Caso ESO: falta só a canetada da Dilma

Salvador Nogueira

O Senado acompanhou a movimentação recente da Câmara dos Deputados e aprovou na noite de quinta-feira (14) o Projeto de Decreto Legislativo que permite a adesão do Brasil ao ESO, a maior organização astronômica do mundo. Agora, para nos tornarmos sócios do Observatório Europeu do Sul, dependemos apenas de uma canetada da presidenta Dilma Rousseff, ratificando o acordo e colocando o projeto no Orçamento federal — tem que pagar a conta.

(Fui alertado para o fato de que Decretos Legislativos não passam pelo Executivo, de forma que, na burocracia da tramitação, falta apenas a assinatura do presidente do Senado, Renan Calheiros. Ainda assim, Dilma terá de abraçar a causa a partir de agora, ratificando o acordo por meio de um Decreto Presidencial e disponibilizando verbas para ele, para não passarmos vergonha lá fora.)

Concepção artística do E-ELT, maior telescópio do mundo, a ser construído pelo ESO (Crédito: ESO)
Concepção artística do E-ELT, maior telescópio do mundo, a ser construído pelo ESO (Crédito: ESO)

Estamos vivendo uma das épocas mais empolgantes da história da astronomia e me anima que tantas portas importantes estejam se abrindo para a comunidade científica brasileira. Hoje mesmo, o UOL reproduz texto do meu amigo Marcos Pivetta, da revista “Pesquisa Fapesp”, que destaca as participações bancadas pelo governo estadual de São Paulo no Giant Magellan Telescope (GMT), no projeto Llama de radioastronomia, feito em parceria com a Argentina, no consórcio para a construção do Cherenkov Telescope Array, ao lado de outros 28 países, e no projeto J-PAS, feito em parceria com a Espanha, para decifrar os enigmas da matéria escura e da energia escura.

O Brasil já participa há anos de outros consórcios importantes, como o observatório Gemini (que conta com dois telescópios de grande porte, um no Havaí e outro no Chile) e o CFHT (Canada-France-Hawaii Telescope), além da propriedade majoritária do telescópio SOAR, no Chile. Esperemos que as novas iniciativas não abalem os importantes laços que temos com essas instalações, responsáveis por produção de ciência de primeira linha.

É inegável, contudo, que o ESO é a maior joia da coroa, por assim dizer. Com a entrada na organização, os pesquisadores brasileiros passam também a ter acesso a uma infra-estrutura incrível, que inclui o telescópio de La Silla, o mais produtivo na busca por exoplanetas, o conjunto de radiotelescópios ALMA e os quatro telescópios que compõem o VLT (Very Large Telescope), além de futuro acesso ao E-ELT (European Extremely Large Telescope), que ainda está por ser construído. Se você está naquele momento da vida em que é hora de escolher sua profissão e está considerando seguir carreira em ciência aqui no Brasil, astronomia nunca foi uma pedida tão boa.

Até porque a comunidade astronômica brasileira hoje não é muito grande, e o acesso a todos esses equipamentos só poderá ser plenamente utilizado e justificado se ela crescer nos próximos anos. Em Portugal, quando o país entrou no ESO, foi o que aconteceu — a comunidade astronômica lusa cresceu por um fator de dez. Esperamos efeito similar do outro lado do oceano, mas para isso será preciso trabalhar um bocado, dentro e fora dos círculos acadêmicos.

Então, enquanto o Mensageiro Sideral fica de olho no governo, que precisa cumprir com as obrigações assumidas diante de seus parceiros estrangeiros (no ESO, são 370 milhões de euros até 2021), fica o chamamento à ação para os astrônomos brasileiros: precisamos trazer a molecada para a área e fazer a coisa ferver por aqui. Descobertas incríveis nos aguardam lá fora, e desenvolvimentos tecnológicos são muito necessários aqui na Terra. O Brasil tem de fazer parte disso.

Como já dizia o tio Ben, “com grandes poderes vêm grandes responsabilidades”.

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Comentários

  1. Se tiver juízo, Dilma vai ignorar mais esse desperdício de dinheiro público. Como se não bastasse o terrível período que a nossa economia está passando e com as enormes carências sociais que temos. Precisamos, literalmente, ter os pés no chão. Quem quiser brincar de Carl Sagan, que o faça com seus próprios meios…

    1. É fato que o Brasil passa por dificuldades mas não é por este valor que será gasto nos próximos 6 anos.
      Muitos como você são contra o desenvolvimento tecnológico e científico porque consideram que promovem a concentração de renda na mão da elite. Ideia absurda achar que desenvolvimento tecnológico e científico tem de bater de frente com programas sociais. Já que se preocupa tanto com o resgate social (que é importante) aponte suas críticas para a corrupção que tem se demonstrado muito profícua entre aqueles que se dizem ao lado do povo.

    2. “Se tiver juízo, D. Manuel I vai ignorar mais esse desperdício de dinheiro público. Como se não bastasse o terrível período que a nossa economia está passando e com as enormes carências sociais que temos. Precisamos, literalmente, ter os pés no chão. Quem quiser brincar de Pedro Álvares Cabral, que o faça com seus próprios meios…”..

      Queria que REALMENTE o D. Manuel tivesse ignorado o “desperdício” de dinheiro público, assim Cabral não teria descoberto essa bosta de país e eu não teria lido essa MERDA de comentário.

  2. 370 milhões de euros até 2021 é dinheiro de pinga, para se ter a possibilidade de participar de mega projetos astronômicos e científicos, o programa espacial brasileiro por exemplo é basicamento uma lenda, sem dinheiro e sem expectativas e seriedade por parte dos nosso políticos bucaneiros, que a tal da Dilma e os caras lá do Congresso assinem e o dinheiro seja realmente enviado, o boleto pago, e que tenhamos neses anos de escuridão cultural e avanço tecnológico um pouco de luz no fim do túnel.

  3. Salvador, você concorda com essa frase?

    “O universo é completamente destituído de consciência”

    1. É capciosa. Nós fazemos parte do Universo e temos consciência, logo ele não é destituído de consciência. Sagan dizia que nós somos o Universo tentando entender a si mesmo. 😉

  4. Salvador, quanto ao trâmite acredito que não é apenas uma questão orçamentária depois da aprovação do Projeto de Decreto Legislativo. Não estou querendo dizer que a presidente não irá adotá-lo, mas vejamos as seguintes questões:
    A participação do Brasil na ESO resulta de acordos internacionais. Conforme a Constituição Federal Art 84, VIII, compete ao Presidente da República celebrar tratados, convenções e atos internacionais sujeitos a referendo do Congresso Nacional.
    Estabelecido o tratado, ocorre a assinatura, no âmbito do Poder Executivo, pelo Presidente da República, ou por autoridade a quem ele tenha dado plenos poderes, poderes esses referendados pelo Ministro das Relações Exteriores. Mas a assinatura não significa que o Estado (no caso o Brasil) está vinculado, é apenas a confirmação de que as negociações se encerraram e a expressão de que o Estado consente na adesão. Isso porque ainda necessita da apreciação parlamentar. No caso da ESO esta etapa já ocorreu.
    Então, o Presidente da Republica encaminhou ao Congresso Nacional, onde, na Câmara e no Senado foi analisado nas Comissões Competentes, sendo aprovado. Portanto, no caso da ESO, mais uma etapa cumprida.
    Esse encaminhamento é previsto na Constituição Federal, da seguinte forma: CF 49, I, compete ao congresso nacional resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional.
    Caso não fosse aprovado o Congresso Nacional teria resolvido, como diz o artigo 49, e apenas comunicaria o Presidente da República quanto à não aprovação. Como foi aprovado, o Presidente do Congresso Nacional (que é o presidente do Senado Federal) o promulgará e o mesmo será publicado no Diário Oficial da União. Essa aprovação pelo congresso nacional é feita por meio de um Decreto Legislativo. No caso da ESO essa aprovação do Congresso já ocorreu, e trata-se do Projeto de Decreto Legislativo 1.287, de 2013, que versa sobre cinco atos internacionais correlacionados.
    Na promulgação, deixará de ser Projeto de Decreto Legislativo e se transformará em Decreto Legislativo. Mas ainda necessita de ratificação do Presidente da República. Ou seja, o Decreto em tese é uma autorização do Congresso Nacional dada ao Presidente da República. Essa ratificação é um ato formal e discricionário, ou seja, poderá ser realizada ou não, pela Presidente. Sendo um ato do Presidente da República é feito por meio de Decreto (não confundir com o Decreto Legislativo do Congresso Nacional). Esse ato (Decreto) do presidente da República está implícito na CF art. 84 VII – compete privativamente ao Presidente da República manter relações com Estados estrangeiros ….
    Esse Decreto do Presidente tem por finalidade atestar que o ato internacional já existe e que foram cumpridas todas as formalidades e que é juridicamente exigível, tornando obrigatória sua observância. Portanto, a ratificação precede a questão orçamentária, não estando o Presidente da República obrigado a cumprir o acordo em função da promulgação do Decreto Legislativo do Congresso Nacional.
    A questão orçamentária passa a ser de cunho interno, e por se tratar de projeto de longo prazo, terá de ser incluído, por Lei especifica, de iniciativa do Presidente no PPA Plano plurianual, assim como ter suas despesas previstas da Lei de Diretrizes Orçamentárias que orientará a LOA – Lei Orçamentária Anual, que é o Orçamento Púbico.
    Fico na torcida pela ratificação.
    E, leigo que sou no assunto tratado em sua coluna, vou ficando atento às suas publicações, que são ótimas, para saciar minhas curiosidades quanto aos segredos do Universo que nos cerca.
    Bacana, parabéns!!

    1. Fernando, então a Dilma precisa mesmo ratificar? Eu também achava que sim, então vieram me mostrar o esquema de tramitação de Decretos Legislativos, e achei que não — por absurdo que fosse um acordo ser celebrado sem assinatura do presidente da República. Bem, seja a canetada do Orçamento, seja no próprio acordo, Dilma terá de abraçar a causa. Veremos!
      Abraço!

      1. Terá sim, Salvador. O Decreto Legislativo é uma espécie legislativa utilizada para os assuntos de competência exclusiva do Congresso Nacional, como é o caso de resolver sobre tratados e acordos internacionais. E isso é feito sem a sanção da Presidente, ou seja, em relação ao Decreto Legislativo a informação que você recebeu está correta. Porém, o Decreto Legislativo se prestou a autorizar a Presidente a ratificar o acordo. O que a Presidente terá de fazer agora é, por um Decreto Presidencial, ratificar o acordo, que foi feito pelo próprio poder executivo, em outro momento e, agora, foi autorizado pelo Congresso Nacional, por meio de um Decreto Legislativo. Como o acordo já foi feito acredito ser apenas mais uma etapa, que pode até demorar mais em função de restrições orçamentárias mas não por discordância. Abraços.

        1. Boa, Fernando. Incluirei seu esclarecimento no post — assim todo mundo fica sabendo das informações preciosas que você nos está concedendo aqui nos comentários! Obrigado!

    2. Fernando,
      Se entendi seu excelente texto, a falta da assinatura da presidenta implica no arquivamento do projeto. Além disto, se ela assinar, ainda estaremos sujeitos à dotação orçamentária, o que pode atrasar ainda mais o projeto.

      A questão toda é que esta burocracia provoca um delay inaceitável na liberação de verbas para projetos científicos. Projetos têm prazos de validade que, se não forem observados, se tornam obsoletos. No Brasil é comum trabalharmos em pesquisas que já foram superadas e com resultados conhecidos, gerados por centros do exterior. Acabamos apenas confirmando aquilo que já é sabido.

  5. Eu acho que a Dilma não vai sancionar, já que nem o Pronatec desse ano começou por falta de verba…

  6. Parabéns Salvador. Ótima postagem. Estou em uma campanha para tornar Astronomia disciplina obrigatória (como matemática, ou ciências) no ensino fundamental e médio. Ela é interdisciplinar e multidisciplinar ao mesmo tempo, além de ser não-ideológica (coisa que falta um pouco no ensino) e contextualizada. O absurdo é que em alguns currículos, ela deixou de ser apresentada pela Geografia e passou para a Biologia como parte do conteúdo. Acredito que a Astronomia é uma matéria que, por ser tão abrangente e tão interessante (estimula a curiosidade) poderia ser uma saída para nosso sistema educacional, extremamente compartimentalizado. Parabéns. E, se a presidenta não sancionar, avise!

    1. Marco,

      Apesar de entusiasta da astronomia não acho que deva ser disciplina isolada no currículo. Sem dúvidas deve ser incentivada dentro das disciplinas de ciências. O que faz muita falta no Brasil é o incentivo real ao aprendizado científico em todas as áreas. E me parece que cada vez mais este interesse está se distanciando da garotada e dos jovens.

  7. atualmente o português está aceitando qualquer coisa até pagar para ver o céu, isso, com todos os problemas que temos.

    1. Enquanto na América Latina, na maioria dos países, ainda se debate a necessidade de programas como o esse da ESO, a Índia, por exemplo, utiliza do desenvolvimento da indústria avançada e aeroespacial para gerar empregos entre seus cidadãos, estimular o ensino de base e superior, estimular a economia de modo geral e atrair mão-de-obra qualificada. “Pagar para olhar o céu” gera consequências muito maiores que o nosso reles senso-comum pode dizer. Que o diga os inquisidores da renascença, os quais prenderam Galileu por querer “olhar o céu”.

  8. Com a entrada no ESO, iremos gastar 1+ bilhões de reais para ter acesso igualitário – sem tempo reservado, como no GMT, ou os que já participamos: SOAR, Gemini, etc. – aos telescópios. Isto, considerando que a população de astrônomos do Brasil (~500) é mais ou menos a mesma de Paris e arredores.

    Esse dinheiro seria mais bem utilizado aprofundando a participação do Brasil no LHC, ou ampliando a participação no GMT. Como astrofísico, sou obrigado a torcer pelo veto, ainda que em silêncio pela pressão de companheiros.

    1. O espectro eletromagnético é bastante mais largo do que a estreita janela que permitem ver os GMT/Gemini/etc que você menciona. ESO incorpora a banda de rádio. E, por favor, não seja ingênuo, não existe “reserva de tempo”. Como também não vejo o por qué do medo a dar uma posição sobre o que foi discutido publicamente em sessões científicas.

  9. Salvador:
    Seu post propõe uma discussão muito mais importante do que formas de tratamento que é :
    Como fazer para despertar interesse nos jovens pelas carreiras científicas e em especial pela astronomia?
    Você sabe se há pesquisas sobre este assunto? Como as universidades estão se preparando? Dá pra jogar uma luz?
    AAM

  10. PRESIDENTA/ PRESIDENTE, ese não é o assunto.
    mas só para ficarem informados, PRESIDENTA , é aceito sim na lingua portuguesa, vocês gostando ou não.

      1. De acordo com o dicionário Houaiss, “presidenta” é o feminino de presidente, embora seja menos usual.
        Já o dicionário Aurélio diz que a palavra pode ser usada no masculino e feminino, apontando “presidenta” como “esposa do presidente” ou “mulher que preside”.

        Podem vir e atirar pedras, chorar, negar até a morte, mas a verdade continua lá fora…

        Depois eu que sou do primário, é? kkk

      2. Na gramática da lingua portuguesa. Mas no final das contas, tanto faz. Chama de outro nome. Muita energia gasta com essa besteira.

    1. Meu, que preconceito… a mulher prefere ser chamada de presidenta? O português aceita. Por que eu não usaria? Só pra fazer desfeita?

      1. Salvador,
        Infelizmente é comum. A pessoa se atém a um detalhe só para se mostrar superior. Por aqui é assim: se não posso fazer igual ou melhor, então vamos malhar para desqualificar.

      2. P problema para o tema do post não é se termina com E ou com A, e sim a questão de a presidente (só para provocar!) se reunir com os ministros nesse final de semana com o propósito de cortar 80 bi do orçamento… Acho que a adesão ao ESO subiu no telhado…

          1. Revendo a história desses 515 anos, na minha opinião, sequer alcançamos o rodapé. Somos um país novo com uma “democracia” nova.

            Entendo que não precisamos engatinhar no contra piso da tecnologia/astronomia, conhecendo experiências positivas que caminham a passos largos. Parece-me que a agilidade política usa passos largos, lusco fusco, para objetivos escusos.
            Mantemo-nos leitores vigilantes e incentivadores dos guris!

            Ruy

      3. Salvador, nem a FOLHA a chama de “presidentA”, só os puxa-sacos do governo… Já reclamei, também, dessa forma de escrita.

        1. O que vai mudar se chamar de presidente? Qual o problema em chamar de presidenta? Tem gente que chama de presidanta. E qual o problema também?

          Vocês gastam muito pensamento com coisas que nao valem a pena. E eu gasto me aborrecendo com isso.

          1. Tem razão! O que tinha de ser falado sobre isso já foi falado, voltemos à astronomia…

      4. Porque não existe esse termo, quem preside é presidentE. Por outro lado, tomara que não de essa canetada porque senão teríamos outra CPI, sem contar com o gastar recursos para ver o céu, sendo que possuímos necessidades urgentes é no mínimo imbecilidade.

        1. Claro, é de uma imbecilidade enorme já que você é um ser diferente, não é composto de poeira estelar como todos nós e vive em outro plano. Nibiruta talvez?
          Você até hoje também não se beneficiou de nenhuma das inúmeras tecnologias propiciadas pela exploração espacial, nem dos avanços no entendimento da natureza, já que as mesmas leis naturais valem em todo o universo…

          Sugiro continuar sua pesquisa sobre o porquê das bostas de cabras terem aquele formato curioso, é bem mais sua cara…

          1. Não sou um ser diferente, de voce talvez que cre em nibirutas. Cite alguns benefícios que a exploração espacial nos traz. Quem pode afirmar com certeza e prova que as leis são as mesmas em todo o universo, se nunca conseguimos sair mais longe que nosso umbigo. Quanto as b. de cabra definitivamente são organicas, diferente das b. que raciocina achando que essas pesquisas nerdianas nos podem levar a algum lugar, sem se preocupar com o custo e o porque.

          2. Xiiiii Oswald, você neeeeeeem faz ideia da quantidade de benefícios que olhar pro espaço trouxe ao homem, mas vou te dar uma colher de chá, o resto você pode pesquisar, vamos lá homi, aprenda a usar esse cérebro, vá atrás do conhecimento! Aqui vai só uma fração minúscula, um top 10, só pra dar um gostinho…

            1 – Satélites, sua internet e telefone agradecem. Mapeamento global e melhor entendimento da nossa própria Terra. E MAIS: Monitoramento de queimadas, desmatamento de florestas, mudanças climáticas e previsão do tempo

            2-GPS!

            3 – Na cozinha, alimentos enriquecidos com tecnologia espacial. Leite de soja, iogurte e o leite em pó para bebês reforçados com a chamada “gordura boa”, o ácido DHA, essencial para o desenvolvimento da visão e do cérebro. Os cientistas descobriram essa substância quando pesquisavam alimentos nutritivos para os astronautas, que aguentassem a hostilidade do espaço.

            4 – Alguns filtros de água foram desenvolvidos pela Nasa para evitar bactérias no espaço. Tecnologias criadas a partir de pesquisas espaciais, que estão também em roupas para atletas de natação. E o relógio digital, inventado para dar precisão ao lançamento de foguetes.

            5 – As ferramentas movidas à bateria foram criadas para que os astronautas pudessem fazer consertos no espaço.

            6 – A astronauta americana Nicole Stott explica que muito do que foi criado para lançar foguetes e mandar astronautas para o espaço é hoje usado para cuidar da saúde do homem, como equipamentos usados em hospitais e em laboratórios. GONG!

            7- Purificação de água: o sistema tem sido usado em vilas no Iraque e é baseado no dispositivo desenvolvido pela NASA em 1994 que limpa a água contaminada, tratando-a com iodo. É usado na Estação Espacial Internacional pelos astronautas!

            8 – Câmeras infravermelho: Usada para rastrear mísseis aéreos (ar-ar) e em fotografia médica e na espectroscopia, a câmera infravermelha foi desenvolvida em 1997 para monitorar chamas de lançadores de foguetes.

            9 – Cirurgia ocular assistida a laser: A cirurgia ocular assistida por laser para correção da miopia, hipermetropia e astigmatismo usa um dispositivo inteligente de rastreamento baseado em tecnologia desenvolvida originalmente para permitir o encontro e acoplamento de veículos espaciais.

            10 – Bomba cardíaca: Hoje, as bombas cardíacas implantadas cirurgicamente, inspiradas nas bombas de combustível incrementadas pelo Centro de Pesquisas AMES da NASA, aspiram o sangue de um dos ventrículos e o bombeiam de volta ao coração, mantendo-se assim durante meses ou anos e melhorando significativamente os índices de sobrevivência nos pacientes com doenças cardíacas.

            Como você pode perceber, devemos erguer muito nossas mãos aos céus e agradecer não só ao programa espacial, como esses “nerdices” que tornaram sua vida tão confortável e melhor, MAS lembre-se essa é só a ponta do iceberg, pesquise mais e verá

          3. PS: quanto às leis da física valerem em todo universo, as fontes científicas são abundantes, sugiro:

            Assista ao documentário Cosmos e leia um pouco sobre o universo observável:

            “A observação científica do Universo levou a inferências de suas fases anteriores. Estas observações sugerem que o universo é governado pelas mesmas leis físicas e constantes durante a maior parte de sua extensão e história.

            http://pt.wikipedia.org/wiki/Universo

            Oswaldin, Oswaldin, sem contar que, duvidando dessa premissa básica, está desrespeitando todo o trabalho do Salvador nesse blog, pois ele já escreveu sobre isso inúmeras vezes.

            😉

    2. A própria academia brasileira de letras já deu o veredicto final, presidentA tá certo.

      Vai ser coxinha assim…

      1. Presidenta está errado. A ABL e o Brasil aceita qualquer modificação no português. Portugal resiste valoriza a língua escrita.

        1. Sidney, eu achava que era errado também, dada a teimosia da Folha em usar presidente. Fui pesquisar. E é aceito. Eu sou daqueles que, quanto mais aceitação tivermos, melhor para a língua. Mais rica e variada ela fica. Então, não vejo problema. Triste é achar que o assunto do post é “presidente/presidenta”.

          1. Quanto mais aceitação, melhor para a língua, ótimo não precisamos mais da gramática da língua portuguesa: a partir de agora cada um fala como quiser, basta se fazer entender, como exemplo, hoje ouvi alguém se referir a tábua (de madeira) como tauba, conforme o Salvador, está válido. Seu artigo deu esse rodomoinho pelo erro de português de uma pessoa de nível acadêmico.

          2. Oswaldo, você confundiu língua falada com escrita, seu amigo pode continuar falando daquele jeito, já registro escrito é outra coisa, sacou? Consulte o dicionário.

          3. Sidney, você tá errado, olha aí um dicionário português (ora pois!) registrando presidenta

            http://www.priberam.pt/dlpo/presidenta

            Até quando vai o MIMIMI dessa turma que faz birra só porque não gosta da presidente? O que uma coisa tem a ver com a outra?

            Parafraseando o EU, ô povo chato do caralho…

          4. “Triste é achar que o assunto do post é “presidente/presidenta”.”

            Parabéns Salvador! É triste mesmo.

          5. Tens razão Nino, mas eu ainda me salvo pois sempre discuto astronomia também! Parei com esse assunto, já deu 🙂

          6. Fabio, você e o eu, precisam aprender a respeitar e não chamar em vão os seus pais, ou é um só rsrsrsrs

          7. Oswald, que baseado você fuma? Deve ser muito louco, pelas coisas que você diz. Não guarde, compartilha aí com a gente…

        2. Tá bom, tá bom…então voltemos a falar o português antigo da gramática…poxa que birra hein???? Se eu entendi a mensagem perfeitamente então tá “serto” ó grande homem de epiderme escura. Vamos vasconcear um pouco e nos ater a peleja em curso e alijemos de toda marra e birra. afff

          1. Não existe português antigo, português é português até de trás para frente ou na língua do p.

      2. Falemos então Presidenta, estudanta, contenta, amanta, constanta, docenta, poluenta, ouvinta, gerenta, atendenta, pretendenta.

        1. Renan, nem todas as formas são aceitas pelo português. Presidenta é aceita, e aí acaba minha discussão. Se você gosta ou não, é problema seu. A mulé gosta. Parece-me birrento se recusar a tratá-la pela forma que ela prefere, só porque você não gosta dela. (Eu mesmo não sou fã, mas acho que é uma questão de respeitar a pessoa sem desrepeitar o português.)

          1. Além disso, algumas formas que não são aceitas hoje, serão aceitas no futuro. Mera evolução e readaptação de todos os idiomas. Ou será que devemos voltar a falar o português original ou latim?

        2. o Houaiss diz o contrário: “presidenta”, “mulher que se elege para a presidência de um país”

          vc tá querendo dizer que não existe só pq vc não quer? tem noção do ridículo disso?

          só rindo…

          1. Presidenta, assim como pisar a grama ao invés de pisar na grama, dependendo do dicionário diz o que quer.

          2. Sydney, está claro que em lugar de “ao invés de” você quis dizer “em lugar de”. Mas fique tranquilo (com ou sem trema) porque eu entendi perfeitamente o que você disse. Alem disso, em breve, sua forma de se expressar será aceita, ao invés do que você pensa.

          3. As leis gramaticais que regem o feminino de governador e presidente são diferentes, se tivesse ido além do primário saberia.

          4. Oswald, me parece que é você que ainda não saiu do primário e não leu meu primeiro post, pois teria visto que a autoridade máxima da língua portuguesa no nosso país (ABL) registra presidenta e ainda por cima o mais prestigiado dicionário brasileiro também diz que está certo.

            Tóin…

            Hora de voltar pra pesquisa daquele assunto que você entende tanto, e aí já descobriu por que são redondas? hehe

      3. É uma forma possível, mas inusual no idioma. E cria repulsa em quem não gosta desse governo e faz os puxa-sacos (por intere$$e ou por ideologia) babarem de gosto.

        Evite o problema, Salvador, usando a forma neutra “presidente” …

    3. Pouco importa se é presidentE ou presidentA. O que importa é que a pessoa que está a frente do país dê o veredicto.


    4. Cleber,
      Tudo bem com presidenta, mas que soa um pouquinho pernóstico, soa. De minha parte, eu prefiro presidanta.
      😉

    5. Um post tão importante como este e metade dos comentários são sobre se deve escrever “Presidenta” ou não. Ora pessoal, vamos discutir coisas importantes como o benefício que este acordo trará para a ciência nacional e quem sabe até para a indústria brasileira!

  11. Será ,Salvador, que dona Dilma sanciona ? Vamos torcer, porém, em tempo de crise e ajuste fiscal, com derrotas do governo em seu pacote econômico, corremos os risco de termos os anseios da astronomia brasileira malograda. Contudo estou esperançoso e espero que nessa sanção dona Dilma compense os relatórios falhos e bandalheira em geral marca de seu governo.

      1. Acho mesmo que na conjuntura atual não vai assinar. Ou vai enrolar até ver no que vai dar….

      2. Estive matutando melhor e , por outro lado, apesar da crise econômica dona Dilma, também, passa por uma crise política que paralisa seu governo e trás grandes dificuldade na aprovação de projetos de seu interesse, quem sabe, talvez ,para agradar os presidentes das Casas , Renan e Cunha, ela aprove o projeto. Porém , é preciso pressão dos presidentes das Casa em cima de dona Dilma e pressão nossa em cima dos srs Renan e Cunha. Poderiamos organizar uma enchorrada de e-mails ao Senado e Congresso.

    1. Essa aí é a que eu linkei. Você também não olha o crédito dos textos? Até tu, Brutus? 😛

      1. Mals ae. Fiz como a maioria dos manés acféfalos analfabetoscomentaristas de portal, comentei depois de ler só o título. KKK

        De qualquer forma fica como apoio para os próximos que vierem comentar antes de ler. 😛

        Como o “CL3B3R”.

          1. AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH….

            E excetuando a frescurada com “presidente/a”, gostou do post?

  12. Moro em Santiago, a base do Eso é do lado da minha casa no bairro de Las Condes. Pesquisei sobre visitas aos observatorios no Atacama e todos tem visitas guiadas disponiveis em varios dias do mes durante o ano. Estarei visitando assim que possivel.

    1. Só para ser preciso, o ESO fica em Vitacura. Em Las Condes há uma casa de hóspedes, para os astrônomos que estão de passagem entre Santiago e o Atacama. Bem verdade que as municipalidades são vizinhas.

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