A Terra já nasceu grávida?

Salvador Nogueira

Uma análise de alguns dos cristais mais antigos do nosso planeta encontrou traços de carbono que podem ter sido gerados por atividade biológica há 4,1 bilhões de anos — 300 milhões de anos antes dos indícios de vida mais remotos conhecidos até então. Ou seja, ao que parece, a Terra, que hoje tem 4,5 bilhões de anos, praticamente nasceu grávida.

Nosso pálido ponto azul pode ter tido vida há 4,1 bilhões de anos! (Crédito: Nasa)
Nosso pálido ponto azul pode ter tido vida há 4,1 bilhões de anos! (Crédito: Nasa)

Caso o resultado represente mesmo a ação da vida, será o mais antigo indício biológico na Terra. Até agora, os fósseis mais antigos remontam a 3,5 bilhões de anos e há algumas evidências químicas — embora ainda controversas — de vida há 3,8 bilhões de anos.

O estudo foi conduzido por pesquisadores da Universidade da Califórnia em Los Angeles, e consistiu na análise de 656 grãos de cristais de zircão de Jack Hills, no oeste australiano, com idade superior a 3,8 bilhões de anos, em busca daqueles que pudessem ter carbono incrustado. Acabaram com dois grãos, um dos quais não exibia rachaduras externas, sugerindo que o material interno foi inserido lá durante a formação do cristal.

Realizando datação com base na proporção de urânio e chumbo presente no zircão — urânio tende a decair e se transformar num elemento mais estável numa taxa conhecida –, concluíram que o zircão se formou 4,1 bilhões de anos atrás.

E o mais surpreendente eles descobriram ao analisar os tipos de carbono presentes em seu interior. Carbono é um átomo com seis prótons em seu núcleo, mas o número de nêutrons pode variar. As versões estáveis são as com seis e sete (carbono-12 e carbono-13). Já a com oito (carbono-14) é instável e decai com o tempo (por isso a taxa de carbono-14 é usada para datar amostras).

Ao comparar a proporção desses isótopos (assim são chamadas as versões variadas de cada elemento), os cientistas notaram um enriquecimento anômalo de carbono-12 com relação ao 13. O processo mais comum a produzir isso é atividade biológica — por alguma razão, a vida prefere carbono-12.

Daí a ideia de que esse carbono grafite encontrado no cristal de zircão foi um dia, 4,1 bilhões de anos atrás, parte de um organismo vivo. Mas não necessariamente. “Com certeza, nem todos os sinais isotópicos de carbono leve são biogênicos”, dizem os autores em seu artigo publicado ontem nos “Proceedings of the National Academy of Sciences”, publicação da Academia Nacional de Ciências dos EUA.

Há outros mecanismos que podem ter gerado a proporção menor de carbono-13 sem evocar a presença de vida, mas a hipótese de vida a 4,1 bilhões de anos não é nada absurda. Na verdade, estimativas da época do primeiro ancestral comum de toda a vida na Terra com base na genética colocam essa criatura pioneira mais ou menos nessa época.

UMA TERRA AMIGÁVEL
O surpreendente da história toda, caso seja confirmada, é que ela mostra uma Terra que desde muito cedo já se mostrou habilitada a abrigar formas biológicas. E isso, por si só, já “relaxa” os requerimentos exigidos para a origem da vida. Afinal de contas, essa Terra primitiva, mais de 4 bilhões de anos atrás, estava longe de ser o planeta simpático que é hoje.

Para citar um exemplo, ainda estava por acontecer o bombardeio que produziria as grandes crateras lunares, datado em cerca de 3,9 bilhões de anos. E antes disso o número de impactos também não devia ser nada irrelevante — o Sistema Solar levou um tempo até se aquietar, após sua formação, 4,5 bilhões de anos atrás. A própria Lua teria se formado de uma colisão gigante de um mundo do tamanho de Marte com a Terra naqueles primórdios selvagens.

Mark Harrison, um dos autores do estudo, defende que a Terra já era amigável à vida desde o começo (Crédito: UCLA)
Mark Harrison, um dos autores do estudo, defende que a Terra já era amigável à vida desde o começo (Crédito: UCLA)

Aliás, é justamente por isso que é tão difícil encontrar amostras muito antigas da crosta terrestre, remontando até sua origem — impactos e vulcanismo devem ter remoldado diversas vezes a superfície terrestre ao longo do primeiro meio bilhão de anos.

Para Mark Harrison, pesquisador da Universidade da Califórnia em Los Angeles que participou do estudo, a conclusão é clara: “A vida na Terra pode ter começado quase instantaneamente. Com os ingredientes certos, a vida parece se formar muito depressa.”

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Comentários

  1. Não é que nasceu grávida. A Terra foi fecundada ainda bebê!

    Creio que existe água na Terra desde a primeira grande leva de meteoros que atingiu o nosso mundo, após a formação planetária.

    Aonde existir água em estado líquido, ande existir uma fonte termal, aonde existir compostos de carbono, ele vai se combinar com os outros elementos e formar as mais diversas moléculas.

    Não ficaria surpreso se a vida na Terra pudesse ter então surgido e logo depois ter sido extinta por algum fenômeno ou cataclismo, várias e várias vezes até se firmar.

  2. Salvador, eu penso mais ou menos como o colega abaixo, se a vida na Terra existe há tanto tempo nosso planeta estar espalhando ela por aí, eu já achava 3,5 bilhões de anos tempo mais que suficiente para isso, pense no caminho percorrido pelo nosso sistema solar nesse tempo todo! É tempo mais do que suficiente para algum esporo perdido “flutuar” até alguma outra atmosfera perdida. Será que não existe no caso dos planetas algo parecido com as estrelas? Tipo, há estrelas de primeira geração que sintetizam elementos mais pesados durante sua evolução, elementos estes fundamentais para a vida, como carbono, oxigênio, nitrogênio e os diversos metais e não-metais, e que acabaram por se aglutinar em outras nebulosas e formandos outras estrelas como o nosso Sol e sua companhia de planetas, talvez acha também planetas onde a vida seja “sintetizada” pela primeira vez e daí, por panspermia, se espalhe pela galáxia. Levando em consideração a idade do Universo e de nosso próprio Sistema Solar, a Terra com certeza não é o primeiro mundo a fazer essa semeadura, acredito que milhões de outros mundos grávidos tenham surgido antes, mas com certeza ela também reuniu todos os requisitos para isso, ao que tudo indica a primeira célula tal como conhecemos surgiu aqui mesmo no planeta, mas talvez protocélulas sejam comuns em mundos grávidos e alguma possa ter vindo de fora e incendiado o ambiente terrestre com vida. É como as sementes dos dentes-de-leão, elas pousam numa terra estéril, se desenvolvem e produzem novas sementes, levadas pelo vento para outras terras, talvez em escala cósmica isto esteja acontecendo o tempo todo, com uma ajudinha do vento solar, melhor, vento estelar, já que falamos também de outras estrelas e sistemas solares.

    1. Desculpe Salvador, escrevi este texto na empolgação e está cheio de erros de escrita. Se o povo não entender pode apagar. :/

      1. Relaxa. Eu faço isso às vezes também. E o pior: sempre tem 30 comentaristas espertos para apontar minhas falhas! 🙂

    2. Sim, Luciano, é bem possível que esse ciclo de contágio da vida pelo Universo seja bem antigo e não tenha começado com a Terra. A hipótese da panspermia sugere exatamente isso.

  3. Salvador:

    Parabéns pelos seus textos. Estão cada vez melhores. Sem deixar de ser coloquiais, respeitam o vernáculo.
    Saborosos, são leitura obrigatória!(Ainda que aqui ou ali encontre pontos de divergência).
    Continue assim!
    AAM

  4. Salvador tem algo que me intriga.

    Há vida na Terra espalhada por todos os lados, até mesmo na alta atmosfera.
    Seria possível que o vento solar arraste parte da nossa atmosfera e carregue com isso micróbios que estão lá?

    Se isso for verdade a Terra tem semeado a vida pelo sistema solar a incontáveis anos.

    Sei que o espaço é ingrato com a vida, mas existe a chance de vírus ou algum tipo de esporo sobreviver e ser levado a outros corpos do sistema solar.

    Colisões de meteoros também mandaram pedaços da Terra para o espaço, carregando muito material biológico.

    Vamos supor que algum microbio terrestre tenha chegado nas regiões úmidas de Marte e sobrevivido, ou mesmo numa das luas “molhadas”dos grandes planetas. Encontrando um ambiente propicio devem ter reproduzidos e evoluídos por lá.

    Sabemos q a vida é muito estável, portanto, mesmo tendo evoluído por lá devem ter mantido a mesma estrutura básica daqui.

    Caso um dia encontrem uma dessas criaturas, seria possível determinar se tem origem terrestre por algum tipo de assinatura biológica?
    O que vc acha?

    Abs!

    1. Pallando, sim, a Terra tem “emitido” vida há um tempão. Talvez por mecanismos mais simples, em grãos de poeira suspensa na atmosfera, ou ainda dentro de rochas ejetadas do planetas por colisões de asteroides, mas, sim, vida terrestre vaza da Terra direto. É bem possível que, se encontremos vida marciana, ela tenha origem na Terra. Inversamente, considerando o passado de Marte, é igualmente possível que sejamos todos descendentes de marcianos…
      A forma de identificar a origem seria comparar o metabolismo e o DNA (se é que terão DNA) dessas criaturas.
      Abraço!

      1. Salvador, você está ha algum tempo sem dormir, cansado, ou realmente pensa o que escreve? Na segunda hipótese, como seu amigo, aconselho um tratamento do alemão.

        1. Você é meu amigo? Logo se vê quem não bate bem por aqui. Apesar de não gostar de ciência e por vezes adotar a postura de um ogro ignorante, você é obcecado com meu trabalho a ponto de vir todo dia encher o saco. Isso sim é matéria interessante para psiquiatras…

          1. Obcecado pelo seu trabalho é demais. Tento entender até onde vai alguém pelo seu trabalho, chegando as vezes as raias do absurdo. Quanto a encher o saco é a reciprocidade de ter que aguentar todo dia os marcianos passeando pelo folha on line. A única forçada foi a do “amigo”, cá entre nós, só pela educação.

          2. Cara, se você acha que o pessoal aqui fala coisas absurdas, por que vem?
            Do meu ponto de vista, você é que só fala asneiras. Mas eu jamais iria perder meu tempo visitando um blog seu para te dizer isso — quanto mais fazer isso todo santo dia. Se não é obsessão, então o que é que faz você vir aqui direto? Talvez a necessidade de chamar a atenção? Vai saber. De toda forma, é triste. Sinto muito por você.

  5. Se a idade da Terra é de aproximadamente 4,5 bilhões de anos e descobrimos vestígios de vida primordial, lá pelos 4,1 bilhões de anos, passou um tempinho para aparecer, né? 400 milhões de anos, mesmo em escala astronômica, é tempo pra chuchu! Imaginem agora, o tempo que foi preciso para a nossa espécie aparecer. O homo sapiens tem idade de acordo com a ciência entre 100 e 160 mil anos. Um tempo de evolução gigantesco, da ordem de + ou – 3,940 a 4 bilhões de anos. É de dar nó na cabeça de qualquer um. CARL SAGAN brasileiro, se os grandes dinossauros não estivessem sido extintos, estaríamos aqui? Acho que não! Então temos que ser gratos a essa famosa colisão.

    1. Errata: onde se lê + ou – 3,940 a 4 bilhões de anos, leia-se: + ou – quatro bilhões, noventa e nove milhões e oitocentos e quarenta mil anos / quatro bilhões, noventa e nove milhões e novecentos mil anos…kkk eita erro astronômico…rsrs

  6. Em tempo: adorei o seu artigo, pois é um assunto pelo qual tenho o maior interesse e curiosidade.

  7. O fato de a vida “preferir” o carbono 12 não é justamente per ser este mais estável? Penso que um ser vivo formado por carbono 13 ou 14 seria um ser emissor de radiação – radioatividade – por todo o período de vida, e os restos mortais continuariam a sê-lo por muito tempo. Eu estou sendo razoável ou disse besteira?

    1. Não foi rifado. Só estava a caminho do lançamento do meu livro!
      Respondendo: carbono-13 é estável também. A vida provavelmente prefere carbono-12 porque é preguiçosa. Manipular carbono-12 é mais “barato”, em termos energéticos, que carbono-13. (Um nêutron a menos para carregar por aí.) Já carbono-14 é instável mesmo (meia-vida de 5.700 anos) e sua quantidade começa a decair assim que o organismo morre (e por isso podemos estimar quantos anos têm esses fósseis humanos mais recentes, mas não dinossauros, que a essa altura perderam completamente o carbono-14).

  8. Aos poucos a Ciência vai nos mostrando que o nosso belo planeta Terra é muito mais do que um “pálido ponto azul”, na descrição infeliz de um famoso ateu científico. É evidente que temos um papel muito especial na Ordem Cósmica. Vejam que essa pesquisa já nos conduz à idéia de “criação instantânea”, coisa considerada impossível pelos evolucionistas.

    Já sinto o sabor da vitória. É uma questão de tempo…

    1. Huahuahuahua, é justamente o contrário, meu caro Apolinário! O que choca é que a Terra — apesar de NÃO ser especial — desenvolveu a vida muito depressa (“instantaneamente”? Só na escala geológica, que não enxerga a diferença que fazem coisas como 50 milhões de anos). Isso significa que Marte também deve tê-la desenvolvido. E sabe-se lá mais quantos lugares espalhados pelo Universo. Sua batata está assando, Popô. Esconda-se atrás do argumento “fora criaturas insignificantes” que você terá uma sobrevida um pouco maior aqui nos comentários. 🙂

    2. Lembro ao ilustre blogueiro que quando mencionei “unicelulares insignificantes” coloquei também a frase “desgarrados do seu LAR terrestre” (pode conferir com o seu aparato de busca). Portanto, a TERRA continuará a ser o grande agente que produz a VIDA no Universo.

      Quanto a Marte, em breve vou testemunhar a decepção dos adoradores das “supercivilizações” quando a NASA declarar lacônicamente a inexistência absoluta de vida naquele planeta…

      1. Isso é o que veremos em breve, não? E não é empolgante a busca da ciência pelo conhecimento? Pena que alguns prefiram se agarrar às convicções em vez de colocá-las à prova… 😉

      2. Nossa, que imbecil. Não entendo porque alguém que não acredita na ciência frequenta e comenta tanto um blog como esses. Deve ser algum desejo reprimido ou algum trauma. Só isso explica…

    3. Esse Apolinário é um belo exemplo dos “sabichões” comentaristas que o blog atrai. Vejam como o pobre fanático se esforça pra distorcer tudo a seu favor, fazendo brotar essas pérolas: “ateu científico”, “criação instantânea”…

      Daria uma bela coletânea se a gente começasse a juntar tudo…

    4. Se for comprovado esta evidência de vida na Terra em época tão remota, é sinal favorável a Panspermia.
      E não a idéias criacionistas.
      Panspermia é um golpe no Criacionismo, não o contrário!

    5. Apolinário Messias… estudando seus comentários o sr. infelizmente pode ser catalogado como um crentelho.

    6. Uma estrela de segunda e provavelmente de terceira geração, não encaixaria numa “criação instantânea”,
      se vc provar que o sol é de primeira geração, ou a primeira estrela a suportar vida em seus disco de poeira , vc ganharia um premio nobel.

    7. É Apolinário aos poucos vc vai evoluindo e entendo o bem que a ciência faz para a humanidade.
      Diante tantas verdades inegáveis vc foi dobrando ao vento da ciência… mas como o orgulho se sobrepõe às suas outras qualidades, vc se desespera para usar artifícios cada mais elaborados para ludibriar e confundir, tentando manter custe o que custar as suas convicções.
      Em outras palavras, vc não da o braço para torcer.

    8. Que eu saiba, a Bíblia diz que os humanos foram criados praticamente juntos com plantas e animais, mas a história geológica da Terra prova o contrário.

      Se houve vida incipiente há 4,1 milhões de anos, ela pode ter sido trazida por meteoros formados a partir do material interestelar que formou o Sol, portanto, a vida aqui teria vindo de outra estrela…

    9. O “ateu infeliz” vale mais do que duzentos de “crente felizes” como você, Apolinário. O que foi que conseguiu produzir até hoje, a não ser suas críticas que demonstram uma limitação condicionada pela Bíblia?
      Daqui a 200 anos Carl Sagan continuará a ser citado e lembrado. Enquanto que você, no futuro, ninguém ficara sabendo da sua existência.
      Carl Sagan foi brilhante, ao demonstrar com uma simples fotografia, que somos sim, um pálido ponto azul insignificante diante da vastidão do universo. Ainda mais deprimente, por saber-se que vivem nele pessoas como você, com seus pensamentos retrógrados.

      1. Calma, ele está escrevendo um livro. Aquele lendário livro de como todo o conhecimento importante da história da civilização dependeu da cristandade. Tipo, pólvora, foguete, papel, essas coisas que foram inventadas na China nunca tiveram importância nenhuma… 😛

  9. Nesta equação toda que insiste em apontar para a facilidade da vida, só falta encontrar o termo dedicado à vida fora da Terra.

  10. parece que eu vou ser o chato da vez, mas Salvador não tá errado o começo do post?

    não seria uma análise encontrou ou boiei agora?

      1. Só erra quem faz, quem não faz não erra. Liga não. Só precisa tomar cuidado com os corretores gráficos de plantão, adoram gozar com o p. dos outros.

        1. Relaxa. Esses errinhos são normais. Cometi um de concordância no lide. Tenho problemas com as suas ideias, não com suas pequenas falhas ortográficas.

          1. Errinhos não são normais e com relação aos ogros e ogras, a família vai bem? Babaca é a p.q.p.

          2. Sua resposta, por si só, fala mais do que eu jamais poderia — ou deveria — dizer.

        2. Quanto ao Salvador tenho certeza que foi bobagem, não foi minha intenção ser chato.

          Já quanto a você amiguinho, seu histórico aqui te condena, daí é legal mesmo te zuar

          abs

          1. O Oswaldo é um sujeito civilizado, só discorda radicalmente de muitos posicionamentos do blog, embora às vezes com uma ênfase que chega a irritar até os mais calmos.

            Agora, tem um outro cidadão aí (bem menos assíduo) que é de uma empáfia que, por si só, já desmerece qualquer coisa que ele escreva…

          2. Na boa, mas o Oswaldo é um babaca. E eu defino babaca como “Sujeito que, embora não tenha o menor interesse pelos temas tratados (ou discernimento para compreendê-los e contextualizá-los), faz questão de acompanhar todos obsessivamente, só para desdenhar daqueles que de fato se interessam”.

            Estamos falando do cara que diz que nem toda água é igual, e que a água da Terra é diferente da água do resto do Universo, embora todas sejam feitas por moléculas compostas por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio. Isso, entre outras pérolas do mesmo nível. O Oswaldo é um aprendiz de Apolinário, versão Ogro.

          3. Risos

            se o Oswaldo é civilizado e consegue demonstrar seus argumentos sem soar como um bestão de 1ª é melhor você rever seus conceitos…

          4. Pior, seu Jorge… mas neste post a coisa desandou de tal modo (e só fui ver depois do que escrevi) que até fico sem o que dizer…

  11. O fato da vida ‘surgir’ quase que imediatamente tendo os ‘ingredientes certos’ vai frontalmente contra a idéia de que seja casual (isto é, ela é previsível, seguindo leis próprias e específicas, das quais ainda sabemos muito pouco). Isto é reforçado pelo fato dela evoluir da mesma maneira mesmo após 5 grandes extinções em massa. É tão previsível que muitos cientistas acreditam que se a fita da evolução fosse ‘rebobinada’, ela seguiria exatamente o mesmo curso, e se houver vida em outros lugares do universo, ela será idêntica à do nosso planeta. Permanecem ainda, além da origem da vida em si, os mistérios de por que ela surgiu uma única vez e por que ela segue inexoravelmente o curso nascimento, desenvolvimento, envelhecimento e morte, e nunca o sentido inverso

    1. Não sou biólogo, mas não creio q a vida biológica tenha surgido uma única vez.
      Acho que a vida surge sempre onde é propicio, mas tem um detalhe… em praticamente todo ambiente da Terra a vida esta presente, sendo assim, existe concorrência. Se algo vivo surgir, primeiro que será microscópico, e depois logo vai virar “comida” dos vivos mais evoluídos.

      Não sei se fui claro 😉

    2. Não se pode dizer que ela surgiu uma única vez. A vida decorre das propriedades dos elementos químicos e das leis da Física, é um evento natural. Dizemos que é “misterioso” apenas porque ainda não conhecemos o mecanismo que leva um conjunto de substâncias químicas a se reproduzirem pela primeira vez numa região do espaço.

      Quanto à sequência “nascimento, envelhecimento e morte” está bem explicada na segunda lei da Termodinâmica.

  12. “Uma análise de alguns dos cristais mais antigos do nosso planeta encontraram traços de carbono que podem ter sido gerados por atividade biológica há 4,1 bilhões de anos — 300 milhões de anos antes dos indícios de vida mais remotos conhecidos até então. Ou seja, ao que parece, a Terra, que hoje tem 4,5 bilhões de anos, praticamente nasceu grávida”.

    Ou foi artificialmente inseminada.. 😛

      1. Naturalmente, pois é o único lugar propício para a vida. Ressaltando que o Naturalmente é o nome Daquele que é, comumente conhecido, pelos não herejes, de Deus.

        1. Hereges, você quer dizer.
          E não, não é o único lugar propício para a vida. Marte era bem parecido nessa época.
          Aprenda com o seu líder Apolinário. Ele já aceitou que formas de vida “insignificantes” podem existir em outros lugares do Universo. 😉

          1. Se o Apolinário disse isso está desaprendendo. Nem vida grande, nem pequena e se for encontrada desprendeu-se daqui.

          2. Disse sim. Ele, que é mais vivo, já está aceitando a realidade. Você chega lá. 😉

        2. Pra que você lê um blog científico se acha que é tudo mentira? Quando você ficar doente, nada de tomar remédio, hein?

          1. Eu fico aqui abismado lendo comentários como esse onde afirma que se existir vida em outro Planeta é porque essa vida se desprendeu da Terra. Difícil acreditar que em pleno XXl ainda existem pessoas com pensamentos tão arcaicos, difícil acreditar que a religião chegue a esse ponto de obstruir a tal ponto o pensamento de um ser humano.

          1. Na boa oswaldo, eu se fosse você teria vergonha de continuar frequentando esse blog, nada contra ti. Demonstrar seu ponto de vista sem desdenhar/espezinhar quem pensa o contrário, perfeito. Mas fazer como você faz só te torna objeto de chacota, como sempre…
            Tá na hora de acordar meu filho, até o dono do blog já te mostrou como tá sendo babaca…

    1. Paulo, valeu. Li algo sobre isso, por alto, na semana passada. Mas ainda acho que tudo que envolve os russos atualmente é cascata. Eles não têm dinheiro. Tomara que a parceria com os europeus ajude a alavancar o projeto.

      1. Só nos tempos da Apollo que uma única nação podia arcar com tudo. Agora só com colaboração internacional mesmo. Grande abraço!!

      2. Também tenho dúvidas sobre o projeto, atualmente a Russia ta com pouco dinheiro e só investem nos militares.

    2. Legal! Os europeus tem dinheiro e tecnologia, os russos tecnologia e muito conhecimento… juntando as forças podem ir mais longe.

      Sucesso 🙂

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