Os planetas mais antigos do Universo
Astrônomos usando dados, adivinhe só, do telescópio espacial Kepler, da Nasa, fizeram mais uma descoberta extraordinária. Eles encontraram o mais antigo sistema planetário de que se tem notícia, com cerca de 11,2 bilhões de anos.
É verdade que a margem de erro é do naipe “ibope” — 1 bilhão de anos para mais ou para menos. Ainda assim, é um sistema muito antigo, concebido numa época em que o Universo era bem jovem. E os planetas são rochosos, como a Terra, o que nos dá a confiança de que astros favoráveis ao surgimento da vida têm sido criados há muito, muito tempo no cosmos. Compare os 11,2 bilhões de anos do sistema Kepler-444, recém-descoberto, aos 4,6 bilhões de anos do Sol e sua família de planetas. É quase o triplo.
Trocando em miúdos: a vida pode ter florescido em nossa galáxia muito tempo antes que nosso planeta sequer existisse. Mas não em Kepler-444, que fique claro. É um sistema para lá de complicado, e todos os planetas são quentes demais para abrigar água líquida e vida como a conhecemos.
VAMOS ATÉ LÁ?
Normalmente, muitas pessoas reagem negativamente às distâncias interestelares. “De que adianta descobrir esses planetas se não podemos ir até lá?” É bem verdade que ainda não sabemos nem como viajar até a estrela mais próxima, a meros quatro anos-luz de distância, num tempo inferior a dezenas de milhares de anos. Mas para muitas pessoas a imaginação, estimulada pelo conhecimento, já ajuda a transpor os vastos vazios que separam as estrelas.
Você é uma delas? Façamos, pois, uma visita virtual a esse sistema, localizado a modestos 120 anos-luz de distância, na constelação de Lira. A primeira coisa que notaremos ao nos aproximar é que Kepler-444 não é um sistema de uma estrela solitária, como o Sol. Notaremos, como fez a equipe do astrônomo português Tiago Campante, da Universidade de Birmingham no Reino Unido, ao realizar observações posteriores com telescópios em solo, que há uma segunda estrela, menos brilhante, em torno do astro principal.
Verificando a separação aparente entre elas, os computadores de bordo de nossa espaçonave virtual nos informam que a menor deve estar girando em torno da maior a uma distância relativamente grande, completando uma volta a cada 430 anos, aproximadamente.
Mas conforme nossa distância do sistema diminui, temos mais uma surpresa. O astro menor não é uma estrela, mas duas — duas anãs vermelhas, bem menores e mais frias que o Sol. Elas giram em torno de um centro comum enquanto avançam juntas ao redor do astro maior, uma anã laranja, apenas ligeiramente menor que nossa estrela-mãe. Tudo isso nós descobrimos ao analisar a luz vinda desses astros, que revela sua temperatura e seu tipo espectral.
Partimos então para uma análise mais sofisticada do espectro da estrela principal. Ao detectar pequenas vibrações internas, que se refletem em sutis alterações de brilho na estrela — algo que o astrônomo brasileiro Eduardo Janot, da USP, gosta de chamar de “estelemotos” — os pesquisadores puderam estimar a idade (a técnica é conhecida como “asterossismologia”). E aí chegaram aos 11,2 bilhões de anos.
Seguindo em frente, avançamos até as proximidades da estrela maior e lá encontramos nosso tesouro: cinco pequenos planetas, todos rochosos e menores que a Terra. O menor deles é o mais interno, Kepler-444b, que completa uma volta em torno de sua estrela em apenas 3,6 dias terrestres. Ele tem o tamanho aproximado de Mercúrio, o menor dos planetas do nosso Sistema Solar, mas é bem mais quente, pois está bem mais próximo de sua estrela. Aliás, todos os cinco planetas caberiam num círculo com um quinto do tamanho da órbita de Mercúrio — é o que os astrônomos chamam de um sistema altamente compactado. O segundo planeta completa uma volta em 4,5 dias, o terceiro em 6,2 dias, o quarto em 7,7 e o quinto em 9,7. O maior é o último, com cerca de três quartos do diâmetro da Terra.
Embora sejam inabitáveis, eles trazem uma confirmação importante — os ingredientes básicos para a formação de planetas como a Terra já existiam 11 bilhões de anos atrás.
NÃO BASTA A RECEITA
Esse é um dos grandes enigmas da astronomia dos exoplanetas — quando eles começaram a se formar? O drama é que, no princípio do Universo, 13,8 bilhões de anos atrás, só havia três elementos químicos: hidrogênio, hélio e uma pitada de lítio.
Com esse trio, já dava para fabricar estrelas — grandes bolas de gás que convertem hidrogênio em elementos mais pesados por fusão nuclear –, mas não planetas — que exigem átomos mais pesados, como carbono e oxigênio. Para que mundos como o nosso pudessem existir, primeiro as estrelas primordiais tiveram de “construí-los” em suas fornalhas internas e depois semeá-los pelo Universo, principalmente por meio das explosões violentas conhecidas como supernovas.
Espalhados pelo espaço, esses estilhaços atômicos acabaram semeando nuvens de gás que formariam outras estrelas. E o processo seguiria adiante, gradualmente tornando o Universo um lugar com maior variedade química. Mas em que momento exatamente já havia concentração suficiente de elementos pesados para o surgimento de planetas rochosos?
Essa é a importância do novo achado — ele empurra ainda mais para trás esse momento de transição. Já conhecíamos alguns sistemas planetários com idade estimada em coisa de 10 bilhões de anos (Kepler-10 e Kapteyn, para citar dois exemplos), mas o Kepler-444 parece ser ainda mais antigo.
“A descoberta de um sistema antigo de planetas de tamanho terrestre em torno da estrela Kepler-444 confirma que os primeiros planetas se formaram muito cedo na história da galáxia, e com isso ajuda a determinar o início da era da formação planetária”, escrevem os pesquisadores, em artigo publicado ontem no “Astrophysical Journal”.
Para o Mensageiro Sideral, a descoberta representa mais um triunfo do princípio copernicano. Inspirado originalmente pela constatação de Copérnico de que a Terra estava longe de ser o centro do Universo, e em vez disso era apenas mais um planeta a girar em torno do Sol, consolidou-se a noção de que não há nada de especial sobre nosso mundo que o torne melhor ou mais interessante que outros espalhados pelo Universo.
A descoberta, nos últimos anos, de que planetas similares em composição à Terra e com níveis de radiação similares existem em grandes quantidades foi mais uma confirmação desse princípio. E agora vemos que nem mesmo numa época especial nós vivemos. A vida pode ter emergido pela primeira vez no Universo vários bilhões de anos antes que nosso planeta tenha sequer nascido. Não somos únicos. Somos, em vez disso, apenas mais um exemplo da obsessão criativa do cosmos.
A grandeza do Cosmo é tão fascinante, que da pena de não poder viver o bastante para compreende-lo.
Vem ni mim James Webb! Já pensou o que poderemos ver quando for lançado ??
Hehe, tou ansioso também!
O Salvador vai ter que escrever 3 posts por dia depois do JW em ação.
Bom dia, Sou seu admirador e aficcionado em astros, Ovnis e grandes descobertas. Parabéns pelo seu esforço em informar os terráqueos que não sabem porque vivem.
os caras falam em bilhões de anos, como se fossem dias. Sinceramente não acredito que o universo seja tão antigo assim. Qual a distância da Estrela mais longe conhecida ? se for mais de 13,8 bilhões de anos, ai fica incoerente.
Não é. 😉
O universo tem 13,7 bilhões de anos-luz, mas ele não está estático, ocorre que o universo está em expansão.
Veja se ele está em expansão, então quando a luz viajou por 13,2 bilhões de anos, o caminho que ela percorreu é diferente de 13,2 bilhões de anos-luz; é maior. Por isso vemos coisas a 15, 20 ou 30 bilhões de anos-luz
Não é o cosmo quem cria, é DEUS o eterno criador. Simples assim. Somos anjos interestelares, que como Jesus veio à Terra, poderemos ir a qualquer um desses “mundos”. A criação existia, existe e existirá, sem princípio, sem meio e sem fim. O cosmo existe para a glória eterna do Deus Criador.
Eu não sou um anjo interestelar. Sou um primata da espécie Homo sapiens, com muito orgulho. E tenho meu DNA para provar. 😉
Como pode provar que seu DNA não foi adulterado? Pois saiba que tive acesso e descobri que seu DNA é 94% coincidente com o DNA de um peixe! Prove que você não é um!
Fácil. Basta observar o fenótipo. 😉
Caro Salvador, o que intrigou foi a longevidade dessas estrelas, cujas idades remontam à formação do universo, como vc. nos informou. Poderia tecer comentários à respeito, e, qual a probabilidade de nos depararmos com outras nessa faixa, em relação à média. Grato.
Quanto menor é a estrela, mais tempo ela vive. Essa é um pouco menor do que o Sol, o que explica como ela pode estar brilhando ainda hoje, mesmo sendo tão velha. Nunca encontraremos estrelas maiores que o Sol com essa idade avançada. Mas entre as menores é bem mais fácil. Mesmo gêmeas solares, já conhecemos uma bem velhinha, com 9 bilhões de anos. O tempo estimado de vida do próprio Sol é de cerca de 10 bilhões de anos, dos quais já se passaram 4,6 bilhões.
Semaninha agitada, essa hem? Asteroide com lua, Kepler 444, sombra de ET em Marte..
Uma pergunta: existe a possibilidade de existirem planetas orbitando as anãs vermelhas?
Parabéns mais uma vez pela seriedade do trabalho.
Existe sim. Abraço!
No dia em que tivermos a tecnologia espacial da Jornada nas Estrelas, usaremos o teletransporte e a dobra espacial. Daí tudo será mais fácil.
Prezado Salvador Nogueira
Gostaria de parabenizar seu trabalho diuturno no Mensageiro Sideral.
Numa época em que tão poucas pessoas dão importância a fatos grandiosos como as diversas descobertas de exo-planetas sua insistente e perseverante luta para divulgar tais fatos (e tantos outros) se destaca dentre os demais.
Fica aqui, portanto, meu elogio a seu relevante trabalho.
Luiz Fernando Esteves Martins
Industrial
Governador Valadares, MG
Faltou tocar num ponto intrigante, Salvador:
Estas estrelas são velhas demais! O que as mantém “acesas” depois de 11 bilhões de anos de vida? Elas já não deveriam ter explodido ou apagado, a depender de suas massas?
Elas são menores que o Sol, têm tempo de vida que excede facilmente os 10 bilhões de anos. 😉
A idade das anãs vermelhas também foi medida?
Haveria alguma chance dos planetas pertencerem ao par de estrelas anãs vermelhas e o sistema todo ter sido capturado pela anã laranja?
Provavelmente são tão velhas quanto, uma vez que estrelas de um sistema múltiplo costumam se formar antes. Mas elas não apresentam sinais de asterosismologia, de forma que não deu para calcular sua idade independentemente.
Salvador,
Um sistema planetário com 11 bi de anos num universo com 14 bi, significa, como eu mesmo li, que este sistema surgiu cerca de 3 bi depois do suposto big bang.
Se na origem do universo existiam elementos de até Z = 3, por quantas vezes um sistema estrelar precisaria se colapsar para formar o Oxigênio cuja Z = 8 (pelo menos ciclo de vida de estrela, certo?) ou o Ferro cuja Z = 26?
Nesta linha de pensamento, eu posso concluir que um sistema estrelar anterior existiu antes deste, pois no inicio estrelas com lítio fundiriam átomos de carbono (Z = 6). Assim este sistema tem que ser basicamente de Carbono e lítio e não ferroso como a Terra. Correto?
Agora com isso as coisas ficam mais confusas: O que me parece contra-senso é um sistema de 11 bilhões de anos ser formado de outro que não possa ter passado não mais que 3 bilhões. Sei que estou pensando linearmente como se fosse apenas 1 sistema, mas mesmo pensando que vários sistemas se formando e se destruindo, paralelamente. O tempo parece “pouco” (partindo do pressuposto que tudo ocorre naturalmente e pelos princípios de probabilidade).
Isso resolveria se o universo fosse bem mais velho, ou que as contas da idade deste sistema estivesse erradas. Ou ainda no primeiro ciclo de vida de uma estrela formasse todos os elementos químicos do lítio até o Urânio (Z=92).
Somewhere, como as primeiras estrelas detonaram com poucas centenas de milhões de anos, e futuras supernovas vivem pouco (escala de dezenas de milhões de anos), deu pra enriquecer o Universo suficientemente com elementos pesados para produzir esses planetas com composição não muito diferente da da Terra. Embora, claro, elementos mais pesados devessem ser menos abundantes. Até agora, os astrônomos encontraram uma correlação importante entre metalicidade das estrelas (nível de enriquecimento por metais pesados) e formação de planetas gigantes. Para os terrestres, contudo, eles não viram ainda a mesma correlação. Parece ser mais fácil formar mundos rochosos no princípio do Universo que gigantes gasosos.
Obrigado! Esclarecido!
Nao gostaria de morer sen antes ver um estra terestre nos visitando e trocando esperiencias conosco – seria estraordinario ver isso – bastaria que nos mostrasen de perto uma nave espacial.
Uma coisa boa que os ETs poderiam fazer é nos ensinar o valor da escola e de aprender a escrever.
Eu me pergunto se daqui 6 bilhões de anos, alguma civilização distante vai observar com seus recém criados telescópios o nosso Sol, que vai estar bem maior do que é hoje, então vai sair uma manchete dizendo, descobrimos um sistema solar com planetas rochosos, mas que são impossíveis de abrigar vida. E no outro dia apenas irão apontar seus potentes telescópios para outro ponto do Universo e continuar a busca.
É uma possibilidade. E quando se pensa nisso, dá até um frio na barriga. Quase como estar no meio do oceano, um navio passar buscando um sobrevivente e ninguém te achar.
Seria triste, muito triste!
Sensacional hein Salvador.. fico feliz em viver nesta nova “era dos descobrimentos”. Uma perguntinha: essa descoberta veio da missão K2?
Não, ainda é o velho Kepler. 😉
A cada dia descobrimos algo de novo em relação ao universo, espero que possamos avançar cada dia mais neste mistério que nos assombra e nos inspira e aguça nossa curiosidade.
Salvador, bom dia! Por favor, consegue me dar uma explicação melhor do que seria a quinta dimensão e qual relação a matéria negra tem com ela? Eu acabei pesquisando muito sobre isso ultimamente, li vários artigos e publicações de astro-físicos do mundo inteiro, mas fica uma dúvida. Eles consideram que a matéria negra seria uma fenda milimétrica no espaço em que a gravidade de uma galáxia muuuuito distante escapa e aparece para nós como algo que não tem luz e nem a reflete. Isso seria um princípio de dobra espacial?
Abraços!
Dimensões além das quatro conhecidas ainda são um conceito altamente especulativo. Ninguém nem sabe se existem mesmo. Até agora, zero evidências. Abraço!
Salvador, permita-me fazer uma pergunta a respeito do tempo x distância entre nós e os astros por ai a fora.
Sempre nos seus posts há uma certa ênfase de que não temos como chegar nessas estrelas com a tecnologia que possuímos hoje. Mesmo que tentássemos, demoraríamos dezenas, centenas e milhares de anos para alcançar o nosso alvo (quanto maior a distância, mais tempo. Considerando utilizar a velocidade da luz nas viagens).
Pois bem, na natureza aqui no nosso planeta, há de certa forma uma lógica por trás de todas as coisas. É isso, inclusive, que a ciência tenta desvendar.
Posto tudo isso, existe uma razão para que a nossa vida na Terra, como ser humano, dure 100 anos aproximadamente?
Se temos distâncias interestelares tão grandes, qual a razão (se é que existe de fato) para que vivamos tão “pouco”?
Eu sei que tem toda a parte evolutiva, mutações, etc, mas há espécies que vivem muitos anos, certo? Por que a nossa não poderia viver uns 500 anos, por exemplo? Seria tempo suficiente para que grandes pensadores pudessem descobrir mais coisas.
Espero que tenha entendido o raciocínio.
Parabéns pelo blog e obrigado pela paciência em ler até aqui 😀
Parece haver uma correlação (não exata, claro) entre metabolismo e tempo de vida. Quanto mais acelerado é o metabolismo, mais rápido você acumula radicais livres nas células e mais depressa você envelhece (mesma razão pela qual o estresse desgasta a gente). Assim, uma tartaruga, vivendo naquele ritmo modorrento, pode viver muito mais tempo que nós, humanos agitados, basicamente macacos que desistiram de subir em árvores. Pelo mesmo motivo, você envelheceria devagar se conseguissem colocá-lo em um estado de hibernação, com o metabolismo muito baixo. Então, não vejo nenhuma relação entre as distâncias interestelares e nosso tempo médio de vida. 😉
Interessante.
Comecei com esse raciocínio e cogitei a possibilidade de que se existe uma razão para existirmos, então essa razão não quer que possamos ir tão longe no universo (a não ser que exista os tais atalhos).
Enfim, é mais daqueles pensamento “E se…” e dai a viagem começa 😀
Obrigado pela resposta!
” Não somos únicos. Somos, em vez disso, apenas mais um exemplo da obsessão criativa do cosmos.”
Perigosa essa frase…
Por quê?
Eu pensei que fosse pipocar de religiosos aqui
Fail
E os planetas são rochosos, como a Terra, o que nos dá a confiança de que astros favoráveis ao surgimento da vida têm sido “””criados”””” há muito, muito tempo no cosmos.
A fraseologia vai mudando aos poucos… tempos atrás a palavra em aspas teria sido “surgidos”.
Não surte. Criar não precisa ser um ato intencional. Você, por exemplo, adora criar confusão. Mas quero crer que não seja intencional. 😉
owned
Salvador, sou seu fã. Gosto de assistir uma série que passa no Discovery, Encontros com Alienígenas. Sempre que assisto me lembro de seus comentários, por sinal o episódio de hoje falava sobre um planeta próximo da Terra. Um abraço.
Me perdoe, mas quem acompanha e gosta de astronomia não tem porque levar a sério essa história de encontro alienígena. A Astronomia cresce e se fortalece com a aplicação da Física pura, disciplina que não considera exequível viagens interestelares como se fossem pulinhos em que visitamos um lugar ou outro.
Salvador,
Texto fantástico! Muito didático, e com uma linguagem simples e acessível! Parabens!
MAIS UMA VEZ, SENSACIONAL DR.SALVA.
Universo era jovem…A Teoria da criação do Universo, ou daquilo que sempre existiu, pois do nada não sai nada, muito menos Big Bang, pois não há formações de átomos do nada ou qualquer partícula, é ridículo. Típico de quem tem a limitação da necessidade de uma “criação inicial”. O sempre, é algo que a Ciência não compreende, mas o que se disse há muito tempo atrás, Nada se cria nada se perde, tudo se transforma é uma pista pequena…
Salvador,
parece que os “primeiros anos” do universo foram de formação e explosão constantes para que as estrelas dessem origem aos demais sistemas e objetos conhecidos. Existe alguma estimativa se esse processo ainda acontece com a mesma frequência hoje? As estrelas tinham um ciclo de vida menor?
O ciclo de vida da estrela depende do seu tamanho. E, grosso modo, sempre foi assim.
Realmente o achado possui grande valor cientifico, colocando cada vez mais pra trás a formação de planetas rochosos. Porém isso não significa que todos os elementos essenciais a vida já existiam. Mas realmente podemos ver que de único, possivelmente nao tenhamos nada.
PARABÉNS CARA!!!!
SUAS POSTAGENS SÃO MUITO BOAS!!!!!
Não estamos só, em algum lugar do universo, existe vida, Mais 10 ou 15 anos vamos ter surpresas,,…Abraços!,..Salvador!…
duvida .. se é que este espaço pode ser utilizado para tal .. pois se os objetos que o telescopio captou era oque havia la quando a luz foi emitida .. como saber agora
Bom dia!
Primeiramente parabéns pela belíssima matéria, como sou leitor assíduo do Mensageiro sideral, sempre leio termos em que se fala ” a luz de tal estrela demorou 4,5 anos-luz para chegar até nós, ou seja, tal estrela estar a uma distância de grande, mas no passado ou no futuro?
Se me permite, tudo o que vemos já foi. A imagem é formada por fótons que “levam” a imagem até seu olho. Os fótons (luz) tem uma velocidade finita e portanto quanto mais longe estiver o objeto no espaço, mais distante estará no passado. Exemplos: se o Sol apagasse agora, você só saberia daqui a oito minutos; se a estrela vizinha colapsasse enquanto escrevo este comentario, perceberíamos o fenômeno daqui a quatro anos mais ou menos.
Olá.
Esta descoberta não motiva uma revisão da equação de Drake?
AAM
Creio que não. Até porque a equação de Drake leva em conta as civilizações que existem hoje, e isso depende fundamentalmente do tempo de vida médio de uma civilização…
Acho que a equação de Drake não contempla o número de possíveis Luas habitáveis. Ou sim?
Não!
este pessoal de faculdade estão achando planetas demais agora é um tal de kepe não seria melhor descobrir o nosso e que foi o matematicos que contou com os dedos humanos estes 400 bilhões de anos começaram a contar do 1 23456 não estaria na hora de descobrir o que voces estão fasendo ai estudando eu sei que não é e descobrindo agora kepe ai é que ficou pior.
E novamente o mesmo blá blá blá, Planetas que fazem órbitas em 10 dias, quando é que vão “achar” os planetas similares ao do sistema solar, que fazem órbitas em 250 / 300 anos, ou até mesmo 1 ano, não só “acham” os que fazem em 10, 20, 30 dias, tá na cara que esse sistema de “encontrar” planetas” é falho.
Já acharam. Tem vários planetas com período orbital de 10 anos ou mais. Mas esses precisam ser observados por 10 anos para ser detectados, então você imagina que a amostra atualmente seja bem menor. Por outro lado, em 10 dias vocês consegue ver esse sistema Kepler-444 inteiro. Então dá pra entender porque, por viés de observação, tendemos a encontrar os sistemas compactos com mais frequência que os mais parecidos com o nosso. Mas esse quadro deve mudar em breve. Com as câmeras para ver planetas gigantes, veremos vários em órbitas alongadas. A observação direta não exige que os planetas completem uma volta inteira para confirmar a descoberta, então isso facilitará a localização de sistemas mais expandidos. A natureza é mais criativa do que esperávamos, é só isso. 😉
Melhor exemplo que a teoria de Copérnico, é a teoria da gravitação de Newton, já que esse conhecimento foi usado por astrônomos no séc. XIX para prever a existência de Netuno. Esse planeta foi previsto antes de ser descoberto. Leva esse nome em homenagem à Izac Newton. Motivo de grande comemoração pela comunidade científica da época.
Einstein deveria dar nome a uma galáxia então! Pois sua descrição e legado sobre a gravitação é insuperável – até agora.
“Há muito tempo, numa galáxia muito muito distante…”
E se formos os únicos e, a terra tenha sido um modelo para, a partir dela, termos a incrível e infindável tarefa de terraformar e, replicar a vida, em sua diversidade, em todos os mundos ordenados no cosmos? Legal né!
Melhor exemplo que a teoria de Copérnico, é a teoria da gravitação de Newton, já que esse conhecimento foi usado por astrônomos no séc. XIX para prever a existência de Netuno. Esse planeta foi previsto antes de ser descoberto. Leva esse nome em homenagem à Izac Newton.
Salvador, como sempre seu artigo é ótimo, mantém o leitor querendo mais. Agora vou buscar mais a fundo sobre o assunto: sua coluna sempre funciona como um “gatilho intelectual” para que eu faça uma pesquisa sobre o assunto. Por favor, continue com seu ótimo trabalho. E muito obrigado por difundir de forma excelente as novidades do campo da Astronomia; fico aguardando a cada semana pela sua coluna.
Valeu!
e eu que estou aqui desde o principio no universo.
De fato, sim, os seus fragmentos estão.
Antes eram meros bosons, que se juntaram e viraram matéria. Ai muitas explosões cósmicas formaram os elementos. Por sua vez se juntaram para formar a Terra. Nesta Terra, algumas moléculas fizeram uma insurreição e se tornaram orgânicas. Entre infindáveis ciclos, se organizaram em organismos. Entre outros infindáveis ciclos, estes organismos se rearranjaram e se readaptaram e formaram o que dizem que somos.
Esta é a estoria da vida. Duro é acreditar que isso é verdade.
Os estudos e as análises que os cientistas, astrônomos e quaisquer outros que estudam o universo, trazem para todos apenas curiosidades, dando-nos informações imaginativas e sem nenhum conhecimento do aparecimento da vida na Terra. De qualquer forma louva-se o trabalho de todos para se conseguir alguma informação mais concreta.
Bom dia!
Apenas uma reflexão… se não tivesse nada de especial sobre nosso mundo que o torne melhor ou mais interessante que outros espalhados pelo Universo já teriamos encontrado várias “Terras” dentre esse monte de planetas já descobertos… Comum são planetas gasosos, muito quente ou muito frio, isso sim!! Acredito que existam outras planetas similares sim, mas imagino como encontrar um Antílope Branco(exemplo), vc ‘sabe’ que em algum lugar tem por ai, mas que é dificil encontrar é, extremamente raro, e isso o torna especial, a diferença é que o animal já o vimos, a “outra” Terra, quem sabe nos proximos anos, talvez seja questão de tempo, só espero estar vivo para presenciar tal descoberta! Ótima matéria! abs
Espetacular essa descoberta! Aliás mais uma de muitas que estão por vir! Quem sabe a vida tenha evoluído em outros mundos e tenha chegado a algum avanço notável! Nesta descoberta vemos que o pouco que sabemos sobre o Universo em que vivemos, como explicar a criação destes planetas tão próximos da origem do Big Bang?
Parabéns pela redação. Excelente texto.
Muito bom mas os extra terrestres só veremos se eles aceitarem pois vem aqui e não conseguimos nos comunica! Não entendemos sua inteligência mas eles estão estudando a nossa pode crê.
Parabéns pela matéria, como sempre espetacular !
MAIS UMA VEZ…. PARABÉNS SALVADOR, SUA FORMA DIDÁTICA DE INFORMAR ME SURPREENDE CADA DIA MAIS E SÓ AUMENTA MINHA PAIXÃO POR ASTRONOMIA….!!!!!!
Agora me digam, Deus é perfeito na sua criação ou não é ?
Se foi criação Dele, tenho de admitir que foi bem feitinha sim. rs
Grande Salvador, sempre com matérias interessantes.
Sabe se lá o que tem universo afora, mas, de qualquer maneira eu creio que levará milênios para se “visitar” certos planetas. Sabemos que uma viagem interplanetária só é possível se feita com outro tipo de locomoção. É de se imaginar que, se há vida inteligente próxima da terra, e somos visitados por eles, certamente possuem tecnologia muito além do que podemos imaginar. Nas visões de Ezequiel, ele retrata um objeto de metal brilhante com muitos detalhes. Enfim, nós que somos apaixonados por estes assuntos teremos que esperar algumas centenas de anos para que possamos entender melhor os mistérios criados por Deus.
Caro Salvador. Alguns meses atrás comentei algo parecido. Considerando que a vida está presente em alguns planetas no Universo (que são alguns trilhões, logo 0,1% habitado já seria muita coisa) qualquer civilização que esteja a meros, digamos, 10.000 anos terrestres na nossa frente já seria muito, mas muito mais evoluída tecnologicamente. Este período é irrelevante no tempo do universo mas muito significativo para nós. Desta forma, é possível sim que estejamos sendo “visitados” e com nossos equipamentos “primitivos” somente podemos detectá-los casos eles queiram. O que você acha?
Acho perfeitamente possível. O drama é que não podemos aceitar a existência de coisas que não conseguimos detectar… mas essa seria uma possível explicação para o paradoxo de Fermi.
uma matéria sobre o paradoxo seria interessante, abrindo a discussão para cada ponto e revisando-o.
bacana!
A única coisa que a humanidade tem a seu favor, é a sua inquietação… Seu desejo por conhecimento e sabedoria! No campo da ciência estamos no caminho certo!
Parabéns pelo ótimo trabalho do Mensageiro Sideral.
Concordo! Abraço!
otimo texto! e… eu confesso q antes de acompanhar diariamente (quando vc posta diariamente..rs) seu blog, tb pensava nesse lance de q “ta muito longe…nada a ver!”… mas com o seu conhecimento, esclareceu muita coisa pra nozes leigos!
abraçao Salvador!