Bilhões de planetas na zona habitável

Salvador Nogueira

Para cada estrela no Universo, deve haver entre um e três planetas em sua zona habitável — a região nem muito quente, nem muito fria, que permite a presença de água em estado líquido na superfície. É basicamente a condição essencial para a existência de vida. Apenas na Via Láctea, a nossa galáxia, são cerca de 200 bilhões de estrelas. Faça as contas e pare para pensar no que isso significa, só por um instante.

O sistema Kepler-62 é um dos casos conhecidos em que dois planetas ocupam a zona habitável. Combinação deve ser comum no Universo. (Crédito: Nasa)
O sistema Kepler-62 é um dos casos conhecidos em que dois planetas (um deles visto como um ponto brilhante ao fundo) ocupam a zona habitável em torno de uma estrela similar ao Sol. Caso deve ser comum no Universo. (Crédito: Nasa)

Pensou? Agora vamos em frente. A estimativa extraordinária acaba de ser apresentada por um trio de astrônomos na Austrália e na Dinamarca, aliando alta tecnologia do século 21 — dados do satélite Kepler — a ciência do século 18.

É isso mesmo que você leu. Ciência do século 18. Faz algum tempo que os astrônomos Charley Lineweaver e Timothy Bovaird, da Universidade Nacional Australiana, andam brincando com um conceito conhecido como a relação de Titius-Bode. Ela foi descoberta em 1766 por Johann Titius e popularizada por Johann Bode em 1772, numa época em que apenas um sistema planetário era conhecido: o nosso. A dupla notou que as órbitas dos planetas pareciam obedecer a uma regra matemática simples.

(Você se interessa pelo tema busca por vida extraterrestre e deseja se aprofundar no assunto? Dê uma olhadinha nisto aqui!)

Olhe para esta sequência de números:

0, 3, 6, 12, 24, 48, 96, 192, 384…

À exceção dos dois primeiros, todos os outros são o dobro do anterior. Baba. Agora, mais uma operação matemática simples. Some 4 a todos eles. Terminamos com:

4, 7, 10, 16, 28, 52, 100, 196, 388…

Agora divida tudo por dez. E eu juro que esta é a última conta que você vai precisar fazer aqui hoje. Pois agora, como num truque de mágica, você pode usar esta sequência para prever as distâncias médias que cada um dos planetas do nosso Sistema Solar guarda do Sol, em unidades astronômicas (UA). Uma unidade astronômica é, por definição, a distância média da Terra ao Sol, cerca de 150 milhões de km. Mas veja como (quase) tudo se encaixa.

Planeta Distância T-B (UA) Distância real (UA)
Mercúrio 0,4 0,39
Vênus 0,7 0,72
Terra 1,0 1,00
Marte 1,6 1,52
Ceres (cinturão de asteroides) 2,8 2,77
Júpiter 5,2 5,20
Saturno 10,0 9,54
Urano 19,6 19,20
Netuno 38,8 30,06

Note que, quando Titius e Bode primeiro revelaram essa estranha coincidência, a posição entre Marte e Júpiter estava vazia, e o último planeta conhecido era Saturno. Não só Urano, descoberto em 1781, seguia bem de perto a tal regra, como o astrônomo Giuseppe Piazzi encontraria, em 1801, o planeta anão Ceres (feito famoso recentemente pela espaçonave Dawn) bem onde a singela relação matemática sugeriria a possível presença de alguma coisa.

Acabou que eram algumas coisas — havia um cinturão de asteroides inteiro naquele espaço, o que roubou parte da magia da previsão. E Netuno, o oitavo planeta, descoberto em 1846, também não seguia de perto a regra, o que acabou levando os astrônomos a tratá-la como nada mais que uma grande, enorme, imensa coincidência.

SÓ QUE NÃO
Lineweaver e Bovaird parecem determinados a reabilitar a velha relação, usando para isso os planetas fora do Sistema Solar. Em 2013, o Mensageiro Sideral descreveu um trabalho da dupla que demonstrava que uma versão genérica da regra de Titius-Bode (em que os parâmetros iniciais e de multiplicação variam) parecia se encaixar incrivelmente às arquiteturas dos sistemas multiplanetários descobertos até então.

À moda dos astrônomos do século 18, os australianos então usaram os espaços “vazios” indicados pela regrinha para “prever” a existência de 141 exoplanetas ainda não descobertos em sistemas previamente estudados.

Em seguida, outros astrônomos foram procurá-los, fuçando nos dados públicos do satélite Kepler, o caçador de planetas da Nasa. De 97 planetas previstos pela dupla da Austrália, Chelsea Huang e Gáspár Bakos, da Universidade de Princeton, puderam encontrar apenas cinco. E um sexto que parecia estar ligeiramente no lugar errado, a julgar pela previsão. Na opinião deles, uma confirmação de só cinco planetas, em meio a 97, é muito pouco para redimir a relação de Titius-Bode. “A taxa de detecção está aquém do limite inferior do número esperado, o que indica que o poder de previsão da relação de Titius-Bode é questionável”, escreveram.

Ainda assim, o fato de que cinco planetas candidatos foram descobertos desse modo e estavam todos onde a regrinha sugeria que deveriam estar ainda deixa uma ponta de dúvida (sobretudo porque o sexto, que não obedeceu à relação, se mostrou bem esquisito). Por isso, Lineweaver e Bovaird voltaram à carga, aliados a Steffen Jacobsen, da Universidade de Copenhague.

VIÉS DE SELEÇÃO
O novo estudo leva em conta uma amostra ainda maior de sistemas multiplanetários descobertos, mas que parecem “incompletos”, a julgar pela relação de Titius-Bode. E analisa os achados de Huang e Bakos sob a perspectiva de qual deveria ser a taxa de sucesso esperada, chegando à conclusão de que era mais ou menos isso mesmo: 5% das previsões. Afinal, há várias limitações de tamanho dos planetas e de alinhamento dos sistemas que impedem a detecção da maior parte dos planetas “perdidos”.

“Eu considero a detecção de 5% uma evidência de apoio interessante para nossas previsões, porque é isso mesmo que se deveria esperar”, disse Lineweaver ao Mensageiro Sideral. “Também é importante considerar o fato de que todos os outros pesquisadores que estão analisando os sistemas multiplanetários do Kepler sem usar nossas previsões só conseguiram achar dois novos exoplanetas, e esses dois também são consistentes com nossas previsões.”

Na nova lista, os astrônomos foram mais cautelosos, limitando-se a sistemas cuja inclinação favoreça mais a detecção dos planetas “previstos”. No total, eles apresentam 228 mundos “perdidos” em torno de 151 estrelas e fazem uma afirmação ousada, ao prever a taxa desses planetas que deve ser encontrada numa análise mais cuidadosa dos dados brutos do Kepler: 15%.

120 BILHÕES DE TERRAS?
O que nos leva de volta ao começo da história. Se Lineweaver e seus colegas estiverem certos, e a relação de Titius-Bode for mesmo uma boa pista de como se configuram as arquiteturas dos sistemas planetários, juntando as descobertas já confirmadas do Kepler às previsões, cada estrela deve ter em média entre um e três planetas na zona habitável de sua estrela. E logo saberemos se isso está mesmo certo, porque os astrônomos australianos já estão mais uma vez fuçando os dados do satélite em busca das confirmações — e elas devem ser representativas do estado geral dos planetas em toda parte.

“Nosso resultado de um a três planetas é baseado somente nos sistemas descobertos pelo Kepler. Contudo, baseando-nos nas formas mais plausíveis de corrigir os efeitos de seleção do satélite, a evidência favorece fortemente a ideia de que todas as estrelas têm sistemas planetários e que esses sistemas são provavelmente quase todos multiplanetários. Fingir que tudo que o Kepler é capaz de ver é tudo que existe é irrealista.”

O argumento de Lineweaver faz todo sentido. Para detectar planetas, o sistema precisa estar de tal modo alinhado que esses mundos passem periodicamente à frente de suas estrelas com relação ao satélite. Como esses alinhamentos se distribuem aleatoriamente, sabemos que o Kepler só é capaz de, na melhor das hipóteses, detectar 5% dos sistemas existentes numa dada região do céu, e mesmo assim só a poucos milhares de anos-luz de distância. Ou seja, tudo de fascinante que foi descoberto pelo satélite até agora representa 5% do que existe naquela pequena região do céu, e só nas vizinhanças mais próximas do Sistema Solar.

Importante ressaltar que a relação de Titius-Bode não diz nada sobre o tamanho dos objetos que ocupam as faixas indicadas. O que significa dizer que nem todos os planetas presentes na zona habitável de suas estrelas serão rochosos, como a Terra. Em seu novo artigo, publicado no periódico “Monthly Notices of the Royal Astronomical Society”, Lineweaver e seus colegas estimam que um terço desses mundos sejam de fato rochosos (com no máximo 1,5 diâmetro terrestre). Ainda assim, quando você multiplica 2 (média de planetas por sistema) por 0,3 (percentual de planetas rochosos) por 200 bilhões (estimativa do número de estrelas na Via Láctea), terminamos com nada menos que 120 bilhões de mundos similares em composição à Terra e posicionados numa região do sistema planetário compatível com a presença de água líquido — requisito essencial para a vida.

É um pensamento tão assustador quanto encantador. Como não perder algum tempo refletindo sobre esses números e imaginando a incrível variedade de sistemas existentes lá fora? A cada momento descobrimos algo incrível sobre os diversos mundos que orbitam o nosso Sol, aqui no quintal de casa. Imagine isso multiplicado por centenas de bilhões, só para a nossa Via Láctea. E então imagine centenas de bilhões de galáxias como a nossa. Este é o Universo em que vivemos. Não dá para não se apaixonar. E tenho certeza de que Titius e Bode teriam ficado encantados com tudo isso, estivessem aqui conosco.

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Comentários

  1. Salvador, no caso do nosso sistema planetário, para usar a equação usamos a UA e como vimos, parece ter uma alta porcentagem de acerto. Mas, ao estudarmos outros sistemas, não seria plausível que cada um deles tenham uma unidade de medida própria para que seja aplicada a teoria proposta? Nisso levaríamos em consideração o tamanho da estrela, por exemplo.

    1. Unidades são intercambiáveis, sem mudar as relações matemáticas intrínsecas.

  2. Salvador, existe algum estudo ou teoria que sustente esta relação de Titius-Bode? Tipo assim: a estrela cria ondas gravitacionais gerando locais onde é mais fácil a aglomeração de pequenas partículas para formação de planetas? Ou é pura observação matemática mesmo? Na minha opinião ser for puramente matemática a possibilidade de ser coincidência e portanto furada é enorme não é? Um abraço!

    1. As teorias de formação planetária ainda não dão conta da relação. Algum processo de ressonância deve estar envolvido.

    2. Titius-Bode é uma relação de probabilidade e não uma certeza absoluta, por isso tem também seu grau ou margem de erro.

      quando um sistema solar surge, a regra básica é “quem se formar primeiro leva a maior fatia”, então, cada protoplaneta vai brigar para agregar o máximo de matéria disponível e quem for mais rápido ou tiver maior abundância na sua frente vira um gigante gasoso, dai o gigante começa a influenciar sua vizinhança e se tiver outros planetas próximos podem ser lançados para outras órbitas.

      inicialmente nossos cálculos se baseavam apenas naquilo que conhecíamos do nosso sistema solar, que é já organizado e com gigantes gasosos afastados dos planetas rochosos, daí partimos desse padrão e as simulações não levam em conta a forma como a matéria que forma o disco planetário se comporta.

  3. Salvador, será que os cientistas acreditam, ou contam com a possibilidade de haver vida, em condições diferentes das que nós consideramos essenciais?

    1. Alguns deles trabalham nisso, mas tudo indica que a nossa bioquímica é mesmo a mais comum e versátil.

  4. Quanto mais pensamos nessa imensidão, mais vemos o quanto somos pequenos e ignorantes ao ponto de nos acharmos únicos em algo tão grande que nossa mente custa a conseguir imaginar… fascinante!

  5. Empolgante seu texto Salvador!

    Uma dúvida:
    – Os pesquisadores encontraram 5% dos planetas previstos pela relação de Titius-Bode;
    – O autor afirma que o Kepler consegue detectar apenas 5% dos planetas de determinada região (justamente os que a órbita em relação a sua estrela está em um plano favorável a observação do transito);
    – E conclui que por isso esses 5% poderiam ser na verdade 100% segundo a relação de Titius-Bode; apenas não foram observados pela limitação do Kepler (método do trânsito, só há 5% em plano favoravel para observação da Terra). Entendi direito?
    A dúvida é:
    os planetas não giram todos mais ou menos no mesmo plano orbital? Logo, se existem outros 95% que não puderam ser observados, eles estão também todos juntos no mesmo plano orbital…
    OS 5% de coincidência observados seriam 5% mesmo…não dá para colocar na conta planetas de planos orbitais que “não foram observados porque não realizam transito”…
    Correto?

    1. A segunda parte do seu raciocínio está correta.
      O que acontece é que o alinhamento não é exato. Então, para muitos sistemas, os planetas mais próximos da estrela são detectáveis porque, apesar de o ângulo de visada estar um pouco desalinhado com relação ao Kepler, a proximidade faz com que eles passem à frente da estrela. Conforme você se afasta mais, o ângulo tem um efeito cada vez maior, e os planetas mais distantes podem ser perdidos.
      Além disso, tamanho é importante. Planetas pequenos podem escapar às detecções.
      Então, quando você analisa os sistemas do Kepler, mesmo considerando que todos estão suficientemente alinhados para observarmos trânsitos de planetas, ainda assim muitos planetas previstos permanecerão “perdidos”. Levando em conta esses fatores, os pesquisadores esperam elevar a recuperação deles a 15%. Veremos.

  6. Bom dia Salvador!

    Sou leitor assíduo do teu blog e fiquei atônito com este seu último post..com toda a certeza não estamos sozinhos, o que somos ou porquê estamos aqui não sabemos, mas creio que saibamos em breve. Hoje li um artigo na science mag que diz que existe a possibilidade de existir um vasto reservatório de água contendo 3x mais do que a quantia existente em nossos oceanos, derrubando assim a teoria de que teriam sido meteoros e asteroides com água que ao se chocar com o nosso planeta os responsáveis por toda essa imensidão aquática. Gostaria de saber a sua opinião a respeito disso, vou te deixar o link pra ti dar uma olhada: http://www.sciencemag.org/content/344/6189/1265
    Aguardemos por novas e surpreendentes novidades!

    1. Rodney, sim, há muita água no manto terrestre, e ela foi trazida por asteroides — mas ainda durante a própria formação do planeta, e não depois como se costuma pensar. Ou seja, a Terra já nasceu molhada.

  7. Stephen Hawking publicou um artigo alertando que nossas transmissões eletromagnéticas (sons, imagens e dados) poderiam ser interceptadas por uma civilização alienígena tecnologicamente ultra avançada, o que seria um risco altíssimo pra toda a humanidade. Porque então o contrário não ocorre, já que até hoje não captamos um Hi-Hi-Ha-Hai de algum Sílvio Santos alienígena?

    1. Porque precisaríamos de um radiotelescópio do tamanho da Lua. É aí que entra o “ultra-avançadas”. 🙂

  8. Enquanto isso, no outro jornal daqui mesmo do Estado de São Paulo, a matéria que desinforma: “Via Láctea pode ter bilhões de estrelas na zona habitável” (sentimento: vergonha alheia).

  9. Certa vez conversando com um amigo comentamos se há ou não vida em outros planetas, rapidamente pensamos a mesma coisa: SIM!

    O fato de não termos captado algum sinal vinda de outra civilização não significa que elas não existam, pode ser que nós não temos a mesma tecnologia de comunicação deles, pode ser que eles possuem a mesma dificuldade de encontrar nosso planeta assim como nós temos em acha-los, pode ser que eles até estejam se comunicando e nós ainda não somos capazes de compreender a mensagem.

    Cada ano que passa fico torcendo por novas descobertas, quem sabe daqui em uma década possamos confirmar aquilo que muitos já acreditam.

  10. Sarvado, bao o seu texto. Eu tava matutando aqui co meu vizinho do sitio, o cumpadi Xico e nois chego a concrusao qui essi nome “habitavel” gera muita confusao nas cabeca do povo. As “Habitabilidade” di um praneta nao dependi so da temperatura, mais de uma infinidade di fator, levando-si im consideracao a vida basiada no Carbono como nois conhece hoji. Mas di repenti si a vida in otros praneta for baseada in silicio , as coisa pode se diferente, ne?

  11. Caro Salvador!

    Um raciocínio que está além do meu entendimento.
    Se há um limite do universo, o que existirá além deste limite? Um vazio? É algo muito difícil de entender.

    1. Ele se estende até onde se pode ver. Se numa escala muito maior ele é curvo (por exemplo, se fechando sobre si mesmo, de forma que quem vai sempre em frente retorna ao ponto de partida), não sabemos.

  12. Salvador, não é meio arbitrário fazer todas as contas da relação TB usando a UA como base? Se vivêssemos em Marte, nossa “UA” seria outra. Será que neste caso haveria uma equação que desse o mesmo resultado prático de detecção de planetas? Acho que usar a distância do nosso “planetinha” ao Sol para toda essa teoria é como voltar a pensar que a Terra é o centro do Universo. Que pensas disto?

    1. Se você trocar a unidade, vai manter a proporção. Mudam os números, mas a proporção é a mesma.

  13. Tenho uma dúvida bem básica (tão básica que dá vergonha de escrever… enfim…).

    Por que acreditamos que um planeta para ser habitável (ou possuir vida, sei lá) tem que ter condições parecidas com a Terra?

    Não é muita presunção (ou inocência) nossa acreditar que toda vida se comporta da mesma maneira e precisa das mesmas coisas?

    1. Tatiana, talvez exista vida diferente, mas ninguém nunca viu solvente melhor que água e átomo mais versátil que o carbono. Vida como a conhecemos parece ser a que tem o maior potencial, do ponto de vista bioquímico!

    1. Isso aí não passa muito do argumento velho e intuitivo que cada um pode fazer, sem Titius & B pelo meio, de que com tantas estrelas e galáxias (grandes variações entre cifras já tão gigantescas não importam nada) seria impossível não haver vida inteligente por aí. De minha parte acho que mais relevante, fantástico e cientificamente relevante seria encontrar um mísero e primaríssimo micro-organismo aqui no sistema solar. Aí sim a coisa fica interessante. P.S. A descoberta de Titius, essa sim, é fantástica e intrigante, mesmo que só valha por aqui

    2. Sim, seria. Como seria um grande desperdício da criação Divina, tantos planetas e sóis, apenas pra enfeitar nossa visão. Tudo no Universo tem um propósito, e nem toda vida depende das mesmas condições para existir. Evidentemente, existem seres de formas e condições diferentes, que não necessitam de água, como no caso do nosso organismos. Há organismos que vivem apenas de luz e calor.]

    3. As condições especificas da terra para abrigar vida inteligente são tão impróprias à natureza do universo que chega ser uma aberração. Desde a distancia da lua e a camada de ozônio tão fina até a presença estratégica de Júpiter, são condições apenas momentâneas que podem ser alteradas a qualquer momento considerando-se que o universo não é calmo e tranquilo como como nos parece daqui debaixo. Logo, mesmo com toda essa dimensão astronômica de similaridades com a terra é muito pouco provável que exista vida como a nossa fora daqui.

  14. Queimaram Giordano Bruno por isso, exatamente.
    Incrível como o mundo dá voltas históricas e o conhecimento é indelével.

  15. Agora o paradoxo de Ferni ficou ainda mais intrigante e pertubador, tanto quanto uma coceira atrás do globo ocular.

  16. Nesse tipo de texto que paro pra pensar numa frase que não lembro onde vi (ou ouvi) de que mais assustador do encontrar vida extraterreste seria se não existisse vida extraterrestre.

  17. Obrigado Salvador por deixar o dia melhor com os seus posts, comecei a acompanhar recentemente o Mensageiro Sideral e já virei fã. Sempre fui fascinado por astronomia e a maneira “coloquial” que você escreve sobre assuntos complexos e de difícil compreensão com uma pitada de imaginação ( essa última a parte que eu acho mais legal pois sempre me permito fazer o mesmo ) é simplesmente sensacional.
    E já que estamos falando sobre possíveis mundos e consequentemente vida inteligente, aguardo com ansiedade algumas palavras suas sobre o paradoxo de Fermi.
    Continue com o bom trabalho

  18. Bilhões e bilhões, como disse Carl Sagan… Parabéns pelo excelente artigo.

  19. Caro Salvador,
    sou fanático por astronomia, e portanto por sua coluna também. Há muito tempo, li “Alone” (Sós no Universo), e confesso, que mesmo após todas as demonstrações de alta probabilidade de não haver outras civilizações inteligentes neste imenso Universo, confesso que me senti um pouco frustrado. Passado um longo tempo desde então, volto a crer que essa probabilidade não é tão pequena como se supunha anos atrás. O que Vc acha?
    Abraço
    Roberto

    1. Eu acho praticamente impossível que não exista. Mas acho também plausível que os mais próximos estejam longe demais para que os encontremos. Só saberemos procurando! 🙂

      1. Encontrar, talvez seja difícil, mas ouvir? Já devíamos estar ouvindo eles. O paradoxo de Fermi está pior que uma coceira atrás do globo ocular! Acredito que exista, mas kd esse povo?

      2. Mas, como diria Enrico Fermi, “onde estão os outros”?

        Com tantos mundos disponíveis, por que ainda não encontramos indícios de outras civilizações?

        Cada vez mais acredito na hipótese do “Grande Filtro”, ou seja, em qualquer mundo em que ocorrer vida, em algum momento esta passará por algum evento cataclísmico que vai impedir o surgimento de uma civilização alienígena.

        Só precisamos torcer que já tenhamos passado pelo “Grande Filtro”. Senão, estamos ferrados.

  20. Nosso planeta é apenas um grão de areia na vastidão do universo. Pena que somos tão atrasados tecnologicamente para fazer contato com alguma civilização alienígena.Quando vejo Star Wars ou Galáctica, percebo que que não é tão impossível assim existirem fatos semelhantes em algum lugar do universo.

  21. Ótimo Texto Mensageiro! Gostei da referência do “tão assustador quanto encantador”. Me lembra Arthur C. Clarke 😀

  22. O que eu acho intrigante é que com tantos mundos hipoteticamente aptos a sustentar vida, até este minuto (que eu saiba) ainda não tivemos qualquer sinal de vida inteligente vinda das vizinhanças estelares ou dos confins cósmicos, nenhum mísero ‘bip’ até hoje foi captado. Será que se existe vida nós somos a única forma inteligente, e tecnologicamente avançada em todo o Universo?

    1. Procuramos pouco e ainda por cima só pegaríamos algo se eles estivessem transmitindo na nossa direção! É preciso sorte!

  23. Nogueira ,
    interessante e curiosa a ” coincidência” demonstrada …isso leva crer que há uma condição cósmica desconhecida ainda para que esse fato ocorra independente do efeito aleatório ….

    1. Sim, algum padrão de ressonância deve moldar a formação dos sistemas, caso a relação de TB se confirme.

  24. Desde as ideias de Giordano Bruno que esse privilégio da Terra ser o único lugar habitável e habitado no universo vem perdendo força. No meu imaginário, há pelo menos umas cinco décadas eu já carrego essa convicção de que no universo existem milhões ou bilhões de planetas habitáveis e habitados. Só mesmo um milagre, intervenção divina, é capaz de impedir que essa não seja a verdade.

    1. Bem, eu particularmente, e não digo grosseiramente, porque creio muito no Cristo, e em suas palavras, podemos entender nas entrelinhas:
      Quando Ele diz em João 14: 2 e 3: “Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar.
      E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também.”
      O quê seriam estas muitas moradas, se não fossem os muitos mundos habitáveis que pululam por este Universo, sem que suspeitemos, mas o Cristo já nos dissera isso 2000 anos atrás, até porque, Ele mesmo veio de um destes mundos…..

  25. Texto interessantíssimo!

    Me pergunto: será que a gravidade exercida pelas estrelas e a gravidade dos próprios planetas não influenciaria nesta regrinha, gerando os desvios que foram indicados, como no caso de Netuno?

    Ademais, como sempre, o Universo (e quanto ainda não sabemos dele) é fascinante.

  26. Suponho que esta distância (e largura) da zona habitável deve ser diferente em estrelas mais quentes ou mais frias que o Sol.

  27. Uau! Mas veja bem, apenas uma observação: não dá pra saber se os planetas têm a mesma composição da terra.

    Somente parte dessas estrelas derivou da explosão de supernovas, a concentração de elementos diferentes na nuvem decorrente da explosão deve ser variável, sua distribuição no disco de matéria que formaria os sistemas planetários tb deve ser variável, enfim… muita incerteza nesse número! mesmo assim, podem ser ainda bilhões de planetas composicionalmente semelhantes, o que é um número impressionante!

    Obrigado pela informação, adoro seu blog!

  28. Caro Salvador. Antes de mais nada, parabéns por essa matéria que mexe por demais com a nossa imaginação. Li às pressas seu artigo. Pretendo lê-lo mais vezes e com mais calma anexando-o aos meus favoritos. Se meu professor de Geografia e Astronomia (Pe. Hugo Greco, falecido, que conhecia o céu como a palma da própria mão) estivesse entre nós hoje, com certeza iria vibrar com essa notícia. Isso nos faz refletir, pensar, filosofar sobre a imensidão do macro-cosmo. Sendo que há ainda aqueles que acreditam em múltiplos universos. Meu Deus, onde vamos chegar? Como surgiu tudo isso? Sem falar que tudo isso que vemos, segundo alguns, é apenas 5% da matéria sendo que a demais é matéria escura e por enquanto invisível… Na verdade não sei o que me impressiona mais, se o macro ou o micro-cosmo… E uma pergunta nos vem à mente, quem, quando, por quê, para que???? PARABÉNS PELA SUA MATÉRIA

      1. E nós estamos exatamente no meio, entre o micro- e o macrocosmo. Isso na nossa percepção. E como nós somos serem vivos, que nos microcosmo há quase só seres vivos, no macrocosmos deve ser assim também. Para mim o universo é um SER VIVO.

  29. ” Não dá para não se apaixonar. ”

    Isso exprime exatamente o nosso sentimento aqui também Salvador!

    [ ]´s

    1. Veja como somos pequeno. Não pela grandeza do espaço sideral. Mas sim, pela nosso sobeja ignorância. Ao invés de sermos apaixonados, fanáticos, loucos, pelo que existe no universo, sejamos sim, tudo isso e muito mais, pelo seu CRIADOR. Pelo homem que é PAI de todas as ciências. Que faz das suas palavras verbais, surgirem matérias e vidas. É, isso! Não pense que do nada surja alguma coisa. Surge coisas do nada sim, quando o VERDADEIRO ALQUIMISTA e CRIADOR, pode fazer o nada virar o que ele QUISER. Ou seja, o CRIADOR, é PAI e Autor de toda obra. Enquanto nós, somos ignorantes por não reconhecer o Autor da CRIAÇÃO. É como contemplar uma obra prima, sem contudo, pelo menos saber o nome do Autor. A natureza do universo, está fundada no simbólico e diabólico, isto é, o BEM E O MAL, numa disputa incessante. Ou seja, tua morte é minha vida. O belo é apenas simbólico, porque a verdadeira beleza não está a disposição dos nossos olhos materiais. Com isso, no universo rege uma LEI, qual seja, alguém tem que morrer para outros poder viver. Na terra é assim, no mar é assim, no espaço tem que ser assim também. Pois se trata de uma Lei universal, como é a Lei da gravidade. Contemplamos a natureza na sua plenitude e beleza, mas amaremos loucamente apenas seu CRIADOR, SEU filho REDENTOR E O ESPÍRITO SANTO. É nesse tripé, que devemos fincar estacas, para fundamentar nossa ciência e a verdadeira SABEDORIA do Universo em nossa volta.

  30. Bom dia Salvador!

    Obrigado por mais uma matéria, que faz o par de neurônios tico e teco trabalhar intensivamente dentro de minha cachola. De fato os números são pra lá de assustadores considerando toda a extensão do universo conhecido hoje. Digo hoje porque se o universo está em constante e acelerada expansão, não poderíamos conceber a mais maluca ideia de que existiriam “sistemas” muito além do observável/detectável pelas tecnologias atuais? Entendo que assumir como minimamente razoável a minha ideia colocaria em xeque a própria idade do universo, mas as grandezas são tão astronômicas que devem “permitir” algum erro não intencional, mas fruto de nossa insignificância ou limitação dentro do contexto. Também, considerando os 13,8 bilhões de anos da existência do universo, não seria possível assumir que eventos inimagináveis para nós tivessem ocorridos e por alguma razão, liquidado sistemas inteiros cujos resultados saberemos somente num futuro distante? De fato, não dá para não se apaixonar.

  31. DISSE MESTRE JESUS…MEU PAI TEM VARIAS MORADAS…BOM DEMAIS…SAIR DESTE PURGATÓRIO… VIVA OUTRAS DIMENSÕES.

  32. É bem estranho que, no meio do que parece ser caótico (resultado disso, pelo menos, é), há uma organização matemática que leva a coincidência para o buraco negro. Se esses parâmetros se confirmarem em sistemas alienígenas, estarei de acordo com aqueles que afirmam que tudo na vida é matemática, até a própria Vida.

  33. Salvador, como sempre, ótimo texto! Não resisti e revisitei a Equação de Drake. Atualizando a equação com os dados que este seu novo texto apresentam, teríamos:

    N = R* x fp x ne x fl x fi x fc x L

    N = 1 × 0,2 × 1 × 1 × 1 × 0,1 × 1.000 = 20 (Drake, 1961)

    N = 2 x 1 x 0,2 x 1 x 0,05 x 1 x 200 = 4 (S. Nogueira, dez. 2014)

    N = 7 x 1 x 2 x 0,33 x 0,05 x 0,2 x 200 = 9,24 (novos dados, mar. 2015)

    Na verdade, seu texto atualiza apenas ne. Mas aproveitei para atualizar outros dados também…

    1. Heitor, gosto mais da minha estimativa anterior, porque se fecha de forma conservadora em estrelas mais parecidas com o Sol e não depende de a relação de Titius-Bode estar correta, algo que ainda precisamos confirmar. Mas a equação de Drake é divertida por essa razão: admite números e especulações vastamente diferentes!

  34. Sou um principiante no assunto e, após ler alguns livros e acompanhar este blog, sinto-me cada vez mais apaixonado pela astronomia. A forma como Salvador escreve e os temas abordados me forçam a procurar, cada vez mais, por textos, estudos e pesquisas sobre as maravilhas do universo. A propósito, acompanho a sua coluna no Jornal das 10 na Globonews e já li o livro ‘Extraterrestres’ e os recomendo. Parabéns, Salvador e obrigado pelas constantes e formidáveis informações!

  35. Pura perda de tempo e dinheiro os cientistas estudando, questionando e lançando satélites para saber de outros planetas afora que estão na zona habitável. Pura utopia, o homem não terá tempo de saber a certeza absoluta.
    Enquanto isso, o dinheiro e tempo desperdiçado lá fora, os cientistas poderiam tentar algo para salvar NOSSO PLANETA E A ÁGUA que com certeza estão com dias contados, ou melhor anos ou séculos.
    Não adianta procurar o impossível enquanto é possível ainda reverter o quadro atual da terra.

    1. Talvez nesta busca que você diz ser inútil, nós consigamos achar uma foram de salvar a humanidade, um modo de viver fora da Terra, por exemplo. As descobertas científicas úteis para a vida práica geralmente acontecem como efeito colateral de outras pesquisas aparentemente inúteis. O Sol e a Terra irão um dia morrer de qualquer jeito, então temos sim que olhar para o céu.

    2. É justamente por estes dias contados, que estamos procurando alternativas para o caso de a Terra tornar-se inabitável, meu amigo. Pense nisso, e não desperdice comentários, sem um profundo balizamento.

  36. Acho que faltou explicar mais precisamente o que seria a zona habitável, além da Terra ha outro planeta na zona habitável do Sol? Essas distâncias em UA como ficam em estrelas maiores ou menores que o Sol?

    1. As distâncias variam conforme o tamanho da estrela, e há várias definições para a faixa da zona habitável. Mas no artigo os pesquisadores usam três delas e chegam praticamente ao mesmo resultado.

  37. Evidências de que o universo segue regras, de que há uma inteligência por trás de cada fenômeno não aleatório da natureza. É Abba, o grande arquiteto, que fez vir à existência todas as coisa à partir daquilo que não existia.

  38. Muito interessante, mas se a relação de Titius-Bode pode ser aplicada para espaços vazios entre planetas, ela também poderia ser utilizada para os planetas nos limites inferiores e superiores, digo, não apenas entre eles mas além dos primeiro e último da cadeia, ou fileira de planetas?

    1. Sempre vai ter um fator arbitrário na distribuição, que Lineweaver e seus colegas acreditam ser o primeiro planeta a se formar. Onde quer que aconteça, ele servirá de “maestro”, guiando a distribuição dos demais.

      1. Salvador, Então pela ordem no nosso sistema solar, Jupiter teria sido o primeiro planeta, por ser o maior? Como isso influenciaria na orbita, distancia e formação dos demais?

  39. Salvador, se temos 200 bilhões de estrelas apenas na Via Láctea, quantas teremos no Universo? Assustadores estes números não é mesmo? Parabéns novamente pelo Blog.

  40. Certo já fiz minha conta- então temos 600 bilhões de planetas, a minha pergunta é, dois corpos conseguem ocupar o mesmo espaço? se existe 600 bilhões de planetas, porquê é que não vejo eles nem com luneta?

  41. “zona habitável — a região nem muito quente, nem muito fria, que permite a presença de água em estado líquido na superfície. É basicamente a condição essencial para a existência de vida”

    Ai já vejo uma evidencia de um GRANDE ERRO:

    Não conhecemos nem se quer 1% do universo, não temos evidencia se há outras espécies fora do planeta terra, também não podemos afirmar que elas existem.

    Como podemos definir o que é condição essencial para vida ? para as que conhecemos pode até ser… mas será que todas as possíveis vidas existentes pelo universo necessitam das mesmas condições ?

    Nem se quer sabemos direito explicar o que é vida:

    Se vida é uma substancia, ou energia ou matéria ( claro qualquer uma das alternativas por questões de física pode ser transferida de um corpo à outro, e até o momento NENHUM cientista conseguiu dar vida à algo inanimado, por exemplo uma pedra )

    1. A definição de vida usada pela Nasa é bem ampla, “um sistema químico auto-sustentado capaz de sofrer evolução darwiniana”. Contudo, claro, água é fundamental para vida como a conhecemos, ou seja, similar à terrestre. Pode haver outros tipos? Pode. Mas nunca vimos. 😉

  42. AS LENTES DA NASA CONSEGUE VER ESTAS ESTRELAS E PLANETAS A MILHÕES DE ANOS LUZ DE DISTÂNCIA DO NOSSO PLANETA TERRA, MUITO BEM.
    AGORA, CAI UM AVIÃO NO MAR COM SERES HUMANOS DENTRO, A UM PALMO DE DISTANCIA DO NARIZ DESTAS LENTES, E ESTE TELESCÓPIO MARAVILHOSO E VESGO, NÃO CONSEGUE ENXERGA-LOS. (?)
    É DEUS APANHANDO O HOMEM NA SUA PRÓPRIA SABEDORIA.

    1. Dia desses encontraram um avião que desapareceu há algumas décadas. Fique tranquilo que o da Air Malásia será encontrado cedo ou tarde…

    2. Ahan, eles podem apontar aquele telescópio do Chile por exemplo, para o Oceano Índico e/ou Pacífico!
      “É melhor ficar quieto e acharem que você é um idiota, do que abrir a boca e acabar com a dúvida”.

    3. O que é mais fácil? Ver uma floresta a 10 km de distância ou ver uma formiga a 10 metros? Pare e raciocine um pouquinho.

  43. Como não duvidar de vida inteligente fora da terra…?
    A questão agora é.. quando iremos encontrá-los?

    1. Opa, opa… Duvidar da vida, confesso que é difícil. Agora duvidar de vida inteligente é mais plausível.

  44. Quais os três planetas na zona habitavel do nosso sistema solar? Seriam Venus, Terra e Marte?
    Se for assim poderiam aplicar tambem a regra de 1/3 dos planetas abrigarem vida?
    Mais uma vez vejo pura especulação de alguns cientistas. Tadinhos se eles não divulgam nada também não recebem $, nesse caso vale até mesmo se basear numa teoria vazia de 2-3 séculos atrás.
    Lamentável!

    1. Batista, provavelmente Vênus já esteve na zona habitável quando o Sol era menos brilhante, bilhões de anos atrás. (Há evidência de que o planeta teve bastante água no passado.) Já Marte, fosse maior, provavelmente seria habitável até hoje (sabemos que já foi no passado).

  45. Mas Salvador, as 200 bilhões de estrelas na via láctea não tem o mesmo tamanho do Sol e a zona habitável varia de acordo com isso? essa conta considerou isso?
    Imaginei um numero de 1bilhão apenas (0,5% do total de estrelas e isso já da possibilidades de existirem mundos com condições semelhantes a nossa, de satelites orbitando planetas, de planetas com melhores condições de abrigar vida, menores, é bastante possibilidade

    1. A região da zona habitável varia, mas muitos sistemas são mais compactos que o nosso, compensando esse efeito.

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