sabe, é o sistema de alerta de impacto de asteroides descrito no livro “Encontro com Rama”, clássico da ficção científica escrito por Arthur C. Clarke.)

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Comentários

  1. Ninguem se engane com palavras vãs e sabedoria humana. A terra está fadada á destruição desde que o pecado entrou no mundo e toda os homens serám destruídos conforme a Palavra de Deus. Não existe salvação para a humanidade fora de Jesus Cristo e nem outra esperança para o homem além Dele; No tempo determinado por Deus, que a Biblia se refere como o Grande e terrível dia do Senhor, as potencias do ceú serão abaladas : leiam (Lucas22 verso25ao 33 ) e o terror tomará toda aterra como nunca houve nem jamais haverá ( Mateus 24 versos 29 ao35 ) .
    Segundo a Biblia, existe ainda alguns sinais que antecederam a vinda do Senhor Jesus, e consequentemente a retirada da sua igreja da terra, mas os ímpios e pecadores e todos quanto rejeitaram a salvação oferecida gratuitamente por Ele, sofreram os danos reservados para a terra por causa da impiedade . leiam (II Pedro 3 versos 1ao13 ) E para finalizar para quem quer conhecer onde a Biblia , que é a infalível palavra de Deus, fala sobre um Cometa ou asteroide que será lançado na terra ; leiam todos :Apocalipse 8 versos 1 ao13.

    Este comentário não tem o intuito de alarmar ou desesperar o leitor, mas advertir para conduzir á verdade das Escrituras Sagrada para que todos creiam em Jesus Cristo e tenham a vida eterna.

    1. Natanael Fernandes,

      não se preocupe, pois neste blog ninguém vai se alarmar ou desesperar com essas ameaças, oriundas de um livro em que você diz acreditar e o usa para fazer terrorismo e pregar ódio, submissão e medo.

      A maioria das pessoas que estão aqui ou já passaram da fase infantil de crer em qualquer coisa escrita sem comprovação ou simplesmente já conseguiram ler o suficiente para entender a verdadeira mensagem de amor incondicional.

      Mas a evolução da fase de medo, crença aprisionante, terror e domínio para uma fase de liberdade, autonomia, auto-determinação, plenitude e paz só é possível para quem usa a inteligência.

  2. Boa noite. Se existe um programa de prevenção contra asteróides, porque não detectaram/divulgaram antes o que caiu na Rússia?

  3. Acho muito mais perigoso para a vida na Terra uma explosão de uma supernova direcionada para o nosso planeta. Creio que as chances podem ser maiores de destruição do planeta do que um objeto maior que 1 km. Não é isto Salvador?

  4. Talvez não haja como os americanos dizerem o contrário, mesmo que quisessem, pois, cientistas do mundo todo podem ter acesso a trajetória do asteróide.

  5. Se levarmos em conta a seguinte fórmula, desde que l.u.l.a + d.i.l.m.a + p.t. assumiram o Brasil, o impacto desse asteroide, se por acaso ele caísse sobre o território brasileiro, mas precisamente em BSB, não significaria nada.

  6. Pode ter certeza que se esse asteroide for realmente bater na terra ninguém iria avisar! Como sempre as informações privilegiadas não são para pessoas simples como nós.

  7. Considerando que a probabilidade do evento seja P(t) = Ae^-at, e o último impacto de grande porte aconteceu a 65000×10³ anos , a probabilidade de um impacto seria maior que 85%?

  8. bem que um desses poderia vir de encontro a terra. Assim a humanidade iria parar de pensar tanto em dinheiro, em roubo, em ganancia. A vida teria um sentido melhor.

  9. Supondo que o asteroide com sua órbita modificada entre na atmosfera perdendo apenas 1% de sua massa com Ec=mv²/2, quantos Megatons seriam transferidos e irradiados?

  10. Meus caros seres humanos,a Terra não passa de uma partícula perante o Universo,imagine então o que é cada um de nós.Viva a vida com dignidade e deixe o resto por conta do Criador.Se o Mundo acabar para nós,simplesmente acabou.Ninguém pode fazer nada.

  11. Como nossas técnicas de detecção destes objetos estão evoluindo e tomando, cada vez mais, ciência que podemos ser exterminados por um destes, não está na hora do mundo, coordenado pela ONU, começar a criar, de fato, dispositivos para evitar uma possível ameaça e usar estes objetos próximos, que a cada ano são mais descobertos, como alvos de testes? Ou vamos esperar uma ameaça real pra ver no que que dá….

  12. Desde quando os astrônomos sabem dessa aproximação?
    Na minha opinião de leigo, a proximidade e o tamanho do asteroide teriam proporcionado uma excelente experiência de desvio de rota.

  13. ISSO TD.E ALERTA DO PROPRIO.DEUS,JA DESCRITO NO APOCALIPSE.MELHOR DEFESA E VIVER PARA O CRISTO E SEU EVANGELHO.NAO SOMOS ETERNOS,NEM ESSE PLANETA.VARIOS ALERTAS INTERNOS DA NASA COMPROVAM ISSO.

  14. Bem..e se um objeto menor , com massa 10% do objeto, não detectado, colidir com o asteroide em seu centro de gravidade mudando seu eixo em 10º no sentido tangencial a sua trajetória original alterando – a em direção da terra, o que aconteceria?

  15. Salvador, dúvidas:

    Se houvesse uma colisão com a Terra, tendo o asteroide mais de 1km de diâmetro, quais seriam as consequências conhecidas? Seria possível a Terra ser desviada da trajetória da órbita atual e vagar pelo espaço?

  16. Salvador, seria uma beleza se o curiosity, assim como fez com o pontinho azul,voltasse suas cameras pra jupiter ja que fica bem mais perto, seria uma bela imagem dele nao?

  17. Salvador

    Partindo do princípio de que, com a tecnologia atual, podemos detectar esses objetos ( sejam asteroides ou cometas ) com alguns bons anos de antecedência, mas considerando que essa mesma tecnologia ainda não nos permite ( a não ser em teoria ) uma defesa efetiva, você acredita que em caso de já existir um corpo celeste com potencial de destruição global detectado, nós, simples mortais seríamos avisados? Ou como o destino seria inevitável, tudo seria mantido em segredo até o momento em que o fenômeno que originaria o desastre se tornasse visível a olho nu?

  18. Salvador, boa noite!

    Já que isso foi detectado em 2004, e prevendo (acredito) que passaria tão perto da terra, você não acredita que seria uma oportunidade de ser fazer um teste, talvez nuclear, para sabermos qual a real capacidade de proteção do planeta?? Ou nem temos essa condição?

  19. me sinto insegura com tao pouco tempo que teríamos, no caso de colisão, acho que no caso temos pelo ao menos informação coisa que outra civilização n teve!

  20. Mais um ‘quase’ para a civilização…

    …a agência espacial americana avisa que não há o menor risco de colisão.

    Assim fica dificil, ne?.

  21. “…distância equivalente a 1,2 milhão de quilômetros”. Ta certo em que se tratando do universo não é nada, mas toda vez é esse papinho “vai passar raspando”. O errado são essas matérias mal escritas.

  22. A Veja vai publicar que é mais uma estratégia da Dilma para desviar a atenção do caso Petrobrás…kkk…

  23. Oi, Salvador, grande trabalho o seu, admiro muito dos seus artigos. São esclarecedores e apresentados em linguagem que nós, os leigos, entendemos sem muito esforço.

    Me diga uma coisa: esse asteróide tem cerca de 500m; aquele que queimou nos céus da Rússia no ano passado tinha cerca de 20m. Esse “grandão” conseguimos monitorar; já aquele “menorzinho” ninguém viu…
    E se tivermos algo no meio da escala (tipo uns 150m, por exemplo) caindo nos arredores de um centro urbano como São Paulo, o que poderia acontecer? Seria pior que os temporais de verão? Cairiam mais árvores? Teriamaos crises nos serviços públicos? (brincadeira…) Que respostas nossa tecnologia atual dispõe prá esse tipo de evento? Seria possível prevermos o impacto?

  24. Salvador, daria pra calcular a densidade do material pelo tamanho X perturbação gravitacional? Um asteróide de metal pesado tem mais inércia que um cometa pex. A entrada na atmosfera tb é outra. Um de puro ferro poderia ser içado por um magneto gigante acoplado num jato pra mudar a trajetória. Um de consistência mais rochosa poderia ser perfurado e parafusado num foguete. Isso tudo poderia ser simulado aqui na Terra. Espero que a idéia nunca progrida prum projeto pensando em explodir uma arma nuclear… acho roubada. Abraço!

  25. Olá Salvador,

    considerando que pouco se sabe realmente sobre a magnitude do efeito Yarkovsky atuando sobre Apophis (2004 MN4) e que o spin deste asteróide claramente alterar-se-á em sua passagem próxima pela Terra em 2029 pergunto: como a NASA excluiu a possibilidade de impacto em 2036 ? Quão confiável e testado é de fato o modelo usado pela NASA (http://arxiv.org/pdf/1301.1607v2.pdf) para suas previsões ?
    Abraços

    Rafael

  26. A CONVERSA COM O SALVADOR ESTAVA ÓTIMA, ATÉ QUE, COMO EM TODO LUGAR, APARECE OS MALAS.SINCERAMENTE. AÍ O CARA DESISTIU!

    1. Não desisti de nada, não. Mas passei o dia em gravação, por isso não pude ser tão ativo nos comentários hoje…

  27. O próximo asteroide perigoso como esse que viesse a ser descoberto, poderia ser batizado de Lula51 ou Dilma199 pela desgraça idêntica que eles causam!

  28. Uma pergunta, Salvador: você acha que caso um asteróide dos grandes viesse em rota de colisão direta com a terra, as autoridades nos avisariam? De que adiantaria sabermos, sem meios efetivos de proteção?
    Seria um colapso social completo. Além do fator egoísta: quanto menos pessoas soubessem, mais fácil seria para que determinados grupos se preparassem para a sobrevivência pós-apocalíptica.

  29. Asteróides não são problemas, já possuimos técnicas para nos “defender” deles. O problema se chama Eta Carinae e a certeza do nosso fim é WR104.

  30. Ninguem pensa na Lua…E se houvesse choque com a Lua, esta poderia sair da orbita??
    E saindo levemente da orbita, teriamos problemas, certo?
    Abraço

  31. Salvador, blz?
    Quando falamos na energia de impacto de um corpo levamos em consideracao a massa e a velocidade. Porem a velocidade eh muito mais relevante, ja que E=m.V2. O tamanho dos asteroides (massa) eh sempre citado, mas nunca sua velocidade. Isso eh porque a velocidade eh sempre consideravelmente muito alta e o que vai diferencia-los eh a massa? Ha diferenca importante nas velocidades desses “pedregulhos” orbitando o sol?
    Abs!!

    1. Exato, eles têm órbitas que acabam meio que “nivelando” sua velocidade de impacto, tornando o tamanho o principal fator. Mas, claro, se falarmos de um cometa, que tem uma órbita muito achatada, aí a velocidade terá um papel bem maior.

      1. Salvador, desculpe a minha ignorância, mas considerando a idade da Terra, será que ainda existe algum asteroide em rota de colisão? A impressão que se tem é que todos os bólidos que poderiam colidir conosco já colidiram… Os restantes ficarão como esse aí, passando próximos, mas não colidindo. A última notícia de extinção em massa causada por um asteroide foi a dos dinossauros… as órbitas desses bólidos poderiam ser tão longas assim? Ou seja, uma órbita tão longa a ponto de dar tempo de toda uma civilização se desenvolver? Sei não, não sou astrofísico e nem Deus para afirmar alguma coisa, mas acho pouco provável que algum asteroide de proporções apocalípticas colida com a Terra.

  32. Olá Salvador!
    Para ter uma idéia de tempo para uma possível solução, quando foi descoberta a existência deste asteróide?

    1. Se levarmos em conta a seguinte fórmula, desde que l.u.l.a + d.i.l.m.a + p.t. assumiram o Brasil, o impacto desse asteroide, se por acaso ele caísse sobre o território brasileiro, mas precisamente em BSB, não significaria nada.

  33. “Usando técnicas como radar”…
    Bem, tanto quanto sei, radar é um equipamento e não uma técnica. Não poderia ser “usando técnicas desenvolvidas com a ajuda de radar”?

    1. Radar é um acrônimo para RAdio Detection And Ranging. Detecção e Alcance de rádio soa mais como uma técnica do que como um equipamento. 😉

      1. Salva, me corrija se eu estiver errado a respeito da ciência:

        A ciência não pode dizer com absoluta certeza que água é composta por 2 moléculas de hidrogênio e 1 de oxigênio, de forma que seja uma verdade universal.
        Também não afirma que saci pererê não exista, no máximo que não há nenhuma evidência que comprove sua existência. E como ausência de evidência não é evidência de ausência, a ciência fica em cima do muro; pode ou não existir… certo?

        1. A ciência pode afirmar que a água é composta por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio porque essa é a definição de água! Já sobre o saci-pererê, ela não define, por isso nada pode afirmar.

  34. Salvador, a trajetória do asteroide na imagem dá a entender que ele irá passar pelo caminho da órbita da Terra. É isso mesmo?
    Em caso positivo, daria para calcular em que data a Terra cruzaria aquele ponto de intersecção e seria possível sabermos por quantos dias não fomos aniquilados.

  35. Salvador,

    Li um artigo no ano passado, sobre as técnicas de prevenção contra impactos ao nosso planeta.

    Seria bacana um artigo seu mais ou menos assim:

    10 técnicas “salvadoriana” contra asteroides 🙂

    O que acha?

  36. Sei que a hipótese de um asteroide em nossa direção é refutada por todos, inclusive por mim, mas não pude me furtar de pensar, ao ler o link que você disponibilizou, que caso acontecesse e a ideia de explodi-lo com uma bomba atômica funcionasse, nos proporcionaria um belo espetáculo, com vários pequenos pedregulhos adentrando em nossa atmosfera.

    Mas espero imensamente que nenhum bólido cruze nosso caminho…

    Salvador, uma dúvida, qual a velocidade que a Terra viaja em sua órbita ao redor do Sol?

    Valeu, abraço.

    1. Vários pequenos pedregulhos agora todos radiotivos, ou seja ao invez de um grande impacto teríamos uma bela nuvem radioativa

  37. Vou começar a juntar dinheiro para uma passagem aérea para o Japão, para o caso de alertarem que um asteroide desses encontra-se a caminho da minha cidade… O problema é que a minha família é grande, kkk. Pensando bem, deixa isso pra lá; será muito, muito azar se nas próximas poucas dezenas de vida, com um planeta desse tamanho, eu morra de asteroide na cabeça…

  38. Devemos nos preocupar muito mais com os efeitos da destruição do meio ambiente e dos recursos naturais, que realmente poderão levar à extinção de nossa espécie do que com essa paranóia de asteróides. Afinal, seria só mera coincidência que nenhuma dessas ‘pedras’ tenha nos atingido de modo significativo desde o início da civilização?

    1. Caro tersiog, TUDO é mera coincidência em nosso universo. No máximo, reação possível a uma causa. O resto é caos e gravidade.

    2. É melhor prevenir do que remediar. 😉 E dependendo do tamanho do bólido, não pode ter remédio.

    3. Ah, sim, Deus não tem permitido que asteróides atinjam a Terra durante o período da nossa civilização porque somos muito importantes para o universo.

      Até parece.

      Desculpe a grosseria, mas acho que você entrou no site errado.

  39. Bom dia Salvador!

    Apenas 500 metros de diâmetro, massa de alguns milhares de toneladas e viajando com velocidade de uns poucos 50 mil quilômetros por hora seria um “belo míssil de destruição em massa”.

    Apesar de estar informado pelas mídias sobre as tecnologias disponíveis eu não acredito que em menos de um ou dois séculos de constantes desenvolvimentos a humanidade não tem como promover uma forma de se defender; sem querer ser “hollywoodiano”, seria como tentar segurar uma “simples” composição ferroviária com uns 25 vagões lotados de bobinas de aço, que viajaria a 150 km/hora em velocidade de cruzeiro, agora ladeira abaixo e acelerando constantemente as autoridades tentariam conte-la colocando nos trilhos alguns Smart for Two para bloquear. Teríamos de nos certificar sobre a órbita de colisão pelo menos com dois ou mais anos de antecedência, construir um mega foguete com combustíveis para queimar por tempos prolongados para atingir velocidades enormes e portando uma astronômica bomba nuclear a ser detonada em distâncias diversas vezes maiores que a Terra e a Lua e promovendo a explosão à distância do asteroide tal, que a “onda de choque” promovesse o desvio em alguns graus, entretanto, sem a fragmentar. Como, realisticamente tal empreendimento além de custoso ninguém espera que ocorrerá durante sua existência (e nem na minha), o nível de importância numa escala de 0 a 5 seria 0,01, portanto, dificilmente teria acolhida pelos “donos do dinheiro” que financiaria o empreendimento.

    Deve ser provável que em 4,5 bilhões de anos da existência do sistema Solar milhões de asteroides já colidiram com a Terra e muito mais frequentemente entre eles no espaço e nada impede que por um fenômeno natural se forme um comboio de corpos em direção a nossa casa afinal, em 1994 o cometa Shoemaker-Levy se fragmentou e um trem formado pelas suas partes colidiu com Júpiter. É assustador, mas vivendo no Brasil, acho muito mais fácil ter a vida abreviada por motivos que são perfeitamente controláveis e reduzidos, mas….

    1. Prezado Tetsuo,

      Choques contra Júpiter sempre irão ocorrer com maior frequência em relação à Terra, pois o cinturão de asteróides está lá, entre Marte e o próprio. Escrevo apenas para tentar contribuir com meus parcos conhecimentos de astronomia. E, além do mais, este mesmo cinturão, ao contrário do que se possa pensar, nos protege ao invés de ameaçar. É nosso escudo. O assunto é fascinante, mas fico por aqui. Abraços, S. ( http://www.windowsphonedoctor.com )

      1. Prezado Tetsuo,

        Choques contra Júpiter sempre irão ocorrer com maior frequência em relação à Terra, pois o cinturão de asteróides está lá, entre Marte e o próprio, que por sua vez é gigante e possui força gravitacional gigantesca. Escrevo apenas para tentar contribuir com meus parcos conhecimentos de astronomia. E, além do mais, este mesmo cinturão, ao contrário do que se possa pensar, nos protege ao invés de ameaçar. É nosso escudo. O assunto é fascinante, mas fico por aqui. Abraços, S. ( http://www.windowsphonedoctor.com )

      2. Assim como Jupiter e Saturno nos protegem. Sem os dois gigantes segurando toda sorte de lixo espacial que entra no sistema solar, nossa terra já seria um monte de estilhacos espaciais faz tempo.

    2. Concordo. É pura especulação essa história de nos defendermos de asteróides. Sinto como se fosse para provar que possuem uma tecnologia que nem existe (ou ainda não é operacional).

      E acho que uma bomba nuclear não seria capaz de alterar a trajetória de um corpo como esse.

      1. Depende da distância, crânio. Se o corpo ainda estivesse muito longe, um pequeno desvio lateral de ângulo bastaria para uma modificação razoável na rota final. Lembre-se que no vácuo não haveria tanta resistência para deslocar um corpo celeste. Mas para aproveitarmos a detecção precoce já deveríamos ter um foguete armado pronto e de preferência em órbita da terra, apenas aguardando os comandos para tomar seu rumo. Ou seja, na prática, tudo ainda inviável.

      2. E tem o problema da “mira”: promover uma colisão lateral entre dois objetos voando um contra o outro a milhares de kilometros por hora. Talvez fosse necessário uma aproximação ao estilo do que foi feito na missão rosetta. Alinhar com o asteróide e ir chegando de mansinho…

      3. Ahm, depende, mas vc esta provavelmente errado. Dependendo da distancia, bastaria simplesmente jogar o fogete contra o asteroide para evitar uma colisao. Poucos m/s de diferenca na velocidade de um objeto a longas distancias sao capazes de alterar a rota significantemente

    3. Na verdade, claro que somente em teoria, por enquanto, para impedir que estes asteroides colidam com a terra, a técnica que parece ser mais funcional é desviá-lo e não destruí-lo.

      Supondo que consigam explodir um nuke. O asteroide só ia se fragmentar. A chuva destes fragmentos também fariam um senhor estrago no nosso planetinha; entendo eu.

      Ao invés, colocar um objeto suficientemente grande para atraí-lo gravitacionalmente, desviando o bólido para fora da orbita terrestre.

      É por isso e por outras coisas, no meu ver, que se DEVE fazer investimentos pesados em tecnologia espacial ao invés “desperdiçar” dinheiro doando para aqueles ditadorezinhos africanos para tentar mitigar o problema da fome no mundo.

  40. Bom dia Salvador

    Aproveitando o tema, pode falar algo sobre o movimento Asteroid Day? Quais os objetivos e o que pode melhorar as técnicas já usadas para monitorar esses objetos.

  41. Seria genial uma nave tripulada pegar uma carona e um destes pedregulhos e fazer um turismo extra solar devidamente documentado e transmitindo imagens em tempo real para nosso planeta, ai poderíamos contemplar a vastidão do universo tipo uma odisseia em capítulos onde se pode imaginar tudo e com todas a possibilidades de ida e volta.

    1. Você tem noção da orbita destes objetos? Alguns destes bólidos levam centenas de anos para dar uma “voltinha”.

      Talvez milhares… Será que seria proveitoso fazer isso?

      1. É claro que seria proveitoso, seria maravilhoso cara, não ter a necessidade de gastar combustivel para manter a orbita e ainda conseguir imagens maravilhosas ! ! ! 🙂

  42. Bom dia meu querido Salvador,

    Esta aí mais um exemplo de nossa pequenez, um objeto com ” apenas ” 500 metros diametro nos causaria problemas gigantescos !
    Mesmo que a história tenha nos mostrado o quanto apanhamos feio destes corpos eu tenho para mim, que só vamos ter uma real defesa contra colisões deste tipo, após uma catastrofe infelizmente..

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