Astronomia: Será que ele é?
Enquanto a primeira espaçonave se prepara para visitar Plutão, levantamos a lebre: será que ele é?
PÉ NA TÁBUA
A sonda não-tripulada New Horizons viajou quase 5 bilhões de quilômetros nos últimos nove anos para fazer a primeira visita ao misterioso Plutão. A chegada acontece na terça da semana que vem, e será difícil não retornar à velha discussão: ele é ou não é planeta?
“PLANETA X”
Quando Plutão foi descoberto, em 1930, os astrônomos já estavam havia algum tempo procurando um novo mundo além da órbita de Netuno. Após o achado, todos abraçaram a identidade planetária de Plutão — inclusive o pessoal do horóscopo aí ao lado.
TRANÇANDO AS PERNAS
Contudo, algo parecia errado. A órbita do novo astro era muito achatada e estava numa inclinação diferente. Em alguns momentos, Plutão até invadia a órbita de Netuno. Seria um planeta bêbado, na sarjeta do Sistema Solar? Para turvar ainda mais o cenário, descobrimos que centenas de milhares de outros objetos existem além da órbita de Netuno. E Plutão nem é o maior deles.
ORDEM E PROGRESSO
Em 2006, a União Astronômica Internacional — uma espécie de Fifa da astronomia, mas sem a roubalheira — decidiu criar uma definição científica do que seria um planeta. Até então não existia, pasme! Adotou três critérios: é preciso ser redondo, orbitar o Sol e ser soberano na região de sua órbita.
O REBAIXAMENTO
Plutão tem cara de planeta, jeito de planeta, cheiro de planeta, mas não cumpre o terceiro critério, que envolveria não ter outros objetos na região de sua órbita. Passou então oficialmente à segunda divisão, a dos “planetas anões”.
REABRE-SE A DISCUSSÃO
O líder da missão New Horizons, Alan Stern, não engoliu a história até hoje. Acirrando a rivalidade entre planetólogos e astrônomos, ele provoca: “[Plutão] tem todos os atributos de um planeta. Danem-se os astrônomos! Você iria a um podólogo para fazer uma cirurgia de cérebro? Eles não sabem do que estão falando.” E você, o que acha?
A coluna “Astronomia” é publicada às segundas-feiras, na Folha Ilustrada.
Imagem de hoje.
http://www.nasa.gov/feature/nasa-s-new-horizons-a-heart-from-pluto-as-flyby-begins
Eita, meus leitores são muito rápidos. Acabo de postar! 🙂
Concordo com o Sheldon (The Big Ben Theory).
Eu gostava do plutão planeta…rs (quem viu o episódio entendeu).
Mas, acho que mais importante que as classificações que nada mais são do que criações humanas para facilitar o estudo, é a compreensão de como ele funciona.
Mais uma vez, agradeço ao Salvador por este blog
Parabéns Salvador. Essa coluna com textículos precisos, divertidos e pequenos (do jeito que o “pessoal do horóscopo aí do lado” está acostumado) está perfeita para despertar a atenção do público geral para o assunto (até mesmo o pessoal que vê duendes).
Estou torcendo para funcionar! 🙂
Caro amigo, Vi em varias reportagens o termo soberano em sua orbita e capaz de limpar sua orbita. Gostaria de saber o que há na orbita de Plutão que não deixa ela limpa ou que ele não seja soberano nela. Obrigado, Abraços Stilpen.
Um monte de outros objetos, tipo, uns 100 mil. Alguns com tamanho modesto (100 km ou menos), outros tão grandes quanto Plutão (2.000 km).
Salvador, mas ele não se choca com estes objetos.
Partindo deste principio então Netuno não estaria na mesma situação, pois Plutão passa pela sua orbita. obrigado.
—
“Planeta bêbado na sarjeta do Sistema Solar”!!!
Orrameu! Onde é que vc vai buscar essas figuras de linguagem? kkkk Muito boa. 🙂
—
🙂
Rebaixado ou elevado…..Planeta ou planeta anão….Tanto faz….
O importante é dia a dia ir desvendando os mistérios do Universo……E quem sabe um dia descobrir que toda esta discussão é vazia e o que vale mesmo é o aprendizado…..Salvador, e quanto a Ceres ? Qual mesmo o dia que teremos mais notícias referente as luzes brilhantes ?
Eu gosto dessa reclassificação de Planeta e Planeta Anão.
Temos um grupo de grandes Planetas e um grupo de pequenos Planetas.
O clube dos Planetas já esta fechado, mas dos Anões ainda é um livro em aberto, pode vir muito mais membros por aí.
Plutão é um astro (desculpe o trocadilhos) desse novo clube de pequenos planetas.
Parece que muitos acham que Plutão “foi rebaixado”, ao contrário! Ele foi elevado à condição de estrela, o patinho feio do clube dos Planetas, se tornou a estrela do novo grupo.
Por mim continua assim… mas tem um porém, acho horrível o termo Planeta Anão… pelamordedeus! Quem inventou esse termo? Tantos nomes legais q poderiam ter adotados, e escolheram Anão (dwarf). Uma pena. Espero que um dia mudem de ideia.
Você prefere miniplaneta ou mega-asteróide? hehehe
Olá Salvador! a região escura dá uma impressão de que falta um pedaço de Plutão no movimento de rotação. Será?
Juram de pé junto que ele está inteiro. 🙂
Melhor classificá-lo como planeta anão mesmo, tendo em vista a irregularidade da órbita, pois se estamos falando por planetas devemos generalizar para qualquer sistema estrelar e acho que a regularidade da órbita é o melhor critério. Por que se olhar o resto não dá para padronizar, por exemplo os gigantes gasosos nada mais são do que sóis que não queimaram; os terrenos, agregados de matéria com diferenças variáveis entre algumas luas (Titã e venus possuem atmosfera por exemplo), sendo que o critério diferenciador de fato deve ser que os planetas orbitem as estrelas e as luas os planetas. Se não for assim é melhor jogar tudo no mesmo saco.
Pelo menos por ora acho que esse critério é bom, pois batendo com vários sistemas estelares, poderemos aí padronizar os mundos, como já temos feito, e ter mais certeza quando encontrarmos por raio x ou infravermelho objetos vagando na escuridão do Espaço, como vimos na série Cosmos.
A pergunta que não quer calar é se um dia Plutão irá se chocar com Netuno, e o que aconteceria se isso ocorresse.
Samuel, Plutão e Netuno estão em ressonância. Nunca irão bater.
Salvador,
Por favor explique melhor o que é ” dois planetas estarem em ressonância”.
Eles se repelem?
Não, eles causam tal efeito gravitacional um no outro que se sincronizam. Para cada três voltas de Netuno, Plutão dá exatamente duas voltas. Então, eles nunca se encontram no mesmo ponto para uma colisão. 😉
claro, claro, lógico.
Aproveitando o gancho, tava lendo assuntos relacionados aos objetos pra além de netuno, após ler seu post e algo me chamou a atenção. Na wikipedia, achei um texto, e lembro que você colocou um post outro dia sobre haver ou não haver mais nada grande pra lá de netuno. Faz tempo, e ultimamente não tenho lido muito, mas tô com a sensação que já bateram o martelo e descartaram a chance, não é? porém não lembro se isso foi em 2014 ou agora em 2015. Então queria saber se por acaso você sabe se é ainda plausível esse texto da wikipedia ou não, já que é de 2015:
“Em janeiro de 2015, cientistas da Universidade Complutense de Madrid e da Universidade de Cambridge anunciaram a possibilidade de dois planetas habitarem as regiões mais extremas do sistema solar. A descoberta foi derivada da perturbação na orbita de alguns objetos transnetunianos, que só seria possível com a presença de pelo menos dois objetos, os quais podem ter massa de 2 a 15 vezes a da Terra. É teorizado que esses planetas não sejam novos gigantes gasosos, mas sim congelados e rochosos. Esses planetas não foram ainda observados diretamente, e sua possível existência foi teorizada a partir de cálculos.” Falou, abraço!
Pois é, esses caras aí acham que pode haver mais planetas além de Netuno. É o que eles acham, a partir das órbitas dos planetas anões conhecidos. E pode até ser verdade. O satélite Wise, da Nasa, fez uma varredura de céu a céu e sabemos que não tem nada como um novo Júpiter ou mesmo um Netuno lá fora. Nada impede que existam mundos de menor porte, mas ainda maiores que a Terra. Contudo, essa presença também desafiaria os modelos de formação planetária atuais (que são bons, mas também não são lá uma Brastemp, devemos dizer). Eu particularmente sou cético. Mas ainda não está descartado. O melhor jeito de descobrirmos isso é entendendo a formação do cinturão de Kuiper — e a New Horizons promete ajudar nisso. Abraço!
Não tem como Plutão chocar-se com Netuno pois a inclinação das órbitas de ambos os planetas é de um pouco mais de 15° e o trecho da órbita de Plutão onde ele está mais próximo do Sol do que Netuno está mais longe do plano da órbita deste último.
Esta parte: “União Astronômica Internacional — uma espécie de Fifa da astronomia, mas sem a roubalheira” ficou ótima.
Eu sou religioso, mas curto muito ciência e a sua coluna, Salvador. Parabéns
Grande abraço.
Valeu, Antônio Carlos!
Seria muita besteira hoje não considerar Plutão como planeta.
1 – Ele foi recohecido, primeiro. Portanto se deve ao fato.
2 – Se há outro maior do que ele em sua orbita,, porque não o reconheceram?
3 – No cinturão de asteróides tem um corpo que vem chamando mais à atenção dos astrônomos, do qualquer outro planeta reconhecido. Olha que ele nem chega perto de Plutão,.
Plutão é um planeta, queiram ou não queiram!
Com o rebaixamento de Plutão, o Sistema Solar ficou mais pobre, pois era o único com órbita diferente e com satélite com massa tão grande em relação à sua, era a rebeldia que o fazia ser a cereja do bolo.
Olá Kennedy,
Eu vejo ao contrário, ao invés do Sistema Solar ter ficado mais pobre, ele foi enriquecido com um novo e espetacular grupo de objetos, que agora são chamados de Planeta Anão.
E Plutão com suas esquisitices não esta sozinho, já temos Éris, Sedna, Orcus, Quaoar, Varuna e outros que ainda faltam confirmar. Todos com órbitas malucas e características própria.
Só os nomes já são motivo de alegria, imagina então quando começarem a serem explorados.
São pequenas jóias que enriquecem nosso maravilhoso Sistema Solar e seu colar de preciosidades.
Ultiminha da sonda!
http://www.nasa.gov/sites/default/files/thumbnails/image/nh-pluto-color-7-6-2015_0.png
A definição de planeta deveria ser aquele corpo celeste (não estrela obviamente) em que a gravidade o formatou em forma de esfera. Os demais são asteroides e fim de papo!
O “TM” ficou ótemo! kkkkkkk!
Pois é, pra me diferenciar dos que querem ser eu mas nunca serão!
Saver, gostaria de saber quando e “onde” foi tirada a foto desta matéria sobre Plutão:
http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/afp/2015/07/06/nasa-perde-brevemente-contato-com-nave-que-se-dirige-a-plutao.htm
A proximidade e o nível de detalhes do orbe que aparece na foto me impressionaram, sendo possível até mesmo identificar uma enorme mancha escura no centro da imagem que se parece muito com o recorte cartológico do continente americano visto do espaço. Fiquei curioso porque, que eu saiba, as imagens mais próxima que temos de Plutão sãos as que ilustram o gif deste seu post onde comento.
Grato e amplexos!
É uma ilustração! Boa assim, antes do sobrevoo, só ilustração! 🙂
Mandei uma mensagem “comunicar erro” na página…
Uma seção de Ciência deveria ter o cuidado de informar ser uma ilustração artística, não foto real, para não induzir seus leitores a erro. Você sempre faz isso no Mensageiro Sideral.
Melhor escrevendo: você sempre faz o correto no MS.
É, eu procuro informar. Mas entendo o descuido. Às vezes a gente presume do leitor um conhecimento que não existe. Por exemplo, acho menos necessário dizer isso quando falo de exoplanetas, mas ainda assim é bom avisar. Muita gente acha que é foto.
Será que vem bomba por aí? Será realmente o fim do mundo pro Apolinário?!
Pelo menos o Globo noticiou que cientistas europeus encontrarem “indícios” de vida microbiana (preferiram botar no título Vida Extraterrestre) dos dados do Philae.
O que você acha Salva, devemos nos animar ? 🙂
Com o Chandra Wickramasinghe? Não. Ele só está dizendo o que sempre disse… sem nenhuma evidência nova.
Apolinário pode dormir tranquilo… Por enquanto! 🙂
É pelo visto Alan Stern ficou plutão da vida com o “rebaixamento”.
(PS: não resisti ao trocadilho, lendo rapidamente os comentários percebi que ninguém ainda o fez) haha 😛
Você foi mais esperto! 😀
Concordo…
Ele deve estar Urano de raiva até hoje….
Marte digo uma coisa….Quem manda ficar Venus o que ou outros falam? É pra ficar Plutão da vida mesmo. Afinal é todo um trabalho jogado por Terra. Dá uma dor na alma! Pena que Mercúrio cromo não resolve….
E quem escreve tanta merda só pode estar no mundo da LUA…
Estou mesmo é pra lá de Bagdá….
😀
Ei! Eu estou rindo para a frase do Zeno e para as frases mais acima… Sincronia de comentários me faz parecendo rir para a crítica.
Digo, rindo para a frase do Paulo e mais acima, não para a do Zeno, ok?
Sr. Salvador,
Se a cobertura sobre a New Horizons deixar uma brecha, não esqueça de alertar seus leitores sobre um cruzeiro que aparecerá no céu ao anoitecer de 18 de julho, um sábado.
Será uma quádrupla conjunção envolvendo Lua-Júpiter-Vênus-Regulus. Essa conjunção só se repetirá em 2039.
Dependendo da localidade será possível ver 3 cruzeiros no céu.
Um grande abraço,
Boa dica!
Boa!
No meu caso, tem outra cobertura que atrapalha tudo: a das nuvens em Sampa. Não vi a conjunção Vênus-Lua-Júpiter em nenhum dos dias… O mais próximo que cheguei, fechou o céu na hora!
Hoje Júpiter e Vênus estão bonitos e o céu tá livre. Corre lá ver! 🙂
Perdi… 🙁
Moro em Sampa e vi por diversos dias. Até o pessoal que trabalha comigo comentou que a cada dias eles estavam mais próximos.
Moro num “buraco geográfico”, rodeado de colinas cheias de casas e prédios, então, só quando estão mais altos eu consigo ver de casa… Não me habilito para sair à noite. Mas vou prestar atenção todas as noites.
Prezado Salvador,
qual sua consideração sobre a notícia de que há problemas técnicas em relação à sonda que está prestes a passar por Plutão? Será que o projeto vai falhar na última hora? Há motivos para preocupação?
http://astronomynow.com/2015/07/05/technical-problem-pauses-pluto-probes-science-operations/
abraços
Reinaldo, olha meus dois posts anteriores. 😉
UFA!!!!!
“Em 2006, a União Astronômica Internacional — uma espécie de Fifa da astronomia, mas sem a roubalheira_” kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Rachei de rir aqui, Salvador!
Nunca maneire na sua zoeira! huahauhuahuahuahuahauhuahuahua
🙂
Para mim, vale a definição da Antiguidade, planeta é o que está se movendo na abóboda celeste, acrescentando-se que orbita em torno do Sol e tem uma dimensão considerável.
Plutão, Ceres e Éris são, assim, planetas. Não importa que se descubram milhares outros.
Mas pela definição da Antiguidade, Sol e Lua são planetas também, e a Terra não. 😛
Suponhamos que haja excessões… 😀
É a planeta sim, desde muito tempo se ensina assim, quantos livros vão ser perdidos por uma simples diferença entre “ser soberano” ou não.
Tudo bem que a discussão deve ser muito divertida e apaixonante.
Mas, qual a implicação prática de se considerar Plutão um planeta-planeta ou um planeta-anão?
Qual a relevância científica e quais seriam as possíveis consequências?
Como se pode alegar com tanta ênfase a lisura da União Astronômica Internacional quando, neste caso, se privilegiou de forma inequívoca Mercúrio, Ceres e Eris em detrimento de Plutão?
Pois é, deve ter rolado uma mala preta, contas na Suíça para rebaixarem Plutão!
Não importa que Plutão seja lá o que for. Ele faz parte da Família Solar e nós, também. Vamos aprender com ele, pois tem muito para nos ensinar.
Ser soberano na região de sua órbita não seria um bom critério para distinguir classes de planetas porque um planeta poderia ter vários objetos orbitando na mesma órbita que ele e alguns deles poderiam se tornariam satélites dele com o tempo.
Concordo plenamente com o comentário do Geraldo. Não podemos esquecer que Plutão passa pela órbita de Urano, então Urano não seria um planeta, também.
Desculpem-me, quero dizer Netuno, não Urano.
Tá com Uranus na cabeça?
(e nunca, mas NUNCA ficam velhas!)
KKK
😛
Ser soberano é o melhor critério, na verdade. Isso significa que o objeto precisa possuir mais da metade da massa dos corpos presentes naquela órbita, e isso só ocorre com com os atuais 8 planetas.
“Os oito planetas, de Mercúrio a Netuno, têm probabilidade milhares de vezes maior de engolir ou afastar vizinhos pequenos que mesmo os maiores asteróides e KBOs (onde estão incluídos Ceres, Plutão e Eris).”
Fonte: http://www2.uol.com.br/sciam/reportagens/o_que_e_um_planeta_.html
Sempre aprendi na escola que Plutão era o nono planeta do sistema solar. Quando o rebaixaram à categoria de planeta-anão, ficou difícil apagar da memória e aceitar o novo conceito.
Comigo acontece o mesmo. Se a definição fosse melhor elaborada, não haveria como contestar.
Mas a definição é muito bem elaborada, não deixa margem para dúvidas. As publicações que replicaram esse termo de “soberano na sua órbita” (e suas variações) que não se deram ao trabalho de explicar o que os astrônomos realmente querem dizer com isso. Ceres, Eris e Plutão não chegam nem perto do necessário para serem considerados planetas.
Bom dia Salvador, poderia citar quais são os outros objetos conhecidos que são maiores que plutão e estão além da órbita de Netuno?
Mudando um pouco de assunto, o que acha desta reportagem:
http://oglobo.globo.com/sociedade/ciencia/cientistas-europeus-encontram-indicios-de-vida-extraterrestre-em-cometa-16671976
Abraço
Fernando, o único objeto conhecido que tem tamanho possivelmente maior que o de Plutão é Éris, que foi descoberto em 2005 e precipitou a reclassificação. Sobre vida em cometas, é mais uma do grupo do Chandra Wickramasinghe, que já defende essa hipótese há décadas (assim como as ideias de que bactérias alienígenas chovem o espaço na Terra e que doenças como a gripe vêm do espaço). O Philae tem instrumentos que poderiam testar isso que ele diz, então precisamos torcer para ele voltar à ativa. Por ora, considero apenas especulação.
http://oglobo.globo.com/sociedade/ciencia/cientistas-encontram-indicios-de-vida-extraterrestre-em-cometa-16671976
Salvador! Você vai fazer um texto sobre essa notícia? A que passo estamos de confirmar vida nos cometas?
Rafael, respondi sobre ela no comentário de cima!
Obrigado
Discordo do rebaixamento de Plutão a planeta-anão por questões afetivas, já que cresci acreditando que Plutão era um planetinha, ainda que diferente dos demais irmãos planetários, mas com as suas características e charme próprios.
E daí se Plutão e a sua lua Caronte fazem parte de um sistema binário? É justamente essa característica os ternam fascinantes! Plutão e Caronte orbitam um ponto em comum e até onde sei isso é algo único entre os planetas do sistema solar ou planetas-anões como queiram chamar.
Ok, Plutão parece possuir muitas outras luas diminutas além de Caronte! Muito melhor. Temos mais objetos para observar. Mais mistérios a desvendar.
Ah, Plutão tem uma órbita um tanto quanto achatada e com um ângulo muito excêntrico. É o jeitão dele gente, parem de implicar! Não custa lembrar que o planeta Vênus tem um movimento de rotação retrógrado, algo também único no sistema solar e ninguém nunca reclamou disso na União Astronômica Internacional.
Concordo plenamente com o líder da missão New Horizons, Alan Stern, não importa o que dizem, Plutão para mim seguirá como planeta devido a sua importância astronômica e o resto é bobagem.
Parem de preconceito e digam não a essa planetofobia. rsrs Que Plutão volte a fazer parte da família de planetas do sistema solar.
Um abraço grande Salvador!
Muito bom comentário. Até o planeta ser diferente rola um pré conceito =P
#DigaNaoParaPlanetofobia =P
9 anos de viagem pra correr 4,5 horas luz. Que oceano pra chegar em outros sistemas estelares!
É um bom lembrete!
Bom rogo que a tecnologia do emdrive seja real que viagens a outros sistemas estrelares possa ser drasticamente reduzida. O sistema Apha Centauri está apenas a 50.000 anos de distância se formos levar em conta a velocidade da sonda espacial Voyager, objeto de maior velocidade já criado por mãos humanas.
Mas se propulsão obtida pelo emdrive for real, podemos chegar a Próxima Centauri em apenas 90 anos! Uma pechincha em termos de viagem estelar.
Mas isso ainda é só promessa, falta muito para ser real. No entanto, o emdrive me parece muito promissor.
Desculpe-me, Victor, mas a tecnologia do “EM-Drive” tal qual descrita não tem como ser verdade. Além das explicações no artigo original estarem erradas, as conclusões contradizem as equações que regem o Eletromagnetismo.
André, eu sei que o motor não deveria funcionar e que de fato viola a lei de conservação do movimento. No entanto, o motor tem sido testado com algum nível de sucesso em laboratórios diferentes ao redor do mundo e os resultados tem mostrado que de fato ele produz impulso ainda que fraco.
Já houvi algumas teorias que tentam explicar o seu funcionamento. Não sei se elas estão certas. Penso eu que muitos outros testes e pesquisas deverão ser realizados.
Mas não é justo considerar que podemos estar diante de algo novo que extrapola o nosso conhecimento atual da mecânica física?
Diante do impossível o que o que fazemos, tentamos provar que a anomalia não existe, mas se a anomalia persiste, cumpre aos cientistas reformular os seus conceitos.
Afinal a ciência não tem todas as respostas como também nem sempre faz as perguntas certas.
Algo novo carece de estudos e análises, mas até onde eu sei o Em-Drive a despeito dos céticos tem teimado em funcionar.
Com qual velocidade vc calculou 9 anos? Pq a NewHorizons viaja a meros 50000km/h, o que resulta em 97.200 anos para vencer 4,5anos-luz. Calculei errado?
Ele disse 4,5 horas luz de plutao e não 4 anos luz se fosse anos luz chegaria em alpha centauri
Desculpe. Vc citou horas-luz e eu li anos-luz.
Fez parte do elenco principal da Batalha Celeste (Enuma Elish) que deu origem a Terra. Por isso merece o status de planeta. Na VA 243 é que aparece mais abaixo, entre Saturno e Urano, sua posição original.
Que fase, hein? Imagino a IAU: “Depois de uma cuidadosa análise de uma interpretação não ortodoxa da mitologia suméria antiga, decidimos restituir o status de planeta a Plutão.” 🙂
Claro que não fariam isso, mas por razões históricas e culturais, deveriam. O que fez eles fazerem bobagem foi Éris, mas Éris é grande o bastante para ser considerado o 10o. planeta.
Sou agora membro do MSP (Movimento dos Sem Plutão)!! 🙂
Salvador, bom dia!
Com relação ao terceiro critério, Netuno também não deveria sofrer um impedimento? Se Plutão não limpou sua órbita, e vez por outra passa “por dentro” da órbita de Netuno, então, Netuno também não “limpou” sua órbita!!!
Tchan, tchan!!! Tá parecendo que a regra que vale pra Chico não vale pra Francisco!!!
abs,
A definição de limpar a órbita é representar mais de 50% da massa total naquela região (a rigor, nenhum planeta se encontra totalmente sozinho — veja os asteroides que cruzam a órbita da Terra). Por esse critério, Netuno passa, mas Plutão e Ceres não.
Para mim, essa foi uma forçada de barra do IAU, o objetivo deles era impedir o surgimento de “planetas demais” e com isso levaram Plutão na boiada. Erro crasso! 🙂
No ano de 1930, sem todavia os recursos de hoje, foi descoberto este astro com classificação usual dado a planetas. Desta forma acho que àquela altura se não foi avistado nenhum outro objeto com igual ou maior relevância naquele espaço, então é justo que a Plutão seja conferida a denominação de planeta.
Eu acho que exigir uma órbita limpa é bastante razoável. Talvez Plutão esteja ainda limpando sua órbita e chegue à condição de planeta daqui a alguns milhões de anos. Podemos classificá-lo como planeta emergente.
Paulo, tem mais jeito não pra Plutão. Já se foram 4,5 bilhões de anos….
Salvador, para “limpar” a órbita, Plutão deveria “engolir” Éris e Makemake? Porque esses três compartilham órbitas.
O que define a órbita? É toda variação de UA do afélio ao periélio da excentricidade da órbita?
Caso afirmativo, Plutão teria que “limpar” Netuno?
Para “limpar” a órbita, Plutão tinha que ter mais de 50% da massa total do cinturão de Kuiper. Só Éris sozinho já tem mais que ele. Sobre a região da órbita a ser limpa, ela não foi claramente definida pela resolução da IAU. Vale algo como “você sabe quando vê”. rs
Quem diria! O Salva postando até segunda-feira de madrugada. Não bastasse o suste… Essa sonda tá dando trabalho mesmo 😛