Astrônomos encontram uma estrela quase tão velha quanto o próprio Universo
Um grupo de astrônomos no Brasil e nos Estados Unidos descobriu uma estrela quase tão velha quanto o próprio Universo, e o achado pode trazer pistas importantes sobre a infância do cosmos.
“A estrela deve ter pelo menos 13 bilhões de anos, sendo certamente uma das primeiras estrelas da Via Láctea”, afirma Jorge Meléndez, astrônomo da USP (Universidade de São Paulo) e primeiro autor do trabalho, recém-publicado no periódico “Astronomy & Astrophysics”. A idade do Universo é estimada atualmente em 13,8 bilhões de anos.
O astro, localizado a cerca de 2.500 anos-luz de distância, foi caracterizado a partir de estudos realizados com os telescópios NTT e VLT, ambos pertencentes ao ESO (Observatório Europeu do Sul), no Chile. E seu nome é intragável: 2MASS J18082002-5104378. Mas a estrela se mostrou tudo, menos ordinária.
Sua idade avançada foi denunciada pela baixa presença de elementos químicos pesados em sua composição. Como se sabe, o Big Bang — evento expansivo que deu origem ao Universo como nós o conhecemos — só produziu os três elementos mais simples: hidrogênio, hélio e lítio. O resto da tabela periódica só seria fabricado mais tarde, no coração das primeiras estrelas. Quando elas concluíram suas vidas e detonaram como supernovas, acabaram poluindo nebulosas vizinhas com elementos pesados, como carbono, oxigênio, nitrogênio e ferro. Dessas nuvens de gás, nasceria a geração seguinte de estrelas.
“Essa nossa estrela certamente não é da primeira geração, pois tem metais em sua composição”, disse Meléndez. “Porém, pela metalicidade, ela deve ter se formado cedo na história da galáxia.” Para que se tenha uma ideia, a estrela investigada pelos cientistas tem menos de um décimo de milésimo da quantidade de ferro presente no Sol, uma estrela de meia-idade formada há 4,6 bilhões de anos.
CAÇADA CÓSMICA
A descoberta não foi acidental: ela fez parte de um projeto para encontrar as estrelas mais brilhantes que fossem ultrapobres em metais da Via Láctea. A ideia era identificar astros que pudessem iluminar o passado químico da galáxia (e, por consequência, do Universo) e que fossem suficientemente luminosos para poder ser estudados em detalhes por meio de sua assinatura de luz, o chamado espectro.
O esforço valeu a pena, e a 2MASS J1808-5104 (sim, até mesmo os astrônomos acham o nome tão intragável que o abreviam após a primeira menção!) se revelou a mais brilhante de todas as estrelas ultrapobres em metais conhecidas até hoje.
Não são muitas as que se enquadram nessa mesma categoria. “Apenas uma dúzia dessas estrelas e, entre as ultrapobres em metais, a nossa é a mais brilhante, ou seja, a que pode ser estudada em mais detalhes”, comemora Meléndez. “Já estamos começando a estudar a viabilidade de a estrela ser observada com o Hubble, para obter um espectro no ultravioleta e estudar mais elementos químicos [em sua composição].”
A esperança é de que estudos posteriores da estrela, que é apenas ligeiramente menor do que o Sol (com 88% de sua massa) e está agora chegando à fase final de sua vida, começando a se tornar uma gigante vermelha, ajudem os astrônomos a investigar como se dava a formação de estrelas numa época em que o Universo e a nossa galáxia estavam apenas engatinhando.
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Bom, Mensageiro, como diz o início do estudo, trata-se de uma estrela ainda em combustão, tão antiga quanto o universo, localizada apenas a 2500 anos luz, sendo assim, em uma zona perto de nós, sendo assim, habitamos uma zona portanto muito antiga no universo, fazemos parte do próximo ao início, podemos pensar assim? Se for isso, se seguirmos este raciocínio, para onde olhar e ver a origem de tudo? Se o universo está em expansão, qual o ponto de fuga e expansão? Como fazer para não atirar em todas as direções? Habitamos uma área primordial do universo? Obrigado Mensageiro.
Alek, todas as áreas são igualmente primordiais. Só que estavam todas muito espremidas e agora estão espalhadas. Mas o Big Bang também rolou aí onde você está. E também do outro lado do Universo observável. 13,8 bilhões de anos atrás, o espaço que separava a sua região da região do outro lado do Universo observável era nulo. Por isso não há um centro (ou todo lugar é o centro, como queira).
Mensageiro, é espantoso o grande número de pessoas que vem incessantemente ao seu blog para afirmar a existência do Nibiru. E o fazem inclusive em tom de afronta.
Sei lá, essas pessoas simplesmente não se dão conta de que, na verdade, estão passando um atestado de ignorância, de que de alguma forma são incapazes de discernir ciência do obscurantismo científico.
Se o Nibiru possui um mérito, é de conseguir reunir ufólogos, astrólogos, espíritas e demais amantes da pseudociência ao seu redor, pessoas crédulas que, no geral, apenas querem dar um sentido especial, sobrenatural ou fantástico, a sua própria existência.
A astronomia e cosmologia, ao meu ver, pode até inspirar a espiritualidade de uma pessoa. E é ótimo que isso ocorra, mas o contrário não é permitido. Não coloque suas crenças espirituais, metafísicas e pseudocientíficas na astronomia.
A ciência é limitada por aquilo que podemos medir, experimentar e observar. A ciência é limitada pelos nossos cinco sentidos e pelos instrumentos que ampliam estes cinco sentidos e claro, e já que os nossos sentidos nos traem constantemente, e da incansável experimentação e comparação de resultados. A ciência depende de confirmação, de provas, senão temos apenas teorias. Até este provável novo nono planeta precisa ser encontrado, se este planeta não existir, o modelo matemático proposto pelos Dr. Brown estará errado.
Na verdade é que a ciência pode ser frustante as vezes, ela traça um linha divisória entre o real e o que não é real. Do outro lado desta linha divisória, o universo pode até ser um lugar fantástico no coração de muitos, mas este universo não pertence a ciência, por mais que nos apeguemos às nossas crenças, sejam quais for. Sim, eu tenho as minhas crenças, mas tomo o cuidado de não extrapolá-las e nem de trazê-las para o campo da astronomia.
Por mais que alguém acredite em civilizações alienígenas munidas de naves espaciais capazes de viajar anos-luz de distância num piscar de olhos, ou em planetas assassinos oriundos da mitologia suméria ou mesmo ainda em seres espirituais exilados de esferas distantes, tenho que dizer que essas essas crenças não científicas. A única coisa que a astronomia pode dizer disso tudo, é que essas coisas não existem ou que, no mínimo, padecem de comprovação.
Também me sinto obrigado a dizer que a ciência não está tentando comprovar ou muito menos tentando negar a existência de Deus, a ciência não se propõe a isso, mesmo que muitos renomados cosmólogos sejam ateus. Isto posto, a teoria do big-bang não se presta a confirmar ou muito menos negar de Deus. Aliás, infeliz é o sujeito que apelidou o bósson de Higgs como sendo a partícula de Deus.
Como disse, astronomia e cosmologia, ao meu ver, podem até inspirar a espiritualidade de uma pessoa. E ótimo que assim seja. No entanto, crenças pessoais, se não forem revestidas de uma base puramente científica, não podem moldar a visão que a astronomia tem do universo.
Prezado autor do referido comentário, apesar de ser católica praticante, parabenizo-o, pelas suas sensatas argumentações.Realmente, a ciência não se propõe a negar ou confirmar Deus, o objeto de seu estudo é comprovar teorias. Gosto de ler tudo sobre o espaço sideral, sim , ele eleva o meu sentimento espiritual, sem contudo , me induzir a embasar a minha fé em conhecimentos científicos.
Eis a minha reação quando eu leio aqui alguém falando a respeito do Nibiru:
http://www.crieseumeme.com/media/created/ctldd0.jpg
Salvador,a KIC 8462852 voltou ao debate.Interessante hein?
Voltou. Pretendo abordá-la em breve. Era pra ser essa semana, mas aí fui atropelado pelo planeta 9. rs
Ôpa!.Aguardando.
Saiu o artigo com as melhores evidencias pro Planeta X na Science: http://www.sciencemag.org/news/2016/01/feature-astronomers-say-neptune-sized-planet-lurks-unseen-solar-system
Segundo o autor, a missão WISE não seria capaz de detectar o planeta pq ele é sub-netuniano.
Pois é, acabei de mandar e-mail pro Mike Brown perguntando exatamente isso! Não tinha visto o link da Science, só o material do Caltech, que não falava disso. É basicamente um reforço do que já dizíamos aqui duas semanas e meia atrás… 🙂
Será muita ironia de o Pluto Killer for o descobridor do nono planeta. rsrsrsrs Vai ser excelente a caçada pelo suposto planeta.
Se*
Pois é. Depois de ler os argumentos dos caras, estou meio que convencido. Já escrevi pro Mike Brown, que ficou de me responder em uma hora… rs
Se houver novamente votação pra batizar as estrelas, o nome desta pode receber algum título mitológico, como Matusalém.
Off-topic (não encontrei um tópico recente sobre o assunto).
Suponhamos uma estrela, chamada EST e um
planeta, chamado PLAN, que orbite essa estrela a uma distância de
24 horas-luz, em órbita regular. E então essa estrela explode, e seu
material é disperso. Pergunta: o planeta PLAN vai continuar orbitando
por 24 horas a estrela EST (que já não mais existe), até sair de órbita,
ou ele vai IMEDIATAMENTE sair de órbita (logo após a explosão de
EST)?
Se nada pode ser mais rápido que a Luz, é de se esperar que a resposta
seja: PLAN vai continuar orbitando o “fantasma” de EST por no mínimo
24 horas.
Mas, segundo consigo entender, nos limites de minha condição de leigo, a gravidade é dada pela curvatura do espaço-tempo, e não pela ação de alguma partícula ou energia trocadas entre as massas envolvidas.
E quando leio que “nada pode viajar mais rápido que a luz” a afirmativa está
se referindo a massa ou energia, o que não é o caso do inescrutável (para mim) fenômeno da
curvatura do espaço-tempo por uma massa.
Mas isso criaria um paradoxo. TEORICAMENTE, e põe teoricamente nisso,
uma tecnologia ultra-hiper-mega-fodástica poderia intervir na localização, velocidade
ou mesmo integridade de uma massa (digamos, uma estrela), e obter com isso
uma resposta IMEDIATA de outra massa que por ela estivesse sendo atraída.
Ou seja, seria possível a comunicação IMEDIATA, acima da velocidade da Luz,
entre a estrela e a massa “secundária”. E, nos limites estratosféricos de minha
tecnologia fodástica, até mesmo a manipulação de um simples asteroide acarretaria
alterações na atração gravitacional que este asteroide exerce sobre outra massa
qualquer. Enfim, teríamos criado o telégrafo interestelar instantâneo! (claro, sei que
isso contraria os paradigmas da astrofísica moderna).
Desculpa o oceano de ignorância sobre o assunto. Mas esta pergunta sempre me
intrigou.
Um abraço e minha admiração sincera.
Eduardo, ele vai continuar orbitando por mais 24h. Isso porque, embora a gravidade seja dada pela curvatura do espaço-tempo, essa curvatura se propaga à velocidade da luz. Então é como imaginar a velha ideia de uma bola de boliche sobre uma cama elástica. Ela está dando curvatura ao “espaço-tempo”. Quando a tiramos, a perda da curvatura não é imediata. Ela tem um tempo até voltar a ficar plana. O mesmo se dá com o espaço-tempo. Pela relatividade, a gravidade se propaga à velocidade da luz, não de forma instantânea.
Abraço!
Entendi o contexto da pergunta, mas imagino que após a explosão os detritos não vão simplesmente sumir, e que a velocidade de propagação destes não seria nem perto da velocidade da luz, sendo assim então o suposto planeta continuaria por algum tempo orbitando o centro de massa dos detritos, que seria próximo ao da estrela que existia.
Pelo menos é o que imagino
Depois que o Salvador, com a elegância de sempre, respondeu a minha dúvida, corri atrás de informações sobre a velocidade de propagação da gravidade. Na relatividade geral, a gravidade se propaga à velocidade da luz. Então, mesmo se você imaginar um sistema estelar binário, com distância de 2 anos luz entre as estrelas, e uma delas explodir, ou for deslocada de sua posição por colisão com outra estrela, ou qualquer outro evento que modifique sua massa ou localização “habitual”, a outra estrela do sistema só vai “acusar o golpe” dois anos depois. Então, no contexto da pergunta, o planeta Plan não permaneceria em órbita devido à permanência do centro de massa dos detritos (embora, claro, a gravidade dos detritos não “sumiria no vácuo” e teria que ser considerada.).Mas o interessante, no que me diz respeito, é imaginar que as ondas gravitacionais se propagam à velocidade da luz…e isso me enche de novas perguntas, tipo: a velocidade da gravidade é, como a da luz, constante? ou varia de acordo com a velocidade da massa de onde se originou? Ou então: a velha frase “Tudo é relativo menos a velocidade da luz” não é exatamente assim? E por aí vai. Mas como anotei, isso é off topic. Melhor deixar prá outra oportunidade.
Um abraço
Eduardo,
Sua reflexão é intrigante mesmo para os não leigos!
Quando as supernovas explodiram elas espalham o seu material de maneira mais uniforme?
Se a distribuição de material expelido por uma super nova for de alguma forma uniforme, estrelas irmãs, que surgiram do berçário estrelar resultante dos restos de uma supernova devem ter composição semelhante, certo?
Não é completamente uniforme, mas você pode imaginar que voa coisa pra todo lado.
Exemplo , quantos quilômetros um ser humano pode enxergar?ou correr?ou quanto de peso pode levantar ?quase nada né! Deus deixou o conhecimento ao homem, mais limitado no tempo e espaço. Vivemos em uma caixinha de sapato achando tudo aquilo infinito, mais é o pequeno limites que Deus nos deu .
Se Deus existe e é responsável por nossa concepção, Ele também nos deu a inteligência, para que desenvolvamos instrumentos capazes de estender largamente a capacidade humana “de fábrica”. Embora ninguém corra a 50 km/h com as próprias pernas, podemos viajar a mais de 30.000 km/h em nossas espaçonaves. E a mesma inteligência que nos permite isso é a que permite entender o Universo. Se Deus nos deu a inteligência, certamente foi para desafiarmos os nossos limites, não para nos conformarmos com eles.
D+
Bom dia Salvador
Mais uma vez aqui lendo e analisando novas descobertas sobre o cosmos. Ainda não consigo entender plenamente os conceitos de universo infinito e seus limites, o horizonte observavel. Hoje lhe pergunto: essa estrela que tel quase a idade do universo foi localizada a aproximadamente 2500 anos luz, um bocado longe, está próxima ao limite do horizonte observavel?? e qual a estrela, corpo celeste, qualquer coisa que há tenha sido detectada com a maior distância?
agradeço a paciência… rsrs
abraço
Não, está aqui do lado praticamente. O limite do Universo observável está a quase 50 bilhões de anos-luz. Compare com os 2.500 anos-luz dessa estrela aí, pertencente à nossa Via Láctea.
Abraço!
Salvador aí me que surge outra questão, (acredito que seja uma dúvida de leigo, básica, mas me atreve a perguntar) como o horizonte observável pode ter 50 bilhões de anos-luz eo universo apenas 13,8 bilhões de anos?
vlw
Netto, não só pode como deve perguntar! É uma ótima dúvida. Mas é o seguinte. Imagine um raio de luz que partiu há 13 bilhões de anos. Conforme ele vem viajando pelo espaço, o próprio espaço foi se esticando, de forma que a distância que o objeto que o emitiu de nós hoje é muito maior do que aquela que ele percorreu. Assim, você pode ter luz chegando depois de 13 bilhões de anos-luz, mas mostrando um objeto que está a 50 bilhões de anos-luz (porque o Universo se expandiu entre o momento da saída da luz e o momento da chegada).
Prezado Nogueira,
Não entendi qual a razão de meu comentário em um post e minha solicitação de um artigo sobre a galáxia Tainá e a teoria do big bang foram excluídos.
Não havia nada de desrespeitoso ou de proselitismo no texto, como vi alguns aqui.
Não excluí nada. Só não havia aprovado ainda, porque não posso passar 24h por aqui aprovando os comentários, o que tem de ser feito manualmente.
Nogueira,
Não sei se você tem algum artigo sobre o assunto. Li no site “Inovação Tecnológica” artigo sobre “Tainá”: “Galáxia que não deveria existir questiona Big Bang”.
O cosmologista madrilenho Alberto Molino Benito, que descobriu a galáxia, diz que a teoria “que explica o nascimento e desenvolvimento do nosso Universo” parece ser revista e precisar de ajustes.
Você poderia nos brindar com um artigo sobre o assunto?
Link do artigo que citei: http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=galaxia-nao-deveria-existir-questiona-big-bang
Posso até escrever sobre isso, mas eu achei meio absurdo esse artigo. Porque o que a galáxia em questão sugere é que o Universo amadureceu mais cedo do que antes se imaginava — algo que é corroborado por várias outras observações, não só esta. Mas isso não questiona os fatos básicos do Big Bang, só exige alguns ajustes aos modelos cosmológicos. E nem nisso ela é muito especial. A própria frequência de galáxias anãs no Universo próximo exigiu aperfeiçoamento aos modelos de evolução cósmica. Nada tão extraordinário quanto o título desse texto sugere. Infelizmente vivemos numa era em que o título mais espalhafatoso ganha mais cliques, mesmo que seja enganoso…
Muito bom, achei estranho essa matéria, parece que o cara inventou um problema pra tentar resolver e colocar seu nome nos livros de astronomia. rsrsrs
Olá Salvador,
Estava lendo a resposta ao leitor Helmir, e vc disse: eles não aceitam que o Universo seja infinito no tempo (no espaço, ao que tudo indica, é mesmo).
Isto me trás um pensamento e uma dúvida que esta difícil de resolver, talvez possa me ajudar.
Tenho uma dificuldade imensa em aceitar um universo infinito no espaço (aliás falar em infinito sobre qualquer coisa que pode ser medida ou quantificada é difícil de aceitar)
Infinito é algo grande demais, mais que podemos conceber, mais que podemos imaginar… pior, como pode algo infinito ter um começo?
Para algo que um dia foi pequeno e expandiu para o infinito dentro de um tempo finito, a velocidade de expansão deveria ter sido infinita também, tudo indica que não foi. Não tem como colocar um parâmetro do universo como infinito se depende de outros parâmetros finitos.
Por outro lado, quando imaginamos o retrocesso do Universo até ponto inicial “infinitamente” pequeno de onde surgiu o big-bang, falamos de um ponto onde nos colocamos no centro. Um ser em Plutão faria a mesma coisa, um na galáxia de Andrômeda tb iria imaginar a mesma coisa, um outro numa galáxia a 10 bilhões de anos luz vai imaginar como o centro do ponto também. E se o Universo for infinito, um ser a 850 sextilhões de anos luz distante daqui vai imaginar o universo retrocedendo num ponto onde ele é centro também, e outro que estiver numa distancia que jamais poderemos escrever pois teria tantos zeros que não teríamos nem tempo e nem espaço para escrever (esse é um dos males do infinito), ele também iria imaginar como o centro do ponto. Sendo assim, considerando o tempo finito e a velocidade de expansão finita, para o universo ser infinito só se o “ponto inicial infinitamente pequeno” fosse algo de tamanho infinito. Isto é, não havia um ponto inicial, havia algo infinito (que pode ser visto como um conjunto infinito de pontos) que expandiu e ficou maior ainda.
Não sei se fui claro ao descrever o meu pensamento, e posso estar totalmente equivocado, mas vc sabe se existe alguma explicação mais simples quando dizem que o Universo pode ser infinito no espaço?
Grato mais uma vez.
Pallando, infinito é mesmo um conceito problemático. E, claro, jamais poderemos afirmar que o Universo é infinito, porque estamos limitados a conhecer apenas o que está dentro do nosso horizonte observável, e este é finito.
Pallando, imagine o seguinte modelo:
O universo não teve um único ponto de começo. O “esticamento” do espaço acontece aqui na terra, bem como na galáxia há 13 bilhões de anos luz daqui, na verdade, ele ocorre em todos os lugares ao mesmo tempo.
O raio da esfera de universo observável a partir da terra é de 46 bilhões de anos luz em qualquer direção, ou seja, a partir do nosso referencial, esta foi a expansão total desde o big bang até hoje. Por isso existe a sensação de que estamos no centro do universo.
Mas, do ponto de referência da galáxia há 13 bilhões de anos luz daqui, o raio observável (provavelmente) também será de 46 bilhões de anos luz, fazendo parecer que eles também estão no centro.
Não se sabe se existe um centro real para o universo, ou se existe algum lugar onde possa se observar um limite físico para esta expansão, que parece uniforme do nosso ponto de vista, e acelerando.
Bacana,esclarecedor.
Pallando, eu acho que nós seres humanos com nossa visão tri-dimensional vamos sempre ter dificuldades em compreender o conceito de espaço infinito e em expansão. Na minha cabeça eu penso da seguinte forma: imagine aquelas funções matemáticas que tendem ao infinito (ex: F(x) = 1/x ). Quando x tende a zero ela tende ao infinito. Ela não é definida em zero justamente por esse problema do infinito. É uma singularidade. Mas no ponto 0+ (o primeiro ponto infinitesimal após 0), esta função já é definida e apresenta um valor. Imagino (tento imaginar) algo semelhante ao universo. O instante inicial do universo, t=0, é uma singularidade. Mas o instante t=0+, o primeiro pentelhésimo de tempo após 0, tempo e espaço passaram a ser algo definido, e o espaço já naquele instante infinito, pelo menos nas três dimensões espaciais.
Uma dúvida Salvador: Hoje assumimos que o Universo é plano. Ou porque ele é plano de verdade ou porque no nosso horizonte de observação não é possível detectar sua “curvatura”. Mas nos primeiros instantes, ele poderia ser curvo? Existe alguma pesquisa ou estudo sobre isso?
Boa pergunta!
Nogueira,
Excelente informação. Parabéns pelo artigo.
Permita-me expressar minha opinião.
Gosto de ler artigos sobre o Cosmo. Astronomia é algo fascinante e seu encanto foi objeto de minha primeira reflexão ainda na adolescência sobre ciência e a existência em um ser superior, independente do nome ou definição que lhe deem, e naquele momento eu não tinha religião definida.
A verdadeira ciência não exclui a existência de um ser superior, uma vez que não pode comprovar sua inexistência.
Assim também, uma fé consciente e autêntica não pode negar a ciência, uma vez que a ordem lógica e científica, mais que matemática, demonstra que uma inteligência superior e de lógica perfeita criou o tudo a partir do nada absoluto.
O que havia antes de o Universo ser criado, gerado, transformado do nada absoluto em algo, ou qualquer outra expressão? Não sabemos. Apenas sabemos que não há caos na lógica que o gerou e às infinitas possibilidades decorrentes disso.
Quem? Ou o quê? Ou como? Ou porquê? … Perguntas instigantes ainda sem resposta dentro da simples lógica humana.
São as perguntas, mais que as respostas, que levam o ser humano rumo ao conhecimento científico e à evolução. Acredito que haja um objetivo maior nisso, que é a necessidade de, em um futuro talvez distante, a espécie humana migrar para sobreviver…
… Se chegaremos a este ponto? Teremos tempo pra isso? Eis perguntas para as quais não temos resposta. Afinal, o futuro a Deus pertence.
Para mim, radicais religiosos e pseudo cientistas, que negam possibilidades, são piores que amebas, visto que essas tem sua “inteligência genética”, enquanto aqueles se despem da inteligência que lhes foi dada e vestem os antolhos que alguns lhes deram.
Meus parabéns por suas contribuições para a divulgação científica.
Sucesso!
Caríssimo, concordo com a sua opinião. Fé e ciência não são contraditórios, ou antagônicos, contanto que cada um respeite os limites de sua esfera de influência. A fé é muito importante no contexto pessoal — e por isso cada um tem direito a ter a sua –, enquanto a ciência tem importância universal — o que vale para mim, vale para você e para todo mundo. Se respeitadas essas fronteiras (da mente para dentro é fé, da mente para fora é ciência), as duas se complementam lindamente.
Compartilho desse pensamento de vocês dois.Maravilha se todos tivessem essa linha de raciocínio.
O eventual sistema planetário dessa estrela seria péssimo para se colonizar. Razão: baixa metalicidade = planetas pobres em recursos minerais.
Mas quem sabe não é bom para se viver? Às vezes rola um planeta super-habitável!
PS: alguém se lembra de Masters of Orion?
Ô se lembro! Tinha também o Alpha Centauri, muito bom. Inclusive a Firaxis andou lançando um Civilization: Beyond Earth que seria um “sucessor espiritual” do Alpha. Todos esses antigos você acha pra baixar no gog.com, mediante um pequeno pagamento, claro.
Na verdade não acredito em planetas lindamente habitáveis, pois inúmeros ciclos biológicos envolvem átomos metálicos para acontecerem.
O sangue só consegue fazer a troca gasosa que as células precisam devido à hemoglobina, que é uma proteína que contém ferro em sua composição. E este é só o exemplo mais corriqueiro.
Eu, Civilization Beyond the Earth me decepcionou 🙁 .. Poderia ser muito melhor!
Bruno, provavelmente você está certo, hehehe..
Sim, o BE virou um Civ V no espaço. Sem muitas novidades. Dizem que a expansão adiciona um pouco de melhorias, mas ainda não comprei. Se bem que o V só ficou bom depois do lançamento das expansões GnK e do BnW… vamos ver se o BE melhora. 🙂
Realmente, talvez seja o mesmo caso do Civ V.
Eu, se liga nesse jogo aqui: http://www.morethegame.com/
Não sei se você já ouviu falar, mas ele foi financiado por meio de doações no Kick Starter. Promete ser o sucessor do Masters of Orion (tá na fase alpha ainda), mas milhões de vezes mais complexo (a galáxia vai ter milhares de sistemas para explorar, dezenas de espécies, etc).
Não conhecia, ótima indicação. Vou dar uma olhada. Assim que sair no Steam eu compro 😀
Tai, queridos astronomos, a resposta para a pergunta:de onde viemos?… Se encontraram uma estrela do inicio dos tempos, certamente seus habitantes podem ser os responsáveis pela criação das vidas em outra estrelas e planetas. Os administradores do universo, os criadores. O inicio, a casa de Deus. Isto é, se voces acreditarem que exitam vidas nessas bilhares de estrelas porai a fora, claro. Pois é tudo se encaixa agora. Esse universo tem dono sim. E eles devem ser quase perfeitos pois são constituídos de poucos elementos. Concordam?
Não
Agora deu medo. Se ela está entrando em fase de gigante vermelha provavelmente os seres inteligentes que vivem em algum planeta que a a orbita estão a procura de um novo lar para chamar de seu.
Sobre a estreia de Kim Kataguiri na Folha: Lastimável ver a Folha investindo em conservadorismo, algo que nos remete a ideia de ignorância, de falta de instrução. O argumento esdrúxulo de que se Lula pode ser presidente então Kim pode ser colunista não é válido. Não é valido porque esse sujeitinho ridículo e patético não promove qualquer mudança de status quo para nossa sociedade. Não é válido porque se um pobre não pode ter direito a uma ação afirmativa, como cotas, um verme ignorante como Kim também não pode ter direito a desperdiçar o espaço desse jornal. Pelo visto, as ideias (diarreia mental) dele para excluir a parte da sociedade menos favorecida não são válidas para ele mesmo! Alguns aqui voltam a reduzir essa questão a disputinhas medíocres entre esquerda e direita, como se isso fosse briguinhas de futebol. Graças a sujeitos como Kim, que ser de direita no Brasil se tornou sinônimo de ser adepto de todas as coisas mais repugnantes e desprezíveis já inventadas pela humanidade, como o racismo. Essas pessoas não têm a menor vergonha de expor a ignorância total delas a respeito do cenário político brasileiro, ao dizerem que a direita representa alguma esperança para o Brasil. Para esses, eu faço lembrar algumas coisas bem interessantes que o Brasil não esqueceu, como o mensalão do DEM, principal aliado do PSDB. Eu gostaria de saber quando a direita vai deixar de afundar o país para começar a salvá-lo! Para quem não lembra a base governista do governo Dilma é formada basicamente por partidos de direita: PR, PRB, Pros, PP, PSD e PMDB que é majoritariamente de direita, tendo como chefe Eduardo Cunha. O fato é que: a realidade fala muito mais alto do que os discursos que tentam escondê-la. No Brasil, estamos definitivamente perdidos, não há qualquer partido (de esquerda ou direita) que respeite os direitos fundamentais de cada brasileiro (como o casamento igualitário) ou que não compactue com a corrupção generalizada. Qualquer partido de esquerda que critique figuras reacionárias, como Bolsonaro, perde qualquer tipo de crédito quando apoia e compactua com Maduro ou Putin, que são de fato ditadores tiranos.
Nem li o texto do Kim, nem me importo em ler, e acho pessoalmente que ele é um boboca. Mas admiro a Folha pela pluralidade de vozes. A mesma Folha que acolheu um texto da presidente Dilma Rousseff no começo do ano. É isso aí. Um jornal que quer representar a sociedade precisa ter todas as suas vozes. O Kim, goste-se ou não do que ele diz, é uma delas. Para ficar só nos japas, ele é o anti-Sakamoto, blogueiro do UOL, empresa pertencente ao Grupo Folha! rs
É isso, Salvador! Liberdade de expressão é permitir que pessoas que pensem diferente de mim possam dizer o que pensam… A Folha tem Janio de Freitas, Wladimir Saflate, André Singer, pensadores de esquerda, e deve ter, também, pensadores tanto de centro como de direita. Democracia é isso!
Rapaz, lamentável mesmo é ver alguém se sentindo no direito e posição privilegiada pra dizer o que devemos ou não ler. E desvirtuando totalmente o assunto dum blog de astronomia.
Algumas pessoas parecem viver no mundo da lua, literalmente.
Ele não é conservador, e sim liberal. Já estava na hora de uma voz não governista na publicação.
Sobre o seu comentário: lastimável. E mais nada. Intransitivo.
Salvador, me explica aí:
A estrela está la queimando a 13 bilhoes de anos certo? até ai consegui entender. Esses 13 billhoes de anos sao +- aproximadamente o tempo que o universo existe (vamos supor que isso esta´correto).
A partir da luz emitida dessa estrela 13 bilhoes de anos após seu surgimento, deduzem que por não haver vestigios de grande concentracao de outros elementos que nao helio, hidrogenio e litio. elá é “quase tão antiga quanto o universo”. Então vamos lá:
Pergunta 1, essa pode ser estupida mas vou me arriscar a fazer assim mesmo, é possivel que os outros elementos tenham sido consumido antes e por isso tem baixa concentracao?
Pergunta 2, a idade das estrela é sempre estimada a partir dos elementos identificados nela? é assim que funciona?
Pergunta 3, se a estrela esta la a 13 bilhoes de anos e ainda “queima” esses elementos leves, e ela tem 88% da massa do nosso Sol, isso quer dizer que nosso Sol vai ter uma duraçao +- proxima a 13*1/0,88 bilhoes de anos?
Abraço e parabéns pela coluna.
1- Não, porque é justamente o consumo dos elementos mais leves (por fusão nuclear) que leva à fabricação de elementos mais pesados. Então, a rigor, a passagem do tempo aumenta a presença de metais na estrela, em vez de diminuir.
2- Tem vários métodos, nenhum deles completamente confiável. Tem a taxa de rotação da estrela (que diminui com o passar do tempo), tem o nível de atividade interna (medido por flutuações na superfície) e tem a metalicidade. Estrelas jovens são mais fáceis de datar porque elas nascem em bandos, e aí você ainda tem estrelas azuis que ainda não viraram supernova. As mais velhas são mais difíceis, porque as mudanças que acontecem conforme a estrela envelhece são muito sutis. Essa estrela em particular dá para estimar bem a idade porque ela já está chegando ao fim da vida, com mudanças mais pronunciadas. E sabemos a época em que isso acontece para uma estrela de dada massa. A metalicidade corrobora a idade antiga dela.
3- Não. Quanto menor uma estrela, mais ela vive. O Sol vai viver cerca de 10 bilhões de anos ao todo.
Abraço!
Acredito que também pode ocorrer que esta estrela não seja nativa da Via-lactea, haja visto que nossa galaxia tem atividade há bilhoes de anos, entção, por mais abundante que seja o hidrogenio, hélio entre outros elementos leves, e ainda mais pela posição que ela se encontra, não haveria possibilidade dela existir ali…tal como a formações de sistema solares, os elementos mais leves são expulsos do centro da galáxia, e ao mesmo tempo que vão agregando elementos mais pesados na rotação e radiação emitida pelo centro da galáxia. Vai ver esta estrela deveria ter originado em uma galáxia ou aglomerado satélites e foi aos poucos entrando em orbita na Via-lactea. 13 bilhoes de anos, com elementos leves na sua composição estelar…só pode ter originado fora daqui, ou mesmo aos redores. Bom, é um hipótese! Uma vez que encontramos aglomerados e galaxias satélites com estrelas tão antigas quanto a Via-Láctea, neste termos. O que vc acha Salvador? Excelente Matéria!
obrigado!
Aprendendo mais um pouco com as perguntas alheias.
Acho mais correto dizer “existir” e não “viver” pois estrelas não são seres vivos… Mas, sei, Salvador, que é força de expressão 🙂
(Leitor chato, eu sou, n’é?) 😀
Entendo, mas acho que a metáfora é uma coisa não só didática como bela. E quem somos nós para definir a vida apenas segundo nossos estreitos preconceitos biológicos? 🙂
Melancólico, jurei comigo mesmo nunca mais trombar com essa encruzilhada de entraves, mas como tudo na vida continua e avança vejo a constância e a avidez de se conseguir algo novo, donde esse turbilhão de pretensas descobertas alienatórias. Nada do que vemos não é a realidade atual, como atualizar nossos conhecimentos com esse passado antigo e desconhecido? E, pasmem, chegar aos raios da insanidade, dentro da análise dos elementos que deram origem e esse elemento há 14 bilhões de anos. Vaidades, ó vaidades, tudo é vaidade, loucos.
Huahauahua, adorei o fim do comentário. 😛
Hmmm… vaidoso…
Salvador
Creio que você não tem obrigação de responder a nenhuma pergunta idiota que te mandam. De duas uma: ou eles são analfabetos da ciencia ou são religiosos fanáticos. Precisamos deixa-los a sua própria sorte. Não vamos usar nossas sinapses com eles que é tudo em vão.
Elizabete
Elizabete, entendo o sentimento. Mas me sinto na obrigação de responder até para não deixar que outros leitores sejam “predados” por esse tipo de comportamento ignorante e fundamentalista. Muitas vezes os próprios fanáticos não voltam nem para ver as respostas, e entendo isso. Escrevo em benefício daqueles que não comentaram, mas estão lendo. 😉
O prezado jornalista está anos-luz à minha frente, em matéria de Astronomia, ou não teria essa prestigiada coluna no jornal mais importante do país. Exatamente por isso, é de se supor que, se eu não entendo alguma coisa que é escrita neste espaço, a deficiência é minha. Hoje, mais uma vez, eu confesso que não entendi o anúncio que “um grupo de astrônomos descobriu uma estrela quase tão velha quanto o próprio Universo”. Na minha ignorância, eu fico pasmo quando leio que um ou outro cientista conhece a idade, como o tamanho ou a cor do Universo. Já li, estupefato, astrônomos escrevendo que “o Universo é maior e mais velho do que eles pensavam” [Krzysztof Stanek] ou que “o Universo é bege-rosado e não verde-claro como eles pensavam” [Karl Glazebrook & Ivan Baldry]. E hoje leio, mais uma vez estupefato, que um grupo de astrônomos descobriu uma estrela “quase tão velha quanto o próprio Universo”. E mais uma vez estupefato eu leio a afirmação que “a idade do Universo é estimada atualmente em 13,8 bilhões de anos”. Eu sempre pensei – e continuo pensando – que o Universo é infinito e que não haveria sentido afirmar a sua idade, tamanho e cor. E que esses atributos do Universo sempre estarão além do que possamos imaginar, infinitamente. E por último me pergunto: por que os estudiosos não aceitam definitivamente que o Universo é infinito e, assim sendo, por que não param de manifestar surpresa quando “descobrem” que ele é mais velho, maior ou mais “esverdeado” do que antes pensavam?
Já te respondi no seu primeiro comentário. Mantive esse também porque vi que você fez pequenas alterações. Mas veja a resposta no seu comentário anterior.
Agradeço a gentileza da resposta do jornalista. Se antes eu já apreciava os seus artigos, hoje eu aprendi a respeitá-lo pela elegância com que o amigo responde aos comentários, ainda que eles contenham críticas às matérias publicadas. Peço desculpas pela duplicidade dos meus comentários. Eu ainda estava revisando o meu texto, quando inadvertidamente o rascunho foi enviado, antes da completa revisão e do envio definitivo às 3:01 pm.
Magina, Helmir! Continue participando e enriquecendo o debate! Abraço!
O JWST vai observar as primeiras supernovas depois da época da reionização? E essa galáxia seria o resultado dessas primeiras explosões: http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=galaxia-nao-deveria-existir-questiona-big-bang&id=010130151229#.Vp5qXyorKUk ?
Uns estudam os blackholes, outros teorizam os wormholes, todos muito fáceis de explicar frente ao maior problema da humanidade, os assholes!
True enough! Os assholes continuam sendo o maior desafio para a cultura científica! rs
Salvador,não sei se a pergunta faz sentido,mas se o universo se expande em todas direções como pode ser plano como a ciência afirma ?
Ele é plano em todas as direções, no sentido de que a geometria do espaço segue linhas retas e paralelas (nas maiores escalas) em todas as direções. Mas ele é plano para cima, para baixo, para a esquerda, para a direita… entendeu?
Ah sim,valeu.
O prezado jornalista está anos-luz à minha frente, em matéria de Astronomia. Ou não teria essa prestigiada coluna no jornal mais importante do país. Exatamente por isso, é de se supor que, se eu não entendo alguma coisa que é escrita neste espaço, a deficiência é minha. Hoje, mais uma vez, eu confesso que não entendi o anúncio que “um grupo de astrônomos descobriu uma estrela quase tão velha quanto o próprio Universo”. Na minha ignorância, eu fico pasmo quando leio que um ou outro cientista conhece ou persegue a definição da idade, como do tamanho ou da cor do Universo. Já li, estupefato, astrônomos escrevendo que “o Universo é maior do que eles pensavam”, que “o Universo é bege-rosado e não verde-claro como eles pensavam” ou que “o Universo é mais velho do que eles pensavam”. E hoje leio, mais uma vez estupefato, que um grupo de astrônomos descobriu uma estrela “quase tão velha quanto o próprio Universo”. E mais uma vez estupefato eu leio a afirmação que “a idade do Universo é estimada atualmente em 13,8 bilhões de anos”. Eu sempre pensei – e continuo pensando – que o Universo é infinito e que não haveria sentido perseguir ou afirmar a sua idade, tamanho e cor. E que esses atributos do Universo sempre estarão além do que possamos imaginar, infinitamente. E por último me pergunto: por que os estudiosos não aceitam definitivamente que o Universo é infinito e, assim sendo, por que não param de manifestar surpresa quando “descobrem” que ele é mais velho, maior ou mais “esverdeado” do que antes pensavam?
Helmir, eles não aceitam que o Universo seja infinito no tempo (no espaço, ao que tudo indica, é mesmo) porque as evidências sugerem o contrário. Simples assim. Há todo um conjunto de medidas, que vão desde a velocidade de recessão das galáxias até a detecção da radiação cósmica de fundo que sugerem que o Universo (ou pelo menos sua instância atual) teve um início, que se deu 13,8 bilhões de anos atrás. Curiosamente, quando essas evidências começaram a aparecer, muitos cientistas se revoltaram contra elas, justamente porque tinham o preconceito de que o Universo deveria ser infinito no tempo! Einstein chegou a modificar sua teoria da relatividade para contornar a inevitável conclusão de que o Universo deveria ter tido um começo. Quando Hubble mostrou, por evidências, que houve esse começo, o físico alemão finalmente voltou atrás e admitiu que a mudança que havia feito em sua teoria consistia no maior erro de sua carreira, pois impediu que ele fosse o primeiro a constatar que o Universo (de novo, pelo menos na instância que conhecemos) teve um princípio.
Então, não fique estupefato. Em vez disso, analise as evidências. E discuta, proponha, sugira, investigue! É isso que fazem os cientistas. Como eu disse em outro comentário, ninguém será queimado na fogueira como herege se chegar à conclusão de que o Universo não tem 13,8 bilhões de anos, como agora está parecendo. Se novas evidências sugerirem outra coisa, a ciência irá absorver essas novas descobertas em seu corpo de conhecimento, aperfeiçoando cada vez mais a compreensão que temos do cosmos.
Falando em Einstein,fico imaginando que contribuição ele daria a astronomia se tivesse a tecnologia atual ao seu alcance!
Assim que passam os séculos o limitado conhecimento humano progride. Parte do conhecimento é baseado em fatos cientificamente comprovados e o resto em crenças ou religiões. O conhecimento cientificamente comprobado não é absolutamente certo, pois um cientista puro têm suficiente humildade para reconhecer que o que hoje é tido como certo pode, no futuro, ser corregido ou ainda refutado.
O conhecimento baseado em crenças ou religiões atinge a maior parte da população do planeta, com enormes contradições, especialmente entre as diferentes correntes religiosas, cada uma achando que a sua verdade é absoluta. Na verdade é um conhecimento baseado em ideias, conceitos ou ideais transmitidos de geração em geração segundo interpretações pessoais de fatos ou crenças que podem ou não ser verídicos.
Aceitando que é possível que o planeta seja atingido por um objeto celeste, tal como o asteroide que acabou com os dinossauros, e a possível colisão em 2019 vai mesmo acontecer, a humanidade com certeza fará o esforço em conjunto para evitar que isto não aconteça. Vai ser um desafio científico de proporções !
Entendo que a maioria da humanidade, com base nas suas religiões ou crenças, ante o iminente impacto de 2019, somente fará preces para que o Ser Supremo nos poupe ou simplesmente acreditará que o impacto será uma punição inevitável por suposto comportamento indevido.
Sendo que somos apenas uma pequena parte dos seres vivos que habitamos um pequeno planeta girando em volta de uma das menores estrelas do Universo, uma entre bilhões de estrelas da nossa galaxia, que a sua vez é uma entre bilhões de galaxias, penso que é um pouco presuntuoso achar que o Ser Supremo do Universo possa dedicar instantes do seu precioso tempo para planejar e executar um evento cósmico de tais proporções como punição por eventual comportamento indevido de nossa insignificante espécie ?
Se realmente o impacto do 2019 vai a acontecer, e a espécie humana sofrerá um impacto de enorme proporção, é possível que pode ter chegado a hora de repensarmos o nosso dia a dia e a forma como tratamos os nossos semelhantes, e ainda lutar por um pouco mais de amor, justiça e respeito ?
Não há impacto previsto para 2019. Não sei de onde o povo tira essas ideias nibirutas.
Não… Você é burro cara, que loucura… Como você é burro, que coisa absurda… Eu não consigo gravar muito bem o que você falou porque você fala de uma maneira burra. Entende?
– Veloso, Caetano.
😀
Se tem que haver “um castigo divino para o comportamento indevido da nossa espécie”, já demorou demais, pois nos comportamos indevidamente há milhares de anos!
Pois é. E, por pior que estejamos, estamos numa curva ascendente, não descendente.
Salvador, boa tarde! É correto supor que as galáxias se formaram ao redor das primeiras super-novas a explodir e que se transformaram em um buraco negro? Porque as primeiras super-novas a explodir no universo seriam aquelas mais massivas, que consequentemente atrairiam mais massa para orbitar ao seu redor (ou para se consumir no buraco negro), formando uma galáxia.
Outra dúvida: existe alguma galáxia com dois buracos negros (sem que seja resquício de um choque recente de galáxias)? Ou necessariamente em alguma etapa da evolução da galáxia os buracos negros tendem a se fundir em um só?
Abraço!
Mateus, é bem possível que as coisas tenham se desenrolado conforme você sugere — que os buracos negros supermassivos tenham se originado da colisão de muitos buracos negros de massa estelar resultantes de supernovas. A partir daí, a galáxia se desenvolveria em torno deles, assim como eles ganhariam massa no interior delas.
Não há, até onde eu tenho conhecimento, evidência de dois buracos negros supermassivos no centro da galáxia sem que tenham sido resultado de uma colisão de galáxias. Mas tem uma pesquisa interessante relacionada a isso que pretendo abordar em breve! Fique de olho! 🙂
“No princípio, criou Deus os céus e a terra.” Gênesis 1:1
Vejamos que aqui Deus está relatando a criação da terra e do cosmos.
“Disse Deus: Haja luz; e houve luz. E viu Deus que a luz era boa; e fez separação entre a luz e as trevas. Chamou Deus à luz Dia e às trevas, Noite. Houve tarde e manhã, o primeiro dia.” Gênesis 1:3-5
Se Deus disse que “Houve tarde e manhã, o primeiro dia” é evidente que se tratava de um dia literal. E isto é dito até o sexto dia.
“Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom. Houve tarde e manhã, o sexto dia.” Gênesis 1:31
Agora vejamos:
“E, havendo Deus terminado no dia sétimo a sua obra, que fizera, descansou nesse dia de toda a sua obra que tinha feito. E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou de toda a obra que, como Criador, fizera.” Gênesis 2:2-3
Notemos que aqui não há nenhuma referência a tarde e manhã, pois este dia, o sétimo, é o dia em que Deus descansou de toda a sua obra. E onde foi que Deus descansou de toda a sua obra? Certamente que não foi na terra. Deus descansou no lugar de sua habitação: O Paraíso de Deus:
“Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso” Lucas 23:43
“Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao vencedor, dar-lhe-ei que se alimente da árvore da vida que se encontra no paraíso de Deus” Apocalipse 2:7
E a Bíblia nos fala deste lugar em Hebreus:
“Porque, em certo lugar, assim disse, no tocante ao sétimo dia: E descansou Deus, no sétimo dia, de todas as obras que fizera. E novamente, no mesmo lugar: Não entrarão no meu descanso. Visto, portanto, que resta entrarem alguns nele e que, por causa da desobediência, não entraram aqueles aos quais anteriormente foram anunciadas as boas-novas, de novo, determina certo dia, Hoje, falando por Davi, muito tempo depois, segundo antes fora declarado: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração. Ora, se Josué lhes houvesse dado descanso, não falaria, posteriormente, a respeito de outro dia. Portanto, resta um repouso para o povo de Deus. Porque aquele que entrou no descanso de Deus, também ele mesmo descansou de suas obras, como Deus das suas. Esforcemo-nos, pois, por entrar naquele descanso, a fim de que ninguém caia, segundo o mesmo exemplo de desobediência.” Hebreus 4:4-11
O sétimo dia é o dia do retorno de Cristo à terra, o dia em que os cristãos entrarão no descanso de Deus.
E para que se entenda que os seis dias literais da criação se referem também aos seis mil anos de duração da terra e de sua história necessitamos entender o que significa “no princípio” (Gênesis 1:1). Foi no princípio que Deus criou os céus e a terra e também foi no princípio que Deus criou o homem. Se somarmos os anos da genealogia do Senhor Jesus Cristo, chegaremos ao mesmo ponto comum, ou seja: ao princípio da criação. Pois Deus criou os céus, a terra e o homem no princípio.
A chave para o entendimento disto está na Segunda Epístola de Pedro:
“Porque, desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação. Porque, deliberadamente, esquecem que, de longo tempo, houve céus bem como terra, a qual surgiu da água e através da água pela palavra de Deus,” 2 Pedro 3:4,5
E ainda:
“Há, todavia, uma coisa, amados, que não deveis esquecer: que, para o Senhor, um dia é como mil anos, e mil anos, como um dia.” 2 Pedro 3:8
Se você enxergou espiritualmente o que diz a Bíblia, entenderá que cada dia da criação representa mil anos de História e que a consumação dos séculos se dará no último dia, o sétimo, o dia do Senhor.
Veja que o Senhor Jesus se refere ao último dia como o dia da ressurreição, do juízo e da consumação do século
“Quem me rejeita e não recebe as minhas palavras tem quem o julgue; a própria palavra que tenho proferido, essa o julgará no último dia.”
João 12:48
“De fato, a vontade de meu Pai é que todo homem que vir o Filho e nele crer tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia.” João 6:40
E este último dia são mil anos, segundo a revelação em 2 Pedro 3:8
“Vi também tronos, e nestes sentaram-se aqueles aos quais foi dada autoridade de julgar. Vi ainda as almas dos decapitados por causa do testemunho de Jesus, bem como por causa da palavra de Deus, tantos quantos não adoraram a besta, nem tampouco a sua imagem, e não receberam a marca na fronte e na mão; e viveram e reinaram com Cristo durante mil anos.” Apocalipse 20:4
Legal, mas tipo, e os dinossauros? Quem fez?
E Deus? Quem fez?
Tem um Deus maior q o próprio Deus?
Acho engraçado, pq é imensamente difícil acreditarem q um ponto absurdamente denso e compacto no meio do universo explodiu e acabamos surgindo.
Mas acreditar que um indivíduo, extremamete complexo e surreal, surgiu no meio do nada com bracos, maos, pernas, cabeça e tronco(bom, somos feitos a sua semelhança então ele é igual a nós fisicamente) e criou tudo de forma inimaginável e dps, esse ser tao grandioso, simplesmente foi embora e só existe em nossas mentes é beeeem mais provável, e citar passagens bíblicas só confirmam isso.
Deus é o papai noel dos adultos Sr. Comentarista do Terra
Cai na real que acho que ja deve ter passado dos 40
Faço minha as palavras do Blogueiro!
“True enough! Os assholes continuam sendo o maior desafio para a cultura científica!”
Huahauahua
Você comentarista do Terra,ou G1, está errando no mesmo ponto que os ateus militantes,
esta separando a bíblia por simples textos, frases separadas para tentar explicar o que você quer, porem essas mesmas frases é necessário saber o contexto, do momento que elas querem explicar e o momento que o escritor vive.
quando eu digo que vai demorar 1000 anos para uma coisa ficar pronta, nao quer dizer que vai demorar mil anos. só vai demorar.
conhecimento cientifico é de agregados, demora-se mil anos para passar da filosofia antiga e terra quadrada para colocarmos o sol no centro do universo de uma terra redonda com nicolau copérnico.
Não sei como Esses Comentaristas da UOL,Terra,G1 querem converter alguém,
todas os leitores desse Blog, entram aqui para ler coisas interessantes e tentar entender melhor o mundo que os fascina.
não fazer um estudo a respeito da bíblia, pois nenhuma passagem sera reveladora, pois mais que vocês tentem, pois a Fisica e astronomia estao no campo das Ciência da natureza,
e Teologia nas Humanas
Particularmente prefiro o G1. Ele pelo menos é menos prolixo, embora ambos devam ir… pro lixo (eca!essa foi péssima).
” ‘No princípio, criou Deus os céus e a terra.’ Gênesis 1:1
Vejamos que aqui Deus está relatando a criação da terra e do cosmos.”
Não, quem relata isto é um criador de cabras, a 5 ou 6 mil anos atrás, começando a registrar por escrito um mito de criação tradicional de seu povo que até então era transmitido de boca a boca…
Idem para todo o resto, motivo pelo qual evito aqui uma repetição maçante…
A terra não foi tirada da água como a epístola do pescador pedro afirma. Ainda que a superfície do planeta possa ser na maior parte coberta por água, o planeta segue sendo um planeta rochoso, uma pedra que orbita ao redor de uma estrela, coisa bem diferente do que supõe sua mitologia preferida.