Astronomia: jornada a Kepler-452b
A Nasa anunciou a descoberta de um planeta similar à Terra a 1.400 anos-luz daqui. Tem como ir até lá?
O ALVO
O planeta Kepler-452b, localizado na constelação de Cisne, tem diâmetro 60% maior que o da Terra, gira em torno de uma estrela praticamente igual ao Sol, está lá há bons 6 bilhões de anos e completa uma volta a cada 385 dias (dos terrestres, claro).
PERDAS…
Como o ano lá é um cadinho mais longo, há quem já veja vantagem. Se aqui na Terra você tem 30 anos, por lá pode dizer que tem só 28. É um truque, evidente. O tempo de vida é o mesmo. Só muda a quantidade de giros em torno da estrela. Lá, como a volta é maior, você dá menos voltas.
…E GANHOS
Em compensação, o preço da falsa juventude vem na balança. Caso o Kepler-452b tenha a mesma densidade que a Terra (ainda não sabemos se é o caso), quem pesa 60 quilos aqui ficaria com 96 lá.
COMO CHEGAR
Usando as tecnologias atuais, melhor nem pensar em fazer as malas. A distância de 1.400 anos-luz equivale, em medidas do dia a dia, a uns 13,3 quatrilhões de km. Mesmo uma nave rápida, como a New Horizons, que passou por Plutão outro dia, levaria 30 milhões de anos na viagem.
DEVAGAR, DEVAGARINHO
Para piorar, a velocidade máxima permitida no Universo — a da luz — é bem mixuruca para vencer distâncias desse porte. E aí não dá nem para por a culpa no Haddad. A luz, viajando a 300 mil km/s, faz a travessia entre a Terra e Kepler-452b em 1.400 anos. Daí o “1.400 anos-luz”, sacou?
DÊ TEMPO AO TEMPO
Viagem com mais de um milênio não rola. Mas calma. Repita comigo: só Einstein salva. A mesma teoria que proíbe viajar mais rápido que a luz faz o tempo andar mais devagar quando você se aproxima do limite. Então, numa nave voando a 99,9% da velocidade da luz, poderíamos chegar a Kepler-452b em “só” 63 anos. Mas nem pense em voltar. Na Terra, 1.401 anos já teriam se passado.
A coluna “Astronomia” é publicada às segundas-feiras, na Folha Ilustrada.
Levando em conta que é bem mais antigo que a Terra, se eles desenvolveram vida inteligente, já teriam detectado (talvez pelos mesmos métodos que usamos) que nosso planeta tem possibilidades de abrigar vida? Teriam as mesmas dúvidas que nós?
Sim, mas seriam incapazes de detectar sinais de atividade inteligente na Terra.
Seu blog é magnífico, Salvador, uma oportunidade que leigos como eu, têm para conhecer do nosso imenso universo. Suas respostas aos leitores bem como as perguntas dos mesmos são muito interessantes. Grande abraço.
Mais um ótimo texto, e com uma grande quantidade de comentários, o que é muito legal. Agora vamos lá: A diferença de idade entre os dois “irmãos”, mais ou menos dois bilhões de anos, já deve ter levado os nossos “irmãos” ou a outros mundos, ou, a quem sabe- seguindo o paradigma terrestre, a auto destruição.
Salvador isso me fez lembrar do filme Interestelar e os buracos de minhoca que dobram o espaço-tempo. Como seria bom uma tecnologia dessas…
Parece tudo impossível, do mesmo modo que para nossos antepassados seria fantástico e inacreditável um celular, por exemplo.
O Ser Humano se supera e um dia acaba chegando lá.
Por enquanto o jeito é olhar o céu e imaginar todo esse extraordinário enigma.
Meu amigo,
Hoje bombou!… Deve ter sido o recorde do ano
Salvador, estou fascinado com seus artigos.
Mas uma coisa que está me deixando maluco é pensar nessa história de “o tempo para na velocidade da luz”. Apesar de fazer sentido na minha cabeça, não consigo pensar como seria na prática.
Por exemplo, a luz, como luz, demoraria 1.400 anos para chegar até Kepler-452b para nós, que estamos na terra. Certo? Nós, na velocidade na luz, isso seria instantaneo, correto? Mas na terra, nossa viagem demoraria 1.400 anos? É como se depois de 1.400 anos na Terra nós chegaríamos em Kepler-452b, só que teríamos a mesma idade? Ou seja, nós sentiríamos esses 1.400 anos passando? Ou pareceria um teletransporte?
Desculpe se não me fiz entender direito.
Isso é fascinante!
Isso. Se pudéssemos viajar à velocidade da luz, chegaríamos lá instantaneamente, mas 1.400 anos teriam se passado na Terra. Como telestransporte.
Salvador, digamos que eu esteja na escuridão do universo viajando na velocidade da luz. Se eu olho pra tras eu não veria nada, veria a escuridão, certo? Afinal, a luz não me alcançaria. Mas se eu olhasse pra frente, veria as coisas acontecendo em velocidade dobrada? Justamente pq estou indo de encontro com a luz na velocidade dela mesma.
Luciano, você não pode viajar à velocidade da luz. E se você estivesse apenas muito perto da velocidade da luz, mas sem atingi-la, o que você veria, nos dois casos, seria a luz chegando a você exatamente na velocidade da luz — para isso o espaço e o tempo se contraíram adequadamente para você, de forma a manter a luz na mesma velocidade. Essa é, em essência, a base da teoria da relatividade.
o “tempo” existe ?
Há controvérsias. rs
tempus fugit
O tempo é relativo ao espaço de acordo com a teoria da relatividade, se o tempo não existir a espaço também não.
ele só existe quando está sendo observado, kkkk 🙂
claro que sim, qualquer outra coisa é filosofia, ele pode ser flexivel, variavel, mas existe
Essa teoria do tempo na velocidade da luz do Einstein está um pouco errada, não tem logica, se a duração de uma viagem na velocidade da luz demorar 63 anos o tempo do local de partida não passará mais rápido ou mais lento de quem está viajando, até onde sei o tempo é igual para todos e tudo, essa teoria é totalmente furada, se isso fosse verdade seria uma viagem ao futuro, e futuro é algo que está para acontecer, essa teoria tem que ser revista.
A teoria está certa. Já foi testada por experimentos. Aliás, GPS só funciona porque levam esses efeitos em conta.
Parabéns, Salvador! Finalmente uma pessoa com os pés na terra! Participei de um debate e nunca vi tanta gente alienada e desinformada, defendendo uma imagem simulada em computador, e a turma achando que o endereço é logo ali na esquina, noticia divulgada por uma agência espacial que não tem dinheiro nem para fazer novos foguetes para levar seus astronautas à Estação Internacional, precisando alugar dos Russos rsrsrsrs.
A Nasa tem um orçamento muito maior que o do programa espacial russo. Tanto que não só está desenvolvendo foguetes para levar astronautas não à estação, mas à Lua e a Marte, como ainda sobra uma grana para pagar as caronas com os russos e bancar um programa comercial para lançamento de carga e tripulações à baixa órbita terrestre. E fazer missões em andamento na Lua, em Marte, Júpiter, Saturno e Plutão, além de investir em satélites e telescópios espaciais como o Kepler, o Hubble e o Spitzer. E bancar o custo americano na Estação Espacial Internacional, claro. Acho que o programa espacial americano, no geral, vai bem, obrigado. Já o russo…
PLAFT kkkkkkk
Kkkkkkkkkkkkkk
Desculpe, mas achei graça da resposta do Salvador, no sentido de que ela vai diretamente na contra-mão do que foi afirmado logo acima. Mas concordo com o seu pensamento, na medida que eu também achava que a Nasa não tinha lá muito dinheiro e que estava dependente dos Russos.
A impressão persistia desde que o congresso americano andou fazendo cortes na área do programa espacial e aposentou os ônibus espaciais.
Então fico feliz que a Nasa esteja desenvolvendo uma tecnologia mais robusta para enviar e trazer homens e cargas ao espaço. Os ônibus espaciais sempre me pareceram frágeis perto das naves russas Soyuz.
Tanto que alguns ônibus lamentavelmente explodiram. No entanto, não me lembro de algum desastre envolvendo os cosmonautas que pegaram carona na várias naves do tipo Soyuz.
Segundo o wikipédia a primeira Soyuz falhou em sua missão ocasionando na morte do cosmonauta Komarov em 23 de abril de 1967. O paraquedas não se abriu e a nave espatifou-se. Porem desde então não houve mais fatalidades.
Teve mais uma. Soyuz 11. Morreram os três a bordo.
Grande Salvador!
Quanto tempo a Enterprise levaria para fazer a viagem em dobra máxima??
Depende da Enterprise. 😉
Falando em Enterprise, que tal os “motores de dobra” que a NASA está pesquisando? Se a luz é a velocidade máxima, vamos dobrar o espaço.
Só um experimento barato e de resultados inconclusivos, no momento.
A USS VOYAGER DEMOROU 7 ANOS COM A AJUDA DE UM CONDUITE BORG, MAS UMA ENTERPRISE DEMORA MENOS, SE FOR A ENTER- E .
A Voyager, se não me engano, atravessou 70 mil anos-luz — 50 vezes a distância até Kepler-452b. 😉
quer ir a kepler-452b??? chama o Goku que ele te leva pelo tele-transporte….em questão de segundos!!!hehe
Q absurdo. A voyager não alcançou nem 1 ano luz ainda. Nem vai.
its next big spaceflight milestone comes with the flyby of another star — in 40,000 years.
the robotic spacecraft is streaking toward an encounter with a star called AC +79 3888, which lies 17.6 light-years from Earth.
As of September 2013, Voyager 1 was at a distance of 18.7 billion kilometers (125.3 AU) from the Sun
one light-year. It’s about 9.5 trillion kilometers
Estava falando da USS Voyager, de Star Trek. 😉
mentira…impossível….70.000 anos viajando na velocidade da luz…impossível…mentira…mentira…mentira…
Não, a Voyager (seja a de Star Trek, que é a do assunto, seja a da Nasa) não viaja à velocidade da luz. Na ficção, a USS Voyager atravessou 70 mil anos-luz em 7 anos. Mas aí é ficção.
Tá de brincadeira? Ando pra lado nisso aí. Universo é comigo mesmo, tô surfando mais que o prateado, pra todo lado, ultimamente tenho ficado em cima de telhados, não sei pra quê?
Acharam um planeta a essa distancia, e não conseguem achar o avião da Malasia.
Acharam. Tá lá em Kepler-452b. Parece que foi abduzido, saquearam os celulares de todos a bordo e abandonaram o avião lá. Não tá sabendo? Foi a Nasa que achou. 😛
Hoje o blog está quase á velocidade da luz…diria 99,99999999%…..
Em comentários, tá mesmo! 🙂
salvador me tire uma duvida? com qual combustivel usaria pra chegar la e que tipo de estrutura da nave aguentaria?
Ah, se eu soubesse, já tinha ido! rs
Ninguém sabe como fazer isso. É só uma jornada hipotética. Na verdade, uma desculpa para falar de relatividade. 😉
O combustivel deveria ser luz!
O jornal (papel), tá chamando alguns aí…
Com a permissão do dono do blog, eu gostaria de mostrar que existe uma pequena imperfeição nos cálculos apresentados.
A seguinte equação é estabelecida pela Teoria da Relatividade Especial:
http://www.daviddarling.info/images/time_dilation.gif
onde:
t = tempo medido por quem está no foguete rumo à Kepler-452b
t’ = tempo medido por quem está na Terra
c = velocidade da luz
Assim, se v for 99,9% da velocidade da luz (ou seja, v=0,999 x c) e se t = 63 anos, teremos t’ igual a aproximadamente 1409 anos.
Lindo, você. Eu arredondei o resultado, que era de 62 e uns quebrados. 😛
Muito estranho um matemático de Oxford não manjar de arredondamento…
…um “arredondamento” porco como esse deve ser esquecido sumáriamente
O de 62 e uns quebrados para 63 ou o de 13,8 bilhões de anos para seis dias?
hehe, tô começando a desconfiar dessa família de matemáticos “expertos”
Não se esqueçam que, a medida que aproximamos da velocidade da luz, a massa da nave e a nossa massa aumentaria de uma maneira que, se estivessemos de fato na velocidade da luz, a massa seria infinita. Portanto, morreríamos bem antes de alcançarmos essa velocidade. Porquê? Simplesmente porque nossos músculos não conseguiriam se mover (não teriam potência suficiente devido ao aumento da massa), ou seja, não conseguiríamos respirar, o coração não conseguiria bombear o sangue muito mais denso, etc…
hahahahaha
o que é uns aninhos a mais ou a menos, frente a impossibilidade?
Se plutão que está “logo ali” somente agora estamos vendo em fotos de alta resolução, estas fotos artísticas do novo planeta são puro chutômetro não é? Na verdade não saberemos tão cedo como realmente é este novo planeta…
Isso. Concepção artística.
A especie 8473 pode habitar por lá
Ouvi dizer que são transdimensionais. 😛
Salvador, Boa tarde….
Fiquei na duvida, se para viajarmos a velocidade da luz demora 63 anos , como é que conseguiram esta imagem do planeta já que a luz foi refletida 1400 anos luz atras, quem foi que captou estas imagens e quanto tempo faz que esta varredura esta ocorrendo no sistema interestelar? Abracos
Daniel, não há imagem. O que o Kepler mede é a redução do brilho da estrela quando o planeta passa na frente dela. E aí, estamos detectando um trânsito que na verdade aconteceu 1.400 anos atrás.
Interestelar, o filme… fica a dia…rs
“Então, numa nave voando a 99,9% da velocidade da luz, poderíamos chegar a Kepler-452b em “só” 63 anos.”
Não entendi essa parte… (2) hehehehe
O tempo passa mais devagar se você anda mais depressa. Então, enquanto se passam 1.400 anos na Terra, na nave teriam passado 63.
Cara… eu indicaria um filme pra entender isso… Interestelar, Do Christopher Nolan…
A teoria de Einstein não é “melhor” é simplesmente uma extensão válida para velocidades próximas à da luz. Além disso, a mecânica Newtoniana continua regendo o princípio de todas as viagens interplanetárias. O fato é que a Relatividade ainda não conseguiu uma aplicação comparável a da Mecânica de Newton.
É. O começo do Universo não é uma boa aplicação da teoria de Einstein. Coisa sem importância. 😛
É uma consequência teórica…
Relatividade não importa…Nem os satélites…ora, para que satélites né??? rsrsrs
Pois é. Quem liga para GPS?
Apolinário, cada um no seu quadrado.
Do jeito q escreva parece q existe uma disputa entre as teorias.
Newton mandou muito bem, Einstein também, e Max Planck também. Cada um entrelaçando e complementando o espaço onde o outro não chegou.
Leia um pouco sobre GPS, vc vai encontrar os três lá trabalhando em conjunto, nenhum é maior ou melhor q o outro.
A teoria de Einstein não é uma extensão da Mecânica Newtoniana. A mecânica Newtoniana é um caso especifico da teoria de Einstein em que devido a velocidades baixas pode-se considerar a massa uma constante, simplificando a equação. Mas isso também depende da aplicação. No caso do GPS, mesmo os satélites estando em velocidade relativamente baixa comparando com a da luz, as leis de newton não funcionam de maneira adequada, pois a exigência de precisão pra essa tecnologia é muito grande. Resumindo, a relatividade é aplicada a tudo, inclusive ao você se levantar da cadeira e ir ate a cozinha pegar um copo de agua, mas por conveniência se despreza esse fato
…então, pelo que você afirmou, a Relatividade é mesmo uma extensão da Mecânica Newtoniana já que a inclui como caso particular…
Acho que tem algo errado, se viajarmos a velocidade da luz levaríamos 1400 anos para chegar lá e se viajássemos a 99,9% da velocidade da Luz levaríamos 63 anos??????? Onde está a mágica deste raciocínio?????
Nivaldo, a luz, viajando à velocidade da luz, leva 1.400 anos para chegar lá contados por quem fica na Terra. Se você fosse luz, a viagem seria instantânea para você.
não entendi sua resposta… Instantâneo ????
Isso. O tempo para à velocidade da luz.
Ola Salvador,
permiita-me uma duvida. Se conforme aproximamo-nos da velocidade da luz, o tempo tende a parar, e assumindo que nao podemos (segundo a teoria fisica) ser igual o mais velozes do qeu a luz, caso viajassemos a 299.999,999 (duzentos e noventa e nove mil, novecentos e noventa e nove quilometros, novecentos e noventa e nove metros) por segundo, para quem viajasse o tempo teria passado somente 735,84 minutos – pouco mais de 12 horas (1400 anos * 0,000001). Isso procede? Se assim for, e assumindoq eu seja possivel chegar a essa velocidade as viajems estelares sao plenamente possiveis.
Teria que fazer a conta (não é tão simples assim), mas sem dúvida seria um tempo absurdamente curto.
É assim Nivaldo, 1400 anos é o tempo que a luz leva para viajar ao sair desse planeta até a terra, olhando aqui da terra você vê a imagem chegando 1400 anos depois, mas se você tive-se “abordo” da luz que saiu desse planeta, e você viaja-se junto dessa luz até nós, ai o tempo de acordo com a teoria da relatividade tende a ir mais de vagar para você que esta vindo abordo da luz, então a viagem toda para você terá durado apenas 63 anos, porem o tempo aqui na terra terra tera continuado na velocidade normal, então se se você tive-se embarcado em uma viagem saindo do Kepler-452b vindo para terra agora em 2015, iria chegar aqui em 3415. mas se sua idade for na saída de 20 anos, ao chegar aqui teria “apenas” 83 anos. Por fim Nivaldo essa é a unica forma possível de realizar uma viagem no tempo, uma viagem que você fica joguem enquanto o tempo “voa”, e essa teria já foi comprovada com diversos experimentos, entre eles com o relógio atômico, recomendo que você leia o “paradoxo dos irmãos gêmeos em aviões”…espero que tenha entendido, apesar do longo texto….
Obrigado pela resposta Salvador, acabei de perceber que meu conhecimento sobre a Teoria da Relatividade é quase ZERO…
Salvador, como funciona essa tal dobra espacial? E como estão as pesquisas relacionados a isso??
A ideia é encolher o espaço e encurtar o caminho a ser percorrido — uma forma de viajar mais rápido que a luz sem viajar mais rápido que a luz. Tem gente tentando demonstrar que o efeito é possível em laboratório. Mas, até agora, nada concreto.
Um dia o homem descobrirá como vencer as distâncias espaciais(vai levar muito tempo). Uma possiblidade são os teorizados “Buracos de minhoca”.
Parto do príncipio de que seres de distantes sistemas solares (ou possivelmente de diferentes dimensões) nos visitam, como eles conseguem chegar até aqui? e voltar?, simplesmente ninguém sabe, mas estou certo que usam um ‘atalho’ que não conhecemos…
Vide: https://pt.wikipedia.org/wiki/Propuls%C3%A3o_Alcubierre
Salvador, a tecnologia da hibernação (não sei se é esse o termo) já é possível? caso seja, esses 63 anos passam rapidinho…
A Nasa está investindo nisso. Mas não temos nada pronto.
Nossa Ciência vai, um dia, conseguir solucionar o grande problema das viagens interplanetárias. Teremos então todo o Universo à nossa disposição para colonizar.
Precisamos de mais uma mente brilhante como a de Isaac Newton, outro grande Cristão e Teólogo, que produziu uma obra científica sem precedentes na história. Praticamente sózinho, desenvolveu toda Física que tornou possível a ciência aeroespacial, mostrando o papel de destaque da Matemática no funcionamento da Natureza. Foi esse gigante da Ciência que afirmou:
“A maravilhosa disposição e harmonia do universo só pode ter tido origem segundo o plano de um Ser que tudo sabe e tudo pode. Isto fica sendo a minha última e mais elevada descoberta.”
As viagens interplanetárias já acontecem. Você quer dizer “interestelares”.
E aí, depois da “última e mais elevada descoberta” de Newton, Einstein foi lá e fez uma teoria melhor. The End. 😛
O grande matemático, se vivo fosse, seria excomungado pela gigantesca maioria das instituições ditas cristãs, já que não era um grande fã de ortodoxia, e levava suas pesquisas em ocultismo mais seriamente do que levava a religião oficial, chegando a ser denominado como último dos caldeus, além de um grande pesquisador das crenças babilônicas e de alquimia. Se os credos metafísicos de Newton devem ser adotados como exemplo, então saiamos em busca de transmutar metais brutos em ouro, e claro, também da juventude eterna. Harry Potter aprovaria.
Será que buracos de minhoca não seriam mais viáveis tecnologicamente que andar na velocidade próxima à da luz?
Desconfio que não.
Tiago, até onde eu vi, buracos de minhoca parecem que não podem ser gerados, e sim encontrados, fora o fato de que passar por ele não seria nada simples, visto que não possuímos tecnologia (e parece que não sabemos como desenvolvê-la). Além do fato que, se desse tudo certo, uma junção desse tipo pode levar a eventos catastróficos. Dá uma busca no programa Startalk do Neil Tyson, que fala sobre o filme interestelar, aí vai entender melhor.
Se fosse possível chegar a 100% da velocidade da luz o tempo pararia?
Sim.
Então se ultrapassássemos a velocidade da luz, teoricamente estaríamos voltando no tempo, já que se chegarmos a 100% o tempo teoricamente iria parar ?
Isso. Mas a física não permite.
Todo corpo q acelera perto da velocidade da luz aumenta sua massa, quanto mais massa mais energia será necessária para acelerar.
Para chegar a 100% da velocidade da luz, seria necessário uma quantidade inconcebível de energia e o corpo ganharia tanta massa que iria colapsar e virar um buraco negro antes de atingir os 100%.
Enfim, 100% nunca chegará… é o limite.
Mas o universo tem seus truques… ao invés de superar a velocidade da luz no espaço, talvez seja possível moldar o espaço de forma a deslocar um corpo sem se sujeitar ao limite da luz, pois o objeto se desloca “com” o espaço, e não “no” espaço.
Tem algumas teorias q tratam do assunto.
Salvador, interessante mesmo é se descobríssemos plantas potenciais em próxima centauri, a viajem seria bem mais curta! Será que ainda há possibilidades!?!
Sim, nos sistemas vizinhos daria para ir até com velocidades mais modestas.
Seria possível dobra espacial?
Teoricamente sim. Mas só teoricamente por enquanto.
“Muito” teoricamente, não Salvador?? :/
A teoria permite. Não há nada que proíba. Só não sei se há viabilidade técnica.
Vejam este texto, bem interessante (sobre dobra): http://meiobit.com/291012/nave-interestelar-da-nasa-ainda-nao-existe/
e este:
http://www.universosimulado.com/?p=2308
Viajando a 99,9% da velô da luz – que dá 7,5 voltas em torno da Terra em 1 seg – levaríamos ainda 63 anos para chegar nesse grande primo aí. Isso demonstra as grandes distâncias entre os astros e a imensidão do universo. Poder-se-ia numa próxima matéria, brincar com os números, se possível, considerando e comparando a corrida entre um viajante numa dobra espacial, numa nave na velô da luz, e num mergulho em um buraco de minhoca, bem como as implicações, de acordo com as respectivas previsões teóricas, que sofreriam cada viajante. =)
Me sinto muito burro…não entendo direito esses tempos…..uma coisa á fato, o PT parece que esta a 130 trilhões de anos luz no poder, sem contar o Raddard.
Ano luz é distância e não tempo. É a distância percorrida pela luz em uma ano, viajando à sua velocidade aproximada de 300.000 kilometros por segundo. Quanto ao tempo que os caras estão lá, parece mais que isso, uma eternidade, e já passou da hora de desocupar!
Próximo a velocidade da luz, o tempo espaço tende a se compactar, “reduzindo” a distância. Para o viajante se passariam 63 anos desde a partida até a chegada. Para o observador que ficasse na Terra, se passariam 1.400 anos da partida a chegada. Inclusive, se fosse possível observar o viajante aqui da terra, ele se moveria o tempo todo em câmara lenta. Ja para o viajante, nós nos moveríamos freneticamente rápido. O tempo é relativo, de fato.
Sendo possivel esta viagem , faz sentido fazer a mesma ? Se a luz demorou 1400 anos para chegar de lá até aqui, isso quer dizer que estamos vendo o passado deste planeta , não ? Pode ser que ele nem exista mais…ou estou enganado ?
De fato, o estamos detectando como ele era 1.400 anos atrás. Mas é improvável que alguma coisa tenha acontecido com ele nesse meio tempo. É um período muito curto na escala astronômica.
Pegando carona no tema “tempo em escala astronômica”, quanto dura uma supernova por exemplo? É um fenômeno imediato ou a estrela “fica” em supernova por anos?
A explosão é muito rápida, mas o brilho dura um bom tempo, conforme os detritos ejetados viajam para fora, e acabam formando uma nebulosa planetária. Agora, importante lembrar que essa estrela G do Kepler-452b é de meia-idade e, mesmo que estivesse no fim de sua vida, não tem massa suficiente para detonar como uma supernova.
Acho que tem algo errado, se viajarmos a velocidade da luz levaríamos 1400 anos para chegar lá e se viajássemos a 99,9% da velocidade da Luz levaríamos 63 anos??????? Onde está a mágica deste raciocínio?????
À velocidade da luz, a viagem seria instantânea. 1.400 é da perspectiva de quem está na Terra.
Salvador, espero que minha teoria lhe pegue na metade do ano em que você acredita em Deus, mas vamos lá. Vamos supor por um instante que meu corpo astral (alma, espírito, o nome que queira dar) seja luz, energia, por assim dizer. Dessa forma, eu poderia viajar para qualquer lugar do universo de forma instantânea, visto que viajando à velocidade da Luz o tempo “congela” para o viajante. Isso explicaria certas teorias de migrações interplanetárias contidas em obras espiritualistas. Confere ? E se eu simplesmente quisesse fazer uma viagem pelo Cosmos e voltar à Terra ? Haveria um modo de voltar ao exato tempo do qual parti? Sei… já estou viajando na maionese air lines à velocidade da luz. Mas foi você quem começou. 🙂
Luciano, se você pudesse viajar à velocidade da luz, poderia se transportar no que para você pareceria uma viagem instantânea. Mas, claro, ainda assim, para quem está num referencial subluz, o tempo passaria do mesmo jeito. Então, se um espírito resolvesse desencarnar do outro lado da galáxia e reencarnar aqui na Terra, ele não sentiria os 100 mil anos de viagem, mas só poderia reencarnar 100 mil anos depois de sua partida, do ponto de vista de quem está na Terra.
Claro, isso supondo que (a) espíritos existam, (b) sejam feitos puramente de energia, sem massa (nada, portanto, de “matéria sutil” para eles, porque tem que ser energia pura mesmo, nada de matéria), (c) consigam manter sua coerência mesmo nesse estado puramente energético (não é fácil capturar a luz de forma que ela simplesmente pare num lugar), (d) preservem uma consciência nesse estado puramente energértico e (e) sejam craques em navegação interestelar. 😉
Obrigado, pela resposta Salvador! Sempre muito atencioso!
🙂
Me for possivel fazer esta viagem em 63 anos, nao corremos o risco de simplesmente o planeta não existir mais ? Afinal, já que a luz demorou 1400 anos para chegar até aqui, isso não quer dizer que estamos vendo o “passado” deste planeta ? Ele pode nem estar mais lá…é isso mesmo ou estou enganado ?
Salvador, boa tarde!
Muito bom ler teus textos e depois conferir os comentários. Seriam hilários se não fossem tristes, pois demonstram o atraso em que vivemos. Mas vou às minhas perguntas:
a) Vai sair um post sobre a tal “propulsão Alcubierre”?
b) A respeito dos tais físicos indianos que estão querendo provar um pré-big bang, onde encontro informações detalhadas?
Abração!
Vida longa e próspera!
a) Em princípio, só se houver avanço no experimento do pessoal da Eagleworks, da Nasa.
b) Não são propriamente os físicos indianos. Modelos que falam do pré-Big Bang existem aos montes. Os mais interessantes, na minha opinião, têm sido os trabalhos do Roger Penrose.
Abraço!
Valeu!
Vou escarafunchar o google agora!
Mas se levou 1400 anos para a “luz” chegar até aqui trazendo a imagem do planeta, se formos até lá, mesmo em apenas “63” anos, nao corremos o risco de chegar lá e o planeta não existir mais ? ( Já que em teoria estamos “vendo” apenas o passado deste planeta ? ) ou não ?
Não há nenhum mecanismo conhecido que possa tê-lo destruído em 1.400 anos…
Mas então quer dizer que talvez ele não esteja mais lá?
É muitíssimo provável — eu apostaria — que ainda está lá. Mas se planetas desaparecem por mágica, por mecanismos desconhecidos, pode não estar. E o Sol também pode ter sumido. Em oito minutos você vai reparar, se isso aconteceu.
É muitíssimo provável — eu apostaria — que ainda está lá. Mas se planetas desaparecem por mágica, por mecanismos desconhecidos, pode não estar. E o Sol também pode ter sumido. Em oito minutos você vai reparar, se isso aconteceu.
Talvez uma guerra nuclear…
Alexandre, de forma concreta, o que o Salvador disse tem sentido, afinal, nada indica uma possível destruição dele nesse curto intervalo de tempo… mas teoricamente sim, o que vemos é sempre o passado do objeto, por exemplo, se o sol se fosse, só perceberíamos 8 minutos depois.
Dobra espacial……….
Ou seja. Numa nave a 99,9 a velocidade da luz, nós, dentro da nave teríamos 63 anos se tivéssemos saído daqui logo depois de nascidos. Se saíssemos, por exemplo, com 30 ou 40 anos, chegaríamos lá com 93 ou 103 anos. Mas no calendário terrestre, aqui na terra, os que ficaram estariam no ano 3415 d.C. Tempo bem razoável!!!
Melhor torcer para que a tecnologia de dobra seja desenvolvida, bem mais eficiente do que viajar na velocidade da luz.
vazando do Brasil já esta ótimo.
Qual a possibilidade de viajarmos alem da velocidade da luz, ou seja, dobra espacial conforme a teoria do Fisico Harold White, seria possivel? é Fato essa teoria?
Teoricamente é possível. Na prática, não sabemos.
Mas isso é fácil de solucionar. Apenas precisamos de uma tecnologia que rompa a estrutura do universo einsteiniano e jogue a nave para o semi-espaço (aquele entre dimensões diferentes), onde não vigoram nossas leis de tempo e espaço (lá, pode-se percorrer distâncias enormes e poucos segundos).
Fácil! Como não pensei nisso antes? 😛
Está explicado porque os pilotos de fórmula 1 parecem mais novos e as tartarugas vivem mais…
Seria possível chegar lá atravessando um ‘buraco de minhoca’.
Acho que antes de entrarmos na discussão sobre a viajem até la, deveríamos discutir se temos tecnologia para estudarmos esses mundos mesmo se a distancia.
Infelizmente depois da missão da New Horizons notei que precisamos evoluir e muito nossos telescópios.
Claro! Aliás, por ora, é tudo que dá pra fazer.
Mas que seria uma boa idéia/opção para cair fora do Planeta Terra, seria. Até porque, não teríamos como voltar; o único problema seria encontrar por lá seres vivos atrasados, como os daqui.
Show de matéria Salvador! Parabéns 🙂 Bem, queria saber se há ou já existiu algum estudo que tente derrubar a teoria da velocidade máxima(a da luz) pra se viajar no espaço, ou não.. Einstein foi mais que absoluto ao formulá-la? Seria uma hein sei lá, da noite pro dia termo uma nova velocidade máxima permitida pra por exemplo, realizar nossas tão sonhadas viagens interestelares 😛
Não dá pra viajar pelo espaço mais depressa que a luz. Dá para encurtar o espaço. O que pode ajudar. Se ao menos soubermos como fazer isso.
No caso ponte Einstein-Rosen Salvador?
Isso é um buraco de minhoca.
Caso resolvêssemos o problema de se viajar a velocidades próximas a da luz, a idade dos astronautas seria um problema mais fácil, acredito, de se contornar: hibernação, que é uma tecnologia que já está sendo pesquisada. Funcionaria mais ou menos como no filme 2001, a nave em comando automático (isto já não é um grande problema) e os astronautas sendo despertados no momento adequado da viagem.
Então o único “grande problema” será a questão da velocidade.
Bom, claro, ficam questões: a quem os astronautas se reportariam, após 1400 anos passados na Terra? Todo o conhecimento adquirido teria utilidade real aqui na Terra, visto que ninguém poderia afirmar que depois desse tempo todo a civilização humana estaria ainda aguardando por um retorno da missão (se é que o conhecimento da missão teria sido repassado a futuras civilizações)? e por aí vai.
“Se não existe vida fora da Terra, então o universo é um grande desperdício de espaço” (Einstein).
Podemos dizer que se não for possível viajar muito acima do limite da velocidade da luz, a inteligência, no universo, também é um desperdício?
A citação é de Carl Sagan.
Se Kepler 452b está a 1.400 anos-luz da Terra, como pode Kepler 444 ser o mais antigo sistema já descoberto e estar a “apenas” 120 anos-luz?
Obrigado
E por que precisa estar mais longe para ser mais velho? O seu irmão mais velho é aquele que mora mais longe? 😛
Salvador, pode ser que pareça meio idiota a pergunta. Mas sou leigo no assunto. Se a uma velocidade que representa 99,9% da luz leva-se aproximadamente 63 anos, porque a luz que viaja a 100% demora 1400 anos? Abraços e parabéns pelo blog.
A luz demora 1.400 anos do ponto de vista de quem está na Terra. Do ponto de vista da própria luz, a viagem é instantânea.
Salve, salve, Salvador!
No curto prazo não é previsível alcançarmos tecnologia para realizar uma viagem até Kepler-452b, entretanto fico imaginando quanto ao aprimoramento das tecnologias para observação e pesquisa, com o objetivo de definir com mais precisão: tamanho, composição, atmosfera, temperatura, presença de elementos como água em estado líquido, e por que não, presença de vida, e envio e captação de sinais artificiais de possíveis civilizações. Qual a perspectiva, Salvador? Com que precisão poderemos descrever e eventualmente “contactar” Kepler-452b, entre outras descobertas, daqui a 20 ou 30 anos, e manter um relacionamento interestelar a distância com outra civilização?
Avançaremos um bocado nisso nas próximas duas décadas.
Santo “Senhor Universo!”
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Chega assustar perceber elucubrações de viajantes inter estrelares o desespero de sumir, desaparecer, si escafeder do paraíso do Planetinha Azul.
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Seguinte: Se aqui, bem aqui debaixo dos nossos pés e só até onde a vista alcança, não conseguimos nos resolver, então por que, “viajar literal” ao impossível?
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Outrossim, o “ÚNICO” instrumento objeto capaz promover desenvolvimento financiar felicidade é usado as avessas permitem-no migrar a mãos de mentecaptos malucos.
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Destarte, o que nos justifica estar em mente pensante e corpo destro se, incapazes remover si quer o bicho do pé comprometendo próprio caminhar, adoramos é coçar.
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Específico, se não resolvemos peso da vida onde moramos, imaginem lá carregar excedente de carga sobre ossatura maravilha, mas nada ver com exigências de lá.
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Hum… rsrs, mas,pelo justificar injustificável tudo ora é fóbico e nada excelente, somos mesmo do espécime homofóbicoscoçeira.
WAT?
Pelo que entendi, quando se fala do tempo de viagem, seria o mesmo que voar bem mais rapido que o tempo, ou seja, 1 hora de relogio para nós demoraria muitos dias ou horas a passar.
Acho que seria isso!!!
Pena não temos tecnologia para chegar lá, poderiamos mandar os politicos brasileiros pra lá, e fundar uma nova republica. Qual seria o resultado?? A) Eles derrubariam a nave B) Eles chegariam mortos porque o mais novo ja teria mais de 100 anos c) Eles seriam presos pela policia intergalática por corrupção.
Salvador, seu blog é sensacional….viajo nas leituras…acho esses temas que vc aborda muito muito interessantes, porem normalmente pouco acessiveis, por conta de toda a linguagem técnica…..vc explica tudo de forma que um leigo (como eu) entende perfeitamente e se interessa mais pelo assunto….grande abraço!!!
Valeu! Abraço!
A tecnologia de Dobra Espacial ainda é eminentemente teórica, mas ao menos ela já possui nome próprio e seus primeiros cálculos matemáticos disponíveis, ver Propulsão Alcubierre em https://pt.wikipedia.org/wiki/Propuls%C3%A3o_Alcubierre