Vão-se os anéis, ficam as luas
O Universo não é só mais estranho e belo do que imaginamos, mas do que conseguimos imaginar. É a única conclusão possível ao ler sobre o novo trabalho de uma dupla de astrônomos do Observatório de Leiden, na Holanda, e da Universidade de Rochester, nos Estados Unidos. Eles estão estudando um sistema de anéis fora do Sistema Solar que deixa o do nosso glorioso Saturno no chinelo. Para que se tenha ideia do diâmetro do negócio, ele é um pouco maior do que a distância entre a Terra e o Sol.
A descoberta em si foi feita em 2012, por um dos autores do novo trabalho, Eric Mamajek, da Universidade de Rochester. Ele analisava o brilho de uma estrela monitorada pelo projeto SuperWASP, que tem por objetivo descobrir planetas como Júpiter ou Saturno — gigantes gasosos — cruzando à frente de suas estrelas. O trânsito funciona como um minieclipse, reduzindo momentaneamente o brilho do astro central. Mas não foi exatamente isso que a coleta de dados do projeto registrou entre abril e maio de 2007 na estrela 1SWASP J140747.93-394542.6 (não tente decorar esse nome; até mesmo os cientistas usam apenas J1407 após a primeira menção).
O que eles viram foi uma série sequencial de eclipses profundos que durou um total de 56 dias. Nenhum planeta poderia produzir um efeito como esse. Mas uma análise cuidadosa mostraria que esse seria exatamente o resultado observável se um vasto sistema de anéis cruzasse à frente da estrela.
O novo trabalho, aceito para publicação no “Astrophysical Journal”, faz uma modelagem detalhada de como seria esse sistema. Ele teria nada menos que 37 anéis, com um diâmetro total de cerca de 180 milhões de quilômetros, umas 200 vezes maior que o sistema de Saturno. Um jeito bacana de visualizar o tamanho disso é imaginar como o nosso “Senhor dos Anéis” seria visto da Terra, a olho nu, se tivesse todas essas joias. E aqui está o resultado.
O que dizer do astro central desse sistema de anéis? Esse é um problema bem mais difícil, porque esse objeto em si não passou à frente de sua estrela. Mamajek e seu colega Matthew Kenworthy, do Observatório de Leiden, fizeram o máximo possível para tentar estimar a massa dele, mas a única coisa que se pode afirmar é que ele deve ser ou um planeta gigante ou uma anã marrom (objeto de porte intermediário entre estrelas e planetas).
AS INCERTEZAS
O mais provável é que esse mundo, batizado de J1407b, esteja numa órbita elíptica bem achatada em torno de sua estrela-mãe, em si muito parecida com o nosso Sol, mas bem mais jovem que ele (16 milhões de anos, contra 4,6 bilhões de anos). Se isso estiver certo, ele completa uma volta em torno da estrela num período mínimo de 10 anos (e o mais provável, segundo os pesquisadores, seria 13,3 anos).
Contudo, como somente uma passagem foi observada, há ainda muita incerteza sobre isso. Existe até mesmo a possibilidade — muito pequena, é verdade — de que o trânsito tenha sido apenas uma curiosa coincidência, e o mundo dos anéis gigantes nem esteja de fato em órbita de J1407.
O único meio de testar é esperar o próximo trânsito. Como o primeiro aconteceu em 2007, e a órbita mínima seria de dez anos, podemos começar a esperar por ele a partir de 2017. (Pelo sim, pelo não, o monitoramento já começou.)
A única certeza até agora é a de que o sistema de anéis gigantesco existe mesmo, nesse estranho objeto localizado a 433 anos-luz de distância. E, a exemplo do que acontece nos anéis de Saturno, há um “vão” maior, que os cientistas atribuem à formação de uma lua quase do tamanho da nossa Terra. Ela completaria uma volta em torno de J1407b a cada dois anos terrestres.
Os pesquisadores acreditam que esses anéis gigantescos sejam temporários, parte do processo que leva ao surgimento de luas em torno de planetas gigantes. É bem possível que os mundos gasosos do nosso Sistema Solar também tenham tido essas estruturas no passado remoto. Hoje, 4,6 bilhões de anos depois, sabemos que Júpiter, Saturno, Urano e Netuno têm anéis. Mas o único sistema realmente notável é o saturnino.
Tão incríveis quanto as maravilhas do Universo são os esforços detetivescos dos astrônomos para decifrá-los, observando de um pequeno e obscuro canto de uma galáxia espiral comum, em meio à inimaginável vastidão do cosmos.
Salvador, para deslocarmos para regioes da terra muito distantes, como japao, nova Zelandia,nao seria melhor subir com uma aeronave ate um ponto em que na hora que estes paizes estive no alvo na nave
era so descer e pronto !!! mas rapido e economico kkkkk
Mais rápido, sim. Econômico? De jeito nenhum. rs
xixa, essa sua pergunta parece a piada do português…. que termina com ele acreditando que o avião teve de brecar forte para poder pousar antes que o aeroporto passasse.
Você parte de um princípio errado, de que a atmosfera está parada e somente a Terra gira.
é uma boa idéia!! quando o sol começar a se por hoje, vou começar a correr para OESTE atrás dele! assim vou poder prolongar o por do sol pelo tempo que eu quiser! 😀
Salva, vc já disse que viagens de uma galáxia pra outra seriam extremamente complicadas. Mesmo assim, acredita que:
uma provável civilização em algum canto do universo com já 1bilhão de anos de existência, ainda te parece absurdo que eles não tenham desenvolvido alguma coisa pra viajar por aí ? 🙂
Viajar entre as estrelas, sim. Entre galáxias, hmm, sei não.
Tenho a mesma opinião que você, Salvador, mas quando tento compartilhá-la em sites sobre ufologia, logo sou bombardeado com críticas. Ufologia hoje em dia parece religião.
Não deixa de ser.
Dobra espacial seria finita então?
J1407b, o planeta de SAURON 😛
Bom dia Salvador, parabéns pela matéria. Por falar em lua você já viu isso? http://www.apolo11.com/spacenews.php?titulo=Novo_estudo_revela_que_a_Terra_nao_precisa_da_Lua&posic=dat_20150128-110228.inc
Até que ponto essa pesquisa é confiável?
A pesquisa é confiável, mas o tema é controverso. A verdade é que ainda não temos convicção da importância da Lua para o surgimento e a manutenção da vida. Desconfio que, como os estudos mais recentes sugerem, não muita. Mas há quem discorde.
Salvador, uma curiosidade, pode ser boba mas que todo leigo que se interessa pelo assunto deve ter rsrs
1- Pra se ter esse tipo de estudo os caras colocam esses telescopios ultramodernos apontados para um pontinho da imensidão do universo, esta certo?
2 – Mas como decidem para onde apontar, visto que pra todo canto pode ter o que estudar/analisar?
3 – O telescópio fica por dias/meses/anos ‘parado’ apontando somente para esse ‘canto’?
4 – A rotação da terra não prejudica o monitoramento?
Obrigado!!
Para observar trânsitos, é preciso apontar um longo tempo para uma mesma região, mas você pode ir rotacionando entre várias regiões — como faz agora a missão K2, sucessora do Kepler. O critério de escolha das regiões do céu estudadas é baseada no que se conhece delas. A rotação da Terra não ajuda, mas dá para você bolar uma estratégia de observação que contorne isso.
Bom dia Salvador
Fico imaginando a força gravitacional desse planeta para manter esses aneis a tao absurda distancia. É quase impossivel mensuar essa força.
Abs!!
Uma coisa que nunca entendi: se são detritos e pedaços de rocha e gelo, por que a gente enxerga anéis quando olha diretamente (seja para Saturno ou esse novo sistema)? Se fosse uma exposição prolongada, tudo bem, faria sentido. Mas quando olhamos para planetas, não vemos rastros.
Porque há pouco espaço entre os detritos.
É IMPRESSIONANTE COMO ESTAMOS CADA VEZ DESCOBRINDO NOVOS MUNDOS, EXOPLANETAS, MAS AINDA ASSIM FICA AQUELA VELHA QUESTÃO: SERÁ QUE ESTAMOS REALMENTE SOZINHOS??? SEI NÃO.
Que fantástico! boa matéria. Até pesquisei e quem quiser saber qual estrela, aqui as coordenadas: 14 07 47.925 -39 45 42.72 , próxima a constelação de centauro.
Mas e quanto ao anel gigante que circunda Saturno descoberto com a ajuda do telescópio Spitzer em 2009? É correto que tem 36 milhões de quilômetros de diâmetro? Se este valor for correto, então o sistema do J1407 é 5 vezes maior que o de Saturno e não 200.
Rogério, eu dificilmente consideraria esse imenso novo anel como parte do sistema de anéis internos. Ele está inclinado num ângulo de 27 graus com relação aos outros e é muito, muito tênue, pouco denso. Segundo os cientistas, as partículas que o compõem estão tão separadas que, se você estivesse dentro do anel, nem perceberia!
Salvador, você deveria ter uma coluna diária na Folha e umas três colunas diárias no Uol. Adoro suas colunas.
Uma dúvida: você disse que existe a possibilidade de “que o trânsito tenha sido apenas uma curiosa coincidência”, mas se este planeta não estiver orbitando J1407b ele estará orbitando o quê?
Seria um planeta sem estrelas? (se é que isso existe)
Sim, ele pode ser um planeta errante, ou uma anã marrom errante, sem orbitar outra estrela. Aliás, anãs marrons em geral nascem como estrelas, não como planetas. Não seria incomum ela estar sozinha.
Queria viver mais mil anos para poder presenciar tudo o que ainda será descoberto e não conseguirei ver …
Entendo sua vontade, mas isso nunca acabará. Quem viveu há mil anos atrás, gostaria de estar hoje. Se você estivesse daqui há mil anos, gostaria de estar outros mil a frente, ou seja… cada um no seu tempo rs
São coisas como essa que me faz pensar que maravilhas poderá existir nos céus de outros mundos fora do Sistema Solar. Talvez o nosso maravilho céu noturno seja apenas uma obra vulgar perto de alguns outros mundos de beleza impar.
Penso, logo existo !!! É Relevante nosso universo !!!
Caro Salvador, abateu sobre mim uma dúvida, foi mencionado que este sistema planetário tem aproximadamente “apenas” dezesseis milhões de anos, nesta situação, pode este sistema de anéis ser um disco protoplanetário gigantesco?
Lunático, ele é bem menor que um disco protoplanetário. Está mais pra disco “protossatelital”. rs
Entendo, mas creio que me expressei muito mal na pergunta, imaginei a possibilidade do conjunto inteiro, sistema de anéis e planeta, ser um grande disco protoplanetário, existe essa possibilidade?
Então, te respondi. Os anéis são grandes comparados com os de Saturno, mas pequenos se comparados a um disco protoplanetário.
Me expressei mal de novo, na verdade me confundi e quis dizer protoplaneta.
Quanto aos seus artigos, caro Salvador, todos são sensacionais, não perco um.
O que eu queria aqui na verdade é fazer duas perguntas:
1- Você poderia explicar como se usa as Variáveis Cefeidas para determinação de distâncias estelares?
2- A expansão do Universo está mesmo acelerando?
1- Como as variáveis cefeidas guardam uma relação importante entre o período de pulsação e o brilho, é possível tratá-las algo como “velas padrão”. Você sabe quanto deve brilhar, intrinsecamente, uma variável cefeida com um tal período de pulsação. Comparando o brilho observado com o brilho calculado com base na pulsação, você pode estimar a distância.
2- Sim, há várias evidências de que a expansão do Universo esteja se acelerando, a começar pelo estudo de supernovas que, de acordo com o brilho, deveriam estar mais próximas do que na verdade estão.
QUANDO O PETTÊ CHEGAR LÁ NAO RESTARÃO MAIS ANEÍS . . . !!!
“JOSE comentou”… também aqui esse comentário de maria-vai-com-as-outras? Cara, se enxergue! Esse espaço é para alfabetizados.
Qual é o problema com o comentário dele? Eu sou mestrado em ciências econômicas em Paris, e acho o comentário dele pertinente. Estamos vivendo um saque sem precedentes do nossos gestores públicos. Eu assino embaixo: se pudesse o governo brasileiro roubaria todos os anéis, sim!
O problema do comentário dele é querer trazer discussão politica para um blog de ciências e astronomia.
Um “mestre em ciências econômicas em Paris” deveria saber.
O Comentário dele só é menos impertinente que o seu e, além do quê, ninguém perguntou seu currículo, que não é lá grande coisa pra ninguém, apenas para a sua vaidade idiota, já que não permite saber a diferença entre ciência e política-partidária. A exposição de seu “mestrado” não o torna melhor do que ninguém para comantar aqui. Escatológico…….
RicardoR, o espaço aqui é sim para ciência e astronomia, brincar com isso é direito de todos aqui, além do mais o clima politico do país está mesmo uma droga.
Claudinho, tenho peninha de vc por ter se incomodado com o meu mestrado. Saiba que estou fazendo doutorado na UK. A inveja é uma droga mesmo. Mas adoro ver gente como vc se lixar com isso… kkk
Acho importante informar que a primeira figura é uma concepção artística. Tem gente que vai achar que é foto…
Verdade. Mas é uma concepção artística que representa de forma acurada os 37 anéis e suas dimensões. Ou seja, é o mais perto que se pode chegar de uma imagem sem ir lá tirar uma foto. 😉
Essas concepções artísticas são sensacionais!
Muito boa matéria.
Belo texto! Pergunta curiosa: considerando o espaço como lugar com vácuo quase absoluto, qual a maior velocidade que uma nave espacial de tecnologia atual pode obter?
Olha, a nave mais veloz já lançada pelo homem é a New Horizons, que deve passar por Plutão em julho próximo. Ela foi lançada a uma velocidade relativa de 16,26 km/s ou 58.536 km/h em relação Sol. Essa velocidade se reduziu durante o trajeto devido à atração gravitacional do Sol e ela foi acelerada de novo ao passar por Júpiter. Vai passar por Plutão a cerca de 50.000 km/s (14km/s), após 9,5 anos viajando.
As naves Apollo se aproximavam da Terra a 25.000 km/h.
Desculpe-me, aprox. 50.000 km/h, isto é 14 km/s.
Salvador, permita-me fazer uma pergunta a respeito do tempo x distância entre nós e os astros por ai a fora.
Sempre nos seus posts há uma certa ênfase de que não temos como chegar nessas estrelas com a tecnologia que possuímos hoje. Mesmo que tentássemos, demoraríamos dezenas, centenas e milhares de anos para alcançar o nosso alvo (quanto maior a distância, mais tempo. Considerando utilizar a velocidade da luz nas viagens).
Pois bem, na natureza aqui no nosso planeta, há de certa forma uma lógica por trás de todas as coisas. É isso, inclusive, que a ciência tenta desvendar.
Posto tudo isso, existe uma razão para que a nossa vida na Terra, como ser humano, dure 100 anos aproximadamente?
Se temos distâncias interestelares tão grandes, qual a razão (se é que existe de fato) para que vivamos tão “pouco”?
Eu sei que tem toda a parte evolutiva, mutações, etc, mas há espécies que vivem muitos anos, certo? Por que a nossa não poderia viver uns 500 anos, por exemplo? Seria tempo suficiente para que grandes pensadores pudessem descobrir mais coisas.
Espero que tenha entendido o raciocínio.
Parabéns pelo blog e obrigado pela paciência em ler até aqui 😀
Você já perguntou isso hoje no outro post, e eu já respondi! 😉
Posta o link da resposta, Salvador!!! 🙂
Ah, achei que não tinha ido, porque me pediu usuário e senha da folha e eu não conseguia logar.
http://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/2015/01/28/os-planetas-mais-antigos-do-universo/comment-page-1/#comments
Razao pra viver 100 anos? Quanta baboseira esse pessoal escreve. Desde quando selecao natural/vida/organismos que se desenvolveram ao acaso tem que ter alguma razao para viver um determinado tempo? Pq nao 1 ano? O que que viajens interestelares tem a ver com isso?
Entendo “razão” na pergunta dele com o significado de “motivo”. O que leva o ser humano a viver 100 anos e um rato 3 anos? Vide meu comentário/pergunta logo abaixo.
Amigo, feedback recebido. Próximo.
Você pergunta ” existe uma razão para que a nossa vida na Terra, como ser humano, dure 100 anos aproximadamente?”
Talvez o nosso tamanho, como mamíferos, e nossa fisiologia, definam o tempo de vida.
Uma vez eu li, mas nunca vi comprovação, que o número de batimentos cardíacos dos mamíferos em suas vidas é da mesma ordem de grandeza. Um rato tem uma frequência cardíaca muito mais rápida que a nossa, então vive muito menos. Gostaria de saber se isso tem algum sentido ou não.
Então, eu comecei a viajar nesse assunto porque estamos todos ligados a natureza. E se de fato devemos ou podemos conquistar o espaço, seria mais produtivo se o ser humano pudesse viver alguns anos a mais. Apesar de que com o desenvolvimento da tecnologia, vamos aumentando a longevidade.
Excelente reportagem do melhor jornal que há em circulação no país.
Sempre que leio sobre esses novos sistemas, fico imaginando os possíveis cenários do ponto de vista do local. Por exemplo: o entardecer em uma lua desse gigante, com os anéis cruzando o céu e gerando uma luz rajada a partir da estrela. E no caso do post anterior, um horizonte com três sóis e outros planetas no crepúsculo. É… Sonhar é o que nos resta.
Já pensei bastante nisso numa outra postagem que aparece um vídeo de simulação de pessoas em diversos outros lugares (Marte, Europa, etc).
Este vídeo é maravilhoso.
https://www.youtube.com/watch?v=IS5mBrwlin0
Sim. Aquilo é de tirar o fôlego. Mas imagine os cenários possíveis entre os quatrilhões de sistemas, entre os bilhões (há astrônomos que falam em mais de um trilhão) de galáxias… No universo que conhecemos (rsrs).
“Vão-se os anéis”. Isso dá margem para muitas discussões.
Hoje você tá contentinho, né? rs
Realmente incrível , Salvador , o sistema de anéis ultrapassa os limites de distância entre o Sol e a Terra . Podemos até deduzir que em um desses anéis haja condições para vida .
Corrijam-me se eu estiver incorreto, mas creio que se este sistema de aneis estivesse envolvendo uma estrela, sim seria bastante possível que uma porção destes anéis estaria na zona habitável da estrela, mas não é o caso, pois eles aparentemente envolvem um planeta, há possibilidade de desenvolvimento de vida nesta situação em uma possivel lua orbitando entre os anéis, da mesma forma que há essa possibilidade em Europa (lua de Júpiter), porém não se enquadra na comparação da distância dos anéis com a distância da Terra em relação ao Sol, esa distância fora citada no artigo apenas como referência.
Você está correto. Embora, claro, o planeta ou anã marrom seja recém-nascido e portanto emita, no momento, grande quantidade de radiação infravermelha, capaz de aquecer as regiões internas do anel. Mas não é diferente do que aconteceu com Júpiter. Com o tempo, vai gelar tudo por ali.
Coisa linda, Salvador!
Pela incerteza se a anã marrom orbita mesmo a J1407, poderemos descobrir em 2017-2020 que se trata de uma mini-estrela que passou entre nós e a J1407?
(P.S. Faltou um “vezes” depois do “200” logo acima da foto holandesa.) 🙂
Se não orbitar a J1407, nunca mais veremos um trânsito… E obrigado pela correção! 🙂
Meu planeta preferido é Marte, mas Saturno o mais bonito e encantador, mas esse cara aí é animal! Que coisa mais linda!