Sistemas planetários com dois mundos habitáveis devem ser comuns
O Sistema Solar parece ser um lugar particularmente favorável à vida, com a Terra na posição certa para permitir a presença de água em estado líquido e viabilizar nossa incrível biosfera. Não dá para ficar melhor que isso, certo? Errado. Um novo estudo mostra que não só pode, como deve haver outros sistemas planetários ainda melhores para a vida que o nosso — com dois planetas vizinhos capazes de abrigar uma biosfera e trocando “figurinhas” entre si o tempo todo.
O trabalho foi liderado pelo astrofísico Jason Steffen, da Universidade de Nevada em Las Vegas, que acaba de apresentá-lo na 3a Reunião de Sistemas Solares Extremos, realizada pela Sociedade Astronômica Americana, no Havaí.
Steffen se inspira nos resultados obtidos pelo satélite Kepler, da Nasa, que passou quase quatro anos ininterruptos monitorando cerca de 150 mil estrelas de um pequeno pedaço de céu, a fim de fazer um censo estatístico da prevalência de planetas na galáxia. O Kepler só podia ver uma pequena parte do céu, limitar-se apenas a estrelas relativamente próximas e detectar somente sistemas planetários que estivessem de tal modo alinhados que os planetas passassem periodicamente à frente de suas estrelas. Isso, na prática, significa que ele viu uma fração bem pequena do que há lá fora. Mas o número de detecções é suficientemente grande para permitir tratá-lo como uma amostra sem viéses do que deve haver lá fora, em toda parte.
Uma das descobertas surpreendentes do Kepler é que há muitos sistemas que se dispõem de maneira compacta, ou seja, suas órbitas estão bem menos espaçadas que as do Sistema Solar. Na prática, isso significa que em torno de muitas das estrelas da Via Láctea podem orbitar dois planetas ou até três muito próximos um do outro, todos dentro da zona habitável (a faixa do sistema que oferece nível de radiação ideal para a manutenção de água em estado líquido na superfície de um planeta).
(Aliás, até mesmo aqui no Sistema Solar, usando as definições mais otimistas de zona habitável, teríamos nela dois planetas — Marte seria ainda hoje um mundo habitável, fosse um pouco maior e capaz de reter uma atmosfera densa o suficiente para tornar a água estável na superfície.)
Contudo, não basta ser do tamanho certo e estar no lugar certo do sistema planetário para se tornar amigável à vida. Também é preciso ter um certo nível de estabilidade climática. E, para isso, é importante que o eixo de rotação do planeta não varie muito.
No caso da Terra, nosso eixo está inclinado em 23,5 graus com relação ao plano da órbita do planeta em torno do Sol, e é isso que produz as estações do ano — num lado da órbita bate mais luz solar no hemisfério Norte, e é verão por lá, e no outro lado bate mais luz solar no Sul, e aí o verão é por aqui.
Influências gravitacionais de planetas vizinhos, como Vênus, Marte ou Júpiter, poderiam em tese perturbar o eixo terrestre, não houvesse a nossa Lua para ajudar a manter as coisas como estão. Certo, e se não tivéssemos Lua? A questão ainda é controversa, mas estudos recentes sugerem que, sem o satélite natural, a Terra sofreria sim mudanças na inclinação do eixo pela influência dos outros planetas, mas tão lentas, na escala de bilhões de anos, que não seriam impeditivas ao progresso da vida.
Agora, imagine o que aconteceria se estivéssemos num sistema compacto, e Marte estivesse a um quinto da distância que está. E ainda por cima que ele tivesse a mesma massa da Terra, ou maior. Bem, foi isso que Steffen e seu colega Gongjie Li, do Centro Harvard-Smithsoniano para Astrofísica, se puseram a fazer: realizaram simulações de computador para medir o impacto gravitacional de planetas em órbitas próximas sobre o seu eixo de rotação.
“Descobrimos que as obliquidades dos planetas em sistemas multi-habitáveis não eram realmente afetadas por suas órbitas próximas”, disse Li. “Apenas em raras instâncias seus climas seriam alterados de forma dramática. De resto, seu comportamento era similar ao dos planetas no Sistema Solar.”
Isso é uma boa notícia. Mas fica ainda melhor.
VIDA QUE SEGUE
Sabemos que planetas num mesmo sistema trocam figurinhas, por assim dizer. Quando um asteroide colide com um deles, o impacto leva à ejeção de material da superfície, que vaga pelo espaço e acaba, por fim, caindo num planeta vizinho. Foi assim que o famoso meteorito ALH 84001, vindo de Marte, foi parar na Antártida, após uma jornada de milhões de anos pelo espaço.
Estudos nos últimos 15 anos têm mostrado que, apesar da alta energia envolvida no impacto que ejeta esse material para o espaço, o ambiente no interior da rocha permanece mais ou menos estável na partida, na viagem interplanetária e na entrada atmosférica em seu mundo de destino. Em outras palavras, essas rochas seriam eficientes no transporte de micróbios de um planeta a outro.
Essa hipótese é conhecida como panspermia e nada impede que tenha acontecido no passado aqui mesmo no Sistema Solar. (Não será uma surpresa completa se um dia descobrirmos vida em Marte e percebermos que ela é uma parente distante de nós mesmos. O difícil aí será saber se nós somos descendentes de marcianos que colonizaram a Terra, ou se eles é que são descendentes de terráqueos que proliferaram em Marte.)
Agora, o que Steffen e Li mostraram em seu estudo é que, em sistemas planetários mais compactos, esse transporte de material de um planeta a outro é muito mais abundante e eficiente. Não só uma quantidade maior de rochas de um mundo incidiria sobre o outro após uma colisão de asteroide, mas também o tempo médio de viagem no meio interplanetário cairia de milhões para milhares de anos. (Milhões de anos não são problema para bactérias em estado de hibernação, mas tudo fica ainda mais fácil se a viagem for “só” de milhares de anos.)
Em suma: não há malefícios significativos de se estar num sistema compacto com dois planetas na zona habitável, mas há benefícios importantes. Com a vida evoluindo em paralelo em dois planetas vizinhos, e a troca constante de material entre eles, a tendência geral é de aumento da biodiversidade. Teríamos mundos potencialmente mais ricos em vida do que a Terra.
Artigo de Steffen e Li sobre o tema foi aceito para publicação no “Astrophysical Journal” e pode ser encontrado aqui.
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Salvador, como sempre um postagem e tanto. Com a imensidão do Universo tudo é possível. Se no momento é teoria, no futuro deixará de ser. Pena que não estaremos por aqui para saborearmos este momento. Agora, mudando um pouco do assunto, os comentários sem a presença de Apolinário e Osvaldo Gil não seria tão interessantes. Pois, apesar de destoar dos demais, são feitos por pessoas que “sabem” o que estão falando. Saudades também do Itamar. Abcs..
All of the Kepler multi-planet systems (1705 planets in 685 systems as of 24 November 2015) on the same scale as the Solar System (the dashed lines). The size of the orbits are all to scale, but the size of the planets are not. For example, Jupiter is actually 11x larger than Earth, but that scale makes Earth-size planets almost invisible (or Jupiters annoyingly large). The orbits are all synchronized such that Kepler observed a planet transit every time it hits an angle of 0 degrees (the 3 o’clock position on a clock).
https://www.youtube.com/watch?v=ChsjjCJg0uk
Caro salvador,
Bom dia.
Sou leitor árduo, uma pergunta que me veio a cabeça, sobre a descoberta de vida em outros planetas.
Como geralmente fazemos observações de planetas a grandes distâncias de nós, acabamos tendo o reflexo daquele Planeta muito anos-luz atrás, provavelmente até milhões anos luz. Sendo assim, isso não acaba dificultando pra encontrarmos vidas inteligentes? Pois, pelo pouco que conheço, a nossa vida na terra demorou bilhões de anos pra surgir e pra se transformar numa forma de vida inteligente, numa escala de tempo planetária, é recente. Então, para fazermos uma observação talvez de uma planeta com uma esfera de Dyxon, por exemplo, essa estrutura já teria que está construída milhões de anos luz atrás para conseguimos observar hoje. Existe alguma outra forma de conseguimos fazer essa observação sem que seja milhões de anos atrás, como por exemplo meses atrás.
E além disso, não poderíamos no presente momento está observando um planeta onde há vida inteligente, grandes estruturas e apenas estarmos observando a época em que esse planeta não era habitável?
Parabéns pelo Blog.
Schuler, não há meio conhecido de contornar o limite da velocidade da luz. Portanto, estamos condenados a observar o passado. Mas também estamos no momento limitados a explorar planetas em detalhes apenas nas nossas redondezas — algo como 50 anos-luz. Então, teremos um “atraso” de meio século apenas.
Off Topic: Salva, gostaria de sugerir um post sobre a “LISA Pathfinder” e os estudos que fará sobre as Ondas Gravitacionais.
Seria um prazer ler suas explicações a respeito da missão e da teoria de Einstein.
Abraxxx
Ramsés, pensei em fazer. O triste é que o LISA Pathfinder é só um teste tecnológico. Ele em si não será capaz de detectar ondas gravitacionais, mas apenas testar a tecnologia espacial requerida para a detecção, a ser implementada no LISA de verdade. Mas talvez ainda assim mereça! Tenho tanta coisa legal no pipeline aqui! Está faltando tempo e coragem! Hehehe
Abraço!
Salvador, excelente artigo. Esse é para mim um dos temas mais fascinantes da astronomia, zonas habitáveis.
Não faz muito tempo eu descobri aqui mesmo no blog que a Terra está na periferia da zona habitável do nosso sistema solar e Marte está lá, logo depois dela. Os dois planetas estão localizados nas bordas da zona de habitabilidade do sistema solar.
Marte provavelmente já pode ter sido considerado habitável num passado longínquo e lamento que hoje não seja mais.
Seria fascinante ter outro planeta com condições de vida tão exuberantes ou mais exuberantes do que a Terra bem aqui ao lado. Mas seria temerário visitá-lo.
Na hipótese de existir dois planetas habitáveis florescendo em vida, penso que biologia de um mundo seja incompatível com a biologia do outro.
Um grupo avançado como vemos em Jornada na Estrelas de fato nunca poderia existir, pois seria um crime ambiental.
Ao se teletransportar para um planeta alienígena sem qualquer tipo de isolamento ou proteção, o grupo de exploradores fatalmente sucumbiria aos micro-organismos nativos existentes no planeta. Os red-shirts não seriam os únicos a morrer.
No entanto, os micro-organismos dos visitantes espaciais também causaria grandes estragos à vida local. Seria uma calamidade.
Se isto já aconteceu aqui na Terra, quando os europeus chegaram ao novo mundo, trazendo diversas doenças e dizimando populações de americanos nativos, esse efeito dizimador de entre formas de vida diferentes, seria algo deveras devastador em mundos co-habitáveis e poderia comprometer diversas espécies.
O cuidado metódico da Nasa ao esterilizar suas sondas e robôs enviados até Marte faz todo o sentido, afinal, se queremos descobrir vida bacteriana em Marte, não podemos correr o risco de extingui-la, levando na bagagem novos agentes biológicos para lá, antes mesmo de descobri-la.
esse efeito dizimador seria potencializado entre formas de vida diferentes*
É, Star Trek força a barra nos grupos avançados. Mas podemos racionalizar que o teletransporte faz uma “esterilização seletiva” quando eles descem até o planeta. 😛
minha nossa! este blog parece fanzine do star trek….só doido
Bem pensado, Victor.
Uma linha de investigação em marte, pautada por prévia terraformação, como vimos no filme vingador do futuro, não seria mais interessante? Digo interessante para a humanidade, vez que se olharmos para nosso histórico sempre colonizamos primeiro e deixamos a arqueologia para depois. Uma vez instalados em Marte e com a Terra desafogada, poderíamos continuar a prospecção de vida autêntica lá num ritmo mais acelerado do que ficar explorando ponto a ponto por sondas, pagando o preço pela instalação ou seja pagando acaso percamos algo que a instalação deturpe. E por outro lado a Terra estaria desafogada e daria para tranquilizar um pouco a humanidade quanto ao espaço territorial evitando-se guerras.
Não seria não. Primeiro que uma instalação em Marte demoraria algumas gerações até que se tornasse uma colônia auto suficiente, mas nunca numa escala que pudesse “desafogar” a terceira rocha depois do Sol, pois simplesmente não há os recursos suficientes para isso por lá.
Segundo que se fosse possível, você precisaria enfrentar o segundo trabalho herculano desse plano: convencer milhões e milhões de pessoas a deixarem o planetinha azul em definitivo.
Então nós vamos continuar com a nossa caçada interestelar, principalmente porque a curiosidade não pode ser contida.
Além do que o Bruno disse, uma colonização em massa sem saber se há vida autóctone ou não em Marte poderia devastar essa vida ou esta poderia devastar a nossa.
Não, não é simples… Acho que o ser humano vai explorar Marte com pequenas missões, para coletar dados evitando contaminar o solo. Aguardemos, nossos descendentes saberão, espero.
Então, durante a evolução tecnológica dos mundos habitados por vida inteligente que evoluíram paralelamente, um dia alguém vai inventar algo parecido com um telescópio e vai observar o outro ou outros mundos tentando saber o que existem neles e quando inventarem algum meio de comunicação baseada em ondas de rádio, os mundos vão entrar em contato e grandes mudanças vão ocorrer neles, culminando com o provável envio de naves entre eles, acelerando o desenvolvimento tecnológico nas sociedades, pois se existem cientistas e aventureiros nos planetas, certamente haverá pressão para que contatos cada vez maiores ocorram. Por este motivo, as espécies não terão nenhuma dúvida de que a vida pode evoluir em vários planetas e de que ela é comum, fazendo crescer psicologicamente as espécies até o ponto em que elas entrem em conflito por algum motivo. O ser humano é isolado neste mundo e por isto aqui o crescimento será mais difícil, vamos ter que passar por muitas fases diferentes podendo se estrepar no caminho ou chegar a uma espécie de harmonia mundial.
Irritante esse conflito entre ateus e religiosos que vem se exacerbando cada vez mais,seja em qualquer fórum de discussão.Tenho percebido que os ateus com o passar do tempo estão caminhando para o mesmo fanatismo de muitos grupos religiosos,chegando mesmo ao extremismo.Por isso eu sempre digo,não me considero nem um, nem outro,talvez nem mesmo agnóstico,talvez eu esteja em busca de uma resposta,se é que vou achar..rs.Outra coisa,mesmo com o pouco conhecimento que tenho sobre religiões,se descobrirmos algum tipo de vida fora da terra,e creio que descobriremos,isso não abalará tanto as religiões,como os ateus fanáticos afirmam.O lado antipático desses ateus fanáticos é achar que todos que praticam uma religião são todos”farinha do mesmo saco”.
Há fanatismos de todo tipo, mas não é o caso da maioria dos ateus. Nós somos céticos e não gostamos quando alguém vem e quer nos catequizar à base da chantagem emocional (“acredite ou serás castigado!!!”), aí vai ouvir o que não quer. No mais, cada um que tenha a visão que quiser do mundo.
Salvador,
Sempre que se fala em vida fora da Terra, fala-se na existência de água em estado líquido como pressuposto. Mas isso é verdade apenas para “life as we know it”, como dizem os americanos. Não seria possível haver outras formas de vida – minerais, químicas etc. – que prescindem da água ?
Talvez. Mas não temos a menor ideia. E, dos que podem servir como solventes, a água é o composto mais abundante no Universo. Então por que não procurar por ele? 🙂
Sem dúvida, é o melhor caminho !
Não há nada demais nessa matéria. O nosso Sistema Solar tem na verdade 3 planetas na zona habitável: Vênus, Terra e Marte. A questão é que estar na zona habitável, apesar de ser condição necessária, não é condição suficiente para que haja vida.
Na verdade, a matéria não é tanto questão de quantos planetas estão na zona habitável (Vênus não está, mas já esteve), mas se sistemas mais compactos que o solar preservam a habitabilidade, do ponto de vista climático. E a resposta é sim.
Salvador, uma dúvida
água em estado liquido não é tão rara quanto parece, já q temos água liquida em pelo menos 3 lugares do nosso sistema solar: Terra, Marte e Encélado, certo?
seria essa uma característica só do nosso sistema solar?
Ainda não sabemos, mas parece que não. Água é extremamente comum em berçários estelares. Aliás, água é extremamente comum no Universo, feita de dois dos átomos mais comuns do Universo.
Demais!! Salva, aproveitando… nenhuma noticia mais sobre Ceres e seus pontos brilhantes? Procurei mas nao achei nada de novo…. vlw!!
Nada de novo. Estou à espera das imagens da órbita mais curta, que devem dar uma visão ainda melhor deles, mas nada.
Bom dia, Salvador!
Na história da Terra, a nossa espécie é o ápice da evolução e da adaptabilidade ao meio-ambiente, proveniente de um único ancestral em comum com as outras espécies. É a única a possuir inteligência como a conhecemos (somos cientes do mundo ao nosso redor). Poderia haver um mundo, onde, duas espécies inteligentes, tivessem sido originadas de ancestrais únicos e, totalmente, diferentes um do outro? Se, por acaso, existir mundos assim, seria o suprassumo da sabedoria em convivência pacífica ou seria, mais fácil, se aniquilarem ente si? Abraços!
Bem, aqui na Terra já houve um tempo em que duas, três ou até quatro espécies inteligentes conviveram — Homo sapiens, neanderthalensis, erectus e floresiensis! O fato de que só sobramos nós mostra que, pelo menos quando rola um parentesco forte, a tendência é sobrar uma só — seja por conflito, seja por miscigenação.
Agora, se bem entendo, você está falando de espécies distantes na árvore da vida que atingiram inteligência por rotas paralelas. Digamos, uma civilização humana e uma civilização de golfinhos superinteligentes. Aí já é muito mais difícil de responder. Na real, não sabemos de que diferentes maneiras a inteligência e a consciência podem se manisfestar. Talvez os golfinhos sejam tão inteligentes como nós, mas de um jeito diferente, que sequer reconhecemos…
Salvador,
Desculpa, não fui claro na minha pergunta.
A minha dúvida é se é possível, haver um mundo onde duas espécies inteligentes (equivalentes a nossa inteligência), fossem resultado de ancestrais distintos, sendo que, uma tivesse a construção molecular, via DNA e a outra, originada de outro tipo de construção molecular. Como, se no começo, houvesse duas sopas químicas, cada uma com ingredientes diferentes, que resultassem em espécies díspares, se ambas comparadas. como se houvesse duas árvores da vida.
Abraços!
Entendi! E a resposta é: não faço ideia. Na verdade, não sabemos nem se existe outra química para a vida que não seja a nossa.
Desde que não ocupem o mesmo nicho ecológico, espécies diferentes podem coexistir e se elas se descobrirem como tendo a mesma capacidade cognitiva, talvez a sua coexistência seja pacífica ou com poucos conflitos até o dia em que elas resolverem interferir mais uma na outra. Se habitarem o mesmo nicho ou semelhante, certamente haverão conflitos muito mais intensos durante muito tempo, podendo até haver a extinção de um deles ou de ambos. Se a diferença na constituição molecular for grande, pode-se saber que haverá conflitos dependendo da natureza de uma ou ambas as espécies e se elas competem pelos mesmos recursos.
Ou os cães… Alguns conseguem até entender um conjunto restrito de palavras!
Quem tem cachorros inteligentes experimentaram isso! Eu tive um poodle e, se falasse com minha esposa “vamos pedir uma pizza agora?”, ele já ia para perto da porta e ficava aguardando a chegada do entregador com mostras de ansiedade.
Rodoico, tenho duas cadelas enormes lá em casa e a palavra “passear” foi banida do meu dicionário por culpa delas, senão a casa cai.
A reação de euforia e o desespero delas é tão grande que eu não ouso mais pronunciar a palavra passear.
Primeiro as distraio, outra pessoa pega as guias, tudo proto, eu as levo para fora, até o portão. Quando elas enxergam a guia, elas já sabem que vão passear, ficam eufóricas, mas não tão eufóricas quando eu falo a palavra passear.
Sabe aquele o Taz, aquele diabo-da-tasmânia dos desenhos? Então… é elas reagindo ao som da palavra passear! rsrs
Quem tem cães, sabe que eles são muito perceptivos, observam bem os humanos e entendem claramente a rotina de uma família, do lar. São ótimos em associar as coisas e comportamentos. Além disso, são mestres da chantagem emocional. hehe
Com certeza! E entendem a nossa linguagem, de modo restrito, mas entendem! 🙂
Oi Vitor, pois é, cães são mesmo surpreendentes. Minha cachorrinha vira-lata tem noção de tempo! Quando o relógio marca 11 horas da manhã ela vai para cozinha, pois sabe que é hora de começar a preparar o almoço e que ela sempre ganha uma lasquinha de alguma coisa rsrsrs. As 22h, no máximo, 22h15, ela vai dormir, se dirige ao seu quartinho, deita na caminha e dorme. É incrível. E tem mais: quando viajo ela sente saudade, fica deprimida, não quer comer. Então eu falo por telefone com ela (claro, precisa de uma pessoa em casa que atenda o telefone e coloque no ouvido dela) então ela reconhece minha voz, reage feliz e volta a comer. E quando estou triste ou chateado com algo ela percebe, se aninha perto de mim, me lambe, como se quisesse me consolar. Já está velhinha, 17 anos… nem quero pensar muito nisso…Ou seja, existem muitos “tipos” de inteligência, as vezes acho que estamos procurando vida inteligente (humana) em outros planetas e, na verdade, há uma infinidade de vidas inteligentes aqui mesmo!
Grande Salvador!
Espero não levar um chute nos dentes pela minha indagação tomando por base o livro o Enigma de Andrômeda.
Existe algum risco de algum desses meteoros trazer alguma bactéria que extermine a raça humana da face da terra??
Roberto, essa é uma pergunta muito interessante.
Não dá pra dizer que o risco é zero. Mas dá para dizer que é muito, muito improvável. Porque vida que evoluiu em outro lugar não evoluiu para explorar organismos que não evoluíram com ela. Ou seja, uma bactéria marciana evoluiu para interagir com outros organismos marcianos, não com organismos terráqueos. Claro, num sistema hipotético em que o contato biológico entre dois mundos seja constante pode levar à co-evolução. Mas por aqui é improvável.
Contudo, não está fora de questão. Há alguns cientistas meio doidos, como o Chandra Wrickamasingue, que defendem que somos infectados o tempo todo com micróbios do espaço. Ele acha que nossos narizes evoluíram com as narinas para baixo justamente para evitar contaminação que vem do alto! Diz que a gripe vem do espaço e que há vida nos cometas! Nada disso tem o suporte de evidências, mas…
Pois é… o Chandra começou bem, seu trabalho em conjunto com o Fred Hoyle foi importante para a teoria da panspermia, que é bem aceita no meio científico.
Mas ele andou dando umas declarações no sentido de que acha que foi esquecido (isso há uns 10 anos), e que as pessoas falam sobre a panspermia sem lembrar da sua contribuição.
Então acho que ele começou a dizer maluquices com finalidade marqueteira, para que seu nome voltasse a ser comentado…
Nenhum cientista que queira ser levado a sério pode lançar tantos impropérios, como os que o Salvador mencionou acima…
Pois é. Ele força a mão. Bem, a escola sempre foi essa. Hoyle era genial justamente por não ter medo de pensar na contramão. Mas o preço que você paga é que fala muita bobagem pelo caminho…
O maior erro de Hoyle foi desdenhar da teoria do Big-Bang, sendo que a sua hipótese de universo estacionário (depois virou quase-estacionário) não conseguia explicar os fenômenos observados por Hubble (o astrônomo).
Em vez de reconhecer o furo, ele, claramente desesperado, chegou a afirmar que a sua hipótese ainda era “menos improvável” que a teoria do big-bang… kkkk
A vida na Terra já é tão diversificada que pode surgir a qualquer momento uma geração de bactérias ou vírus capazes de provocar uma epidemia…. Vejam essa Febre Zyca, que chegou ao Brasil esse ano e está provocando uma involução com o nascimento de crianças com cérebros pequenos. Se ela se propagar como a Dengue, vai por em perigo toda a sociedade em poucos anos.
FEBRE ZIKA, mas não precisa ficar preocupado, pois nascer com o cérebro reduzido já é coisa antiga: quantos anos você tem?
Parece me um tanto insipiente o descrédito quanto a existência de vidas em outras esferas do universo. Para usar um velho chavao quero lembrar que a eletricidade esta por todos os lados, mas nao a vemos…..
OFF pero no mucho:
Status da instalação dos espelhos do JWST:
https://igcdn-photos-f-a.akamaihd.net/hphotos-ak-xfp1/t51.2885-15/s640x640/sh0.08/e35/12269713_144481119247789_230761313_n.jpg
Pra quem quiser acompanhar a construção do telescópio, recomendo seguirem o instagram @nasawebbtelescp:
https://www.instagram.com/nasawebbtelescp/
😉
Vejam este site e repitam comigo: ooooooooh!
http://www.jwst.nasa.gov/
Ooooohhhhhhh!!!! 🙂
Bárbaro!
Pois é, a ser humano saiu do tempo da pedra polida para o tempo do espelho de telescópio espacial polido, mas alguns ainda teimam em ter aquele mesmo comportamento de quem polia pedras.
Falou e disse!
Um americano comentou no século passado: a humanidade tem mísseis teleguiados sob o comando de pessoas descontroladas…
(guided missiles controlled by misguided men)
Mais um “estudo” cuja finalidade é chover no molhado. Não há dúvida quanto à troca de material de um planeta para outro e a velocidade e a freqüência com que isso ocorre deve ser grande. Portanto, segundo esse “estudo”, nosso sistema solar deveria estar repleto de vida pois esse mesmo processo deve ter ocorrido intensamente durante a sua formação. Por quê então não existem marcianos nos dando tchauzinho? É óbvio concluir que essa troca só não basta. Continuem tentando amiguinhos, um dia vocês chegam lá e concluem que essa busca é inútil – “rare earth hypothesis”…
Você é que está sendo precipitado. Não há evidência alguma de que não houve vida em Marte enquanto ele foi habitável. Hoje não é mais, por isso não há marcianos dando tchauzinho (embora é possível que existam “bolsões” habitáveis no subsolo marciano). Fato é que não temos muita informação. Na Terra, por bilhões de anos, também não houve ninguém dando tchauzinho.
Puxa, Apô… seus argumentos já foram melhores…
E você tá de olho com medo de aparecer homenzinhos verdes e abalar a sua fé..!!??
Mas que fé?
Bem… Pensando bem, de vez em quando não aparecem marcianos dando tchauzinho, mas sim uma classe de insetos chamada Apolinarius Burrissimus Chatorum.
Legal, você reconhece a possibilidade de troca de materiais entre planetas e, portanto, a troca de compostos orgânicos e até de seres vivos…
Está evoluindo, o Apolinário!
puxa vida, as coisas vão ficando mais interessantes a cada dia que passa.
Verões e invernos que durassem meses, quem sabe anos ou décadas?
O mundo de Game of Thrones?
Olá, Salvador.
Minha dúvida é: quais estudos são feitos para concluir, com segurança, que o meteorito ALH 84001 realmente veio de Marte? Com um universo tão grande, e ainda tão desconhecido, apesar dos últimos e importantes avanços, como ter certeza que a ‘pedrinha’ caiu de tal planeta, há uma distância considerável, depois de vagar tanto tempo pelo espaço?
Um abraço e parabéns pelas informações. Não perco um artigo sequer no seu blog. 🙂
Há bolhas de atmosfera presas no meteorito, e batem exatamente com a composição da atmosfera de Marte! 😉
Abraço!
Bolhas de atmosfera presas aos meteoritos? Porventura não existem zilhões de atmosferas semelhantes a atmosfera marciana, ou seja, que não possuem nada?
Não. Não existem. Não há outra atmosfera com a mesma pressão e composição no Sistema Solar. E a atmosfera de Marte não é feita de “nada”. É feita de dióxido de carbono. Mas, claro, para quem tem cabeça de vento, isso equivale a nada. 😉
No dia que a humanidade aprender a armazenar o vento, aí os cabeças de vento serão melhor considerados!
Estou seguindo seu raciocínio, ou seja, dentro de uma enormidade de mundos, porque só Marte apresentaria uma atmosfera única?
No *Sistema Solar*, meu caro. E a razão para Marte ter uma atmosfera única no Sistema Solar é o fato de que não há planeta como ele na mesma órbita que ele, com a mesma história que ele, no Sistema Solar. Claro, pode haver “Martes” muito similares ao nosso lá fora. Só não há meio de a vida se propagar por meio de meteoritos de lá até aqui (atingir a velocidade de escape do planeta é uma coisa; do sistema planetário é outra completamente diversa).
Em 14 bilhões de anos muita coisa aconteceu. Qual a idade dessa pedra “marciana” que está prendendo vento?
A rocha tinha 4,1 bilhões de anos, mas foi ejetada de Marte há 17 milhões de anos e caiu na Terra 13 mil anos atrás. Ou seja, ela teve de reter resquícios da atmosfera por 17 milhões de anos. Agora, tenha em mente que são microporos dentro da rocha onde se acumulam moléculas da atmosfera. Não é que tinha um peido inteiro ali pra você cheirar.
Salva, você está enganado. O oswaldo cheira meia suja, não peidos. Esses ele come com farinha.
Desse peido estou fora, quem o está cheirando é você, e por outro lado essa exatidão só é encontrada nas exatas, chutômetros são possibilidades.
Então, química é uma ciência exata. Astronomia também. Geologia também. Física também. Teologia não. 😉
Cride, alma negra, somente os da sua espécie é que se alimentam de merda.
Ah, além de tudo você é racista? Que fase, hein?
Então todos os números apresentados por você são exatos e não prováveis? Pulei fora. Você está errado não na dedução e sim na exatidão.
Não é preciso usar números com uma precisão absoluta para ser uma ciência exata. Aliás, por vezes isso nem é possível. Você está confundindo as coisas. Pergunta pro Apolinário. Se os matemáticos precisassem especificar com precisão absoluta o valor de PI, sem nenhum tipo de arredondamento, para tratar a matemática como disciplina exata, estariam ferrados. Se você usa um número e ao mesmo tempo oferece o intervalo de incerteza que recai sobre ele, está exercendo ciência com grande exatidão — sabe qual é o valor da sua estimativa e o quanto ela pode estar errada, para mais ou para menos. Não é vale-tudo, chutômetro etc.
AUHHAUUHAHUAHUUHAUHAUH
https://www.youtube.com/watch?v=4F4qzPbcFiA
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http://www.herloyalsons.com/blog/wp-content/uploads/2014/10/itsatrap.jpg
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http://i.imgur.com/LaJ9Kmo.gif?noredirect
AUHUAHUHAUHUHAUHA
AUHAUHUHAUHAUHUHAuhAUHUHAuhAUHUHA
CHUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUPA oswaldo!
Até agora seria uma das melhores definições: “Oswaldo Gil Cabeça de Vento de Souza”
Felizmente, não sou xará do seu pai.
De teorias de “condições para a existência” passamos a afirmar a “própria existência”! Será isso ciência?
Ninguém está afirmando a existência de sistemas com dois mundos *habitados*. Meramente a existência de dois mundos *habitáveis*. E, convenhamos, condições para a existência de dois mundos habitáveis se equivalem à própria existência quando o universo de sistemas planetários pesquisado está na casa dos bilhões, só na Via Láctea. (Já há até um caso conhecido em que dois mundos potencialmente rochosos compartilham a mesma zona habitável; Kepler-62e e f.)
Se apenas com o telescópio Kepler (capaz de estudar apenas um “punhadinho” de estrelas e, ainda, sob condições de contorno limitadíssimas) já foi possível produzir uma base de dados suficiente para embasar um estudo tão audacioso quanto este, fico imaginando o que vamos descobrir quando pudermos enxergar melhor estes mundos…
Salva, o James Webb já vai possuir instrumentos para melhorar este enxergamento? Ou será “apenas” um Super-Hubble?
Gostaria de sugerir que criasse uma matéria sobre o Webb e outros telescópios em projeto, explicando como e quanto eles vão melhorar nossa capacidade de exploração espacial nessa próxima década.
O post já fala bastante dele, mas volta e meia o Salvador escreve sobre o novo telescópio.
http://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/2015/04/28/as-primeiras-supernovas-do-universo/
digo “o post do link abaixo”
Verdade, minha memória já não anda tão boa assim. Não me lembrava desse post.
Mas pelo que vi no site do telescópio (que linkei anteriormente) existem outras coisas para serem ditas sobre ele e que o Salvador não abordou. Na verdade, pelo texto do M.S. ficou me parecendo que o único objetivo do JWST é achar essas primeiras supernovas, mas no site a NASA informa uma dezena de outras finalidades, tão interessantes quanto.
Para mim, que já li o site inteiro, um texto do Salvador já não traria muita novidade, mas pensando na comunidade que frequenta este blog, ainda vejo muito sentido.
Bruno, já falei das primeiras supernovas e da atmosfera dos exoplanetas. Haverá mais usos, claro — é um telescópio de uso geral, e tudo que for bem observável em infravermelho será prato cheio para ele. Mas essas são as duas finalidades mais intrigantes.
Bruno, não entra nessa, seguindo o raciocínio desse pessoal, logo teremos um telescópio que nos possibilitará vermos o Big bang. Você é centrado, afaste-se dos aloprados.
Não dá pra ver o Big Bang. Não é que houve uma explosão luminosa no Big Bang. O que houve foi uma expansão descontrolada do espaço-tempo. A luz só começou a circular cerca de 380 mil anos DEPOIS do Big Bang. A única coisa do Big Bang propriamente dito que poderia ser detectada, em tese, seriam as ondas gravitacionais. Mas ainda estamos para conseguir detectar *qualquer* onda gravitacional…
Tenho razão ou não tenho? Consigo ver longe. Conheço a alma dos sonhadores.
Salvador, o Big bang não é uma teoria, hipótese? Talvez aceita por muitos, por faltar algo melhor para massagear o ego dos cientistas.
Se você definir bem o Big Bang (eliminando um vale-tudo de interpretações e circunscrevendo à expansão cósmica e à nucleossíntese), é um fato científico. http://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/2015/04/07/5-provas-de-que-o-big-bang-ocorreu/
Puxa Salvador, me explica melhor esse negócio de só existir luz 380 mil anos após o big-bang…
Acredito que massa e outras formas de energia devam ter se formado a partir do instante 0, por que tanto tempo para essa energia começar a emanar luz?
Não é tanto que não havia luz. Fótons devem ter aparecido depressa, bem antes de 380 mil anos depois do Big Bang. O ponto é que eles não podiam circular. Eles logo trombavam com alguma coisa, naquela gosma densa que era o Universo primitivo. A luz só pôde viajar desimpedida, ou seja, o Universo só se tornou transparente para ela, depois de 380 mil anos. E é essa primeira luz a viajar desimpedida que detectamos como a radiação cósmica de fundo. A luz que havia antes logo trombou com alguma coisa e foi absorvida, de forma que não poderemos observá-la, não importa quão longe olhemos. Ela já não existe mais. Trombou com outra partícula, excitando-a e levando a gerar outro fóton, que por sua vez trombom com outra partícula, que gerou outro fóton mais novo, e assim por diante, até chegarmos aos fótons da radiação cósmica de fundo — os primeiros que podemos ver, porque viajaram desimpedidos pelo espaço!
Que romântico, Salvador: “Viajaram desimpedidos pelo espaço!”….rsrsrs. Brincadeira. Deve ser difícil colocar os primeiros momentos do BigBang em palavras que leigos (eu!) entendam.
Para, miga.
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Obrigado Oswaldo, mas de vez em quando gosto de exercitar este lado mais especulativo… me faz bem e diverte…
Abraços para você,Salvador!E gostei muito do vídeo e das explicações.
Valeu!
Salvador,se nosso planeta tivesse dois ou mais satélites naturais do tamanho da Lua,isso implicaria em algum problema na inclinação do eixo terrestre e assim haveria problemas para todos os seres vivos ou problemas climáticos que inibiriam a existência de vida no planeta?A força gravitacional desses supostos satélites seriam muito fortes?
Iran, boa pergunta! Certamente teríamos padrões de maré diferentes, mas muito provavelmente as duas luas seriam coplanares (órbita no mesmo plano) e entrariam em ressonância, o que provavelmente teria efeito estabilizador no eixo de rotação. Mas tudo ia depender da massa, da distância e da configuração das luas. Por exemplo: estudos mostram que, em 2 bilhões de anos, conforme a Lua se afastar mais da Terra, seu efeito estabilizador sobre o eixo de rotação vai sumir…
Só temos uma lua. E se tivéssemos cinco luas? E se a Terra fosse quadrada? E se o Sol fosse gelado? E se de repente começássemos a pensar? São grandes probabilidades.
Exato! O Universo é criativo demais para nos limitarmos ao que vemos no nosso planeta de origem! 🙂
Creio que os próximos 100 anos serão reveladores… Até vejo certos moralistas religiosos reinterpretando as velhas escrituras kkkkk…
A descoberta de vida em outro planeta, mesmo uma bactéria, seria bombástica na dinâmica e estruturação das sociedades atuais.
Conceitos religiosos teriam que ser obrigatoriamente revistos!!!
Seria bom se gastássemos menos dinheiro e esforços com guerras, terrorismo e crises migratórias; e investíssemos no que de fato importa para a humanidade.
Não haveria crise, a interpretação dos “livros sagrados” mudaria para incluir os novos fatos. Tem sido assim nos últimos séculos.
A vida inteligente como nos definimos se esbarra nas nossas curtas durações individuais, mas compensada por podermos deixar legados culturais para as gerações seguintes, entretanto, ainda não conseguimos superar velocidades, que nos impelissem aos pontos mais distantes e objetos de estudos e, no momento, me sinto um europeu do século XIV ou XV dando início as grandes navegações na nossa realidade circundando a Terra a cada noventa minutos.
A vida parece cada vez mais fácil de surgir. Se ela for apenas uma expressão da matéria, estaremos em um jardim universal e não em um deserto universal.
Sempre com grandes dados, informações e conhecimento. Parabéns
Bom dia Salvador,
Se o planeta Vênus fosse observado de longe, coisa de um bilhão de anos atrás quando o sol brilhava menos, tbm não poderia ser classificado como dentro da zona habitável?
Sim! E Vênus talvez tenha sido habitável no passado mesmo! Há evidências de que houve água lá que foi perdida para o espaço!
Realmente, imagine se estivéssemos mais compactos, com dois ou mais planetas na órbita habitável, com todas as fontes naturais florindo neles e com seres irmãos, numa distância menor de viagem, para que tivéssemos mais opções de férias ou trabalho. Que lindo! E mesmo que não sendo em nosso sistema, em outros, pois o Universo, devido sua imensidão, proporciona uma probabilidade muito grande de existirem outras Terras. Que benção!
TRUCOOOOOOO.
Meio pau ladrão!!! kkkkkk
E as vezes falam que eu sou pirado. Cruz credo.
Não, ninguém acha você pirado, Wadinho — o minúsculo. Muito menos engraçado.
Você é apenas um troll pateta que, ao ver um holofote, corre pra debaixo dele.
Você apenas repete aquele comportamento tolo de se postar atrás de um reporter numa reportagem ao vivo.
Daqueles que escrevem “Wadinho esteve aqui” em monumentos históricos.
Enfim, quer publicidade. Que triste.
É que eu tava com o zap…
Salvador,
só de refletir sobre essa possibilidade as implicações seriam incríveis e inimagináveis.
Mas ql seria o grau de precisão (estatisticamente falando) desse estudo sugerido pelos autores, principalmente no aspecto de interferências gravitacionais dos mundos em orbitas compactas no desenvolver da vida e do clima? houve ceticismo, cautela ou a comunidade tem um vies ratificador?
Pergunta bonus: há mts q acreditam q a evolução leva a inteligencia, outros mts acreditam q n, a evolução leva a adaptabilidade (nem sempre a inteligencia); ql seria seu posicionamento sobre este aspecto?
Yuri, todos esses estudos são tentativos. Óbvio que será preciso observar planetas nessas condições, medir sua rotação e confrontar a observação com a teoria.
Sobre a evolução, não há dúvida que ela é guiada pela adaptação, e não por um princípio que leve à inteligência. Contudo, é inegável que a inteligência é um fator de adaptação forte. Não por acaso, o ser humano é o único adaptado para todos os ambientes da Terra! Então, há quem acredite que, cedo ou tarde, a evolução produzirá essa variação adaptativa e chegará a seres inteligentes.