Astronomia: Em busca do Planeta X
Você sabia que um planeta perdido pode estar escondido na periferia do Sistema Solar?
OITO PLANETAS
Quem consultar qualquer livro didático publicado depois de 2006 lerá que o Sistema Solar tem oito planetas. Mas quem disse que não há mais nenhum, além de Netuno, tão distante que apenas não pôde ser detectado ainda? Alguns astrônomos começam a achar que esse pode ser o caso.
O PRIMEIRO “PLANETA X”
No fim do século 19, o astrônomo Percival Lowell fez cálculos que sugeriam uma discrepância na órbita de Netuno, o oitavo planeta, como se ela estivesse sendo perturbada por um objeto de grande porte ainda mais afastado. Ele batizou esse hipotético astro de “planeta X”.
GATO POR LEBRE
Não por acaso, no Observatório Lowell, em 1930, o americano Clyde Tombaugh encontraria Plutão, e os astrônomos dariam a busca como terminada. Mas, no fim das contas, nem o astro descoberto tinha massa que justificasse as perturbações na órbita de Netuno, nem a órbita de Netuno de fato tinha perturbações. Tudo errado.
A QUEDA DE UM NANICO
Ao mesmo tempo, os astrônomos foram descobrindo que Plutão não estava só. Muitos outros objetos orbitavam naquela mesma região, o chamado cinturão de Kuiper. Em 2006, Plutão acabou rebaixado a “planeta anão”, e o pessoal passou a régua no Sistema Solar.
ENTÃO UMA COISA ESTRANHA ACONTECEU
Só que alguns desses primos de Plutão acabaram revelando ter órbitas muito alongadas, possível fruto da perturbação de um astro de porte planetário ainda mais distante. Isso levou à retomada, nos últimos anos, da busca pelo planeta X, versão “remasterizada”.
NO LIMITE
Observações com o satélite Wise, da Nasa, vasculharam todo o céu e não acharam nada. Isso impôs limites a esse hipotético mundo. Ele não pode ser um planeta gigante. Mas ainda é possível que exista um planeta um pouco maior que o nosso, uma “superterra” a ser descoberta nos cafundós do Sistema Solar. Improvável? Sim. Impossível? Não.
BÔNUS: AVISO AOS NIBIRUTAS
Esse hipotético nono planeta, se existir mesmo, nunca se aproxima das regiões internas do Sistema Solar. Não é, portanto, nada parecido com os infames Nibiru e Hercólubus, que não passam de lendas urbanas.
A coluna “Astronomia” é publicada às segundas-feiras, na Folha Ilustrada.
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H alguns dias, postamos aqui no Mega Curioso uma mat ria a respeito do an ncio feito por um grupo de astr nomos de que eles acreditavam ter descoberto uma poss vel superterra nos limites do sistema solar, situada em uma rbita que fica bem al m de Plut o . A not cia, como se esperava, despertou bastante ceticismo mas tamb m voltou a despertar discuss es sobre a incans vel busca pelo lend rio Planeta X.
Comprei o “Hercolubus” – picaretagem de primeira, o autor estava morrendo e deitado em sua cama – segundo ele – soltando suas insanidades e roubando meu dinheiro – como na banca estava lacrado não tive como verifiquei o lixo que era .
Pena que não tenho mais para poder rir agora….
Você comprou? Eu mandei um e-mail pra um site aí e me enviaram de graça! Li, dei muitas risadas (foi minha diversão num final de semana!), e depois toquei fogo. Nem joguei no lixo, vai que alguém acha, lê e acredita! Não queria carregar comigo o fardo por estragar a mente de alguém…
Até quando liberdade de expressão será confundida com idiotice? Esses franceses deveriam se lembrar da rendição no vagão de trem perante o louco do Hitler. Mas não aprendem. Vão continuar pagando o preço.
Oi? Do que você está falando, meu jovem?
Não entendi muito bem. A órbita de Netuno sofre ou não perturbações por um objeto de grande porte?
Não.
Nogueira
boa tarde , me parece que há divergencias de opiniões entre os proprios cientistas em relação aos pontos brilhantes de Ceres …… poderia falar mais a respeito ??
obrigado
Que eu saiba, não há essa divergência, não. Imagino que todos banquem o paper recente que escreveram a respeito. O Gizmodo andou dando uma nova absurda aí ontem, dando a entender que os cientistas estão confusos sobre Occator, mas não é nada disso…
Eu vi… achei estranho mesmo… como é que mandam uma pedrada dessas sem fundamento?
Prezado Salvador,
Se possivel gostaria de saber sua opiniao sobre as fundamentacoes teoricas sobre o cometa-planeta do astronomo chileno Carlos Munoz Ferrada. Grato.
Rodolfo, adoraria. Mas dei uma busca pelo nome dele e só encontrei fontes não-confiáveis de sites apaixonados por conspirações, falando de besteiras como Hercólubus e Nibiru. Se for isso o “cometa-planeta” do cara, pode esquecer. 😉
Boa Salvador, ótimo texto! Pergunta: Caso exista um planeta do tamanho da terra na nuvem de oort, sua órbita poderia influenciar plabetas como netuno e urano, mesmo tão distante?
Não. Estaria longe demais pra isso.
Olá Salvador!
Obrigado pelo belo trabalho de informação.
Sabemos o que você pensa sobre o Nibiru e o Hercólubus, mas; poderia ser Nêmesis a irmã perdida do Sol, uma possível anã marrom que fica a quase um ano-luz de distancia, e quando sua aproximação, provoca uma chuva de cometas em direção ao interior do sistema solar? Poderia falar algo? Obrigado! Valeu!
Edson, o Wise meio que excluiu a possibilidade de uma anã marrom a essa distância. Então a hipótese de Nêmesis a essa altura não está mais parando em pé…
Deixando um pouco de lado a imensidão do espaço infinito, não devia o Mensageiro Sideral descer à Terra e esclarecer o imbroglio da reportagem publicada em 8/1, onde o jornal anunciou que a Lua iria sumir no dia 9/1, como se fosse um raro fenômeno, como se fosse sobrenatural, como se a Lua não sumisse todos os dias para nós brasileiros, quando está sobre o céu do Japão, e para os japoneses, quando está sobre o céu do Brasil?
O Mensageiro Sideral não é responsável pelo que a Folha publica. Sou responsável pelo que eu publico. E outro leitor me contatou com esse link (não sei se foi aqui nos comentários) e eu disse para ele que era besteira, e que Lua Nova tem todo mês. (O texto não se referia ao nascer ou ao pôr da Lua, mas ao fato de estar na fase nova, em que o lado iluminado está totalmente voltado para o Sol, e não se vê daqui da Terra.)
O telescópio James Webb poderá resolver essa pendenga, se souberem onde olhar, já que além da enorme capacidade de observação, muito superior ao Hubble, umas 100 vezes mais potente, também observará em infravermelho próximo.
Caro Salvador,
como Nibiruta de carteirinha (já foi emitida, mas vai ser entregue assim que a aproximação de Nibiru esteja em condições postais) tenho de discordar de suas afirmações.
Apoiado em recentes gravações das centurias de Nostradamus (tocadas ao contrario depois de lidas em Acadiano Antigo) que apontariam códigos precisos para calibragem do mecanismo da Máquina de Antikethera O resultado da leitura da maquina aponta então para as Pleiádes, cuja conjunção com os Planetas (os conhecidos) fornece a chave de transcrição para as Pedras de Puma Puku. E… estas sim, tanto fornecem os numeros das Mega Senas da virada dos últimos sete anos, como também as coordenadas de Nibiru e de seu satélite menos conhecido, o Planeta X.
Tudo como já descrito em profecias do Oráculo de Delfos.
Quem viver verá!
Ps.: e verifiquem o site onde tenho camisetas de Nibiru a venda, autografadas!
Huhauahua, muito bom! É por aí mesmo!
Delfos não são aqueles bichos de orelhas pontudas, excelentes arqueiros?
😛
Estes são elfos, Eu. Delfos é uma cidade grega onde os antigos gregos iam fazer perguntas ao Oráculo. Foi o centro da religião grega.
Sim, e minha pergunta foi uma piada apenas.
Era brincadeira dele… e você ficou parecendo o “Ptolomeu” da escolinha do professor Raimundo…
Desculpe, não reparei que era “Bazinga!”.
Se ele só mostra as mega-sena das virada passadas, não adianta… Tente ver se consegue interpretar Nostradamus em runas, aí, certamente dará certo! 🙂
Ótimo Nibiruta Maluco !
Caro Mensageiro, boa noite.
Bom, mais um texto de sua autoria e conhecimento que nos faz pensar mais sobre a infinita atividade do Universo afora… e adentro. Só pergunto uma coisa sobre o “suposto Planeta X”.
Esse “suposto Planeta” já não teria sido citado ou mencionado pelos Sumérios, lá atrás, há mais ou menos cinco mil anos? Seria esse O 12º planeta, contando a Lua e o Sol, pois que, Plutão ainda era um “Planeta”?
Um abraço
Não, não seria. Os sumérios na verdade não citaram planetas. Eles têm histórias mitológicas sobre deuses, e um cara resolveu interpretar literalmente, distorcer as traduções e fazer parecer que se tratavam de planetas (o que, de saída, não é muito difícil — é como se pegassem uma história da mitologia grega e aproveitassem a correspondência entre os deuses gregos e os nomes dos planetas para então reinterpretar como uma saga interplanetária de ficção científica). Se formos contar Plutão como planeta, teremos muito mais de 12. Teríamos de incluir Ceres, Éris, Sedna, Quaoar, Makemake e muitos outros planetas anões que ainda não conhecemos.
12 são os astros que tiveram participação ativa no Enuma Elish (Epopeia da Criação), na formação do sistema solar. O Livro de Enki é uma tradução, não interpretação.
Zzzz
Não falam em astros, falam em deuses, falam da criação do “mundo” e não do sistema solar.
Planetas não brigam, não criam disputas, não tramam…
O que tem de ser entendido é que esse tipo de escrito são muito curiosos e fascinantes, porém fruto da imaginação de um povo primitivo que inventava histórias para justificar o que estava em sua volta.
Falar em astros e formação do sistema solar é interpretação equivocada e não tradução.
Por curiosidade, nosso está se movendo na direção de alguma estrela ou alguma estrela está se movendo em nossa direção? Se a resposta for sim. Qual o nome da estrela e qual sua distância?
Todas as estrelas estão se movendo umas com relação às outras, em suas órbitas individuais em torno do centro da Via Láctea. Com isso, o Sol e o Sistema Solar por vezes se aproximam mais de uma estrela ou outra, mas não é por atração gravitacional entre as estrelas, e raramente essa aproximação o deixa a menos de um ano-luz de distância de qualquer estrela.
Salvador, a lacuna que foi reportada no disco do Sistema Solar não poderia ser provocada pela presença desse planeta X? Já observaram essa região ou a técnica atual ainda é insuficiente para detectar corpos de dimensões consideráveis e frios a longa distância?
Não sei a que lacuna você se refere…
Eu apredi que o sistema solar tem 9 planetas…
Então foi entre 1930 e 2006. 😉
Não seria a tal da matéria escura ?
Salvador, respeito muito voce e gosto muito do se blog, que leio sempre que posso, mas afirmar que não pode existir um planeta ou planetoide que não se aproxime das orbitas internas, acho um pouco exagero, se existem cometas e meteoros que fazem isso (tudo bem, são muito menores), porque não poderia existir, mesmo que com pouquíssimas chances algum planeta desgarrado e capturado pelo nosso Sol, com orbita muito alongada (como nas lendas destes planetas que citam até milhares de anos para completar a orbita) ou até em plano perpendicular ao planos dos outros planetas ? Sou leigo, mas a falta de evidência não indica a não existência), afinal há pouco tempo foi achado um planetoide bem mas distante que Plutão. Acho que ainda engatinhamos quando se trata de astronomia e acho que muitas teorias vão acabar tendo que ser revistas.
Celso, cometas têm vida relativamente curta uma vez que são atirados para dentro do sistema (perdendo massa conforme se aproximam do Sol), e são astros pequenos, que exercem pouca força gravitacional. Simulações mostram que um planeta em órbita similar à de um cometa seria ejetado do Sistema Solar por Júpiter, ou cairia no Sol, em poucos milhões de anos. Como o Sistema Solar se formou há 4,6 bilhões de anos (e só nessa época havia possibilidade de formar um planeta), qualquer planeta numa órbita nibiruta teria sido ejetado do sistema ou destruído antes mesmo que a Lua se formasse a partir de uma grande colisão. Não poderia existir hoje em dia, portanto.
Com o rebaixamento de Plutão, o Planeta X não deveria ser Planeta IX???
Hehehe, não é X de dez, é X de X mesmo. (Lowell propôs o “planeta X” antes de Plutão ser descoberto, então não era dez nem naquela época.)
Planeta Xis
Esse Lowell não foi aquele que fez elucubrações sobre supostos “canais” em Marte, que depois descobriram que não existem?
Isso, o mesmo! 🙂
Se isso foi uma piada essa foi uma das melhores a aparecer aqui no blog! kkkkkk
Se não foi… já explicaram 😉
Boa tarde Salvador!!
Pensei que talvez esta confusão gravitacional além de netuno, com um suposto corpo celeste que ninguém acha poça ser um pequeno buraco negro.
Um pequeno buraco negro teria um efeito gravitacional muito pior, como se houvesse outra estrela no sistema.
Salvador, voltando aos comentários anteriores, como é possível detectar planetas em outras galáxias a milhões de ano luz, medirmos o Universo, vermos estrelas nascendo nos confins do inimaginável e não termos certeza do que existe em nosso sistema solar. Somos movidos a presunções e conjecturas, ou existe realmente alguma certeza em tudo que é ventilado. Gostei de um comentário que as vezes perdemos e demoramos a achar um avião que cai no oceano, mas a certeza é que caiu e que será achado. E no caso em questão?
A próxima coluna tratará dessa coisa das distâncias. Essa foi justamente um “setup” para trazer a próxima como “payoff”. rs
“mas a certeza é que caiu e que será achado”
Nem sempre será achado. Não é certeza.
Em nosso planeta, tudo o que sobe cai. Até…kkkkkkkkkkk
Tá, mas entre cair e ser encontrado há uma GRAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAANDE diferença.
Ou seja, como sempre, falou bosta.
Talvez o link abaixo lhe dê uma ideia sobre o assunto, enquanto aguardamos o post do Salvador:
http://www.universoracionalista.org/por-que-o-hubble-captura-vistas-detalhadas-de-galaxias-distantes-mas-nao-de-plutao/
Essas órbitas alongadas dos KBOs não são explicadas mais facilmente se eles forem objetos capturados de outros sistemas solares?
Por essas e outras que eu quero muito ver uma missão para Sedna, infelizmente Eris está muito distante e não acho que será possível visitá-lo no meu tempo de vida.
Pode ser. Mas com uma população deles, fica cada vez mais difícil explicar por um único evento de passagem de uma estrela próxima. Por outro lado, ainda são poucos objetos para descartarmos algum viés de observação. Tudo muito nebuloso ainda.
Sedna está muito mais longe que Eris.
Atualmente Eris está no seu apoastro de 96 AU, enquanto Sedna está se aproximando do seu periastro de 75 AU, mas isso só vai acontecer nos anos 2070.
Chegou a ver sobre neste avistamento de dois objetos na borda do Sistema Solar?
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=avistados-dois-grandes-objetos-borda-sistema-solar&id=010130151217#.VpO_I78WfgY
Já tinha visto sim. Mas são observações inconclusivas. Temos de esperar para ver se existem mesmo e quais são suas órbitas…
Sempre é melhor citar as fontes originais. Se elas não são citadas, são apenas boatos. Se levarem para páginas exotéricas/UFOristicas, é pura mentira deslavada.
Se levar pro Arxiv, pode até ter um fundo de verdade, hehehe
Bibliografia:
A new submm source within a few arcseconds of a Centauri: ALMA discovers the most distant object of the solar system
R. Liseau, W. Vlemmings, E. O Gorman, E. Bertone, M. Chavez, V. De la Luz
arXiv
http://arxiv.org/abs/1512.02652
The serendipitous discovery of a possible new solar system object with ALMA
W. Vlemmings, S. Ramstedt, M. Maercker, B. Davidsson
arXiv
http://arxiv.org/abs/1512.02650
Pode ser Nibiru e Nêmesis, isso explicaria a órbita alongada de Nibiru que tem seu retorno previsto lá por 2900. A Nasa trabalha com a vinda de algo nesta data.
Nêmesis é descartado pelos dados do Wise. Nibiru é lenda urbana. E quero o link para documento ou site da Nasa que diga que eles esperam algo vindo nesta data. Huahuahua
Tá aqui: http://neo.jpl.nasa.gov/1950da/
E tá confirmado que o WISE não conseguiu ver tudo.
No livro Gênesis Revisitado de 1990, Zecharia Sitchin já falava do retorno de Nibiru lá por 2900.
Pensei que estávamos falando de planetas, não de asteroides. Asteroides há um monte que vão passar perto da Terra nos próximos anos, décadas, séculos e milênios… 😛
Sobre o Wise, ele não viu tudo mesmo. Mas ele observou o céu inteiro e colocou limites máximos ao que pode haver lá fora. Sabemos que não há, por exemplo, um planeta gigante do tipo Júpiter até uma certa distância ou uma anã vermelha, não importando a distância.
Pois é… O “Bônus” foi providencial!
Já estava começando a lembrar de um livrinho de capa azul que havia comprado numa banca perto de casa, intitulado “Hercolubus”. O livro era CIENTIFICAMENTE tão bom (mas tão bom) que ensinava, inclusive, o leitor a fazer projeção astral para o suposto planeta para que ele, mesmo tirasse suas próprias conclusões sobre sua existência…
Uma das piores leituras da minha vida!
Apenas para consta: Eu tinha 11 anos… Não me julguem!
Todos já tivemos, ou teremos, 11 anos… 🙂
Alguns continuam com 11 anos.. de idade mental, como certos indivíduos.
Pior que é verdade….
Pluto virou planeta anão. Jah a Terra eh planeta NÃO. Não tem paz, não tem civilidade, não tem bem estar para todos os habitantes, não tem respeito pelo meio ambiente, nao tem…nao tem … nao ….
Adicione um NÃO à lista:
– NÃO teve graça.
🙂
Adorei o termo “Nibirutas”.
Deve ser sempre um risco tocar no assunto de planetas “escondidos” no Sistema Solar… Se os “nibirutas” e “capelunáticos” descobrem o post, pode se preparar para a revolta….
Será que no pulo do sistema solar para o braço espiral de órion o planeta x não venho junto?
Difícil dizer se é um astro capturado ou não antes de conhecer sua órbita.
Salvador, sabendo que não é nenhum planeta gigante, já descarta uma boa chance de encontrar. Quais características que os astrônomos buscariam que facilitaria o visualização desse planeta? E se ele está tão distante, será que existe a chance de esse planeta não ser encontrado pois não há luz o suficiente para refletir a superfície dele?
Enfim, bateu uma ansiedade com essa chance de haver um outro planeta, rs
O fato de o Wise não ter achado é mesmo uma demonstração de que será bem difícil encontrá-lo. Além disso, seria um desafio às teorias de formação planetária explicar sua presença. Eu pessoalmente acho que ele não existe. Mas ainda é cedo para cravar com toda certeza que não.
Será que no século 19 o sistema solar não tinha “pulado” para dentro do braço espiral de órion e esse planeta X não venho junto?
Ãhh?? Como tal “pulo” poderia ocorrer em poucas décadas? Pelo que eu saiba, o Sol gira numa elipse em torno do centro da Galáxia, sem “pulos” para dentro ou para fora…
Se foram detectados centenas de planetas a milhares de anos-luz daqui, qual a dificuldade em achar um planeta no sistema solar mesmo que seja nos confins ?
Uma coisa é olhar para um lugar e achar um planeta qualquer. A outra é PROCURAR por um planeta específico. O “Planeta X” se encaixa na segunda alternativa, que é bem mais complexa do que a primeira. Se REALMENTE quiser saber, dá pra detalhar um pouco mais.
Beleza. Contudo, para justificar a orbita anômala do gigante gasoso, Netuno, parece fixar-se tão somente na possibilidade de um planeta interferindo gravitacionalmente no mesmo, isso mostra que temos muito a aprender e desvendar, mesmo em nossas redondezas.Valeu, Eu !!
Salvador,
segue o link de uma reportagem que achei interessante:
http://www.scientificamerican.com/article/astronomers-skeptical-over-planet-x-claims/
Ah sim, eu também sou cético. Como eu digo no fim do texto, acho bastante improvável que haja um nono planeta, porque as teorias de formação planetária teriam de suar a camisa para explicá-lo. Contudo, ainda é preciso explicar as órbitas anormais dos transnetunianos. (By the way, a capa da SciAm americana de janeiro foi sobre a busca pelo planeta X.)
Particularmente acho estranho essa ideia de Superterra tão distante, essa ideia de um objeto fora dos padrões por lá. Se existir tal objeto, faria + sentido ser + um objeto tipo plutão, ou seja só mais um do cinturão, e não um planeta como os que comumente temos aqui por perto de nossa zona habitável. Óbvio que se fosse algo fora de padrão, seria muito melhor, pois aí teríamos que sair da zona de conforto e quebrar a cuca para entender sua permanência por lá, sem falar em todas as surpresinhas que poderíamos encontrar. De qualquer maneira, mesmo que seja “só + 1” do cinturão, ainda assim pelo tamanho, o distanciamento e dadas as descobertas em plutão, esse objeto poderá ser mais um entreposto disponível na exploração interestelar, além da órbita de plutão.
Puxa, os astrônomos conseguem encontrar centenas de planetas em outras estrelas, e ainda existe esta possibilidade, de ter mais planetas em nosso sistema. Paradoxo não?
É tudo uma questão de tamanho versus distância. Vou escrever uma coluna sobre isso também, porque é uma dúvida comum. Vira e mexe ouço: “Os astrônomos conseguem ver estrelas a bilhões de anos-luz, mas não enxergam um planeta no quintal de casa”.
..ou pior, “Os astrônomos conseguem ver estrelas a bilhões de anos-luz, mas não conseguem achar um avião que caiu no mar do próprio planeta”.
😀 🙂 😀 🙂
desde quando Astrônomos buscam avião caído em mar?
Pois é. É o que eu sempre digo. Mas os estúpidos imbecis acéfalos que comentam por aí acham que sim, que astrônomos deveriam saber de tudo o tempo todo, inclusive sobre aviões caídos no mar.
Eu ainda não consegui achar uma caneta que perdi aqui em casa…. Será que me emprestam o Hubble para eu procurar melhor? 🙁
A diferença é bem fácil de entender, pois achar um planeta que orbita uma estrela que pode ser vista a muitos anos-luz é bem mais fácil do que achar um planeta que orbita o Sol a meras dezenas de UA, pois no caso do exoplaneta a estrela serve como referência e no caso de um outro planeta do sistema solar não temos referência alguma e quanto mais longe do Sol menos iluminado ele é dificultando muito a sua busca. O Eu também citou o caso do avião malaio desaparecido e aconteceu a mesma coisa com ele, ninguém tinha uma referência mais exata de onde ele caiu e a área onde ele poderia estar era do tamanho do Brasil e a maior parte era no oceano Índico. Imagine alguém dizer que um avião desapareceu no Brasil, mas não sabe dizer onde exatamente ele caiu, quem for procura-lo vai ter que vasculhar 8,5 milhões de km quadrados? Na terra é só um pouco mais fácil acha-lo, mas no oceano a coisa piora muito, ainda mais se tiver algumas fossas oceânicas na área.
O Dr Rodney Gomes, do Observatório Nacional no Rio de Janeiro, também acredita na existência do Planeta X.
Não é questão de acreditar ou não num planeta X. Teorias de formação do Sistema Solar são compatíveis com o “implante” de um planeta numa órbita bem afastada do Sistema Solar. Vejo duas formas em que um planeta desse tipo poderia ser colocado numa órbita longínqua.
Primeiro, da mesma forma em que cometas são colocados no que chamamos de nuvem de Oort, através do espalhamento desses objetos num sistema solar primordial, um desses objetos poderia ser um planeta em formação. As órbitas de planetas em sistemas extra-solares parecem indicar que houve muitos encontros próximos entre planetas em formação e alguns destes foram jogados para distâncias mais afastadas e podem ter sido colocados em uma órbita estável através da ação da força de gravitação da galáxia. Existe inclusive algumas boas evidências de que o nosso sistema solar incluia pelo menos mais um planeta do tamanho de Urano ou Netuno. De qualquer forma, entre todos os objetos que são espalhados pelos planetas gigantes no sistema solar primordial, apenas uma fração (~5%) é capturada na nuvem de Oort. Portanto se existisse um tal planeta originalmente, existiria ~5% de chance dele se tornar um planeta X. Se existissem 3 planetas, a chance seria de cerca de 14%, por exemplo.
Segundo, como o Sol foi formado muito provavelmente no que chamamos de aglomerado de estrelas, não só o sistema solar em formação mas outros sistemas estelares estariam se formando nessa época na vizinhança do Sol. A consequência disso é que muitos planetas devem ter sido ejetados dos vários sistemas planetários vizinhos do Sol em formação. Em virtude disso este aglomerado de estrelas no qual o Sol estaria imerso seria na verdade um aglomerado de estrelas e planetas ‘errantes’ fugitivos dos vários sistemas planetários vizinhos do Sol. Num ambiente desse tipo, é possível a captura de alguns desses planetas errantes por estrelas. Essa é a teoria mais aceita para a formação do que chamamos de estrelas duplas afastadas. Não existiria nenhuma restrição a se formar um sistema duplo desse tipo em que um dos corpos seria um planeta ao invés de uma estrela. Portanto a probabilidade de haver sistemas duplos com planetas seria aproximadamente a probabilidade de haver sistema de estrelas duplas afastadas em torno de 3% a 10%.
Considerando as duas probabilidades acima poderíamos dizer a possibilidade do Sol ter alguma companheira de massa planetária seria em torno de 10%. Embora não muito alta, digamos que seria suficiente para investigarmos se um tal planeta poderia existir. Até agora do ponto de vista observacional e teórico não foi encontrada evidência forte. Deve-se notar que um planeta na região da nuvem de Oort, mesmo do tamanho de um Netuno, estaria longe de ser detectado hoje tanto observacionalmente como teoricamente. Por outro lado como Plutão é apenas um dos objetos transnetunianos que conhecemos e deve haver muitos outros na nuvem de Oort, eu diria que é inevitável que encontremos um planeta-anão maior que Plutão nos confins do Sistema Solar (talvez nem tão longe). Eu diria que um planeta do tamanho de Marte não é improvável de existir em alguma órbita longínqua em torno do Sol.
Rodney, muito obrigado por aparecer por aqui! Para quem não sabe, o Rodney Gomes é um astrônomo do Observatório Nacional, especialista em dinâmica e evolução do Sistema Solar. Ele tem trabalhado com modelos de formação e evolução do nosso quintal cósmico e está na fronteira do que sabemos sobre o que pode existir nos cafundós do Sistema Solar. Foi um dos primeiros a retomar a busca pelo Planeta X. Já fiz várias reportagens sobre o trabalho dele, entre elas esta, de 2012 (http://www1.folha.uol.com.br/fsp/saudeciencia/44627-brasileiro-ve-indicios-de-um-novo-planeta-no-sistema-solar.shtml), e esta, de 2005 (http://vestibular.uol.com.br/atualidades/ult1685u185.jhtm).
Obrigado pela intervenção Dr Rodney. Ela abrilhanta o debate.
Há tempos eu tenho reparado que, além dos comentadores leigos como eu, estudantes e alguns lunáticos, há muitos comentários de astrônomos e cientistas da “nata” das nossas universidades e institutos, o que só vem provar o quanto o Mensageiro Sideral é sério e importante na divulgação científica, merecedor de nossa atenção.
Continuem com seu ótimo trabalho, senhores, e venham abrilhantar ainda mais os posts com seus comentários e complementos! Muito grato!
E senhoras…! Claro que elas também têm contribuído muito para a ciência!
Olá!
NIbiru, Hercólubus… Lembro que Chico Xavier previu o planeta Chupão (rs) e recentemente outro médims sugeriu que estamos entramos em um cinturão de fótons (?) no sistema de Alcione.
Cara, sou espírita, mas essas coisas me fazem corar.
Por falar em Alcione, Salvador, você já ouviu falar nessa teoria do cinturão de fótons?
Marcelo, uma busca do Google trouxe o link a seguir, muito interessante, que liquida de vez com essa ideia estapafúrdia:
http://www.ceticismoaberto.com/ufologia/1980/explodindo-o-mito-do-cinturao-de-fotons
Bom dia Salvador, parabéns pelo seu blog e pela coluna! Você é excelente! Uma pergunta: esse mundo a causar perturbações nas órbitas dos objetos do cinturão de Kuiper poderia ser Nêmesis?
O Wise praticamente descartou a existência de Nemesis e de Tyche (mesma hipótese, só que com uma anã marrom ou planeta no lugar da anã vermelha).
Vi um documentário sobre a Teoria de Nemesis! Achei bastante intrigante e interessante! Mas o mais legal é ver o quanto ainda existe para ser descoberto somente em relação ao nosso sistema solar!
É, já escrevi sobre Nêmesis anos atrás. Era interessante mesmo. Mas o Wise teria descoberto se houvesse uma anã vermelha ou marrom por perto.
Nibirutas é ótimo kkk
ESSE PLANETA X NIBURU E O QUE FOI ENVIADO P ORDEUS VAI ACAABA COMA VIDA NO PANETA TERRA E O ARREBATAMETO VAI LEVA OS QUE ACREDITA OE QUE NAO ACREDITA VAI TUDO RPO INFERNO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Ué, e a Dilma?
FOIA VACA DA DILMA UQE INFURECEU DEUS E POR ISO ELE MANDO U PLANETA X NIIBIRU PRA ACABA COM P.T. E OS CORRUPTO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Aahhh bom. rs
Legal! Deus resolveu nos ajudar, então?
Adorei…
Parece que as regras para entrar no céu mudaram, para evitar a entrada de petistas, agora só pode entrar brasileiros que sabem ler e escrever corretamente, o seu nome já está na lista dos que não vão poder entrar.
Bom dia Salvador!
Um tema para mexer com a imaginação de todos nós. Afirmar com “certeza absoluta” começa pela frase, pois, as certezas são, por si, absolutas. Há 500 anos atrás se falavam de monstros marinhos que agarravam as naus e hoje sabemos que as lulas de Hambolt de fato existem, mas já não temos as diminutasnaus para serem agarradas, mas meganavios de centenas de milhares de toneladas.
Quanto a um eventual planeta X eu não descartaria, afinal o satélite Wise não possui uma visão omnidirecional e poderia estar olhando para um campo enquanto o planeta X estaria em outro plano, mas esta certeza só se conseguirá com novas tecnologias e métodos observacionais a serem exercitadas durante a curta existência humana. Apesar dos avanços tecnológicos dos homens nestes últimos cinco mil anos podemos dizer que o período é um nada perante a grandeza do Universo, Via Láctea ou mesmo somente no nosso Sistema Solar. Só o futuro pode nos responder, mas para nossa lástima não fará qualquer diferença, pois, já não estaremos aqui.
O Wise vasculhou o céu inteiro. O problema é de sensibilidade. Um planeta gigante teria sido visto; mas se fosse suficientemente pequeno, uma superterra, poderia escapar à detecção.
Concordo plenamente com o Tetsuo Shimura.Dado ao pouco tempo de avanço tecnológico eu não duvidaria de nada.
é nosso universo é fantástico e sempre sempre nos revela novos segredos, e muitas e muitas duvidas que nos alimentam e faz a nossa ciência correr atras literalmente………. abraço a todos e feliz 2016