Plutão começa a entrar em foco!
A sonda não-tripulada New Horizons voltou a colher dados científicos, e agora já é possível ver Plutão com uma definição bem maior do que nas imagens que precederam o tilt com o computador de bordo no dia 4. Ela está neste momento a 6,7 milhões de km de seu alvo, e a aproximação máxima acontece na próxima terça-feira (14). Aperte os cintos, porque é aqui que a coisa começa a ficar interessante.
A imagem acima foi colhida no dia 7 — a primeira depois da pane — e revela a mesma face de Plutão que estará novamente visível para a sonda daqui a seis dias, quando ela fizer seu sobrevoo do planeta anão, a 12.500 km de distância da superfície.
“Da próxima vez que vermos essa parte de Plutão, durante a aproximação máxima, uma porção dessa região será visualizada com resolução cerca de 500 vezes melhor do que a que temos hoje”, disse, em nota, Jeff Moore, do Centro Ames de Pesquisa, da Nasa. “Será incrível!”
A agência espacial americana também explicou detalhadamente o problema que ocorreu com a sonda no dia 4. O computador principal de bordo foi instruído a compactar os dados colhidos até agora, a fim de liberar espaço na memória para a aquisição das observações durante o encontro. Ao mesmo tempo, a equipe de solo estava transmitindo a sequência completa de comandos — para onde a sonda deve apontar, e com que instrumento, e a que momento — durante os próximos dias, até a conclusão do sobrevoo. O processador fez o melhor que pôde para lidar com as duas tarefas simultâneas, mas — como acontece com computadores domésticos — travou.
Quando isso acontece, a sonda perdeu contato com a Terra, reinicializou os sistemas e entrou em modo de segurança, desta vez operando a partir do computador reserva. Os engenheiros rapidamente diagnosticaram o problema, conseguiram trazer as operações de volta para o computador principal e realizar as tarefas de compactação e de transmissão de comandos. Nenhum procedimento semelhante será realizado daqui para frente, de forma que os técnicos estão confiantes de que o drama não irá se repetir.
Como garantia adicional, a sonda está desde já no chamado “modo encontro”. Nessa modalidade de operação, se der um tilt nela, em vez de entrar em modo de segurança, ela simplesmente reinicializa e prossegue com a execução dos comandos para as observações científicas. Mas, claro, todo mundo — inclusive o Mensageiro Sideral — estará apreensivo durante todo o dia 14, até a sonda concluir a sequência de comandos e ligar de volta para casa, dizendo “correu tudo bem”.
Um planeta anão, cinco luas e muitos mistérios nos aguardam no sistema de Plutão. Falta pouco agora.
Se eu me aproximar com uma espaçonave verei o planeta desta cor ou a imagem é trabalhada para melhorar a visualização?
Desta cor!
Detectaram sinais de atividade geológica em Plutão conforme as fotos dele melhoram. Os cientistas vão ter bastante trabalho para explicar o que será visto no planeta.
Sim, e era algo esperado, que revelasse a história de estresse de maré entre Plutão e Caronte! 🙂
estressada está a turba que ainda não viu nada.
Ah-hã, Claudia, senta lá.
Vitor e Salvador, uma nova missão para Plutão não fará sentido, a menos que seja para entrar em órbita.
Mas entrar em órbita lá deve ser muito difícil, porque teria que ser lançado com a velocidade um pouco menor, para poupar o combustível necessário à frenagem, além de precisar arrumar um caminho que evite ser capturada pela gravidade dos gigantes.
As opções de datas críticas para partida seriam muito espaçadas, e o tempo da missão mais demorado.
Somente algo muito intrigante levaria a Nasa à decisão de uma nova missão.
Aguardemos, pois a partir de agora, uma nova missão para lá, dependerá mais do próprio Plutão nos convencer disso, do que de nossa curiosidade inicial.
Bom dia!
Se tem gente aí roendo as unhas, imagina os caras do projeto…
Adorei o coração (planetas anões também amam) ou será que enjoaram de construir pirâmides?
Olhando assim, de longe, parece ser gelo, mas vamos aguardar notícias.
Hoje o Globo Repórter vai falar sobre o fascínio pelo universo. Tem até uma entrevista com a brasileira que vai para Marte (ou não)
A nave foi lançada no comecinho de 2006. Tudo a bordo tem tecnologia de 2005 para trás. Esqueceram desse detalhe na hora de exigir duas tarefas simultâneas do computador de bordo. A informática evoluiu muito nestes dez anos, e talvez um PC caseiro de hoje não travasse. Mas o velhinho lá longe travou – não por sua culpa – e quase nos matou de frustração.
Salvador,tem um retângulo alien em plutão de uma olhadahttp://www.supertraf.com/2015/07/alienigenas-em-plutao.html
Temperatura de -230ºC na superfície e atmosfera fina de nitrogênio, metano e monóxido de carbono… cool!
Friozinho! 🙂
Salvador, em seguida o que acontecerá com a sonda, ela conseguirá voltar para a terra?
Não, ela sairá do Sistema Solar para nunca mais voltar…
Salvador,
depois do rasante pra onde vai a new horizons?
A ideia eh eventualemente sair do sistema solar?
A proposito, nao teve uma Voyager que ja fez isso (nao sei se estou me confundindo)? Ainda se tem noticias dela?
Isso, será a quinta sonda a sair do Sistema Solar. Já saíram Pioneer 10 e 11 e Voyager 1 e 2. AS Pioneers já pifaram. As Voyagers seguem em contato.
Temos algum dado interessante das Voyager´s depois que sairam do sistema solar?
E já chegou alguma informação interessante “lá de fora”? Ou as voyagers estão de bobeira viajando no vazio?
Abs e parabéns pelas matérias sensacionais.
As Voyagers só estudam a interação do vento solar com o vento interestelar. Não tem nada mais para ver por lá…
Estou esperando ansiosamente pelo dia 14, pois será mais um grande passo dado pela humanidade no intuito de angariar conhecimentos científicos e vislumbrar um futuro baseado mais na razão do que no misticismo. Parabéns, Salvador Nogueira, por propagar assuntos pertinentes, instigantes e promissores.
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Salvador,
Parece que li em algum comentário acima que Plutão teria algo semelhante a “rabichos” de pedra na órbita.
Se for, seria como os asteroides troianos de Júpiter?
Por falar nisso, por que troianos e não jovianos?
Abr.
E.
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Boa pergunta, não sei porque são chamados de troianos. E não sei se Plutão tem rabichos em sua órbita. Desconfio que não. Netuno os expulsaria — ou engoliria.
Júpiter tem dois grandes grupos de asteroides q compartilham sua órbita sem colidirem. O primeiro que anda na frente são chamados de Troianos, o segundo grupo que anda atrás são chamados de Gregos.
A explicação é mais extensa, mas o resumo é esse aí.
O termo Troiano é usado para designar objetos celestes que compartilham a mesma órbita sem colidirem por estarem numa distância adequada (pontos de Lagrange, L4 e L5, 60° à frente e atrás do corpo principal).
Vejam a Wikipedia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Asteroides_troianos_de_J%C3%BApiter
Lá fala que o astrônomo tcheco Johann Palisa quis homenagear os heróis da Guerra de Tróia!
Salvador, então Júpiter NÃO LIMPOU SUA ÓRBITA! Não pode ser considerado um planeta!
(Provocação, viva o Planeta Plutão! ) 😀
Limpar significa representar mais de 50% da massa total em sua órbita. A rigor, ninguém limpou completamente sua órbita — veja os asteroides que vira e mexe colidem com a Terra! 🙂
Estou esperando ansiosamente pelo dia 14, pois será mais um grande passo dado pela humanidade no intuito de angariar conhecimentos científicos e vislumbrar um futuro baseado mais na razão do que no misticismo. Parabéns, Salvador Nogueira, por propagar assuntos instigantes e promissores.
Apesar de ser (anteriormente) muito comentado em diversos aspectos, Ceres não tem sido focado nas mais recentes análises.
Apesar da luz dupla, do enorme domo (supostamente) fotografado e otras cositas más, Ceres fica de lado na hora de fazer sucesso?
É, põe bastante “suposto” nas suas referências. Mas Ceres voltará. Aguarde. É que a New Horizons é uma oportunidade única. Já a Dawn, em Ceres, vai passar um ano por lá.
Infelizmente a Dawn deu problema (ou anomalia como a NASA adora falar) e por enquanto não vai descer para uma orbita mais próxima, na verdade tem que ver se ela ainda vai conseguir descer, pois já tinha problemas em 2 propulsores, se foi uma falha em mais algum deles deve complicar. Estou na torcida que não seja nada demais e que logo tenhamos fotos dos pontos brilhantes mais próximos.
Li uma análise da Emily Lakdawalla, da Planetary Society, e acho improvável que o problema seja grave a ponto de impedir a descida.
Sempre me interessei por astronomia, mas compromissos na vida não deixaram tempo. Agora tenho lido seus post´s e achei-os muito interessantes. Vou acompanhar esse assunto Plutão. Parabéns.
Salvador,
As intrigantes manchas escuras e simétricas da foto anterior sumiram, confirma então a hipótese de distorção fotográfica?
Não, elas estão no outro hemisfério. 😉
Você quis dizer “na outra face”
Quis dizer hemisfério mesmo. Eis a definição: cada uma das metades de uma esfera determinadas por um plano que passa por seu centro.
Mas pode ser face também, não muda nada. 😉
Salvador,
Parabéns pelo seu excelente trabalho neste blog.
Sou médico de quase 70 anos de idade que descobriu recentemente esta maravilha tecnológica de troca de informações, e confesso que todos os dias quero chegar logo em casa para ligar o computador, saber as novidades e ver as interessantes discussões do MENSAGEIRO SIDERAL. (Meu blog preferido!).
É como voltar a ser jovem outra vez, pois a 40 ou mais anos atrás, eu era um jovem apaixonado pela astronomia, tendo tido a honra de ser professor convidado a ministrar aulas nos cursos de astronomia para principiantes, e meteorologia na Escola Municipal de Astrofísica do Planetário do Ibirapuera, então sob a direção do também médico, professor Aristóteles Orsini e posteriormente do professor Irineu Gomes Varela.
Lembro bem que nas aulas definíamos que para os planetas as metades obtidas por um plano perpendicular ao eixo de rotação que passasse pelo centro eram chamadas de hemisférios, e as metades obtidas por um plano que contivesse o eixo de rotação como faces.
Estou tão desatualizado, que nem sei se Plutão tem rotação, e se tiver qual o ângulo formado entre o eixo de rotação e o plano da sua orbita de translação.
Se os conceitos não mudaram, ainda devem valer para a terra e para a lua pelo menos.
Entenda isto como vontade de colaborar, e não como contestação ou para causar polêmica.
Tranquilo, Afrânio. Sobre a rotação de Plutão, completa uma volta a cada 6,4 dias, tem seu eixo de rotação quase perpendicular à sua órbita (ou seja, tem o polo apontado para o Sol), e sua rotação está em sincronismo com a translação de Caronte. Adicionalmente, lua e planeta anão mantêm sempre a mesma face voltada um para o outro. Abraço!
Já da pra ver que e redondinho,ou seja não e um pedaço de rocha,também as manchas escuras do outro lado que e o que interessa, mal da pra esperar
Salvador me explica uma coisa ….como o Hubble consegue “ver ” estrelas la nos “Q.D.I” e não consegue uma foto boa de Plutão ou Ceres !!??Ou mesmo de Eris ou Makemake ! que em tese estão bem mais perto.Agora Plutão , pela distancia ,luminosidade das fotos nos parece bem diferente mesmo heim !!!Pena que a nave vai passar direto ,pois seria interessante se ela pudesse mapear toda superficie do planetinha !!Ja pensou fotografar restos de construções !!!! bem aqui no nosso quintal !!!
Porque estrelas são muito, mas muito maiores que Plutão. Mesmo assim, são pouquíssimas as estrelas que o Hubble consegue enxergar como um disco, em vez de um ponto de luz. E, se você for pensar, mesmo as imagens do Hubble de Plutão são melhores que um ponto de luz — mas nada que se compare ao que uma sonda pode fazer de perto.
jmingo, sua pergunta é o mesmo que esta: “Por que conseguimos ver a Lua, que está a 384.000 Km de distância e não conseguimos ver um vagalume que está apenas a 1 Km ?”
Da mesma forma, quando vc pensar no Philae (tamanho de uma lava-roupas ), a Roseta conseguirá visualizá-la, estando a uns 450 Km ?
É tudo uma questão de resolução de imagem! Não sou especialista, mas procurei entender sobre isso, e embora não lembre de detalhes (valores, ângulos, graus, etc) hoje consigo compreender as dificuldades dos cientistas em responder algumas questões sobre nosso “quintal”… as distâncias por aqui são gigantescas!
abs,
Jmingo, segue uma explicação matemática interessante do por quê o Hubble não consegue ver Plutão em detalhes.
Obs: a matéria de janeiro de 2015.
http://www.universoracionalista.org/por-que-o-hubble-captura-vistas-detalhadas-de-galaxias-distantes-mas-nao-de-plutao/
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Valeu, Bira.
E tão óbvio, quando demonstrado.
Não sei porque a gente passa batido.
Tks.
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Show de link! Muito grato por ter colocado esse link e muito grato ao tradutor. Claro, a Emily Lakdawala é fantástica!
Fui injusto ao não agradecer, também, ao Mensageiro Sideral, que não só nos traz todas essas informações como permite adições feitas pelos comentadores!
Como se aprende aqui!
valeu bira …embora eu tenha citado “estrelas ” na minha pergunta ..mas o Salvador ja explicou direitim !!! abraços
Planeta café com leite e um coração de creme. Mesmo com esta definição ainda acho que aquelas manchas igualmente espaçadas que apareciam dias atrás eram artefatos do processamento de imagens.
Mas bancando o conspiracionista desconfiado, será que a NASA não queria que víssemos alguma imagem reveladora ou no mínimo muito estranha do planeta ao dizer que a sonda deu defeito naqueles dias?
Te garanto que não. A angústia dos caras foi beeem real. rs
A sonda terá aproximação máxima dia 14, mais ela vai desacelerar e sobrevoar plutão ou vai passar direto???
Passar direto!
passar direto. na velocidade em que está, frear está fora de cogitação… 😉
obrigado por responder…mais e uma pena ela nao pairar sobre plutao, pra coletar mais dados e imagens
Salvador, boa noite. Acho que veremos crateras pronunciadas em sua superfície. O mais original é que estarão num padrão muito diferente do usual tanto ao tamanho e profundidade quanto à disposição. Teremos uma vista de que Plutão levou um “tiro de 12” de um lado só. É a minha impressão…Veremos. Êta ansiedade!
Computadores testados e aprovados! Eles acabaram fazendo um teste que jamais seria feito após o laçamento sem ser por acidente.
Puts! Que frio na barriga! Imagino o pensamento dos operadores após receberem os dados de status e verificarem que o ocorrido foi um reboot do sistema através do processador auxiliar. E ao mesmo tempo a satisfação de ter levado a sonda ao limite e verificar que ela foi bem projetada.
É, mas foi cagada. Faltou excesso de zelo, essencial num troço crítico como exploração espacial. Não dava para arriscar. E eles nem quiseram arriscar. Primeiro mandaram compactar. Tinham testado isso em terra, com o modelo de engenharia, e levava X tempo para terminar a compactação. O duro é que, com os dados de verdade, lá fora, demorou mais. Aí sobrepôs com o envio dos comandos do encontro. Ops. 🙂
Pô Salvador, explica isso aí.
O que quis dizer é que eles achavam que a operação dupla era segura, mas não custava ter perdido um cadinho mais de tempo para não arriscar.
Não precisava ter levantado da cama…rs…
Entendi seu parecer, grato!
Você teve a coragem de acordar o Salvador à 1:29 da madruga? 🙂
Ainda que Plutão não nos surpreenda, que seja apenas uma esfera rochosa e gelada, terá valido apena toda essa missão, só de estar sendo “desbravado” pela humanidade, já valeu apena!
Acabei de ler que o símbolo astronômico do Plutão (PL) foi escolhido como uma forma de homenagear Percival Lowell… Para quem escreveu uma grande piada, não está nada mal, está imortalizado…
Fui eu que falei da grande piada… Eu sei. Lowell que mapeou os “canais de Marte”, depois previu a existência de um Planeta X, que acabou sendo identificado com Plutão, assim batizado em parte para homenagear Lowell, e Plutão acabou se parecendo com o Marte que ele passou décadas estudando… 😛
Salvador, boa tarde!
Com essa experiência da sonda chegar tão próximo ao Plutão, existe a possibilidade deste planeta anão ser “promovido” a status planeta novamente?
Acho improvável, mas vai ter quem queira. 🙂
Eu quero! 🙂
E tenho mais razões ainda para “exigir” isso! Júpiter não limpou sua órbita, não é um planeta! Os critérios estão errados!
(Aprendi isso num comentário mais acima e não vou mais deixar o Salvador sossegado!) 🙂
Júpiter tem seus troianos, sim, mas a massa do planeta facilmente excede a marca de 50% da massa total presente em sua órbita. Ceres quase consegue (se não me engano, 40% da massa do cinturão de asteroides), e Plutão chega um pouco menos perto (30% do cinturão de Kuiper, se não me engano).
Será que os computadores vem com Windows? (“como acontece com computadores domésticos — travou”).
Blue Screen no espaço?!
Maldita Microsoft!!
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Zé,
Não maldiga, não.
Graças a essa bosta da Microsoft é que a internet e o uso dos computadores puderam ser popularizados e usufruídos por nós, os pobres mortais. É claro que uma tecnologia mais refinada seria desejável… Porém, se temos um limão, façamos uma limonada.
(sem síndrome de Polyanna, claro!)
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Caro ebueno, permita-me discordar um pouco. Concordo com a popularização dos computadores, mas quanto à internet tenho minhas severas reservas.
Talvez você não se lembre do Windows95. Ele, por padrão, nem mencionava a internet; pelo contrário, o instigava a instalação da “rede msn”, que lhe dará acesso a bla bla bla.
Neste caso, somente quando uma tal Netscape correu por fora e ganhou o primeiro round do mercado (ninguém instalava a tal msn, que depois emprestou o nome a outros produtos de tio Bill) é que a MS acordou e lançou mão de táticas questionáveis no win98, que renderam processos e a liderança. Daí a história vem até hoje.
Mas concordo que a MS tem seus méritos (tirando uns lixos como o win2000, vista, win8…)
Mas voltemos à New Horizons. Duvido que tenham embarcado windows. Imagine um SO visual para os ETs brincarem, gastando preciosos MB de memória — que pode ser muito mais enxuta (e menos sujeita a erros!)…
Muito provavelmente é algum “sabor” de Linux totalmente customizado.
Estou na janelinha e daqui não saio, nem que o Romário apareça! Sorte que nesta janelinha dá para todos olharem! 🙂
Essa foto me lembra o globo do planeta Marte proposto por Lowell no século passado.
Sim! Plutão é uma imensa piada criada por Lowell! 🙂
É verdade! Era me familiar a foto, mas não sabia de onde! O tal de Percival Lowell publicou três livros sobre Marte: Marte (1985), Marte e seus canais (1906) Marte como moradia da vida (1908). Cheio de ilustrações exóticas. Grande piada, pode ser, mas ele ganhou muito dinheiro, e parece que foi com parte dessa grana que prosseguiu na busca do Planeta X (agora Plutão). Após falecer em 1916, Clyde Tombaugh tomou a tarefa… e então cá estamos nós, roendo as unhas!
Salvador. boa tarde. As fotos mais próximas serão somente de Plutão? ou teremos fotos também de Caronte e dos outros satélites. Obrigado. Stilpen.
Todo mundo. Mas os outros satélites, fora Caronte, são tão pequenos que veremos poucos detalhes deles.
Salvador,
A NASA ira mostrar mais de perto as grandes crateras escuras? No spaceref vi que podem ser 8 crateras alinhadas.
Ainda teremos imagens mais próximas de todas as porções visíveis de Plutão! 🙂
Salvado, já sabem qual o tempo em que New Horizons ficará sem comunicação com a Terra, quando passar por trás do Plutão, se é que vai ser assim a trajetória? E em quanto tempo levará para ser transmitido tais dados, obtidos durante o blecaut?
Não haverá quase nenhum blecaute “físico”, mas a sonda realizará todas as observações antes de apontar a antena para a Terra e transmitir os dados colhidos…
Pluto que Pariu, como estou ansioso! 😛
Salvador é verdade que se fosse possível morar em plutão o sol visto de lá seria como um pequeno ponto, tal como uma estrela vista da Terra?
Seria bem menor do que o que vemos aqui, mas ainda assim, disparado, mais brilhante que a Lua ou qualquer outra estrela no céu. A Nasa fez uma brincadeira bacana em tempos recentes: “Pluto Time” — http://solarsystem.nasa.gov/plutotime/. Você como seria a iluminação ao meio-dia em Plutão, comparada à iluminação que o Sol fornece aqui para nós na Terra. Por exemplo, para mim, em São Paulo, o grau de iluminação diária às 17h38 hoje é igual ao meio-dia de Plutão.
Fui agora dar uma olhada na rua, é muito bacana ter essa noção de luminosidade! 🙂
Muito legal esse site Salvador, sempre tive essa curiosidade, mas nem imaginava onde encontrar tal resposta! Valeu
A outra face, que é mais interessante, não teremos a mesma resolução quando passar pelo voo rasante?
Teremos em resolução melhor que esta de hoje, daqui a três dias, mas não teremos a máxima, que só teremos para o lado visível durante o sobrevoo mais próximo.
Eu acho q deve ser os meus óculos ! Apesar da aproximação continuo vendo desfocando ! Esperava mais nitidez !
Imagem a 7,8 milhões de km. Eu disse “começa a entrar em foco”, e não “tá super focada”. 😉
Pelas imagens que estão chegando aos poucos, Plutão me lembra um pouco Ganimedes, uma lua de Júpiter.
Talvez a superfície do pequeno planeta guarde algumas semelhanças com Ganimedes, só conjecturando. Deixo o link da foto de Ganimedes para efeito de comparação:
http://i.ytimg.com/vi/IelpfV74I4o/hqdefault.jpg
Contudo, Plutão pode se revelar algo totalmente diferente. Logo saberemos. Se a expectativa matasse, eu tava perdido.
Ganimedes é mais cinza e tem muito gelo de água na superfície. Já Plutão, não. Dizem que o mais parecido com ele é Tritão, lua de Netuno — teoriza-se que seja um objeto do cinturão de Kuiper capturado pela gravidade do planeta e convertido em lua. Mas o que os cientistas da New Horizons estão dizendo é que mesmo essa semelhança não é tão grande. Plutão é diferente de tudo que já vimos, dizem eles.
Que seja algo novo, torço para que Plutão nos surpreenda. E que os dados colhidos pela sonda tenha a capacidade de produzir mais respostas do que produzir peguntas já que outra viagem até Plutão é incerta. Mas se alguma pergunta justificar uma nova missão para Plutão, vou querer estar aqui para ver.
Plutão tem tons de marrom café!