Quais as chances de Stephen Hawking encontrar uma civilização alienígena?

Salvador Nogueira

Desconfio que até os extraterrestres ficaram sabendo do anúncio bombástico, feito na segunda-feira (20), de que o bilionário russo Yuri Milner resolveu gastar US$ 100 milhões num projeto para buscar sinais gerados artificialmente por civilizações em torno de outras estrelas. A iniciativa tem apoio de cientistas de grife, como Stephen Hawking, Frank Drake, Martin Rees, Pete Worden e Geoff Marcy. (E de bônus, a escritora Ann Druyan, viúva de Carl Sagan.) Mas pode ter sucesso? Quais são as chances?

Temos alguma chance de detectar transmissões de rádio ou laser feitas por civilizações alienígenas? (Crédito: Breakthrough Initiatives)
Temos alguma chance de detectar transmissões de rádio ou laser feitas por civilizações alienígenas? (Crédito: Breakthrough Initiatives)

Na entrevista coletiva de ontem, essa foi a primeira pergunta que fizeram a Drake — o pioneiro da era moderna na pesquisa SETI (sigla para Search for Extraterrestrial Intelligence, ou Busca por Inteligência Extraterrestre) e pai da famosa equação de Drake, que estima justamente a probabilidade de encontrarmos outras civilizações comunicativas na galáxia.

Como cientista, ele deu a única resposta concreta no momento. “Não sabemos.” E a razão para isso é que ainda há muitos fatores desconhecidos para estimar a prevalência de vida complexa e inteligente no Universo. “Essa é a pergunta que sempre odiamos responder”, prosseguiu Drake, explicando em seguida que a razão para a frustração é que a dificuldade de estimar as chances de sucesso impede os pesquisadores envolvidos com SETI de sensibilizar as agências públicas de fomento à pesquisa de que vale a pena realizar o esforço.

Mas seria muito triste ficarmos só com “não sabemos”, certo? Então, permitam-me uma pequena viagem na maionese intergaláctica. No fim do ano passado, o Mensageiro Sideral fez um esforço especulativo de calcular os termos da equação de Drake de acordo com palpites informados pelos últimos resultados científicos e chegou a um número bem modesto de civilizações comunicativas — ou seja, usando tecnologias de comunicação compatíveis com as nossas — presentes na Via Láctea num dado ano: 4.

Usemos este número como referência para estimar qual é a chance de que o Breakthrough Listen, o projeto de escuta de US$ 100 milhões financiado por Milner, possa ter sucesso.

Yuri Milner e Stephen Hawking no lançamento da Breakthrough Listen, na Royal Society, em Londres. (Crédito: Breakthrough Initiatives)
Yuri Milner e Stephen Hawking no lançamento da Breakthrough Listen, na Royal Society, em Londres. (Crédito: Breakthrough Initiatives)

O projeto ouvirá 1 milhão de estrelas no nosso entorno, perscrutando bilhões de canais individuais e buscando também possíveis sinais transmitidos por pulsos de laser, em vez das tradicionais ondas de rádio. Um milhão de estrelas pode parecer muito — e é, para um projeto de SETI –, mas a Via Láctea abriga pelo menos 100 bilhões de estrelas. Das quatro civilizações comunicativas “esperadas” a cada ano na Via Láctea, uma delas somos nós. Então, há outras três, em algum lugar lá fora, em meio a 100 bilhões de estrelas, das quais observaremos 1 milhão.

Se você dividir 100 bilhões por 1 milhão, terá 100 mil. Então, a chance de uma das três civilizações estar na amostra do projeto é de 3 em 100 mil, ou 1 em 33 mil.

Ainda que levemos em conta que o projeto também fará uma escuta “sumária” por todo o plano da Via Láctea, além de observar outras cem galáxias vizinhas, e que isso melhore nossa chance por um fator de 100, ainda assim terminamos com 1 em 333, ou 0,3%.

E nem mencionamos o fato de que não basta os extraterrestres comunicativos estarem na nossa amostra. Eles terão de apontar suas transmissões na nossa direção para que sejam detectadas. Então, se você perguntar minha opinião, apostaria que uma década se passará e nada será detectado.

Mas aí voltamos ao que disse Frank Drake. “Não sabemos.” No meu cálculo modesto, imaginei que uma civilização média só permaneceria comunicativa por cerca de 200 anos (nós já temos quase cem). Depois disso, ou ela adotaria tecnologias que estão além da nossa capacidade de detecção — tornando-se, do nosso ponto de vista, não-comunicativa — ou simplesmente desapareceria, provavelmente por autodestruição ou uma catástrofe natural. Mas e se meu palpite estava errado e uma civilização média não se mantém comunicativa por 200 anos, mas sim por 2.000 anos?

Nesse caso, nossa melhor chance, que era de 0,3%, sobe a respeitáveis 4%. Já deixa de ser virtualmente impossível, para ser apenas pouco provável.

Esse é um exemplo do tamanho da nossa incerteza a respeito do tema. Com uma pequena mudança na nossa expectativa sobre como se comportam civilizações tecnológicas, temos uma grande mudança no resultado.

Por isso justamente a SETI é um empreendimento valioso. Ela ajudará a testar premissas e preconceitos. E resultados negativos não são desprovidos de significado. Nossos esforços iniciais — conduzidos desde que Drake fez a primeira busca, em 1960 — já demonstraram que transmissões interestelares artificiais não são exatamente o feijão com arroz da galáxia. Se fossem, já teríamos detectado alguma de forma convincente. Agora, quanto será que custa esse caviar astrobiológico? Milner está tentando comprá-lo por US$ 100 milhões. Será que vai?

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Comentários

  1. Enquanto o governo nos rouba fica um monte de lunático discutindo assuntos de ets. Me poupe.

    1. Ninguém obrigou você a estar aqui se juntando à discussão, meu caro. Você veio porque quis.

  2. Vendo tantos comentários assombrosos aqui, resolvi escrever um artigo sobre o tema ciência, ceticismo e mitos… caso alguém tenha interesse:

    “Teoria da conspiração…contra a nossa inteligência.”

    Percebermos que existem diversos comentários sobre teorias da conspiração, que já fomos visitados, que o governo dos E.U.A. já utilizam tecnologia alienígena, e por aí vai…mas será que isto faz algum sentido?

    https://unidospelaastronomia.wordpress.com/2015/07/29/teoria-da-conspiracao-contra-a-nossa-inteligencia/

  3. Ola!.
    Sou novo aqui e posso dizer que estou meio bobo com oque leio, nunca tinha lido algo assim, na verdade nunca vi falar em Sagan, Física quântica etc… Confesso que depois de ler MUITOS comentários comecei a pensar se realmente existiria vida la fora’.. E posso falar que fiquei o dia todo pensando nisso, Nunca tinha me interessado sobre ET nem nada fora da Terra’. Mas lendo muitos comentários como os do Vitor, Fernando etc.. fiquei muito interessado no assunto… Ainda estou com Muita dificuldade para entender o assunto pois pra mim é “coisa de outro mundo” (kkk)..

  4. A grande ironia nessa busca é que diante da imensidão do universo, pode ser que existam milhões ou bilhões de raças inteligentes, mas a raça humana, assim como já pode ter ocorrido com outras, pode vir a se extinguir antes de detectar ou ser detectada por alguma outra. É bem triste, mas não deixa de ser possível.

  5. Estou atrasado. Provavelmente, hoje isso já é assunto morto…. Porém, tenho uma colocação sobre a questão das probabilidades. Nunca vi nenhum estudo onde a probabilidade de alguém morrer num acidente aéreo ser maior que 0,1 % (qualquer que seja o fator). Agora, se fosse possível, vai perguntar para quem morreu num acidente aéreo o que ele acha disso…
    Se a pouco tempo atrás, alguém perguntasse para um estatístico qual a probabilidade de um avião civil de um dado país ser atingido por um míssil lançado (sem querer, querendo) por pessoas de outro país, ele diria praticamente zero! Impossível!

  6. Salva, estava imaginando aqui o inverso, os ETs nos ouvindo, já imaginou se a primeira mensagem que eles interpretarem fosse “… Não desligue, sua ligação é muito importante para nós, no momento todos os nossos atendentes estão ocupados…” a Terra iria parar no Procon galático…

    1. Pode ser pior. Quando Sagan imaginou isso, pensou na transmissão da abertura das Olimpíadas de Berlim. Hitler como embaixador da humanidade. 😛

      1. Pelo visto Carl Sagan adora uma ironia! O discurso de Hitler chegando aos ouvidos dos extraterrestres foi constrangedor. (ps: mas será que eles tem ouvidos? kkkk)

        A humanidade no primeiro contato que fez (ainda que involuntário) mostrou o que tinha de pior.

        Se pudéssemos anunciar a nossa presença no cosmos de forma premeditada, seria bom omitir um cadinho do nosso passado (tipo, o passado nos condena!) e jogar certos fatos para de baixo do tapete?

        Vai ver foi por isso que os ets até hoje não nos responderam hahaha

        1. Essa é uma discussão que sempre permeou a composição de mensagens SETI. Mostramos a nossa melhor parte, ou mostramos a humanidade como realmente somos?

          1. A terra emite sinais artificiais de rádio há décadas. Ninguém nunca parou pra pensar em o que “ETs” deveriam escutar de nós. Todas as grandes tecnologias que conhecemos hoje foram concebidas em função da guerra pelo poder econômico e político. Sem as guerras, a humanidade ainda estaria nas cavernas. Isto é fato. Podemos até discutir hoje o que enviar ou deixar de enviar em uma sonda aos confins do universo. O fato é que se há vida inteligente em outros cantos do universo (e acredito que há), vão nos ouvir de cara limpa, pois estamos transmitindo há anos todas as nossas angústias, medos, alegrias e paixões através de transmissões de rádio, TV, dados, e isso não tem volta. Estamos em um BB interestelar que nós mesmos criamos sem nos darmos conta disso.

          2. Quantas civilizações tecnológicas capazes de responder estão dentro desse raio de cem anos-luz, a partir de nossas primeiras emissões de rádio? Alfa do Centauro está a 4 anos-luz. Daria tempo de sobra. Mas e as que estão a, digamos, 80 anos-luz? Receber nossos sinais, interpretá-los, decidir se respondem, responder: 100 anos. A resposta chegar aqui mais 80 anos. Total: 180 anos. Só lá por 2060, 2070 pra resposta chegar.

      2. Contact… li o livro, trocentas vezes o filme… mas pensando como nós, eles iriam procurar sinais repetitivos, com a mesma cadência, tudo seguindo um padrão para poder ser interpretado… em um emaranhado de zilhões de frequências que a Terra emite, não seria o ideal procurar uma que mantenha um padrão fixo? Sempre imaginei que os primeiros sinais q eles tentariam identificar seriam os beacons de navegação aérea, com seus regulares bips na mesma frequência e as chamadas telefônicas para qualquer SAC do mundo… :p

        1. Um bip com padrão inteligente ajuda. (Em Contato, os ETs usaram sequência de números primos, lembra?)
          De toda forma, mesmo que seja uma transmissão não-intencional, é possível identificar artificialidade ao verificar quão estreita é a banda. Sinais naturais costumam transmitir em muitas frequências ao mesmo tempo. Sinais artificiais se limitam a pouquíssimas frequências. Se você mexe um pouquinho na sintonia do rádio, já perde a transmissão. Já as ondas de rádio emitidas por Júpiter parecem ser um ruído democrático, espalhado por uma banda grande de frequências. 😉

          1. Boa Salva, penso assim também… mas a questão não é em si a transmissão, e sim a interpretação dos sinais, o mesmo vale para eles enviando para nós ou o contrário, seria como “sim, ouvi, tem gente lá, mas o que que eles estão falando??. “

          2. Acho que o ponto que o Sagan faz no filme é justamente esse. Provavelmente a compreensão vai ser limitada, a ponto de os ETs verem uma imagem de Hitler, naturalmente falando um monte de asneiras, e só pensarem: “Olha só que legal, eles têm dois olhos e um nariz só! Que esquisito!” Quando há uma barreira cultural quase intransponível, Hitler é um embaixador tão bom quanto qualquer um. 😛

          3. Só espero que não seja um papagaio e uma loira ensinando como fazer uma tapioca de banana…

          4. Talvez eles até achassem que há duas formas de vida inteligentes na Terra. Alternativamente, podiam pensar que somos todos uns idiotas. rs

  7. Olá Salvador Nogueira, Vitor e demais duvidosos sobre o que é ufologia e suas ligações com a astronomia.

    Muito interessante a abordagem do Vitor sobre as possibilidades quânticas, especialmente no que tange aos aspectos de “face e contraface” das partículas subatômicas, bem como suas múltiplas relações, incluindo o teletransporte quântico. Ele fez muito bem em lembrar esse conceito de ação e reação, tão abordado na física newtoniana, e que funciona de formas variadas e muito específicas, mas similares apesar das distâncias entre partículas assemelhadas, na física quântica. É de bom alvitre asseverar a todos, ou lembrar-lhes, se é que muitos aqui têm algum conceito sobre a espiritualidade e suas correlações com a matéria, que esses são conceitos cujas repercussões podem render muito “pano pra manga”, nas mais variadas áreas de estudo, especialmente nas que pressupõe a existência de vida inteligente por todo o universo, como é o caso discutido aqui. Aliás, questionamentos a respeito desse tema já eram respondidos pelo filósofo e educador Hippolyte Léon Denizard Rivail, mais conhecido como Allan Kardec, em suas codificações espíritas, feitas ainda no século XVII. Ou seja, essa “mitologia”, de que alguns se referem como sendo o estudo que já poderia ser relacionado com ufologia, vem de muito antes do século XXI. Em tempo, é bom lembrar ainda que os registros arqueológicos encontrados, petroglifos, hieróglifos e desenhos em cavernas, os escritos em livros considerados sagrados pelas mais diversas religiões e culturas, e mais uma infinidade de “evidências”, sugerem que visita de “deuses astronautas”, ou EXTRATERRESTRES, é uma coisa tão antiga quanto a pré-história. Querer ser cego para essa hipótese é, em minha opinião, a maior tolice, quando se discute ideias como as do SETI.

    Bom, mas como bem lembrou o nobre colega lá atrás, não é legal misturar ufologia com teorias espíritas ou “deuses astronautas”, não é? Ou é? Fica aos seus critérios. Caso queiram saber como esses estudos podem se complementar, além de tomar conhecimento das obras de Kardec e de vários ufólogos, seria uma boa dar uma “viajada” (NÃO NA MAIONESE!), nas obras de físicos quânticos como Fritjof Capra ou Ammit Goswami.

    Mas realmente, realmente, o que eu queria é discordar de alguns – do Vitor mais especificamente – é no ponto em que se refere à ufologia, dizendo que não é uma ciência, ou que ela é apenas um “apanhado de depoimentos de casos”. Tenho mais de 35 anos de estudo desse tema e não consigo ficar calado quando ouço afirmações como essa. Ufologia pode não ser ciência acadêmica, muito mais por conta preconceitos e de medo do desconhecido e do impacto que suas afirmações possam trazer, mas é, sim, feita de pura ciência, seja no sentido estrito, aplicado ou abrangente da palavra, inclusive como no conhecimento empírico. Não se trata de uma questão de crença ou não crença, mas de estudo de fatos históricos e conclusivos. O Arquivo Nacional tem prateleiras repletas de provas circunstanciais levantadas por militares, que representam muito mais que depoimento de casos. São registros fotográficos, radarizações, filmagens, investigações de campo, testemunhos de pessoas da mais ilibada índole, como pilotos civis e militares, relatórios e mais relatórios antes sigilosos, que só vieram à tona graças ao trabalho dos ufólogos junto ao Governo Federal. São desses relatórios, repito, GOVERNAMENTAIS, redigidos por militares e civis, que concluem: o fenômeno ufo é REAL, tem ELEVADA TECNOLOGIA para os padrões terrestres, chegando a desafiar a física conhecida, e o mais importante, TEM CONTROLE INTELIGENTE, embora não forçosamente tripulados.

    A mesma coisa acontece, obviamente com as mesmas conclusões, em diversos países, como França, Chile, México, Suécia, Alemanha, Canadá, Austrália etc, tudo afirmado pelas próprias autoridades de cada país, como o ex Ministro da Defesa canadense Paul Hellyer. Gente, é só procurar que vocês vão encontrar!

    Entretanto, um destaque especial merecem os EUA, onde fatos relevantes sobre os óvnis foram divulgados pelo astrônomo Josef Allen Hynek, ainda na década de 1960. Esse caso é emblemático, e vocês vão saber o porquê.

    Foi no final daquela década, quando ainda consultor do governo norte americano e da NASA, escalado para dar seu ar “científico” e determinar as conclusões da farsa chamada “BLUE BOOK”, que o astrônomo Hynek resolveu chutar o pau da barraca e partir para uma investigação realmente científica dos óvnis, chegando a conclusões totalmente adversas ao que determinou a CIA para ser divulgada no BLUE BOOK. Adivinhem quem foi o substituto do Hynek nesse projeto, e que depois veio dizer que discos voadores não existiam, conseguindo assim vultosas somas para dar o pontapé inicial no que viria a ser o SETI? Carl Sagan. É… isso mesmo, Carl Sagan. É esse tipo de história que muito astrônomo tapado adora jogar debaixo do tapete, mas que os ufólogos sérios não deixam.

    Mas lá a história não parou por aí. Foi também nos EUA que o físico nuclear canadense Stanton Fiedman, muito famoso pelas suas participações no The History Channel e pelas empresas onde trabalhou (General Electric, General Motors, Westinghouse, TRW Systems, Aerojet General Nucleonics, e McDonnell Douglas), levantou a verdade sobre o MAJESTIC 12 através de documentação governamental legítima e secreta dos EUA. Para quem não sabe o que foi o MAJESTIC 12, basta saber que foi um grupo de notáveis e influentes servidores dos EUA, criado para acobertar acidentes de óvnis, como o Caso Roswell, e as atividades em bases secretas como a Área 51. E por falar em Roswell e bases secretas, quem quiser se inteirar sobre a veracidade dos fatos, leiam o livro “Acidente Alienígena em Roswell”, escrito por Jesse Marcel, neto do militar da Inteligência da Força Aérea do Exército Norte-Americano, o primeiro a divulgar para o mundo que uma nave alienígena havia caído no Novo México, mas que foi forçado a desmentir tudo. Recentemente, outra neta de um famoso norte americano esteve no Brasil, confirmando todas essas histórias. Trata-se de Laura Eisenhower, neta do ex-presidente Dwight D. Eisenhower, que não só confirmou essas histórias, como também a de uma visita do seu avô a uma das bases para onde foram resgatados alienígenas acidentados nos EUA. Pois é…

    Outa coisa que tem que ser dita entre os meios academicistas da astronomia, diretamente aos que vierem a futuramente tecer conceitos míopes sobre o que é, e quem estuda ufologia. Quem realmente se interessa pelo tema da existência, bem como a visita de seres alienígenas a Terra, jamais pode ser um ufólogo de internet. Como tenho dito aqui, informação de jornais e revistas de massa, especialmente filmes e fotos de internet recentes, geralmente servem mais para alienar do que para informar, além de nitidamente formar preconceitos. Tem que se ir a campo, pesquisar em livros, estudar história e seus fatos em fim, para depois filtrar o que se diz nas mídias de massa e circula impunemente pela web. Serve a mesma dica com respeito a esse novo projeto alardeado com pompa e circunstância pela “Royal Society”, tendo à frente o badalado Stephen Hawking. Digo e repito, quem ficar apenas preso a conceitos da, digamos, “astronomia oficial”, vai sempre dar com os burros n’água na procura por seres alienígenas inteligentes.

    Resumindo, quem insiste em falar que área 51 é besteira, que pensar em deuses astronautas é absurdo, ou “apenas parte de uma mitologia do século XXI” está redondamente enganado, além de praticar um comportamento absolutamente fora dos padrões científicos.

    Abraços a todos.

    F.A.R.

    1. Boa noite Fernando,

      Obrigado pela atenção direcionada ao meu comentário. Fico muito grato em saber que você dedicou um tempinho do seu dia para debater e até mesmo rebater algumas das minhas idéias. Não obstante as controvérsias levantas, gostaria também de elogiar o seu texto e a clareza com que expôs o seu pensamento.

      Li atentamente tudo o que você escreveu, no entanto, sinto em dizer que sigo cético quanto ao tema. É como sempre disse outro dia aqui mesmo neste blog, teorias extraordinárias merecem evidências extraordinárias. Quero muito acreditar em tudo o que você me diz, no entanto, não posso sustentar os fatos com base em relatos, mesmo das pessoas que você citou. Se existem extraterrestres

    2. continuando… (apertei enter sem querer no teclado srs)

      Se existem extraterrestres porque não nos fazem uma visita formal e não anunciam a presença para nós. Ou será que eles não sabem que ansiamos por responder a pergunta “Estamos sós?”

      No entanto, se não são “buona gente”, o que impediria os extraterrestres de lançarem mão de uma invasão?

      Qual o sentido desse jogo de esconde-esconde?

      Suponhamos, no entanto, que há um interesse genuíno dos extraterrestres em não se revelarem ao grande público.

      Um aparato alienígena tecnológico, uma amostra de tecido orgânico alienígena ou mesmo sinais de comunicação vindos do espaço sideral seriam suficientes.

      No entanto, todos os governos parecem conspirar para trancar todas as evidências em um cofre para que nunca sejam reveladas… porque? Porque os governos agem como se tivessem um medo irracional do desconhecido?

      Isso não faz sentido para mim.

      Faltam ao meu ver provas, evidências concretas que possam ser testadas e verificadas empiricamente, elementos que possam ser medidos e mensurados.

      Infelizmente, a ciência funciona assim. E concordo que as vezes é parece ser frustrante. Mas a comunidade científica tem que respaldar a descoberta de forma a não deixar dúvidas.

      Sempre imaginei um cosmos dinâmico e vivo na qual um dia talvez poderemos viajar, sou o primeiro a querer acreditar em óvnis, o que tornaria o meu sonho real. Mas só porque eu quero acreditar em algo não faz esse algo se torna real.

      Não vou entrar nas questões espíritas, porque a religião é algo muito pessoal e cada um é livre para desenvolver e construir a sua própria crença.

      Mais uma vez, fico grato pela atenção que devotou ao meu post, mesmo que não concordemos, nada me anima mais do que um debate.

      1. Vitor e Fernando, ambos estão de parabéns, além é claro, de nosso professor, que nos concede este democrático espaço.

      2. Victor

        Não sei se o Fernando vai te responder em seguida, mas gostaria de te dar a minha resposta para sua pergunta:
        1.a Diretriz de Star Trek.
        Se você conhece a série, nem preciso explicar. O autor foi muito feliz na formulação dessa regra.
        Não fazer e evitar a todo custo o contato com civilizações menos desenvolvidas é bastante lógico. E convenhamos, somos muito pouco desenvolvidos sob qualquer aspecto.

        1. MarcosK são um grande fã da franquia Star Trek, curti muito as séries e tenho uma predileção especial pela série original e pela Nova Geração.

          A primeira diretriz foi uma grande sacada da série clássica! Como fã, quando formulei a minha pergunta, imediatamente a primeira diretriz me veio a mente. rsrs

          Mas se os relatos de abduções são reais, se os sinais nas plantações são reais penso eu que os extraterrestres estão um tanto quanto despreocupados com a “primeira diretriz”, pois acabaram por contaminar a nossa cultura, já que de outra maneira, a ufologia não existiria (sim a ufologia também é uma manifestação cultural).

          Mas tenho que concordar, somos uma civilização primitiva, uma civilização evoluída jamais cancelaria uma série como Jornada nas Estrelas! E fizemos isso em duas ocasiões!!! Só por isto a gente merece uma banana dos ets! 😛

          1. Ah então “falamos a mesma língua” Victor…

            E continuando com a resposta, eu lamento muito que não testemunharei uma cena como a da nave Vulcana descendo e fazendo o primeiro contato, teremos muitas gerações até (se) chegar num nível aceitável. Na verdade, eu discordo do filme quanto ao motivo do início do contato. Ter capacidade de dobra (e produzida em fundo de quintal) não me convence.

            Acredito mais numa capacidade de entender mensagens e comprovar a existência deles, como motivo para contato. Eles poderiam facilitar e escrever na nossa língua, agroglifo é pior que hieróglifo egípcio… mas pode ser uma dificuldade intencional…

            O Fernando respondeu e concordo com ele quanto a possibilidade de existir uma ONU ET. O que não impediria ET maus de fazerem as abduções, contudo, eu mesmo acho um tanto ilógico coletar espécimes vivos para experiências quando se tem alta tecnologia. Algo que nunca li: será que a nave de Roswell não foi abatida, numa disputa entre a ONU ET e os grays? E acrescentaria que boa parte dos avistamentos são de sondas não tripuladas.

            Sabia que o Obama é trekker? Acho que ele deve ter perguntado pro pessoal dele sobre Roswell e a Área 51…

            Abraço

          2. MarcosK, foi uma das primeiras coisas que o Obama fez como presidente segundo ele próprio afirmou em uma entrevista bem humorada num talk show americano.

            Mas ele sempre responde em tom de brincadeira que não pode falar nada sobre o assunto, sob pena de ter que te matar o interlocutor. kkkkk Eu pessoalmente acredito que não há nada escondido ou secreto, obviamente o presidente Obama prefere brincar com o imaginário da pessoas. Mas vai que… rsrs

            O Fernando deve ter visto alguma destas entrevistas.

            Quanto ao universo de Star Trek um motivo plausível para o primeiro contato seria o fato dos Vulcanos tendo conhecimento que a belicosa espécie humana desenvolveu a tecnologia de dobra espacial preferiu de imediato fazer um contato direto e intervir em nossa civilização. Os vulcanos nos tutelaram para não viéssemos a fazer merda pelo universo afora.

            Foi depois dos Vulcanos pousarem aqui é que a fome, guerras acabaram. Eles provavelmente agiram ativamente neste processo.

            A série Enterprise inclusive tinha essa pegada na primeira temporada se bem me lembro. Moralmente eramos tido como inferiores, a tecnologia nas nossas mãos poderia representar um risco real para outros povos da galáxia.

            Quando a frota estrelar lançou a sua primeira nave de exploração do espaço profundo com poder de dobra 05 é porque queríamos mostrar para os vulcanos e para nós mesmos que já que eramos capazes.

            Havia inclusive um certo ressentimento entre humanos e vulcanos no início da série, eles pensavam que estávamos prontos para exploração do espaço profundo.

      3. Fala Vitor,
        Ser cético é um dos principais requisitos para se tornar ufólogo. A maioria de nós somos céticos, eu também, e por isso mesmo não temos respostas para um monte de perguntas. Entretanto, ser cético não significa negar tudo cegamente, ou fechar os olhos para as evidências. Como se diz, contra fatos e provas não existem argumentos, e isso nós temos, apesar do aparato oficial para escondê-los.
        Isto posto, ainda assim vou tentar responder algumas de suas perguntas, lançando mão de algumas teses e suposições para tal.
        Por que ETs não se manifestam formalmente? Provavelmente por que ainda não estamos preparados. Estamos anos luz atrás do seu conhecimento, ainda fazendo guerras, passando fome, roubando e corrompendo o próximo. E nossos governos? Fazem absolutamente a mesma coisa. Exploram, corrompem, escondem a verdade. O velho bordão da ficção científica aqui também tem resposta: “Levem-me ao seu líder”. Ora, mas que líder? O líder do país que mais esconde a existência dos ETs, e tenta derrubá-los assim que se aproximam, Barak Obama? Ban Ki-moon, que segue os ditames do outro? Piada, né?
        Segundo a teorias do “Alienígenas do Passado”, esses contatos já foram feitos, mas infelizmente, entre os humanos terrestres acabaram virando religiões. Essa não foi a melhor saída para se interver no processo evolutivo da humanidade.
        “Estamos sós”? Modéstia à parte, os ufólogos já começaram a responder que “não estamos sós” desde 1947, quando então começaram as manobras de acobertamento.
        Qual o sentido desse jogo de esconde-esconde? Essa é uma boa pergunta, e já foi feita para vários presidentes norte-americanos. Obviamente sem respostas, até por que esse “esconde-esconde” não “ecxiste”, diria o padre Quevedo. Veja o exemplo do Carl Sagan, o qual citei. Segundo o próprio Hynek, Sagan “sabia tudo sobre os ufos”. Existem cientistas que, nem que um disco voador caia em sua cabeça, ou se espatife nas antenas de Arecibo, nunca vai admitir a existência de ETs. Da parte dos ufólogos, a resposta a essa pergunta tem a ver com a teoria das formigas. Se você fosse a um planeta onde só tem formigas, formigas inteligentes que cultivam seu alimento. Qual a melhor forma de contato você escolheria? Quem sabe os “círculos ingleses” em suas plantações, ou agroglifos genuínos (não os falsificados) nos trariam alguma dica? Talvez.
        Veja bem Vitor, ninguém disse que ETs são boa gente, ou má gente. Nem tudo que vem do espaço é bom ou ruim, a ufologia séria não pensa de forma maniqueísta. Apenas afirma que eles existem, são de origens variadas, e nos visitam há milhares de anos. Algumas teorias ufológicas até afirmam que somos crias deles, por meio de intervenção genética nos macacos. Agora, quanto a decidir se alguma dessas raças vai poder explorar outra, ajudar, ou deixar que se explodam com suas guerras, é outra questão complicada e sem respostas. Nesse caso o as teorias espiritualista vem bem a calhar, mas não é o caso a discutirmos aqui, como bem lembrou você.
        Acredito eu que, também entre seres muito avançados tanto tecnologicamente quanto moralmente, deve existir algum tipo de “ONU intergaláctica” onde a ordem e o bom senso de fato sejam seguidos, onde os destinos de cada planeta deve ser deixado para seus habitantes, desde que não destruam o planeta e ponham em risco seu sistema solar. Neste último caso sim, creio que haveria uma intervenção em massa, determinada por esse tipo de colegiado, no intuito de manter o funcionamento das galáxias e seus sistemas.
        Quanto às provas, já disse quais são e onde elas estão. Aqui no Brasil, a CBU está atenta e atuante. Dentro em algumas semanas, podemos ter novidades a respeito de nossos protocolos junjto ao Ministério da Defesa. É uma questão de honra para nós que casos como Varginha sejam explicitados à população, e as provas definitivamente venham a público. Qualquer novidade será publicada no site e na versão impressa da Revista UFO.
        Um grande abraço.
        F.A.R.

        1. Boa tarde Fernando,

          Li atentamente as suas ponderações, mas vi apenas diversas teorias, contudo, não há provas concretas que elas sejam reais.

          A teoria segue princípios lógicos, tem uma narrativa plausível e de fato faz até sentido, no entanto, ela depende de confirmação, depende de provas, do contrário, a teoria é apenas fruto da nossa imaginação, ainda que seja um bom modelo.

          Por isso sigo cético, no entanto jamais vou bater o martelo quanto a possibilidade ou não de sermos visitados ou já termos sido vistados por espécimes alienígenas no passado, já que a nossa compressão das leis físicas do e do próprio universo ainda é incompleta.

          Há muito por descobrir ainda, não que as leis de Newton ou a teoria geral de Einstein estejam erradas, longe disso, mas sinto que elas são apenas parte de um todo muito maior. Conhecemos apenas algumas partes das engrenagens que é cosmos, faltam muitas peças nesse maravilhoso quebra-cabeças.

          Um dia talvez, as viagens interplanetárias venham a fazer parte da nossa realidade. Oxalá!

          Quantos aos óvnis, vou teimar em esperar por provas concretas, não obstantes as teorias atuais. Torço para que um dia encontremos um artefato cuja evidência de sua origem extraterrestre seja conclusiva e irrefutável.

          Ou que alguma civilização extraterrestre venha ao nosso socorro antes que nos dizimemos pela fome, pelas guerras ou pela destruição do nosso ecossistema.

          Sim, há uma probabilidade de você estar certo e eu errado. Mas até a confirmação das suas teorias por meio de provas, sigo cético… não obstante, sempre existem possibilidades. 😉

          1. Beleza meu caro.
            Em nossa opinião, o cartesianismo não é a única forma de se fazer ciência. Aliás, a filosofia moderna, mãe das ciências, já explica muito bem essa premissa básica. De qualquer forma, pelo menos temos nossas convicções e nossos métodos reconhecidos por todos. Não arredemos os pés deles, que as respostas chegam.
            Sigo no meu trabalho e, como disse, assim que tivermos novidades, informaremos.
            Forte abraço.
            F.A.R.

    3. Gostaria de dar os parabéns ao Vítor e ao Fernando pelo debate.

      Entretanto, deixo a pergunta ao Fernando sobre OVNIs, pergunta que o próprio Salvador Nogueira inspirou em um post anterior: se o Objeto continua sendo NÃO IDENTIFICADO, como afirmar que é extraterrestre?

      1. Saudações Radoico.

        É muito bom ver que o assunto óvnis tem despertado o interesse numa comunidade virtualmente voltada para a astronomia. E constatado que no meio desta, pelo menos alguns se tocaram que o estudo da ufologia é embasado em FATOS, e não em alucinações.

        Essa sua questão é muito prudente, e talvez as respostas a ela sirvam como desculpa para a fuga de muitos astrônomos que começam a investigar o tema a fundo, depois pulam fora por conta do que, às vezes, pode leva-los a pirar totalmente o seu norte investigatório. Mas é bom lembrar também que existem astrônomos que levam o estudo da ufologia muito a sério, e nele permanecem.

        Você sabe que se algum dia tudo que a ufologia tem dito se confirmar de vez e publicamente, inclusive a hipótese extraterrestre para o fenômeno ufo (HET), toda a história da humanidade, bem como uma pancada de conhecimentos científicos “inabaláveis” irão literalmente ruir e ter que serem revistos urgentemente, não é? Mas se depender de nós, isso já passou da hora! É por isso que os mais radicais falam que quem estuda ufologia só pode ser pirado. (rsrs)

        Pois bem, a HET é só mais uma de várias hipóteses para explicar os discos voadores. Mas a meu ver é a mais convincente, provável e factível de descobrir na imensa casuística, não só para mim mas para a maioria dos ufólogos, embora quase todos guardemos um cadinho para as outras que são, em ordem de número de “adeptos” as mais “populares”, só 3 para não ser longo, lembrando que elas não são excludentes entre si, podem viver pacificamente nas mentes dos estudiosos sem criar conflitos:

        1 – Hipótese de viajores do tempo, onde poderiam ser os seres responsáveis pelos ufos tanto extraterrestres como nós mesmos, vindos de um futuro distante, quando já se teria descoberto a “máquina do tempo”.

        2 – Hipótese multidimensional, onde seres (terrestres , extraterrestres ou ambos) de outras dimensões pudessem tecnologicamente interpenetrar dimensões inferiores e voltar para as de suas origens. Essa hipótese tem a ver com as questões envolvendo universos paralelos, onde a física e a ufologia quânticas “nadam de braçadas”. Aqui se encaixam também algumas sub-hipóteses de cunho religioso, ou “filosófico espiritual”, como eu prefiro chamar, sem, no entanto, ser taxada de religiosa. Inclua-se aí o conceito de reencarnação.

        3 – Hipótese intraterrestre ou submarina, na qual seres extraterrestres; talvez subaquáticos, uma vez que muitos óvnis entram, saem ou são detectados dentro de rios lagos e mares (OSNIs); com tecnologias possivelmente muito antigas, mas ainda assim mais avançadas que as do atual estágio da humanidade, vieram de outro(s) planeta(s) há milhares de anos, exilados por alguma catástrofe ou coisa similar no seu planeta de origem. E aqui resolveram montar morada até sabe-se lá quando.

        Mas por que a HET seria a mais aceita? Primeiro, por que ela pode se encaixar nas demais sem ferir seus conceitos. Segundo, por que é muito mais plausível, dentro dos nossos 5 sentidos e da atual tecnologia de detecção e medição de parâmetros físicos como velocidade e constituição material, perceber que a maior parte dos óvnis vem do espaço. Apesar do intenso sistema de acobertamento, filmes “descuidadamente” vazados, produzidos pela NASA, mostram esses óvnis fazendo manobras, vindo e partindo de volta para o espaço sideral. Sem contar com os depoimentos de astronautas russos e americanos, como o de Edgar Mitchell, o sexto homem a pisar na Lua.

        Na atmosfera se dá o mesmo, com o avistamento feito por pilotos, indicando que os óvnis ou aparecem no espaço aéreo do nada, e da mesma forma somem, ou vêm de cima e para lá voltam. O Coronel da FAB Uirangê Hollanda, chefe da Operação Prato, nos relatou que as naves avistadas pela sua equipe tinham esse comportamento de partirem, primeiro lentamente e depois em altíssima velocidade, sempre em direção às estrelas. Uirangê era um dos mais ferrenhos defensores da HET, assim como os generais do Exército Brasileiro Alfredo Moacir de Mendonça Uchôa e seu filho, Paulo Uchôa.

        Uma das linhas de estudo da ufologia chama-se “ufoarqueologia”. Pelo nome, dá para se perceber do que se trata. Pois bem, desses estudos extrai-se que muitos dos povos antigos tinham como a origem dos seus “deuses”, as estrelas. Na maioria dos casos indicavam a constelação, como é o caso de Órion, e até exatamente a estrela de origem, como o caso de Sirius e Capela. Sirius é um caso muito interessante, pois é a origem dos deuses da “mitologia” assíria, babilônia e suméria: os famosos annunakis, “aqueles de sangue real que vieram do céu”. A “mitologia” egípcia também cita Sirius, embora a maior parte do seu panteão tenha origem na constelação de Órion, cuja formação celeste foi repetida na construção das três grandes pirâmides de Gisé. Outra coisa que encasqueta os arqueólogos oficiais, é a construção dessas pirâmides. Os cálculos deles para explicar mão de obra, maquinário disponível , material e perfeição nas suas construções, são tão absurdos que fazem qualquer engenheiro rir.

        Sirius também é a origem de um povo muito intrigante da África Ocidental chamado Dógons. Hoje, sabe-se que Sírios não é uma estrela, mas um conjunto de três, chamadas de Sirius A, B e C, mas isso só foi descoberto a partir de meados do século passado. Pois bem, sabe há quantos anos os Dógons sabem que Sírios são três? Há milênios, pois segundo suas tradições, seus ancestrais vieram de lá. Vai explicar isso por meio da história conhecida…

        Resumindo, Radoico, pois já me delonguei por demais, essas são algumas das razões para a HET ser a mais aceita entre os ufólogos. E olhe que eu nem trisquei na questão dos contatados, abduzidos e as mensagens que alguns relatam, para não enveredar por um terreno muito mais intricado. Então, por dedução, o que não é da Terra é EXTRATERRESTRE.

        Forte abraço.

        F.A.R.

  8. Salvador, achei uma pena a entrevista do Jô ter sido tão curta!

    quanto à próxima festa à fantasia bem que você podia convidar o pessoal mais chegado aqui do blog.

    já pensou que louco? todo mundo junto: o Eu, Radoico, Apolinário, Oswaldo, JR, José, Tetsuo…

    ia ser da “pesada” essa festa hehehe

      1. Vamos fazer uma campanha de convencimento
        APOLINÁRIO TOPE!
        APOLINÁRIO TOPE!
        APOLINÁRIO TOPE!
        APOLINÁRIO TOPE!

        1. Eu o considero um traidor do espírito deste blog, que é encorajar o pensamento crítico, e não o dogmático.

  9. Salve, salve, Salvador!

    Tenho um profundo respeito pelo Professor Stephen Halking e tantos outros cientistas que têm nos ajudado a compreender cada vez mais o mundo à nossa volta. Espero que esta iniciativa nos traga mais luz e mais questionamentos a cerca de nossas origens e nosso futuro. Espero poder dar minha contribuição também. Parabenizo a todos que comentam as publicações do nosso amigo Salvador e ajudam a despertar em todos a curiosidade, o desprendimento e a busca incessante pela verdade.

    Salvador, considerando os cálculos feitos por você, quanto de nossas chances de errar já utilizamos nesses 50 anos de escuta?

    1. As escutas até agora foram tão intermitentes e limitadas que só teríamos achado alguma coisa se houvesse vida inteligente e comunicativa praticamente em toda parte. Fora isso, não dá para dizer muito…

      1. Então, entendo que esse novo projeto vai multiplicar em muito nossas chances, tipo realizar busca concentrada, em um período de tempo muito menor e direcionando a pesquisa para sinais mais variados, correto? Aproveitando a oportunidade, é verdade que tem um cometa visível apenas com binóculos ou telescópio, podendo ser avistado próximo à Júpiter e Vênus no céu nos próximos dias?

  10. Professor a montanha em uma depressão, observada em Caronte, poderia ser alguma coisa que se chocou com a superfície mas não se destruiu e nem foi coberta??? Explicando… do tipo quando jogamos uma pedra com determinada força em uma superfície bem fofa como a areia, fazendo a superfície em volta criar deformação mas não capaz de destruir o objeto arremessado!!! Plausível???

    1. Improvável. Velocidades de colisão no espaço costumam ser muito altas para isso.

  11. Só posso corroborar com o chará Ferreira em seus dizeres. Existe somente esta matéria da Tábua Periódica na imensidão do Universo? Por que não elementos anteriores ao H²? Somente porque não os contactamos ainda? A tal palavra “evidência” explica tudo?

    1. Porque hidrogênio só tem um próton, e não existe meio próton. Por isso o hidrogênio só pode ser o primeiro elemento da tabela periódica, o mais simples.

  12. Lendo os comentários das pessoas aqui, muitas falam da ufologia como se fosse um fenômeno real, como se fosse uma ciência verdadeira.

    A ufologia, no entanto, se resume a um apanhado de casos e depoimentos sem qualquer comprovação, não existem evidências confiáveis ou científicas de que extraterrestres tenham nos visitado.

    Digo isso a contragosto, pois pessoalmente gostaria muito que isso tudo fosse real. A ciência se limita à verificação de hipóteses à exaustão. Os discursos dos ufólogos não comprovam aquilo que eles próprio afirmam ser real.

    Sem falar que a internet está imundada de fotos e vídeos de péssima qualidade de ets e óvnis, o que beira o charlatanismo.

    A coisa fica pior quando misturam ufologia com espiritualidade, aí coisa toda toma ares de religião, distanciando-se por completo da ciência.

    No entanto, não estou dizendo que não existem extraterrestres, especificamente, civilizações extraterrestres, acredito que há sim o espaço é grande demais para nós sermos uma ocorrência isolada em todo o cosmos.

    Não há nada errado em teorizar hipóteses, mesmo sem comprovação, não entanto, não podemos dizer que tais hipóteses sejam reais se não pudermos testá-las de forma a serem efetivamente comprovadas.

    Agora se os extraterrestres podem ou não viajar pelo espaço intraestelar percorrendo grande distâncias até nós, isso são outros quinhentos.

    A lei da física como as conhecemos dizem que tais viagens não possíveis. No entanto, pode haver brechas ou variáveis nas leis da física que permitem viagens espaciais dentro de um tempo de vida razoável, mecanismos que nós simplesmente não conhecemos.

    No entanto, faz todo o sentido que se essas supostas civilizações tecnológicas enviem sinais para o espaço como forma de se comunicarem, sejam sinais de rádio ou outra forma de comunicação que ainda não imaginamos.

    Sobre as formas de comunicação que ainda não imaginamos, ontem a noite postei algo aqui muito genericamente, mas fiz uma aposta no entrelaçamento quântico de partículas.

    Sei que é um tiro no escuro, é as propriedades do entrelaçamento de partículas é algo que ainda mal compreendemos, no entanto, parece ser um campo bastante promissor, especialmente, no campo da troca instantânea de informações à loga distâncias (distâncias do tamanho da nossa galáxia).

    Segundo esta teoria, dois ou mais objetos podem estar de tal forma conectados que uma face não pode ser analisada adequadamente sem que a contraface seja igualmente afetada, ainda que ambos estejam localizados em dimensões espaciais distintas.

    Assim, mesmo que uma partícula esteja neste Planeta e sua contraface esteja situada em outra esfera, portanto distantes anos-luz uma da outra, se uma for movida para baixo a outra também será movimentada na mesma direção simultaneamente, independente do tempo que a luz levar para viajar de um lugar a outro. Este fenômeno é conhecido como teletransporte quântico.

    A meu ver, o teletransporte quântico seria algo mais próximo do ideal para estabelecer comunicações entre sistemas estrelares distantes.

    Talvez o foco por canais de comunicação do programa SETI esteja errado, talvez, supercivilizações utilizem esses princípios da física quântica para se comunicar.

    Dito isso, insisto em dizer que a área 51, óvnis, deuses astronautas, apenas são parte de uma mitologia do século XXI. Surgidos da necessidade do ser humano em tornar a sua realidade mais fantástica do que é.

    Deixo aqui uma sugestão para o Salvador: Que tal um artigo sobre formas alternativas de comunicação que possam existir no universo além das já perseguidas ondas de rádio ou pulsos de laser do programa SETI?

    1. PS: Dá para disponibilizem a ferramenta de editar textos? haha Há muitos errinhos que gostaria de ter visto antes de postar o comentário!

      Pessoas que escrevem tudo correndo como eu agradecem!

    2. Victor, se conhecêssemos outras formas de comunicação, poderíamos procurar por elas… 😛

  13. A verdade é uma só. Vida inteligente comunicativa lá fora, comum não é. Se fosse, os sinais já teriam aparecido. A distância atrapalha, mas nunca ter detectado um único sinal convincente nos diz que não é um fato comum. Já são pelo menos 50 anos a procura destes sinais e nada. Pelas suas contas Salvador, além do número baixo ainda tem o problema da distância. Estas 3 civilizações estariam a dezenas de milhares de anos luz. Ou seja, a chance de as escutarmos cai praticamente para zero.

    1. não seu manezão eles tão pagando com o próprio dinheiro

      muuito diferente dos pastores bandidos, fica a dica pra ler a materia antes de soltar perolas…

      1. manezão é a progenitora, quem te disse que pagam com o próprio dinheiro? São patrocinados seu imbecil.

        1. bolas… ja se ve que não entende bulhufas do que escreve

          como vc mesmo disse: são patrocinados

          não sei se leu ou ainda não entendeu, o empresário russo está bancando com seu próprio dinheiro

          show d interpretação amigo, vai longe!

          1. O empresário russo está financiando, os cientistas se beneficiando. Os incautos e incultos financiando e o Edir Macedo se beneficiando. Não sabe ler ou interpretar: não encha o saco.

  14. Espero que encontrem logo a vida alienígena para acabar com a arrogância do homem de se achar o único ser inteligente no universo!

  15. Que surpresa agradável, pensei que só fosse eu e mais alguns apaixonados por astronomia. O site está bombando de comentários. Nada como um assunto intrigante para instigar a curiosidade humana. Temas como esse e a evolução das espécies, deveriam sempre estarem em pauta. Muito bom os comentários a respeito e melhor ainda, a maioria heterogêneos de pensamento. Assunto, também, muito legal é o Paradoxo de Fermi.

    1. Todos, mesmo inconscientemente, adoram ficção, quanto a evolução deu no que deu: uma porção de alienados.

  16. PS: falando em formas de comunicação improváveis, num blog movido pelas leis quânticas, meu comentário já estaria postado antes mesmo da ação do moderador. Hahaha

    1. 🙂

      E eu teria respondido antes de você postar o comentário…

      Muito louco isso, sairíamos do cone tipo-tempo…

      (O curso online de Cosmologia do Observatório Nacional serve para alguma coisa 🙂 )

      1. Hahaha muito bom. Fiquei com medo de ninguém entender a piada. Aliás, no universo quântico, nos já estaríamos rindo, antes mesmo da piada! Hahaha

    2. Só saberíamos de seu post após abrirmos o blog. Até lá seu post poderia existir ou não.

  17. Essa discussão mostra a limitação da nossa ciência atual. Ela mesma já se deu conta que existe, entre matéria e energia, vinte vezes mais conteúdo que aquele que podemos perceber pelos nossos sentidos e instrumentos. Assim como existe vida que se manifesta nessa matéria densa que conhecemos, quem pode afirmar que não existe vida que se manifesta na matéria invisível? Quem eu entendo ter a visão mais ampla da questão são as ciências exotéricas e o espiritismo que apontam a vida em diferentes graus de sutilidade da matéria na maioria quase total dos corpos celestes conhecidos. Agora, para quem dispõe de uma visão exclusiva dentro da matéria densa, isto é, a nossa, e que acha que a vida é fruto da casualidade, e se vale, ainda mais, exclusivamente da ciência clássica para prospectar a vida, sem dar nenhuma outra abertura para as ciências exotéricas, vai demorar muito tempo para perceber toda a extensão da obra do Criador.

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