Astronomia: Os anéis de Saturno
Difícil achar uma coisa mais “cheguei” no Sistema Solar que os anéis de Saturno. Mas sua origem segue misteriosa.
SEM EXCLUSIVIDADE
Todos os planetas gigantes do Sistema Solar têm anéis. Mas os de Júpiter, Urano e Netuno são tão sutis que só podem ser observados com telescópios poderosos ou sondas espaciais. Já os de Saturno, de indiscretos que são, se ofereceram até mesmo à luneta de Galileu, em 1610.
ORELHADA
Ao astrônomo italiano, contudo, eles se pareciam mais com “orelhas” nas laterais do planeta. Somente em 1655 Christiaan Huygens sacou que se tratavam mesmo de anéis. Hoje sabemos que eles são feitos de partículas de gelo nos mais variados tamanhos, de milímetros a metros.
OLHANDO DE PERTO
Os anéis estão sob a mira constante da sonda Cassini, que está em órbita de Saturno desde 2004 e deve concluir sua missão fazendo diversas travessias em meio aos anéis, antes de mergulhar na atmosfera do planeta, em 2017.
A LEI DOS ANÉIS
Um aspecto curioso é que a distribuição das partículas nos anéis segue uma regra proporcional simples. Partículas com 1 m de diâmetro são oito vezes mais comuns que as de 2 m, 27 vezes mais comuns que as de 3 m, e assim por diante. Um grupo da Universidade de Princeton acabou de descobrir a origem do padrão. E ele é universal — todos os anéis do Universo devem seguir a regra.
A IDADE?
Ninguém sabe com certeza quando ou como Saturno ganhou seus anéis. Mas os modelos mais recentes sugerem que eles são tão antigos quanto o próprio planeta e surgiram, por colisões, na mesma época em que as principais luas saturninas.
O ANEL F
Trabalho recente feito por astrônomos da Universidade de Kobe revelou que um dos anéis mais estreitos (conhecido pela letra F) foi fruto da colisão de dois objetos densos. A farelada resultante produziu o anel, e o que restou inteiro deu origem a duas luas “pastoras” — Pandora e Prometeu.
A coluna “Astronomia” é publicada às segundas-feiras, na Folha Ilustrada.
Bom dia
Salvador,tudo bem?
Bem vamos ao meus achismos rsrsrs.
Por que os anéis são formados quase que inteiramente de gelo e não rocha?Bem provavelmente a lua que o formou poderia ter possuído um manto de Gelo e um núcleo inteiramente rochoso.Quando a orbita da mesma decaiu para dentro de saturno(pode ter sido por impacto de cometa ou interferências de outras luas),ela foi despedaçada por um intenso efeito maré que pode ter destruído o manto em milhares de pedaços,já o núcleo que é mais coeso teria ficado intacto e caído para dentro de Saturno,assim como partes do manto(pois a atração gravitacional independe da massa),porem como esta partes estavam mais espalhadas podem ter ganhado uma orbita ao redor de saturno formando assim os anéis.Quem sabe né rsrsrs…Como as partes ganharam uma orbita estável eu não sei 🙂 .Os astronomos que são os detitives do cosmo é quem descobrir 🙂 .Esta explicação é bem parecida com o impacto de Teia na Terra antiga(formação da lua),onde o nucleo de Teia foi direto para Terra e partes do manto de Teia e Terra formaram a Lua.No caso de Saturno foram os anéis.
Abrçs.
Sim, é um belo palpite da sua parte. 😉
A verdade é que ainda não sabemos quase nada sobre o Universo. Quem sabe daqui a 1 milhão de anos a humanidade consiga compreender como o Universo realmente funciona…
Entendemos muito bem o básico, mas as minúcias não. Ainda bem, senão qual seria a graça? O que faríamos no próximo 1 milhão de anos, não houvesse nada de novo para descobrir e compreender?
Salvador, pergunta de leigo, mas que aprende muito com blog: por que esses anéis são de gelo? Eles se mantém congelados somente devido a distância do sol ou existem outras variáveis?
Eles são de gelo de água porque é o material mais abundante do Sistema Solar nas regiões mais distantes do Sol. Mais perto, a água vaporiza. Ainda assim, os cientistas sempre acharam estranho os anéis de Saturno terem uma proporção tão maior de gelo do que de rocha neles.
Salvador, ouviu algum novo comentário sobre o surgimento de uma nova lua de Saturno nominada “Peggy”?
Ruy Ney
Sim, mas ainda não sabemos se é esse o caso. E, se for, provavelmente não se repetirá. Diz o JPL: “It is possible the process of moon formation in Saturn’s rings has ended with Peggy, as Saturn’s rings now are, in all likelihood, too depleted to make more moons.”
É um satélite que se desintegrou.
Uéh?! De onde poderiam ter vindo? Não “vieram” da “Grande Explosão?!
Se tratassem o Big Bang como uma explicação simplista para tudo, ele não seria uma hipótese muito melhor do que Deus. Na verdade, o Big Bang só produziu o hidrogênio e o hélio primordiais. Todo o resto surgiu depois, a partir deles, por outros processos.
foi fruto da colisão de dois objetos densos. A farelada resultante produziu o anel, e o que restou inteiro deu origem a duas luas “pastoras” — Pandora e Prometeu.
Salvador boa noite.Pelo que eu entendie no universo a desordem cria ou criou o que nós temos no
complexo más muito ordeiro,a ponto de ser descrito em linguagem matemática que é uma ciência exata.
E com colisões que se cria,as coisas no universo.
Aqui na terra pra construir uma casa precisa de preposicionais no ramo.
No espaço, gravidade, muito tempo e equilíbrio hidrostático fazem o serviço. Por isso planetas não se parecem com casas. Você já viu uma casa esférica?
Oi Salvador,
Alumas imagens da Cassini exibem uma textura periódica nos aneis, como se fossem ondulações. Você tem alguma ideia do que pode ser isso?
Normalmente, são efeitos gravitacionais das luas pastoras.
Que inveja desse anéis. Tudo bem, se a Terra tivesse anéis, não estaríamos aqui ( ou estaríamos, Salvador?). A Cassini só faz aumentar nossa curiosidade. A Nasa e suas sondas fantásticas.
Vi este vídeo e achei interessante. Está em espanhol, mas não é difícil entender.
https://www.youtube.com/watch?v=RQT-Yqc94Ko
Acho que estaríamos aqui, mesmo que a Terra tivesse anéis. 😉
Salvador, a respeito dos anéis me veio a mente o assunto “órbitas”. Vi em algum documentário que os anéis, dada a sua órbita, daqui n milhões de anos inevitavelmente cairão no planeta. Pelo mesmo motivo (só que inverso) já sabemos que a Lua se afasta a uma razão de aproximadamente 3cm/ano. Pergunta: existe algum modelo a respeito das órbitas dos planetas, mais especificamente da Terra em relação ao Sol? Tipo, o que vai acontecer antes: a) o Sol explodirá b) Andrômeda vai colidir com a Via Láctea c) a Terra vai “fugir” do sistema solar (ou isso está descartado??)
Que eu saiba, as órbitas dos anéis são estáveis, assim como a dos planetas. A da Lua está abrindo por efeito de maré. Mas é um efeito tão pequeno que pode ser desprezado para todos os efeitos práticos. Uma lua que está condenada é Fobos. Uma hora vai cair em Marte. Mas isso porque ela está tão perto que sofre arrasto atmosférico.
Salvador,
Se FOBOS se chocar com Marte, corre o risco de desestabilizar a órbita desse planeta? Qual efeito isso teria???
Ia levantar muita poeira. Mas sem chance de afetar a órbita de Marte.
Acontece que chamamos Fobos de “Lua de Marte” mais por conveniência. É muito menor do que Marte. Para um observador desavisado na superfície do planeta, Fobos poderia passar despercebida ao cruzar o céu.
Bruno, é bem justo chamar de “lua de Marte”. É um pedregulho, é verdade. Mas orbita tão pertinho de Marte que ainda assim faz sua presença ser notada no céu.
Salvo engano, quando Andrômeda se “unir” a Via Láctea, se estivermos aqui ainda, daqui 2 bilhões de anos nada mudaria para nós, (haha nós não, os descentes dos descentes…) a pequenas chances que o sistema solar sofra algo, haverá um espetáculo bonito no céu, Vai rolar uma “dança” Galáctica entre os dois núcleos das galaxias, até que eles finalmente se fundam formando uma galaxia elíptica, e essa dança vai demorar milhões de anos, O Sol esta na metade de sua vida “tranquila”, isso quer dizer que ainda deve ter mais uns 5 ou 6 bilhões de anos para “queimar” hidrogênio, antes de colapsar numa anã branca e ai sim bye terra, então tem tempo de sobra para esse evento fantástico ocorrer….. Salvador é mais ou menos isso né ?
É mais ou menos isso. Mas a Terra provavelmente já estará inabitável em 2 bilhões de anos, por conta do aumento de luminosidade do Sol.
Os anéis de Saturno são os fragmentos de um satélite pulverizado.
Há controvérsia. Mas essa é uma das possibilidades.
Eu estou completamente preocupado com esses anéis.
Você deveria se preocupar com o seu anel, isso sim!
Kkkk
Você não se preocupou com o seu e o coitado distendeu-se, alargou-se ao máximo, rasgou-se.
Agora sim…, tudo explicado, não falta mais nada.
LU: (658.2) 57:6.5 As estrelas cadentes ocorrem em enxames, porque são fragmentos de corpos maiores de
matéria deslocados pela gravidade do tipo maré exercida por corpos circunvizinhos ainda maiores. Os anéis
de Saturno são fragmentos de um satélite pulverizado. Uma das luas de Júpiter, no presente, está
aproximando-se perigosamente da zona crítica de fraturamento, por causa do efeito da maré; e, dentro de
uns poucos milhões de anos, ou será absorvida pelo planeta, ou será submetida aos efeitos fragmentadores
da gravidade tipo maré. O quinto planeta do sistema solar, em um tempo muito remoto, percorria uma
órbita irregular, periodicamente aproximando-se mais e mais de Júpiter, até que entrou na zona crítica de
fragmentação, por causa da gravidade tipo maré, havendo sido fragmentado, rapidamente, convertendo-se
no atual cinturão de asteróides.
Tem muita especulação aí, e um monte de coisa errada.
É isso aí Ney. O Livro de Urântia explica o Universo em detalhes.
Pena que errado, né? 😛
Salvador, determinaram se o material do anel F é totalmente de gelo? E as luas Pandora e Prometeus? Se sim, e se, talvez, antigos, seria possível que na formação do Sistema Solar fosse produzida água em escala considerável? É de espantar que tem bastante objetos com gelo ou mesmo água líquida.
Carlos, água é uma das substâncias mais comuns do Universo! O que até recentemente consideravam mais raro é água em estado líquido. Mas temos visto que nem isso é raro. Quanto mais longe do Sol você está, mais água você vai encontrar — mas mais sólida ela será, pela baixa temperatura.
Salvador,
Não será mais uma coincidência como a Regra de Titius-Bode? Claro! Se esta for mesmo uma coincidência.
O novo trabalho derruba a hipótese de “coincidência” e mostra que é assim que anéis se desenvolvem… 🙂
Muito bom, a Cassini com certeza é uma das mais importantes sondas do sistema solar.
Abstenho-me de responder por não possuir hipótese racional passível de teorizar (imagine provar), quanto a idade com certeza são bem mais velhos que nossa geração.
E o Vadinho ganhou o troféu!
Cride, feliz com sua volta.
Eu nunca fui, só te ignoro. Mas desta vez fiz questão de responder só pra te premiar com os troféus!
KKK
A Lei dos Anéis:
“Três Anéis para os Reis-Elfos sob este céu,
Sete para os Senhores-Anões em seus rochosos corredores,
Nove para os Homens Mortais fadados ao eterno sono,
Um para o Senhor do Escuro em seu escuro trono
Na Terra de Mordor onde as Sombras se deitam.
Um Anel para a todos governar, Um Anel para encontrá-los,
Um Anel para a todos trazer e na escuridão aprisioná-los
Na Terra de Mordor onde as Sombras se deitam.”
bazingagem…
🙂
Saturno, o Tempo, possui o Um Anel. É ele quem determina quando surge, quanto dura cada ser e cada coisa neste Universo… 🙂
Isso não é um anel, estou desconfiado que aqueles milhões de LPs do passado foram parar em Saturno, só falta colocar uma agulha gigante para o planeta virar o Planeta musical.
Na verdade a Cassini já fez isso. Ela “escutou” as ondas de rádio produzidas pelas partículas dos anéis em movimento e transformou em ondas sonoras audíveis para que perdemos ouvir. Tal qual um aparelho de rádio transforma as ondas de rádio em música para os ouvidos. O som dos anéis de austríaco é fantasmagórico! Veja:
https://youtu.be/38pJhxCzR-I
Anéis de Saturno*
Victor, põe fantasmagórico nisso 🙂 Assustador!
Sauron mora no polo norte de Caronte!
🙂
Que triste notícia! 🙁
A Cassini é e foi uma missão incrível, uma das mais bem sucedidas sondas espaciais já enviadas pelo homem. O sistema saturnino, por sua vez, se mostrou quase tão complexo como o nosso sistema solar.
Já o que o fim parece inevitável, porque não mergulhar a sonda Cassini numa das luas de Saturno (Titã ou Encélado) que, aliás, são mundos muito mais interessantes para a astrobiologia?
Com certeza, a Cassini poderia ainda fazer belas imagens e registros da superfície destas luas antes antes triste despedida. :'(
Isso iria contaminar essas luas, caso exista vida nas mesmas, hipótese mais plausível do que a existência de vida em Saturno.
Concordo, seria uma opção destrutiva também para a lua… Salvador, ao entrar na atmosfera de Saturno, poderá sobreviver alguns minutos para enviar imagens e análises?
Boa pergunta. Vamos torcer para que sim.
Oi, Salvador
Vc chegou a ver o curta “Wanderers” ? Foi criado pelo artista gráfico Erik Wernquist, se inspira em locações reais de nosso Sistema Solar e mostra o que os mais ousados sonhos da Ciência projetam para o futuro da humanidade. (sic). Show.
Abraço.
Bloguei sobre ele aqui assim que saiu!
Salvador,
Agora vai…
Partículas de 1 m são 112 ou 116 vezes mais comuns do que partículas de 4 m?
Acho que 64 vezes, não?
Pensei da seguinte forma:
1.0) De 1 m para 2 m, temos 8
1.1) De 1 m para 3 m, temos 27; ou seja: (8 +1) x 3 = 27
1.2) De 1 m para 4 m, temos…:
(27 + 1 ou 2) x 4 = 112 ou 116
Como chegou ao número de 64?
de 1 para 2, 2^3 = 8
de 1 para 3, temos 3^3 = 27
de 1 para 4, temos 4^3 = 64
(A regra segue o inverso do cubo até uns 10 metros, quando sobre uma queda abrupta.)
Legal, Salvador! Eu imaginei a mesma progressão, mas foi “chute”. Se, a partir dos 10m de diâmetro ela muda, isso quer dizer que até os 9 m segue assim. 🙂
Isso. 🙂
Ai, que saudades dos algorítimos.
Aviso aos leitores: não é assim que se escreve algoritmo.
E, se não conseguirem, tentem logarítimos.
Aviso aos leitores: não é assim que se escreve logaritmo.
Mas é assim que se chega ao resultado. (logaritmo e algoritmo)
Um algoritmo é uma sequência de instruções — não sei onde se encaixa aí.
Menos mau, pelo menos sabem a nomenclatura.
Menos mal.
Como deduzir que “todos os anéis do Universo” devem seguir a regra citada?
Se você formula um modelo geral da dinâmica dos anéis e ele bate com o que se observa num caso específico (Saturno), dá para presumir que outros seguirão o mesmo padrão.
Cride: bem # mal, bom # mau.
oswardo, não se fala “menos bom” e sim “menos bem”, portanto, é “menos mal” que se diz e escreve…
Bom=adjetivo, bem=substantivo. Menos bom/mau é um termo correto. Mas o “pior” de tudo é o seu desconhecimento da língua pátria, todavia, não desanime pois sempre existe possibilidades.
Na verdade, as duas possibilidades são aceitas, como você mesmo aponta. Se você usa como adjetivo, é mau. Se usa como substantivo é mal. E uma coisa pode ser “menos bem feita”, por exemplo, ou “menos boa”. A língua pátria é rica em possibilidades, de forma que nem sempre se pode acusar desconhecimento de quem escreve diferente de você.
P.S. siga o Cride, menos mal kkkkkkkkkkk. Não existe.
Como sempre Vadinho metendo os pés pelas mãos…
KKK
https://www.youtube.com/watch?v=1NCzU4Mo6Lk
Chupavado
Não gosto, mas você está errado, pelo menos no que tange ao desenrolar da questão.
Falta contexto… Lá-lá-lá… rs
FINALIZANDO, O CORRETO É “MENOS MAU”, NO CONTEXTO “MENOS MAL” É ERRADO.
E você tá errado todo o resto do tempo. Então ainda tô com bônus!
KKK
#CHUPAVADO
Salvador,
Partículas de 4 m são 270 ou 297 vezes mais comuns do que a de 1 m?
Oooops!
Reformulando: partículas de 1 m são 40 ou 44 vezes mais comuns do que a de 4 m?
ERRO!
🙂
64, caro HAL 9000