Onde está todo mundo?
Uma simulação da evolução da Via Láctea feita por uma dupla internacional de astrofísicos sugere que a propensão ao surgimento de vida inteligente é maior nas regiões mais internas do disco galáctico, mais perto do centro da galáxia do que na faixa onde a Terra está localizada.
Segundo Ian Morrison, da Universidade de Nova Gales do Sul, na Austrália, e Michael Gowanlock, da Universidade do Havaí, nos Estados Unidos, o mesmo nível de oportunidade que a faixa da galáxia que inclui o Sistema Solar tem hoje de abrigar uma civilização — e nós sabemos que há pelo menos uma, a nossa, aí nesse lugar — foi atingido nas áreas mais internas da Via Láctea cerca de 2 bilhões de anos atrás! Isso significa que, se surgiu alguém mais nessas regiões, essas sociedades alienígenas tendem a ser vastamente mais antigas — e avançadas — do que nós.
Certo, tudo muito interessante, mas você obviamente não aceitará essa conversa toda sem entender de onde estão vindo esses números, não é mesmo? Por sorte, Morrison e Gowanlock escreveram um artigo de 47 páginas recém-publicado no periódico científico “Astrobiology”, explicando tim-tim por tim-tim a história. E hoje é mesmo seu dia de sorte, porque o Mensageiro Sideral vai contar tudo, mas com um texto muito menor e mais divertido!
A EVOLUÇÃO DA GALÁXIA E DA VIDA
Tudo começa ao entendermos como a galáxia evolui. Morrison e Gowanlock partem do que os astrônomos mais ou menos já sabem — a galáxia envelhece de dentro para fora, e a densidade de estrelas é maior quanto mais perto do centro da Via Láctea.
Isso, por si só, já ajuda a entender parte do negócio. Como planetas rochosos são feitos de elementos pesados, e elementos pesados são forjados no coração das estrelas e depois espalhados quando elas morrem, semeando a geração estelar seguinte. Quanto mais “evoluída” quimicamente é um setor da galáxia, maior a chance de ele ter planetas habitáveis, como a Terra.
Para vida simplesmente, o raciocínio é basicamente esse. Onde a galáxia for mais “velha” do ponto de vista químico e tiver mais planetas habitáveis, devem existir mais mundos efetivamente habitados.
Mas Morrison e Gowanlock não querem estimar onde está a chamada “zona habitável galáctica” para bactérias que vivem em fontes hidrotermais no fundo de um oceano qualquer. Eles estão atrás de vida inteligente. E aí as coisas ficam mais complicadas. Porque se há uma coisa que sabemos pela história da própria Terra é que a evolução da inteligência demanda uma quantidade significativa de tempo. Bilhões de anos.
Primeiro, formas de vida simples precisam evoluir para criaturas complexas, ou seja, animais. E, depois, animais precisam evoluir para seres capazes de fazer as cenas de abertura de “2001: Uma Odisseia no Espaço”. Olhando para o registro fóssil da Terra, temos a impressão de que, por aqui, o passo número 1 parece ter dependido da oxigenação da atmosfera — e de tempo para a evolução. Por aqui, entre a oxigenação atmosférica e o surgimento de vida animal complexa, passaram-se cerca de 1,5 bilhão de anos.
Ou seja, tomando nosso planeta como um exemplo típico, para chegarmos a ter animaizinhos fofos (ou não tão fofos) caminhando pela superfície de algum planeta lá fora, ele precisa passar pelo menos 1,5 bilhão de anos sem ser perturbado para ter ao menos alguma chance de chegar à vida complexa. E depois ainda precisamos dar mais tempo à evolução, até ela encontrar um caminho viável entre os equivalentes alienígenas dos trilobitas e dos humanos. Na Terra, isso levou uns 600 milhões de anos. No total, 2,1 bilhões de anos sem um chamado “evento esterilizante” para que pudéssemos estar aqui hoje trocando essas figurinhas.
Mas no que consiste esse tal “evento esterilizante”? Não estamos falando de um asteroide qualquer, supervulcanismo, ou qualquer outra megacatástrofe trivial. Essas coisas fazem um estrago danado, podem matar mais de 90% de todos os bichos, mas jamais conseguiram acabar com a vida animal na Terra de forma completa. Zerar a evolução animal exige algo muito pior: a detonação de uma supernova próxima.
Uma explosão dessas, mesmo a mais de uma centena de anos-luz de distância, pode detonar a camada de ozônio de um planeta oxigenado. Aí, o que a radiação inicial da supernova não matou, os raios ultravioleta da estrela-mãe tratam de exterminar. Game over. Retry?
E aí, quando levamos em conta esse aspecto da questão, é que as regiões centrais da galáxia poderiam em tese ficar menos simpáticas. Elas são mais ricas em elementos pesados, essenciais à vida? Sim! Também são mais densas, em termos de estrelas e planetas habitáveis? Sim! Mas também têm mais supernovas próximas a esses mundos! Problema à vista?
Difícil dizer de cara. É meio como morar numa cidade superpopulosa, como São Paulo, e muito violenta, como São Paulo. São muitos crimes todos os dias, mas o número imenso de habitantes pode diluir a probabilidade de que você seja o assaltado da vez. Ou não. Será que o número maior de planetas habitáveis compensa o número maior de supernovas nas regiões mais centrais da galáxia?
ESTUDANDO A CIBERGALÁXIA
Morrison e Gowanlock resolveram testar isso, construindo uma simulação de computador que representasse de forma fiel, ao longo do tempo, o aparecimento de planetas habitáveis em todas as regiões da Via Láctea (menos o centrão mesmo, uma região com raio de 8.000 anos-luz em torno do núcleo galáctico) e, ao mesmo tempo, também simulasse a detonação de supernovas ao longo do tempo.
Então, contrastaram isso com os intervalos disponíveis entre eventos esterilizantes em mais de 70 milhões de planetas habitáveis simulados. E o que eles descobriram é que, embora o número de supernovas nas regiões mais internas da Via Láctea seja bem maior, o número ainda maior de planetas potencialmente habitáveis acaba se sobrepondo, de forma que as chances de mundos com 1,5 bilhão de anos ou mais de evolução sem eventos esterilizantes são maiores mais para dentro.
“Mesmo se variemos o tempo esperado para a emergência da inteligência para um valor mais de três vezes maior do que aquele que foi exigido na Terra, o disco interno da galáxia fornece o maior número de oportunidades para a inteligência emergir, a despeito de ter uma taxa de supernovas maior do que todas as outras localizações no disco”, escrevem os pesquisadores.
Embora os cálculos não permitam estimar o número de civilizações, é possível calcular o número médio de oportunidades para que elas aparecessem em várias regiões da galáxia ao longo do tempo. E o mesmo número de oportunidades que encontramos hoje, a uma distância de 26 mil anos-luz do centro da galáxia — vulgo, nossa posição na Via Láctea –, já existia nas regiões mais internas cerca de 2 bilhões de anos atrás.
Também é possível afirmar que as chances melhoram um pouco para estrelas que estão um pouco acima ou abaixo do plano do disco galáctico (nós estamos bem no meio dele!) e que o número de oportunidades para vida inteligente cai drasticamente na direção da periferia da galáxia, mergulhando a virtualmente zero a uns 47 mil anos-luz do centro. (O raio da Via Láctea tem entre 50 mil e 60 mil anos-luz.)
Outra conclusão geral — talvez meio óbvia — é a de que as chances estão melhorando cada vez mais em toda a galáxia, independentemente da distância ao centro. “Elas são atualmente as maiores já vistas na história galáctica e continuarão a subir por vários bilhões de anos no futuro”, dizem os autores.
E o que isso informa de fato sobre as chances de encontrarmos outra civilização lá fora? Muito pouco, na verdade. O que dá para dizer é que, se o caso terrestre for minimamente típico, devem existir mais sociedades inteligentes nas regiões centrais da galáxia do que na nossa própria faixa. Mas, na real, não sabemos se o exemplo da Terra pode ser usado como referência. “A emergência da vida e a da inteligência podem ser eventos verdadeiramente raros, e sua ocorrência na Terra pode ser um desvio estatístico. É possível que nenhuma outra forma de inteligência (ou vida de qualquer tipo) tenha surgido em qualquer outro lugar da nossa galáxia”, alertam Morrison e Gowanlock. “Entretanto, a alternativa — de que a vida e a inteligência existam em outro lugar da nossa galáxia — também é possível, e os resultados desse estudo sugerem que esse possa ser o cenário mais provável.”
Salvador, você diz 2,1 bilhões de anos para “encontrar um caminho viável entre os equivalentes alienígenas dos trilobitas e dos humanos”. Contudo não se estima que a idade da Terra é de 4,5 bi? Os humanos ou mesmo nossos ancestrais símios foram surgir ha apenas alguns milhares de anos… Não entendi sua colocação.
Obrigado.
O que eu disse é: levou 1,5 bilhão de anos de formas de vida simples, unicelulares, até os trilobitas, e mais uns 600 milhões de anos dos trilobitas até os humanos. Total: 2,1 bilhões de anos.
A verdade é nós que estamos muito evoluídos e bem espertos. Chegamos cedo demais em Marte é preciso esperar mais um 1bilhão de anos pra se desenvolver a vida por lá. É preciso preparar esta casa para uma futura fuga deste explorado planeta Terra.
Salvador,o que vc acha das seguintes declarações de Stephen Hawking :
“Creio que a sobrevivência da raça humana dependerá de sua capacidade para encontrar novos lares em outros lugares do universo, pois o risco de que um desastre destrua a Terra é cada vez maior. Desta forma, gostaria de despertar o interesse do público pelos voos espaciais.”
“Se os extraterrestres nos visitarem, o resultado será muito parecido com o que aconteceu quando Colombo desembarcou na América: não foi uma coisa boa para os nativos americanos. Esses extraterrestres avançados poderiam virar nômades, e tentar conquistar e colonizar todos os planetas aos quais conseguissem chegar. Para meu cérebro matemático, de números puros, pensar em vida extraterrestre é algo muito racional. O verdadeiro desafio é descobrir como esses extraterrestres podem ser.”
Fonte:http://brasil.elpais.com/brasil/2015/09/24/ciencia/1443106788_324837.html
Concordo com a primeira, sobre a segunda acho bem possível, mas não tenho a mesma convicção.
A cada estudo destes fica mais distante a possibilidade de supercivilizações capazes de viagens interestelares. A pergunta é sempre a mesma. Se existem, onde estão? O problema todo é a necessidade de cerca de 2 bilhões de anos para chegar a uma civilização minimamente evoluída. Mesmo assim é de se supor que existam civilizações digamos 1 milhão de anos mais evoluídas que nós e dentro de nossa galáxia. Como ainda não nos encontraram, ou são ainda muito raras ou não romperam as leis da natureza que hoje nos impede de fazer viagens entre as estrelas.
Certo é que o avanço destes estudos mostram mesmo é que somos bem raros….
Se alguém desejar obter maiores informações acerca desses “seres” alienígenas a que me refiro, me contate, pois terei maior prazer em forneçe-las.
Muito blá-blá-blá e os cientistas como sempre querendo chamar a atenção pra eles, com teorias furadas, bombásticas, só pra dizerem que estão vivos. ETs, seres alienigenas, vida inteligente fora da terra. Ora, claro que existe sim, não estamos sós no universo. O problema é que os cientistas com seus instrumentos rudimentares e atrasados, embora no conceito atual, sejam os mais avançados, ainda são insuficientes e incapazes de detectá-los. Na verdade nem precisamos sair da Terra pra procurá-los, eles já estão no nosso meio e estacionados na orbita terrestre a milhares de anos. São formas de vida mt superiores a nós, mt evoluidas, que conseguem ficar invisiveis aos nossos olhos e aos instrumentos cientificos e até mesmos são capazes de “violar” as leis da natureza como conhecemos, se movendo a altissima velocidade sem necessidade de naves ou outros “aparelhos” auxiliares, ou ficarem submetidos as forças gravitacionais. Há mt tempo já manifestaram sua presença entre nós. No momento, estão apenas nos observando, acompanhando nossa destruição do meio ambiente, esperando apenas a hora certa pra intervirem antes que destruamos o planeta completamente. Em breve todos nós os veremos entrar em ação e então os cientistas ficarão embasbacados não com as fotos de Plutão ou outro planeta dos sistema solar, mas com a presença atuante desses “seres” que eles não conseguiram detectar bem debaixo do nariz deles.
Ok, agora sabemos para onde o vento sopra aí na sua casa e tudo faz sentido!:-P
A-HA! Não, não é o nome da banda norueguesa, é o espanto em descobrir que os ETs já estão aqui. Acho que eles estão mesmo, pois desde a década de 90 eles andaram inspirando uns filmes engraçados com o Will Smith vestido de preto e usando óculos da mesma cor. Pessoalmente eu acho que o Tommy Lee Jones é um ET disfarçado como um sujeito muito feio que veio do planeta Jones e está infiltrado em Hollywood para estudar como a humanidade se diverte com um montão de estórias bobas.
Salvador,
Desculpe a ignorância, decodifique 😛
😛
O cara tem crenças pouco ortodoxas. Faz sentido ele não dar valor à ciência.
Mais uma vez me desculpe Salvador!!!
Eu perguntei sobre aqueles sinais no fim da frase:
Dois pontos seguido do sinal de menos e do P maiúsculo, que já apareceram em respostas anteriores, sendo que não consegui reproduzi-los nas perguntas! (os caracteres não aparecem quando separadamente digitados):-P
Isso é um emoticon. É um rosto com a língua de fora: 😛
Uso normalmente quando faço uma brincadeirinha, uma “molecagem”…
Olá a todos,
Salvador, foi estipulado um tempo de aproximadamente 2,1 bilhões de anos terrestres para a existência de vida inteligente.
Não existem lugares no universo em que o tempo passa diferente?
Sob nossa percepção alguns anos aqui não se equivaleriam a milhões de anos nesses lugares e vice versa?
Se sim, nesse caso a vida lá não teria muito mais tempo para evoluir?
Exceto em locais radicais, como nas imediações dos buracos negros, a diferença não seria tão significativa.
Sou cada vez mais adepto da Hipotese Zoo. Por dois motivos: 1 A invisibilidade (tanto no espectro otico quanto em outros como radio microondas etc) ja eh alcançável com os metamateriais. Se nós, que nao somos nem Tipo I ja temos isso em maos(quase) imagina uma civilizacao tipo III.
Nos mesmos fazemos isso com os indiios isolados da amazonia, em menor escala.
Interessante seu ponto, também sou simpático à hipótese zoo, mas acho que não detectamos nada não por alguma tecnologia de invisibilidade mas por não saber o que olhar.
Veja bem, a um punhado de anos atrás nem sabíamos que não sabíamos do que é feito 96% do Universo. É muita ignorância ainda. Hoje a gente sabe que não sabe o que é matéria e energia escura, mas imagina o tanto de coisa que a gente nem sabe que não sabe ainda.
Acho que estamos mais para a situação de índios olhando em direção à São Paulo e procurando sinal de fumaça para ver se tem alguma comunicação inteligente por perto.
Salvador, sempre que se fala em seres inteligentes extraterrestres dizem que, se surgiram milhares de antes de nós, humanos, eles seriam tecnologicamente superiores. Por quê? Essa hipótese me parece eurocêntrica e darwiniana demais! Por que um povo mais antigo teria uma tecnologia mais avançada? Será o conhecimento cumulativo? Essa hipótese não está baseada apenas na história do desenvolvimento tecnológico ocidental (europeu)? Os índios estão nas Américas há mais de 10 mil anos e não me parece ter havido revoluções tecnológicas significativas nesse período. …na Europa sim. Ou seja, não estamos sendo eurocêntricos demais ao imaginar que povos antigos em outros planetas também teriam um desenvolvimento tecnológico linear, como na Europa?
Fernando, o problema são as escalas de tempo. É mais provável que encontremos uma civilização que existe não há 100, 1.000 ou mesmo 10 mil anos mais que nós. O mais provável é encontrarmos civilizações provavelmente milhões de anos mais antigas. Aí, mesmo num passo de tartaruga na evolução tecnológica, eles estariam muito adiante.
Salvador, o que estou querendo dizer é que uma sociedade muito antiga não necessariamente terá alto desenvolvimento tecnológico. Por exemplo, se a população do planeta x se desenvolveu ali há 2 milhões de anos, mas vive espalhada em pequenos grupos no meio do deserto ou de florestas, poderá não ter desenvolvido tecnologia avançada e, mesmo assim, sobrevivido. O que eu quero dizer que o desenvolvimento tecnológico é uma questão cultural, não é um atributo natural da espécie humana (e talvez não seja de outras “humanidades”). Pode ser que em outros planetas, outras sociedades tenham desenvolvido outros atributos, não necessariamente a tecnologia e assim tenham vivido por milhares de anos no meio das selvas, desertos ou planícies geladas dispondo do mínimo de tecnologia. Aliás, é assim que 90% da humanidade sobreviveu nesses longos milênios de nossa existência. Em síntese: maio tempo de vida não significa, necessariamente, tecnologia mais complexa.
Esse pensamento tem uma boa razão de ser, acho possível, também, que vidas inteligentes mais antigas não precisaram desenvolver-se tecnologicamente.
Aqui na Terra mesmo, temos civilizações mais antigas que a nossa, os boeres da Austrália por exemplo, que não passaram do neolítico.
Os europeus do norte estavam na idade pré-histórica enquanto os romanos liam a Ilíada em grego e latim…
Radoico, só uma correção, os bôeres são da África do Sul e os aborígenes da Austrália. Dizer que os bôeres vivem no neolítico é uma figura de linguagem dos estudiosos apenas para ilustrar o baixo desenvolvimento tecnológico deles em relação a outros povos. Lembrando que baixo ou alto desenvolvimento tecnológico não implica em maior ou menor capacidade intelectual, são apenas modos distintos de apropriar dos meios disponíveis à sobrevivência. Volto a afirmar, a Ciência é uma forma cultural, surgida na Europa e que proporcionou (para o bem e para o mal) grande desenvolvimento tecnológico à humanidade. O que quero dizer é que o desenvolvimento tecnológico é produto da cultura humana e não uma etapa inata e inevitável do desenvolvimento da humanidade. Ou seja, é provável que populações inteligentes extraterrestres vivam milhares de anos sem ter se desenvolvido tecnologicamente e, portanto, jamais poderão entrar em contato conosco. Talvez elas achem mais interessante passar a vida cantando, dançando, caçando e coletando raízes e sementes do que construindo naves espaciais…Aliás, boa parte da humanidade viveu (e ainda vive) assim e vai muito bem, obrigado.
Concordo,e vai der encontro ao que Stephen Hawking disse:
“Para meu cérebro matemático, de números puros, pensar em vida extraterrestre é algo muito racional. O verdadeiro desafio é descobrir como esses extraterrestres podem ser.”
Providencial o erro dos 600, mostrou o quanto está bombando!!!
Parabéns.
Always look at the bright side of life! 🙂
Salvador, seus posts diminuiram em frequencia! É por conta do lançamento de seu livro?
Sobre este post, indago a todos se já pensaram que possa existir formas de vida altamente resistentes aos diversos tipos de radiação? Muita viagem esta possibilidade?
Cara, tenho mantido pelo menos três por semana, mas com a coluna contando como um, acabou diminuindo, na prática. Queria poder postar mais, mas a quantidade de horas no dia não tem ajudado. E não é culpa do livro. O livro já foi…
Por mim, os dias teriam 30 horas, não 24… Proponho que se desenvolva um modo de reduzir a velocidade de rotação da Terra lentamente, sem causar cataclismos, que tal? 🙂
Salvador,
É uma especulação, evidentemente, mas esse artigo talvez sugira uma explicação ao paradoxo de Fermi. Se a possibilidade existência de vida extra-terrestre aumenta a medida que nos aproximamos do centro da galáxia, visto que provavelmente somos exceção não regra, as poucas chances de contato ficam ainda menores. Afinal, esses seres, mesmo superinteligentes, podem estar a 20 ou 40 mil anos luz de nós (não exatamente vizinhos) e há 20 ou 40 mil anos atrás não emitíamos nenhum sinal de vida inteligente da terra. Especulação, eu sei…
Verdade. Eles apontam que a chance de contato por “acidente” (transmissões vazadas) é bem improvável, porque as redondezas devem ser menos povoadas que as regiões mais internas.
Venho me despedir do blog, vou ficar um belo tempo sem internet, pra minha sanidade!
Não vou levar mágoas do Oswaldo, juro! 😛
Só queria deixar uma pergunta pro Salva.
Na hipótese de o universo ser infinito, sempre ter existido e assim continuando a ser, podemos então afirmar que um dia nós estaremos numa outra Terra, evoluídos como agora e fazendo as mesmas perguntas? Pois se o universo tem todo o tempo pra tentar todas as combinações possíveis, não é plausível isso? Agradeço demais, Salva. Seu trabalho na Folha é top, desperta questionamentos, faz a gente pensar fora da caixinha e nos trás alguma esperança na nossa raça. 🙂
Valeu :=P
Foi mal, quis dizer traz* e não trás!
Fabio, sim, é plausível isso, supondo que o Universo seja infinito no tempo e no espaço. O que remonta a algumas religiões orientais, que falam em ciclos infinitos e repetitivos. Mas algo me diz que “infinito” é só uma abstração matemática. Não consigo imaginar que seja uma propriedade real de qualquer coisa. Mas vai saber…
Bom descanso! E volte logo! 🙂
Abraço!
Fábio,
Esta é a grande questão filosófica Nietzsche
filosófica de Nietzsche
Ficaria chateado se levasse, felicidades e desculpe-me por qualquer coisa que pudesse ofende-lo.
Na verdade há uma desconsideração pelo estudo dos mundos orbitantes aos planetas gasosos, vez que parece só considerar os planetas “oxigenados”. Mundos líquidos afastados nos sistemas, gelados, podem circundar gigantes e também abrigar seres nas profundezas de seus oceanos protegidos por gelo, seres que podem trilhar seus bilhões de anos evolutivos bem quietinhos embaixo do líquido, protegidos até de supernovas pelas crostas espessas de seus mundos. Considerada essa variável, grosso modo, e já que no centro haveria mais material para formar rochosos, os gigantes teriam mais “luas”, e assim ainda prevaleceria a vitória do centro galático se a proporção desses mundos líquidos orbitantes aos planetas gasosos fosse no mínimo igual entre o centro e os braços galáticos. Se for menor, não daria para concluir o estudo pela vitória do centro, pois a grande sacada é que a variável extintiva “supernova” não teria muito efeito nesses mundos com capa protetora.
De qualquer sorte, e lendo a conclusão do artigo, não acredito em um desvio sobre a civilização humana poder não ter par em inteligência na galáxia. Considerada nosso atual conhecimento galático todos os vetores conotam que a vida pode ser bem comum e a inteligência pode se desenrolar em rol não taxativo em um universo tão vasto, e isso além dos fatores extintivos elencáveis até o limite de nosso conhecimento, porém é crença pessoal. Concordo com a conclusão do artigo, por outro lado, que estamos num mato sem cachorro para concluir qualquer coisa de forma teórica. O que é bom ponderar é que não há como elencar vetores que apontem negatividade de vida no universo. Por outro lado as experiências práticas já com os meios disponíveis podem nos trazer belas surpresas em breve. É o que aguardamos e contamos com o mensageiro sideral para nos informar!
Muito interessante, Salvador. Engraçado, pois achava que a metalicidade de uma galáxia era uniforme. Ledo engano, já que as regiões centrais são mais “povoadas” e, portanto, já tiveram mais supernovas semeando elementos pesados.
Pensando nisso, é de se levar em conta que aglomerados globulares também poderiam ser alvos para a procura de vida (são muito densos e velhos). Está certo este raciocínio?
Abraço!
Dois conceitos:
1) Estamos falando de probabilidade de vida inteligente na nossa galáxia: com seus 200 bilhões de estrelas, é estatisticamente certa a sua existência, mesmo porque a densidade maior na área central, não significa proximidade: as distâncias entre estrelas naquela região continuam enormes, respeitado o necessário afastamento do centro propriamente dito, com seu buraco negro gigante e respectivo horizonte de eventos.
A densidade de uma galáxia é algo que escapa ao senso comum: quando Andrômeda nos atingir, daqui a alguns bilhões de anos, ela e a Via Láctea passarão uma pela outra com pouquíssimas colisões diretas. Os danos e deformações serão por conta de efeitos gravitacionais praticamente.
2) Vamos extrapolar essa especulação para além da nossa galáxia, para o universo conhecido: são bilhões de galáxias, e agora quatrilhões de estrelas, com todas as idades: alguém duvida da existência de vida inteligente nessa escala?
Oi, Salvador! Não li ainda os comentários, vim direto do texto para escrever.
Acho que Itamar, oswaldo e roger vão pirar com esse post, o Apolinário vai fazer pouco caso, mas ele, pelo menos, entende de ESTATÍSTICA e mesmo querendo, não pode eliminar probabilidades maiores que zero, mesmo que pequenas.
Uma coisa, no entanto, tem que ser levada em conta: pelo que percebi do seu post, os autores não consideraram, nem poderiam, o fato de que uma espécie inteligente pode surgir e desaparecer alguns milênios depois de atingir um avanço à tecnologia. Assim, se existiram vidas inteligentes mais para o centro da galáxia, pode ser que não existam mais e pode ser que outras estejam evoluindo.
Discordo 100% de muitos que afirmam de maneira categórica, que uma civilização alienígena avançada em termos tecnológicos, não teria o mínimo interesse em civilizações como a nossa, e fazem comparações estapafúrdias, como o desinteresse do homem para com uma ameba, pelo simples fato de haver uma diferença brutal entre um ser humano e uma ameba: A INTELIGÊNCIA. Qualquer civilização avançada tecnologicamente se interessaria de imediato por uma civilização que demonstrasse, um mínimo de inteligência primitiva, imagine a nossa, que queira ou não, já alcançou bons níveis de maturação e conhecimento científico. Se qualquer espécie terrestre, exceto a nossa, demonstrar visivelmente, um princípio de inteligência, pode ter a certeza, que chamará de imediato a nossa atenção. Se houvéssemos descoberto em alguma das luas de Júpiter, uma civilização com inteligência primitiva, estaríamos deslumbrados e superinteressados.
Uma coisa é VIDA, outra é VIDA INTELIGENTE…
Se não houvesse a inteligência do homem na Terra provavelmente só haveria mato, rios e oceanos com vida animal e isso por milhares de anos, milhões, bilhões…
A vida inteligente não passa desapercebida por muito tempo, nós estamos lançando ondas de comunicação pelo universo e até agora que se sabe não fomos respondidos e nem captamos alguma coisa significativa.
Como estudo o artigo é valido num exercício dirigido para pensar livre pensar, mas como argumento concreto ainda não se vê absolutamente nada, no meu ponto de vista. Como teoria possível, salvo observações citadas acima nos comentários e no próprio texto.
Nós estamos enviando sinais ao espaço há menos de 100 anos, e um sinalzinho que vai ficando cada vez mais fraco a medida que viaja. A notícia de que estamos vivos não conseguiu ir muito longe ainda e é bem possível que nem seja detectada
A vida inteligente só é notada quando interagida, quando comparada. Uma pessoa em um lugar deserto e sozinha nunca será notada, por maior que seja seu QI, esta é também uma das agonias do ser humano.
Concordo, mas, acho que eles mais se referem a vida tecnologicamente desenvolvida, que pode mudar os materiais do ambiente e construir sistemas de comunicação à distância…
Se pensarmos bem, os cães, os gatos, os golfinhos, os elefantes, são também inteligentes.
Boa tarde. Será que la no centro da galáxia também tem gente do PT ? ou eles já se livraram deste mal durante o processo de evolução????
Não™.
Sim, Alexandre. Há rumores na comunidade científica de que as outras formas de vida inteligente já se livraram do PT nas outras civilizações. E lá, como cá, optaram por manter a versão deles de PSDB, PMDB, DEM, PSB, PV, entre outros, pois constataram que o problema era só o PT. Com esses outros partidos o mundo vive bem, em paz, e melhor.
Não, eles foram colocados no seu eppendorf.
Salvador, você é o cara, poderiamos ter mais uns 10.000 salvadores em nosso país para torna-lo melhor, sinceramente.
Parabéns e continue assim, sempre!
Salvador,
Sempre que você publica algo a respeito de possibilidade de vida extraterrestre surge muita discussão nos comentários.
Sugiro uma matéria sobre o paradoxo de Fermi, o qual discursa sobre a contradição entre as altas estimativas de haver vida extraterrestre e a falta de contato ou mesmo prova de sua existência.
Acompanho seu blog a pouco tempo e caso já tenha publicado, pode republicar o link?
Alvaro, falo um pouco sobre o paradoxo de Fermi no meu livro “Extraterrestres”. Mas há tantas possíveis respostas para ele que acho, sinceramente, pouco frutífera a discussão. Você há de ter notado, contudo, que o título desse texto é uma referência a ele. 😉
Penso de forma diferente. Considero o “paradoxo de Fermi” um raciocínio fundamental e um caminho seguro para discussões mais sérias a respeito da (in)existência de Vida extraterrestre. Aliás, o nome “paradoxo” já é um tanto preconceituoso, pois pressupõe que existe um conflito quando, na verdade, ele é uma dedução lógica.
Ele é o contrário do artigo em questão, que parece dúbio em suas conclusões, ora afirmando que
“A emergência da vida e a da inteligência podem ser eventos verdadeiramente raros, e sua ocorrência na Terra pode ser um desvio estatístico. É possível que nenhuma outra forma de inteligência (ou vida de qualquer tipo) tenha surgido em qualquer outro lugar da nossa galáxia”
e em um outro momento dizendo o contrário
“Entretanto, a alternativa — de que a vida e a inteligência existam em outro lugar da nossa galáxia — também é possível, e os resultados desse estudo sugerem que esse possa ser o cenário mais provável.”
Pois é, já não temos mais cientistas do quilate de um Enrico Fermi…
Apolinário, os dois parágrafos que você cita não são excludentes! Em resumo, não dá para afirmar que há vida inteligente lá fora, nem que não exista, mas podemos afirmar “é possível que haja, tendo em vista as propriedades físicas do universo”.
Aguardemos, temos milhões de anos para descobrir, se sobrevivermos como espécie.
Radoico,
O Apolinário, como sempre, utiliza-se de leviandade para tentar colocar suas idéias. Percebe-se que é uma pessoa inteligente, logo tenho que concluir que é proposital tirar os parágrafos de contexto para forçar uma falsa conclusão. Quem não se ateve a ler o texto do começo ao fim, acaba embarcando na onda do Apolinário, sempre semeando polêmicas que nem ele mesmo acredita.
Caro Salvador, adorei este artigo. Muito interessante mesmo. Mas gostaria que vc esclarecesse uma duvida – Vc escreveu que a explosao de uma supernova mesmo a centenas de anos luz pode liquidar a vida no planeta. Considerando que a maior velocidade no universe eh a da luz, as radiacoes da explosao levariam centenas de anos para destruir a camada de ozonio, certo? Ou nao.
Desculpe os erros deste comentario. Eh problema do meu teclado. Ah, continuo nao acreditando na ida do homem aa Lua.
Entre a explosão real e seus efeitos chegarem a um planeta, sim, centenas de anos. Mas, uma vez que eles cheguem, a destruição da camada de ozônio seria bem rápida…
Amigo, sugiro ler http://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/2013/08/23/cinco-provas-da-ida-do-homem-a-lua/
Mas e a maior densidade de corpos celestes, as intensas força gravitacional e radiação gama (inclusive de Sgr A*), não aniquilariam estes mundos hipotéticos, tornando-os inviáveis à vida? Esclareça-nos, mestre.
Antonio, note que os pesquisadores não exploraram a situação do núcleo galáctico em si. Eles começam a simular o disco a uns 8.000 anos-luz do centro. Então, quando falo de regiões mais internas, não me refiro ao núcleo. Lá a coisa deve ser braba mesmo (embora o paper nada fale sobre isso).
Mundos habitados já foram afirmativas de astrônomos franceses, como Camille Flamarion nos idos de 1760. Não será a nossa geração a privilegiada do contato visual e corporal dada às diferenças evolutivas apresentadas, com bem comentado no artigo do Salvador.
Deus não iria criar um Universo inteiro só com o propósito de colocar o planeta terra nele e criar vida por aqui. O custo benefício seria muitíssimo inviável. Por isso acredito que existam vida lá fóra e mais, viemos delá.
Sim,ou poderia ser diferente,tipo a vida é um acidente cosmico e não haveria sentido algum,o que descarta totalmente a hipotese de uma mente criativa visto a imensidão do cosmo.Para mim se não houver vida em outro lugar no cosmo,ele será um lugar muito depressivo,isto é,no meu pensamento humano limitado é claro.
Só um aparte: Não entendemos nem de nós mesmos, não usamos nem 10% de nossa capacidade racional e inteligente. Questionar o que? Vaidade, ó vaidade, tudo é vaidade. Não temos condições de alterar ou modificar o que é, triste sina.
Isso aí é lenda. Usamos 100% do nosso cérebro.
100% de 1 GB
Prove que usamos apenas 10% do nosso cérebro. Por favor.
Bom, pelo menos os átomos do teu corpo você pode ter certeza que, em algum momento, vieram lá de fora.
Bom, pelo menos os átomos do teu corpo você pode ter certeza de que, em algum momento, vieram lá de fora
Só o fato de questionar se existem ou não vidas extraterrestres já é o bastante para saber o quanto somos egocêntricos e poucos evoluídos. Olhem a imensidão disso tudo, como podemos ser um ponto fora da curva? o Universo é um berço lotado de vidas de várias formas com diversos graus de evolução.
Ué, mas por que não podemos ser um ponto fora da curva, isto é, um espirro da natureza?
Muito interessantes as informações, essa é uma das poucas colunas que levam a sério a verdade e o conhecimento. Com relação ao aliens, acho que dificilmente farão contato conosco, se forem muito mais avançados que nós, porque razão fariam contato com a humanidade/ Seria o mesmo que um humano tentar falar com uma ameba…..
Discordo 100% de sua afirmativa, pelo simples fato de haver uma diferença brutal entre um ser humano e uma ameba: A INTELIGÊNCIA. Qualquer civilização avançada tecnologicamente se interessaria de imediato por uma civilização que demonstrasse, um mínimo de inteligência primitiva, imagine a nossa, que queira ou não, já alcançou bons níveis de maturação e conhecimento científico. Se qualquer espécie terrestre, exceto a nossa, demonstrar visivelmente, um princípio de inteligência, pode ter a certeza, que chamará de imediato a nossa atenção.
Tomara que sejam mais inteligentes que as pessoas aqui da Terra, pelo amor, mais da metade dos posts foram por que o autor digitou errado uma data.
O assunto em si, poucos comentários úteis, o sentimento que querer questionar e as vezes, zombar é maior do que a mensagem da postagem.
O essencial é visto pelo coração, não pela razão. Mesmo porque se for milhões, bilhões ou trilhões não faz diferença porque são teóricos e o que o Salvador está dizendo é outra coisa. Concordo contigo.
Boa tarde, Salvador.
Vou te fazer uma pergunta fora do contexto da sua publicação mas como me intriga muito vamos lá!
Como o homem foi a Lua na década de 60 com a tecnologia muito inferior a atual e hoje só pensamos e voltar lá na próxima década dependendo de vários fatores, me soa estranho, e quero deixar claro que não sou cetico quanto a ida do homem por lá; só não consigo entender o que nos prende tanto a voltar lá? Com nossos avanços tecnológicos, parece que regredimos e não avançamos não parece?
Sei que temos sondas, etc…. Mas o fantástico e por o pé nos lugares e parece ser uma odisseia impossível refazer algo que já fizemos! No mínimo me causa estranheza?!? Não acha?
Jean, são duas coisas. Primeiro, nós de fato andamos para trás. A Nasa só conseguia sustentar, com seu orçamento, um sistema de espaçonaves de cada vez. Quando o Projeto Apollo foi cancelado, a ideia era fazer um ônibus espacial que BARATEASSE o acesso à órbita terrestre. Só que os ônibus saíram tudo, menos baratos de operar. E aí não sobrou dinheiro para mais nada que não fosse a Estação Espacial Internacional — prioridade americana formada na Guerra Fria em razão do desenvolvimento das estações espaciais soviéticas. Agora, estamos tentando reconstruir a capacidade perdida com o fim do Apollo, mas o preço foi o cancelamento dos ônibus espaciais. E o tempo de desenvolvimento é muito maior, porque (1) a Nasa ainda tem a estação espacial para sustentar e (2) não haverá uma injeção brutal de dinheiro como durante o Projeto Apollo (a Nasa chegou a responder por 5% do orçamento total do governo americano naquela época; desde então, se estabilizou em cerca de 0,5%). Então, no fim, tudo se resume a dólares e ao fato de que os ônibus espaciais foram uma aposta interessante, mas que se mostrou errada no fim das contas.
Caro Jean, a resposta para seu comentário é a seguinte: falta coragem. Lembre-se dos homens e mulheres da época dos descobrimentos do Brasil, da América e de outros lugares do nosso mundo. Eles não tinham nada do que temos hoje. Partiam na cara e na coragem. Veja as guerras de hoje, quase todas travadas à distância, não temos mais a coragem de lutarmos cara a cara com nossos inimigos. Já pensou se os EUA enfrentassem seus inimigos cara a cara num campo de batalha isolado, quanto sofrimento para as pessoas inocentes seria evitado? É isso mesmo, falta coragem aos seres humanos atuais!
http://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/2013/08/23/cinco-provas-da-ida-do-homem-a-lua/
e
http://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/2014/01/15/mais-cinco-provas-da-ida-do-homem-a-lua/
Que inusitado, sempre pensei exatamente conforme a previsão da segunda parte do artigo, ou seja, que o centro da galáxia é um lugar muito turbulento para a vida. A radiação cósmica provenientes dos eventos esterilizantes como super novas poderia exterminar as formas de vida mais complexas, o que não acontece nas partes mais externas da galáxia, com menor concentração de estrelas e por isso mesmo menor radiação.
Eu também. E muita gente que discute a “zona habitável galáctica” descarta as regiões mais internas por isso. Mas a simulação mostrou outra coisa… 🙂
Supondo que alguma civilização já tenha evoluído 50 milhões ou 1 bilhão de anos antes da nossa, com certeza estariam em um estágio em que simplesmente não teriam nenhum interesse pela nossa existência, a não ser como uma curiosidade biológica.
Me parece que essa análise é falha e superficial. Há evidências que apontam que a Via Láctea cresceu “devorando” galáxias-anãs menores, que devido a interação gravitacional acabam se desmanchando e as estrelas passam a girar ao redor do centro da galáxia maior (no caso a Via Láctea). Inclusive, a própria Via Láctea será devorada por Andrômeda daqui há uns bilhões de anos.
Desta forma, toda a simulação realizada na formação de estrelas estaria errada, e inclusive o próprio Sol pode ter nascido em uma galáxia-anã, sendo semeado por uma supernova ocorrida no centro desta, e posteriormente tal galáxia foi absorvida pela Via Láctea.
Além disso, há alguns cientistas que suspeitam que o evento de extinção do Ordoviciano-Siluriano foi causado por uma supernova próxima, e que portanto não teria sido capaz de esterilizar o planeta. Se este for o caso, é de esperar que outros eventos semelhantes tenham acontecido nos períodos Arqueano e Proterozóico sem dar um reset total na vida terrestre (apenas não deixaram muitas evidências visíveis hoje). Em especial, durante eventos “snowball earth”, grossas capaz de gelo sobre os oceanos protegeriam a vida mesmo em caso de supernovas.
Além disso, como o centro galático têm uma densidade de estrelas bem maior, as estrelas poderiam se aproximar umas das outras com maior frequência e com isso desestabilizando as órbitas dos planetas, podendo ocasionar colisões ou órbitas excêntricas, que prejudicariam muito a vida inteligente.
Entretanto, não estou dizendo que o centro da galáxia tem melhores condições de vida inteligente ou não. Só estou achando que a análise está furada demais para poder se concluir qualquer coisa.
Pontos para pensar, mas esse estudo serve para qualquer galáxia…
Como todo modelo, há simplificações. Além disso, como estimar situações desconhecidas?
O nosso Sol tem menos de 5 bilhões de anos e, reconhecendo que não sou especialista no assunto, nunca ouvi ou li nada que considerasse que houve um encontro nosso com outra galáxia nesse pequeno espaço de tempo. Não haveria mais pistas dessa ocorrência? Pelo que entendo, o Sol surgiu aqui mesmo, na Via Láctea.
Nogueira,
apenas um detalhe:
Em seu artigo, na seção “A evolução da Galáxia e da Vida”, no sexto parágrafo consta o seguinte tracho “Na Terra, isso levou uns 600 bilhões de anos.” Não seria 600 milhões de anos?
Acompanho assiduamente o mensageiro sideral. Parabéns pelo Trabalho
Sim, já corrigi! Valeu! Abraço!
Essa ideia é intrigante, pois é há outras questões envolvidas. Imagine que várias civilizações tenham surgido quase ao mesmo tempo no centro da Galáxia, já que as probabilidades disso acontecer por lá são maiores, então é de se esperar que algumas dessas civilizações estariam atingindo um grau de sofisticação tecnológica similar ás outras mais ou menos na mesma época. E já que estariam tão próximas algum tipo de contato seria inevitável, mesmo que só fossem uma ouvindo a outra por ondas de rádio. O que surgiria daí? Cooperação? Guerras? Afinal estariam dividindo o mesmo espaço vital, e territorialismo é algo presente em boa parte dos seres vivos, pelo menos aqui na Terra. Talvez isso explique o silêncio de nossos céus, estamos simplesmente longe demais dos outros, talvez tão longe que nem julguem que há alguém aqui. Talvez matemáticos do centro da Galáxia tenham calculado que as condições para haver planetas habitados na periferia da Galáxia sejam tão ínfimas que não dão ao trabalho de procurar.
Interessante teu ponto de vista! Realmente, se alguma forma de vida tenha atingido níveis pelo menos similares aos nossos de autoconsciência, antes de ir ao espaço necessariamente teriam que desenvolver formas também similares de física e matemática (afinal, as regras são as mesmas lá e cá). E, chegando à conclusão que vida inteligente na nossa área da galaxia seria estatisticamente muito pouco provável, talvez não direcionassem recursos para explorar a área! Booa!
Abração!
Muito boa dedução, Luciano,
O texto fala em 2 bilhões de anos. Civilizações mais evoluídas provavelmente conseguiriam viajar a velocidades próximas a da luz. Os tripulantes, caso as naves fossem tripuladas, seriam praticamente imortais em função da dilatação do tempo. Os locais da Via Láctea com os seus 100.000 anos luz, seriam bem acessíveis. Os mais aventureiros talvez encarariam os 2.000.000 anos luz até Andrômeda. Mesmo a Terra, meio que na periferia, mas que já está coberta de florestas e com animais complexos a mais 500.000.000 de anos já deveria ter se tornado um ponto turístico interessante no mínimo para um bando de astrobiologos nerds que fariam fila pra fazer um sobrevoo no planeta. Mas, sempre fica a pergunta, onde está todo mundo?
E o mais interessante, essa “congelada do tempo” faria com que os ocupantes de uma nave interestelar também ficassem congelados, pela lógica. Acredito que com o tempo em “stand by”, eles não poderiam se mover ou mesmo seus neurônios poderiam trocar informações, quer dizer: fariam a viagem paralisados a partir do momento que atingiram quase a velocidade da luz. Ou seja, para eles, as viagens seriam um piscar de olhos, uma escolha a ser feita em relação a realidade fora da nave que nunca mais seria a mesma.
Hipotese Zoo.