Quais as chances de Stephen Hawking encontrar uma civilização alienígena?

Salvador Nogueira

Desconfio que até os extraterrestres ficaram sabendo do anúncio bombástico, feito na segunda-feira (20), de que o bilionário russo Yuri Milner resolveu gastar US$ 100 milhões num projeto para buscar sinais gerados artificialmente por civilizações em torno de outras estrelas. A iniciativa tem apoio de cientistas de grife, como Stephen Hawking, Frank Drake, Martin Rees, Pete Worden e Geoff Marcy. (E de bônus, a escritora Ann Druyan, viúva de Carl Sagan.) Mas pode ter sucesso? Quais são as chances?

Temos alguma chance de detectar transmissões de rádio ou laser feitas por civilizações alienígenas? (Crédito: Breakthrough Initiatives)
Temos alguma chance de detectar transmissões de rádio ou laser feitas por civilizações alienígenas? (Crédito: Breakthrough Initiatives)

Na entrevista coletiva de ontem, essa foi a primeira pergunta que fizeram a Drake — o pioneiro da era moderna na pesquisa SETI (sigla para Search for Extraterrestrial Intelligence, ou Busca por Inteligência Extraterrestre) e pai da famosa equação de Drake, que estima justamente a probabilidade de encontrarmos outras civilizações comunicativas na galáxia.

Como cientista, ele deu a única resposta concreta no momento. “Não sabemos.” E a razão para isso é que ainda há muitos fatores desconhecidos para estimar a prevalência de vida complexa e inteligente no Universo. “Essa é a pergunta que sempre odiamos responder”, prosseguiu Drake, explicando em seguida que a razão para a frustração é que a dificuldade de estimar as chances de sucesso impede os pesquisadores envolvidos com SETI de sensibilizar as agências públicas de fomento à pesquisa de que vale a pena realizar o esforço.

Mas seria muito triste ficarmos só com “não sabemos”, certo? Então, permitam-me uma pequena viagem na maionese intergaláctica. No fim do ano passado, o Mensageiro Sideral fez um esforço especulativo de calcular os termos da equação de Drake de acordo com palpites informados pelos últimos resultados científicos e chegou a um número bem modesto de civilizações comunicativas — ou seja, usando tecnologias de comunicação compatíveis com as nossas — presentes na Via Láctea num dado ano: 4.

Usemos este número como referência para estimar qual é a chance de que o Breakthrough Listen, o projeto de escuta de US$ 100 milhões financiado por Milner, possa ter sucesso.

Yuri Milner e Stephen Hawking no lançamento da Breakthrough Listen, na Royal Society, em Londres. (Crédito: Breakthrough Initiatives)
Yuri Milner e Stephen Hawking no lançamento da Breakthrough Listen, na Royal Society, em Londres. (Crédito: Breakthrough Initiatives)

O projeto ouvirá 1 milhão de estrelas no nosso entorno, perscrutando bilhões de canais individuais e buscando também possíveis sinais transmitidos por pulsos de laser, em vez das tradicionais ondas de rádio. Um milhão de estrelas pode parecer muito — e é, para um projeto de SETI –, mas a Via Láctea abriga pelo menos 100 bilhões de estrelas. Das quatro civilizações comunicativas “esperadas” a cada ano na Via Láctea, uma delas somos nós. Então, há outras três, em algum lugar lá fora, em meio a 100 bilhões de estrelas, das quais observaremos 1 milhão.

Se você dividir 100 bilhões por 1 milhão, terá 100 mil. Então, a chance de uma das três civilizações estar na amostra do projeto é de 3 em 100 mil, ou 1 em 33 mil.

Ainda que levemos em conta que o projeto também fará uma escuta “sumária” por todo o plano da Via Láctea, além de observar outras cem galáxias vizinhas, e que isso melhore nossa chance por um fator de 100, ainda assim terminamos com 1 em 333, ou 0,3%.

E nem mencionamos o fato de que não basta os extraterrestres comunicativos estarem na nossa amostra. Eles terão de apontar suas transmissões na nossa direção para que sejam detectadas. Então, se você perguntar minha opinião, apostaria que uma década se passará e nada será detectado.

Mas aí voltamos ao que disse Frank Drake. “Não sabemos.” No meu cálculo modesto, imaginei que uma civilização média só permaneceria comunicativa por cerca de 200 anos (nós já temos quase cem). Depois disso, ou ela adotaria tecnologias que estão além da nossa capacidade de detecção — tornando-se, do nosso ponto de vista, não-comunicativa — ou simplesmente desapareceria, provavelmente por autodestruição ou uma catástrofe natural. Mas e se meu palpite estava errado e uma civilização média não se mantém comunicativa por 200 anos, mas sim por 2.000 anos?

Nesse caso, nossa melhor chance, que era de 0,3%, sobe a respeitáveis 4%. Já deixa de ser virtualmente impossível, para ser apenas pouco provável.

Esse é um exemplo do tamanho da nossa incerteza a respeito do tema. Com uma pequena mudança na nossa expectativa sobre como se comportam civilizações tecnológicas, temos uma grande mudança no resultado.

Por isso justamente a SETI é um empreendimento valioso. Ela ajudará a testar premissas e preconceitos. E resultados negativos não são desprovidos de significado. Nossos esforços iniciais — conduzidos desde que Drake fez a primeira busca, em 1960 — já demonstraram que transmissões interestelares artificiais não são exatamente o feijão com arroz da galáxia. Se fossem, já teríamos detectado alguma de forma convincente. Agora, quanto será que custa esse caviar astrobiológico? Milner está tentando comprá-lo por US$ 100 milhões. Será que vai?

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Comentários

  1. Historico do Yuri Milmear com lavagem de dinheiro no banco Menatep e na KGB não são la muito bons. Tomará que este projeto não seja mais uma torneira de uma gigantesca maquina de lavar dinheiro russa. Em uma area tão desconhecida como “escuta alienigena” é possivel alocar gastos estratosfericos em centro de custos que ninguem saberia auditar.

    1. É uma iniciativa de exploração. Vale a pena tentar. Mas o sucesso é improvável…

  2. Se a vida em outros lugares tiver a mesma base alimentar que aqui, eu prefiro que não saibam que a gente existe…

  3. Olá Nogueira. Parabéns pelo Blog.
    Talvez encontremos algo similar ao sial wow de 1977 que nos permita especular com um grau de certeza um pouco maior sobre o que foi aquilo.

  4. A alienação da ciência e cientistas sobre os relatos de visita de OVNIs, nos últimos 70 anos é um absurdo. Eu mesmo calculei o diâmetro e velocidades de naves gigantes, na Terra e na Lua (widbook). Os vídeos foram feitos pela NASA, em HD. Não são vídeos de amadores, mas são solenemente ignorados pelos “cientistas”! Só falta os ETs descerem na praça! Te mandei o artigo Salvador! O postulado da pesquisa é que os ETs usariam ondas de rádio, será que eles se comunicam dessa forma? Será que a comunicação interestelar usa ondas de rádio?
    Abração,
    Celio João Pires

    1. É justamente minha maior dúvida! Desconfio que ondas de rádio são moda passageira para comunicação interestelar. Abs!

    2. Aproveitando a idéia: prezado Salvador, e a resposta de Arecibo, feita por meio de um Crop Circle, numa plantação na Inglaterra ao lado de um radiotelescópio? O que tem a dizer sobre isso? Nem o Diretor do radiotelescópio sabe como foi feito, nem venha me falar que foram os dois velhinhos bêbados …o que procuram tanto está bem aqui perto…

      1. Cascata pura. A mensagem de Arecibo nem chegou a seu destino ainda, viajando à velocidade da luz. Como pode ter sido respondida?

  5. Ótima matéria. Mas estava pensando aqui: uma vez vi uma matéria a respeito de um cientista que propôs que, para procurarmos outras civilizações, ao invés de tentarmos “escutar” ondas de rádio a esmo no meio do infinito, deveríamos focar em analisar a assinatura de luz que um determinado planeta emite (ele partiu do princípio de que a Terra, à noite, emite uma assinatura de luz diferente por conta da iluminação dos grandes centros urbanos).

    Esses 100 milhões de dólares não poderiam ser empregados para desenvolver algum super-telescópio com maior sensibilidade a esse tipo de luz? Ou isso é uma viagem total?

  6. Hawking, na minha opinião é melhor guardião de US$100 milhões do que Barusco, ou qualquer outro do PeTrolão.

  7. Na real eu ia ficar feliz de gastar este dinheiro todo com os necessitados ia dar mais alegria a quem realmente existe.

    1. Então pegue o SEU dinheiro e faça isso. Mania de querer gozar com o pau dos outros, affe.

  8. Um dos assuntos mais intrigante e fascinante da humanidade, estamos sozinhos no universo? Cadê os outros? Apesar de ser um inveterado otimista no assunto, acho difícil que se descubra alguma coisa em uma década, mas o importante é a tenacidade e a persistência desses cientistas. A curiosidade é a mola propulsora do progresso científico, um dia, sem nenhuma dúvida, teremos a resposta para a principal pergunta da humanidade.

  9. Depende do conceito dele de alienígena e
    Depende de quantos sentidos ele já tem desenvolvido.

  10. Bom dia Salvador!

    A curva tempo espaço, frase tão comum nas matérias do cosmo, mas como sou leigo gostaria de me ater somente na palavra tempo. Será que os tempos do florescer de infinitas espécies seriam somente dentro dos conceitos cabíveis na Terra? Apesar do tempo estimado do Big Bang e surgimento de “zilhões” de corpos como estrelas e rochas circundantes, por que temos de assumir que neste intervalo de tempo tenham surgidos espécies inteligentes conforme nossos conceitos isto é, se, a 65 milhões de anos atrás não houvesse ocorrido o bombardeamento da Terra por enormes asteroides e os dinossauros não tivessem sidos exterminados como seria a Terra nos dias atuais? Iguais eventos devem acontecer a cada nanosegundo do nosso relógio em algum lugar no universo.

    Como pretender encontrar inteligências, se, neste pontinho habitado no universo ainda não conseguimos ser suficientemente inteligentes para que possamos viver em harmonia e muito pelo contrário, trabalhamos dramaticamente pelo esgotamento dos recursos naturais e de nosso meio ambiente? Diariamente vemos homo sapiens da torcida do Estado Islâmico degolando seus iguais, orçamentos militares talvez tenham crescidos astronomicamente para liquidarem homens e não alienígenas. Apesar dos acordos pró-forma de desarmamento nuclear mostrarem líderes sorridentes apertando as mãos nada impede que um maluco como o gordinho da Coreia do Norte resolva lançar uma bomba atômica sobre o Japão ou qualquer país que na sua avaliação mereça receber um de seus brinquedinhos. E tudo que os homo sapiens precisam é de um start-up.

    Será que o planeta Terra suportará vidas até que os homens atinjam o grau que esperamos encontrar em algum lugar no universo onde o ser vivo viaja no espaço/tempo? Será que o nosso vizinho Marte não está nos dizendo “eu sou você amanhã”?

    1. Pode até ser. Até por isso buscamos companhia. Sinal de que podemos sobreviver…

  11. Quer dizer que achar ET´s no espaço custa 1/5 do valor da reforma de um estádio de futebol? Por aí se vê quais os verdadeiros valores de um país (ou de um povo) e o que se espera do futuro de ambos.

  12. Não somos os únicos privilegiados neste imenso universo. Acredito que as pesquisas do Stephen Hawking é apenas o primeiro passo. Temos que evoluir muito moralmente e intelectualmente para descobrirmos a forma de vencer a velocidade da luz. No futuro haverá um momento que descobriremos novas civilizações neste universo e trocaremos experiências e não as exploraremos, como pensa o homem hoje.

  13. Nenhuma. Conseguiram fisgar um patrocinador para manter os gastos e salários desses alienados por mais um ano.

    1. Já as igrejas nem precisam disso, já que sempre têm trouxas fiéis dispostos deixar de comer e pagar para os pastores andarem de SUV zero pra cima e pra baixo, em nome de um ser invisível superpoderoso mas que não consegue nem regenerar membros amputados.

  14. Resta saber se civilizações mais avançadas têm interesse em serem descobertas ou contactadas.
    Talvez não queiram por inúmeras razões.

  15. Quais as chances de encontrar? Se você não acredita em ET, nenhuma chance. Se você acredita, muito pequenas. Salvador, dadas as infinitas distâncias entre os astros, conseguiríamos (realisticamente falando) receber um sinal mínimo? Sei não….

  16. Bom dia Salvador! Parabéns pela matéria e também pela vídeocoluna de sábado, foi incrível, não podia perder por nada :’) mas vamos a pergunta. Quando vc disse que pra podermos detectar algum sinal extraterrestre é necessário que esses também estejam apontando para nós, até ai blz, mas eu imaginei, perdão pela ignorância, é possível detectar tais sinais indiretamente? Por exemplo, uma área que está sondada com um raio grande suficiente que permitiria que fosse detectada sinais de nossos migos(rs) e.t’s mandando sinais pra outras estrelas que estejam na msm “área” do nosso Sol) ?

    1. Se eles mirarem mais ou menos na direção do Sol, talvez já dê para pegar…

  17. Desperdício de dinheiro. Seria melhor aproveitado se gasto aqui na terra reduzindo poluição o melhorando vida de povos famintos.
    Os mistérios de nossa existência não serão por essa forma desvendados.

  18. 4% é um número interessante! 4% dos que nascem em nosso planeta não são filhos da pessoa que acreditam ser seu pai, interessante não é? Não posso impedi-los de procurar, mas se formos os “índios” da descoberta, não ficaria muito feliz em encontrar os Europeus. As caravelas foram “espaço naves” incríveis..mas dizimaram os descobertos!

  19. acredito que possa existir vida por aê, no vasto universo, mas… perto de nós, vida inteligente… hmmmm…
    lembrando que a vida na terra tem aproximadamente 400 milhoes de anos e só ha 10 mil anos esta começou a ficar “inteligente”… e só ha 100 anos começamos a enviar sinais….
    que tal gastar tal quantia para achar um metodo inteligente de se fazer os humanos se comunicarem efetivamente uns com os outros? pq tá dificil… cada um fala uma lingua distinta… e não estou falando de idioma… aqui no brasil, por ex, temos 150 mil linguas, cada povo, classe, raça, credo, fala uma “lingua” diferente… e todos vão, assim como o universo, para lados diferentes… e, na pior (ou melhor) das hipóteses, em rota de colisão…

  20. Mimimis sobre “Tanta gente passando fome no país X e Y ‘gastando’ USD 100 milhões para procurar ET que não existe!” começando em 3.. 2.. 1…

  21. Acredito que seria muita ignorância da nossa parte acharmos que só existe nós aqui neste universo.

  22. E não podemos negligenciar mais um pequeno fator que pode ser significativo no rumo da incerteza: será que aqueles que eventualmente emitem sinais interpretáveis “querem” ser interpretados?

  23. Salvador, só não entendi a posição de Hawking.
    A alguns anos atrás ele declarou que não devemos ficar futucando o espaço procurando ets, pois não sabemos a real intenção deles…
    Mudou a visão dele?

    1. Ele continua achando que mandar mensagens ao espaço é perigoso. Mas não há mal em ouvi-las.

  24. 0,3% ?! Quer dizer que existe alguma chance. Acho ótimo. Parabéns para o espírito humano em busca de novas descobertas. É isto que nos move adiante, como o horizonte, segundo o já saudoso, Galeano.

  25. Acho que só é preciso olhar p/ o céu de vez em quando para ver o que aparece. E aparece, isso eu garanto.

  26. Faltou comentar, para melhorar a conclusão, qual a verba so SETI (esses leitores preguiçosos que esperam tudo de bandeja…).
    Parabéns por mais um artigo interessante.

  27. Salvador,
    Esse é um assunto que adoro ver sua análise. É certeira, lúcida e prudente.
    Me lembrou quando vc analisou a equação de Drake aqui no blog, foi a melhor q já vi.

    Parabéns 🙂

    Ah, independente dos números, torço muito para encontrarem algo lá fora… vai ser uma festa! 😉

  28. Não sei como conseguiram convencê-lo a entrar nessa canoa fura de busca ETs. Sei lá, talvez seja o dinheiro… apesar de achar que ele não precisa. Só idiotas e jornalistas de ciência, que são burros pra caramba, acreditam nisto.

  29. Pelos UFÓLOGOS eles já contataram ETs no ar, na terra e na água. Até mesmo na pré-história. Fora os abduzidos.

  30. Acho que precisamos colocar SETI em perspectiva.
    Ao meu ver, estamos na aurora da pesquisa por vida inteligente. Tudo vai depender se o Salvador estiver errado ou não em que duraremos mais uns 100 anos como civilização.
    Se, por uma sorte ( o que tambem não acredito), continuarmos nosso desenvolvimento cientifico, dentro de mais uns 400 anos começaremos a ter uma idéia mais clara destas possibilidades.

  31. Uma dúvida caro Salvador: Não seria muita pretensão nossa buscarmos civilizações inteligentes na Via Lactea, baseado na premissa de que somos civilização inteligente? Será que realmente somos uma civilização inteligente?

  32. Bom dia!
    Na minha modesta opinião, 0,0001% já é melhor do que nada, certo? Como todo mundo pode concordar que as chances são mínimas, sabemos que não se pode esperar muita coisa em algumas décadas. Mas se começarmos cedo essa busca, antes encontraremos algo, ou na pior das hipóteses, poderemos encontrar outras formas de comunicação, que serão um progresso para nossa própria civilização.
    Enfim, toda forma de pesquisa é benéfica, independente do resultado obtido!
    Progresso científico à parte, Salvador, estamos preparados para encontrar o que ser que seja?
    abs,

  33. Meu caros confrades, bom dia! Que deve haver alguma outra civilização, isso é “fato”!(em aspas por não ter sido confirmada ainda…)Minha questão é: e se, somente se, essa civilização não for de paz e simplesmente resolver nos destruir?Por um motivo qualquer, sei lá…Não será levado em consideração isso?Pq realmente será demais quando acharmos outras civilizações galácticas mas e se elas nao forem pacificas?Nos estamos preparados para pagar pra ver?

  34. E a probabilidade de que a equação de Drake esteja 100% certa é de? Desculpe mas é muita especulação com pouca base para alguém criar um modelo desse e depois até atrapalhar investimentos. Eu até acho que não vão achar nada, mas aparecer com esses chutes de uma civilização só vai ser comunicativa durante 200 anos é chute de mais. Tudo bem, cada um tem o direito de dar o seu palpite, mas apresentar dados como se fosse algo a ser levado a sério ja é demais

  35. Pela lógica, tem que existir incontáveis civilizações no universo. Mas, talvez, não seja tão fácil encontrá-las. Pode ser que próximo a nós exista uma civilização até mesmo com tecnologia que faria de nós parecidos com a civilização humana de 5000 anos atrás. Temos que saber que não chegamos ao topo da tecnologia. Meu palpite? Estamos próximos de sermos encontrados!

  36. US$ 100 milhões, dinheiro muito bem gasto pelo Milner. Ótimo investimento. Acredito piamente na existência de seres inteligentes em outros lugares fora do planeta terra, aliás, acredito que há vida inteligente em todo universo. O que não podemos esquecer é que os nossos sentidos estão voltados para nossa característica humana, matéria densa, isso é o que conhecemos. Não podemos achar que todos no universo são como nós e que possuem os mesmos sentidos que temos. Mas imagino que o projeto não seja para localizar seres inteligentes e sim, seres inteligentes com os sentidos iguais aos nossos. Ótimo matéria.

  37. Gosto muito do tema… desde meus 7 anos de idade começei a me interessar por astronomia e especular sober via alienígena. Considerando que existam civilizações na nossa terceira dimensão, ainda assim, será bastante improvável detectar qualquer tipo de atividade. O número de estrelas “varríveis” para o número das que serão varridas, me parece algo como procurar espécies desconhecidas no oceano inteiro, com um barquinho e um sonar da década de 80.. o que vc acha, Salvador? Abraços e parabéns!

  38. Detectando nibirutas em 3, 2, 1…

    Agora sério. Minha aposta é que em 50 anos não detectaremos nada. Depois disso, por causa de avanços tecnológicos, detectaremos algo que TALVEZ seja sinais de comunicação de inteligência, mas que não saberemos interpretar, então já podemos descartar isso pois se a comunicação depende do receptor (nós no caso) e o receptor não entende, então não há comunicação.
    Eu sou mais o Paradoxo de Fermi: http://gizmodo.uol.com.br/paradoxo-fermi/

    Boa entrevista no Jô. Ri muito com os largatixas.

  39. A viagem da informação e/ou da matéria a velocidade próxima da luz e nunca além dela é um preceito, um dogma um tanto presunçoso característico de nossas terráqueas limitações tecnológicas. Estamos habituados a julgar tudo relativo ao Universo como um ponto final incontestável, daí nossa incapacidade atual de se ir além. O que se lê nas entrelinhas do exposto pelo nobre Salvador Nogueira parece corroborar isso.

  40. O quê? Dividir 100 bilhões por 1 milhão NÃO DÁ 100 mil. O Resultado é 10 milhões!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

    1. 1 bilhão são 1.000 milhões.
      100 bilhões são 100.000 milhões.
      Chama o Apolinário. Ele é matemático, te dá uma forcinha. 😉

      1. 1 bilhão = 10¹²; 1 milhão = 10^6
        Assim: 100 bilhões = 100 X 10¹²

        Portanto: 100 bilhões dividido por 1 milhão dá 100 X 10^6, ou seja, 100 milhões.

        Acho que o JR está certo!

        1. 1 bilhão é 10^9. Não confundir com o bilhão português, que seria o nosso trilhão (10^12).

  41. Olá Salvador,

    Se julgarmos o nosso comportamento na Terra, diria que escusado apontarmos antenas para espaço exterior, é só fixarmo-nos nos nossos políticos e já está! É só alienens!

    Agora mais a sério, eu creio que partimos de premissas erradas na busca de vida ET. Provavelmente nós estamos a espera de vida com base no arquétipo que é a nossa entidade, aliás, é como construímos o nosso mundo e tudo o que é criado por nós! Por isso é que as equações de Drake, o paradoxo de Fermi, e outras análises, não terem até agora resposta!
    Num puro exercício académico, imaginemos (se pudermos), a vida de uma forma radicalmente diferente… E aí reside o problema: não conseguimos abstrair nem cortar o cordão umbilical com a nossa realidade por forma a obter uma “vida” sem ser Hollywoodesca, ou demasiado Terrena. Temos dificuldades em acreditar que não somos o centro do universo, tal o tamanho do nosso ego!

    Abraço

  42. Se o Hawking achar alienígenas, então o Brasil será um país sério um dia.
    Beijo do gordo, uow!!

    Prefiro acreditar no coelho dos ovos de páscoa.

  43. Nenhuma, zero, nanica de nada! pode ser o cara mais inteligente do mundo, o físico mais notável, ainda sim não pode empreender e utilizar recursos para essa finalidade. Só vai perder credibilidade. Se quiser entrar em contato com ETs venha ao Brasil, mais precisamente em Brasìlia, tá cheio deles.

    1. Teremos a certeza de que poderemos sobreviver à nossa adolescência tecnológica.

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