Os planetas mais antigos do Universo
Astrônomos usando dados, adivinhe só, do telescópio espacial Kepler, da Nasa, fizeram mais uma descoberta extraordinária. Eles encontraram o mais antigo sistema planetário de que se tem notícia, com cerca de 11,2 bilhões de anos.
É verdade que a margem de erro é do naipe “ibope” — 1 bilhão de anos para mais ou para menos. Ainda assim, é um sistema muito antigo, concebido numa época em que o Universo era bem jovem. E os planetas são rochosos, como a Terra, o que nos dá a confiança de que astros favoráveis ao surgimento da vida têm sido criados há muito, muito tempo no cosmos. Compare os 11,2 bilhões de anos do sistema Kepler-444, recém-descoberto, aos 4,6 bilhões de anos do Sol e sua família de planetas. É quase o triplo.
Trocando em miúdos: a vida pode ter florescido em nossa galáxia muito tempo antes que nosso planeta sequer existisse. Mas não em Kepler-444, que fique claro. É um sistema para lá de complicado, e todos os planetas são quentes demais para abrigar água líquida e vida como a conhecemos.
VAMOS ATÉ LÁ?
Normalmente, muitas pessoas reagem negativamente às distâncias interestelares. “De que adianta descobrir esses planetas se não podemos ir até lá?” É bem verdade que ainda não sabemos nem como viajar até a estrela mais próxima, a meros quatro anos-luz de distância, num tempo inferior a dezenas de milhares de anos. Mas para muitas pessoas a imaginação, estimulada pelo conhecimento, já ajuda a transpor os vastos vazios que separam as estrelas.
Você é uma delas? Façamos, pois, uma visita virtual a esse sistema, localizado a modestos 120 anos-luz de distância, na constelação de Lira. A primeira coisa que notaremos ao nos aproximar é que Kepler-444 não é um sistema de uma estrela solitária, como o Sol. Notaremos, como fez a equipe do astrônomo português Tiago Campante, da Universidade de Birmingham no Reino Unido, ao realizar observações posteriores com telescópios em solo, que há uma segunda estrela, menos brilhante, em torno do astro principal.
Verificando a separação aparente entre elas, os computadores de bordo de nossa espaçonave virtual nos informam que a menor deve estar girando em torno da maior a uma distância relativamente grande, completando uma volta a cada 430 anos, aproximadamente.
Mas conforme nossa distância do sistema diminui, temos mais uma surpresa. O astro menor não é uma estrela, mas duas — duas anãs vermelhas, bem menores e mais frias que o Sol. Elas giram em torno de um centro comum enquanto avançam juntas ao redor do astro maior, uma anã laranja, apenas ligeiramente menor que nossa estrela-mãe. Tudo isso nós descobrimos ao analisar a luz vinda desses astros, que revela sua temperatura e seu tipo espectral.
Partimos então para uma análise mais sofisticada do espectro da estrela principal. Ao detectar pequenas vibrações internas, que se refletem em sutis alterações de brilho na estrela — algo que o astrônomo brasileiro Eduardo Janot, da USP, gosta de chamar de “estelemotos” — os pesquisadores puderam estimar a idade (a técnica é conhecida como “asterossismologia”). E aí chegaram aos 11,2 bilhões de anos.
Seguindo em frente, avançamos até as proximidades da estrela maior e lá encontramos nosso tesouro: cinco pequenos planetas, todos rochosos e menores que a Terra. O menor deles é o mais interno, Kepler-444b, que completa uma volta em torno de sua estrela em apenas 3,6 dias terrestres. Ele tem o tamanho aproximado de Mercúrio, o menor dos planetas do nosso Sistema Solar, mas é bem mais quente, pois está bem mais próximo de sua estrela. Aliás, todos os cinco planetas caberiam num círculo com um quinto do tamanho da órbita de Mercúrio — é o que os astrônomos chamam de um sistema altamente compactado. O segundo planeta completa uma volta em 4,5 dias, o terceiro em 6,2 dias, o quarto em 7,7 e o quinto em 9,7. O maior é o último, com cerca de três quartos do diâmetro da Terra.
Embora sejam inabitáveis, eles trazem uma confirmação importante — os ingredientes básicos para a formação de planetas como a Terra já existiam 11 bilhões de anos atrás.
NÃO BASTA A RECEITA
Esse é um dos grandes enigmas da astronomia dos exoplanetas — quando eles começaram a se formar? O drama é que, no princípio do Universo, 13,8 bilhões de anos atrás, só havia três elementos químicos: hidrogênio, hélio e uma pitada de lítio.
Com esse trio, já dava para fabricar estrelas — grandes bolas de gás que convertem hidrogênio em elementos mais pesados por fusão nuclear –, mas não planetas — que exigem átomos mais pesados, como carbono e oxigênio. Para que mundos como o nosso pudessem existir, primeiro as estrelas primordiais tiveram de “construí-los” em suas fornalhas internas e depois semeá-los pelo Universo, principalmente por meio das explosões violentas conhecidas como supernovas.
Espalhados pelo espaço, esses estilhaços atômicos acabaram semeando nuvens de gás que formariam outras estrelas. E o processo seguiria adiante, gradualmente tornando o Universo um lugar com maior variedade química. Mas em que momento exatamente já havia concentração suficiente de elementos pesados para o surgimento de planetas rochosos?
Essa é a importância do novo achado — ele empurra ainda mais para trás esse momento de transição. Já conhecíamos alguns sistemas planetários com idade estimada em coisa de 10 bilhões de anos (Kepler-10 e Kapteyn, para citar dois exemplos), mas o Kepler-444 parece ser ainda mais antigo.
“A descoberta de um sistema antigo de planetas de tamanho terrestre em torno da estrela Kepler-444 confirma que os primeiros planetas se formaram muito cedo na história da galáxia, e com isso ajuda a determinar o início da era da formação planetária”, escrevem os pesquisadores, em artigo publicado ontem no “Astrophysical Journal”.
Para o Mensageiro Sideral, a descoberta representa mais um triunfo do princípio copernicano. Inspirado originalmente pela constatação de Copérnico de que a Terra estava longe de ser o centro do Universo, e em vez disso era apenas mais um planeta a girar em torno do Sol, consolidou-se a noção de que não há nada de especial sobre nosso mundo que o torne melhor ou mais interessante que outros espalhados pelo Universo.
A descoberta, nos últimos anos, de que planetas similares em composição à Terra e com níveis de radiação similares existem em grandes quantidades foi mais uma confirmação desse princípio. E agora vemos que nem mesmo numa época especial nós vivemos. A vida pode ter emergido pela primeira vez no Universo vários bilhões de anos antes que nosso planeta tenha sequer nascido. Não somos únicos. Somos, em vez disso, apenas mais um exemplo da obsessão criativa do cosmos.
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Salvador, vivo fora do Brasil e ganhei de presente da minha namorada seu livro Extraterrestres, que logo poderei ler. Espero poder encontrar todos eles com o tempo! Como sou extremamente leigo talvez minha pergunta não mereça resposta, em todo o caso: na coluna diz que no início existiam apenas três elementos químicos. Existe a possibilidade de novos elementos químicos estarem se formando ou por formar? Existe algum estudo e/ou teoria de que em diferentes regiões do universo possam existir elementos químicos desconhecidos? Obrigado e parabéns!
O Universo criou três, outros mais foram feitos por supernovas. É possível criar novos? Sim, mas eles são extremamente instáveis. Vivem por um pentelhésimo de segundo. Então, nada revolucionário do ponto de vista de aplicação, mas sim, outros elementos podem acabar sendo incorporados à tabela periódica, se produzidos em laboratório.
Salvador, o Sinal Wow! é realmente algo muito interessante, a partir disso, gostaria de saber
se a Nasa e outras agências espaciais estão dando a devida atenção que Sagitário merece, como andam os estudos sobre Sagitário? Temos o privilégio desse sinal ter sido originado dentro
da Via Láctea, com isso acho que posso concluir que não se trata de uma distância tão absuda assim. Em termos astronômicos, a distância da Terra até a origem do sinal Wow! é curta?
Salvador, também gostaria de encontrar livros científicos que falem sobre o sinal Wow! Já sei que seu livro “Extraterrestres” fala sobre ele, irei comprá-lo. Você tem outras fontes? Da Nasa ou do SETI, por exemplo?
Tem um livro muito legal sobre SETI que tá na bibliografia do Extraterrestres e fala longamente sobre o Wow.
André, o duro é que não tem nada visível na região de onde veio o sinal. Nem uma possível estrela de origem. Então, a única coisa que se pode fazer é continuar escutando para ver se outro sinal vem de lá… não sabemos nem a distância, pois não sabemos o ponto de origem, só a direção.
Não é necessário delirar. A pesquisa apenas mostrou que “…os primeiros planetas se formaram muito cedo na história da galáxia”. A pretensa “conclusão” de “A vida pode ter emergido pela primeira vez no Universo vários bilhões de anos antes que nosso planeta tenha sequer nascido” é feita (irresponsavelmente) pelo blogueiro a fim de tentar empurrar a ridícula proposta da existência de extraterrestres.
É fácil entender o porquê dessa apelação. Como não se vê indício nehum de que ET’s realmente existam, restou aos caçadores de verrugas espaciais dizer que eles (os ET’s) já podem ter existido há muito tempo atrás. Elementar…
“Criou Deus o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.”
(Gênesis 1:27)
E a entrevista do autor do trabalho fazendo a mesma especulação (irresponsável?) no Jornal Nacional, não conta? GONG!
Não assisto jornalecos rastaqueras… 🙂
Não precisa ver o JN. Eu mesmo não costumo ver e só parei pra prestar atenção porque mencionaram essa reportagem na escalada. O ponto não é esse. O ponto é que o pesquisador fez a mesma colocação que eu. Aleluia! GONG!
Tudo bem ser religioso, mas fanático? Por favor, não!
o problema é que esse tipo de sistema solar bem mais antigo que o nosso está aparecendo com uma frequência acima do esperado, antes, nem se cogitava encontrar algo acima de 6 Bilhões de anos, o que já nos ultrapassaria ou poderíamos dizer que está dentro da discrepância.
com tanta dificuldade para encontrar planetas o achado sugere justamente a possibilidade de vida bem mais antiga que a nossa podendo ser mais evoluída ou não. Das estrelas na mira do Kepler, apenas uma fração tem planetas passando na posição em que o trânsito planetário pode ser detectado, ainda assim o planeta precisa estar próximo da estrela.
de tal forma que até agora fazemos suposições estatísticas e se usa termos como PODE, PODE SER, TALVEZ etc. Isso por conta das suposições pessimistas estarem caindo aos poucos com os novos dados. Mas se novos equipamentos demonstrarem planetas do tamanho da Terra ou pouca coisa maiores e tendo sinais de atmosfera como a nossa, as chances de vida lá fora aumentam para além de 50%, principalmente quando for possível ver como é o sistema planetário de 100% das estrelas focadas.
fora que a gente nem sabe se uma lua de um gigante gasoso pode suportar vida e manter atmosfera por bilhões de anos quando está na zona habitável.
Salvador, achei espetacular esse seu post.
Fico imaginando o quanto você lê e pesquisa para escrever um texto como esse, encadeando-o com outros textos seus, formando um todo sempre coerente.
Parabéns!
Valeu! 🙂
Tatooine!
Salvador, se este estrela é uma anã laranja apenas pouco menor que nosso sol, na idade que tem não deveria ter se transformado em uma gigante vermelha como é esperado irá acontecer com nosso sol em alguns bilhões de anos?
Não, estrelas menores que o Sol vivem mais que ele, e ele mesmo conseguiria atingir 10 bilhões de anos. Para uma estrela como essa, não seria problema atingir idades como 11,2 bilhões de anos.
“A vida pode ter emergido pela primeira vez no Universo vários bilhões de anos antes que nosso planeta tenha sequer nascido. Não somos únicos.”
Essa deve ser a melhor e maior verdade até que saibamos a verdadeira história cósmica.
é verdade! Além disso, aumenta a probabilidade de que a vida não surgiu na Terra, mas foi semeada, tendo vindo uns restos de bactérias e vírus de carona em um pedaço de planeta que sobrou de um sistema estelar anterior, ou vizinho ao nosso.
Loucura? Não, probabilidades. E já sabemos que o que é improvável é impossível, o que tem minúscula probabilidade é possível. 🙂
Salvador! Muito bom seu texto. Sinto que a cada dia estou mais ávido por informações sobre o cosmos e nossos vizinhos, e a leitura de sua coluna é uma forma prazerosa obter mais notícias sobre os céus.
Recentemente vi o documentário do Xico Xavier, falando sobre a data limite, ainda que possa não acreditar, só a possibilidade aventada de que em quatro anos mais ou menos, os nossos vizinhos mais evoluídos possam se revelar para nós e falar a real já é algo incrível. Eu não consigo botar muitas esperanças na previsão, mas, torço muito pra isso acontecer. Sem dúvida, para o bem ou para o mal, o contato com outros seres seria o ápice da história humana, até aqui. Abs vida longa e próspera!
O tempo é senhor da razão… Aguardemos!
Salvador, boa tarde! As vezes fico pensando em algumas coisas aqui comigo. A probabilidade é grande de que exista vários outros planetas com vida no universo. Da mesma forma, nesse grupo de planetas com vida, é possível que existam civilizações bem mais avançadas do que a nossa terrestre. O fato de nunca termos presenciado contato extra-terrestre (provado rsrs. Muitos juram que já somos visitados há muito tempo) seria um indicativo da dificuldade envolvida em transpor as longas distâncias no universo. Talvez, até mesmo as hipóteses mais criativas, como worm-holes entre outras, sejam inviáveis para o transporte controlado de vida. O que você acha disso? Tem algum erro nesse meu pensamento ou algo que não considerei que possa me dar mais esperança de algum dia presenciar um contato extra-terreste? rsrs. Abraço!
Salvador, esse é mais um, entre muitos posts, onde vejo pessoas em dúvidas em relação as longas distancias. Realmente quando se dias que foi descoberto um planeta a 150 anos luz, muitos pensam que é impossível visitar esse planeta mesmo viajando na velocidade da luz(300 mil km por segundo). Mas o que muitos não sabem, é da existência teórica da VELOCIDADE DE DOBRA. E atualmente a NASA vem trabalhando p/ colocar essa teoria em prática e em um futuro próximo construir um motor de dobra, onde essa distancia de 150 anos luz, resumiria-se a poucas semanas. Por gentileza, gostaria muito de saber o que você pensa sobre esse assunto.
Acho que a tecnologia de dobra é altamente improvável… mas não impossível. Estamos ainda para ver uma demonstração de laboratório. Aguardemos.
para ter uma tecnologia fantástica que nos permita viajar para longe é preciso que o LHC tenha a sorte de detectar o maior número possível de partículas possíveis (incluindo as de vida ultracurta) que existam no universo.
depois disso vem anos de trabalhos tentando decifrar o que ainda não tem explicação dentro das atuais teorias ou vamos abandonar alguns modelos e aperfeiçoar outros.
campo de dobra ou um buraco de minhoca exigiria converter um LHC em um tipo de máquina capaz de influenciar o espaço-tempo de forma eficaz e eficiente, ou seja, funcional e que não gaste a energia de toda a vida de um sol para obter o resultado pretendido.
Como existe milhares de planetas, também existe a possibilidade de vida em outro em outro planeta.
Milhares? Só na nossa galáxia são trilhões. Multiplique pelas centenas de bilhões de galáxias do universo. É assustador e extasiante – mesmos que uma parte ínfima esteja em zona habitável, é quase impossível a vida não ter florescido por aí. Ao menos vida microbiana.
Carl Sagan era “maconheiro”?
Já ouvi dizer que sim, mas nunca procurei pesquisar mais sobre o assunto. Não saberia dizer com certeza. Sei que o George Harrison era. E que compositor incrível. Serve ele? 😛
Rock é tudo, me ferrei.
🙂
http://en.wikipedia.org/wiki/Carl_Sagan
Wiki só pra facilitar, mas essas infos são conhecidas e foram confirmadas há algum tempo:
“Sagan was a user and advocate of marijuana. Under the pseudonym “Mr. X”, he contributed an essay about smoking cannabis to the 1971 book Marihuana Reconsidered. The essay explained that marijuana use had helped to inspire some of Sagan’s works and enhance sensual and intellectual experiences. After Sagan’s death, his friend Lester Grinspoon disclosed this information to Sagan’s biographer, Keay Davidson. The publishing of the biography, Carl Sagan: A Life, in 1999 brought media attention to this aspect of Sagan’s life. Not long after his death, widow Ann Druyan had gone on to preside over the board of directors of the National Organization for the Reform of Marijuana Laws (NORML), a non-profit organization dedicated to reforming cannabis laws.”
Maconha fumada em excesso altera a capacidade de raciocínio, tornando-o mais lento e errático. Pode servir para artistas muito doidões, mas não para um cientista. Agora, se ele provou algum na facudade, sabe-se lá.
Respondi pro Salva ali em cima, dá uma lida. 😉
Salvador, acompanho seu blog já a algum tempo, mas essa é a primeira vez que comento. A pergunta que faço é se podem existir outros planetas, além dos 5 descobertos, orbitando a uma distância maior da estrela Kepler-444, talvez em uma zona habitável?
Possível é, mas não é muito provável. Ela foi monitorada por quatro anos, então se há um planeta lá na zona habitável, ele não está no mesmo plano orbital dos demais. E isso não costuma acontecer na formação de planetas (embora até possa acontecer).
Caro Salvador,
Uma questão me intriga: Se há uma força que atrai os planetas em relação ao Sol, e realmente há, por que os planetas não são atraidos até se juntar ao Sol, e se há uma força de repulsão por que nAo são expelidos para longe, e fica aí a milhões de anos girando, girando, como se fosse uma agulha presa nos sulcos do disco de vinil ??!!
A velocidade dos planetas faz com que eles caiam em curva, contornando o Sol, caindo eternamente, mas sem nunca de fato mergulhar nele. Se você conseguisse frear a Terra em sua órbita, ela cairia chapada no Sol. rs
Mas a cada ano a terra não se aproxima 1cm do sol?
A distância da Terra ao Sol varia ao longo do ano de 147 milhões de km a 152 milhões de km, sua trajetória é uma elipse bastante arredondada, mas, ainda assim, é uma elipse.
Se ocorresse essa aproximação de 1 cm por ano, como você pergunta, levaria uns 15 BILHÕES de anos para “cair” no Sol. Muito antes disso o Sol terá se expandido para se tornar uma estrela gigante vermelha e engolido a Terra.
Mas não se preocupe, temos 1 BILHÃO de anos de tempo para arrumar um jeito de sair daqui. 🙂
Isso tudo nos leva a questionar se nosso universo é realmente tão antigo quanto pensamos, pois tudo parece ocorrer bem mais rápido do que o previsto, o que de certa forma é plausível, pois as leis naturais que governam o funcionamento desse universo agem de imediato. Cargas opostas se atraem e iguais se repelem, por ex, não precisando de bi de anos para fazer isso
Não… O Universo tem cerca de 13,9 bilhões de anos. É tempo pra chuchu nenhum por defeito.
Bom texto. Só não gostei do final, quando diz “Não somos únicos”. Acho sim que somos únicos.
É Tolice dizer se somos ou não somos únicos, mas é mais coerente dizer que não somos únicos e ainda mais… Se existir vida fora deste planeta ela não será muito diferente da variedade que existe no nosso planeta. Pode haver um planeta em que os seres pensantes são os peixes ou os insetos. se imaginarmos nosso planetinha como um aquário fica fácil imaginar qualquer coisa.
Evangélico?
“Únicos” no sentido de que a evolução nos moldou de forma bem específica, sim. Assim como as formas de vida que eventualmente sejam encontradas alhures também serão “únicas” (baseadas em outros elementos químicos, quem sabe).
Espero que sejamos os únicos a pensar que somos os únicos. Egocentrismo é tão bossal!
Espero que sejamos os únicos a pensar que somos os únicos. Egocentrismo é tão bossal!
Saiu a notícia de que se descobriram mais dois planetas no Sistema Solar. Eu sempre fiquei pensando nisto. Como podem saber que no Cinturão de Kuiper não existe planetas?
Para mim é possível e provável que existam mais planetas no Sistema Solar que os atuais. Veja por exemplo Éris, é maior que Plutão, logo, pode ser um planeta anão.
Nada impede que lá tenha objetos rochosos que se aproximam e grudam gravitacionalmente tornando-se um objeto maior até virar um planeta.
É possível que existam mais, mas os modelos de formação planetária sugerem que não. Por outro lado, a análise orbital de alguns dos objetos lá no cinturão sugere que sim. Só o tempo dirá.
Salvador, voce acredita nessa história de que a NASA esconde coisas da população?
Não. Acho que os militares podem esconder coisas. A Nasa, que é uma agência civil, faz um senhor trabalho em divulgar coisas.
Salvador, vc me pareceu não gostar muito de militares rssrs. O que ti leva a pensar que a nasa informa todas descobertas? Informação é poder.
Parabéns pelo trabalho!
Não é que eu não goste de militares; é que eles têm motivos para ter segredos. A Nasa, só tecnológicos, mas não de descobertas científicas.
Salvador, primeiramente gostaria de parabenizar o seu trabalho, que passei a acompanhar faz pouco tempo. É o primeiro comentário que deixo em alguma matéria, e gostaria de saber se as curvaturas no espaço e no tempo provocadas por estrelas massivas no meio do caminho não prejudicariam substancialmente a estimativa da idade dos sistemas encontrados?
Não. Costumamos ter a vista “desimpedida” quando os estudamos. E mesmo que haja essas distorções, chamadas de “lentes gravitacionais”, podemos calculá-las e subtraí-las. Abraço!
É meio difícil de acreditar nisso tudo, porque só nós tenta fazer algo como descobrir se a vida em outros planetas, se a esperança de ter vidas mais inteligente que agente ou iguais a nós, fica a grande pergunta porque eles não tenta fazer o mesmo que agente ficaria mais fácil, eu acho que tem que ter provas mais solidas de tudo isso, esses cálculos de bilhões é numero de mais, eu sei que o universo é imenso eu acredito o que os meus olhos vê. Obrigado .
Quando você puder ter a oportunidade de estudar um pouco de Física e entender como o universo funciona, poderá entender melhor tudo isso.
Concordo com você que é muito difícil imaginar o que seja mil anos, imagine um milhão ou um bilhão de anos, mas esses períodos de tempo transcorreram, de fato, desde o início desse nosso universo, é coisa medida e comprovada.
Eu, como faço parte de uma consciencia pós moderna nao consigo pensar em nada por mais de duas horas quanto mais em milhoes de anos luz, isso nao passa de uma terrivem utopia.
Sinto muito, mas não é. Se existe o intervalo de um ano, de décadas, que vivenciamos, de séculos e milênios que nossa História registra, porque não haveria um bilhão de anos, ou 13 bilhões? A idade desse nosso universo é fato comprovado, não é questão de crença.
Não é mesmo. A idade do Sistema Solar é datada com base em parâmetros muito bem conhecidos, como o decaimento de certos elementos radioativos.
“…apenas mais um exemplo da obsessão criativa do cosmos.” . Prezados sou fã deste blog. mas, essa última afirmativa, não seria melhor substituir pela palavra DEUS!
Não, não seria. O Cosmos eu sei que existe. Deus, já não posso dizer que sim com a mesma confiança. 😉
Caro Salvador, admiro seu blog e sempre leio seus artigos, afinal já fui um pretenso candidato a astronauta, quando criança, claro. Cheguei até a fabricar meus próprios foguetes e, quando o último deles explodiu, só não parti para uma melhor porque Deus não quis me receber naquele momento. Entendo que fica bem difícil àqueles que olham nosso mundo mais pelo lado científico, do tipo “prove”, se abrirem para outra possibilidade, a espiritual. E aqui, confesso que quanto mais leio a respeito do universo, mais me convenço sobre a impossibilidade de tudo que nele há – incluídos nós, pobres criaturas – ter sido gerado com toda essa perfeição, sem a interferência de alguém superior, alguém com capacidade para pensar e agir, em tudo, nos menores detalhes. Precisaria ter fé, muito mais fé, para acreditar somente no mero acaso. Forte abraço.
Thales, não acho impossível que o Universo tenha um criador. Só acho impossível testar essa hipótese. Por isso não pode fazer parte da ciência.
Para a Ciência, só existe de fato aquilo que é comprovado. Enquanto não se provar que existe um ou mais deuses, ele, ou eles, não existem.
Esse é o problema, Thales. Deus é questão de Fé, não de Ciência.
O Luís Fernando Veríssimo concordaria com o Salvador…
Owned.
João Patrício, mais do que ninguém, a Ciência existe para procurar Deus. Não aquele Deus infantil do “Faça-se-a-luz-e-fez-se-a-luz””, mas o Deus real que nem o Papa conhece ainda. Se você quiser, leia o que o Salvador escreveu acima, sob o título “NÃO BASTA A RECEITA”, 2º e 3º parágrafos, e terá uma pequena idéia de como Deus construiu o universo. A Ciência começou a procurar Deus começando com a matéria palpável, prosseguindo com o invisíveis campos gravitacional e eletromagnético, as partículas subatômicas, etc, e está agora chegando na matéria escura. E prosseguirá até chegar na origem de tudo, ou Deus. Um Deus muito diferente do velhão barbudo e raivosíssimo retratado no teto da Capela Sistina
Discordo. A ciência não existe para procurar Deus. Na melhor das hipóteses para os que acreditam, ela procura compreender o Universo que Ele concebeu. Mas Deus nunca será passível de estudo pela ciência.
a ciência não se preocupa com deuses, mas tudo que já se observou não tem nada de divino ou mostra um controle rígido que se poderia esperar de deuses no comando. É o caos que domina.
ficar enfiando deuses em tudo só prejudica a cabeça da pessoa por forçar uma solução simples em um problema aparentemente complexo, mas veja só, vocês usam a informática para debater e nem precisaram de deuses para ter vontade em fazer. Se o problema parece complexo, estude-o mais e verá que a solução é menos endeusada do que imaginava.
veja que, pela descoberta desse planeta, um alienígena de um lugar tão antigo e com tecnologia muito a nossa frente pode ser confundido com um deus, se você mostrar uma lanterna a pilha para um homem das cavernas ele vai lhe endeusar e até, quem sabe, lanchar você, naquela velha ideia de absorver o seu poder comendo o deus.
hehehe, nem sempre é vantajoso dar uma de deuses.
por isso a matéria do paradoxo de fermi é importante, debater a que ponto a evolução pode levar uma civilização e por que não se apresentam?
sobre o paradoxo de fermi: sem esquecer de mencionar esses sistemas mais antigos que trazem a entender que não são tão raros como se imaginava. E quanto da porção de estrelas da nossa galáxia estamos tentando observar, quanto ainda não se pode ver etc.