Astronomia: os vizinhos de Plutão

Salvador Nogueira

Agora que você se encantou com a verdadeira face de Plutão, é hora de conhecer seus vizinhos.

Plutão e alguns dos seus vizinhos, todos planetas anões do cinturão de Kuiper, em comparação com a  Terra. O único que não é concepção artística é Plutão, claro; os outros ainda não conhecemos de perto. (Crédito: Nasa)
Plutão e alguns dos seus vizinhos, todos planetas anões do cinturão de Kuiper, em comparação com a Terra. O único que não é concepção artística é Plutão, claro; os outros ainda não conhecemos de perto. (Crédito: Nasa)

BAIRRO AFASTADO
Plutão é o membro mais ilustre de uma faixa de espaço além da órbita de Netuno, o cinturão de Kuiper. É basicamente um bairro na periferia do Sistema Solar, habitado por uns 100 mil objetos. Falaremos a seguir de seus cinco colegas mais intrigantes.

ÉRIS
Não por acaso, esse também é o nome da deusa grega da discórdia. Descoberto em 2005, Éris foi o responsável pelo rebaixamento de Plutão à categoria de planeta anão. Tem praticamente o mesmo tamanho, mas com mais massa, ou seja, ele deve ter outra composição.

MAKEMAKE
O nome vem de uma divindade adorada na Ilha de Páscoa. Com um diâmetro de cerca de 1.480 km, foi estudado com participação brasileira. Observando Makemake encobrir uma estrela, descobriram sua falta de atmosfera.

HAUMEA
Se há um planeta anão bizarro, é Haumea, nome de uma deusa havaiana. Apesar de seu tamanho (1.400 km), ele tem a forma de uma bola de futebol americano. Isso ocorre porque ele gira muito depressa (um dia lá dura 4 horas!) e, com isso, se estica.

QUAOAR
O nome é homenagem a um deus tongva, povo indígena da área de Los Angeles, nos EUA. Seu diâmetro é metade do de Plutão. E o que estranha é a presença de gelo de água na superfície. Como isso é possível? Ninguém sabe.

SEDNA
Batizado em homenagem à deusa inuíte do mar, é o planeta anão mais distante conhecido. Sedna completa uma órbita a cada 11,4 mil anos. Dizem as más línguas que é fruto de um roubo. O Sol o teria capturado de um sistema planetário vizinho que passou por perto há bilhões de anos.

Éris, Makemake, Haumea, Quaoar, Sedna… todos esses astros são tão interessantes quanto Plutão. Eles não fazem falta no seu horóscopo?

A coluna “Astronomia” é publicada às segundas-feiras, na Folha Ilustrada.

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Comentários

  1. Salvador, a gravidade é uma força extraordinária, pois é capaz de moldar mundos inimagináveis. Ah! se nós pudéssemos viver para conhecer todos os mundos possíveis que ela pode produzir.
    Abraço.

  2. 😀 Olha a provocação para o colega do lado!

    Salvador, ontem e hoje notei que nenhuma antena do DSN está captando a New Horizons…

    http://eyes.nasa.gov/dsn/dsn.html

    Será que existe algum problema ou é uma pausa esperada? Ou eles recebem o sinal por outro meio?

    1. É provável que a parada de transmissão seja programada. A New Horizons segue fazendo observações de Plutão e Caronte, mesmo de longe (do mesmo jeito que fez na aproximação).

      1. Ufa, que alívio! Eu imaginava que ela ia ficar 16 meses transmitindo dados ininterruptamente… Agora percebo que não seria o caso.

  3. Olá Salvador, acompanho o BLOG, e agardeço as informações coerentes e precisas que nos passam, tenho duas perguntas? Uma Você acredita em vida fora da terra? e a outra: _ Qual o paralelo da religião nesta possibilidade de vida?
    agradeço desde já!

        1. Se me lembro do contexto, me perguntaram a minha opinião. Se me perguntam se eu acredito em vida fora da Terra, eu digo, “sim, eu acredito”. Tenho razões científicas para acreditar. Mas não afirmo “Sim, existe”, porque não tenho evidências diretas. E é aí que a minha opinião se diferencia dos dogmas sem fundamento, que são província exclusiva da religião. Nenhum religioso se permite dizer: “Sim, eu acredito que Deus existe, mas não posso afirmar que Ele existe”. Todos dizem simplesmente: “Sim, Ele existe”. Entendeu a diferença? 😉

          1. Apesar de ainda estar magoado com a sua súbita manifestação hostil com relação a meus comentários, não posso deixar de intervir nessa sua resposta repleta de preconceito e desinformação.

            Os defensores da vida fora da Terra não possuem nenhuma evidência de que ela realmente exista, no entanto, defendem o seu ponto de vista com paixão – a ponto de apostar caixas de cerveja e estabelecer um prazo de 20 anos para encontra-la. É portanto um dogma clássico. O principal argumento dessas pessoas está na “vastidão do Cosmo”, ou seja, eles acham que como existe muito espaço, ele deve ser preenchido de alguma forma por outras formas de vida. É um argumento totalmente vazio, sem fundamento.

            Vejam agora a diferença: está muito claro que existem razões científicas para se acreditar em Deus. Basta examinar o que a Ciência descobriu até hoje. Não é possível que toda a estrutura Matemática da Natureza – manifestada claramente através das Leis da Física – tenha sido obra do acaso. É simplesmente impossível que a constante de Planck, a constante de estrutura fina da matéria e a força gravitacional tenham sido produto de uma fortuita soma de coincidências. Seria mais fácil ganhar na MegaSena 20 vezes seguidas…

            Portanto amigos, a própria Ciência nos ajuda a combater o ateísmo, ela nos fornece os elementos necessários para que tenhamos a convicção de que DEUS existe e que Ele não é apenas um produto da Fé ou da superstição. Por essa razão insisto no meu ponto de vista.

            Por fim, apesar de ter sido rudemente criticado pelo dono deste blog, tenho certeza que minhas palavras não serão em vão. Que DEUS abençoe a todos.

          2. Num guentou, né? Bem-vindo de volta.
            Sobre vida extraterrestre, ela não se baseia unicamente na vastidão do cosmos, que por si só não comprova nada. Ela se baseia no princípio copernicano — a noção de que a Terra não tem nada de especial no contexto desse universo vasto. Esse é um princípio a ser testado, e é o que temos feito.
            A primeira etapa o próprio Copérnico tratou de resolver — ele mostrou que, longe de ser o centro do Universo, a Terra é apenas mais um planeta, como muitos que há no Sistema Solar.
            A etapa seguinte foi aventada primeiro por Giordano Bruno, que seguiu nos passos de Copérnico, mas só foi confirmada muito recentemente. O Sol e o Sistema Solar também não têm nada de especial; há incontáveis sistemas solares lá fora, e muitos deles têm planetas como a Terra. Já conseguimos até quantificar isso graças ao Kepler — para estrelas similares ao Sol, a taxa de planetas similares à Terra está entre 5% e 20% (dependendo do nível de similaridade exigido).
            Outro passo importante foi dado por Darwin, ao mostrar que a variedade biológica na Terra — inclusive o ser humano — é explicável por meio de leis naturais (mormente a seleção natural e as mutações genéticas), descartando a hipótese de que a evolução fosse um episódio incomum ou improvável.
            O que falta confirmar, para elevar o princípio copernicano ao ponto em que ele corrobora vida extraterrestre, é demonstrar que, sempre que condições favoráveis aparecem, a vida surge. Ainda não sabemos isso detalhadamente, mas se as hipóteses vigentes estiverem corretas, devemos encontrar vida (ainda que microbiana) em luas de Júpiter e Saturno, e sinais de vida extinta em Marte. Nessa fronteira, acho perfeitamente possível que a confirmação venha em 20 anos. Afinal, já há missões para buscar diretamente vida em Marte (a europeia ExoMars, separada em um satélite, um lander e um rover, com lançamentos em 2016 e 2018) e a Nasa está preparando empreendimento similar para Europa, a lua de Júpiter.
            O passo seguinte, que pode vir um pouco antes ou um pouco depois, é demonstrar que vida complexa também acontece sempre que as circunstâncias se apresentam. Isso envolve detectar alto teor de oxigênio em atmosferas de exoplanetas — algo que o Telescópio Espacial James Webb já buscará a partir de 2018 em mundos próximos.
            E o passo final teve um desenvolvimento empolgante hoje: a busca por inteligência extraterrestre, que depende da boa vontade de outras civilizações de entrar em contato conosco. Em 10 anos, teremos investigado 1 milhão de estrelas nos arredores à procura de transmissões artificiais.
            Então note que não só a premissa de vida extraterrestre está calcada num princípio (o copernicano) que já teve diversas confirmações experimentais, como também os passos para a detecção de vida fora da Terra nas próximas duas décadas estão bem adiantadas.
            Já os passos para a detecção de Deus…
            (E notem que o fato de Deus não ser detectável não quer dizer que Ele não exista; apenas que não pode ser investigado cientificamente. E é por isso que, ao contrário do que diz o “matemático de Oxford”, não há qualquer evidência de que Deus exista. É uma questão de fé.)

          3. Um matemático de Oxford que falha em entender o princípios básicos do método científico e não consegue separar o metafísico do que pode realmente passar pelo crivo da ciência

            Santo Deus…

            E mais uma vez, só fala quando o assunto é ET.

            Salva, seria uma boa editar o nome dele sempre que postasse pra:

            Apolinário “bitolado” messias

            😛

          4. Salvador, Fabio, Eu™ (seja você quem for!),
            Como é difícil conceber que um homem culto, conhecedor dos elementos básicos da física, capaz de argumentar com certa coerência, (mesmo que só na forma, não no conteúdo), possa ser um radical defensor da teoria criacionista e seguidor de dogmas religiosos sem pé nem cabeça, intuí uma, que me parece, interessante teoria:
            O senhor “Apolinário Messias”, que já mostrou conhecer assuntos como a constante de Planck, a constante de estrutura fina da matéria a força gravitacional entre outros conceitos da física e da astronomia já discutidos antes, e que tem (ou adotou) um nome que parece uma paródia, “Messias” em contraposição ou complemento ao “Salvador”, só pode ser um tremendo gozador desocupado.
            Se encarado assim, devemos aceitá-lo e recebê-lo carinhosamente, visto que sua argumentação (intencionalmente) provocativa nos diverte e aquece discussões das quais tiramos muito proveito, mesmo que por vezes vocês, fiquem irritados com ele.
            Não posso estar certo?

          5. Eita, os trolls estão conseguindo fazer confusão. Quando aparece “Salvador Nogueira”, quem está escrevendo sou eu, o autor do blog. Quando aparece “Fabio”, é o “Fabio”. E quando aparece o “Eu”, é o “Eu”. São três pessoas diferentes.

            Quanto ao Apolinário Messias, sei lá quem ele é. Ele pode nos dizer. Apolinário, conte-nos mais de suas peregrinações, sua história de vida, sua família, seu local de origem e seu destino, por favor. 😛

          6. Salvador,
            Meu admirado amigo (se você me permitir chamá-lo assim!)

            O único troll que está fazendo confusão é você!
            Quando me referi na postagem anterior aos senhores “Salvador”, “Fabio” e “Eu™ (seja você quem for!)”, estava me dirigindo distintamente aos três missivistas que discutiam sobre o retorno do provocador. Nunca me interessei se quem escreve por Salvador é o mesmo que escreve por Eu, ou se quem escreve por Apolinário é o mesmo que escreve por Jr, para mim “Salvador”, “Fabio”, “Eu™”, “Apolinário Messias”, “Jr” e porque não “Afrânio”, são personagens desta deliciosa discussão, e eu (Afrânio) me dirigia aos: Salvador, Fabio e Eu™, três personagem distintos, que no fundo do coração torço para que sejam três pessoas diferentes.
            Espero ter sido claro!

          7. Menos mal. Fico meio incomodado quando acham que uso outros nomes para postar. É uma atitude tão quarta série…
            Abraço!

  4. Creio que faltou a lista Orco, ou Orcus, o Anti-Plutão, que possui a mesma orbita de Plutão mas está sempre na face oposta de Plutão.

    1. Sim, há outros. Faltou Varuna também. Peguei só os cinco preferidos meus. rs

  5. Salvador, e quanto a 2012 VP113, a alguma informação sobre ele,alguma descoberta sobre o mesmo.

    1. Ele é um objeto muito interessante, com jeito de ser uma versão menor (e com periélio mais largo) que o Sedna. É um dos objetos que aludem a uma origem em outro sistema planetário ou à presença de mais um planeta do tipo Netuno além do cinturão de Kuiper…

  6. Salvador, lembrei-me do seu último artigo postado aqui, a respeito de Plutão e Caronte mostrarem sempre a mesma face um ao outro. Por que motivo alguns corpos celestes, incluindo a Lua, mostram a mesma face, enquanto outros não fazem isso ?

    1. Todos eles tendem a isso. Só que depende da intensidade do efeito de maré gravitacional e da composição dos corpos, o que influencia no tempo que leva até acontecer. No caso do sistema Terra-Lua, a Lua já está “travada”, mas a Terra ainda não — embora vá muito suavemente reduzindo também seu ritmo de rotação. No final, a Terra também teria a mesma rotação que a Lua — não fosse o Sol, que morrerá antes disso acontecer.

  7. Salvador, após ler a matéria estou pensando, (talvez erradamente) que com a tecnologia existente, não teremos mais descobertas de corpos maiores que a terra, por exemplo, orbitando Sol. Será que é isto mesmo?

    1. Ainda é possível. Uma alternativa, aliás, para explicar a órbita de Sedna, em vez de ele ser um objeto roubado de outro sistema, é que haja um planeta do tipo Netuno ainda mais longe, depois do cinturão de Kuiper.

        1. 😀 Gostei da expressão.

          Esse cinturão de Kuiper está me parecendo fascinante, muita coisa a ser ainda descoberta sobre ele.

          1. Mas o hipotético “Tyche”, se existisse, não seria um planeta joviano (o tipo de Netuno) com uma órbita imensa, além do cinturão de Kuiper? E se por acaso existisse, não poderia ser ele o “pescador” de Sedna?

          2. Se houvesse um planeta joviano ou um novo Netuno além do cinturão, o satélite Wise teria pego. Como não pegou, no máximo cabe uma superterra ali.

  8. Das imagens que vi dos outros planetas do sistema solar – refiro-me, sobretudo, de Júpiter a Netuno – parece não haver muita coisa com qualidade comparável às da New Horizons. Estou certo? Se sim, existe um menor interesse por parte dos pesquisadores nesses planetas? Por quê?

    Parabéns pelo blog

    1. Ah, você tem imagens sensacionais de Saturno pela Cassini, e as de Júpiter, pela Galileo, também são arrepiantes. Mas, claro, a New Horizons é mais poderosa — só porque é mais nova. A tecnologia progride depressa no terceiro planeta! 🙂

    2. Precisamos nos lembrar que eles são planetas gasosos, portanto o que vemos deles é apenas nuvens de tempestades, enquanto que Plutão é rochoso e tem muito mais detalhes a nos intrigar.

    1. Acabo de ler pelo seu link. Parece uma iniciativa interessante de SETI, baseada em laser e rádio, pelo que entendo. Acho que a grande novidade aí é que alguém está pagando a conta. 🙂

  9. Como sempre, muito esclarecedoras as suas publicações.
    Capciosa a colocação quanto à não presença dos mini-planetas no horóscopo…matou a pau…!!!

  10. Pois é Salvador temos muitas coisas ainda para descobrir né ?Esse comentario sobre Sedna me lembra algo que li sobre Nemesis e realmente são coisas bem”palataveis”.Afinal seria um corpo extremamente grande e escuro e por não ter nem refletir luz seria bem dificil de ser descoberto né ?E seria plausivel um astro ter uma orbita que passasse perto de nosso sistema solar.Afinal se ate os sumerios falaram dele é sinal que pode existir .ate pq um sistema estelar binario não significa que as estrelas estão tão perto assim.e numas dessas voltas podem ter “trocado ” planetas,lembrando que os certos planetas de nosso sistema solar são beeeeeem diferentes dos outros. E tem mais …teu blog esta cada vez melhor ,rapa fico p…… quando acaba meus “creditos ” ai tenho que esperar o outro mes chegar.
    abraços

    1. Nemesis na verdade seria uma anã vermelha, portanto, bem detectável. Observações feitas com o satélite Wise praticamente descartaram sua existência.
      Sobre os “créditos”, é dureza. Mas quem sabe você não se empolga a ponto de achar que o blog vale o investimento extra? 😛
      De toda forma, muito obrigado pela leitura e pela insistência, a despeito do paywall…
      Abraço!

      1. rapa …valer vale sim ,pq vc é bem didatico nas suas explicações e teu blog é incrivel.Mas ja achei um “jeitinho ” de ter creditos o mes inteiro .Agora o céu é o limite.rsrsrsrsr

  11. Salvador! Interesso-me pela astronomia, mas confesso que sou leigo. Estes vizinhos de Plutão, mencionados na matéria, fazem parte da Via Lactea?

    1. A Via Láctea é a galáxia que abriga o Sol e mais 200 bilhões de estrelas como ele. Já os vizinhos de Plutão, assim como tudo que está no nosso Sistema Solar, está num pedacinho muito pequeno da Via Láctea, no entorno do Sol. Você pode imaginar a Via Láctea como um “sistema de sistemas solares”, dos quais o nosso é só um, de 200 bilhões. Plutão e seus vizinhos estão na periferia do Sistema Solar, mas ainda assim estão “pertinho”, se comparados ao tamanho da galáxia. Abraço!

    2. Carlos, fica mais fácil se você imaginar que por uma simples regra de três: A Via Láctea fosse equivalente ao Brasil, então o Sol, os Planetas e demais objetos “próximos” seriam equivalentes às casas, postes, orelhões e árvores que estão na sua rua.

  12. Éris, Makemake, Haumea, Quaoar, Sedna,…todos nomes de DEUSES(AS). Pois é, negam o Santo mas não tiram Ele da cabeça…

    1. É a tradição, determinada pela IAU. Informalmente, Éris e Disnomia eram conhecidos pelos pesquisadores como Xena e Gabrielle, inspirados pela série de TV. Mas a IAU estabelece regras claras de nomenclatura, que por sua vez seguem a tradição antiga e pagã de dar nomes de deuses a astros. A tradição judaico-cristã nem existia quando inventaram esse padrão. 😉

          1. Agradeça ao “Eu”…ops…Eu = Salvador Nogueira….kkk

            Prove que eu sou o Salvador. Duvido.

          2. JR, não se aborreça com o Euclides, é o jeito dele se manifestar com a intransigência humana.

          3. Uh, quase. O nome dele começa com E de fato. Mas não é Euclides. Keep trying. 🙂

      1. Eu, ué? Não posso? Não custa lembrar aos desavisados que a tradição de batizar planetas com nome de deuses é bem anterior à religião predominante no Ocidente. Não fosse isso, provavelmente os planetas teriam nomes como Santo Antônio, Santo Ambrósio e por aí vai… 😛

        1. Mais provável seriam os nomes: Mateus, Isaías, José, Pedro, Tiago, Filipe, Judas, Tomé,…

          1. Ia dar briga. São 12 apóstolos para 7 planetas (a Terra, presumivelmente, não mudaria de nome).

    2. Afora a questão, digamos, técnica, parece mesmo conveniente nos dias de hoje usar nomes de deuses de religiões mortas ou pouco conhecidas, não? Melhor que aqueles amontoados de letras e números que dificultam a própria referência ao astro e, ao mesmo tempo, à utilização de outras referências, como a religiões modernas, que poderiam gerar até algum tipo de polêmica (por algo lateral e que refoge à razão, ainda por cima).

      1. É, mas é interessante que o procedimento de batismo nasceu na época em que as religiões em questão eram vigentes! Júpiter virou Júpiter quando ainda era um deus adorado pelos romanos! 🙂

    3. Existem milhões de nomes de deuses, vai dar para nomear o Cinturão de Kuiper inteiro e ainda sobra!

      Isso prova como a imaginação humana é fértil! 😛

  13. Parabéns Salvador!

    Ainda não podemos afirmar que existe vida inteligente fora de nossa planeta, mas graças ao seu blog, já conseguimos provar que existe dentro do UOL!

    Keep the good work!

    [ ]´s

  14. Muito legal o artigo Salvador.

    Depois de tanta polemica é sempre bom ver Plutão colocado como uma “estrela” dessa família interessante de Planetas Anões, e não como um patinho feio entre os Planetas.

    Falando em nomes, existe algum movimento a favor de um nome mais interessante que “Planeta Anão”? Sei lá qualquer nome, esses astros interessantes mereciam ser agrupados com um nome legal, “Planeta Anão” nada a ver.

    Por exemplo, poderia ser “Platheous”, mistura de planeta e deuses em grego (já q estão recebendo nomes de deuses mesmo)… 😉

    1. Eu até gosto da nomenclatura “planeta anão”. Aliás, foi o Alan Stern, da New Horizons, quem inventou o termo. Só que, na época, ele não queria que os “planetas anões” deixassem de ser planetas. Imaginava apenas uma subclasse.

    2. Também achei péssima escolha, o nome ainda é “planeta”, mas agora seguido de um adjetivo e depois, dizem que isso indica que não é planeta!

      Homem anão não é homem? Claro que é! E muito digno, por sinal!

  15. Salvador, o que tem, além do espaço, depois do sistema solar, cinturão de kuiper? Existe alguma expectativa da NH “achar” algum corpo celeste desconhecido?

    1. Escrevi com pressa e lendo agora nem eu consigo entender o que a pergunta.
      Deixa eu refazer: Enquanto a NH viaja ao infinito, existe a possibilidade de ele encontrar algum corpo celeste desconhecido?
      Alias, obrigado por dispor do seu tempo para nos manter informados.

      1. Muito improvável. O espaço é muito, muito vazio. Sem planejar especificamente a missão para passar perto de alguma coisa, o mais provável é não encontrar nada.

  16. Olá Salvador, seu texto é ótimo. Bem resumido e explicativo, sem o astronomês dos astrofísicos e astronomos. Salvador, eu sou fascinado por ovnis e ets. tenho vários materiais sobre o assunto. Assisto regularmente os canais fechados da history, natgeo,etc.
    me responda: vc acredita que ovnis e ets?, vc nao acha que estamos sendo visitados há milhares de anos? tem muita evidência sobre o assunto, até astronautas já declararam terem vistos tais objetos. vc nao acha que o governo americano esconde muita informação há decadas? e a nasa nao tem um circulo interno? um abraço.

    1. Acho que é possível que estejamos sendo visitados ou tenhamos sido visitados no passado, mas, ao contrário do que você diz, não vejo nenhuma evidência concreta disso. Tudo que temos são testemunhos de objetos voadores não-identificados — e por não-identificados, note que não os não identificamos para dizer do que se trata — e histórias ainda mais bizarras de abduções, sem comprovação material. Sobre esses canais e seus programas ufológicos, muito cuidado. Outro dia usaram uma entrevista do Buzz Aldrin de forma maliciosa, para fazer parecer que ele tinha visto um OVNI. Editaram as partes em que ele explicava a identificação — prosaica — do objeto, como tendo origem no próprio foguete que os lançou ao espaço.

      Por fim, acho que a Nasa não esconde nada sobre alienígenas. Ela é uma agência civil americana, não militar, e trabalha com incrível nível de transparência. Tanto que, sempre que dá uma merda no programa espacial, não importa quão pequena, logo ficamos sabendo.

      Abraço!

  17. Ceres não fica no Cinturão de Kuiper, mas não é considerado um planeta anão agora? Ou ainda é um asteroide?

    1. Ceres é planeta anão, mas fica no cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter, não no cinturão de Kuiper, que fica além de Netuno.

  18. Salvador, poderia me dizer se a sonda New Horizons apos a passagem de Plutão ira passar próximo por alguns desses corpos celestes que você citou.

  19. Caramba! Se Plutão já é menor que nossa lua. aquelas luas menores de plutão devem ser do tamanho do meu bairro!!! rsrsrsrs

    Ótima publicação Salvador! Grande abraço!

  20. Estou a par de que a janela para escolha do segundo alvo, um KBO, de uma lista de três possíveis, ocorrerá até Novembro/2015. Pena que nenhum dos astros mencionados esteja dentro das possibilidades.. mas seria muito interessante uma visita, mesmo que seja um KBO qualquer! Espero que o governo americano libere a verba… a heterogeneidade é impressionante, e é possível que o sistema solar tenha se encontrado com outro e passado a uma distância muito pequena, para explicar tal heterogeneidade e, também, uma lacuna inexplicável no cinturão do Kuiper (e quem, sabe, da do Oort), além das órbitas estranhas do sistema plutoniano e das lua de Netuno, que foi capturado, sem dúvidas. Mas de onde?

  21. Grande Salvador,

    Parabéns! Na home do UOL e sem paywall! Liberalidade fortuita ou finalmente reconheceram que as pageviews do Mensageiro compensam?

  22. sou fã de astronomia gosto de ver essas descobertas e não duvido que aja vida em algum lugar deste mundão desconhecido uma hora iremos ver esta noticia.

  23. Gostaria de ver uma representação do sistema solar que incluísse o Cinturão de Kuiper, já que esse “bairro” do sistema está em evidência por estes dias. Claro que posso pesquisar. Mas se houver dica, melhor.

      1. Uau! Está bastante compactado, mas agora deu para entender porque Plutão é considerado um objeto do cinturão de Kuiper!

        Ele é tão largo assim? Quantos UA de largura? Pelo desenho, parece ter uns 20 UA… 😮

      2. Salvador, por essa figura o cinturão de Kuiper tem a órbita (na média, suponho) mais alinhada com os planetas internos, diferentemente de Plutão. É o que se sabe hoje? Esses outros planetas anões tem as órbitas mais alinhadas?
        Esse desalinhamento de Plutão se deve à interferência de outro corpo? Parabéns pelo alto nível do blog.

        1. Na verdade, as órbitas dos objetos do cinturão de Kuiper variam bastante, tanto com relação à posição quanto à inclinação. Há aqueles influenciados por Netuno e os chamados da “população clássica”, que nunca se aproxima de Netuno.

  24. Muito legal essa matéria sobre os corpos mais distantes do sistema solar…depois fala um pouquinho também sobre a nuvem de oort!!! Abraços!

    1. Não coube no texto, mas talvez Sedna seja da nuvem de Oort. Porque numa ponta sua órbita chega no cinturão de Kuiper, mas na outra vai muito além dele.

  25. Muito legal. Só é triste ver gente inteligente sendo ignorante e tripudiando em conhecimento que não domina.

  26. Lá vai um bando de doido atribuir os novos planetas na vida dos coitados que hoje nascem, e pior, dando-lhes características psicológicas de acordo com o arquétipo da mitologia que foi escolhida aleatoriamente por outros doidos. srrsrsrsrsrsrsrsrs

  27. Salvador a New Horizons irá aproximar desses planetas ou ficara apenas em torno de Plutão? Se a resposta for sim em quanto tempo levara essa viajem?

    1. Nenhum dos dois. A New Horizons tentará visitar outro objeto que esteja em seu caminho para fora do Sistema Solar, mas não será nenhum desses “famosos” — infelizmente.

  28. Qualquer estudo sobre o sistema solar é interessante, mas o que me desperta atenção são estes objetos descobertos recentemente no Cinturão de Kuiper e um pouco mais “distante” a tal Nuvem de Oort. Sempre que falam deles eu dou uma parada para ler com mais atenção.

  29. Bom dia, Salvador!

    Você saberia dizer se juntando todos os objetos do Cinturão principal mais do Cinturão de Kuiper daria mais que uma Terra?
    E a Nuvem de Oort tem sua massa conhecida?

    abs,

    1. Acho que não daria uma Terra não. Sei que individualmente, nem o Kuiper, nem o de asteroides dão. Nuvem de Oort ainda é largamente desconhecida e teórica.

  30. O comentário sobre o horóscopo foi demais!!! Ri muito aqui…

    Mas, uma pergunta: Salvador, se coubesse a você escolher um desses 5 candidatos para uma passagem próxima da NH, qual escolheria e por quê?

    1. Acho que Sedna, pelo fato de poder ter sido de outro sistema planetário — e por logo estar tão longe a ponto de ser inalcançável –, ou Haumea, que me parece muito estranho!

  31. Muito bons os artigos que você publica. Ainda preciso dar uma varrida nas publicações anteriores.

    Parabéns!

  32. Bom dia Salvador
    Assisti sua entrevista no programa do sr. Soares na sexta, e como de costume, ele não dá a ênfase e espaço necessária ao assunto.

    Mas foi legal, por menor que tenha sido o espaço, compartilhar as informações referente à astronomia.

    Grande abraço!

    1. Sr. Soares foi bom. Só falta chamar de Sr. José Eugenio Soares. rs
      Abração!

  33. Eu sempre tive uma duvida sobre a origem do nome do nosso planeta, Terra. Se todos os outros planetas do sistema solar têm nomes de divindades, porque a Terra foge desta regra?

    1. Porque na época em que os planetas começaram a ser batizados, ninguém sabia que a Terra era um planeta. 😉

      1. Caramba, você tem razão! Achei que entre os romanos não havia Gaia, mas há, e se chama Terra! 🙂

  34. Fascinante mesmo… Poxa Salvador, nem mesmo a Nasa termina de mandar fotos de Plutão e tem gente que ja esta vendo piramides…. que coisa…

  35. “Éris, Makemake, Haumea, Quaoar, Sedna… todos esses astros são tão interessantes quanto Plutão. Eles não fazem falta no seu horóscopo?”

    Hummmm…

    😀

  36. Muito pertinente esta sua observação quanto à influência astrológica de outros planetas tão importantes como Plutão. Se todos os corpos celestes que giram em torno do Sol e as luas dos planetas, a exemplo de nossa Lua, influenciam astrologicamente, esses corpos também por suposição, devem exercer algum augúrio nos terráqueos.
    Bom tema para discussão entre os astrólogos.

    1. Puxa vida, fica aqui a sugestão para quando o próximo objeto relevante que orbita o sol for descoberto, o chamarem de Nibiru, assim poderiam finalmente parar com essa balela…

  37. Explique mais um cadinho dessa história, Sedna é um ilustre agregado que veio de outro “sistema solar”? Como chegaram a essa hipótese? Sedna não deveria estar aonde está? Não sei ao certo, mas li algo a respeito de uma estrela ter passado perto de nós há 60 mil anos atrás, numa distância de 1 ano luz, ou seja, passou raspando! Era uma boa oportunidade de fazer uma viagem interestelar, infelizmente, para o nosso azar, estávamos nas cavernas ainda.

    1. É, pela órbita esquisita de Sedna, alguns astrônomos recentemente lançaram essa hipótese, de que ela tenha sido capturada de outro sistema planetário. Pretendo escrever sobre isso mais pra frente. Achei muito interessante, embora possa não passar de uma hipótese.

  38. Ráááá, muito boa a pergunta final. Aliás, tá na hora de eu ler meu horóscopo pra saber como será a minha semana!!! #sqn

    Abraço Salvador!

  39. Sr. Salvador,

    Tínhamos o senhor em alta conta até hoje.
    Infeliz o comentário sobre astrologia.
    Não se aventure em seara que desconhece.
    Que o sapateiro não passe do sapato(Leonardo da Vince).

    Sds.

    1. Calma, só perguntei se eles faziam falta. Não fiz juízo de valor. Pode continuar fã da astrologia. 😉

        1. Bem preconceituoso esse blog que você indicou. A Índia é tão atrasada que tem uma sonda pesquisando Marte enquanto nós brasucas evoluídos mendigamos espaços em telescópios de outros países. Evolução de um povo se mede por se acreditar em astrologia ou por ter favelas?
          Por sinal comentei isso lá e claro, eles apagaram. Donos da verdade são assim mesmo…

          1. Ah, agora entendi. Quem falou isso foi o Eu, não o moderador do blog (que sou eu).

          2. Não é preconceituoso, é sarcástico, irônico e, claro, cético.

            Quanto ao comentário, não se preocupe. Com certeza será publicado, ou no post em questão ou na “Voz dos Alienados”

            😀 🙂 😀 🙂

        2. Retiro a parte em que digo que ele(s) apagou (aram) a mensagem, mas mantenho a do preconceito sobre a forma de como ele, o moderador do blog, utiliza para medir o grau de evolução de um povo.

          1. Tá vendo como é importante o ceticismo? Só com ele podemos nos cercar do perigo de certezas absolutas. 😉

          2. Certeza de muitas coisas todos têm. Agora, evidências para corroborar tais alegações, não.

            Ainda estou esperando alguém provar que Eu™ sou o Salvador.

            KKK

          3. Eu já tenho convicção que o Eu(TM) e o Salvador são pessoas diferentes, mas, também não tenho como provar.

            Aqueles que foram ao lançamento do livro Extraterrestres devem ter visto os dois, pois, que eu me lembre, o Eu(TM) esteve lá.

            Eu devia ter ido e pedido ao Salva autografar meu tablet! 🙂

    2. JOse G. Machado, astrologia??? Francamente tem gente em pleno século XXI, que persiste em continuar com uma mentalidade da idade das trevas, ainda não viram a luz da verdade. Possuem um grau de liberdade a menos, por serem supersticiosos, como se planetas à billhões de quilometros, pudessem ter alguma influência na data de nascimento de um ser humano. Só vejo uma razão para isso, ganhar dinheiro dos menos esclarecidos e socialmente evoluídos.

    3. Me desculpe José G. Machado,
      Os astrólogos nem sabiam da existência de Urano, Netuno, Plutão até a pouco tempo.
      Depois de descobertos pela ciência os astrólogos deram um jeito de colocá-los dentro das previsões.
      Agora vão ter de arrumar mais sapatos para colocar os inúmeros outros astros descobertos e outros que serão descobertos em seus mapas.

    4. Já não bastasse o número de religiosos com dificuldade em aceitar uma tiradinha, por leve que seja, agora me aparece o mesmo tipo de discurso vindo de astrólogo (ou de simpatizante).

      Aiai…

      1. E, estritamente falando, nem foi uma tiradinha. É uma questão legítima. Por que eles não incluem esses outros objetos? E Ceres?

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