Kepler-452b e o futuro da Terra
Imagine poder observar, de uma distância segura, o futuro longínquo da Terra, daqui a 1 bilhão ou 2 bilhões de anos — um futuro potencialmente fervilhante e inóspito, diga-se de passagem. O satélite Kepler, da Nasa, aparentemente fez algo parecido.
Ele descobriu um mundo um pouco maior que a Terra, em torno de uma estrela parecida com o Sol, numa órbita similar à que nosso planeta executa. Ou seja, lá, como aqui, uma volta inteira leva um ano para se completar (385 dias, para ser mais exato). A principal diferença: a estrela-mãe lá tem cerca de 6 bilhões de anos — 1,5 bilhão a mais que o Sol.
O exoplaneta, localizado a 1.400 anos-luz daqui, recebeu a designação Kepler-452b, e é uma das mais interessantes descobertas feitas durante a última atualização do catálogo de potenciais exoplanetas do satélite, recém-divulgada pela agência espacial americana.
O Kepler detecta planetas-candidatos observando pequenos eclipses causados pela passagem deles à frente de suas respectivas estrelas. Na última parcial, o catálogo de potenciais exoplanetas contava com 4.175 exemplares. A nova atualização — a primeira a levar em conta o total de dados colhidos pelo Kepler em sua missão original, entre 2009 e 2013 — adicionou cerca de 500 novos objetos.
Estima-se que cerca de 90% das detecções sejam reais, e não algum falso positivo, mas mesmo assim os cientistas usam todos os meios à disposição para verificar o achado de forma independente. Isso já foi feito para o Kepler-452b, uma possível “Terra do futuro”.
NA DIVISA
As detecções feitas pela observação de “trânsitos planetários” permitem estimar com alguma precisão o tamanho do astro, mas não sua massa. Com apenas uma das duas informações, fica difícil estimar sua composição. Então, é bom avisar: não sabemos se o Kepler-452b de fato se parece com a Terra.
Contudo, estudos feitos com exoplanetas que tiveram tanto sua massa como seu volume medidos sugerem que existe uma fronteira, mais ou menos na marca de 1,6 diâmetro terrestre. Os mundos que têm esse tamanho ou menos tendem a ser rochosos, como o nosso, e os maiores que isso provavelmente são versões em miniatura de Netuno, o menor dos gigantes gasosos do nosso Sistema Solar.
Kepler-452b cai bem na linha divisória: 1,6 diâmetro terrestre. Isso significa que ele tende a ser rochoso. Mas não há como ter certeza no momento.
OS 10% QUE FAZEM A DIFERENÇA
A estrela Kepler-452, por sua vez, é uma anã amarela, como o Sol, e tem apenas 4% mais massa que o nosso astro-rei. Em compensação, como é mais velha, é também um pouco mais brilhante. Isso significa que o Kepler-452b recebe atualmente 10% mais radiação que a Terra. E pode ser uma diferença fatal.
Modelos de evolução solar sugerem que, em mais ou menos 1 bilhão de anos, o aumento de brilho do Sol fará com que a Terra se torne inabitável. A radiação adicional emitida aquecerá o planeta de forma a evaporar os nossos oceanos. Com tanto vapor d’água na atmosfera, a temperatura subirá centenas de graus com relação a atual. Nosso planeta se tornará tão inóspito quanto Vênus.
“Se o Kepler-452b é de fato um planeta rochoso, sua localização com relação a sua estrela pode significar que ele está entrando numa fase de efeito estufa descontrolado”, disse Doug Caldwell, cientista do Instituto SETI envolvido com a missão da Nasa. “O Kepler-452b pode estar experimentando agora o que a Terra sofrerá daqui a mais de um bilhão de anos, conforme o Sol envelhecer e se tornar mais brilhante.”
A descoberta ilustra alguns pontos importantes. Um deles é um que, com base em estudos estatísticos, na prática já sabemos desde 2013: planetas com porte similar ao da Terra em órbitas similares às da Terra em torno de estrelas similares ao Sol são comuns no Universo.
Outro ponto importante, e talvez menos apreciado, seja o fato de que a região conhecida como “zona habitável” é um conceito bem flexível. Kepler-452b hoje possivelmente está se tornando um inferno escaldante, mas, no passado, quando sua estrela era menos brilhante, seu clima pode ter sido tão ameno quanto o da Terra. A vida pode ter florescido lindamente lá, muito antes que surgissem os primeiros animais em nosso próprio mundo. E se, em vez dele, tivéssemos por lá um mundo como Marte, com porte menor e atmosfera mais rarefeita, o ambiente provavelmente seria propício à vida até hoje. Ou seja, habitabilidade não depende só da região do sistema em que o planeta orbita, mas de características intrínsecas do próprio mundo e da evolução de sua estrela-mãe.
MUITO MAIS DE ONDE VEIO ESSE
Além de Kepler-452b, o novo catálogo de objetos de interesse inclui 11 novos candidatos a planeta com menos de duas vezes o diâmetro da Terra orbitando na zona habitável de suas estrelas.
Até agora, o satélite da Nasa já identificou oito planetas confirmados com potencial para serem habitáveis, ou seja, capazes de manter água em estado líquido na superfície. Desses, o mais interessante é Kepler-186f, que tem praticamente o mesmo tamanho da Terra.
Embora sua missão original tenha sido concluída em 2013, após a pifada de dois dos giroscópios do satélite, o Kepler segue em operação num novo projeto, denominado K2. Em vez de olhar fixamente para uma só posição do céu, como ele fez entre 2009 e 2013, ele agora se alterna entre diversos pedaços do firmamento ao longo das constelações do zodíaco. E pode apostar que novas descobertas vêm por aí. É só esperar.
Salvador, parabéns pela matéria muito interessante!
Me tira uma duvida, se daqui a mais ou menos 1 bilhão de anos a Terra será um inferno escaldante devido ao aumento da brilho do sol porem esse mesmo brilho poderia aquecer Marte e fazer com que a pouca água congelada do planeta se torne liquida e promover uma nova mudança deste planeta?
Sim, é possível.
Alguém pode me tirar uma dúvida. Um planeta gasoso, é totalmente gasoso ou possui uma base sólida para por exemplo pousar uma sonda lá?
Obrigado
Ele deve ter um núcleo rochoso, mas bem lá no fundo. Antes disso você vai ter um imenso invólucro gasoso e, depois, o gás vira líquido pela pressão, e só depois de tudo isso vai ter um núcleo rochoso lá. Se bem que a pressão é tão grande que nem as rochas serão propriamente sólidas. De toda forma, impossível “pousar” em qualquer coisa num planeta desses.
Salvador, gostei da sua entrevista ontem no Jornal das 10! A única parte agradável do noticiário, para falar a verdade!
Foi mesmo. Acompanhei o primeiro bloco do estúdio, sobre a situação da economia brasileira, e me deu vontade de chorar. 😛
Olá Salvador, tenho uma dúvida: Acredito que os satélites mais potentes que já inventamos até aqui fazem observação somente na Via-Láctea, que tem aproximadamente 100.000 anos luz de diâmetro, certo ? Porém, já foi descoberto na constelação de Ursa Maior um sistema com 5 sóis , sendo 2 estrelas binárias, essa constelação está a 250.000 anos luz de distância, no meu modo de ver está além da Via-Láctea certo ? Então, nossos satélites podem detectar astros além da Via-Láctea ?
Marcelo, não sei de onde você tirou essa dos 250 mil anos-luz de distância. A rigor, não tem como medir distância para uma constelação, porque cada estrela está a uma distância diferente e elas só parecem estar próximas no céu. Mas com certeza esse sistema de 5 sóis descoberto fica na Via Láctea e NÃO está a 250 mil anos-luz de distância.
RSSS, Eu li no site do G1….segue: ”
BBC
08/07/2015 11h37 – Atualizado em 08/07/2015 11h37
Astrônomos descobrem sistema com cinco sóis em Ursa Maior
Equipe britânica diz que combinação de duas estrelas binárias e uma ‘simples’ é a primeira do gênero já descoberta; grupo está a 250 mil anos-luz da Terra……..
BBC
Astrônomos britânicos anunciaram a descoberta de um sistema solar com nada menos que cinco sóis, na constelação de Ursa Maior.
Distante 250 mil anos-luz da Terra, o grupo de estrelas é inédito por conta de sua configuração: duas estrelas binárias e uma “simples”, um agrupamento jamais antes encontrado.
A descoberta foi anunciada num encontro anual de astrônomos britânicos, na cidade de LLandudno, no País de Gales. Ela foi possível graças ao uso de um sistema robotizado de telescópios operando continuamente nos dois hemisférios terrestres – um nas Ilhas Canárias, próximo à Espanha, e outro em Sutherland, na África do Sul. “
Alguém multiplicou por mil na tradução.
http://www.bbc.com/news/science-environment-33428506
😉
hahaha…obrigado !
A estrela mais brilhante da Ursa Maior está a 86 anos-luz daqui.
Vide: http://www.ccvalg.pt/astronomia/constelacoes/ursa_maior.htm
Salvador
E sobre os pontos brilhantes de Ceres? Nao era no dia 06
de julho que teriamos a melhor vista desses pontos?
Um abraço
A sonda deu uma trupicada e caiu de boca no chão. Hehehe
Teve uma entrada em modo de segurança, a exemplo da New Horizons, e os engenheiros preferiram segurá-la no lugar até entender o que rolou. Mas tá tudo bem e agora ela está descendo. Logo teremos imagens mais próximas. Por ora, ainda segue a dúvida entre gelo e sais. Possivelmente teremos os dois. Abraço!
Gelo e sal brilham no ceu noturno do Planeta?
No céu? Eles estão no chão! Não brilham no céu. E nem brilham quando estão do lado escuro.
Desculpe Salvador,
Não foi esta a afirmação em 06/03/15
Dawn chega a Ceres, o planeta anão
“Contudo, uma das coisas surpreendentes revelada conforme a Dawn registrou imagens de uma rotação completa de Ceres — um dia lá dura pouco mais de nove horas — é que o brilho dos pontos ainda se mantém depois que a cratera já entrou na sombra.”
Sim, ele se mantém por um pequeno período e depois apaga. E o que explicaria isso é a presença de vapor d’água sobre a cratera, que continuaria recebendo luz do Sol um pouco depois que o chão da cratera já estivesse na sombra.
Pô, Salvador…..me sacaneou com Ceres…..kkkkkkk.
Claro que falei sob a perspectiva da sonda…rs. Tem uma foto publicada com os os pontos brilhando e com a noite absurdamente avançada sobre o Planeta.
Sobre o fato da grande audiência brasileira nos assuntos estelares….essa é fácil……ninguém tá aguentando a realidade em solo pátrio……
Não, não tem. A imagem escura é por redução do nível de exposição da câmera. Não estava de noite naquela foto. 😉
E as imagens de Plutão, a Nasa não publicou mais?
Publicou uma ou outra. E amanhã tem uma coletiva.
Salvador, mesmo com medo da resposta, se o efeito estufa em nosso prosseguir no atual ritmo, em quanto tempo a Terra deixaria de ser um mundo habitável para nós humanos? Há uma estimativa de tempo por parte dos cientistas? 100, 200, 1000 anos?
Se o enfeito estufa em nosso mundo*
Difícil de calcular, porque se você chega num ponto em que rompe-se completamente o equilíbrio, o aquecimento evapora mais oceano, que causa mais aquecimento, que evapora mais oceano… foi o que aconteceu em Vênus. Há sinais, na história da própria Terra, de que, mesmo na pior das hipóteses, não conseguiríamos empurrar além desse ponto em que a coisa anda sozinha. Mas e se estivermos errados? Uma olhada no nosso Sistema Solar mostra que planetas PODEM dar errado. Não deveríamos brincar com o que não entendemos direito.
Salvador,
pesquisando sobre a Terra e o efeito estufa, achei uma matéria muito bacana de 2013 (link no final do post), um estudo liderado por pesquisadores do Instituto Pierre Simon Laplace, em Paris, que sugere que a Terra está na rabeira da zona habitável do nosso sistema solar!!! Eu achava que estávamos na meiuca dela!!! MEDO!!!
Estamos vivos por um triz!!!
O tal estudo diz que a zona habitabilidade começa à 95% da distância entre o Sol e Terra, ou cerca de 142 milhões de quilômetros do Sol. Pelo que sei, estamos à 150 milhões de quilômetros do Sol, distância de 1UA.
Se os pesquisadores parisienses estiverem certos, o equilíbrio da vida na Terra é muito mais delicado do que se pensava, e o “defeito estufa” muito mais preocupante.
Todavia,como quase tudo na vida, ainda não há um consenso… ainda não podemos afirmar com certeza aonde começa e termina a zona de habitabilidade.
http://info.abril.com.br/noticias/ciencia/2013/12/terra-esta-na-beira-da-zona-habitavel-do-sol.shtml
Sim, estamos na beirada. Estima-se que, em mais 1 bilhão de anos, estaremos fora.
Está cheio de Malthus do século 21 por aí…
Victor, a terra já passou por períodos muito mais quentes que os atuais. Já teve concentrações de CO2 muito maiores e os oceanos não evaporaram. Nada indica que o mundo vá acabar. Pelo menos, não tão cedo quanto o Al Gore anda prevendo. Muita calma nessa hora. Pode continuar estudando, trabalhando e construindo seu futuro. Pesquise sobre os períodos Siluriano e Devoniano na wikipedia. Isso poderá lhe acalmar bastante.
Anibal, difícil comparar com esses momentos geologicamente tão distantes. O nível de vulcanismo era presumivelmente bem maior (o que acarreta redução de temperatura pela introdução de aerossóis na atmosfera, contrabalançando o aumento de CO2 decorrente da atividade vulcânica) e o Sol era ligeiramente menos brilhante. Agora estamos elevando a quantidade de CO2 sem a contrapartida dos aerossóis vulcânicos e o Sol já está um cadinho mais velho (meio bilhão de anos é um tempo significativo). Por fim, note que os dois períodos citados são marcados, em seu início, por uma baita extinção em massa. E a vida estava praticamente limitada aos oceanos.
Eu sei das dificuldades de se comparar esses períodos tão distantes do passado. Mas como exemplo para começar um raciocínio eles servem. Do mesmo modo, hoje em dia é muito difícil fazer previsões climáticas com um nível aceitável de acerto, e dizer em quanto o homem é culpado. Eu ficaria satisfeito com 50% de acerto. Os cientistas da área de estudos do clima, em seus trabalhos publicados sempre confessam e admitem essa dificuldade. Mas nos congressos, nos conselhos governamentais e na ONU, essas dificuldades são relativizadas e até neglicenciadas. Não são levadas a sério como deveriam e como merecem, inclusive para o desenvolvimento da própria ciência climática. Enviesada, ela vai demorar muito mais tempo para evoluir do que se não sofresse todas essas pressões políticas.
Anibal, não é verdade. Todo relatório do IPCC vem com nível de incerteza bem informado. E as previsões não são boas. Ademais, estamos vendo na prática o que está acontecendo. Basta olhar as temperaturas e traçar a linha reta…
Salvador, tente obter a memória de cálculo do nível de 95% de certeza que foi informado no último relatório do IPCC. Ou tente descobrir a memória de cálculo do nível de 90% de certeza do relatório anterior. A memória de cálculo simplesmente não existe. Dizem as más línguas que esse índice foi decidido na dedanha.
O problema é confiar mais nas más línguas do que num comitê internacional da ONU… 😛
Salvador, amei a matéria, ela me fez viajar, minha imaginação me transportou para um mundo moribundo que infelizmente pode estar em seus últimos dias. 6 bilhões de anos? Tempo suficiente para a vida evoluir, tempo suficiente para vida dar origem a seres inteligentes. Haveria uma civilização dando seus últimos suspiros? Poderiam eles viajar pelo cosmos afim de fugir irrefreável efeito estufa que assola o seu mundo? Vemos espectros de luz que se originaram 1000 anos atrás, talvez eles já tenham se estabelecido em outro planeta ou lua do seu próprio sistema solar, formado colônias. Talvez eles tenham deixado o próprio sistema.
É. Tudo isso aí seria possível. Ou somos ruins de conta e o planeta ainda está vivinho da silva. Vai saber. Ainda estamos começando a aprender. 😉
Esse artigo nos faz pensar em artefatos. Muitas vezes pode ser que os indícios de vida sejam encontrados “por tabela” em “planetas mortos”, através de artefatos e edificações existentes que sobreviveriam ao tempo. Seria uma espécie de arqueologia espacial.
Não entendo, se essa tecnologia nos permite visualizar planetas tão distantes, porque não conseguem estudar com exatidão, Ganimedes, Europa, Titã, Calixto, mundos muito próximo de nós que podem conter VIDA, não é isso que procuramos primordialmente ?
A tecnologia ainda não nos permite visualizar esses mundos distantes. Apenas saber que estão lá, que tamanho tem e, em breve, o que contém sua atmosfera.
Salvador, incrível seu artigo. Sempre me interessei por essas questões e pesquiso sobre isso praticamente todos os dias. Tenho uma dúvida:
Porque temos tão pouca informação sobre esses planetas potencialmente habitáveis na Estrela de Kapteyn e em Tau Ceti, que estão a 12 anos luz e temos mais informação sobre Kepler-452b que está a 1.400 anos luz? Porque não aprofundamos as pesquisas nesses que estão próximos? Afinal, 12 anos luz seria algo mais palpável caso, no futuro, a gente queira fazer uma visitinha.
Luciano, os planetas do Kepler são detectados pelo método do trânsito — a medição de pequenas reduções de brilho das estrelas. Já os planetas candidatos em Kapteyn e em Tau Ceti foram investigados por outro método, que estima o movimento causado pelos planetas na própria estrela, um pequeno bamboleio gravitacional. O problema é que esse método, no momento, é menos sensível, de forma que não conseguimos confirmar além de qualquer dúvida esses sistemas. (Aliás, o planeta habitável de Kapteyn foi objeto de um estudo recente que sugere que ele não existe, e na verdade sua detecção é fruto de um falso positivo gerado pela atividade estelar.) E, claro, não podemos usar trânsitos para estudar esses sistemas, porque eles não estão alinhados com a gente de forma que vejamos o planeta passar à frente da estrela.
—
Salvador,
Como eu não sou do ramo e não entendo muito do riscado, sempre tive a impressão que as matérias sobre a “geomorfologia” desses diversos planetas extra-solares não passam de suposições, conjecturas, ilações, divagações…
De concreto mesmo, somente a nossa fantasia.
S.M.J.
🙂
Abr.
—
De fato, muito do que se fala sobre exoplanetas é especulativo. De concreto, conseguimos saber a massa e o volume (e, com isso, a densidade, que oferece uma composição aproximada) e a órbita. O resto é conjectura. Não é chute no vazio, mas há tantos fatores desconhecidos que pode ser qualquer coisa. Contudo, essa é a hora para conjecturar, formular hipóteses. Em alguns anos, teremos os instrumentos para começara testá-las.
Abraço!
O que faz muitas pessoas duvidarem destas descobertas é a divulgação destas concepções artísticas como se elas fossem frutos de uma visualização direta. Seria melhor que quem divulga tais imagens aqui no Brasil avisasse que elas não são reais, mas puramente imaginadas. De concreto mesmo somente as medidas que confirmam as teorias sobre os efeitos que a presença de planetas causam sobre as estrelas e sua luminosidade e algumas imagens diretas em infravermelho obtidas pelo método da eclipse.
Eu sempre indico que é concepção artística.
Salvador, então quer dizer que para utilizar esse tipo de estudo de transito temos que achar um planeta e sua estrela alinhados exatamente com a Terra. Ou seja, isso me parece ser bem difícil de acontecer, mas pela quantidade de sistemas no universo, isso acontece muito, correto?
Obrigado pela resposta!
É exatamente isso. Para cada cinco planetas potencialmente habitáveis que o Kepler acha, ele deve ter perdido outros 95 por conta da falta de alinhamento. E isso num micropedacinho do céu. 😉
Ultima pergunta.
Por conta do movimento constante dos sistemas em várias sentidos e rotações não pode ser que hoje esses plantes e suas estrelas estejam alinhados com a Terra, mas amanha (daqui 2 anos, por exemplo) não? Kepler 452-b e sua estrela estão alinhados com a Terra sempre? Ou só por um período de tempo?
Em 2 anos nada vai mudar. Em 20 mil anos, pode ser, pois tanto o Sol como a estrela em questão viajam a velocidades diferentes em torno do centro da galáxia.
Usando a terra e o sol como exemplos para o cálculo da probabilidade de alinhamento:
Circunferência da órbita da terra = 2.pi.150.000.000km
, ou seja : 942.477.796 km.
Diâmetro do Sol : 1.400.000km
Chance de alinhamento = 1.400.000km/942.477.796km, ou seja, mais ou menos 0,15%.
Para cada planeta encontrado(100/0,15=666,666…), são perdidos 666.
Deu o número da besta !
Xô satanás !
Com dízima periódica e tudo. kkk !
Sua conta não leva em consideração a distância entre o planeta e a estrela, que é fundamental. Um planeta numa órbita curtíssima, três dias, por exemplo, admite uma inclinação orbital muito maior e ainda assim fará um trânsito à frente de sua estrela. Da mesma forma, um planeta maior, mesmo mais distante, terá mais chance de transitar. Estima-se que, em média, o Kepler pegue 5% dos sistemas de forma que aconteça pelo menos um trânsito.
Ah! Acho maravilhoso esse tipo de pesquisa que procura por “novas Terras” no Universo, por novos planetas a conquistar. Sem dúvida, algo que nos engrandece como seres humanos, expõe toda a nossa capacidade criativa e aventureira. É o nosso melhor, indubitavelmente.
Muito a propósito, o nome dado ao satélite só poderia ser o de um grande Cristão, um homem que acreditava na perfeição do Cosmo e num Deus Criador que estabeleceu todas as Leis Celestiais. Só mesmo essa Fé inquebrantável poderia tê-lo inspirado a formular as Leis fundamentais da Mecânica celeste.
Tá ficando malandro, hein, Apolinário? 🙂
Também, depois do esporro… hehe
hahaha
Hahahahaha….. genial
Kepler formulou ou descobriu as Leis dadas por Deus?
É uma interessante questão essa que você coloca Carlos. Em minha modesta opinião, todas as Leis que regem o Cosmo já foram Matemáticamente estabelecidas pelo Criador. Contudo, nossa capacidade de compreensão ainda é limitada, nossa Matemática ainda precisa evoluir mais a fim de que nossa imagem do Universo se aproxime cada vez mais da Realidade Única, aquela determinada por Deus.
E quem teria criado o “criador” , o “criador chefe”? E este por sua vez, quem o teria criado? Ciência é sobre matérias de fato, que são aquelas dadas pelos órgãos dos sentidos e não pela desejo, utopias, fé ou fantasia.
Pois Deus era muito ruim de matemática hein… muda de padrão a todo instante…maior seria o big bang (singularidade x expansão)
Por que e para que nossa matemática ainda precisa evoluir, se a de deus é completa e perfeita ? É só pedir explicações a ele. Nem precisamos fica esquentando nossa cabeça e perdendo tempo com essas bobagens. Vamos nos ocupar de nossa missão, que é crescer, multiplicar e superpovoar a terra !
ARRÁ! Discípulo de Apolinário. I KNEW IT!
Nah, acho que não. O Anibal só tem umas ideias estranhas sobre a camada de ozônio e a mudança climática, mas fora isso me parece um sujeito muito mais interessado por ciência do que o Apolinário, que só usa a ciência como um trampolim para vender suas lorotas.
É difícil transmitir ironia por escrito. Mas tentei.
Os espíritas nunca me deram uma resposta convincente, apesar de terem uma “conexão” com o outro lado…. só falam generalidades…
Kepler acreditava na perfeição do Cosmos e quando percebeu que não era assim, o Cosmos não é perfeito, simplesmente aceitou a realidade.
Falta você, Apolinário, aceitar a realidade.
Uma boa lembrança, Radoico. Kepler teve de abdicar das esferas e dos sólidos “perfeitos” para decifrar o movimento dos planetas. Eu fico só imaginando as coisas de que o Apolinário terá de abdicar nos próximos anos para se manter um admirador do que ele julga ser a Criação de Deus… 😛
Como eu já havia dito na resposta ao Carlos, nossa Matemática ainda precisa evoluir, nossas concepções precisam constantemente de reparos.
Foi o que Kepler fez! Ele percebeu que sua ingênua concepção inicial era errônea mas, em seguida, sempre com a Unidade Celestial em mente, reparou suas idéias e chegou nas três Leis Fundamentais da Mecânica Celeste – que certamente são ainda uma aproximação do real.
Exato! Um dia você também chega lá com a biologia! 🙂
A Biologia vai demorar mais. Ela foi contaminada por um ateísmo destrutivo, por isso demora a evoluir. Por enquanto, ela está gatinhando…
O quê? Você agora acredita na evolução? E demorada ainda por cima? 😛
Quem falou em “evolução”? Esse é um dos entraves para o desenvolvimento pleno da Biologia.
Você falou. Leia lá. 😛
“…por isso demora a evoluir”. A palavra “evoluir” nesse contexto, significa desenvolver, aprimorar.
Tenho pensado muito no assunto. Tentar tornar a Biologia uma Ciência Matemática, como a Física se transformou. Esse é o maior entrave das Ciências Biológicas. Existe uma vertente da Matemática atual que cuida desses assuntos, mas ela ainda está muito incipiente.
Em breve, formularei novas concepções que deixarão Darwin obsoleto…
Huahuahua, Apolinário, o sucessor de Darwin! Já estou ansioso.
Mas talvez você prefira seguir os passos daquele grande CRISTÃO já tão festejado por você, o Kepler.
Kepler foi um dos mais entusiásticos defensores de vida extraterrestre em sua época. Ele achava que as crateras na Lua eram cidades alienígenas! 🙂
Na verdade a história é outra.
O adolescente Kepler escreveu um pequeno manuscrito que descrevia uma viagem à Lua. Isso só foi publicado após a morte do autor com o título “Somnium sive opus postumum de astronomia lunari” e era, na verdade, uma alegoria da triste realidade cotidiana da mãe de Kepler.
Posteriormente, Kepler livre da influência materna, abandonou essas obtusas concepções e partiu para a sua trajetória vitoriosa como Cristão e como Cientista.
Não confunda Nabucodonosor com outra coisa, Apolinário.
De fato, Kepler escreveu muito jovem o tal manuscrito, que mais tarde foi retrabalhado e publicado apenas post-mortem como o “Somnium”.
Mas a defesa de Kepler sobre vida na Lua é muito posterior, e data da época em que Galileu começou a observar a Lua com o telescópio — até então, não havia crateras visíveis, então Kepler não poderia conjecturar sobre cidades alienígenas na Lua antes de 1609.
Em cartas, Kepler discute o assunto com Galileu. O italiano, mais cético, dizia não ver qualquer evidência de vida na Lua — ponto para ele. Mas Kepler, o grande CRISTÃO, achava que as crateras eram cidades lunares.
Não endosso essa versão. Não havia nada de científico no manuscrito. A começar pelo nome: Somnium que significa Sonho, em Latim…
Não é questão de endossar. É a história. Estude mais a vida desse grande CRISTÃO, de quem você é fã. Com a palavra, Johannes Kepler, em carta a Galileu, depois da publicação do Sidereus Nuncius, em 1610:
“Essas quatro pequenas luas existem para Júpiter, não para nós. Cada planeta, por sua vez, junto com seus ocupantes, é servido por seus próprios satélites. Dessa linha de raciocínio deduzimos com o maior grau de probabilidade que Júpiter é habitado.”
E olha só, alguns séculos depois, nem soa tão absurdo. Só que, no caso de Júpiter, são as luas que são habitadas, e não o planeta. Um show de CRISTÃO esse Kepler. 😉
Salvador, gostei de tudo, sobremaneira do Nabucodonosor que é aparentado com crepúsculo.
Radiooco, tudo no universo é perfeito, até a sua imperfeição.
Agora falou o poeta. Apolinário é o sábio, Oswaldo é o poeta. Vocês deviam abrir um blog. Eu iria lá todo dia ler e espezinhar nos comentários… NOT! 🙂
Salvador, você não precisa ficar com ciumes, sempre será meu amado guru (só precisa criar juízo).
E você sempre será o Zelão do blog… 🙂
Só acertando não tem o ~ e é o nerd meu herdeiro.
Respeito com o mestre Apolinário.
Por que o Cosmos não é perfeito? Ele é. Suas leis são constantes e uniformes. Os elementos químicos são os mesmos 92 naturais e mais os artificiais ou não existentes na Terra. Os movimentos são verificáveis por leis específicas referentes a velocidade, gravidade, distâncias etc. As energias, em suas diferentes formas, são mensuráveis segundo fórmulas exatas. E o que ainda desconhecemos, e é muito, vai se encaixando como peças num quebra cabeças. O que parece Caos é matemática, previsível, mensurável. A entropia é parte do Cosmos.
Ei tá mudando o modo de pensar? Você acredita em vida extraterrestre? Se acredita, tu mudou mesmo!
O Apolinário está ficando safo! Elogia ambas as partes……..kkkkk
O Apolinário está ficando safo! Elogia, mas não dá o braço a torcer. Um dia ele vai render-se ao conhecimento.
Estão pegando pesado: 1 ou 2 bilhões de anos, 1, 2, 3, 4, 5 milhares de anos luz. Esse pessoal não sabe nem o dia de amanhã. Ai, meu Deus do céu, ilumina essas mentes alienadas. Gostar de ficção como passatempo é divertido, mas existe um pessoal que anda acreditando nisso.
Ah-hã, Claudia, senta lá.
A Claudia me disse que só senta em coisas consistentes
Oswaldo, a sua mente maliciosa não soube e não sabe captar a referência. Então vou te ajudar:
https://www.youtube.com/watch?v=0ruAD9TSchI
E que Deus tenha piedade da sua alma, com essa sua mente suja. 😛
Senta para responder, seu mente suja,
Legal, não tinha ideia de onde tinha vindo essa expressão… Só podia ser de quem veio, da rainha de exploração de baixinhos!
Tá ficando feio Oswaldo.
Se não entende, melhor ficar quieto e deixar o mestre explicar.
Até o Apolinário já tá entrando nos eixos, se liga…
Realmente, o mestre Apolinário, consegue colocar tudo nos eixos,
Cara, acho que no segundo grau tu odiava matemática, física, química e biologia né?? e não aprendeu nada…só pode….
Uma questão: alguém conseguiria transformar em km os 1.400 anos-luz e quantos anos de viagem levaria para se chegar até lá com as naves que temos hojemtripuladas ou não?
Multiplica 1.400 por 10 trilhões de km (1 ano-luz é 9,5 tri, arredondei). Dá 14 quatrilhões de km.
Para chegar lá, por exemplo, com a New Horizons, voando a 1,2 milhão de km/dia (vou arredondar para 1,4 pra facilitar, OK?), daria, hmmm, uns 10 bilhões de dias? Dividindo por 365,25, temos 2,7 bilhões de anos. Boa viagem! 🙂
Acho que com a expansão do universo não chegaria nunca…..
Muito interessante a sua observação, PAulo! Fui dar uma olhada e achei algo interessante e didático sobre a expansão do Umiverso:
http://www.iag.usp.br/astronomia/pergunta/1401924918
OLá Salvador, não seriam 27 milhões de anos? acho que houve um erro nas casas decimais. 🙂
Nessa distância, não dá pra me preocupar nem um pouquinho com os possíveis keplerianos verdinhos e a invasão da Terra. Tem um planeta lá? Ok. Qualquer matemático, estatisticamente, já previa a existência de outros mundos “tripulados”. Mas estatística não é ciência exata, certo? Assim, somente com a comprovação física dá pra ter certeza. Mas aquela eventual civilização teria emitido, há 1400 anos, algum sinal que pudéssemos observar hoje? Esse sinal teria energia suficiente para chegar aqui? Em suma, deixa prá lá. Existem outras Terras, habitadas ou não, impossíveis de termos contato. Vamos então, por enquanto, ficar por aqui: luzes em Ceres, satélites estranhos, planetas a “invadir”, Plutão e Caronte, crianças com fome na África, o outro lado da Lua, água em Marte, recuperar Vênus…
Sendo chato:10.000.000.000 / 365,25 = mais ou menos 27 milhões de anos, não 2,7 bilhões. Viu? ficou bem mais perto. Agora dá pra ir.
Heheh, verdade. Eu refiz a conta pra coluna de segunda-feira. Aí fui mais caprichoso, usei 9,5 trilhões e 1,2 milhão de km por dia. 😛
Acho que o mais concreto seria entender a gravidade como um todo pois seria bem possível criar um planeta e utilizar a matéria prima dos outro planetas para nos abastecer….todos os planetas possuem algum tipo de material químico da tabela periódica, afinal todos vieram do mesmo lugar logo encontraremos em abundancia enxofre, carbono, hidrogênio, água….bastando apenas se preocupar com o calor do sol…
Eu™= Jack
Afrânio = Sobrinho do Apolinário
Salvador, no artigo você diz que Kepler 452 é 10% mais brilhante que nosso Sol. Acho que deve ter havido algum engano: o comunicado da NASA diz que o diâmetro dele é 10% maior do que o do Sol, e o brilho é 20% maior. Pode checar por favor? (Na verdade, ainda pior para o planeta… mas vai que ele tem uma atmosfera mais densa, segura por uma possível maior gravidade?) Abraço!
O release do SETI Institute fala em 10% mais brilhante, e o da Nasa, em 20% mais brilhante. Vou investigar, para ver qual está certo. Abraço!
Paolo, o fluxo de radiação (brilho) é 10% maior, como tá no meu texto e no release do SETI. Não sei de onde a Nasa tirou o 20%. Veja o paper, no próprio site da Nasa. http://www.nasa.gov/sites/default/files/atoms/files/ms-r1b.pdf
A informação está logo no abstract!
O que eu vi foi o release do JPL (NASA) em
http://www.jpl.nasa.gov/news/news.php?feature=4665&utm_source=iContact&utm_medium=email&utm_campaign=NASAJPL&utm_content=kepler20150723-2
Lá ele fala no texto que é 20%… bah! 🙂
Talvez seja a diferença entre brilho absoluto e aparente. De toda forma, a informação importante é que o planeta recebe 10% mais radiação que a Terra. Vou editar o texto para refletir isso. 😉
Perguntelha: será que fluxo = brilho neste contexto? Pode explicar a diferença…
Fluxo = brilho aparente. Ou seja, se o fluxo é 10% maior no planeta, Kepler-452 brilha 10% mais visto daquele planeta, com relação ao Sol visto da Terra. Talvez no brilho absoluto da estrela, a dúvida se esclareça. De toda forma, o que importa nesse contexto é o fluxo. 😉
Vai encostar o dedo ou tem outra solução.
O universo é mesmo mesmo muito interessante e o conhecemos tão pouco… ainda assim o pouco que conhecemos é tão fascinante que nos impulciona a saber sempre mais.
O universo realmente é muito interessante e nós o conhecemos tão pouco… ainda assim as descobertas são muito fascinantes e nos fomenta a conhecer um pouco mais.
A RELIGIÃO DO FUTURO SERÁ CÓSMICA E TRANSCENDERÁ UM DEUS PESSOAL, EVITANDO ASSIM, OS DOGMAS E A TEOLOGIA. ALBERT EINSTEIN.
PARABÉNS SALVADOR, PELO BELO TRABALHO !
Muito engraçado essa raça humana… Já procuram um pedaço de terra pra ter a certeza que já podem extinguir a Terra!! Lamentável!!
Lamentável é esse seu comentário. Affe.
Que matéria lindíssima, Salvador Nogueira! Chegou a arrepiar. Meus parabéns! 🙂
🙂
Salvador, um dia Vênus esteve na zona habitável, hoje é a terra e quando sera Marte? Quanto tempo pra planejarmos nossa “mudança” pro vizinho? hehe
Olha, acho que temos de começar a ocupar Marte o quanto antes. Mas esperar que ele se torne habitável sozinho vai tomar 1 bilhão de anos ou mais. 😛
A questão da habitabilidade de Marte se resumiria apenas a microorganismos. Mesmo que a temperatura de Marte seja amena daqui a bilhão de anos, Marte já preferiu quase toda a sua água e sua atmosfera, infelizmente por ter uma massa menor que a Terra, a sua gravidade reduzida deixou a atmosfera escapar lentamente e sem atmosfera para estabilizar a água em seu estado líquido por meio da pressão ela tambem evaporou ou sublimou.
Sem perder de vista que Marte não possui o campo magnético como a Terra, o planeta vermelho não consegue barrar a radiação emanada pelo Sol. Penso eu que, se um ocuparmos Marte, ficaremos confinados em habitats artificiais, é será uma vida difícil, cheia de restrições.
Mas até lá, faço uma aposta em robôs inteligentes, eles se adiantarão na colonização de Marte e de outros lugares inóspitos do sistema solar. Formas de inteligência artificiais sucederão a humanidade na colonização do sistema solar, pois serão bem mais resistentes que nós, seres vivos. (Esse último parágrafo foi um oferecimento de Maionese Airlines, viage conosco!) kkkkkk
Acho que Marte nunca se tornará habitável. Não existe mais vulcanismo por lá. Sem uma fonte de emissão contínua de CO2, não há como sustentar a vida a longo prazo. Aqui na Terra, os vulcões fazem a reposição de O2, ainda na forma de CO2, que as rochas da terra absorvem e enterram continuamente na forma de óxidos. Mas lá em Marte não há como criar e manter uma atmosfera com pressão e concentração de O2 adequadas à vida. O O2 mesmo se fosse gerado por algum meio artificial seria consumido pelas rochas da superfície em pouco tempo. Só poderíamos viver lá com garrafinhas de O2 nas costas. Isso não é ser habitável. Afinal, desse jeito até a Lua seria habitável.
Você está enganado. Está cheio de CO2 em Marte. A atmosfera é toda de CO2, e as calotas polares estão cheias de CO2 congelado.
Eu sei que a atmosfera é quase CO2 puro. Mas a pressão é baixíssima. Isso significa pequena quantidade total do gás. Quanto ao CO2 congelado, eu havia me esquecido dele. Talvez tenha uma boa quantidade. Mas não há como fazer a reposição a longo prazo. Assim que se começar a colocar O2 na atmosfera, ele vai ser consumido oxidando todos os metais e muitas rochas na superfície. É preciso uma quantidade muito grande, e uma produção contínua em larga escala para manter O2 na atmosfera. Pelo menos aqui na terra foi, e ainda é assim.
Não se esqueça de que o solo de Marte já está completamente oxidado (daí a cor vermelha). E como não há atividade vulcânica para renovar o solo, não tem mais como oxidá-lo. Também não há (ao menos atualmente) grandes corpos d’água para absorver o oxigênio atmosférico. Ele ia ficar na atmosfera mesmo.
E também, convenhamos, ao pensar na oxigenação da atmosfera de Marte, estamos falando de habitabilidade para nós. Mas se esquentar um pouco mais e adensar a atmosfera um pouco mais, permitindo água líquida na superfície, já temos um ambiente super-habitável para praticamente todas as bactérias anaeróbicas da Terra. 😛
Salvador, temos duas informações:
1. Solo rico em ferro oxidado.
2. 0% de oxigênio na atmosfera.
A maior probabilidade é de que ainda exista ferro a ser oxidado, do que a de que ele tenha sido 100% oxidado. Caso contrário deveríamos encontrar oxigênio molecular na atmosfera de Marte.
Provavelmente há muito ferro a ser oxidado, no subsolo, mas na superfície ele está bem saturado. Temos medições in situ feitas por robôs, lembra?
E não encontramos oxigênio na atmosfera de Marte porque ele precisa ser constantemente produzido. Ele não tem vida longa na atmosfera.
Salve, Salva!
Não tem muito a ver com o post, mas vi recentemente uma reportagem sobre cientistas indianos que negam a teoria do big bang e o início do universo, e de quebra descreveram uma teoria quântica da gravidade (algo que já li, em Hawkings, era a grande incógnita da física teórica moderna).
Vc sabe algo a respeito? E isso faz algum sentido?
Obrigado! Abs!
Ih, cara, assunto pra post inteiro. O que posso te dizer é que eles não contrariam o Big Bang. Só dizem que houve um passado pré-Big Bang. (A terminologia usada nos textos às vezes confunde os conceitos.) Sobre teoria quântica da gravidade, só vale se prever fenômenos observáveis não explicados por outras teorias. Eles não chegaram lá.
Abs!
Vale um post? Obrigado pela rapidez em responder!
Então sobre o pré Big Bang, tem como postar algo sobre isso?
Pretendo. Fique ligado! 🙂
Salvador, cadê o post sobre a teoria da relatividade prometido há algum tempo?
Abraço
Vai sair, vai sair. Amanhã sai uma provocação na coluna da Ilustrada. rs
Pedro, há várias teorias que descartam o Big Bang. O curso online de Cosmologia do Observatório Nacional discute essas teorias no módulo 8, mas ressalta que medições efetuadas até hoje correspondem ao que a teoria do Big Bang estabelece e diz que cientistas estão tentando fazer medições que comprovem essas teorias alternativas sem resultado positivo até o momento.
Enfim, o Big Bang ainda é questionado, mas o que se conseguiu medir até o momento indica que teria ocorrido.
Parabéns pela matéria, certamente relevante.
Olha, está área da ciência tem dado resultados ultimamente, senão vejamos:
– pouso do robô Philae sobre o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko;
– Fotos de plutão em alta resolução tiradas de “pertinho” pela sonda New Horizons;
– E agora, veja só, a descoberta desse planeta, com características supostamente parecidas com as da terra, guardadas todas as devidas e necessárias observações.
Que salto de qualidade e quantidade temos dado na pesquisa espacial. Podemos estar passando por uma mudança de paradigma e nem percebemos ainda;
Por acaso, o colunista pode indicar quais eventos importantes estão para acontecer na próxima década nesta área fundamental da ciência?
Obrigado,
Abs.
Cara, tem tanta coisa empolgante. Só do que me lembro de cabeça, no ano que vem, parte uma missão europeia (orbital) para Marte com objetivo de buscar evidências de vida. Também vai ter uma sonda de pouso americana para estudar o interior de Marte. Ano que vem a americana Juno chega em Júpiter. A Cassini segue em Saturno. A Dawn ainda estará em Ceres, e a Rosetta no cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko. Teremos muito assunto pela frente. 😉
Boa tarde Salvador,
já tem um grande tempo que acompanho praticamente diariamente o seu (espaço) ou melhor (nosso espaço de sabedoria sideral na internet)… 🙂
Sempre leio além de suas maravilhosas matérias que compartilham inúmeros conhecimentos, leio todos os comentários dos colegas “visitantes siderais” e neste mês foram tantas maravilhas descobertas no campo da ciência que hoje acessando mais uma vez e lendo as duas matérias de hoje, uma falando da quantidade de audiência que o Brasil deu para as notícias relacionadas a passagem por Plutão (impressionante ver esses números de que temos muitas pessoas no nosso país com esse interesse em ciência e exploração espacial…) e com a seu desafio que tenho certeza de que mexeu não só comigo mas com os visitantes siderais tupiniquins que acompanham este espaço.
Seria um salto enorme para o nosso país e mostraria ao mundo o tamanho de nossa ambição em busca de mais conhecimento nas “novas navegações realizadas pela nossa espécie” com a ajuda das máquinas “sondas e etc…”
Agora me deparo com esta outra descoberta sobre mais um exoplaneta planeta na zona “habitável”, e aí me questionei ficando com uma dúvida que só poderia perguntar mesmo a você 🙂
Acho sim que é um grande salto que estamos dando “esse ano principalmente com revelações de sondas e d+ objetos que lançamos ao espaço há anos…” mais essa descoberta de um novo exoplaneta e desvendar possíveis processos que o tempo também mostrará e castigará o nosso “planeta atual”, me fez pensar em duas questões:
1ª já descobrimos hoje então um candidato a ser “primo” do nosso planeta Terra, mas ele possui um Sol bem mais velho que o nosso, certo? Nisso me fez pensar… Já descobrimos algum exoplaneta similar ao nosso e que tenha um sol mais jovem que o nosso?
Pois se intenção da humanidade for de um dia “partir” em busca da preservação da espécie e exploração espacial… o certo seria viajar para um planeta “habitável” mais “novo” para que se tenha mais tempo de “recursos naturais” e de vida neste novo planeta.
2º Quando olhamos para estas estrelas distantes, estamos visualizando o passado delas, certo? Então é capaz de ela nem existir mais “atualmente”? (ou existe até teoria de visualização de um “espelho do universo” de nós mesmos ou virtual… mas para mim essa teoria é muito doida ainda para se absorver…) Mas corre o risco de se fosse lançada uma “missão não tripulada com a mais alta tecnologia e velocidade disponível atualmente, de chegarmos lá depois de mais de 1.000 anos e não ver mais nada desse exoplaneta “extinto”…
Bom… no mais, continuo sendo um visitante praticamente diário deste nosso espaço “sideral” na internet. Mais uma vez parabéns pelas matérias e assistindo com a minha esposa a sua entrevista no Jô, ficamos ainda mais fãs de discussões siderais em casa… 🙂
E estou dentro e topo ajudar nesse desafio lunar Brasileiro!
Saudações…
Guilherme, obrigado por suas palavras.
Sobre planetas em estrelas mais jovens que o Sol, decerto já achamos alguns — já observamos até formação de planetas recém-nascidos. Não sei se similares à Terra (não me lembro de nenhum de cabeça), e é importante dizer que não são todos que têm suas estrelas “datadas” com alguma precisão. (Na verdade, estimar a idade das estrelas é um troço bem complicado e sujeito a muita discussão, mas isso seria um outro post.) Mas também é importante lembrar que não estamos procurando planetas, ao menos nesse momento, que se sujeitem a futura colonização. O foco da pesquisa é buscar planetas que possam conter vida nativa, e para isso você vai preferir estrelas mais velhas a estrelas mais novas. (Um trabalho brasileiro, inclusive, foi o responsável por identificar a gêmea solar mais antiga já vista, com quase 10 bilhões de anos.)
Sobre a questão da distância, sim, estamos vendo as voltas que esse planeta aí (Kepler-452b) deu em torno de sua estrela 1.400 anos atrás. Mas, para planetas, isso é um nada. Não há risco de que ele tenha se desintegrado nesse meio tempo. A Terra está aqui há 4,5 bilhões de anos e não vai a lugar nenhum nos próximos 4,5 bilhões. A vida pode se extinguir nesse período, mas não em mil anos. Do ponto de vista dos grandes processos do Universo, mil anos é um piscar de olhos.
Abraço!
Oi Salvador, obrigado pela resposta!!!
Então o foco principal dessas missões é de responder uma das maiores questões da humanidade “se estamos sozinhos no Universo”… e na minha opinião é praticamente impossível não existir vida em outros planetas, luas e objetos celestes até mais perto de nosso sistema solar “ou até mesmo dentro do nosso próprio quintal do sistema solar”… seria um desperdício enorme de espaço, belezas naturais, artificiais, celestiais vazias “sem vida”… ou talvez a missão “celestial” da humanidade seja a de se expandir e colonizar outros planetas e desbravar o espaço “vazio” o que não consigo acreditar que não tenha vida lá fora e aqui perto!
Estou na torcida para que seja descoberto em pouco tempo revelações do que seriam até sobre as luzes misteriosas de Ceres “sendo sal, gelo ou qualquer outra coisa” e talvez quem sabe possa ser revelado em algum dia “artefatos” de outra civilização de outra espécie… até de microrganismos “vivos ou mortos”, acho que ainda devem surgir mais dados reveladores de Plutão e suas luas.
Muito interessante então essa diferença de “tempo” de 1.000 anos para o planeta e 1.000 anos para o universo… Show!!!
Saudações,
Guilherme…dica -> http://www.astroaprendizagem.on.br/daed/index.php
Muito bom e interessante ler sobre esse assunto. Parabéns pela matéria!
Valeu!
Salvador com o inicio da atividades dos novos telescópios acredito em descobertas estarrecedoras. Você acredita que exista um planeta semelhante a terra orbitando mais proximo da gente? E mais como a ciência esta trabalhando a possibilidade de viajar numa velocidade maior que a da luz? 1400 anos-luz é muito tempo, precisamos pegar um atalho ou acelerar ainda mais pra conseguir chegar de uma vez nestes tais mundos habitaveis. A limitação que temos em frente ao espaço tempo impossibilita a tao aguardada chegada de humanos nestes mundos similares ao nosso.
Como disse em outro comentário, o Kepler quer só formar estatísticas mais robustas, não procurar os exoplanetas mais próximos. Certamente há planetas rochosos do tipo Terra mais perto. O mais próximo é um candidato em torno de Tau Ceti, a meros 12 anos-luz. Mas ainda carece de confirmação. Abraço!
na verdade na seria necessário violar a relatividade (atingir velocidades supralumiais) para chegar até lá. pelo menos para os aventureiros dentro da suposta nave a viagem poderia duram bem menos que 1400 anos se eles forem acelerados para bem perto da velocidade da luz. quanto mais conseguirem se aproximar dela, mair “curta” será a viagem para eles, pois o tempo no interior da nave estará dilatado em relação ao tempo fora da nave.
o grande problema é exatamente conseguir acelerar até próximo da velocidade da luz. e mesmo esta aceleração teria limites práticos: não seria muito agradável para os astronautas passarem meses ou anos submetidos a uma “gravidade artificial” muito superior à que eles estão acostumados na terra. desta forma a aceleração da nave, caso ela esteja transportando humanos em seu interior, não poderia ser muito superior a 10 m/s^2 por limitações p´raticas… 🙁 isto limita bastante o quâo rápido podemos tentar nos aproximar da velocidade da luz, e assim tentar “encurtar” a viagem…
David, se não houvesse problemas com o custo energético cada vez maior de seguir acelerando, daria para atingir velocidades próximas à da luz em 1 ano, submetendo os astronautas a confortável 1 G de aceleração — seria como gerar gravidade artificial na nave.
obrigado! acabei de chegar a esta conclusão, e postei agora a pouco! 🙂
Olá Salvador, ouvi falar sobre motores quânticos que aparentemente realmente funcionam e retirar sua energia do “Vácuo espacial”, denominados EmDrive e QDrive, você já ouvir falar sobre isso?
Se sim, poderia comentar sobre isso? Quem sabe um dia poderia até rolar uma matéria sobre isso, não? Afinal você falando que em apenas 1 ano poderíamos chegar a velocidade da luz, me causa uma certeza que realmente esse tema de “motores espaciais é realmente interessante”…
Já ouvi e escrevi algo a respeito. Mas é muito cedo para tirar conclusões.
http://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/2014/08/04/um-caminho-para-as-estrelas/
Quem era o entendido nisso era o Zor-el.
fiz umas contas rápidas aqui e fiquei feliz em ver que, em teoria, acelerando a 10m/s^2 podemos chegar à velocidade da luz em menos de um ano:
t = v_luz/a = 300.000.000[m/s]/10[m/s^2] = 30.000.000 s = 500.000 min = 8333 horas = 347 dias.
Óbvio que não estou considerando aqui que quanto mais próximo da velocidade da luz, mais difícil fica acelerar a nave. Mas as perspectivas são boas, hehe!! 😀
Em relação com o cosmos, espaço e tempo, nós seres humanos terrestres não somos nada, senão meros destruidores deste único planeta, nossa única casa
Verdade, todos temos que morrer. Podemos começar com você, que tal?
Eu™= Jack
Sim, meu nome é Eufrânio Jackson. O prazer é todo seu.
Já passou da hora de investirmos no combate ao aquecimento global… Se não o fizermos, as chances de nos propagarmos pelo espaço vão diminuir, visto que os problemas aqui vão aumentar e reduzir recursos para isso…
Aquicimento global??????ainda acreditam nisso?????
Não. 2014 foi ano recorde de temperatura desde o início das medições em 1800 e bolinha, sete dos 10 anos mais quentes da história foram registrados na última década, mas, não, ninguém acredita nisso. Os termômetros mentem. Quem fala a verdade? A indústria do petróleo. Petrobras, por exemplo. Baita credibilidade. 😉
Nunca vi nenhum artigo da Petrobras e nem de nenhuma outra empresa de petróleo combatendo aquecimento global.
Pra que a Petrobras iria gastar seu dinheiro com isso ?
Ninguém está deixando e nem deixará de comprar gasolina por causa disso.
Seria jogar dinheiro no lixo.
Os defensores do aquecimento global no Brasil, são os mesmos que combateram ferrenhamente a construção da hidrelétrica de Belo Monte, e continuam combatendo as futuras hidrelétricas na bacia amazônica.
Com isso continuaremos queimando o dispendioso gás natural em nossas caríssimas termoelétricas.
Vai entender o que realmente querem esses pseudoambientalistas…
Eles querem energia realmente limpa. Hidrelétricas têm um preço embutido, porque o alagamento da região emite um monte de metano. Nas que já estão construídas, o problema não é tão grande — podem ser consideradas “limpas”. Já as que ainda estão por construir, são pequenas catástrofes ambientais. Não tenho opinião formada sobre Belo Monte — não estudei a fundo –, mas para mim que temos opções melhores, como energia eólica e solar. Falta investimento. Termelétrica é o fim da picada. Nunca vi ambientalista nenhum defendendo termelétrica.
Salvador, você é da ciência. Você tem demonstrado aqui nesse espaço, possuir uma inteligência e raciocínio lógico bem superiores à média. Vamos exercitá-los sobre esses fracos argumentos ecoambientalistas que são usados no combate às hidrelétricas:
Emissão de metano por matéria em decomposição:
. Implantação > Decomposição anaeróbica das matas inundadas na formação do lago. Isso aconteceu na construção de Balbina, e serviu de aprendizado. Hoje, a matéria orgânica é retirada antes da formação do lago. Não serve mais como argumento para as novas hidrelétricas.
. Operação > Todo ano o nível do lago formado irá subir durante as cheias, inundando áreas com vegetação que irá se decompor até o nível baixar novamente. Isso acontece todos os anos em todas as margens de todos os rios do mundo, principalmente no pantanal.
Devemos canalizar todos os rios do mundo e cimentar o pantanal inteiro para evitar a emissão de metano ?
Qual seria a proporção de um lago de hidrelétrica e o pantanal ?
O que significa na prática a emissão de um laguinho de hidrelétrica perto do pantanal ?
Você se diz favorável às fontes “realmente limpas”. Mas ninguém mostra um estudo comparativo sério que inclua todas as fases de todas as formas de produção de energia, para uma avaliação honesta. Citam eólicas e solares como fontes 100% limpas. Não são. Na fase de manutenção e operação, a eólica e solar são mais poluentes que a hidrelétrica.
Na real, não existe fonte limpa de energia. Todas elas têm seus prós e contras. O fato do grupo ambientalista ter ficado contra as hidrelétricas mostra muito bem o grau de comprometimento político versus a análise honesta de impactos ambientais.
Nossa atual situação de seca provocada por falta de chuvas no sudeste, ilustra bem um outro efeito colateral benéfico dos lagos das hidrelétricas, que é regularizar a vazão dos rios. Isso não tem preço, do ponto de vista do consumo humano de água e da preservação da fauna hídrica.
Salvador, na questão do aquecimento global, você faz questão de fincar posição ao lado da posição governamental amparada por um grupo científico composto para essa finalidade. Mas no caso da energia elétrica, você vai na contramão, fincando posição junto à minoria.
Por que ?
Se vamos criticar a construção de hidrelétricas com altíssimo rigor, contabilizando até os palitos de dentes, que usemos o mesmo rigor na análise das fontes que são propostas como “realmente limpas” e comparemos.
Sem usar o mesmo rigor comparativo, somos apenas massa de manobra de grupos com interesses escusos de todos os lados.
O lado puramente científico do assunto aponta as hidrelétricas como a melhor opção do ponto de vista de custo e impacto ambiental.
Qualquer mudança nesse sentido só deve ser feita sob o escrutínio exclusivo da ciência, se isso fosse possível.
Anibal, que eu saiba, os principais argumentos contra hidrelétricas não são ligados à mudança climática, mas sim à perturbação do ecossistema local. O lance do metano por decomposição de matéria orgânica é importante, mas não é o principal argumento. E não entendo como a manutenção de energia solar e eólica possa ser mais poluente que hidrelétrica (ainda mais se levarmos o metano em consideração como poluente).
Parei de ler no “Aquicimento”. Se vai criticar, ao menos SAIBA do que está falando.
Try again.
Caro Sr. Eu, outro dia uma pessoa que eu até considerava amiga em determinado post, no qual discutíamos trivialidades fez esse mesmo tipo de colocação “eu parei de ler no…”
De certa forma, isso soou tão indelicado que simplesmente parei de discutir e mais, não pude deixar de me ressentir com ela.
É como se um criança tampasse os ouvidos e repetisse incessantemente “Lá-lá-lá-lá… não quero ouvir mais”.
Se você algum argumento contrário, que então exponha os seus pensamentos.
Não vale a pena, ele nem vai voltar pra ler. É jogar pérola aos porcos.
Eufrânio, nunca errou na datilografia? Ou na “digitalização (rárárá!)” ?
Já. Porém, além do “Aquicimento”, temos
“?ainda”
Tudo junto, sem espaço entre a última interrogação e a próxima palavra, sem capitalização do “ainda” e SEM APRESENTAR UM ARGUMENTO SEQUER. Apenas provocação vazia.
Sem falar que, como previsto, o cidadão nem retornou ao blog para ler as réplicas. Ou seja, só postou pra causar.
Não adianta Victor. Esse “Eu” é apenas um idiota, um asno que se diverte sendo mal educado com todos. Não tem opinião sobre nada. E quando opina, é só bobagem.
Falou o cara que não gosta de ciência mas entra em blog de ciência só pra criticar.
Tsc, tsc.
Mude seu nome pra “Zé Não”
Zé Não Gosta de ciência
Zé Não Sabe de nada
Zé Não Cansa de tomar tapa do Salvador.
AUHUHAUHA
Eu sempre vejo ele opinando. De você tirou isso?
Victor, Ele não expõem nem o próprio nome, que mais?
Meu nome é Eu.
Prazer.
Só que não.
Burlesco.
Trabalho em construção civil. “Aqui cimento” é onde mando o caminhão da Votorantim descarregar.
Incrível, mas comentei acima citando o aquecimento global sem ter lido antes esse comentário…
Infelizmente, amigo, o aquecimento global é um fato científico confirmado. A divergência está apenas na causa: a maioria dos cientistas do clima consideram que a causa é humana, uns poucos, incluindo os financiados pela indústria do petróleo, consideram o problema “natural”.
Radoico, seu comentário só mostra o quão limitados são os argumentos dos seguidores da seita aquecimentista.
Primeiro, nunca recebi 1 centavo da indústria do petróleo, segundo, não está se questionando “aquecimento global” mas “aquecimento global causado pelo homem”. É bem diferente. E sinto-lhe informar que, a despeito do tal “consenso” entre os “cientistas”, nós estamos muito, muitíssimo longe de alterar o clima da Terra. A ação humana é limitada, como as ilhas de calor nas cidades. O efeito do homem é local, jamais global.
André, o consenso entre os cientistas é de que o aquecimento global é antropogênico (consenso significa que 97% a 98% dos cientistas concordam). Mas bom saber que pelo menos você não questiona a mudança climática, só questiona o papel humano nela. Menos mal. Bem, se a responsabilidade não for nossa, vamos nos ferrar de qualquer jeito. Mas, se for nossa (como pensam 98% dos cientistas), podemos evitar o pior. E tudo que precisamos para isso é usar mais energia solar, eólica e hidrelétrica. Imagine uma cidade cheia de carros elétricos. Sem poluição. Por que lutamos contra esse futuro? Ainda que não houvesse mudança climática antropogênica, por que preferiríamos viver em cidades cheias de monóxido de carbono na atmosfera? Eu fico me perguntando por que alguém ainda defende que não precisamos mudar nossos hábitos energéticos — com ou sem mudança climática.
Salvador, pra que serve um consenso na ciência ?
Já tivemos muitos consensos ao longo da história, e o que aprendemos com eles ?
Que não podemos confiar neles.
Os consensos não substituem o método científico.
Procure ler de forma crítica, e na fonte, o artigo que fala sobre esses 97% de consenso.
Você vai se surpreender.
No próprio artigo, vai ver que são 97% de 36%.
Ainda assim, usando o “in dubio pro reu” a favor dos aquecimentistas.
É lamentável que se propague uma coisa que é apenas uma hipótese, como fato científico inconteste.
E quem não acredita, é acusado de preferir aspirar monóxido de carbono ?
Você conhece muito de ciência para fazer um ataque gratuito desse não é mesmo ?
Anibal, consensos não são garantia de sucesso, claro. Já houve muitos casos em que a minoria estava com a razão, e a maioria estava errada. Eu mesmo já apontei aqui nesse espaço as incertezas sobre a mudança climática, embora até agora só tenha visto os negacionistas negarem, mas não explicam o aumento paulatino de temperatura no último século, avançando lado a lado com as emissões antropogênicas de gases-estufa. Para mim é óbvio que algo está acontecendo e que só o risco de que sejamos nós — ainda que sem provas contundentes — já é motivo suficiente para mudarmos nossa matriz energética. Até, porque, cedo ou tarde teremos de fazer isso — combustíveis fósseis não são renováveis, num futuro não muito distante iriam se esgotar de todo modo. E isso sim é razão para suspeita: por que algumas pessoas lutam contra uma transformação que, além de fazer bem ao ambiente em que vivemos (veja quanto a poluição dos carros movidos a gasolina nos custa anualmente, mesmo sem levar em conta a mudança climática), é inevitável no futuro, diante da iminente escassez do petróleo?
André, a resposta do Salvador foi perfeita, só escrevo aqui para lhe dizer que NÃO o acusei de nada, só disse que “a maioria” dos cientistas que acham que o aquecimento global não é de causa humana está ligada a interesses petrolíferos.
Claro, há divergências sinceras, mas é melhor mudar nossa matriz energética antes que o processo se torne irreversível, caso esses poucos cientistas estejam errados…
Salvador, agradeço a sua paciência e dedicação em nos informar sobre assuntos científicos relevantes, especialmente no campo da astronomia. Temos pouca literatura em português. Uma pena…
Tenho uma dúvida: muito se fala sobre zona habitável, mas pouco se fala sobre o campo magnético de exoplanetas rochosos, maiores do que a Terra.
A vida, como a conhecemos, depende desse escudo protetor para que seja possível a manutenção da atmosfera. Vide Marte que já possuiu água líquida, mas que hoje é um deserto em decorrência da quase ausência de campo magnético.
Existe alguma simulação ou algum estudo sério a respeito de como seria o funcionamento do campo magnético de exoplanetas maiores do que a Terra, como é o caso do Kepler 452-b?
Abraços!
Campo magnético depende de atividade interna, e planetas maiores tendem a reter o calor de formação por mais tempo, então tendem a ter campo magnético. Por isso Marte já teve campo magnético, mas não tem mais, e a Terra, que é maior, ainda tem. Kepler-452b deve ter também, se entendemos como funcionam os planetas. Mas esse é um grande “se” ainda. 😉
Obrigado Salvador, gentil e objetivo como sempre.
Boa tarde Salvador!!! Como sempre uma matéria fascinante. Uma coisa que não intendi. O Kepler 152-b é o planeta mais parecido com a Terra descoberto ate agora. Mas porque o Kepler 186-f é o mais fascinante? Somente pelo seu tamanho? Ou ele também esta na zona e na janela habitável como conceituou nosso colega Anselmo hehe. Outra duvida. Esse novo telescópio TESS vai ser capaz de analisar a composição desses planetas e de suas atmosferas? Mais uma vez parabéns pelo trabalho!!
Eu acho meio perigoso falar no Kepler-452b como o mais parecido com a Terra já descoberto até agora, como a matéria do UOL está fazendo, e como a própria Nasa divulgou. Isso porque ele está na divisa entre as superterras e os mininetunos. Não há como ter certeza, no momento, de que ele é rochoso. Já o Kepler-186f é quase com certeza rochoso (ninguém consegue nem imaginar como ele seria alguma outra coisa com 1,1 diâmetro terrestre).
Imagine que, para achar um gêmeo da Terra, pelos padrões de pesquisa atuais, você precise preencher cinco requisitos: estrela igual, órbita igual, tamanho igual, massa igual (é tudo que podemos medir no momento).
Kepler-186f tem estrela diferente e órbita diferente, mas que tornam o nível de radiação incidente mais ou menos igual (está na zona habitável, portanto), tamanho igual e massa desconhecida (mas provavelmente igual, fazendo dele rochoso).
Kepler-452b tem estrela igual e órbita igual, tamanho diferente e massa desconhecida (a ponto de poder nem ser rochoso).
Qual deles você prefere?
Sim…acho que misturei a matéria da Folha com o seu post em meu cérebro haha…..achei estranho essa afirmação tendo em vista que o 186-b tem diâmetro quase igual a nossa Terra. E quanto ao TESS. Ele vai ser capaz de analisar a composição desses planetas ou ele e so um detector de novos planetas mais potente?
Só um detector, e nem é mais potente, só tem um foco de estudo diferente.
Para analisar a composição, precisaremos de observações subsequentes com o James Webb ou telescópios em terra.
Salvador, o que vc acha desse curso: https://www.coursera.org/learn/astrobiology/
(A Astrobiologia e a Busca por Vida Extraterrestre)
Vale a pena fazer???
[]’s
Parece ser bem interessante! 🙂
Tim, não sou o Salvador mas posso te responder. Já fiz uns cursos da Coursera e recomendo. Esse de astrobiologia tá na fila, pode ir sem medo. Só fique ligado que tem MUITO material pra ver, especialmente vídeos!
Fiz alguns cursos no Cousera e recomendo! Inclusive fiz um que tem muito a ver com o tema desta matéria: “Imagining Other Earths” e foi ótimo!!!
Todos têm ótimo material, professores de alta categoria e espaço para discussão com outros alunos do mundo todo. Vale a pena!
Acredito em estudos e ciência, gosto de alguns comentários e reportagens, mas tem coisas que são colocadas de uma forma concreta que na verdade não passam de suposições, entendimentos pessoais e sem um embasamento solido da ciência, falar de 1 bilhão de anos a 2 bilhões de anos… isso é uma diferença/tolerância quase imperceptível… Digo de forma concreta que um dia a terra parou de girar, isso é fato, comprovado cientificamente e o que mais surpreende é que ela voltou a girar… Eu acredito na ciência e gosto dos estudos e de alguma teorias, mas tem outras que é puro devaneio pra inglês ver e dar manchete…
“um dia a terra parou de girar”
Arrã. Ô. Apresente um paper publicado em periódico indexado e revisado por pares que evidencie esta afirmação.
Duvido.
Prezado senhor Salvador que nos lê, minha afirmação de a terra ter parado um dia de girar e depois retornado é verdadeira ou falsa? Solicito seu parecer, pois entendo o senhor ser um homem bem informado.
O mais completo absurdo. Não tem como a Terra ter parado de girar.
Pelo absurdo: se o universo desaparecesse e só restasse a Terra, poderíamos comprovar que ela gira? Em relação a quê?
Se o Universo desaparecesse, não haveria o Sol. Sem o Sol, não estaríamos aqui para nos perguntarmos se gira ou não gira.
Complementando a resposta do Salvador, se isso houvesse acontecido, as consequências na superfície terrestre seriam terríveis. Haveria terremotos em graus inimagináveis, maremotos gigantescos, pois os líquidos continuariam a se mover, varrendo a superfície da Terra, furacões em todo o planeta, pois a atmosfera não pararia…
E se parasse, o que faria ela voltar a girar? Já imaginou a força necessária para dar esse impulso?
A lei da inércia em ação.
Eufrásio: Parou, sim. Eu vi o filme, não o do Keanus, mas o original, da época em que o planeta parou meeesmo.
Em tempo:
http://gizmodo.uol.com.br/e-se-a-terra-parasse-de-girar-agora/
Impossível.
E não foi a Terra que parou, foi o Sol:
http://ceticismo.net/religiao/grandes-mentiras-religiosas/nasa-josue-e-o-sol-que-parou/
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
que absurdo, Wilmar! como todos devem saber, a terra não pode parar de girar porque ela nunca girou, está parada bem no centro do universo.
você deve é estar se referindo ao estranho evento no qual o sol temporariamente parou de girar ao redor da terra, não é?
kkkkkkkkkkk! 😀
Sem falar que se ela é plana, não tem como girar! A não ser que gire como um LP, lembra deles?
KKK
David Machado, não acredito que o Sol gire ao redor da Terra, por favor não subestime meus conhecimentos uma vez que sabemos que tudo o que envolve o conhecimento da humanidade sobre o Universo são como um grão de areia, e os poucos que conhecem alguma coisa pensam que os outros não sabem nada… Passou uma nave próxima a Plutão e já mudou muitos conceitos, ou aparelho pequeno pousou num cometa num feito histórico para nossas limitações e quanta coisa mudamos nossa ciência, pense em algo como “o futuro longínquo da Terra, daqui a 1 bilhão ou 2 bilhões de anos”????? ou como “a estrela-mãe lá tem cerca de 6 bilhões de anos — 1,5 bilhão a mais que o Sol”???? ou ainda “O exoplaneta, localizado a 1.400 anos-luz daqui”????? cara tu quer me dizer que a Terra não pode ter parado de girar um dia???? David Machado eu posso ter a teoria que eu quiser, da forma que eu quiser e como eu bem entender, tu da mesma forma e respeito tua teoria, agora me comprove os dados descritos acima que estão no texto de uma forma tipo 2+2 é 4 e ponto. Tu me entendeu?? Teorias, interessantes até que são, mas cara são só teorias…
Só uma coisa, não confunda teoria popular com teoria científica. Ok?
Puts! Vc ainda tá achando mesmo que a Terra parou de girar e voltou sozinha? Nessas horas dá pra entender a revolta do EU(TM)!!! Kkkkkkkkkkk
quem sabe possa existir um planeta mais humano em que não haja guerra ,ambição e que todos sejam iguais e respeitem o meio ambiente.
Existe já, se chama “Terra dos Sonhos”. É só dormir que você vai pra lá, pode ser do jeito que desejar!
Lá vem gente falando besteira.
Onde houver animais, haverá matanças.
Um animal só sobrevive se consumir matéria orgânica, seja ela de origem vegetal ou animal. Somente plantas podem se sustentar a partir de minerais.
A partir daí, percebe-se que nunca haverá paz, nem nunca houve. Sempre um predador atacará o seu sustento. No caso da humanidade, esta é predadora não só de outros seres vivos mas, também, de outros seres humanos.
Isso significa que tem que ser assim e pronto? Não, significa que a sociedade tem que criar mecanismos eficientes de defesa e de desencorajamento da violência desnecessária. É nisso que estamos errando…
Há um documentário, sei lá onde, que mostra, em câmara muito lenta, a luta pela luz do Sol entre duas samambaias. Uma “bate” na outra, que revida, se sobrepõe, a outra contra-ataca e por aí vai. Elas também são violentas e ambiciosas.
Olá, Salvador, sempre leio seus artigos pois, apesar de não ser da área, acho fascinante as questões relacionadas ao universo. Este seu artigo sugere que pode ter havido vida no Kepler-b452. Minha pergunta pra você é: Você acredita que há vida inteligente fora da Terra? E outra: Caso existam seres extraterrestres, eles sabem que existe vida “inteligente” na Terra? Grande Abraço
Acredito que exista vida inteligente fora da Terra, mas não sei se perto o suficiente para que possamos descobri-los. Se houver extraterrestres inteligentes nos arredores, eles provavelmente sabem que estamos aqui. Podem ter detectado desde poluição atmosférica no nosso planeta até as luzes das nossas cidades no lado noturno, caso tenham tecnologia apenas um pouquinho superior à nossa e estejam num raio suficientemente próximo (lembrando que a 500 anos-luz eles estariam vendo a Terra como era há 500 anos, e aí não tinha nem poluição, nem luzes das cidades; agora, se eles estiverem a 50 anos-luz, podem ver tudo isso já).
Salvador, aproveitando o gancho, em que distância estaria o local mais próximo da terra que poderia abrigar vida inteligente?
Há planetas candidatos potencialmente habitáveis na Estrela de Kapteyn e em Tau Ceti, ambos a cerca de 12 anos-luz de distância. Mas ainda temos um conhecimento muito incompleto dos sistemas mais próximos. Alfa Centauri A e B, a apenas 4,3 anos-luz, são potenciais abrigos para planetas rochosos na zona habitável. Por dificuldades técnicas, ainda não conseguimos sondar esse sistema adequadamente (há apenas um planeta candidato, em Alfa Cen B, que seria do tamanho da Terra, mas numa órbita muito curta).
Um grande exemplo de como a zona habitável pode não ser tão habitável está aqui no nosso sistema solar, Vênus, se fosse visto “de longe” provavelmente seria considerado o planeta com maiores chances de habitar vida e nós sabemos que não é assim, mas isso, em momento algum, inválida a busca pela zona.
Verdade! Isso mostra o quanto a busca de mundos na zona habitável é só o começo. Depois vamos ter de estudá-los para valer, para confirmar a habitabilidade e aí, então, quem sabe, vida. 🙂
“Zona habitável”?? Só existe uma zona habitável no nosso sistema solar e, estamos nela! Não existe vida, em uma outra matéria que não tenha um sol e um planeta na exata distância onde a terra se encontra do Sol.
Não é verdade. Esperamos encontrar vida em Europa, lua de Júpiter, que está bem fora da zona habitável. 😉
Caro Salvador, tenho lido recentemente que em Setembro nossa campo magnético pode ter alguma alteração na frequência e consequentemente inversão na polaridade mudando drasticamente o cenário para os seres vivos. Foi um documento escrito pelo Dr. Simon Atkins. Sei que esse tipo de coisa é praticamente impossível de se datar ainda mais prevendo-se terremotos no Irã e California mas o assunto realmente é fascinante. Como sou leigo no assunto, se possível, gostaria muito de sua opinião. Abraços.
Não há nada esperado pela ciência para setembro. Mas a boataria corre solta. Abraço!
Aqui na minha cidade ta cheio de nave de outros planetas, ET então no calçadão tem de monte
Que monte de besteira…acorda pessoal
Desculpaê, pessoal. Vou apagar o post.
Obrigado, Kaká, por me avisar.
😛
Tire a venda, Kaká. E feche a bíblia.
Não pode ficar com os dois abertos? Os olhos e a bíblia?
Pode, mas aí vai falar mais besteiras do que tá falando agora.
EU™ Como você sabe?
Vide “Apolinário Messias” e seus derivados.
Poucas pessoas estão preparadas para o comentário do Antônio.
Eu, por exemplo, estava completamente despreparado. 😛
Poucas pessoas já estão bêbadas a essa hora do dia. Por isso não estávamos preparados.
Que lombra 🙂
Você se refere aos comentários, né? Porque o post está muito bem embasado em conhecimento científico.
Vcs estão loucos, ET só existe na televisão…acorda cara!
Isso não sabemos. E “não sabemos” é uma resposta mais bonita que sim ou não, porque nos motiva a estudar a questão. 😉
Prove.
SUPOSIÇÃO!!
A CIÊNCIA NOS ÚLTIMOS DECÊNIOS É UMA “DEUSA”!
UM MILHÃO, UM BILHÃO… DE ANOS… SABEM TUDO E COMO VAI SER!
SÓ ME RESTA PARABENIZAR!
Isso se chama ESTUDO. Algo que você passou longe.
Bicho, estou lendo os comentarios de la de cima.. e embora voce me pareca esclarecido no sentido do que a ciencia passa/re[resenta a atitude de criticar outros desta forma destrutiva nao colabora nem um pouco no sentido de educar outros que ainda nao tem tal conhecimento ou clareza, por fatos que desconhecemos, portanto sem julgamento.
Vamos ajudar a massa e distribuir conhecimento. Nao intimida-los de forma que criem raiva e aversao a estes fatos.
Abraco
Ok, anotado.
Agora morra também.
Obrigado.
Se ninguém zoasse as pérolas, não teria graça!
Concordo, mas até eu acho que o Eu(TM) está exagerando… prefiro os comentários construtivos dele, que trazem muitas coisas boas para serem aprendidas.
Concordo, porém, que alguns nos tiram do sério… especialmente quando insistem em desqualificar sem base alguma o que se discute aqui. Gente que vem só para agredir merece resposta no mesmo tom, gente que vem com conceitos errados pode aprender.
Radoico, eu só sacaneio “di cum força” quando os posts vão pro UOL e aqui lota de acéfalos que chegam chegando querendo se impor no berro, e que sei que nunca mais vão voltar pra ler nada.
Se o cara chega com dúvida pertinente, ou mesmo com outro pensamento, porém de maneira a querer iniciar um debate – e não apenas vomitar asneiras se achando no direito de postar um comentário SÓ porque o blog oferece uma área de comentários – eu respondo de boa.
Infelizmente quando vai pro UOL, aqui vira um torneio de pombos enxadristas. E eu respondo à altura.
Mas… espera aí,
Este blog é do Salvador, você é sócio dele, ou você se APROPRIOU do Blog ditando as regras.
Abra um para você e “urre” o quanto quiser, garanto que nunca irei lá.
Não precisa retrucar, sei muito bem que não serei bem vindo.
Ok, anotado. Agora entre na fila e morra com os demais.
O Salvador já respondeu “Não sabemos” muitas vezes. o Eu™ discorda.
Este blog é do Salvador, você é sócio dele, ou você se APROPRIOU do Blog ditando as regras.
Essas são as MINHAS regras, a partir do momento que você comenta num blog, está se sujeitando às réplicas de terceiros. Não gostou, crie um blog seu e modere os comentários, liberando apenas os que você acha bonitinhos e que concordem com seu pensamento medíocre.
Tolerância ZERO, isso mesmo EU, continue assim, kkkk
Saver, algo de interessante que talvez já tenha sido abordado em outros estudos mas fica evidenciado agora é o conceito , além da já famosa “zona habitável”, da “janela temporal habitável”, ou seja, o momento em que o planeta recebe a radiação ideal de sua estrela-mãe para manutenção da temperatura de superfície. Enfim, mais peças do quebra-cabeças vital estão sendo encontradas. Com sorte, ainda temos mais 1 bilhão de anos para completá-lo.
Amplexos!
Adorei a formulação “janela temporal habitável”. 🙂
Abraço!
Na realidade não existe nada. É tudo fruto da imaginação. O Universo é como um grande espelho que produz reflexos e imagens.
A hipérbole prosopopeica faz-se mister enquanto litúrgica: antes oprobriosa do que fustigante.
Eu™ Que belo parolar!!!
Salvador, então por esta comparação entre o 452b e a Terra só temos uma certeza, a humanidade mais cedo ou mais tarde será extinta, ela não se perpetuará. Houve vida em outros mundos, há vidas em outros e haverá vida em outros mundos, sempre nascendo e morrendo assim como a nossa ligeira passagem pela face da Terra. Assim como nascemos e morremos, mundos nascem e morrem. É isso? Abraços. =)
Um dia, com certeza, a humanidade estará extinta. No limite, quando o Universo atingir equilíbrio termodinâmico. Mas o fim da vida na Terra não precisa significar o fim da vida da Terra. Como dizia Tsiolkovsky, “a Terra é o berço da humanidade, mas não se pode viver no berço para sempre”.
Agora é fato que mundos nascem e morrem, como você diz.
Abraço!
salvador,
Seria errado imaginar que daqui a 1 bilhao de anos com a intensidade do sol, marte seja propicio a vida?
Talvez Marte se torne mais propício para a vida no futuro, é bem possível. Mas põe futuro nisso. 😉
Estamos falando em vida de uma forma diferente da nossa? A nossa não existiria em um planeta sem atmosfera ou rarefeita como a de Marte. Na minha opinião, acho que o tempo de Marte como planeta habitável já foi e existem teorias que dizem que a origem vida na Terra provêm de lá. Na minha opinião, a Terra estará como Marte daqui a milhares de anos e, com tanto espaço no universo, surgiremos de novo, (“encarnaremos” para os espiritualistas como eu) em um planeta ainda mais promissor que a Terra. Só espero que estejamos muito mais evoluídos moralmente, já que tecnologicamente já provamos que, mesmos com todas as nossas deficiências éticas e morais, somos capazes de construir o futuro da maneira que quisermos.
Salvador, 3 perguntas:
Nao rola olhar para umas estrelas um pouco mais proximas? Por que tem que ir pra mil anos-luz ?
Estrelas mais brilhantes sao necessariamente mais quentes?
Nenhuma novidade em plutao???
Abs
Rony, vamos como Jack, por partes.
O Kepler queria montar uma estatística. Queria saber qual é a frequência de mundos similares à Terra na zona habitável das estrelas. Por isso, precisava de números. Então, eles decidiram apontar o satélite para uma região do espaço com bastante estrelas, e monitorar 150 mil delas de uma vez. Eles não escolheram estrelas individualmente, nem se pautaram pela distância (embora, claro, astros muuuito distantes naturalmente caíssem fora da amostra). Por isso a faixa de distâncias é tão variada e grande. Eles basicamente não se preocuparam com ela. Agora que o Kepler fez seu trabalho e sabemos que tem planeta praticamente em todo lugar, a Nasa vai lançar, em 2017, um outro caçador: o TESS. Esse sim vai olhar as estrelas mais próximas, em todas as partes do céu, na esperança de encontrar planetas que possamos estudar diretamente com a próxima geração de telescópios em terra e no espaço. Então, o caminho está traçado. Vamos chegar onde você quer. Logo. 😉
Estrelas mais brilhantes são mais quentes. E, se são mais brilhantes, emitem mais radiação, o que significa que esquentam mais os planetas ao seu redor.
Pingaram algumas novas fotos de Plutão, mas uma coletiva científica nova vai rolar amanhã, às 15h. Infelizmente não conseguirei ver, pois estarei em Recife para uma palestra na Campus Party. De toda forma, depois vou dar uma olhada no VT para ver se rende algo. O que posso dizer, pelas novas imagens, é que tem filés sim. As regiões mais escuras, vistas de perto, são bem mais velhas e esburacadas.
Legal, vai ficar mais interessante!!
Chato para caras impacientes eh essa escala de tempo, lancamento em 2017 para ter resultados sabe-se la quando.
Em relacao a Plutao, a missao me fez olhar muitas outras coisas e vou te encher de muitas perguntas ainda, mas no ritmo da missao para nao acabar com a sua paciencia.. 🙂 Dica: Oort cloud ta na lista… abs
Tem tanta coisa acontecendo AGORA que eu mal dou conta. E você quer que eles adiantem os lançamentos de 2017? 😛
Pense como foi em 2006, quando a New Horizons foi lançada… Tivemos que aguardar 9 anos para ver as primeiras fotos de Plutão. Não valeu a pena esperar? 🙂
Salva, o Jack era estripador, não esquartejador.
Just sayin’…
😛
Basta separar em partes, meu caro. Não precisa fatiar. 😛
Estripar em quadrantes, talvez?
😀
Pode-se, também, “comer um elefante aos bifes”… 🙂
A Terra passará em breve por uma grande mudança que possibilitará uma limpeza dos mares e da superfície terrestre, e retornará à condição primitiva, para que as futuras gerações possam viver com alegria e bem-estar. O futuro é aqui. Claro que poderemos viajar por todas as galáxias. Existe vida inteligente de outros orbes entre nós nos ajudando nessa transição, inclusive com suas naves em nossos aeroportos, mas por vibrarem em outra frequência não visível aos olhos nem aos instrumentos de radar, os ignoramos. Não estamos sós e a distância que nos separa logo será reduzida pelo conhecimento científico e técnico que já se aproxima da nova terra, com uma nova gente imbuída de respeito e amor solidário. Uma só Terra, uma Só Gente, uma Só Família.
Não consigo imaginar como o aquecimento global (a única grande mudança no nosso futuro imediato em termos planetários) possa limpar os oceanos.
Concordo totalmente com voce. É bom saber que existem pessoas que pensam como eu.
Sandra,
Você concorda com o Antônio ou com o Salvador.
O Eu™ abaixo concorda com o Antônio!
“Concordo”
kkk
É isso aí, Antônio!
Terá um hospital psiquiátrico também … você esta mal hein … kkk
Nossa! quer ser meu guru?
O que é em breve, 50, 100, 1000 anos?
Breve dele é depois que jesus voltar.
Amiguinhos, este não é o blog do Urandir nem do ET Binho.
Que papinho furado esse de “um só bla bla bla”
cara , a sua maconha estava batizada , essa é a conclusão que chego após um comentário desses.
Então…
Vamos ligar nosso detector de nibiruta:
clic
bip bip bip
bip bip bip bip
biiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii
POW
Confirmado Capitão: nibiruta operante talvez vivo.