Começa a busca por mundos habitados
Uma descoberta épica acaba de ser feita pela missão K2, a segunda fase de operações do satélite Kepler, da Nasa. Seria apenas mais um planeta potencialmente similar à Terra, como tantos que já foram anunciados nos últimos anos, não fosse por um detalhe: ele é o primeiro a ser encontrado que permitirá a busca efetiva por sinais de vida em sua atmosfera.
Você pode se perguntar: mas por que os outros não permitiam isso? Qual o problema com os oito mundos recentemente anunciados, ou o Kepler-186f, que fez manchetes em 2014? Em essência, esses planetas estavam distantes demais para permitir o posterior estudo de suas atmosferas.
Esse não é o caso do planeta que recebeu a designação EPIC 201367065 d. Ele tem um diâmetro cerca de 50% maior que o da Terra e completa uma volta em torno de sua estrela-mãe a cada 44,6 dias terrestres. Os dados da missão K2 revelaram a presença de outros dois planetas, um com cerca de 2,1 vezes o diâmetro terrestre, completando uma volta em torno da estrela a cada 10 dias, e o outro com 1,7 vez o diâmetro da Terra e período orbital de 24,6 dias.
A grande vantagem, contudo, é a distância que a estrela EPIC 201367065 guarda de nós — cerca de 150 anos-luz. Não é que esteja “logo ali”, como diria o outro, mas é perto o suficiente para que possamos aplicar a tecnologia atual para estudar diretamente a atmosfera desse mundo. E isso, por sua vez, pode carregar pistas da existência de vida.
A BENESSE DO TRÂNSITO
Hoje em dia, é muito difícil observar diretamente a luz que emana de um planeta fora do Sistema Solar. Algumas câmeras especiais já conseguem fotografar planetas gigantes em órbitas longas em torno de seus sóis, mas isso ainda não é possível para planetas pequenos e rochosos em órbitas suficientemente próximas a ponto de permitir que a água se mantenha em estado líquido na superfície — condição aparentemente essencial para o surgimento e a manutenção da vida.
Então, o único meio de estudar a atmosfera desses mundos é nos casos em que eles “transitam” à frente de suas estrelas, com relação ao nosso campo de visão. Assim, parte da luz da estrela atravessa de raspão a atmosfera do planeta e segue até nós, carregando consigo uma “assinatura” da composição do ar.
Pois bem. O satélite Kepler detecta planetas justamente medindo as sutis reduções de brilho das estrelas conforme eles passam à frente delas. Por um lado, isso limita brutalmente a quantidade de planetas que podemos detectar, pois exige que o sistema esteja alinhado de tal forma que esses mini-eclipses sejam visíveis daqui. (Estima-se que apenas 5% dos sistemas planetários estejam num alinhamento favorável.) Por outro lado, os planetas que descobrimos já são alvos naturais para estudos de espectroscopia, a análise da tal “assinatura” na luz que passou de raspão pela atmosfera.
Acontece que a missão original do Kepler não era buscar mundos que pudessem ser estudados assim. Quando ele foi projetado e lançado, a quantidade de planetas conhecidos ainda não era tão expressiva, de forma que o objetivo principal do satélite era obter descobertas suficientes para formular um censo da distribuição dos planetas pelo Universo. Para isso, a Nasa o apontou para uma única região do céu, um pequeno cantinho que representa apenas 0,25% do total da abóbada celeste, mas que tinha grande concentração de estrelas. Ele passou quatro anos monitorando cerca de 150 mil estrelas ininterruptamente. O sucesso foi notável. O Kepler já descobriu sozinho mais planetas que todos os outros esforços e projetos que vieram antes dele. Mas um efeito colateral indesejável é que a maioria desses planetas está a uma distância grande demais para permitir esses estudos atmosféricos.
Na missão K2, contudo, a história é outra. Em tese, ela nem deveria existir. Sua formulação foi motivada por um defeito no satélite Kepler, que impediu que ele permanecesse mantendo seu apontamento preciso exigido pela missão original. A Nasa acabou resolvendo a questão usando a própria luz solar como um “apoio” extra para manter o telescópio espacial firmemente apontado, mas com isso é preciso manter a espaçonave sempre alinhada com o Sol, o que significa que o Kepler, conforme avança em sua órbita, agora troca periodicamente a área celeste em foco. São apenas 80 dias para cada região do céu escolhida. Além disso, a precisão das observações diminuiu, de forma que agora a prioridade são estrelas mais próximas — qualidade, em vez de quantidade. Na prática, agora começamos a buscar de fato planetas que iremos estudar a fundo nos próximos anos.
O que nos leva à estrela EPIC 201367065. Ela é uma anã vermelha, um astro com cerca de metade do diâmetro do nosso Sol. Menos quente e luminosa, portanto, o que significa que a chamada zona habitável fica bem mais perto dela do que acontece no Sistema Solar. Segundo os cálculos dos astrônomos, o terceiro planeta do sistema recebe aproximadamente 50% mais radiação de sua estrela que a Terra ganha do Sol. Se isso se traduz num planeta com temperatura amena, como o nosso, ou num inferno escaldante, como Vênus, depende basicamente da composição e da densidade da atmosfera desse mundo misterioso.
O JOGO JÁ COMEÇOU
E aí é que entra a parte interessante. Em vez de simplesmente especular sobre isso, os astrônomos já podem colocar a mão na massa. E não só com o planeta possivelmente habitável, mas com os outros dois, ligeiramente maiores, nas órbitas mais internas. Seriam eles mais parecidos com versões miniaturizadas de Netuno, o menor dos gigantes gasosos do nosso Sistema Solar, ou estão mais para superterras, mundos essencialmente rochosos? Os cientistas apontam em seu artigo, submetido para publicação no “Astrophysical Journal”, que o Telescópio Espacial Hubble seria capaz de analisar o espectro e verificar a presença de grandes invólucros gasosos de hidrogênio nesses planetas, caso eles não tenham grandes coberturas de nuvens na alta atmosfera.
E a coisa vai ficar melhor ainda a partir de 2018, quando a Nasa lançar ao espaço o Telescópio Espacial James Webb. Ele será capaz de detectar dados espectrais correspondentes a uma atmosfera similar à terrestre. Por exemplo, se um desses mundos tiver uma atmosfera como a nossa, onde predomina o nitrogênio, nós saberemos. Se ela contiver grandes quantidades de dióxido de carbono, como é o caso de Vênus, também.
Isso sem falar na medida mais natural a ser tomada desse sistema planetário — a observação dos efeitos gravitacionais que os planetas exercem sobre a estrela-mãe. Com as tecnologias atuais, já seríamos capazes de detectar o bamboleio gravitacional realizado pela estrela conforme ela é atraída para lá e para cá pelos planetas girando em torno dela. E, com isso, saberíamos suas massas. Juntando essa nova informação aos diâmetros, já medidos pelo Kepler, conheceríamos a densidade. E, a partir dela, poderíamos inferir se estão mais para planetas como a Terra ou mundos gasosos, muito menos densos.
“Ao nos permitir medir as massas e as condições atmosféricas de três planetas pequenos num único sistema, a EPIC 201367065 representa uma oportunidade empolgante para o teste de teorias de formação e evolução planetária num único laboratório extra-solar”, escrevem os cientistas encabeçados por Ian Crossfield, da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos.
Os astrônomos já têm o caminho todo mapeado. A ideia é que o K2, assim como seu sucessor, o satélite TESS, que deve ser lançado em 2017, descubra mais alvos promissores, como os do sistema EPIC 201367065. Quando o James Webb for ao espaço, em 2018, terá uma lista considerável de planetas para estudar — potencialmente centenas deles. Todos interessantes, mas obviamente nem todos tão bons para a vida quanto a Terra. Contudo, se, de toda essa amostra de mundos, apenas um tiver uma atmosfera rica em oxigênio sem que esse gás possa ter sido produzido em quantidade apreciável por processos não-biológicos (como é o caso do nosso planeta), já teremos a certeza de que não estamos sós no Universo.
Difícil imaginar uma época mais empolgante que esta em toda a história da espécie humana. Quem viver verá.
Vamos levar em consideração um fato!
“A grande vantagem, contudo, é a distância que a estrela EPIC 201367065 guarda de nós — cerca de 150 anos-luz. Não é que esteja “logo ali”, como diria o outro, mas é perto o suficiente para que possamos aplicar a tecnologia atual para estudar diretamente a atmosfera desse mundo. E isso, por sua vez, pode carregar pistas da existência de vida.”
Já faz tempo que vemos noticias do tipo “planetas novo “, “vida” e “pesquisa” . No momento é impossível viajar para esses planetas devido a distância esses lugares ficam a anos luz ! Meu você tem noção o quão longe ele esta? Então ,se conseguissemos viajar na velocidade da luz teríamos chance ir para lá colonizar ou sei lá ,mas por enquanto todos que conhecemos e muitos que iram nascer já estarão mortos sem duvida! Pesado? Mas real! Muito me interesso por essas noticias e curiosidades e quero deixar os parabéns para o escritor da matéria que foi ótima! Obrigado!
Sempre que se fala em exploração espacial meu maior interesse fica por conta da evolução tecnológica que o processo gera. Li vários artigos, nenhum atual,sobre a propulsão VASMIR. O projeto que previa testá-la na ISS avançou?
O teste ainda não aconteceu!
Salvador, teria como você disponibilizar os links para os estudos no Astrophysical Journal citados nas suas matérias? Seria bem legal ter essas referências, além de aumentar a credibilidade dos textos.
Posso começar a incluir os links dos trabalhos, sim!
Obrigado, Salvador. Achei bem interessante essas informações dessa segunda etapa de trabalho do Kepler e a busca refinada de mundos com potencial de manutenção da vida análoga a que já conhecemos.
Salvador, tenho uma dúvida, qual a diferença das explosões de rádio misteriosas observadas a partir de 2007 para o sinal Wow captado em 77?
As explosões de rádio parecem ter origem natural, embora ainda não bem compreendida. (Há uma série de coisas que denotam artificialidade num sinal, a mais clara delas a banda estreita.) O sinal Wow! parecia ter traços de artificialidade — estava numa banda estreita.
Bom dia Salvador!
Espero que você esteja bem, pois, há dias você não tem postado novidades. Abraços.
Tetsuo, tenho postado furiosamente! Ontem, hoje e amanhã… rs
Salvador, a diferença entre o planta e a estrela anã em sua nomenclatura é somente a letra d?
Quase cometo uma gafe, falando que você hora falava que era um planeta, hora que era uma estrela, mas escapei rs
O que fica valendo mesmo é seu texto e a sensação de que realmente estamos vivendo uma época sem igual para nossa geração.
Abraços
Ps; tenho certeza de que qualquer informação sobra a Rosetta o você nos passará imediatamente, não é!
Marcelo, a nomenclatura padrão para planetas é incluir uma letra minúscula ao nome da estrela, a começar por “b”, pela ordem de descoberta. Se vários são descobertos ao mesmo tempo, costuma-se ordenar do mais interno para o mais externo.
Seria muita ignorancia dizer q estamos sos no universo alias oq conhecemos e um unico universo nao nos esquecamos q podem existir varios em outras dimensoes ou seja o conceito de multiverso abraco a todos.
Salvador, eu acho fascinante todas essas pesquisas e descobertas e acho tudo isso muito valido para o progresso do ser humano, porém não concordo com uma coisa: Os cientistas vivem afirmando que nesse ou naquele planeta não é possível existir vida!!! Parece que não pensam um pouco mais além, com esse vasto universo, como poderemos saber que não existem outras espécies de vida que vivem de forma completamente diferente da vida na Terra? Que talvez nem precisem de água, quem sabe, nem de oxigênio para respirar, ou sequer, respiram!! O que pode , talvez, ser afirmado, é que não existe vida em esse ou aquele planeta, da maneira como a conhecemos e, não dizer simplesmente, que não há vida. Com certeza o universo é repleto de vida de tudo quanto é tipo. O universo não está aí para nos deleitar, como pensavam os povos da idade média, ele está aí para o progresso da vida, seja ela de que forma for.
Renê, eles até imaginam. Mas até agora ninguém encontrou vida diferente em ambientes inóspitos do Sistema Solar. Então, se há vida em Mercúrio ou na Lua, por exemplo, é de um tipo que não conseguimos detectar, de forma que é perda de tempo pensar sobre ela.
Nogueira : O cinturão de asteróides e o de kuiper teriam a mesma origem ??
Ambos nasceram da nuvem de gás e poeira que deu origem aos planetas, mas em regiões diferentes. O cinturão de asteroides é menos rico em gelo que o de Kuiper.
Saver, breve off post:
Dá pra levar a sério?
http://noticias.band.uol.com.br/mundo/noticia/100000732062/nasa-derruba-video-ao-vivo-do-espaco-apos-ovni-aparecer-na-tela.html
Amplexos!
Anselmo, é a Lua! 🙂
Verdade Salvador!Cheguei ate a comentar la no site que é a lua,mas não adianta o povo vê o que ele realmente quer ver e não o que realmente é.
They want to believe.
E apenas complementando a info do Salvador, o tal do “corte da transmissão” é natural, ocorre várias vezes por dia e é quando a estação está na zona de “sombra” de comunicação com a Terra.
Nada mais normal.
Olá Salvador. Texto maravilhoso,Parabens!Sou fascinado por estas noticias sobre os exoplanetas,porem tenho uma duvida que não sei se é boba ou mesmo ate valida.
Por exemplo, alguns exoplanetas descobertos que são mais parecidos com a terra possuem diâmetro estimado em 10%,12%,20% e ate 50% maior que o terrestre, com isso fiquei pensando que ainda não é possível verificar se estes astros possuem uma,duas ou ate três Luas! Então juntei as peças e pensei: Será que estes exoplanetas possuem Luas?Se possuírem e ela estiver num angulo de visão que pareça ao lado do planeta(ao observador), não será somado seu diâmetro(ou diâmetros no caso de varias) ao do planeta fazendo com que o computador diga que ele é maior que o terrestre? Ou será o método tão preciso que descarte as Luas? Por exemplo, se fosse a Terra! Isto é, se uma civilização Alienígena estivesse tentando descobrir a terra por transito planetário, e a nossa lua estivesse bem ao lado do planeta, não ficaria a Terra com um diâmetro 25% maior?Se poder responder agradeceria e ficaria enormemente honrado.Abrçs.
Victor, tem gente que usa dados do Kepler pra tentar detectar a presença de exoluas, mas até agora nada. Sim, todos essas planetas poderiam ter luas e talvez isso influenciasse o cálculo de tamanho. Abraço!
Não conseguimos ainda viajar a meros 400 milhões de quilômetros, que dirá anos-luz… por hora, e por hora nisso, teremos que nos contentar com a assinatura química, isto é, se de fato o intento promover tal feito…
Olá Salvador. Texto maravilhoso,Parabéns!Sou fascinado por estas noticias sobre os exoplanetas,porem tenho uma duvida que não sei se é boba ou mesmo ate valida.
Por exemplo, alguns exoplanetas descobertos que são mais parecidos com a terra possuem diâmetro estimado em 10%,12%,20% e ate 50% maior que o terrestre, com isso fiquei pensando que ainda não é possível verificar se estes astros possuem uma,duas ou ate três Luas! Então juntei as peças e pensei: Será que estes exoplanetas possuem Luas?Se possuírem e ela estiver num angulo de visão que pareça ao lado do planeta(ao observador), não será somado seu diâmetro(ou diâmetros no caso de varias) ao do planeta fazendo com que o computador diga que ele é maior que o terrestre? Ou será o método tão preciso que descarte as Luas? Por exemplo, se fosse a Terra! Isto é, se uma civilização Alienígena estivesse tentando descobrir a terra por transito estelar, e a nossa lua estivesse bem ao lado do planeta, não ficaria a Terra com um diâmetro 25% maior?Se poder responder agradeceria e ficaria enormemente honrado.Abrçs.
Retificando,transito planetário.desculpe.
O que eu mais observo nisso tudo no caso deste planeta “150 anos-luz”, cara as informações que estão sendo analisadas neste momento são de 150 anos-luz atrás, nossa galaxia “Via Láctea” tem 13,6 bilhões de anos, nem sonhava em existir, vai saber lá como esse planeta esta hoje. Mesmo que descubra algo (blz tudo bem isso é interessante saber), mas pra mim não quer dizer nada, e a pergunta se estamos só no universo (que com certeza não estamos) continuaria a existir.
Paulo, muito difícil extinguir a vida completamente de um planeta em 150 anos. Na Terra, desde que ela apareceu, nada conseguiu erradicá-la.
150 anos luz são 150 anos viajando na velocidade da luz e não 150 anos terrestres.
150 anos viajando na velocidade da luz para quem fica. Não para quem vai.
Em termos de distância, um ano-luz é a distância que a luz percorre em um ano, isso dá alguns trilhões de km.
Melhor explicando: um ano-luz é a distância percorrida pela luz em um ano TERRESTRE. É uma definição nossa, como é a definição do metro, da jarda…
Um planeta a 150 anos-luz da Terra é visto aqui como ele era há 150 anos. Um nada em termos de idade cósmica.
Salvador,
Ele fez uma confusão danada com tempos. Tá dizendo que 150 anos luz é mais que a idade da Via Láctea.
Nem se usar a cronologia bíblica… Heheheh
Só para reforçar: anos-luz é uma distância, e se basearmos na velocidade da luz para chegarmos a essa distancia, inviável, o negocio é estudar de longe e olhar 150 anos no passado desse planeta, ou burlar as “leis” da física e dobrar o espaço ao invés de viajar em altíssimas velocidades.
Isso é muito interessante! Diz a história que houve uma quase extinção da espécie humana, quando fomos reduzidos à uma população mundial de 10mil indivíduos. Procede, Salvador? Daria uma coluna legal para seu blog!
Houve um gargalo populacional sim.
Olha, mais um corpo do sistema solar que pode estar repleto de agua proximo de ser investigado por uma sonda:
http://www.nasa.gov/jpl/dawn-delivers-new-image-of-ceres/#.VL6XnEfF_Wa
Esta eh uma animacao de Ceres com base em imagens divulgadas ontem enviadas pela Dawn. A distancia entre ele e a sonda ja eh a mesma da terra ateh a lua.
Caro Salvador, acompanho seu blog a anos, mas há algo que me inquieta na busca de planetas habitáveis, pois encontro pouca coisa a respeito: Porque há tão pouca informação, e imagino que isso se deve a pouca exploração, sobre o sistema de Alpha Centauri? Não entendo porque se tem tanta informação à respeito de sistemas estelares a centenas de anos luz da terra e nada novo sobre um sistema que está a 4 anos luz de nós..
Vinicius, o alinhamento do sistema é desfavorável para trânsitos, então a única técnica viável é a de velocidade radial, que ainda não tem resolução suficiente para detectar planetas pequenos em órbitas longas. Já podemos descartar a existência de planetas de grande porte em torno de Alfa Centauri A ou B, mas talvez existam mundos habitáveis lá e não estamos sabendo. Mas Alfa Centauri é um dos alvos mais cobiçados, por sua proximidade…
Tanto dinheiro gasto em descobrir mundos novos(que podem nunca ser habitáveis) e quase nada gasto para conservar esse que nós já temos(onde tudo é perfeito).
Tomara que esses bastardos endinheirados que procuram novos mundos, os encontrem e se medem pra lá… quem sabe assim a terra volte a ser o paraíso que Deus deixou pra nós né.
Tanto dinheiro gasto com iPhones e internet de alta velocidade e roupas de grife e carros do ano, enquanto isso pessoas morrendo de fome.
Esse povo que tem dinheiro pra compra iPhone e contratar internet de alta velocidade e comprar roupa de grife e carro do ano deveria tudo doar isso pros pobres.
Que planeta de merda!
Como vc é idiota, sujeito.
Aff cara cala a boca
De novo a ideia errada que o dinheiro nessas pesquisas é um desperdício… Olhe à sua volta e veja, tudo que o homem constrói se baseia em conceitos obtidos pela ciência básica. Quando desenvolvemos um novo telescópio, foguete ou satélite, os conhecimentos adquiridos, as soluções de engenharia descobertas são usados aqui mesmo, em benefício das pessoas!
E tem mais: o “dinheirão” gasto é quase nada perto do volume de dinheiro em circulação no mundo. E traz muito mais benefícios do que o gasto em outras coisas.
E aí josé, por que não faz alguma coisa então ao invés de ficar falando bosta aqui?
Quando li seu comentário pensei em não respondê-lo para não perder tempo, mas mudei de ideia e ao invés só vou passar uma informação útil para aqueles que o leem.
O orçamento federal americano disponibiliza 4/10 de UM CENTAVO de dólar por ano, isso mesmo, tudo que a NASA realiza – e isso inclui pagamento de todos os funcionários, todas as missões, pesquisas, enfim – são feitos com um 1/5 de um centavo de cada dólar americano (do orçamento anual). Isso demonstra que a maior agência espacial do mundo vive de “gorjetas” federal. Acho desnecessário citar os benefícios já trazidos pela NASA e todas as outras agências espaciais, essa eu vou deixar para você pesquisar.
Esse “bastardos endinheirados”, acho que você quis dizer astrônomos – que por sinal não são endinheirados, quem investe é o governo – são cientistas muito sérios e são movidos pela curiosidade e paixão. Curiosidade essa que trouxe os Europeus para as Américas. O que tem lá fora? Já se fez essa pergunta?
Seu único comentário aceitável foi em relação a falta de investimentos para conservar nosso planeta, mas acredite, eles tem dinheiro e sendo seres humano vamos deixar para última hora, quando a coisa começar a ficar feia de verdade – e já começou.
Você tem o direito de postar sua opinião, mas falta um pouco mais de pesquisa, respeito e decência. Desnecessários citar trechos de seu comentário, afinal você não deve se basear em fatos mas sim em uma profunda necessidade de acreditar em algo (paraíso?!).
Nossa, quanta palavra podre e sem nexo, muito menos ideais. É claro que existe dinheiro sendo investido na saúde do nosso planeta, infelizmente, são as pessoas que o deixam poluído. Mas não é por isso que a tecnologia não irá avançar e não investirão em outras áreas – isso é pensar pequeno.
Tanto dinheiro gasto em descobrir mundos novos(que podem nunca ser habitáveis) e quase nada gasto para conservar esse que nós já temos(onde tudo é perfeito).
Tomara que esses bastardos endinheirados que procuram novos mundos, os encontrem e se medem pra lá… quem sabe assim a terra volte a ser o paraíso que Deus deixou pra nós né.
Caro Salvador, vi a pouco o texto que fala sobre a descoberta de dois novos planetas, além da órbita de Plutão. Na verdade, não é descoberta, apenas uma suposição feita por cálculos envolvendo órbitas de corpos menores. Minha pergunta: As sondas Voyager, que pelo que se sabe já deixaram o sistema solar, sendo as mais distantes que temos, não poderia detectar? ou elas poderia simplesmente estar “do outro lado e não ver nada? o que você acha?
Alan, as Voyagers não se prestariam para fazer esse tipo de busca. Da Terra seria mais fácil.
Só não entendi qual o diferencial do exoplaneta EPIC 201367065 d
A 150 anos luz ele fica muito mais longe do que os exoplantenas do sistema Gliese 581, que fica a pouco mais de 20 anos-luz,
contanto inclusive com um planeta muito semelhante à terra na zona habitável da estrela (Gliese 581c).
E esse planeta já é conhecido desde 2007.
O que o EPIC 201367065 d tem de tão especial assim?
O Gliese 581 não faz trânsito. 😉
A minha opinião começa pela inexorável lógica e bom senso, quando acredito na inteligência inigualável do Criador demonstrada na própria Criação – a exemplo aqui mesmo no nosso Planeta – e que essa Inteligência Suprema não criaria bilhões de mundos e sóis somente para agradar os nossos olhinhos terrenos, e a minha razão diz com toda a clareza e bom senso que deve existirem muitos mundos habitados como o nosso, porém com habitantes de conformação humana mas de aspectos mais graciosos que os nossos ou piores talvez, de acordo com a evolução de cada Mundo; não nos esqueçamos que no início da evolução humana nossa, éramos de aspectos horríveis, porém hoje temos aspectos muito graciosos principalmente nas nossas mulheres, certo? gosto demais das pesquisas extras terrenas nesse grande e infinito cosmo.
Não existe motivo nenhum para acreditar que eventuais habitantes de outros mundos tenham uma forma sequer similar à humana, exceto talvez a fé em alguma entidade criadora que tenha uma predileção especial por esta forma. Em termos estritamente científicos criaturas inteligentes evoluídas em outros mundos podem ter as formas mais bizarras imagináveis (ou mesmo inimagináveis). Sobre isso ver meu artigo em http://www.recantodasletras.com.br/artigos/2103534.
Leandro, até concordo.
Mas aqui na Terra temos muitos exemplos de evolução convergente, oque pode sugerir que semelhanças são possíveis. Por exemplo, um inseto e uma ave possuem asas, mas estes dois grupos se separaram na árvore evolutiva muito antes de qualquer um dos dois possuir esta característica, mesmo assim ambos evoluíram sistema de voo muito parecidos.
Se as condições de ambiente desses novos mundos forem parecidas com a da terra, acho que é possível que seres extraterrestres tenham sofrido também evoluções convergentes com seres terrenos, e possuam algumas caraterísticas parecidas com as que observamos aqui…
Allison, de fato é até bem possível que entre as diversas raças inteligentes que devem existir pelo universo algumas mostrem semelhanças com o ser humano (pelo menos uma semelhança comparável à existente entre uma abelha e um colibri ou uma libélula e um falcão). Outras, contudo, podem ser absolutamente diferentes, como uma sardinha e uma lula. O que não dá, pelo que conhecemos hoje, é supor que todas poderiam facilmente sentar em um carro e sair dirigindo.
Sem dúvida.
As semelhanças são possíveis, mas com o que sabemos hoje não da para “cravar” nada. Pode muito bem haver vida inteligente em formas que não imaginamos.
Li um artigo de um cara defendendo que talvez não encontramos civilizações ET por que seres muito evoluídos podem optar por voltar à formas microscópicas, que são energeticamente mais eficientes.
Vai saber!
Parabéns Salvador Nogueira, é empolgante e fascinante quando vejo a ciência realmente interessada em algo que nos engrandece como seres racionais, gostaria que as pessoas aqui na terra começassem a mostrar o mesmo interesse uns pelos,outros e conseguirmos erradicar doenças, guerras e tudo mais. Devemos nos lembrar que alquimistas buscando o impossível conseguiram, em sua longa caminhada, descobrir compostos químicos, elementos químicos e remédios, lendo as postagens vi diversos “cientistas” dizendo que se descobrirmos algo neste planeta não conseguiremos nos comunicar e que não poderemos ir até lá e que, blá, blá, blá. Ciência é observação, assim como nós conseguimos captar luz oriunda desse sistema solar para estudos, podemos enviar ondas de comunicação para este planeta tbm, esse é o primeiro ponto, e mais, reforçando o fato citado acima que ciência é observação constante o fato de uma análise prévia não indicar vida neste planeta não quer dizer que não tenha ocorrido em nenhum momento, pois quando olhamos para o espaço, olhamos para o passado, pois a luz leva muitos e muitos anos para chegar na terra, então se este planeta está iniciando a vida como a terra iniciou em seu princípio, teremos que aguardar muitos anos e provavelmente nenhum de nós estaremos vivos para presenciar a confirmação do,que para mim já é fato, não estamos sozinhos no,universo. Mas para algumas pessoas isso tbm é fato, pois o,universo deles foram torno das opiniões baseadas em postagem .gif no universo do Facebook. Seria cômico se não fosse trágico.
20 anos luz ou 150 anos luz não é nada em relação aos bilhões de anos de existência do Universo.
Se um habitante daqueles planetas olhasse hoje para a Terra, veria a composição de nossa atmosfera de 1995, ou de 1865… O planeta mais próximo já veria as transformações causadas nela pela tecnologia do petróleo, o outro ainda veria a atmosfera menos suja, do início da Era Industrial.
Duas citações e um conclusão: “Ora ( direis ) ouvir estrelas!
Certo, perdeste o senso!
(…)
E eu vos direi:
“Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas” Olavo Bilac.
“Há mais coisas entre o céu e a terra do que sonha a nossa vã filosofia.” William Shakespeare.
Quem tem sensibilidade, clarividência, perceberá que não estamos sós. É só questão de tempo. Por outro lado, muitos povos adoravam o sol e o tinham como um deus. Hoje, avançamos, sabemos que aquele deus era uma estrela e passamos a outra etapa no jogo infinito da vida. Deus existe? Eu acredito no som das estrelas e na vã filosofia.
🙂 Bem pensado!
impressionante como a cada descoberta que se faz na astronomia mais fica patente o quanto infinito temos a percorrer na linha do conhecimento
A maioria, senão todos os exo-planetas descobertos têm períodos de translação inferior a 50 dias.
Alguém saberia informar se isso é devido às técnicas de pesquisa localizarem somente planetas próximos às respectivas estrelas, ou a velocidade de translação dos planetas do sistema solar serem menores que os demais?
Wagner, em geral é um viés de observação. Mas a essa altura sabemos que sistemas mais compactos são mais comuns que o nosso, mais espaçado.