O lado (quase) escuro dos exoplanetas
Uma das coisas que mais atrapalham a busca por planetas amigáveis à vida fora do Sistema Solar é o fato de que muitos deles, a julgar pela proximidade de suas estrelas, deveriam manter sua rotação sincronizada com a translação. Ou seja, metade do planeta fica eternamente sob a luz de seu sol, enquanto a outra metade enfrenta o gelo de uma noite eterna. Mas agora um estudo indica que muitos desses mundos acabarão livres dessa cruel prisão gravitacional. Na prática, isso aumenta as chances de encontrarmos mundos cujas condições ambientais sejam similares às da Terra.
O trabalho foi liderado por Jérémy Leconte, da Universidade de Toronto, no Canadá, e foi publicado na edição impressa desta sexta-feira (6) na revista “Science”. Ele mostra basicamente que os astrônomos desprezaram cedo demais os efeitos atmosféricos que podem influenciar a rotação do planeta.
Mas, como Jack, vamos por partes. Primeiro, cabe entender por que desconfiamos que muitos dos planetas mais interessantes já descobertos pudessem estar capturados nessa configuração maligna — um lado quente demais, outro gelado demais. Para saber que coisas assim acontecem, não é preciso ir tão longe. Olhe para a Lua. Já reparou que temos sempre a mesma face dela voltada para nós? Isso acontece porque a gravidade terrestre exerce uma força poderosa de maré sobre ela. No princípio, a Lua deve ter tido uma rotação diferente. Mas acabou sendo gradualmente “travada” nessa configuração. E o detalhe: ela também exerce efeitos gravitacionais sobre a Terra. O resultado é que, pouco a pouco, ela vai se afastando de nós, e em contrapartida a rotação do nosso planeta também vai freando lentamente. O fim da história seria com a Terra também mantendo o mesmo lado para sempre voltado para a Lua. Mas não se preocupe. Isso vai demorar mais tempo que a morte do Sol, marcada para daqui uns 5 bilhões de anos, de forma que temos outras preocupações mais prementes.
Longe de ser um fenômeno incomum, essa trava gravitacional é vista em muitas outras luas do Sistema Solar — elas sempre mantêm a mesma face voltada para seus respectivos planetas e senhores.
E algo parecido também é esperado de planetas, contanto que eles estejam em órbitas suficientemente próximas. No Sistema Solar, estamos tranquilos com relação a isso aqui na Terra — a distância é tal que os efeitos da gravidade solar são insuficientes para nos colocar numa trava de rotação.
Mas o mesmo não pode se dizer de planetas que recebam mais ou menos a mesma quantidade de energia que nosso mundo recebe, só que em torno de estrelas menores que o Sol. Falamos em especial das anãs vermelhas, queridinhas dos astrônomos e astrobiólogos no atual momento, principalmente por dois motivos. O primeiro e mais óbvio é que, por serem menores, elas facilitam a detecção de planetas ao seu redor e sua posterior investigação. O segundo é que elas são a categoria de estrelas mais abundante do Universo — a cada quatro sóis, um é uma anã vermelha.
O problema é que, por serem menores e menos brilhantes, a região em torno delas que permitiria a existência de planetas capazes de manter água em estado líquido na sua superfície — a chamada zona habitável — fica perto demais. Um planeta lá receberia a quantidade certa de luz e calor de seu astro-rei, mas… cairia vítima de uma trava gravitacional.
UMA ATMOSFERA NO MEIO DO CAMINHO
Eis que entra o estudo de Leconte e seus intrépidos colegas. Eles modelaram os efeitos da atmosfera sobre a rotação dos planetas. Levaram em conta o fato de que a diferença de temperatura entre o lado iluminado e o lado escuro levaria a movimentação da atmosfera, que por sua vez geraria um torque no próprio planeta. Em resumo, enquanto a gravidade da estrela faria força para ele sincronizar sua rotação, a atmosfera daria um empurrão a mais para impedir que isso acontecesse. Em muitos casos, os cientistas concluíram, isso levaria a um estado não sincronizado. Os dias e as noites estariam salvos, assim como o clima planetário. Maravilha.
A pergunta que não quer calar: é assim que funciona mesmo? Modelar o clima da Terra — um planeta que conhecemos profundamente — já não é muito fácil. Imagine as inferências que temos de fazer para modelar o comportamento de uma atmosfera que jamais observamos, nem sabemos exatamente como é?
Contudo, os cientistas apontam que há um exemplo aqui nas redondezas que demonstra o fenômeno diante de nossos olhos: Vênus.
GÊMEO ESTRANHO
Em essência, Vênus é a Terra que não deu certo. Com uma atmosfera cem vezes mais densa que a nossa e um efeito estufa de fazer inveja a George W. Bush, o planeta vizinho tem temperaturas que ultrapassam a casa dos 450 graus Celsius. Mas não é só isso, como diria a propaganda das facas Ginsu. Vênus também tem uma rotação bizarra, extremamente lenta e na direção contrária a que giram os outros planetas. Enquanto o planeta completa uma volta em torno do Sol a cada 224 dias, ele dá um giro em torno de si a cada 243 dias, e para o lado errado.
Com uma diferença tão pequena entre o tempo de rotação e de translação, por que a gravidade solar não aprisiona Vênus numa trava? Os cientistas acreditam que se deva justamente a esse efeito de maré atmosférica por aquecimento. Mas lembre-se de que a atmosfera venusiana é cem vezes mais densa que a nossa. Com certeza o efeito de torque lá deve ser muito maior do que num mundo que tenha uma atmosfera parecida com a da Terra, certo?
Era o que todo mundo pensava. Mas o estudo de Leconte mostrou que esse raciocínio simplificador está errado. Pelas suas contas, uma atmosfera com densidade similar à nossa já seria suficiente para tirar da trava gravitacional muitos planetas na zona habitável de estrelas menores que o Sol.
Essa foi a grande surpresa do trabalho, que sem dúvida torna mais palatável a noção de planetas com vida em torno de anãs vermelhas. (Muitos pesquisadores já não consideravam a trava gravitacional uma proibição estrita à vida, pois modelos atmosféricos também sugeriam que o calor podia ser transferido para o lado escuro de forma relativamente eficiente, sem gerar o colapso completo do sistema hidrológico e dos ciclos de carbono e silício, mas, claro, se pudermos evitar a trava, a coisa fica ainda melhor.)
Agora, o Mensageiro Sideral também não tem a menor dúvida de que existe uma grande diferença entre o que esperamos e o que encontramos. Outro exemplo perto de casa que ilustra isso: no começo do século 20, todas as contas sugeriam que Mercúrio deveria estar numa trava gravitacional com o Sol. Só em 1965, graças a observações de radar, nos demos conta de que isso não era verdade. De fato, Mercúrio está numa outra condição de trava, conhecida como ressonância 3:2. Ou seja, a cada três giros em torno de si mesmo, ele completa duas voltas em torno do Sol. Como ele escapou da trava 1:1? Nesse caso, a coisa aconteceu porque a órbita dele ao redor do astro-rei flutua muito pelo efeito gravitacional dos outros planetas, alternando ao longo de milhões de anos entre percursos quase perfeitamente circulares e rotas bem ovais. Essa variação acaba “sabotando” a trava mais simples.
Trocando em miúdos: cada planeta e cada sistema têm sua história e suas particularidades. Não poderemos colocar todos os mundos que encontrarmos no mesmo balaio. Ao contrário disso, teremos de investigar um a um e compreender que forças e fenômenos moldaram a evolução geológica de cada um deles.
O problema, na verdade, é fazer todas essas descobertas com telescópios instalados a vários anos-luz de distância de seus alvos. Perguntei e Jérémy Leconte quando poderíamos esperar confirmações observacionais de seus cálculos com medições diretas de rotação de exoplanetas. Melhor você não prender a respiração esperando por elas.
“É uma pergunta sutil”, disse ele ao Mensageiro Sideral. “Nunca fiz nenhum cálculo disso, mas eu chutaria que podemos ter as primeiras delimitações sérias com o sucessor do Hubble, o Telescópio Espacial James Webb, em cinco a dez anos — isso se houver um planeta particularmente favorável para observar. Se não tivermos, talvez tenhamos de esperar o Extremely Large Telescope, construído pelo ESO [Observatório Europeu do Sul] para complementar o VLT [Very Large Telescope].”
Apesar da espera, é líquido e certo que vai valer a pena. Podemos apostar sem medo de perder que a natureza ainda vai nos surpreender muitas e muitas vezes. Novos e revigorantes desafios para a insaciável curiosidade humana.
NA TV: Neste sábado (7), na GloboNews, o Mensageiro Sideral se prepara para a chegada a Plutão. A sonda americana New Horizons está prestes a se tornar a primeira espaçonave a visitar o ex-planeta! Não perca, neste sábado, a partir das 22h, no “Jornal das Dez” da GloboNews.
um off sobre stephen hawking:
acho que esse físico tem um problema e poucas soluções matemáticas, o problema é que se ele diz alguma coisa e por estar em voga, os jornalistas escandalizam o que ele comenta, afinal, stephen hawking não é o único a falar algo que possa ser um grande equívoco, pois, já tive aula com um doutor em física que afirmava sobre a colisão de dois black holes resultaria na destruição do universo… então, já vi maiores absurdos.
acredito também em poucas soluções matemáticas, não temos equações para tudo e, muitas vezes, o pouco que se tem leva a gerar novas hipóteses. No caso de stephen hawking o que considero é má interpretação sobre algo que até os físicos quebram a cabeça para entender. O bóson de higgs é uma delas, duro de engolir, difícil de perceber como funciona, leva a compreender que não há vácuo em lugar algum, TUDO e qualquer espaço aparentemente vazio e/ou transparente tem SEMPRE uma coisa lá, daí o bóson de higgs funciona como se estivesse em um meio que pode ser uma gelatina, depois outro que é uma pasta de amendoim e outro mais denso ou menos, a depender do conjunto de partículas nessa malha que se assemelha a um mar, é como se estivéssemos mergulhados no mar, mas não percebemos a água e um monte de outros elementos que só servem para ter maior ou menor interação (resistência) na passagem do bóson de higgs.
não acho tão ruim essas polêmicas, leva os demais físicos a tentar provar que stephen hawking está errado, claro, ganhará fama, então, por que condená-lo?
black hole é um grande desafio e tem sido difícil juntar toda a física para achar a solução em que todo mundo veja que é a ideal. Até onde sei a NÃO perda da informação é uma questão da luz manter o conteúdo que transporta, apesar dela própria sofrer os fortes efeitos gravitacionais, ou seja, quem entra em um BH vai morrer: primeiro vai sendo despedaçado e amassado, daí já morreu; depois os pedaços do corpo vão sendo rasgados em moléculas e átomos enquanto sofrem forte aceleração, por fim os átomos são superaquecidos e geram radiação por calor, essa radiação e os fótons que ainda iluminaram o corpo da vítima do BH, se fossem capturados e estudados, mostrariam esse processo e isso é a conservação da informação.
para não morrer ao entrar no BH é preciso um campo capaz de desviar o efeito sobre o objeto.
a não existência dos BH é devido à teoria em voga: uma gigante estrela colapsa e se torna um BH. Até aí foi lindo, o problema é que, matematicamente, o BH não é fácil de se obter assim, precisa que toda a massa da estrela se colapse muito rapidamente, mas ao mesmo tempo a resistência ao colapso total aumenta e ela perde massa antes de conseguir se tornar um BH, ou seja, podemos ter muitos BH temporários por aí, por exemplo. Parece que o BH não é o que se imaginava antes, é preciso muita massa para existir, coisa de muitas estrelas de nêutrons se fundindo para que o BH fique estável por bilhões de anos. Mesmo um grande BH quando captura uma estrela acaba deixando escapar muito da energia da sua refeição, nunca se mediu quanto se perde, mas parece até mais do que a refeição poderia lhe proporcionar.
tem muita coisa por vir sobre os BH.
Salvador, lendo aqui os comentários (e suas repostas) sobre Vênus me veio aqui uma pulga atrás da orelha:
Já que Vênus é tão parecido com a Terra é possível que a vida tenha surgido em alguma região da atmosfera de lá? E que, pelas condições, não tenha se desenvolvido, ficando nos primeiros estágios até hoje? Vale a pena uma pesquisa mais apurada nesse sentido já que Vênus é nosso vizinho? Ou já há/houve uma pesquisa pra testar essa hipótese?
Sim, é possível. Descrevo isso em detalhes no meu livro “Extraterrestres”. 😉
Da uma olhada nesse link, achei bem interessante, a terra realmente nao é redonda rs
http://xpock.com.br/como-assim-a-terra-nao-e-redonda/
Ei, muito bom o vídeo, mas, claramente, eles reduziram em muito o diâmetro terrestre para enfatizar as diferenças…
Se você pensar que o diâmetro terrestre é de 12 milhões de metros (12472 mil km), e que o pico mais alto está a 8,85 mil metros do nível do mar e o abissal mais profundo a 11 mil metros (diferença de 20 mil metros), a distorção é de apenas 0,16% do diâmetro terrestre.
Então a Terra é bem arredondada 🙂
Salvador
Duas coisas que sinto falta no blog do Mensageiro Sideral:
-mais posts
-mais piadas nos posts
🙂
As piadas dependem do humor. E a frequência de posts é tão grande quanto consigo.
Caro Salvador, acho que ele quis dizer é que adora o seu blog e fica ansioso por mais e mais posts e mais e mais comentários ridículos de alguns fanáticos…
E nisso eu concordo com ele 🙂
o teu post Fábio, já é uma piada
Assim com sua existência.
Fico feliz pela audiência e de provocar risos 🙂
Caro Salvador Nogueira.
Claro, Abilio Costa é o pai. Ana Carolina é minha filha de 09 anos e que quer saber sobre o que você escreve. Mostrei a ela seus textos e ela enlouqueceu. Me pedir para ler mais. Amigo, pra mim você é o melhor que temos nesse assunto, aliás, não conheço outro. Você será o instrutor da minha filha. Muito grato.
Muito me empolga saber do interesse da sua filha! Abraço!
Parabéns à Ana Carolina!
E um alerta MUITO GRANDE para os que aqui comentam: respeitem os leitores, evitem palavrões!
Pode-se expressar emoções fortes sem usar sequer um termo chulo. Para que tornar a vida mais agressiva?
E outra coisa: quando a gente lê um comentário mal escrito ou demonstrando desconhecimento muito grande, devemos lembrar que não sabemos a idade do autor do comentário e nem seu grau de instrução.
Então, ao responder, aproveitem para ENSINAR, como o Salvador faz nos seus textos muito didáticos. Faz de conta que você está escrevendo para sua mãe ou para seus filhos pequenos.
Assim como a atmosfera exerce efeitos sobre a rotação, o inverso também ocorre, certo? E com relação aos oceanos? A rotação e a translação exercem algum efeito sobre os movimentos oceânicos, além da gravitação lunar e solar?
Sim, deve haver efeito da rotação sobre a atmosfera também. Já com relação aos oceanos, bem menos, por conta da inércia. Mas não é algo que eu tenha investigado a fundo.
A rotação influencia as correntes marítimas, dê uma olhada em:
http://svs.gsfc.nasa.gov/cgi-bin/details.cgi?aid=3827
Dá prá ver bem porque os portugueses apelidaram o mar da África do Sul como Cabo das Tormentas.
Salvador, achei um vídeo seu no Globo News e digo, essa sua foto do blog engana, tá precisando de um regiminho, kkk.
Curto muito seu blog, tá salvo nos meus favoritos. Parabéns e abraço!
Luiz, muito injusto. Se você olhar bem os vídeos, verá que eu começo bem, dou uma engordada no fim do ano e volto a exibir uma forma mais apreciável por agora. Veja o deste sábado para confirmar a tese. É a luta diária contra a balança. Naturalmente, perco vários rounds no fim de ano. 😉
Abraço!
OFF-TOPIC: Novidades do cinturão de Van Halen: http://musica.uol.com.br/noticias/redacao/2015/02/06/apos-40-anos-van-halen-lancara-o-1-disco-ao-vivo-com-david-lee-roth.htm
🙂
🙂
Salvador, meu comentário não tem relação com seu post de hoje. Mas você poderia comentar sobre o teste do propulsor quântico do Vladimir Leonov? Foi mesmo um teste real? Quanto próximo de virar realidade ele está? Obrigado
Rafael, não conhecia essa história até ler seu comentário. Não boto muita fé. O sujeito diz que o bóson de Higgs não existe…
Ainda assim, talvez propulsores quânticos realmente funcionem. Tomara. Veremos.
http://francis.naukas.com/2015/01/20/el-timo-del-motor-cuantico-de-vladimir-leonov-el-superunificador/
fala desse do link? se for verdade seria revolucionário, mas… o protótipo tem de funcionar conforme diz.
Dica: qualquer coisa com “quântico” no nome tem grande chance de ser picaretagem. As aplicações práticas legítimas da física quântica muito raramente recebem esse rótulo.
OFF-TOPIC DO OFF-TOPIC: Saver, taí um bom assunto para seu próximo post: http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2015/02/1586512-nova-tecnologia-velas-solares-podem-permitir-viagens-interestelares.shtml
Se me permite, cometo a ousadia de intitulá-lo como “As caravelas estelares”. Quem será o Cristóvão Colombo espacial? E o Pedro Álvares?
Amplexos! JUMP!
Tá na minha lista! 🙂
salvador, só não entendi uma coisa: o laser é só para dar o impulso inicial ou ele será usado por muito tempo??
Que laser? Não enxergo o contexto da conversa pelo sistema de aprovação dos comentários.
essa é a parte da matéria que faz referencia ao laser:
O Japão já enviou uma vela solar para uma viagem interplanetária. Sua sonda Ikaros foi lançada em maio de 2010 e passou por Vênus no final daquele ano.
No futuro, as velas poderiam nos levar para as estrelas. A luz do Sol seria fraca demais para essa viagem, mas um laser gigante direcionado para a uma vela enorme poderia fornecer a aceleração necessária. Nem esses lasers nem velas suficientemente grandes existem hoje, mas, na opinião de Friedman, “essa é a única tecnologia que pode nos levar a uma viagem interestelar”.
Sim, o laser teria de estar ligado permanentemente. Dou detalhes de um arquitetura como essa no meu livro “Rumo ao Infinito”. 🙂
Salvador, o laser do sistema de velas solares. Pelo que eu saiba, ele tem que estar ligado todo o tempo de ida, para empurrar continuamente a nave e ser desligado só no momento de se iniciar a frenagem.
Sim, tem que permanecer ligado e apontado.
Bem interessante a matéria. Parabéns Salvador!
Ola salvador
Cara, sera que seria possível encontrar vestígios de radiação causada por uma bomba atômica por milhares de anos em algum desses planetas?
Pois se a filosofia de Nietzche estiver certa de que o conhecimento é uma afronte à natureza e é capaz de acelera nossa autodestruição ficaria provado que pode ter havido vida nesses planetas. E ainda mais, vida inteligente!
É uma pergunta interessante. Sinceramente, não sei te responder.
Tentei achar uma resposta, mas o melhor que consegui foi na página http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/a-marca-da-radiacao-no-ambiente-anos-e-anos-de-contaminacao
” “A radiação não deixa o solo infértil, mas tudo que cresce ali acaba contaminado”, explica o engenheiro agrônomo Virgílio Franco, do Centro de Energia Nuclear na Agricultura da USP.
Um dos grandes problemas da contaminação nuclear, segundo Franco, é que os níveis de radioatividade podem permanecer altos por décadas. Chama-se decaimento radioativo o processo pelo qual um isótopo radioativo, instável, perde energia espontaneamente e se transforma em átomo mais estável, não radioativo. Esse processo pode levar dias, como é o caso do iodo radioativo, ou décadas, no caso do césio radioativo. “Apesar de ser eliminado em até 30 dias pelo corpo humano, o césio pode durar 60 anos no ambiente, até desaparecer completamente”, diz Franco.”
Após milhares ou milhões de anos, duvido que reste alguma pista de desastre nuclear num planeta.
Radoico, muito obrigado pelo Link. Como vc diz parece que a radiação nuclear tem um decaimento acentuado, então poderia ser mudado o foco das pesquisas, pois acredito que uma explosão nuclear deve deixar alguma pista, seja no solo ou nas rochas etc. valeu!
De nada! Estamos aí, não só aprendendo muito com o Salvador, mas aprendendo a pensar, a ter dúvidas e a procurar as respostas. Crescemos juntos a cada post do Salva! 🙂
o fato de que estamos acelerando nossa destruição nao significa que vamos morrer por uma bomba nuclear, existem diversas formas das quais estamos nos matando indireta e diretamente, basta começar a medir a temperatura da atmosfera da sua cidade (isso é feito nos oceanos pelos cientistas à anos), faça uma media e verá que em um periodo de 10 anos ela subirá significativamente, alem de estarmos alterando o clima, estamos nos matando com armas biologicas e climaticas das quais nunca seriam encontrados seus vestigios, e por fim, um impacto de asteroide ou grandes erupções poderiam extinguir a vida.
Os próximos anos da astronomia prometem.. no desafio da NASA, “Asteroid Mission”, pus que, em 2023, já teremos a confirmação da existência de vida extraterrestre. Fui muito ousado, acho, mas quem sabe.. mal posso esperar para ver o que o James Webb revelará.
Apostou alto, mas a sorte favorece os ousados! Quem sabe o ExoMars não quebra esse galho pra você? 🙂
Salvador, cada sistema deve ter sua própria história, como vc falou, pois a formação dos planetas se dá às custas de muita porrada! Até que os planetas se formem e se estabilizem em suas órbitas colisões homéricas são inevitáveis, alterando suas massas, trajetórias, distâncias em relação à estrela central… Nosso próprio sistema binário Terra / Lua tem uma origem catastrófica, quando Téia colidiu com nosso planeta em formação, nos colocando numa posição privilegiada que não existiria se esse encontro não tivesse acontecido. A tendência ao óbvio como as órbitas exatamente num mesmo plano, p. ex., devem ser exceção. As chances de trava podem ser menores do que a lógica da dança que a inércia das massas propõem. É por aí ou tô viajando? Sou bem otimista com relação à presença de planetas classe M! Abraço! Vida longa e prospera!
É por aí, salvo pela ideia dos planos orbitais. Eles tendem a se alinhar, em virtude do processo de formação planetária num disco. 😉
Olá Salvador, beleza?
Uma pergunta elementar: do que é feito a terra? De qual elemento químico ela é composta? E as pedras?
E a terra em Marte, é feita do mesmo elemento?
Abraços do Eu Made in China.
Principalmente silicatos na crosta e no manto, e ferro e níquel no núcleo. 😉
Olá Salvador, eu fiquei em dúvida em dúvida em uma coisa:Por que a proximidade dos planetas em relação as suas estrelas deveria manter a rotação sincronizada com translação?
O efeito gravitacional da estrela aumenta muito com a redução da distância.
Eu Só não entendo por os especialistas e cientistas em planetas, procuram por um planeta com condições similares a terra , para supor que haja vida em outros planetas, caso houver quem afirma que precisariam de ar,agua, temperatura amena, dia noite etc. por que teriam que ter os mesmos principios básicos que nós terraquios precisamos ?
Não precisa ter. Mas esse é o esquema da vida que conhecemos, portanto o único que se sujeita a buscas.
Salvador,
Adoro quando surgem noticias relacionadas ás queridas Anãs Vermelhas.
Gostaria de saber se o fato de terem menor massa não compensaria em alguns casos para evitar a trava gravitacional.
E até que tamanho de massa solar elas são classificadas como tal.
Hoje , felizmente, o blog tá mais “light” se é que você me entende.
Grande abraço.
Entendo e aprecio o respiro. 🙂
Não, a diferença de massa não é suficiente pra destravar…
Salvador, você é a pessoa mais indicada a ousar colocar em julgamento seus textos com as “janelinhas” referentes a indicação de 1 a 5 estrelas.
A FOLHA já disponibiliza para julgar os comentários dos leitores-internautas (É interessante para distinguir os que querem colaborar dos que nada acrescentam). É, é reconfortante saber que o Brasil continua formando excelentes pessoas, como você! Ainda bem!
Eu já pedi ao Salvador que peça para colocarem o “gostei”, nos comentários, como tem no Blog do Josias, por exemplo, mas parece que ele não acha bom… 🙁
Uma coisa fantástica, que acho ótima, é que o Salvador permite e até incentiva o debate entre os seus leitores aqui nos comentários. Poucos são tão esclarecidos como ele. 🙂
Eu acho ótimo o rating dos comentários. A única coisa que disse é que não é da minha alçada. Teria de solicitar ao setor de tecnologia. Vou passar adiante a sugestão. 😉
Valeu! 🙂
Agora, tanto o Blog do Josias como o “Darwin e Deus’ (argh!) têm restrições de segurança, mas ruins, como não permitir URL. Se o preço de ter um “gostei” for perder a liberdade responsável que temos aqui, é melhor ficar sem o botão… 🙂
Tentei colocar lá a URL de seu post sobre a Evolução das Espécies (as 5 provas) e não pude, só me restou sugerir uma busca no google para ele… 🙁
Pensando bem, com base nesse argumento, não vou passar adiante a sugestão. Fiquemos com nosso sistema. O ótimo é o inimigo do bom. 😉
Outra coisa a considerar ê que apesar da Terra ter um tamanho adequado e estar na zona habitável de uma estrela, a vida aqui só é possivel graças a Lua – pelo menos em sua forma mais complexa. Quer dizer – a Terra realmente é um lugar abençoado!
Não há nada conclusivo sobre a importância da Lua.
Dias de 8 a 10 horas. Ventos rotineiros de mais de 180km por hora. Instabilidade das estações, para ficar em algumas coisas. Bem, menos romântica ela seria – com certeza! – hehehe
Sei não. Marte não tem a Lua, e seu dia é de 24h39… 😉
Acho que a importância esta na estabilidade do eixo Salvador,pois o de Marte oscila muito.Eu acho que muitas dessas exoterras tenham satélites naturais grandes,que ate acabem atrapalhando a determinação do tamanho exato do planeta,pois imagine separar o transito de uma Lua que orbite a entre 100.000 a 600.000 km estando a anos-luz de distancia!muito difícil 🙂 .Aqui no sistema solar só dois planetas não possuem luas, a maioria têm!Ter Luas não é coisa rara,visto o planetoide plutão que tem uma com quase a metade do tamanho dele.E tem outra!colisões de impactos colossais devem ser comum em outros sistemas e as luas devem se formar em planetas tipo terras,nada impedi isso.
Pois é, esse efeito estabilizador do eixo é a única coisa que eu conhecia como reconhecidamente importante. Mas mesmo ela tem sido colocada à prova por estudos teóricos de exoplanetas, que sugerem que pode haver relativa estabilidade do eixo sem uma lua grande.
O estudo é “antigo”, porém válido:
http://www.space.com/12574-moonless-earth-life-habitable-alien-planets.html
🙂
Aham e quem garante que os exoplanetas descobertos não tenham luas?
Correção: o texto sobre a pesquisa citada por mim está em: http://planetquest.jpl.nasa.gov/news/178
Essa página dá erro… 🙁
Consegui abrí-la hoje! 🙂
Corrigindo: texto da pesquisa citada anteriormente. O correto é:http://planetquest.jpl.nasa.gov/news/178
Corrigindo: sobre a pesquisa citada anteriormente. O correto é: http://planetquest.jpl.nasa.gov/news/178
Salvador: outras pesquisas são pessimistas quanto a possibilidade de vida em planetas que orbitam estrelas anãs. Indico a leitura da seguinte pesquisa:
https://translate.google.com/translate?sl=en&tl=pt&js=y&prev=_t&hl=pt-BR&ie=UTF-8&u=http%3A%2F%2Fplanetquest.jpl.nasa.gov%2F&edit-text=&act=url
Saudações, Salvador.
Desculpe amolá-lo novamente, mas como sempre algo paira sobre minha mente alucinada…
É possivel que um planeta rochoso travado na zona de maré da estrela possua ventos extremamente velozes, como nos Jovianos Quentes, que permita uma distribuição mais homogênea de calor permitindo assim condiçoes estáveis para o surgimento de vida?
Aproveitando um pouco off-topic, Netuno é o planeta com os ventos mais velozes do nosso sistema planetário, por analogia, Neptunianos Quentes tem ventos mais rápidos que Jovianos Quentes?
Viajei demais nas perguntas?
Desculpa, eu fui levar a sogra no hospital ontem e sua pergunta passou batida. Respondi lá agora.
É possível que os ventos distribuam o calor. Algumas simulações sugerem isso. Mas é um tema muito incerto.
Sobre a pergunta dos netunianos quentes, não faço a mais vaga ideia. 😛
Salvador: Outros estudos são pessimistas quanto a possibilidade de vida em planetas orbitando estrelas anãs. Indico a leitura desta pesquisa para esclarecimentos: https://translate.google.com/translate?sl=en&tl=pt&js=y&prev=_t&hl=pt-BR&ie=UTF-8&u=http%3A%2F%2Fplanetquest.jpl.nasa.gov%2F&edit-text=&act=url
Corrigindo o endereço do site da pesquisa:http://planetquest.jpl.nasa.gov/news/178
Parece ser uma pesquisa séria,feito por cientistas sérios!Porém a esperança é a ultima que morre,são muitas as variáveis e não existe nada definido ate que sejam feito mais estudos das prováveis atmosferas destes planetas de anãs-vermelhas.
Por que a proximidade dos planetas em relação as suas estrelas deveria manter a rotação sincronizada com translação?
Quanto mais perto, maior o efeito gravitacional de maré que gera o travamento.
Ola Salvador, Vc tem ideia de como os cientistas conseguem fazer os cálculos dos tamanhos dos exoplanetas usando a sonda Kepler? Quais as referencias que eles usam? As características dos exo planetas são baseadas apenas na analise dos espectros de luz? Abraços!
Eles calculam o tamanho da estrela pelo tipo espectral e o tamanho do planeta pelo percentual de luz bloqueada pelo trânsito.
olá mensageiro; sempre leio sua coluna ,mas é a primeira vez que escrevo;
parabens pelas matérias sempre atualizadas;
agora me diga; será que nossa geração terá algum contato com vida extra terrena? ou só as futuras gerações terão tal privilegio?
Acho que a descoberta será na atual geração. Contato já é mais complicado.
hahaha demais as piadinhas Salvador!
Eu leio todas as suas matérias e tenho a percepção que as descobertas astronomicas estão ocorrendo com mais frequencia – imagino que em funcao dos avanços da tecnologia e pelo maior número de pesquisadores!!
Torço para que descubram uns Ets nos proximos 50 anos para que eu possa testemunhar!
É isso mesmo. A ciência está avançando exponencialmente. Mais gente no mundo, mais tecnologia, mais cientistas, mais computadores, computadores mais velozes… exponencial! As próximas décadas serão uma loucura. 🙂
Não entendeu ainda??? esse cara sabe tudo!!! Também puderá ele não e daqui….
Tudo muito instigante ! O conforto de nossa Nave Terra também ! Navegar é possível !
Tudo muito instigante ! Não é melhor que o conforto de nossa Nave ! Bendita Terra !
Salvador, você conhece algum projeto científico sério para terraformação de Vênus?
Lembro-me dos papers do Sagan sobre isso, mas ele mesmo admitiu que não ia funcionar, porque na época ele não tinha ideia de que a atmosfera venusiana era tão densa. Acho que não há meio de terraformar Vênus. Mas o ambiente na alta atmosfera lá é bem tolerável. 🙂
Salvador, gosto muito de seus textos, mas por favor, CAPTURAR é mais para CAPTURA de alguma coisa,animal ou ser. To capture pode significar capturar, mas também significa CAPTAR, esse verbo esquecido. Então, “muitos dos planetas mais interessantes já descobertos pudessem estar CAPTURADOS nessa configuração maligna”. INCLUÍDOS seria forçar menos,a não ser que você tivesse sido tentado a uma imagem subjetiva de que houve uma captura, numa categoria inadequada.
Sobre suas indagações sobre vida extraterrestre,Salvador,diria que você está seguro demais nas suas convicções. E nem ouso contrariá-las.Você só vai saber desse excesso de segurança, quando levar um susto…E aí você não vá se ofender se eu der umas boas risadas,tá?Já vi muita gente feito você levar sustos…E das quais ri um bocado. Mais não falo, nem me pergunte.Espere só…
É isso, quis dizer capturados de presos, não capturados de registrados (onde captados seria melhor mesmo). 😉
E nem ouso contrariá-las.Você só vai saber desse excesso de segurança, quando levar um susto…E aí você não vá se ofender se eu der umas boas risadas,tá?Já vi muita gente feito você levar sustos…E das quais ri um bocado. Mais não falo, nem me pergunte.Espere só…
Então quer dizer que você GARANTE que NUNCA irão descobrir vida extraterrestre?
É isso, produção?
E baseado EM QUÊ você afirma isso?
Não há e nunca haverá alguma forma de dizer que não há vida em outro lugar do universo!baseado em que?No tamanho do Cosmo!Ele é realmente imenso e talvez ate infinito!
Caro Salvador,
O grande problema até agora na exploracao dos exoplanetas seria a real condicao desses planetas. Nao é? Como voce já disse cada sistema tem suas particularidades e cada planeta também. Entao sao várias as condicoes dos planetas, como distancia até a estrela e presenca de atmosfera, entre outras, que influenciam o clima e dao propabilidade a esses planetas de abrigar a vida. Com o telescopio James Webb teremos mais dados que ajudem na observacao das reais condicoes desses exoplanetas?
Sim! Poderemos analisar a atmosfera de alguns deles e até confirmar que são habitáveis. Detectando oxigênio atmosférico, poderemos até concluir que estão vivos! 🙂
Especula-se que a rotação retrógrada de Vênus tenha sido causada por uma catastrofe, como o impacto de um asteróide.
Eu entendo o efeito de torque que atmosfera pode ter, mas me lembro de ter lido em algum lugar que na Terra a atmosfera causa fricção e seria responsável pelo atraso em uma fração mínima de tempo, mas mensurável e cumulativa ao longo de milhões de anos.
Outra coisa a ser considerada é o efeito coriolis. No caso de Vênus, existem mega furacões nos pólos, e eu fico me perguntando que efeito esse tipo de movimentação atmosférica teria na rotação de um planeta.
Sim, existe essa hipótese de que a rotação de Vênus foi zoada por impactos. Mas nada explica porque ela não acabou travada em 1:1 com o Sol, depois de frear tão radicalmente…
Grande Salvador! Parabéns pelo seu blog e seu trabalho! Existe alguma livraria em São Paulo capital que venda o seu livro, ou só é possível adquiri-lo através de download pela Web?
Você pode comprar a edição física pela internet na Livraria Cultura: http://www.livrariacultura.com.br/p/super-interessante-livro-extraterrestres-n01-42274803
Obrigado! Acabei de comprar!
Eu que agradeço pelo interesse! 🙂
Parabéns, Salvador!! Seus posts são fantásticos. Extremamente elucidativos.
A questão da busca de condições para o desenvolvimento da vida em outros mundos é empolgante e, ao mesmo tempo, intrigante.
Os resultados podem significar a maior descoberta da humanidade, e pensar que isso pode estar ao alcance de algumas décadas, me faz aguardar aguardar ansiosa e impacientemente.
Parabéns, novamente.
🙂
Essa rotação “ao contrário” de Vênus não poderia ser interpretada como consequência de um “travamento” ainda não concluído? Imagino que um planeta levaria milhões, até bilhões de anos até ser completamente travado com o astro que orbita. E provavelmente o travamento da rotação se daria mais ou menos como em um pêndulo ao qual é cessada a aplicação de força – inicialmente ele passaria um pouco do ponto de equilíbrio, para então reverter seu sentido de rotação, passar um pouco do ponto de equilíbrio de novo, reverter o sentido novamente, até que o equilíbrio fosse finalmente atingido.
Salvador, não sei se você gosta de jogos de computador, mas caso se interesse, vou te recomendar um lançamento que me capturou: Elite Dangerous. Nele você pode assumir o papel de explorador intrépido e tem como “playground” uma simulação da Via Láctea com mais de 400 bilhões de sistemas solares.
Tá bem cotado o “ED”:
http://www.metacritic.com/game/pc/elite-dangerous
🙂
Ainda preciso testar o Kerbal… Hehehe
NÉ?!
Aproveite que tão pra lançar o 1.0 (até agora era Beta)… 😀
Meu filho joga o Elite Dangerous. Nós somos fãs do Elite desde seu primeiro lançamento no final da década de 80 (para DOS). Eu ainda não tentei, meu filho me disse que exige perícia e bons reflexos para controlar a nave, o que minha idade já não atende (63 anos).
Uma recriação do Elite original é o Eve Online, espetacular jogo MMO, cujo único problema é cobrança de mensalidade (o jogo é gratuito nos primeiros 15 dias). Joguei o Eve por vários anos, recomendo. Nele o controle da nave é simplificado, até eu consigo jogar. 🙂
Caramba, Elite Dangerous é o Elite??? Eu joguei Elite no MSX nos anos 80! rs
Obrigado, Salvador.
É com entusiasmo que acompanho sua coluna, sempre explicando de forma acessível temas tão complexos.
Parabéns pelo trabalho!
É, SABICHOES,VCS SO SE ESQUECEM DE UMA COISA,O QUE OS TELESCOPIOS DAQUI OBSERVAM,EM TERMOS DE ESPAÇO, É COMO SE FOSSE ALGUEM DE BINOCULO NA GAVEA,OBSERVANDO O CRISTO REDENTOR OK?FALEI.
Minha nossa, quanta bosta. E desliga o CAPS, é feio gritar nos comentários.
Acho que você não tem nem idéia do que um telescópio pode fazer. Um simples, básico, que aumente umas 50 vezes já permite ver as 4 maiores luas de Júpiter. Experimente, você ficará fascinado!
Salvador, mesmo com a condição de “quase-trava” gravitacional, a temperatura próxima aos polos de Vênus e outros exoplanetas não poderia ser favorável à vida?
Mesmo na Terra, temos lugares mais e menos favoráveis, vide a exuberância de corais e florestas tropicais e a desolação dos desertos, algumas áreas oceânicas e das calotas polares.
OFF mas nem tanto:
http://www.space.com/28470-alien-life-discovery-impact.html
🙂
A cada post do Mensageiro Sideral percebo como o estusiasmo com a existência de vida em outros planetas vai dando lugar a uma visão mais realista e menos fantasiosa. A cada pesquisa científica fica mais evidente que as condições excepcionais que permitiram a vida na Terra não podem se reproduzir.
Os meus primeiros comentários eram seguidos imediatamente por um “em breve, terá que engolir suas palavras” ou por um “daqui a dez anos teremos a confirmação”. Agora, existe mais cautela. Já se fala em vinte anos (ou mais) para a “descoberta de novos seres”. E no post de hoje temos a frase “a natureza ainda vai nos surpreender muitas e muitas vezes…”
Aos poucos a Razão vai dominando o discurso errático, fantasioso e nauseabundo da existência vida como a nossa em outros planetas. Somos privilegiados, somos os Filhos de DEUS, os preferidos e criados à sua imagem e semelhança. O Universo é o nosso quintal, vamos plantar nossas sementes e vê-las germinar…
“Então disse Deus: “Cubra-se a terra de vegetação: plantas que deem sementes e árvores cujos frutos produzam sementes de acordo com as suas espécies”. E assim foi.”
(Gênesis 1:11)
Apolinário, nada mudou. O prazo de duas décadas está de pé. 😉
apolinario nao viaja
Pelo Contrário. A cada dia que passa, a ciência esta provando que não estamos sós no Universo.
Pode ser que não haja vida inteligente, mas é quase impossível não existir vida em outro planeta. Só fazer alguns cálculos básicos. (Bilhões de galaxias, bilhões de estrelas, etc…)
Muito boas as suas matérias Salvador. Irei comprar o livro.
A família agradece! 🙂
GONG!
Vc é bom de tabela…. De frente não encara né
MIMIMI
Sem considerar que até hoje não foi mostrado nenhum dos tais “exoplanetas”, só existem em cálculos e em órbitas praticamente dentro da estrela, ou seja, chance de vida = ZERO * ZERO elevado a ZERO.
Você perdeu o post em que eu mostro FOTOS de exoplanetas? 😛
Certeza. Ele só lê os títulos dos posts.
KKKK
haha, essa eu tenho de comentar.
John Smith, se a chance de vida extraterrestre, como você mesmo diz, é ZERO * ZERO elevada a ZERO, então devo te lembrar que todo número elevado a zero torna-se UM.
E UM em estatística é o mesmo que… 100%!
Estou admirado com o número de leitores que manjam de exponenciação aqui no blog! Orgulho danado! 🙂
elevado a zero é 1 sabichão… 😀
Qualquer número elevado a ZERO = 1. Portanto concordo com você que a chance de haver vida em algum outro planeta nesse universo é igual a 1 (ou 100%).
Sr Apolinário você já observou que em toda publicação científica Deus não está incluído. Deus não é uma hipótese científica. As certezas de suas afirmações nos traz a convicção de que novas pesquisas e investigações podem levar a surpreendentes e instigantes descobertas.
Esse pensamento simplista, que usa a bíblia como subterfúgio, é irritante. Achar que somos os únicos no Universo é de uma arrogância que demonstra que mesmo quando um ET estiver na sua frente, o ser humano vai falar que é mentira, pq deus escolheu a Terra para criar vida, e apenas a Terra.
E você acredita que a Terra é o centro do universo? Que nós somos a única forma inteligente de vida na vastidão do cosmos?
Sabe de nada inocente… É tudo uma questão de tempo, 10 anos, 20 anos, 150 anos…, não importa, a ciência um dia chega lá (ou eles cheguem primeiro, aliás estão aqui faz tempo).
Temos muito o que evoluir aqui na Terra ainda, tanto no aspecto moral e científico, pois a nossa sociedade é aquela que mata e discrimina a favor de sua religião ou bens materiais, e não será daqui a 10 ou 20 anos que isso mudará.
Do ponto de vista científico podemos até descobrir algo, e tomara que isso aconteça, mas o que preocupa é se a sociedade está preparada para esse acontecimento, pois é uma mentalidade como a sua que ainda prevalece.
Esse Apolinário messias é um predestinado como diria meu amigo zé simão.
Sua cegueira religiosa o impede de entender
corretamente o que a coluna publica.
Você ainda pensa como os religiosos do século XII, com suas teorias em que a terra era o centro do universo e o homem a coroa da criação.
A ciência a cada dia faz novas descobertas que só nos aproximam da verdade que não estamos sozinhos no universo.
O conceito de Razão, pra esse maluco, significa acreditar em homem feito de barro, mulher feita de costela, cobra falante, homem que abre o mar, homem que anda na água, homem que ressucita, etc. Tudo isso criado por um ser invisível que engravidou uma virgem pra ele mesmo nascer, crescer, ser torturado e morrer pra todos poderem ser perdoados por ele mesmo do que ele pode fazer se você não crer nele.
hhhuahuhahukkkkkkhuahuahuahahhuahua
pera ae, tem mais..
hehehahhahhalkkkkkkkahuahuahahu
ufa…
vc esqueceu de mencionar o conto da carochinha chamado big bang.. conhece? aquele em que o “nada” explode e surgem complexas formas de vida… e etc e etc (categoria na qual vc parece não se enquadrar, claro).
Atire a primeira a pedra se todos os seus parentes e amigos forem cientistas ateus, agnóstico ou sei lá.
Conheço. Ele é notoriamente parecido com outro conto da carochinha que eu também conheço.
Irretocável!
Até o Papa já disse pra não se interpretar ao pé da letra as escrituras dos velhos barbudos… hehehe
Gostaria de saber o que impede o Papai do Céu de ter feito a mesma coisa que ele fez aqui na terra em outro planeta?
Ou esqueceste o que Jesus disse:
“Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. NA CASA DE MEU PAI HÁ MUITAS MORADAS. SE ASSIM NÃO FORA, EU VO-LO TERIA DITO. Pois VOU PREPARAR-VOS UM LUGAR. E, quando eu for e vos preparar lugar, VOLTAREI e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também”. João 14:1-3
Ou você vai dizer que a Jesus está errado? quem garante que essas moradas não são outros planetas ou civilizações?
Talvez muitos não saibam, mas Jesus gostava muito de ciências e astrologia, inclusive estudou ambos em Alexandria.
Que ironia: os seguidores questionam o que o próprio Mestre nunca questionou, ao contrario, Ele sempre deu valor.
Achar que o homem é a semenhança de Deus, é substimar a inteligencia suplema, que rege este maravilhoso universo, perfeito, se Deus é Espirito, e espirito é energia vc nao pode exergar, vc faz parte desta energia so que condensada, existem outras moradas como já foi dito, em outras dimensoes de energia !!! a inteligencia suplema chamada de Deus, ou outros nomes Divindado, nao joga dados e a todos da o mesma finalidades perantes suas leis!!!
Deus, antes de criar o homem, disse: “Façamos o homem à nossa imagem [ou, sombra, semelhança], segundo a nossa semelhança.” (Gên 1:26, 27 n) Visto que o Filho de Deus declarou que seu Pai é um “Espírito”, isto torna impossível qualquer semelhança física entre Deus e o homem. (Jo 4:24) Em vez disso, o homem possui qualidades que refletem ou espelham as de seu Criador celestial, qualidades estas que positivamente distinguem o homem da criação animal.
Apolinário, por que você torce tanto para que não haja vida fora do planeta Terra? Seu Deus não tem poder suficiente para criar vida em outros corpos celestes?
Ah, você dirá, mas a Bíblia não fala em vidas em outros lugares, só na Terra… Lembre-se que a Bíblia não fala nem na existência de outros corpos celestes além dos planetas, da Lua e das estrelas. Mas eles existem, planetas e suas luas, asteróides e cometas…
A natureza ainda vai nos surpreender porque vamos ver que a vida se adapta ao meio. E o meio proporciona a melhor condição para que a vida surja dentro das particularidades de cada atmosfera. Vida igual a da terra não nos torna o escolhido nos torna apenas mais um grupo adaptado a condição que a nossa atmosfera proporciona.
Eu não vejo a hora em que a vida seja descoberta em outro planeta, aí eu quero ver pessoalmente a sua cara Apolinário Messias, religiosos vivem falando que são perseguidos pela ciências, porém não vejo um cientista ou alguém q gosta e acredita na ciência em sites de religião falando asneira sobre alguma matéria, sempre o que vejo são essa corja de religiosos se achando no direito de ir e fala o que bem entende para as pessoas que não acreditam no msm que eles. Religião para mim é a doença dos ignorantes, vcs se acham no direito de retirar a vida de outras pessoas pq elas não creem no msm que vcs, ofender cabeças que realmente pensam, quando for provado que Jesus não passou de um Homem a frente de seu tempo como vai ser, você vai continuar dizendo frases de um livro antigo ? querem tanto respeito e não respeitam ninguém…
Parabéns Salvador ótima matéria, sábado as 22h minha Tv estará na Globo News.
Apolinário é o meu herói! Homem de perseverança e fé, mostra suas idéias sem medo dos que o censuram e tentam calá-lo de forma bruta e agressiva. Apolinário é o sal dos comentários deste blog, que seria diferente sem ele. Apolinário, continue declarando suas verdades sem medo, pois o controverso e polêmico enriquece a todos.
Também acho! Que seria do verde se todos gostassem do azul? E ele tem a rara virtude de defender essas ideias sem escrever em maiúsculas. GONG!
Cada vez sou mais fã do Nogueira!
Apolinário Messias, se Deus nos criou à sua imagem e semelhança esse Deus não é em nada maravilhoso afinal, desde que a humanoide Luci desceu das árvores e caminhou pelas savanas da África não vivenciamos sequer um dia em que nós não nos matamos mutuamente; veja na bíblia que Caim, primogênito do casal criado por Deus matou o seu irmão Abel. Hoje temos séries de homicidas, estupradores, políticos e àqueles que matam em nome de Deus como o Estado Islâmico.
Muito engraçadinho você, Nogueira, com três piadinhas desta vez! Isso é porque hoje é sexta-feira? 😀 Parabéns pelo artigo, sempre bem redigido, com introdução e explicação inicial do tema, para depois desenvolvê-lo, para o nosso perfeito entendimento. Sempre te assisto no Jornal das 10! Continue assim, sempre apresentando-nos temas novos da Astronomia, seja no jornal, blog ou tv! Sucesso! E quando a vida extraterrestre for encontrada, torço para que seja você o primeiro brasileiro a noticiá-la! 😉
Fabiano, quando essa notícia bombástica sair, desconfio que todo mundo saberá ao mesmo tempo. Minha única ambição nesse caso é divulgar melhor. 😉
Abraço e obrigado pela audiência multimídia!
O que tudo isto pode provar, no momento, é que a vida surgiu na Terra e não veio de um ponto próximo do espaço.
“piadinhas” e alguns errinhos de português, é pra rir, ah ah.
Pelo menos ele sabe capitalizar as palavras corretamente.
KKK
Salvador. Mesmo no caso de um planeta “travado” nao seria possivel existir uma zona intermediaria onde frio e calor se compensam de forma a criar uma temperatura mais amena, como nas bordas ou nos polos? Dada um atmosfera dinamica, por convecao e inducao a coisa tambem nao se acertaria? Obrigado
Falam nessas coisas — uma faixa habitável entre a luz e a sombra ou mesmo na redistribuição do calor pela atmosfera. Só vamos confirmar todas essas possibilidades observando. 😉
FACAS GINSU, AS ÚNICAS QUE CORTAM AS MEIAS VIVARINA. KKKKK
BOM DIA DR. SALVA.
A cada post do Mensageiro Sideral é um mix de melancolia e excitação.
“Pôs até mesmo tempo indefinido no seu coração, para que a humanidade nunca descobrisse o trabalho que o verdadeiro Deus tem feito do começo ao fim.”
Eclesiaster 3:11
Tem sempre um mala.
Chegou a alça… obrigado
Esse mala já é velho conhecido. Só dá um ossinho pra ele que ele fica feliz e abana o rabinho.
kkk
Fair play
Bom dia Salvador!
Gostaria de ajuda para entender algumas curiosidades: Vênus possui uma atmosfera bem densa, Marte por sua vez uma atmosfera rarefeita. A dúvida seria pela existência de núcleos diferenciados nos dois planetas gerando gravidades bem diferenciadas? O planeta Vênus está bem mais próximo do Sol e, portanto, os ventos solares não arrastariam mega porções da sua atmosfera e lançando para o espaço? Que os gigantes gasosos possuam atmosferas densas, numa visão de leigo, até faria sentido, mas o quê explicaria Vênus? Olhando para Vênus, Terra e Marte, será que os conceitos de regiões habitáveis não seriam comparáveis àqueles pequenos vazios entre duas faixas de músicas dos antigos “long play” onde a Terra e outros possíveis planetas que abrigam vidas estão inseridos diminuindo drasticamente as possibilidades? Outra dúvida vem da foto de Mercúrio com a superfície “pipocada” de impactos de asteroides; não seria muito mais provável que os corpos fossem atraídos para o Sol? Estranhamente Marte apresenta uma superfície mais “serena” em relação a impactos e o pior, está no cinturão ou muito mais próximo de “zilhões” de asteroides. Quanto aos movimentos da atmosfera, pelo menos na Terra, temos um estranho equilíbrio, pois, ao norte e ao sul da faixa equatorial os ventos fluem de oeste para leste enquanto na faixa do equador está invertido numa relação de 2:1 (nada sei sobre as intensidades, mas observamos nos furacões) e tal observação nos levaria a acreditar que a nossa rotação está sendo gradualmente acelerada e antes que o Sol engolisse o planeta teríamos um dia com menos de 24 horas para a alegria dos trabalhadores.
Tetsuo, vamos por partes. Vênus segura sua atmosfera por ter mais gravidade que Marte — praticamente a mesma da Terra. O fato de ser tão densa talvez tenha a ver com o efeito estufa descontrolado, que no passado evaporou toda a água venusiana. O hidrogênio dela se perdeu, mas o oxigênio permaneceu e deve ter participado de processos que enriqueceram a atmosfera, hoje rica em CO2.
Sobre a zona habitável, sabemos que ela não pode ser muito estreita porque a Terra está nela desde o início, mas o Sol aumentou seu brilho em 30% no período.
Sobre Mercúrio, a incidência de impactos sobre ele deve ser grande, justamente pelo fato de ele estar perto do Sol — ele deve ter entrado no caminho de muitos objetos que originalmente iriam para a estrela. Ademais, ele não tem atmosfera nem tectonismo, então não existem processos que “apaguem” crateras antigas, como em Vênus, na Terra e em Marte. Imagina-se que todos os planetas tenham tomado número similar de pancadas. A Lua, ali ao lado, não deixa mentir.
Com relação ao torque por aquecimento atmosférico, na Terra ele é pequeno demais para fazer diferença, pois ela gira depressa, inabalada em sua rotação pela gravidade do Sol.
Já dá pra ver o sofrimento antecipado por esse post longo, calma meu amigo, sua fé não vai acabar por novas descobertas.
Que legal essa foto de Mercúrio! Parece a cratera Tycho, na Lua.
Depois de tudo que tenho visto posso imaginar mundos com vida restrita a um cinturão ao longo do planeta e, porque não, vida nômade, em constante migração buscando temperaturas amenas.
Salvador, já sou fã de carteirinha da sessão de ciencia do GNews aos Sábados, está de parabéns pelas matérias!
Abraços cordiais e céus nublados a todos!
S.A.
Valeu! E adorei o “céus nublados”! Estamos precisando mesmo! Abraço!
Siderius, que mau gosto! Fã de carteirinha da seção de ciências da Globo News? Há emissoras de conteúdo muito melhor, como a TV Escola, Discovery, History Channel
Pelo que entendi, ele é fã das minhas colunas de ciência todo sábado, no Jornal das Dez, da GloboNews. E, modéstia à parte, são boas mesmo. Experimenta neste sábado pra você ver. 😉
Q feio!